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Nova York, Nova York!

Inaugurei meu visto americano com uma viagem de final de ano para Nova York, em 2011. Se eu pudesse iria pra lá todo ano nessa época. O espírito de natal parece que toma conta de cada canto da cidade. Em toda loja que entrávamos ouvia-se músicas natalinas, todos te desejavam “happy holidays”, desde os lojistas até os porteiros de prédios que você nunca viu na vida. Ruas e fachadas de lojas e prédios com enfeites lindos e, para satisfação da minha criança interior, a árvore do Rockfeller Center: linda, o sonho de toda criança que curte Natal.

Tá, emoções e sensações à parte, vamos ao que interessa: a cidade ferve de turistas, de cultura e de promoções.

Hospedagem:

Ficamos num hotel na W 55th Street, bem próximo da Central Park, e que valeu muito a pena. Quem olha de fora acha que é apenas uma portinha, mas o hotel Shoreham é um “hotel boutique”, é simples apesar de muito bonito, clean e o atendimento é muito bom. Não tem café da manhã incluso na diária, mas tem um bar para happy hour e se quiser pagar, pode tomar o café da manhã também. Pra gastar menos, eu fazia o seguinte, o hotel tem uma máquina de café muito legal, de uso livre, então eu ia a um Dunkin’Donuts que fica muito perto, comprava uns lanches e pegava o café ou chocolate na máquina.

Compras:

No dia que chegamos, pegamos um ônibus no Port Authority Bus Terminal que fica na 8th Avenue para o Jersey Gardens, um shopping (mall) comum um pouco afastado de Manhattan, com lojas famosas enormes com araras cheias de casacos (estávamos no inverno) e botas para todos os gostos a bons preços. Você não vai encontrar descontos de outlets por aqui, mas se quiser comprar roupas de inverno com urgência, chegue à cidade e vá para lá.

Uma loja imperdível é a Macy’s. São dez andares com tudo que se pode imaginar (lembra-se do Mappim? Multiplica por uns três). Os preços não são os de uma outlet, mas são bons. Se você apresentar seu passaporte brasileiro no concierge, ganhará um cupom de desconto.

Logo após o Natal, já no dia 26, fomos para um outlet (o primeiro outlet decente da minha vida!), o Woodbury Common Premium Outlets®. Vá com tempo, porque você passará o dia todo por lá (tem praça de alimentação para não ter desculpas de ter que ir embora) e não entrará em todas as lojas, nós chegamos quando abriu e saímos quando estavam fechando. Ele fica um pouco distante de Manhattan, mas alugamos um carro com GPS e foi muito fácil de chegar. São por volta de 220 lojas das marcas mais famosas até algumas desconhecidas por aqui, com preços que fazem até o mais “pão duro” dos seres humanos sair com pelo menos quatro sacolas cheias. Pra melhorar só um pouco a situação, você preenche um cadastro no site, imprime o voucher e o troca no Centro de Visitantes que fica logo na entrada do lugar, por um livreto de descontos (Vip Coupon Book) e pronto, pode se preparar para comprar mais uma mala porque a que você levou vai ser pequena. (http://www.premiumoutlets.com)

Todas as lojas já estão com os produtos em promoção, mas em quase todas existem áreas ou araras com indicação de Clearence ou Sale (eu não sabia desse detalhe nessa viagem, mas agora é a primeira coisa que procuro em qualquer loja dos EUA) onde está o suprassumo dos preços: é desconto sobre desconto e, ao chegar ao caixa, você apresenta o cupom da loja (aquele do livreto de descontos) e... surpresa! Você poderá ter mais um desconto! (você já viu algo assim por aqui? Eu nunca!), com tudo isso, talvez você consiga comprar blusas da GAP por US$ 4,00 ou relógios Timex por US$ 9,00 dólares. Atenção porque no valor da etiqueta não está incluído o imposto, que nos EUA varia de estado para estado, em Nova York é 8,75%.

Um pouco de cultura...

Nem só de compras vive o viajante, um pouco de cultura também faz parte, e Nova York tem pra todos os gostos: museus, galerias, arquitetura, shows...

Museus:

Nós fomos a três museus.

Museu de História Natural (American Museum of Natural History)

Localizado próximo ao Central Park, é possível chegar de metrô, mas se você quiser andar um pouco, caminhe pelo parque porque é lindo de se ver.

Pra quem gosta de paleontologia, biologia, astronomia, é um prato cheio. O museu é enorme, o prédio é lindo e tem exposições muito interessantes. Eu gostei da parte de paleontologia e, em especial do Planetário (Hayden Planetarium), anexo ao Museu.

Há lanchonetes e refeitório então é possível passar o dia todo lá e como todo museu americano, sempre há lojinhas de souvenires.

O preço sugerido no site é de US$ 22,00 mais taxas, mas se você quiser pagar um pouco menos, é possível na bilheteria do museu. http://www.amnh.org/

Metropolitam Museum of Art

Localizado no Central Park, em um prédio lindo. Esse museu vale muito a visita porque tem obras incríveis de arte antiga, medieval, islâmica, grega, egípcia, moderna e por aí vai. Você terá a oportunidade de ficar frente a frente a muitos dos quadros famosos que você viu em livros história ou em documentários. Eu particularmente adoro os impressionistas e há uma ala só deles, com pinturas famosas de Monet e Van Gogh.

Assim como no Museu de História Natural, nesse também você vai poder passar o dia, porque tem restaurantes. E vale muito a pena, perca-se nas galerias e viaje nas pinceladas dos grandes mestres.

Preço sugerido US$ 25,00. http://www.metmuseum.org/

Intrepid Museum

Esse museu talvez seja mais a cara dos “meninos”, mas eu simplesmente adorei. Localizado no na parte oeste de Manhattan, você terá a oportunidade de entrar num porta-aviões (o Intrepid), num submarino (o Growler), ver vários aviões militares, o avião supersônico Concorde e, mais recentemente, o Ônibus Espacial Enterprise, que não estava exposto quando eu visitei e só por causa disso, serei obrigada a voltar (hehehe).

Aqui você não precisará passar o dia todo, mas de qualquer forma tem um restaurante, caso bata uma fominha durante a visita.

O preço sugerido é de US$ 42,00 para a visita completa, incluindo audio-guide e simulador.

Prédios que valem uma visita:

Em Nova York, como toda cidade turística, tem os lugares que são clichês e que todos devem ir ao menos uma vez na vida. Os arranha-céus da cidade são lugares assim. As filas que você vai enfrentar para subir nos principais, caso você não vá bem cedo, são enormes, dá vontade de desistir, mas não faça isso, pois a vista valerá a pena e você terá a satisfação de contar essa experiência a todos os amigos.

Os dois principais são Top of the Rock, que fica junto ao Rockfeller Center e o Empire State.

No Top of the Rock não tivemos problemas, chegamos bem cedo no dia 25 de dezembro e não tinha filas ainda, a vista é linda. Já no Empire State, fomos no final da tarde e pegamos uma fila de mais de duas horas, que começava na calçada e se estendia por vários andares do prédio, quase desistimos! Mas no final valeu a pena, pois a vista noturna da cidade também é linda.

O prédio da Estação Grand Central (aquele que aparece no filme Madagascar) é lindo, vale uma visita.

Ao andar pelas ruas de Manhattam você verá muitos prédios com fachadas interessantes, se prestar atenção que você vai se surpreender.

Fim de ano na cidade

A passagem do ano em Nova York é famosa e muita gente viaja pra lá essa época para ver a contagem regressiva e a bola da Times Square (que pra mim foi uma decepção, ela é pequena e sem graça). Vai lá, é legal passar o final de ano acompanhado de pessoas, mas de milhares de pessoas, na maioria turistas amontoados, eu acho um programa de índio, mas se você quiser muito, vão umas dicas: durante o dia 31, a polícia começa a fechar as ruas próximas à Times Square, você não vai conseguir atravessar de um lado para outro. Só entra no perímetro determinado quem for participar da festa e já foi revistado. Eles revistam todo mundo. Nós marcamos um jantar num restaurante do outro lado da Times e tivemos que dar uma volta enorme pra chegar. A maioria das pessoas vai de metrô e chegam cedo pra ficar próximo ao palco onde haverá alguns shows. Se quiser isso, chegue cedo mesmo. Depois da contagem regressiva, tudo acaba muito rápido e, no dia seguinte, parece que nada aconteceu.

Bem, nós não gostamos de muita confusão, então resolvemos partir para um lugar alternativo que amigos tinham nos falado... o Central Park. Enquanto caminhávamos pela calçada do Central Park na 5ª Avenida, já mais de dez da noite, achávamos que tinham nos enganado e que não haveria ninguém por lá, mas quando chegamos, a festa já estava rolando, havia um palco onde houve apresentações musicais e de dança. Tem até uma corrida depois da passagem do ano. Aqui a festa é para os nova-iorquinos mesmo e não para os turistas, o que torna a coisa mais legal. A meia-noite teve uma queima de fogos de mais de quinze minutos. Voltamos para o hotel felizes.

Em qualquer dos lugares que você resolva ir, vá preparado para o frio. Quando eu fui não estava nevando, só um frio de cortar, mas pode ser que neve sim, porque dezembro é o auge do inverno por lá.

 

Cris Camolez

http://oqueimportaeviajar.blogspot.com.br/

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