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VIAGEM POR AMIZADE NA AMÉRICA DO SUL


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Preparando a viagem

 

Foi uma viagem que fiz em abril de 2014 junto a um amigo meu.

 

A ideia de voltar na América do Sul surgiu conversando com um grupo de amigos de outro fórum de viagens. Eu convivi com eles em um encontro realizado em Tulum por um amigo chamado Irving quem decidiu ir em novembro de 2013 e me convidou, mas não era possível viajar nessa data pra mim. Afinal ele decidiu adiar sua viagem e como ia ser combinado com Semana Santa, decidi acompanhá-lo nessa viagem. O problema foi adequar o itinerário, pois tínhamos interesses diferentes, mas coincidimos na ideia de visitar Mendoza e Buenos Aires, onde moram nossos amigos. Compramos as passagens, mas saindo e voltando em diferentes datas e destinos. Fizemos os nossos planos por separado, mas combinamos para visitar juntos Mendoza e Buenos Aires. Os voos ficaram assim:

- 11/04: Cidade do México – Santiago do Chile.

- 22/04: Buenos Aires – São Paulo/Guarulhos.

- 25/04: São Paulo/Congonhas – Rio de Janeiro/Santos Dumont.

- 27/04: Rio de Janeiro/Santos Dumont – São Paulo/Congonhas.

- 28/04: São Paulo Guarulhos – Cidade do México.

 

Os meses passaram e chegou o dia da viagem. Dia 11/04 pedi licença para sair cedo do trabalho, pois meu voo decolava as 20h30. Cheguei a casa cedo e fiz a mochila em 10 minutos (é o meu costume, kkkkk). A mochila estava pesada, pois levava presentes meus e de outras pessoas para os amigos do Chile e da Argentina. Resolvi ir de táxi para o aeroporto, mas o bom foi que quando estava saindo de casa chegou um taxista que trabalha com meu pai. Pedi para ele me levar e aceito, pagando menos do que pagaria se eu pegasse táxi na rua. Minha mãe e meu irmão decidiram me acompanhar ao aeroporto.

 

No aeroporto comprei dólares e o seguro de viajante, me despedi da minha família, pois eu tinha que pegar o trem para mudar de terminal. Fiz o check-in na linha LAN e enquanto esperava a hora de embarcar chegou uma amiga para me entregar mais presentes (Nossa! As minhas costas sofreram demais, hahaha). Chegou a hora do embarque, me despedi e fui para o portão de embarque. Quando estava no avião comecei me sentir mal do estômago, eu estava preocupado, o bom foi que levava remédios. O avião decolou 20 minutos depois da hora programada, pois o trafego aéreo era muito. Enquanto o avião decolava vi pela janela como a minha linda e caótica cidade ficava atrás.

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12/04: Conhecendo o centro histórico de Santiago

 

Durante o voo passei mal, fui duas vezes ao banheiro e não consegui dormir. Pousamos em Santiago às 7h. Os mexicanos precisamos pagar um imposto de reciprocidade de $23 dls, então fiz o pagamento e logo passei pela imigração, não me perguntaram nada e só me disseram: “Bienvenido a Chile”. Na alfândega eu presentei a minha declaração e pedi revisão, pois tinha alguns objetos de origem vegetal. Os funcionários revisaram e me deixaram passar tudo. Troquei um pouco de dinheiro (nesse momento a cotação era de 1 USD = 550 CLP) e, logo de esquivar um monte de taxistas peguei o ônibus da linha Centropuerto, que iria até a estação do metrô Los Héroes (1,350 CLP).

 

Na estação Los Héroes peguei o metrô e depois de fazer algumas combinações desci na estação Bellas Artes, e só atravessei a rua para entrar ao Andes Hostel, onde tinha a reserva. Paguei 16 dls por uma noite em quarto coletivo. Logo contatei uma amiga argentina que morava aí para dar um passeio e tomei banho enquanto ela chegava. Ela chegou ao hostel e estivemos conversando uns minutos, lembrando uma viagem que combinamos no México para curtir o Dia de Muertos em Morelia com o marido dela e outros amigos, mas fomos embora para dar um role pela cidade.

 

Caminhamos pela rua Monjitas, observando alguns prédios antigos e outros recentes, uma mistura de estilos arquitetônicos. Chegamos a Plaza de Armas, mas por manutenção estava fechada, então decidimos entrar ao Museo Histórico Nacional, pagando 600 CLP, o museo fala da história do Chile desde a época pré-colombina até os nossos dias, um museo bem legal para os que gostamos da história. Também pudemos entrar ao relógio do museo, o qual conserva o desenho original do prédio e demonstrando que foi construído para suportar os terremotos que acontecem na cidade. No topo do relógio tem um mirante, no qual é possível ver a Plaza de Armas de a Catedral. Um fato interessante é que do lado da Catedral foi construído um prédio moderno coberto de cristal na fachada, contrastando com a arquitetura colonial, a guia disse que foi feito assim para refletir o entorno.

 

Continuamos o passeio e visitamos o Edifício de Correios, muito bonito, de cor branca. Continuamos o passeio na catedral, muito bonita e na qual tem uma quantidade impressionante de pinturas, achando que a parte mais bonita é a capela da Virgem do Carmo, patrona do Chile. Logo visitamos a antiga sede do Congresso Nacional, que atualmente está em Valparaíso. Nesse momento começamos sentir sede, e entramos num moderno centro comercial chamado Espacio M, o qual ainda conserva o desenho colonial na fachada. Fomos para uma sorveteria chamada Emporio La Rosa e comemos uns sorvetes muito gostosos. Daí fomos para La Casa de La Moneda, sede do poder executivo no Chile; para entrar foi preciso apresentar o passaporte. Logo fuimos caminhando pela Av. Libertador Bernardo O’Higgins e entramos à estação Universidad de Chile para admirar os lindos murais pintados nas paredes. Logo pegamos rua Ahumada e aproveitei para trocar dólares por pesos.

 

Voltamos para a Plaza de Armas e aí comi o famoso mote con huesillo, uma bebida com trigo, pêssego e açúcar muito gostosa, e nos dirigimos para o Mercado Central, mas nesse momento comecei me sentir mal, mas continuamos o passeio. No mercado central vimos os vendedores de peixes e os restaurantes, e vi pouca gente, pois lembrei que uma amiga me disse que sempre tinha muita gente e os vendedores gritavam muito, mas esta vez foi diferente. Logo passamos pela Av. Costanera, passando em cima do Rio Mapocho, o rio principal da cidade. Entramos num mercado de flores muito bonito onde conheci o copihue, a flor nacional do Chile, e outro mercado com preços mais baratos do que o mercado central.

 

Logo fomos caminhando pelo Parque Forestal, chegando ao Museu de Bellas Artes, mas me senti mal de novo e Ale me disse que melhor fosse descansar, pois precisava me recuperar da doença e da viagem. Aceitei mas nos veríamos o dia seguinte. O hostel estava perto, fui caminhando até lá fiquei dormido nele até às 20h. Quando acordei senti fome e fui jantar a um restaurante de sanduíches peruanos chamado Donde Guido, onde jantei um sanduíche e refrigerante (4,300 CLP). Quando voltei ao hostel conheci uma galera brasileira com a qual conversei e enquanto eles bebiam umas brejas, eu só podia beber água :( Logo fui dormir para descansar mais e ficar pronto para o dia seguinte e conhecer mais da capital chilena.

 

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Plaza de Armas

 

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Catedral de Santiago

 

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Casa de la Moneda

 

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Mercado Central

 

 

 

13/04: Cerro San Cristobal,Santa Lucía e Los Dominicos

 

Acordei cedo e logo de tomar banho e café-da-manhã liguei pra Ale y me disse que fosse para o Cerro San Cristobal, e que ela me veria aí quando descer dele. Fui caminhando pelo Parque Forestal até a Plaza Baquedano, virei e peguei a rua Pio Nono, entrando no bairro Bellavista, famoso pelos restaurantes, bares e por ser centro da vida boêmia da cidade. Cheguei à entrada para pegar o funicular e subir o morro. Paguei 2,600 CLP pelo trecho ida e volta. Quando subimos o funicular lembrei o passeio que fiz em Bogotá faz três anos. Ao chegar ao topo a vista era maravilhosa, pois era possível admirar a maior parte da cidade e a Cordilheira dos Andes cobertos de neve; era possível distinguir o Centro, bairro Buenavista e Costanera Center. Como era domingo de ramos, tinha missa na igreja que está no topo. Subi para admirar a Virgem da Imaculada Conceição, que vigia e protege a cidade de braços abertos.

 

Desci do morro e ai estava Ale me esperando, também chegou o marido dela, mas só demos uma saudação e ele foi embora. Daí fomos caminhando para La Chascona, a casa de Pablo Neruda. Paguei 4,000 CLP com direito a áudio-guia. La Chascona tem forma de barco, já que Neruda gostava muito do mar. Os quartos tem uma decoração linda e percebi que tinha muitos objetos trazidos do México, incluindo um quadro de Diego Rivera, onde pintou a Matilde, amante e posteriormente esposa de Neruda, onde mostra duas caras. Gostei muito dessa casa, se respira um ambiente de tranquilidade. Saímos de La Chascona y fomos caminhando para o Mercado de Artesanato Santa Lucía, fazendo escalas no shopping Patio Bellavista e no bairro Larrastia. Nesse trajeto vimos que a torcida do Colo Colo estava comemorando a vitória do seu time num jogo que houve esse dia, vi que eles são tão fanáticos do futebol quanto os argentinos e brasileiros.

 

No mercado aproveitei para comprar algumas lembranças e um casaco para me proteger do frio, pois de noite viajaria para Mendoza. Logo pegamos o metrô e descemos na estação Los Dominicos, onde visitamos o mercado de artesanatos nos terrenos que foram parte de um convento. Aí aproveitamos para descansar e almoçar. O que mais gostei desse mercado é que a maioria dos artesanatos são feitos pelos vendedores, pudendo admirar como alguns deles elaboravam figuras, máscaras e roupas. Pegamos o metrô de novo e ela se despediu de mim, mas o dia seguinte nós nos veríamos em Mendoza. Eu desci de novo na estação Santa Lucía para subir até o topo.

 

Desde o Cerro Santa Lucía é possível admirar os bairros próximos ao Centro de Santiago, pudendo ser admirada de novo a Cordilheira dos Andes. O vento pegava forte lá, mas a vista é sensacional.

 

Quando desci fui ao hostel para fazer o check-out e esperei um pouco até chegar a hora de partir para a rodoviária. Meu ônibus saia às 22h e tinha tempo para descansar um pouco. Chegou a hora de ir embora e peguei o metrô, trocando de linha na estação Baquedano e descendo na estação Universidad de Santiago, caminhei pelo interior da Terminal Alameda (onde saem os ônibus da Tur Bus) y logo atravessei a rua para chegar ao Terminal Sur, onde saia o ônibus para Mendoza pela linha Andesmar. Por ser domingo tinha muita gente, achei mais desorganizado do que nas rodoviárias da Cidade do México. O ônibus chegou e depois da abordagem já íamos para Mendoza. Dormi um pouco e quando acordei estávamos subindo as curvas “Los Caracoles”, uma região montanhosa com curvas fechadas próximas à fronteira. Quando chegamos à imigração fizemos os trâmites, mas esperamos mais de uma hora suportando um frio horrível enquanto a bagagem era revisada pela Alfândega. Pegamos o ônibus de novo e dormi de novo, só acordei quando estávamos chegando Mendoza.

 

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Vista do Centro de Santiago desde Cerro San Cristobal.

 

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Santiago ao fundo e o mexicano mostrando a bandeira.

 

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Eu saindo de La Chascona

 

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Eu com meu olhar safado desde o topo do Cerro Santa Lucía e os Andes ao fundo.

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14/04: Reencontros, bem-vindas e muito vinho

 

Cheguei a Mendoza às 4h 45, mas demoraram muito em entregar as nossas malas e todos estávamos nos congelando, pois o frio estava muito forte. Quando minha mochila foi entregue peguei um táxi fora da rodoviária para ir à casa da minha amiga Naty que mora na periferia de Mendoza, eu a conheci no encontro viajante em Tulum. O taxi cobrou $40 ARS e quando bati na porta ela saiu e me recepcionou, ela continua tão linda quanto eu a conheci. Estivemos conversando durante uma hora lembrando aquele encontro e falando dos planos para os três dias que estaríamos em Mendoza. Ela já tinha recepcionado meu amigo Irving, que chegou mais cedo do que eu, mas estaava dormindo. Também sabia que tinha chegado outr@ amig@, mas era secreto e só saberia quando essa pessoa acordasse. Como estávamos muito cansados fomos dormir para recuperar energia.

 

Quando acordei vi meu amigo Irving, depois de muitos meses de fazer planos. Mas a maior sorpresa foi saber que a viajante surpresa era uma menina chamada Griselda; eu a conheci quando foi ao México para curtir o Dia de Muertos em 2012 e demos um passeio pela cidade. Não acreditava nisso, ela foi para Mendoza só para nos ver. Logo de muito conversar e tomar café-da-manhã começamos o passeio. Pegamos um ônibus e descemos na prefeitura de Mendoza. Naty trabalha na prefeitura e conseguiu que um funcionário nos levasse para o terraço do prédio da prefeitura, e nos explicou a história da cidade, que foi fundada no meio de um deserto, mas os moradores reproduziram o antigo sistema de canais dos índios huarpes chamados acéquias. É por isso que hoje em dia Mendoza é uma cidade agrícola e a capital vinícola da Argentina.

 

A cidade foi destruída por um terremoto em 1861, muita gente morreu e por isso foi construída de novo ao sul da localização original, construindo praças para que as pessoas pudessem se proteger se acontecia outro terremoto. A vista desde o terraço é bem linda, pode se ver as praças os prédios e a Cordilheira dos Andes. Continuamos o passeio, visitando a Pinacoteca da Prefeitura (onde tem uma exposição de pinturas de Fidel Roig Matons, quem pintou as batalhas de aventuras do Exêrcito dos Andes durante a guerra de independência), a Casa de Governo da província e o Paço de Justiça. Todo esse conjunto de prédios é conhecido como Centro Cívico. Logo caminhamos pela Av. Belgrano e como tínhamos fome fomos a um restaurante de empanadas chamado Mascalzone, onde comemos umas empanadas deliciosas. ($10 ARS c/u). Logo pegamos o metrotranvia para visitar as bodegas vinícolas em Maipu, no sul da cidade.

 

Descemos na estação Gral. Gutiérrez e fomos visitar a Bodegas López, onde tivemos uma visita guiada e nos explicaram o processo de elaboração do vinho desde a colheita da uva até a venda do produto. Bodegas López se caracteriza por produzir vinho Malbec. A explicação muito boa e nos convidaram uma taça de vinho para experimentar, gostamos de mais. Queríamos visitar mais bodegas, mas era tarde e pagamos o metrotranvia de novo para ir à casa de Naty e tomar banho, pois tínhamos uma janta na casa dos tios dela.

 

Quando estávamos prontos chegaram à casa de Naty uns amigos dela, chamados Jorge, Emiliano e Verónica. Eu já tinha contato com eles no outro site e finalmente os conheci, pessoas muito agradáveis. Fomos de carro à casa dos tios de Naty e nos receberam de braços abertos, pois os conheci quando foram ao México e fui o “guia de turistas” deles enquanto estiveram na cidade. Também chegaram Ale (a senhora que me recepcionou em Santiago), Daniela e Gabriel, amigos viajantes. A janta foi o tradicional asado argentino, acompanhado de pasta, pizza e pão. Mas o melhor foi a companhia, pois conversamos muito, bebemos tequila (que eu levei desde o México) e comemos doces típicos mexicanos (e apimentados), parecia mais uma festa do que uma janta, estivemos tirando muitas fotos e mais de uma pessoa ficou bêbada, rsrsrs. Logo fomos embora para descansar, pois o dia seguinte visitaríamos a alta montanha.

 

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Vista da Cordilheira e da cidade desde o terraço da prefeitura.

 

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Vinhedos perto do Centro Cívico.

 

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Metrotranvía de Mendoza.

 

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Finalmente encontrei o verdadeiro amor em Mendoza.

 

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A galera viajante na janta de bem-vinda.

 

 

 

15/04: Alta Montanha: Aconcagua Beach e Puente del Inca

 

Acordamos cedo e quando estávamos prontos chegaram Emiliano, Daniela e Georgina (quem também esteve em Tulum) para irmos juntos nos carros de Georgina e Emiliano. Passamos por Ale e daí fomos para a Cordilheira. Fomos pela famosa Rota 40, uma estrada paralela à Cordilheira dos Andes, mas viramos na estrada que vai para o Chile.

 

Fizemos a primeira parada no Embalse Potrerillos, uma lagoa artificial onde se planeja construir casas e que serve para armazenar água durante a seca. Logo continuamos o caminho e passamos pela pré-cordilheira, um conjunto de montanhas que rodeia a cordilheira principal. As paisagens nesta região são muito lindas, no céu não tinha nuvem nenhuma e os álamos estavam cobertos de folhas amarelas, indicando o começo do outono.

 

Fizemos uma segunda escala em Uspallata, onde aproveitamos para tomar café da manhã e conversar um pouco, mesmo que o dia estava com sol o ar era muito frio, e o pior foi que eu estava ficando doente. Continuamos o caminho e nos adentramos no coração da cordilheira, a 3000 msnm, com montanhas gigantes e o Rio Mendoza ao nosso lado. Passamos perto do “Puente Del Inca” e o acampamento “Los Penitentes”, mas os visitaríamos na volta, pois o primeiro objetivo era visitar o Aconcágua, a montanha mais alta da América.

 

Chegamos ao Parque Provincial Aconcágua e pagamos o ingresso ($20 ARS). Desde o estacionamento era possível admirar a montanha coberta de neve, mas queríamos ir ao mirante onde tem a placa indicando o nome do local. Fomos por uma estrada pavimentada e logo por uma estrada de terra. Mesmo que o sol queimava os ventos eram fortes e muito frios. Fizemos a primeira parada no Lago Los Horcones, onde tiramos muitas fotos (incluindo a foto de perfil) e logo fomos ao mirante, onde tivemos uma sessão fotográfica intensa, cheia de alegria, vento, sorrisos e muito frio, mas admirando a beleza do Aconcágua. Também tem passeios para escalar a montanha (tem que pedir uma permissão) e trilhas, mas infelizmente não dava tempo para fazê-las. Fiquei maravilhado como esse parque e jurei que voltaria coisa que será realidade o próximo ano.

 

Nesse momento todos estávamos famintos e fomos comer a um lugar chamado Las Cuevas, onde tem restaurantes com o conceito tenedor libre (comer o que puder). Nós pagamos $100 ARS e comemos muito bem, pois tinha pasta, milanesa, sopa, legumes, etc. O meu regime foi destruído esse dia, mas comi muito bem.

 

Logo fomos para o Puente Del Inca, uma ponte de pedra com águas sulfurosas, é por isso que tem essa cor amarela. A lenda diz que um príncipe inca estava doente e que a cura eram as águas que estavam na outra beira do rio, mas era impossível chegar lá por causa da força da água do rio. Quando não tinham mais esperanças de repende apareceu uma ponte que permitiu chegar ao outro lado. O príncipe se salvou e todos foram felizes. Nesse local tiramos muitas fotos (Não sei o porquê, mas todos nós somos viciados em tirar fotos) e também visitamos a feria de artesanatos.

 

Voltamos para Mendoza e por causa do ar seco comecei me sentir mal, peguei uma alergia e tinha a garganta e o nariz secos, mas tomei remédios e me senti melhor. Na casa de Naty estivemos só uns minutos e fomos para um restaurante chamado Balzac, famoso pelos sanduíches gigantes. Chegaram Jorge, Gabriel, a filha da Georgina e uma amiga de Irving chamada Carolina. O garçom nos perguntou o que íamos pedir e eu pedi um sanduíche de “ternera”, mas como era gigante decidi convidar a metade ao Irving, esos sanduíches estavam deliciosos. Na janta conversamos e bebemos muito, mas também fizemos um sorteio de presentes, onde Naty e eu fomos os primeiros ganhadores, mas como nós escrevemos os papéis, a galera disse que foi pura batota, foi divertido demais. Irving e eu entregamos alguns presentes para a galera e também lhes convidamos alguns doces típicos, incluindo doce de leite (No México é chamado cajeta, mas na Argentina cajeta é vagina, isso foi motivo de muitas piadas) e doces de tamarindo.

 

Antes de ir a casa tiramos fotos no escudo da cidade iluminado na Praça Independência, achei bonito esse escudo. A galera tirou mais fotos e logo fomos dormir para curtir o nosso último dia em Mendoza.

 

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Embalse Potrerillos.

 

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A Cordilheira vista desde a estrada.

 

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O lago Horcones, o Aconcagua ao fundo e o mexicano.

 

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Mirante do Aconcágua

 

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Puente del Inca

 

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Parte da galera na Praça Independência.

 

 

 

16/04: Passeio na Mendoza histórica

 

Acordamos cedo e pagamos o ônibus para a Prefeitura, pois teríamos um tour de graça pela cidade. À prefeitura chegaram Gabriel y Ale, e finalmente se apresentou o nosso guia chamado Mariano, um cara muito simpático. Pegamos uma van e começamos o roteiro.

 

Enquanto passávamos pelas ruas e praças da cidade o Mariano nos falou da história da cidade, lembrando a história que o funcionário da prefeitura nos disse na visita ao terraço. Chegamos ao Parque General San Martín, o parque principal da cidade, o qual é muito famoso pelos portões da entrada. Descemos perto da Fuente de los Continentes, na qual se representam os 4 continentes maiores: América, Europa, África e Asia. Um fato curioso desta fonte é que não tem uma vista definida e parece igual desde qualquer ponto onde é vista. Caminhamos pelo parque, visitando o lago artificial criado no interior e admirando as àrvores plantadas. Outro fato curioso é que a maioria das plantas e árvores do parque são de outras regiões do país, pois a região era deserto. Pegamos a van de novo e subimos ao Cerro de La Gloria.

 

Este morro, ao contrário do que muitas pessoas pudessem pensar, não é um mirante, pois não é possível admirar a maior parte da cidade, mas no topo foi construído um monumento fazendo homenagem ao Exército dos Andes. A estrutura é de pedra e em cima tem umas esculturas de bronze representando a San Martin, libertador da Argentina, os oficiais que o acompanharam na luta pela independência da América do Sul e umas placas indiciando o processo de formação do exèrcito. Também aparecem os escudos do Chile e do Peru, países liberados por San Martín. Descendo do morro vimos o auditório onde se faz a Festa da Vendimia, uma das maiores festas vinícolas da Argentina e logo fomos para o Museu da Área Fundacional.

 

Este museu foi construído no local onde a cidade estava localizada antes do terremoto de 1861, aí se encontrava o Cabildo, a catedral e a praça principal. No museu é possível conhecer a história da província desde a época pré-colombina até os nossos dias. Saímos do museu e descemos umas escadas, entrando por um túnel que nos levou à fonte da antiga praça, que com o passar dos anos ficou enterrada baixo da terra. A fonte se vê deteriorada, mas conserva o desenho original, sendo conservada como testemunha daquela terrível tragédia.

 

Caminhamos um pouco e visitamos a ruínas da Igreja de São Francisco, que também foi destruída pelo terremoto, se conservando só algumas estruturas da mesma, também foi preservada como testemunha. Pegamos a van de novo e o Mariano se despediu, mas desejou para Irving e para mim uma feliz estadia na Argentina. O motorista nos deixou no centro de Mendoza.

 

Descemos na rua San Martin e entramos num shopping com uns vitrais muito bonitos. Enquanto os outros admiravam o local, Naty e eu fomos trocar dinheiro nas famosas “cuevas”, onde consegui uma cotação de $9,20 ARS por dólar, não foi a melhor mas a taxa oficial era de $7,5 ARS. Continuamos o passeio e chegamos à Praça Independência, onde tiramos a foto com o escudo o dia anterior. Um fato importante é que a maioria das praças na Argentina oferecem Wi-fi gratuito, é boa opção para os que querem conseguir internet enquanto viajam. Aí encontramos a Emiliano, Verônica, Jorge e Carina, outra amiga e fomos comer a um restaurante chamado La Patrona, onde comemos empanadas mais gostosas do que na Mascalzone. Aí aproveitamos para comer os ovos de páscoa, que seria dia domingo. Continuamos caminhando sem rumo pelo centro da cidade e decidimos comer um sorvete numa loja perto da Praça Independência.

 

Finalmente chegamos a um prédio muito lindo que foi sede de um banco e hoje em dia é usado para eventos culturais. Neste local nos despedimos da galera, pois Irving e eu iríamos para outras cidades e Naty ia trabalhar, a despedida foi muito emotiva, pois graças aos amigos mendocinos a gente pôde curtir a estadia na cidade. Jamais vou deixar de agradecer o que eles fizeram por nós.

 

Irving, Griselda e eu voltamos à casa de Naty e arrumamos as nossas mochilas, mas iríamos a cidades diferentes: Irving para Córdova e eu para Rosário, enquanto Griselda voltaria para Buenos Aires o dia seguinte, mas só para nos receber lá na sexta. O Jorge ligou para Griselda e ofereceu me levar à rodoviária, uma prova mais de que os mendocinos são fantásticos. Despedi-me dos meus amigos (mas nos veríamos dois dias depois). Na rodoviária me despedi de Jorge, mas antes comprei mais remédios para a alergia e peguei o ônibus da linha Andesmar, saindo da rodoviária às 19h30.

 

O ônibus era confortável e o serviço muito bom, oferecendo uma janta e café da manhã com alfajores, sanduíches, sucos, refrigerante, café e chá. O trajeto foi de 13 horas, mas descansei muito bem: às 8h30 do dia seguinte cheguei a Rosario, com muita energia para seguir passeando pela Argentina.

 

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Fuente de los Continentes.

 

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Monumento ao Exército dos Andes

 

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Fonte original da cidade enterrada depois do terremoto de 1861

 

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Ruinas de São Francisco

 

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Irving e eu nos despedindo na Naty. Valeu por tudo.

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Primeiro dia em Rosário

 

Quando desci do ônibus percebi que o clima de Rosário era muito diferente ao clima de Mendoza, pois se sentia mais unidade, o bom é que estava fresco. Peguei um táxi que me levou ao Hostel La Casona de Don Jaime 2, localizado no centro rosarino. Como cheguei cedo deixei a mochila no guarda-volume e tomei um banho enquanto uma amiga rosarina chamada Melina chegava por mim. Ela me contatou quando soube que iria à cidade se ofereceu para ser a minha guia :) Ela chegou pontual acompanhada de uma rã de pelúcia que os viajantes de Rosário adotaram como “animal de estimação”. Melina é uma menina muito agradável, o qual confirmei durante o passeio.

 

O primeiro local que visitamos foi a casa onde o Che Guevara nasceu, eu pensei que seria um museu dedicado a ele, mas hoje em dia é um condomínio privado e não é possível acessar. Continuamos caminhando pelas ruas do microcentro e vi muitos prédios de estilo francês e art déco. Chegamos a rua Córdova, a qual é exclusiva para pedestres, onde tem prédios muito lindos mas os mais bonitos ficam na “Esquina de las Cúpulas”, onde se localizam os prédios Bolsa de Comercio, Inmobiliaria Compañía de Seguros Generales e o antigo Hotel Palace. Também vimos o Palacio Minetti, um prédio de estilo art déco o qual tem os elevadores muito bonitos, mas não conseguimos entrar. Continuamos caminhando pela rua e chegamos à Praça 25 de Maio, visitando a Catedral da cidade, a qual tem uns vitrais muito bonitos, especialmente o vitral onde se representa a benção da bandeira argentina.

 

Caminhamos um pouco e chegamos ao Propileo, um prédio de estilo grego que fica atrás do Monumento à Bandeira Argentina. Este monumento foi construído no lugar onde a atual bandeira argentina foi içada pela primeira vez. No topo do monumento tem um mirante ($8 ARS) desde o qual é possível admirar a cidade desde os quatro pontos cardinais. A vista é maravilhosa e destacam o Rio Paraná (que conheci quando fui a Iguaçu em 2012), o Microcentro e a ponte Victória, postal da cidade. A cidade destaca por ser a segunda cidade argentina mais verticalizada, prédios de mais de 10 andares estão distribuídos pela cidade. Quando descemos tiramos fotos em frente do monumento com a minha bandeira tricolor; foi então que um repórter de ElTrece (canal de notícias) pediu me entrevistar para saber os motivos pelos quais estava visitando Rosário, eu não gosto de sair na TV mas disse: “Bah, estou em outro país, ninguém vai me ver ”. Sabe de nada Erick, o dia seguinte uma amiga de Buenos Aires me disse: “Erick, o vi na TV, vou gravar a sua entrevista”. E todos meus amigos e conhecidos souberam dessa entrevista, rsrsrs.

 

Nesse momento Melina foi contatada por um casal de Pergamino (cidade próxima a Rosário) avisando que estavam chegando para me ver. Eu os conheci quando foram ao México e me quando souberam que estaria na Argentina se ofereceram para me acompanhar nos passeios. Esperamos por eles e quando chegaram nos demos um forte abraço, pois tinha quase seis meses que não nos víamos.

 

Fomos ao cais para perguntar os preços do passeio de catamaran (barco), mas infelizmente esse dia não tinham mais bilhetes :( Meli foi para resolver alguns assuntos mas na noite nos veríamos para ir jantar com a galera viajante de Rosário. Sílvia, José e eu estávamos famintos e fomos almoçar a um restaurante recomendado por Meli chamado El Cairo. Este restaurante tem uma decoração muito linda e nas noites oferecem shows de cantores e tango. Gostamos muito deste lugar, a comida excelente e os preços bem em conta. Aproveite para dá-lhes uns presentes e a camiseta que ganhei no sorteio “babota” em Mendoza.

 

Pegamos o carro de novo y demos um passeio pela Costanera, o parque que fica na beira do Rio Paraná. Logo fomos pela Av. Oroño, onde tem casas muito bonitas e mansões do século XIX, além de bares, restaurantes e escolas. Chegamos ao Parque Independência, o principal da cidade, onde tem faixas para ciclistas e pedestres e o ambiente é muito familiar, pois as famílias caminhavam tranquilamente, as crianças brincavam, os namorados se beijavam; um ambiente muito bonito. Logo fomos pela Costanera e decidimos entrar a um restaurante para tirar fotos da ponte Rosário- Victoria que fica perto das praias; Rosário é uma cidade que tem praias na beira do Paraná e quando o clima está quente os habitantes vão lá para se refrescar. Como não fomos atendidos decidimos sair daí tomar “erva-mate” na rua mesmo. Finalmente fomos para o “Paseo de los Caminantes”, o ponto mais próximo à Ponte Rosário-Victória. Neste ponto começou esfriar a cidade e decidimos retornar para o hostel, eles fariam umas compras e voltariam para Pergamino enquanto eu descansava um pouco e tomava banho. No hostel descansei um pouco e Meli chegou pontual ao hostel às 20h30.

 

Pegamos um ônibus e em menos 15 minutos chegamos à casa de Mena, quem organizou a janta. Na casa dela conheci a Marcelo, Emanuel, Viviana e Cecília, conversei muito com eles, pois os tinha contatado antes de viajar. Também chegaram Luis e Silvia, que ficaram trancados na cidade porque uma ponte caiu e era impossível sair da cidade. Conversamos, comemos e bebemos muito, entregando doces e presentes para cada um. Depois de ficar mais gordos fomos embora, mas eu veria a Marcelo e Meli o dia seguinte. Pegamos um táxi e cada um voltou para casa e, no meu caso, ao hostel.

 

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Casa do Ché Guevara.

 

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Eu no Monumento à Bandeira.

 

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Luis, Silvia e Melina na Costanera, e o Monumento à Bandeira atrás de nós.

 

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Ponte Rosário-Victória, postal rosarina.

 

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Lago do Parque Independência.

 

 

 

Últimas horas em Rosário e chegada a Buenos Aires

 

Descansei bem e Chelín chegou cedo ao hostel para continuar o passeio e curtir as poucas horas que tinha em Rosário. Caminhamos pelo Centro Cívico e visitamos a Praça San Martín, o Ex-Paço de Tribunais (sede atual da Faculdade de Direito da Universidade Nacional de Rosário), caminhamos pelas ruas e chegamos à Costanera,perto do “Parque de las Colectividades”. Logo pegamos o Blvd. Oroño, que o dia anterior visitamos andando de carro, mas esse dia caminhamos pela avenida. Andando tranquilamente pudemos admirar as mansões que ainda estavam preservadas que contrastavam com os modernos prédios distribuídos pelo bulevar.

 

Como tínhamos fome e sede decidimos entrar num restaurante Bar chamado Rock and Fellers, o qual tem uma decoração de conceito roqueiro, fotos de cantantes e grupos de rock famosos. Eu pedi um refrigerante e o Chelín pediu umas batatas calóricas, mas deliciosas. Para queimar as calorias das gordices que comemos continuamos caminhando e quando estávamos chegando ao Parque Independência a Meli chegou, fazendo o passeio mais agradável.

 

Quando chegamos ao Parque vimos o prédio do Museu Nacional das Belas Artes (que estava fechado) e a Av. Pellegrini. Tiramos fotos em um ponto chamado “El calendario”, o cual indica a data do dia com flores e pedras, muito bonito. Pegamos a Av. Pellegrini, onde fica a maioria dos restaurantes de comida internacional. Por curiosidade vi o cardápio de um restaurante de comida “mexicana” com pratos que eu desconhecia. Eram às 13h e precisava ir à rodoviária, me despedi de Meli e o Chelín se ofereceu para me acompanhar à rodoviária.

 

Pegamos um taxi e primeiro fomos ao hostel para pegar a mochila e logo fomos para o terminal. Quando chegamos pensei que ia ter muita gente, mas estava muito tranquilo. Deu tempo para comprar algumas lembranças e alfajores, e quando chegou a hora de pegar o ônibus para Buenos Aires pela linha Chevallier e me despedi de Chelín, agradecendo tudo o que fez por mim durante a estadia. O ônibus partiu da rodoviária. Durante o trajeto o ônibus fez escala em algumas cidades pequenas, como queria descansar um pouco dormi durante o trajeto.

 

Quando acordei vi que estávamos na área metropolitana de Buenos Aires, e nesse momento descobri que o ônibus tinha Wifi, então pude me contatar com os amigos de Buenos Aires, avisando que estava chegando à cidade. Um deles chamado Diego iria por mim à rodoviária. Minutos depois vi os trilhos dos trens e o aeroparque Jorge Newbery: estava chegando a Buenos Aires. Quando estávamos entrando na rodoviária do lado direito vi a famosa “Villa 31”, assentamento tipo favela muito conhecido na cidade, fiquei impressionado. E quando vi o ônibus já estava na plataforma: tinha chegado a Buenos Aires.

 

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Centro Cívico Rosarino

 

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Costanera do Rio Paraná

 

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Almoçando com o Chelín no restaurante Rock and Fellers

 

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Com Chelín e Meli no calendário do Parque Independência.

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18/04: Conhecendo a Buenos Aires noturna

 

Quando desci do ônibus vi meu amigo Diego (também o conheci em Tulum) me esperando nas plataformas. Estávamos contentes, pois o momento que a galera estava esperando finalmente chegou. Fomos para o estacionamento e pegamos o carro dele, pois ia me levar à casa de Griselda. No trajeto conversamos sobre o que foi das nossas vidas, os planos que tínhamos durante a estadia na cidade e sobre os nossos amigos. Era a hora do pôr do sol e passamos pelos bairros de Retiro e Puerto Madero, sendo este último o bairro mais caro e exclusivo da cidade. Também passamos em frente do Luna Park e da Casa Rosada (mas se via roxa por causa da iluminação). Pegamos a Av. Paseo Colón (que antigamente era o limite da cidade, pois ficava aí a beira do Rio da Prata) e nos internamos em San Telmo, onde Griselda mora.

 

Quando cheguei toquei o sino e ela me abriu, feliz porque agora eu estava na sua cidade, depois de conviver três dias em Mendoza. Descansei um pouco e conversamos sobre os planos para o dia sábado, já que Irving chegaria cedo. Também aguardei a chegada de Sandra, outra amiga da cidade com quem tinha conversado muito e finalmente teria oportunidade de conhecê-la. Quando ela chegou nos abraçamos e fomos para conhecer a cidade de noite. Gri ficou em casa, pois tinha que trabalhar.

 

O primeiro ponto que visitamos foi a estátua de Mafalda na esquina das ruas Chile e Defensa. Mafalda é um personagem muito conhecido no mundo, pois o autor, Quino, quis transmitir através dela o sentir da humanidade com as mudanças nos hábitos das pessoas na sua época. Como era de noite tiramos muitas fotos que ficaram lindas, pois um dos meus maiores desejos era tirar a foto com ela. Mafalda era só o início de um roteiro bem legal chamado “Paseo de la Historieta”, onde tem as figuras de vários personagens de quadrinhos argentinos, entre os que destacam Mafalda, Gaturro, Larguirucho, e Inodoro Pereyra; começa em San Telmo e finaliza em Puerto Madero.

 

Quando chegamos a Puerto Madero pudemos ver que o bairro é muito exclusivo, com muitas lojas, prédios altos e pessoas bonitas. Tiramos umas fotos nos diques, desde onde é possível ver as águas iluminadas pelas luzes do bairro. Logo fomos para a Costanera, onde tem as famosas “parrillas”, onde preparam linguiças, bifes, hamburguesas e mais comida. A Costanera fica próxima à Reserva ecológica, que nasceu nos terrenos ganhados ao mar. Caminhamos um pouco e aguentamos a fome, pois era sexta-feira santa e ambos respeitamos o jejum.

 

Voltamos para a zona central e entramos de novo a Puerto Madero, mas estávamos na zona turística, onde ficam todos os restaurantes, escritórios e apartamentos. Tiramos fotos bem legais na Ponte da Mulher, uma ponte muito linda e bem iluminada. Logo caminhamos para o Microcentro e chegamos à Praça de Mayo, o coração da cidade. Nesta praça é onde tem muitos movimentos sociais e protestos. A praça está rodeada de vários prédios, destacando: A Casa Rosada, sede do poder executivo, o Cabildo, sede do governo local, o prédio da AFIP (quem impôs as restrições monetárias) e a Catedral Metropolitana. Aproveitando que era Sexta-feira Santa decidimos entrar.

 

O estilo arquitetônico da Catedral é muito diferente a outras catedrais que eu conheço, pois não as torres típicas que estas igrejas têm e sim parece um teatro, razão pela qual é fácil diferenciá-la. Quando entramos tinha muita gente, esperando receber a benção dos padres e bispos. O interior é muito lindo, como disse parece um museu, paredes cobertas de mármore e pinturas bem conservadas. Aproveitamos para receber a benção e visitar o túmulo de José de San Martín, o libertador da Argentina.

 

Saímos da Catedral e já era sábado, era hora de jantar. Pegamos a Rua Florida, uma das ruas principais para pedestres, que nesse momento estava vazia por ser meia noite. Mas de dia muda completamente, pois está lotada de pessoas, vendedores e cambistas (ou “arbolitos”, quem trocam o dinheiro no mercado ilegal. Depois pegamos a Av. Corrientes e entramos numa pizzaria chamada Las Cuartetas, onde pedimos a metade da pizza havaiana e a outra metade só de presunto ($100 ARS). Como eu estava faminto comi 5 fatias da pizza, enquanto Sandra só comeu duas. Em Buenos Aires, tal como aconteceu em São Paulo, houve muita imigração italiana, o que influiu no estilo de vida atual dos “portenhos”, herdando o costume de comer pizza mas adaptando ao estilo local.

 

Saímos da pizzaria e continuamos caminhando pela Av. Corrientes, centro da vida noturna e cultural da cidade, cheia de restaurantes, bares e teatros. Caminhamos um pouco e chegamos à Av. 9 de Julio, onde se localiza o talvez mais conhecido monumento da cidade: O Obelisco. Tiramos a primeira de muitas fotos neste local y continuamos caminhando pela Av. Corrientes, chegando à zona gastronômica, pois tem muitos restaurantes, pizzarias, confeitarias e também mais teatros. Logo Sandy me tirou fotos com as figuras de Olmedo e Portales sentados. Depois entramos em um centro comercial a céu aberto. Nesse momento comecei sentir o cansaço, e voltamos para San Telmo. Pegamos um ônibus na avenida que nos deixou perto da casa de Griselda. Despedi-me de Sandra e nos veríamos na janta do dia seguinte. Assim que cheguei fui dormir, pois estava com muito sono e teria que acordar cedo.

 

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Esta era a foto mais esperada da viagem: com a eterna Mafalda.

 

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Na Ponte da Mulher.

 

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A Casa Rosada.

 

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A Virgem de Guadalupe presente na Catedral de Buenos Aires.

 

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Admirando o Obelisco.

 

 

 

19/04: Visitando os estádios e os cantinhos da Capital Federal

 

Acordei às 7h, mas parecia zumbi, pois só tinha dormido 2 horas e meus pés estavam cansados por tudo o que caminhei a noite passada. As 7h45 chegaram Diego e Irving, que vinha de Córdova. Tomamos café da manhã e junto com Gris pegamos o carro de Diego para começar os passeios. Esse dia queríamos visitar os estádios dos principais times do país: River Plate e Boca Juniors, e o Palácio Barolo. Pegamos a Av. Paseo Colón e passamos de novo perto da Casa Rosada, Puerto Madero e Retiro. Entramos nos Bosques de Palermo e chegamos ao Estádio Monumental do River Plate. Chegamos antes das 10h e ainda estava fechado, portanto aproveitamos para a sessão fotográfica que não podia faltar. Quando abriram nos disseram que os jogadores estavam treinando e não seria possível visitar o campo de jogo, que era o principal objetivo. Decidimos não entrar e continuar o passeio.

 

Pegamos o carro de novo e passamos pela zona portuária de Buenos Aires e perto do aeroparque Jorge Newbery. Saimos da cidade autônoma e passamos fora da Casa de Olivos, residência presidencial (eu brincava muito com eles porque dizia que a Cristina Kirchner era a minha amiga íntima). Nesse momento Alex, outro amigo que conhecemos em Tulum nos contatou e decidimos vermos no Bairro Chinês. Aí nos encontramos de novo e aproveitamos para caminhar um pouco, entrar nas lojas e comer picolés coreanos (mas não era bairro chinês ????? rsrsrs).

 

Pegamos o carro de novo e fomos direto para La Bombonera, pegando o caminho já conhecido (Paseo Colón). No trajeto vimos o Prédio da Faculdade de Direito da UBA, o Edifício da Fazenda e o Prédio sede do exército argentino. Logo de uns minutos chegamos ao estádio, e deixamos o carro num estacionamento perto dele.

 

Griselda decidiu esperar fora do estádio, enquanto Diego, Irving, Alex e eu entramos nele, o ingresso costou $70 ARS. O primeiro que se visita é o museu, onde se expõem fotografias, filmes, camisetas, chuteiras e troféus. O herói deste museu é Maradona, sendo expostas algumas estátuas e fotografias dele. Também visitamos os palcos e a cancha, onde predominam as cores douradas e azuis (com sessão de fotos inclusa). Logo pegamos a visita guiada onde conhecemos o palco VIP, as grades, a área de preparação, os chuveiros e uma breve explicação de cada ponto. Quando saímos do estádio encontramos a Gris com duas amigas: Lícia de Buenos Aires e María de La Plata. Foi então que decidimos ir para El Caminito, mas tínhamos fome e decidimos comer o famoso choripan num posto de rua, muito gostoso. Pagamos $20 ARS por cada um.

 

Caminhamos três ruas e chegamos a El Caminito, o principal ponto turístico de La Boca junto a La Bombonera. El Caminito representa o modo de viver dos imigrantes italianos que chegaram a Buenos Aires e as precárias condições em que viviam. Eles construíram casas de madeira e folhas de metal muito coloridas chamadas “conventillos”, onde moravam famílias inteiras. Hoje em dia está adaptado para o turista, mas é uma experiência bonita. Tem shows de rua, tango e muitas atividades culturais. Também tomarmos umas fotos na beira do Riachuelo, o rio principal da cidade e talvez o mais poluído do país.

 

Como estava chegando a hora da visita guiada no Palácio Barolo decidimos ir embora. Diego, Alex e eu decidimos ir de carro, enquanto as meninas e Irving foram de ônibus. Em menos de 20 minutos chegamos a este majestoso prédio, construído na Av. De Mayo, perto do Congresso. Quando chegamos estavam vários amigos viajantes nos esperando, alguns já os conhecia e outros era a primeira vez que os via mas já mantínhamos contato no site de viajantes. A tarifa para argentinos e residentes, é de $75 e de $110 para os estrangeiros. O nosso guia se chamava Thomas Tharingen.

 

O prédio foi desenhado por Mário Palanti por encargo de um empresário chamado Luis Barolo. Thomas nos explicou que o prédio foi inspirado no libro Divina Comédia, obra de Dante. O prédio se divide em três seções: o inferno, o purgatório e o céu. Os primeiros nove andares representam o inferno, sendo o térreo o fundo do mesmo. Os próximos 10 andares são o purgatório, onde nas paredes é possível ver figuras de capetas e diabos. Depois chegamos ao andar 19, onde tem vários balcões desde os quais é possível admirar a cidade desde todos os pontos cardinais. Não tenho palavras para descrever a maravilhosa vista que tivemos desde esses mirantes. Era fácil distinguir alguns prédios como o Congresso, o Obelisco, prédios de Puerto Madero e a Casa Rosada. A galera foi muito animada e curtimos bastante o passeio. Mas tínhamos que chegar ao “céu”. O grupo foi dividido em dois, pois tínhamos que subir mais três andares. No céu tem um faro, o qual representa os Nove Coros Angelicais. Desde aqui se tem uma vista de 360º da cidade. Descemos de novo para o nono andar e tiramos a foto grupal. O Thomas nos disse também que os escritórios podem ser alugados por menos de $3000 ARS.

 

Saímos do Barolo e fomos para a Praça do Congresso, onde vimos um lindo pôr do sol. Voltamos caminhando pela Av. de Mayo e caminamos para o Obelisco, tirando mais fotos individuais e grupais. Seguimos caminhando e pegamos de novo a Av. de Mayo, visitando de novo a Praça de Mayo e os prédios nas redondezas (que eu tinha conhecido a noite anterior). Logo fomos caminhando pela Rua Defensa até chegar à Pizzaria La Continental, na esquina com Chile, em frente da Mafalda.

 

Irving e eu fomos para casa de Griselda para trocar de roupas, mas eu sai antes porque ia ver umas amigas brasileiras que também estavam visitando a cidade, chamas Carol (De Salvador) e Maria (De Lavras). Nos juntamos com a galera e conversamos e rimos muito, ao mesmo tempo que comíamos a pizza. Foi um grupo muito lindo e fizemos intercâmbio de presentes e doces, incluindo uns alfajores que Chelín me deu em Rosário para convidar à galera. Foi uma janta de bem-vinda fantástica. Mas como a noite ainda era jovem fomos para um bar perto da pizzaria chamado “La Barceloneta”, onde continuamos a festa. As 3h30 saímos daí e fomos todos dormir (Alex foi conosco), pois o dia foi cansado e tínhamos muito mais por conhecer na cidade da fúria.

 

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Estádio "La Bombonera".

 

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El Caminito.

 

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Vista do Congreso desde o Palácio Barolo.

 

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Visitando o Obelisco pela segunda vez.

 

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Foto Grupal no Obelisco.

 

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A galera argentina nos recebendo na janta de bem-vinda. Pizzeria La Continental.

 

 

 

20/04: Microcentro de dia e noite teatral

 

Na janta surgiu o plano de visitar La plata, mas afinal desistimos, pois esse dia finalizaria o feriado e todo mundo estaria voltando para Buenos Aires. Irving, Alex e eu decidimos dar um role pela feira de San Telmo, pois estava fora da casa de Griselda, na rua Defensa; nesta feira são vendidas coisas antigas, camisetas, chaveiros, mates, ímãs, comida e muitas coisas mais, algumas coisas são baratas e outras pode pechinchar.

 

Chegamos à Plaza de Mayo, onde tiramos fotos diurnas da Casa Rosada e dos prédios nas redondezas, as fotos ficaram bem diferentes das fotos noturnas. Como os três gostamos de posar nas fotos ficamos muito tempo tirando fotos. Logo tiramos fotos da Catedral e do Cabildo, e continuamos caminhando pela Av. Roque Saénz Peña para tirar fotos diurnas do Obelisco (sim, voltamos pela terceira vez).

 

No Obelisco continuamos tirando fotos, mas fazendo algumas fotos artísticas, onde eu peguei o monumento com os dedos. Quando estávamos tirando fotos nos encontramos com uma família mexicana sonorense que estava visitando Buenos Aires também, conversamos muitos sobre o nosso país e os problemas cotidianos. Como tínhamos programado o almoço num restaurante de comida peruana, fomos caminhando pela Av. 9 de Julio e pegamos de novo a Av. de Mayo, fazendo o trajeto inverso que a gente fez a noite anterior, passando de novo pelo Congresso e o Palácio Barolo. Fora do Palácio Barolo a gente se encontrou com Griselda e outro viajante chamado Facundo, que iria conosco ao almoço; localizamos o restaurante chamado Estatus, junto à praça do Congresso.

 

No Estatus nos encontramos com Sara e Diego, que esperavam a nossa chegada. Como não somos expertos em culinária peruana Sara foi que elegeu e pediu os pratos que a gente almoçou, acompanhados de Inca Kola. Os pratos estavam deliciosos, foi uma mistura de arroz, peixe, ceviche e outras delícias. No almoço lembramos os bons momentos que tivemos no encontro de Tulum, e enviando saudações aos nossos amigos ausentes. Depois do almoço o Alex foi embora, pois ele mora longe da Capital Federal.

 

Continuamos os passeios e visitamos alguns locais próximos, como o prédio da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires e o Palacio de Aguas Corrientes. Logo entramos no bairro Recoleta, um dos mais chiques da cidade, e visitamos a Livraria El Ateneo, que fica no prédio do antigo teatro Grand Splendid. Este teatro foi condicionado para ser livraria, mas respeitando o desenho original; os palcos têm estantes de livros e o cenário é uma cafeteria, adoramos esse prédio. Voltamos para San Telmo para comprar algumas lembranças e Griselda recebeu uma chamada da Lícia, que nos convidou para assistir uma obra teatral; eu aceitei.

 

Antes de ir com Lícia fomos tomar um café num local chamado Café La Poesía, na esquina das ruas Chile e Bolívar. Neste lugar onde se reuniam artistas, poetas, escritores e cantores; a decoração é linda e tem fotos de pessoas famosas que visitaram o Café. Os preços são bons (Eu paguei $30 ARS por um café com leite e pão caseiro.). Afinal me despedi e fui ao encontro de Lícia. Fui caminhado pela rua Defensa à Plaza de Mayo e peguei o subte na estação Bolívar da linha E. Eu pensava chegar às 21h00, mas o metrô demorou em sair da estação. O trem estava muito velho e eu estava sozinho no vagão, senti o ambiente tétrico. Cheguei à estação Boedo às 21h10 e Lícia estava me esperando, como a obra estava começando fomos correndo ao teatro localizado na esquina das ruas Boedo e México.

 

A obra que assistimos se chamava “La omisión de la familia Coleman”, a qual trata de uma familia disfuncional que não se respeita e tem muitos problemas por isso. Eu gostei muito da obra, principalmente porque aprendi muita gíria argentina que a Lícia me “traduzia” quando eu não entendia. Saindo da obra fomos a um café chamado Café Margot, irmãozinho do Café La Poesía, com o cardápio idêntico. Tomamos um café e aproveitamos para trocar dinheiro, estabelecendo uma taxa de câmbio boa para os dois. Logo de conversar nos despedimos e peguei um táxi à casa de Griselda, pagando $40 ARS. Assim que cheguei fui dormir, pois estava muito cansado e ainda tinha muito por fazer.

 

 

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Plaza de Mayo.

 

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Catedral metropolitana.

 

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Pegando o Obelisco (Olha só a cara cansada).

 

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Livraria "El Ateneo".

 

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Voltei ao México sem sair de Buenos Aires.

 

 

 

21/04: Saindo e entrando ao circuito turístico: Balvanera e Recoleta

 

Irving, Griselda e eu acordamos cedo para dar fazer um passeio por San Telmo. Visitamos alguns lugares emblemáticos como a Casa Mínima, o Mercado de San Telmo, as lojas de antiguidades e a Igreja de San Pedro Telmo. Eu veria as amigas brasileiras às 10h30, e Irving veria outros amigos na Plaza de Mayo e pagamos o ônibus, enquanto Griselda voltou a casa e nos veria na noite.

 

Na Plaza de Mayo Irving e eu nos despedimos, pois talvez não nos veríamos mais nessa viagem. Eu fui ao encontro das minhas amigas que estavam hospedadas no Hostel Florida Suites, na rua Florida. Enquanto caminhava pela rua ouvi um monte de gente gritando “Câmbio, câmbio, dólares, euros, reais”. Eram os famosos “arbolitos”, onde o pessoal troca dinheiro por uma cotação maior mas sempre tem o risco de pegar nota falsa. Quando nos encontramos fomos para o Congreso de novo, pois veríamos a Sara para fazer um tour de compras (Pois é, queria comprar lembranças baratinhas).

 

Foi assim que saímos do Microcentro e entramos no bairro Balvanera, onde tem um monte de lojas chinesas e de produtos argentinos bem baratos. Aproveitei para comprar chaveiros, mates, ímãs e roupas. Esse bairro não é bonito nem turístico e recomendo ir acompanhado por alguém, mas vai comprar muitas coisas com pouca grana. Caminhamos um pouco mais e chegamos à Av. Corrientes, que em vez de teatros e centros noturnos tem lojas y shopping; as brasileiras aproveitaram para fazer algumas compras e eu aproveitei para procurar camisetas para meus irmãos. Nesse momento Carol e Ana tinham que ir embora para fazer o pagamento da hospedagem, me despedi delas e prometi visitá-las nas cidades onde moram (Salvador e Lavras).

 

Sara e eu fomo caminhando pela Av. Jujuy e disse para ela que estava com fome e queria almoçar pasta, ela sugeriu um restaurante que fica nas redondezas da estação ferroviária Once, em frente da qual passamos mas não tirei fotos, pois tinha muita gente e o bairro não é seguro. O restaurante se chama “La Perlita” e quando li o cardápio não acreditava que os preços fossem tão baixos, pois no México comer pasta é caríssimo. Eu pedi raviólis e ela spaguetti, os pratos eram abundantes e gostosos; enquanto almoçávamos aproveitamos para intercambiar presentes, pois ela me trouxe uma pedra da Europa (é sério) e um ímã da Grécia, enquanto eu dei para ela doces típicos mexicanos e uma boneca otomí. Como ainda tinha programado alguns passeios com outros amigos e ela ia trabalhar mais tarde nos despedimos, mas me disse que me veria na noite para jantar juntos e entregar presentes para levar aos amigos mexicanos. Valeu por tudo Sara.

 

Peguei o metrô na estação Plaza Miserere da linha A e desci na estação Peru; o contraste dos trens modernos desta linha com os trens da linha E é total, estes trens eram novos e com ar condicionado; adorei o subte. Quando desci e troquei de estação para a linha B vi nas paredes alguns quadrinhos da Mafalda, foi uma surpresa pra mim vê-los. Sai do subte e fui caminhando pela rua Florida, como era a hora do almoço estava mais cheia e os “arbolitos” se multiplicaram. Fui caminhando a rua Maipu, onde a Sandra (quem de levou passear o primeiro dia) me esperaria.

 

Quando Sandra saiu do trabalho fomos caminhando pela Rua Lavalle, que foi sede dos cinemas da cidade. Hoje em dia só tem um cinema e os outros foram convertidos em shoppings e lojas, mas no chão tem uma placa que indica que os locais foram cinemas. Comprei uma camiseta para minha mãe nos “Bolishop” (termo depreciativo utilizado para se referir a lojas onde bolivianos vendem). Chegamos à Av. 9 de Julho e pegamos um ônibus para visitar o bairro La Recoleta. Descemos na Av. Alvear e fomos caminhando para um nos pontos turísticos mais conhecidos da cidade: O Cemitério da Recoleta.

 

Neste Cemitério estão enterrados alguns dos artistas, políticos e empresários mais conhecidos da Argentina. A facha é branca e de estilo grego. O meu interesse de visitar o cemitério era ver os túmulos, pois sabia que alguns deles eram muito lindos e que alguns seguiam algum estilo arquitetônico. Na entrada do cemitério tem um mapa onde indica os túmulos e quem está enterrado neles. O que percebi é que a maioria dos turistas procurava o túmulo de Eva Perón. Assim que entramos no cemitério vi que na verdade era uma mini-cidade, pois os corredores parecem ruas e os túmulos parecem casas, igrejas e mansões pequenas. Além de conhecer o túmulo da Evita pude conhecer os túmulos de alguns chefes militares e ex-presidentes. Em cada túmulo tem uma placa que indica o sobrenome da família e quem está enterrado; Sandra me disse que alguns familiares até hoje constroem túmulos mais chiques e luxuosos só para seus túmulos serem mais bonitos e vistosos (Que doidera, né?). UMA DICA: recomendo ir acompanhado de alguém que more na cidade e conheça o cemitério, desse jeito pode conhecer um pouco mais da vida de quem está enterrado no cemitério. Quando saímos caminhamos pelo bairro, muito bonito e charmoso, tipo Polanco na Cidade do México.

 

Logo ela me propôs visitar o Recoleta Mall, um shopping que fica ao lado do Cemitério. Na verdade eu não gosto de shoppings e não tinha vontade de ir, mas ela me convenceu. Bom que me deixei convencer, pois o que ela queria me mostrar era o terraço do segundo andar (na verdade o terraço de um McDonalds), onde se tem uma vista aérea do cemitério, que parece outra cidade. Fomos pegar um ônibus na Av. Del Libertador, pois tinha programado mais uma reunião com outro viajante chamado Carlos, que me esperaria em San Telmo.

 

Antes de ver o Carlos voltamos à casa de Griselda, onde trocamos presentes e nos despedimos, agradecendo para ela tudo o que fez por mim na minha estadia na cidade. Depois de despedirmos fui ao encontro de Carlos, que estava me esperando junto a Mafalda :) Daí fomos caminhando para um restaurante chamado Café Plaza Dorrego, no coração de San Telmo, onde conversamos muito sobre viagens, amizades e outros temas; durante a conversa Diego, Griselda e Sara me contataram e me disseram que me veriam no bar para me despedir :cry: Logo de conversar durante a noite e de fazer a última entrega de presentes (que levaria para o México comigo), nos despedimos e essa pequena reunião se converteu na minha janta de despedida :( .

 

Griselda e eu voltamos a casa, pois tinha que arrumar a mochila e me preparar para o próximo destino: o Brasil.

 

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Igreja de San Pedro Telmo.

 

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Mafalda sozinha.

 

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Almoçando com minha amiga Sara perto da estação Once.

 

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Túmulo de Eva Perón no cemitério da Recoleta.

 

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Cemitério da Recoleta visto desde o Recoleta Mall

 

 

 

22/04: Até logo Buenos Aires

 

Acordei cedo para arrumar a mala (tentei arrumá-la o dia anterior, mas a internet não ajudou). Às 10h30 sai da casa da Griselda e me despedi dela, agradecendo tudo que ela fez por mim e esperando que ela algum dia volte a meu país. Pegue um táxi na rua e me deixou no terminal Manuel León em Retiro ($30 ARS), onde peguei um ônibus para o aeroporto Ezeiza, que custou $100 ARS. O trajeto durou 40 minutos e pude observar desde a janela alguns dos bairros da periferia de Buenos Aires.

 

Quando cheguei ao aeroporto fiz o check-in e teria que esperar 3 horas, pois meu voo saia as 14h50, destino São Paulo/Guarulhos. Enquanto aguardava a abordagem fui a uma lanchonete para almoçar e pegar internet. Chegou a hora de abordar e fui para a zona de emigração e segurança, tinha poucas pessoas, mas muito bagunçado tudo, uma desordem total. O avião decolou pontualmente e desde o ar pude ver a cidade de La Plata e o Rio de La Plata, sinal de que estava me agastando da Argentina, país que me acolheu com os braços abertos.

 

Logo de duas horas e meia de viagem o voo pousou no aeroporto de Guarulhos, e tive a mesma vista das cidades de Santos e Guarujá antes do pouso que tive na viagem anterior. As 17h30 estava de novo na capital econômica do Brasil.

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22/04: chegada em Sampa

 

Ao descer do avião fui à fila de migração, a qual era enoooooooorme e tinha poucos funcionários, então demorei mais de 50 minutos. Quando foi meu turno só carimbaram o passaporte e me disseram: “Bem-vindo ao Brasil”. Sai do terminal e fui à fila do ônibus da rota 257 da EMTU que vai para o metrô Tatuapé, paguei R$ 4,45. Tinha trânsito, mas foi menor do que a primeira vez que fui. Assim que chegamos ao metrô comprei meu bilhete (R$ 3) e peguei o metrô em direção Barra Funda, descendo na estação ; troquei de linha e fui em direção Jabaquara, descendo na estação Ana Rosa. Caminhe mais duas quadras e cheguei ao hostel reservado, o Olah Hostel, na Vila Mariana.

 

Fiz o check-in e paguei R$ 105 por três diárias. Achei o lugar muito lindo, os quartos são bem espaçosos e tem um monte de banheiros, acho que a casa foi condicionada para ser hostel e a distribuição ficou ótima. Tomei banho, pois queria descansar um pouco, mas meu espírito viajante disse: “Não, você tem que aproveitar sua estadia na cidade”. Então peguei a mochila e fui de metrô para a Rua Augusta (desci na estação Consolação), onde teria uma reunião de Couchsurfing.

 

O lugar onde foi a reunião é um bar chamado Açaí Beach, e conheci uma galera muito legal do nordeste, da Colômbia e da Guatemala ( meu vizinho, hahaha :P ). Logo de conversar e “conbeber” sai da festa e fui à padaria “Bella Paulista”, na rua Haddock Lobo. Eu queria jantar aí, mas o metrô ia fechar e decidi comprar um bolo (R$ 9), muito bom. Tirei umas fotos da Av. Paulista e voltei para o hostel e antes de chegar fui a uma lanchonete e comprei um pastel de carne e Guaraná Antárctica (meu vício). Logo de jantar e publicar bobeira no “Feisibuque” fui dormir, pois o dia seguinte faria muitas coisas na cidade.

 

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Onde fui parar??

 

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Av. Paulista de noite.

 

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Meu ingresso para entrar no metrô.

 

 

 

23/04: Redescobrindo Sampa: visita aos mirantes da cidade e conhecendo novos amigos

 

Acordei às 7h00 e tomei o café da manhã do hostel + o bolo que ficou da noite anterior. Armei (improvisei) o roteiro do dia, pois às 13h00 veria a Douglas, um paulista que contatei pelo site. Decidi ir primeiro ao Memorial da América Latina, então peguei o metrô na Ana Rosa e desci na Sé, troquei de linha e desci na estação Barra Funda, de onde caminhei para visitar o Memorial.

 

O Memorial tinha algumas salas fechadas por manutenção, mesmo assim pude visitar a Praça Cívica e tirar foto com a Mão que tem a figura da América Latina. A maior surpresa pra mim foi ver a escultura de um cachorro xoloizcuinlte (raça mexicana) chamado Xico, que foi doada pela criadora; foi muita alegria pra mim saber que um pedacinho do meu país estava no Brasil. Caminhei pela ponte e visitei o Pavilhão da Criatividade, mas a metade do complexo estava em manutenção e só pude visitar as salas do Peru, Bolívia, Equador e Paraguai. Fiquei com vontade de ver a exposição do México, mas isso vai ser em outra viagem. Também visitei o Salão de Atos, onde está o Painel Tiradentes, uma pintura que relata a Inconfidência Mineira.

 

Logo iria para o mirante do prédio Banespa, que não pude visitar na viagem passada por ser fim de semana. Voltei a Barra Funda, mas peguei o trem da CPTM e desci na estação Luz. Aí troquei de linha e desci na labiríntica estação São Bento e tirei algumas fotos no Viaduto Santa Ifigênia e do monastério de São Bento; logo cheguei ao térreo do prédio e mostrei o passaporte para poder ingressar ao prédio, pois é de graça. Pegamos o elevador, descendo no andar 32, pegamos outro e descemos no andar 36, onde tem uma coleção de fotos históricas e placas com fatos importantes do prédio. Logo é só subir umas escadas para chegar ao mirante. Desde o mirante se tem uma vista maravilhosa da cidade, onde é possível admirar a maioria dos prédios do Centro e um skyline maravilhoso da cidade. Como só tinha 5 minutos para ficar aí, tirei fotos muito legais da cidade e fiquei impressionado ao ver desde o alto a quantidade de prédios que a cidade tem (a minha cidade tem poucos prédios altos por causa dos terremotos). Logo de descer fui caminhando ao lugar onde a cidade nasceu: O Pátio do Colégio.

 

Tirei uma foto da placa que indica que a cidade de São Paulo foi fundada nesse lugar e logo entrei ao Museu Padre Anchieta, pagando R$ 6. No interior do museu tem uma exposição de arte sacro, composta de pinturas, objetos religiosos, pertences de padres e religiosos, etc. Também pode se visitar a capela, mas estava fechada e teria que esperar muito tempo. Daí fui para o Viaduto do Chá e tirei a foto clássica do Vale do Anhangabaú. Passei fora do Teatro Municipal e queria entrar, mas estava fechado; foi então que fui ao encontro de Douglas, entrei no metrô na estação Anhangabaú, desci na República, troquei de linha e desci na estação Paulista, onde troquei de linha de novo naquele túnel cheio de gente que eu lembrava da viagem passada, quando cheguei a estação Consolação fui para as catracas e o Douglas estava me esperando, nos saudamos e me disse que me reconheceu pela camiseta de Viajeros.

 

Douglas e eu nos contatamos pelo site, pois ele ia viajar para o México em breve, e nas conversas decidimos nos encontrar em São Paulo e logo na Cidade do México. Saímos do metrô e fomos almoçar com outros dos companheiros de trabalho dele. Fomos para um pequeno restaurante perto da Av. Paulista que tem o conceito de comida por quilo, e como eu gosto muito de comer coloquei no prato um pouco de cada alimento; durante o almoço a gente conversou dos meus planos no Brasil e dos planos do que faríamos no México.

 

Logo do almoço fomos dar um passeio nas redondezas da Paulista e, como bom viajante, aproveitei a nobreza dele para pedir que me tirasse muitas fotos, hahaha. Fomos para a Livraria Cultura, muito legal e lembrei um pouco da Livraria El Ateneo, mas sem forma de teatro. Achei legal que tem uma sala de leitura e alguns objetos pendurando do teto. Logo fomos buscar uma casa de câmbio para trocar os pesos argentinos que ainda tinha, mas na maioria das que visitamos a cotação era ruim. Um senhor nos sugeriu ir ao hotel Renaissance, onde a cotação era melhor, mas teria que pagar o IOF (malditos impostos). Como eu iria ao mirante do Edifício Itália e Douglas ia continuar trabalhando nos despedimos na Rua Augusta, mas seria uma despedida temporal, pois a semana próxima a gente se veria na minha terra.

 

Como não queria pagar R$ 3 do metrô (Era só uma estação da Paulista para República) decidi ir a pé ao Terraço. Caminhei mais de 20 minutos pela Rua Augusta e quando cheguei ao prédio peguei o elevador para subir ao andar 44. Cheguei na hora certa, pois o mirante está aberto ao público de 15h até 16h. No mirante pude ter outra vista bem diferente da cidade da que se tem no Banespão, já que é mais fácil distinguir os prédios da Paulista e do Centro Novo. No terraço conheci um casal de alemães que moravam no Brasil e português deles era ótimo. Às 16h desci do mirante e continuei com os passeios no nível de rua.

 

Passei do lado da Praça da República e cheguei à esquina mais famosa da cidade, Av. Ipiranga e São João, o qual foi dito na canção “Sampa” de Caetano Veloso. Logo visitei a Galeria do Rock, onde tem várias lojas que vendem CDs, roupas e muitas coisas relacionadas com grupos de rock nacional e internacional. Saí daí e cheguei de novo ao viaduto do Chá, pois me dirigia à Catedral da Sé, mas antes fui a um McDonalds para pegar internet. Quando cheguei à Praça da Sé vi que ainda tem muitos moradores de rua, mas a quantidade era menor comparada com 2012 e que tem mais policias. Entrei na Catedral e ouvi a missa (era a minha primeira missa em português). O engraçado foi que um morador de rua entrou na igreja e um policial o seguiu, mas sem prendê-lo. E quando sai vi ao menos uns 10 deles nas escadas na Catedral.

 

Nesse momento me senti cansado e decidi ir ao hostel para descansar um pouco, então peguei o metrô na Sé e foi quando percebi que era o horário de pico, pois tinha muita gente nas plataformas, mesmo assim o passar dos trens era rápido. Foi complicado entrar no vagão, mas como estou acostumado com isso nem sofri, me senti em casa :P

 

Quando cheguei ao hostel conversei com um cara de Brasília que estava na cidade por causa de um congresso. Mais tarde a fome apareceu de novo e fui para uma lanchonete perto do hostel chamada “Duas Rosas”, pedi o prato feito com milanesa de frango, e tinha incluso o arroz, o feijão e as fritas. O prato era enorme e com muitas dificuldades consegui comê-lo. O PF + guaraná custaram R$ 19. Voltei ao hostel e perdi tempo no computador, e como estava muito cansado não sei quando foi que me dormi.

 

 

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Xico, pesente do México para o Brasil no Memorial da América Latina

 

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Vista da cidade desde o Banespão

 

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Meu amigo Douglas na Av. Paulista. Uma semana depois da minha viagem ele foi ao México e fizemos alguns passeios juntos.

 

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Eu na Av. Paulista

 

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A estação Sé "vazia"

 

 

 

24/04: Visitando o Pacaembú, parque Ibirapuera e tour pela Paulista

 

Quando acordei tinha o computador ligado e em cima de mim, não lembro o momento em que fiquei dormido. O plano para o dia era visitar o mirante do Edifício Martinelli no Centro Histórico, e logo visitar o estádio Pacaembu. Peguei o metrô para visitar o Martinelli, mas o mirante estava fechado :( Aproveitei para trocar dinheiro numa casa de câmbio no interior do prédio onde não paguei IOF nem taxas e consegui uma melhor cotação do que na Paulista. Como ir ao Martinelli não deu certo decidi ir ao Pacaembu. Peguei o metrô em São Bento e logo de trocar linhas de metrô desci na estação Clínicas, de onde fui caminhando para o famoso estádio. Logo de caminhar mais de 10 minutos cheguei à entrada principal do estádio.

 

O Estadio Municipal Paulo Machado de Carvalho foi sede de alguns jogos da Copa do Mundo de 1950. Hoje em dia o estádio pertence à Prefeitura e estabeleceu aí o Museo do Futebol. Como esse dia era quinta entrei de graça (O valor do ingresso é de R$ 6). Na entrada do museu tem uma coleção de fotos das participações da Seleção Brasileira de Futebol e dos times da Série A. Visitei todas as salas, mas gostei principalmente de duas: Exaltação, onde se sente como se estivesse no meio de uma torcida num jogo com cantos, gritos e projeções de jogos, e Visita à Arquibancada, onde se pode ver os palcos, as grades e o gramado da área de jogo.

 

Depois de visitar o estádio decidi ir ao Parque Ibirapuera. Peguei o metrô de novo e desci na estação Brigadeiro, na Av. Brigadeiro peguei um ônibus da linha 5178, que me deixou em frente do Obelisco do Parque. Entrei e senti muita nostalgia, pois faz dois anos tinha visitado o parque com um amigo e lembrei aquele bom passeio. Como era quinta o parque estava bem tranquilo e tinha poucas pessoas, caminhei pelos corredores do parque, passando fora dos museus que tinha visitado na viagem anterior (Museu de Arte Moderna, Museu Afro, Auditório) e visitei o lago, que na visita passada não conheci. Tirei fotos bem legais de cada canto do parque e sai dele para tirar a foto com o Monumento aos Bandeirantes. Peguei um ônibus de novo para voltar à Paulista, pois tinha programado pegar o Free Walking Tour que fazem nessa avenida.

 

Como estava com fome procurei um lugar para almoçar na Av. Brigadeiro e encontrei uma lanchonete, onde pedi meu PF de milanesa e picanha + suco de limão por R$ 20. Como ainda não tinha viajado de ônibus pela Paulista peguei um e fui desde Brigadeiro a Consolação, viajando como um paulistano mais (e tirando fotos, hahaha). Quando desci na Rua Augusta vi que a galera que faria o tour estava se reunindo. Tinha ingleses, colombianos, alemães, brasileiros e neozelandeses.

 

O tour começou na Rua Alameda Santos, visitando por fora o Hotel Renaissance que visitei o dia anterior para trocar dinheiro. Logo chegamos à esquina onde de juntam cinco avenidas: Paulista, Dr. Arnaldo, Consolação, Rebouças e Okuhara Koei. Desde este ponto se tiram ótimas fotos da Avenida. Logo visitamos a Passagem Subterrânea Consolação, que antigamente foi uma rua onde viviam moradores de rua e bandidos, mas foi resgatado e hoje em dia é um centro cultural com exposições, venda de livros e atividades culturais e artísticas, adorei. Votamos a avenida e visitamos os seguintes lugares: Rua Augusta, a Praça do Ciclista, o Conjunto Nacional (que foi dos primeiros arranha-céus construídos na cidade), a Igreja de São Luis, o Centro Cultural Itaú, o Parque Trianón (entramos nele e pudemos ver o que ficou da mata atlàntica típica da região), o MASP (que visitei na viajem passada), a Casa das Rosas, o Hospital Matarazzo, a antena da TV Globo, etc. Foi um passeio muito legal, pois o guia era muito animado e simpático e fazia muitas piadas (aprendi que a Paulista é como o matrimonio, começa no Paraíso e finaliza na Consolação, ::bruuu:: ). O passeio finalizou na Praça Oswaldo Cruz e cada um dos guiados deu uma gorjeta para o nosso guia.

 

Logo fui para o hostel, pois ia ver um conterrâneo de Monterrey, mas não marcamos lugar nem hora para nos ver. Como a internet dele estava falhando muito afinal não conseguimos marcar o encontro, ele me enviava mensagens SMS, mas eu não tinha saldo e não consegui responder as mensagens. Como tinha fome de novo fui jantar à lanchonete Duas Rosas e voltei ao hostel para dormir, mas estive conversando com um cara de Goiânia e dormi tarde, mas dormiria pouco porque o dia seguinte iria para o Rio de Janeiro.

 

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Estádio Pacaembú.

 

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Monumento aos Bandeirantes no Ibirapuera.

 

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Skyline de Jardins e a Av. Paulista desde o Ibirapuera.

 

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Eu de novo na Paulista.

 

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A Paulista quando escureceu.

 

 

 

25/Abr: Até logo Sampa

 

Acordei às 6h para arrumar a mochila e ir para o aeroporto, mas as minhas roupas ainda estavam úmidas e esperei um pouco mais. Às 8h15 sai do hostel e peguei o metrô na Ana Rosa, descendo na estação São Judas, onde peguei o ônibus da rota 675I-10 que me deixaria no Aeroporto de Congonhas; em menos de 40 minutos estava no aeroporto.

 

Fiz o check-in na área de “Ponte Aérea” da TAM, pois o voo chegaria ao aeroporto Santos Dumont. Como ainda tinha duas horas decidi tomar café aí, mas os preços eram muito caros e comprei o mais barato que consegui (um suco e um sanduíche). Às 10h passei pelos controles de segurança para esperar na área de embarque. O voo decolou na hora e pude ver desde a janela a zona sul da cidade. Logo de 40 minutos o avião começou pousar e pude ver desde a janela o Cristo do Corcovado, a Barra da Tijuca e o Maracanã. Também pude ver o Centro do Rio e o Pão de Açúcar, mas acho que a vista foi, mas linda no pouso da viagem passada. Às 12h tinha chegado oficialmente ao Rio de Janeiro.

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25/Abr: Chegada ao Rio de Janeiro, esta vez a bem-vinda foi ótima

 

Quando sai do aeroporto fiz o mesmo trajeto que na viagem passada: fui caminhando para o metrô Cinelândia e comprei duas passagens (R$ 3,20 c/u) e desci na estação Botafogo, pois o lugar escolhido para me hospedar, o Vila Carioca Hostel estava nesse bairro. Eu achei que o clima ia estar muito quente, mas foi bem tranquilo. Fiz o check-in e paguei R$90 por duas diárias em um quanto compartilhado de 14 leitos. Como as minhas roupas estavam úmidas estendi elas no meu leito e nos leitos dos vizinhos, precisavam secar. Estive ligado na internet e logo tomei banho. A minha intenção era fazer a trilha do Morro da Urca, mas era tarde e decidi pegar o bondinho para chegar ao topo do Pão de Açúcar. Mas senti fome e fui procurar um lugar para almoçar.

 

Caminhando pelo bairro e logo de fazer algumas compras encontrei uma lanchonete na Rua 19 de fevereiro e pedi um PF de picanha e suco de mamão (R$ 20). Logo peguei o ônibus da rota 512 (R$ 3) e por erro desci um pouco longe da entrada ao bondinho, mas esse erro foi maravilhoso, pois cheguei à Baia de Botafogo e como era a hora do pôr-do-sol a vista era maravilhosa. Tirei umas fotos e fui caminhando à entrada do bondinho. Paguei R$ 62 (as atrações no RJ são muito caras). Peguei o primeiro trecho do bonde e vi como a cidade ficava no chão enquanto a galera ia chegando ao Morro da Urca, admirando o pôr-do-sol. Quando cheguei ao morro da Urca tive uma vista maravilhosa da Baia de Guanabara e dos bairros ao redor dela, pois na viagem passada tive pouco tempo. Tirei muitas fotos e pedi a uma colombiana que me fotos com o Pão de Açúcar de fundo, mas acho que se apaixonou com a minha câmera, pois não deixava de tirar, hahaha.

 

Logo peguei o segundo trecho para chegar ao Pão de Açúcar, é aí onde se tem as melhores vistas da cidade. Quando sai do bonde senti uma corrente de ar fria, não podia acreditá-lo: estava frio no Rio!! E eu fui sem casaco. Eu fiquei mais de uma hora no morro tirando fotos e vendo como a cidade escurecia ao mesmo tempo que as luzes da cidade eram acesas, foi um lindo espetáculo. Também vi como os aviões pousavam e decolavam do aeroporto Santos Dumont, virando perto do morro. E para finalizar, vi o Corcovado de frente com o Cristo iluminado. Foi aí quando eu disse “O Rio continua lindo”, tal como diz a canção “Aquele abraço” de Gilberto Gil.

 

Desci do morro e peguei o ônibus para voltar a Botafogo, pois ia ver um carioca chamado Vinícius que me contatou quando esteve morando no México, mas não pudemos nos conhecer. Marcamos nos encontrar no Botafogo Praia Shopping e fui ao encontro dele na área de fast food do shopping. Estivemos conversando sobre a vida dele no México, pois ficou apaixonado pelo país e escreveu um listado das 100 impressões dele do México, virando sucesso no país inteiro (mas eu o conheci antes de ser famoso, hahaha). Também estava um amigo dele que morou na cidade da tequila e dos mariachis: Guadalajara. A nossa conversa foi 100% em espanhol, era a primeira vez que conversa na minha língua no Brasil e mais com um brasileiro. A gente se despediu e ele me disse que talvez faria comigo o Free Walking Tour, mas ia depender dos seus tempos. Voltei ao hostel e descansei um pouco, mas na noite a fome apareceu e fui comer a uma pizzaria perto do hostel chamada Verão, pedi uma pizza de catupiry com frango e camarão + meu vício (Guaraná), uma delícia, mas muito cara (R$ 30). Voltei ao hostel e antes de dormir postei fotos e bobeira no FB.

 

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Chegando ao Rio de Janeiro

 

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Baia de Botafogo na hora do pôr do sol

 

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No Morro da Urca e o Pão de Açúcar

 

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A cidade se iluminando

 

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O Cristo do Corcovado

 

 

 

26/Abr: Passeio pelo Centro e as praias com a minha carioca favorita

 

Como é meu costume, tomei banho e logo o café da manhã, pois o Free Walking Tour começaria às 10h. Peguei o metrô na estação Botafogo e desci na estação Carioca, pois o ponto de encontro era o relógio no Largo do Carioca. Quando sai do metrô vi a minha amiga Michele, que conheci neste site e foi ao México em 2013, onde combinamos duas jantas. Fiquei feliz de vê-la de novo. Ela estava acompanhada de um amigo do Paraná chamado Anderson, que ia acompanhado do tio e o amigo do tio. O tour ia ser em português e inglês, mas afinal decidiram fazer o tour em inglês.

 

A nossa guia era do Rio Grande do Sul e nos falou da historia do Rio de Janeiro. A baia de Guanabara foi vista pela primeira vez em janeiro de 1502 e foi confundida com um rio, mas a cidade foi fundada em 1565 com o nome de “São Sebastião do Rio de Janeiro”. Na época colonial foi um dos portos mais importantes da colônia, pois estava na rota de saída dos minerais extraídos em Minas Gerais. Em 1763 a capital foi trasladada de Salvador a Rio, que foi a capital do império português na época da invasão napoleônica de Portugal. Logo da independência foi a capital do Brasil até 1960, quando foi trasladada a Brasília. O gentilíco dos moradores da cidade é carioca, que significa “casa de homem branco” na língua tupi.

 

O primeiro ponto que visitamos foi a Confeitaria Colombo, onde é possível comprar chocolates, pães e guloseimas a preços elevados. Logo visitados a Rua do Ouvidor, onde tem vários restaurantes e bares; esta rua foi reformada, pois estava degradada e era suja e insegura, mas hoje em dia todo turista pode visitá-la. Logo passamos em frente da casa de Carmen Miranda, famosa cantora e atriz; saímos por um portão que está em frente da Praça XV.

 

A praça XV está ao lado do porto e tinha uma pequena feira de artesanatos. Visitamos o Paço Imperial, que foi residência de governantes, imperadores e vice-reis na época colonial e imperial. Hoje em dia é um centro cultural com uma exposição permanente que relata a história da cidade e do Brasil. Em frente da praça está a Igreja da Nossa Senhora do Carmo, que foi a catedral até a construção da nova na Lapa. Vimos também o Paço Tiradentes e a antiga sede do Congresso Nacional. Continuamos caminhando e chegamos ao Teatro Municipal, um prédio muito lindo onde se fazem concertos e obras teatrais; infelizmente por falta de tempo não pudemos visitar o interior. Fomos caminhando e chegamos a Lapa, o bairro tradicional da vida noturna da cidade.

 

Visitamos a famosa escadaria Selaron (descrevi elas no relato da viagem ao Brasil), que tinha visitado na viagem passada, mas como não gostei das fotos me vi “obrigado” a voltar para uma nova sessão fotográfica. Michele, Anderson e eu tiramos muitas fotos nos degraus, mas como tinha muitas pessoas foi complicado, hehehe. Infelizmente Jorge Selaron, o artista chileno que decorou a famosa escadaria morreu em 2013 e algumas telhas foram quebradas :( O lugar é lindos mas as redondezas estão muito descuidadas, é uma zona que precisa ser resgatada totalmente para o bem dos moradores do bairro e turistas. Também visitamos os famosos Arcos da Lapa, postal da cidade. Nesse ponto finalizou o tour e como a fome apareceu, decidimos almoçar no bairro.

 

Visitamos um pequeno restaurante chamado Bistro da Lapa, onde pedimos feijoada e uma caipirinha inclusa por R$ 30. Como houve uma demora na entrega da feijoada ganhamos outra de graça, contribuindo a aumentar o tamanho da minha barriga. Fomos caminhando de novo à estação Cinelândia, onde pegamos o metrô e descemos na estação Cardeal Arcoverde, pois Anderson e Cia. estavam hospedados no Hotel Windsor e queriam descansar um pouco. Estivemos aí uns 30 minutos e logo pegamos um ônibus que nos deixou na praias de Copacabana, o bairro que muito temia.

 

Caminhamos pelo calçadão da praia e tiramos muitos fotos, mas a diferença da viagem anterior eu me senti mais seguro, pois ia acompanhado e não entramos na praia, além de ainda não escurecer. Logo entramos no parque Garota de Ipanema para chegar à Pedra do Arpoador, pois uma das metas da viagem era ver de novo o pôr do sol. Anderson e tio ficaram na praia, enquanto Michele eu fomos à pedra. Vimos um pôr-do-sol muito lindo e tiramos muitas fotos juntos, estou com muitas saudades dela. A cidade acendeu as luzes e a praia ficou totalmente iluminada, foi um lindo espetáculo e mais acompanhado da minha carioca favorita.

 

Voltamos caminhando a Copacabana e visitamos o mercadinho de artesanatos, onde comprei alguns presentes para minha família. Continuamos caminhando e paramos em um posto para tomar um sorvete, pois estávamos cansados de caminhar muito e com sede. Seguimos caminhando e antes de voltar ao hotel paramos em uma lanchonete, onde comprei um pastel + caldo de cana por R$ 6. No hotel nos despedimos e eu peguei o ônibus que me deixou na rua do hostel, mas como estava chovendo tive que correr para não me molhar. No hostel fui convidado para ir a Lapa, mas eu estava muito cansado e decidi descansar, pois o dia seguinte seria meu último dia de viagem e voltaria a meu país.

 

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Com Michele na Confeitaria Colombo

 

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Com Michele na Escadaria Selaron

 

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Eu nos Arcos da Lapa

 

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Praia de Ipanema e o Morro dos Irmãos

 

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Com Michele na Pedra do Arpoador

 

 

 

27/Abr: Visitando a natureza: Jardim Botânico, Parque Lage e praia de Ipanema

 

O plano original do dia era visitar o estádio Maracanã, mas esse dia tinha jogo e não tinha visitas guiadas (terei que conhecer o estádio numa terceira viagem). Fiz os planos para o dia e decidi visitar o Parque Lage, o Jardim Botânico e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Fiz o check-out no hostel e deixei a mochila no guarda-volume; logo fui à Rua São Clemente e peguei um ônibus que me deixou no Parque Lage, mas quando desci do ônibus começou chover e tive que sacar o guarda-chuva. Entrei ao parque e visitei o prédio da Escola de Artes Visuais, que era uma mansão eclética e tem um desenho lindo. Caminhei pelos corredores do parque e tirei poucas fotos, pois a chuva não parava e era complicado sacar a câmera. O parque é muito lindo e desde aí se pode ver o Corcovado com a floresta do Parque Nacional da Tijuca.

 

Sai do parque e fui caminhando para o Jardim Botânico, o bom foi que nesse trajeto a chuva parou. O ingresso ao JB custou R$ 6 e o primeiro que vi foi o mapa onde indica cada ponto a visitar no interior do parque, caminhei muito e gostei muito das palmeiras gigantes, do chafariz central e a vista maravilhosa do Corcovado. Tudo está bem organizado e tem alguns rios e córregos que nascem no Parque Nacional da Tijuca y chegam à Lagoa. Quando sai do JB as nuvens começaram se dissipar e o sol apareceu.

 

Logo fui à Lagoa Rodrigo de Freitas e caminhei pela ciclo-faixa (Que também é para pedestres). Como era domingo tinha muitas pessoas: famílias com as crianças, corredores, ciclistas, pessoas se exercitando, etc. Como o sol saiu estava muito quente e tinha muita umidade, mas gostei. As paisagens que se tem desde a Lagoa são lindas, é possível admirar os morros que rodeiam a cidade, motivo pelo qual é conhecida como a “cidade maravilhosa”. Nem falar do Corcovado (já sei, tenho corcovaditis). Pude ver os escritórios do Flamengo, um dos times mais famosos do Rio e do país, e foi nesse momento que aconteceu algo engraçado. Como tinha uma camiseta do México, um carioca me perguntou se eu era mexica, eu respondi: “Sou”. Foi então quando o cara me disse que ele queria morar nos Estados Unidos e que eu sendo mexica também deveria ter essa vontade; eu disse para ele que não tenho intenção nenhuma de morar nem trabalhar no país vizinho, mesmo que as oportunidades são maiores tem outros lugares mais legais onde poderia; foi então que ele me repreendeu por não querer ir lá e ficou com muita raiva, enquando eu só ria (internamente) da situação. Continuei caminhando e cheguei a Ipanema, exatamente na Av. Vieira Souto.

 

Por ser domingo a Av. Vieira Souto estava fechada e os ciclistas e pedestres podiam transitar tranquilamente, então me uni e caminhei pela avenida enquanto admirava as praias, as paisagens e as pessoas :P , pude admirar o Morro dos Irmãos e o Atlântico, mas achei estanho que tinha poucas pessoas na praias, talvez pelo fato de estar nublado de novo. Tirei e me tiraram muitas fotos, mas os fotógrafos que escolhi não fizeram um bom trabalho. A fome apareceu de novo e entrei no bairro para buscar algum lugar para comer, e lembrei o local onde jantei faz dois anos. Essa lanchonete se chama Beach Sucos, na esquina das Ruas Farme de Amoedo e Visconde de Pirajá. Pedi a clássica milanesa + refrigerante por R$ 15.

 

Voltei ao hostel de metrô e peguei a mochila para ir ao aeroporto, voltei ao metrô e desci na estação Glória, onde peguei um táxi que me levou ao aeroporto Santos Dumont e paguei R$13, chegando com duas horas de antecipação.

 

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No Jardim Botânico

 

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Escola de Artes Visuais

 

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Na Lagoa Rodrigo de Freitas e o Corcovado ao fundo

 

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Caminhando por Ipanema

 

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Praias de Ipanema e Leblon

 

 

 

Voltando a casa

 

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Aeroporto Santos Dumont

 

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Pouso em São Paulo

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  • 1 mês depois...
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Nesta viagem, a diferença de outras viagens que fiz, não levei controle de gastos, pois como tinha pouco tempo para trocar dinheiro meus amigos me emprestaram e quando trocava só pagava para eles, mas vou postar os valores de algums produtos, serviços e hospedagens (Os valores são de abril, podem ter mudado, principalmente na Argentina)

 

Considerando taxas de câmbio:

- $ 1 USD = $ 13,10 MXN

- $ 1 USD = $ 550 CLP

- $ 1 USD = R$ 2,25

- $ 1 USD = $ 8 ARS (Oficial)

- $ 1 USD = $ 10 ARS (Máximo mercado negro)

 

Transporte entre cidades

- Voo MEX-SCL, EZE-GRU, CGH-SDU-CGH, GRU-MEX: $13.000 MXN

- Ônibus Santiago - Mendoza: $ 330 ARS

- Ônibus Mendoza - Rosario $ 530 ARS

- Ônibus Rosario - Buenos Aires: $200 ARS

- Ônibus Manuel León: $ 100 ARS

 

Transporte Urbano

- Metrô de Santiago: $ 630 CLP.

- Centropuerto Santiago: $ 1.300 CLP.

- Metrotranvía Mendoza: $ 5 ARS.

- Ônibus Rosario: $ 5 ARS.

- Ônibus Buenos Aires: $ 5 ARS ($ 3 cartão SUBE).

- Subte Buenos Aires: $ 5 ARS.

- Ônibus Guarulhos Tatuapé: R$ 4,45.

- Ônibus São Paulo: R$ 3.

- Metrô de São Paulo: R$ 3.

- CPTM: R$ 3.

- MetrôRio: R$ 3,20 (em maio subiu a R$ 3,50).

- Ônibus Rio de Janeiro: R$ 3.

 

Hospedagem (valor da diária)

- Andes Hostel (Santiago): $ 16 USD.

- La Casona de Don Jaime Hostel (Rosario): $80.

- Olah Hostel (SP): R$ 35.

- Vila Carioca Hostel (RJ): R$ 45.

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