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Trajeto São Paulo – Chapada Diamantina – viagem realizada em abril de 2015, por 11 dias, 4 de locomoção e 7 de visitação.

 

Inicialmente, a intenção era pegar a BR 381, Fernão Dias, até Belo Horizonte, e de lá pegar a BR 135, sentido Montes Claros. Foi o que fizemos, até Montes Claros, a pista está boa, porém com alguns trechos sem faixas. A pista se torna de mão dupla após BH e, sobretudo à noite, é necessário cuidado nas ultrapassagens realizadas e também com as ultrapassagens alheias de motoristas que o fazem na pista contrária e sem muito espaço.

Em um dia percorremos quase 1000 km entre São Paulo e Montes Claros. De lá, pega-se um trecho da BR 251, 15 km, que está bem ruim, a pista toda irregular e com buracos. O trecho é perigoso, pois os caminhões entram na mão contrária constantemente. Todavia, o trecho ruim é curto e, à direita, há entrada para BR 122, sentido Janauba, à direita. Então, entramos na BR 122, que passa por Janauba, Nova Porteirinha, Mato Verde, Monte Azul, Espinosa, Urandi, Pindai, Guanambi. Em Guanambi, pega-se a BR 030, sentido Caetité. Em Caetité, fomos informados que a melhor forma de chegar a cidade de Lençóis seria por meio da BR 430, sentido Igaporã.

Em vez de seguir por Bom Jesus da Lapa, observando o mapa rodoviário e seguindo algumas informações colhidas no caminho, ao chegar num trevo que indicava Igaporã adiante, entramos à direita, para uma estrada sem sinalização, sentido Tanque Novo, seria um bom corte no caminho. Percorridos uns 10 km de pista, chegamos a um mar de buracos ou melhor crateras na pista, uma do lado da outra, uma na frente da outra. Impossível trafegar ali. Só vi um ou outro carro no local além de caminhões gigantescos. Voltamos, então, para a BR 430 sentido Caetité. Esta última tem seus buracos, mas está trafegável, durante o dia é menos complicado escapar dos buracos. Em Caetité, pegamos a rodovia BR 030 até Brumado. O trecho estava bom. Nesse momento, havíamos desistido de entrar por Lençóis e queríamos seguir por baixo da Chapada, passando por Ibicoara para entrar em Mucugê. O trecho da BR 030 entre Brumado e Sussuarana, 50 km, está muito ruim, após alguns quilômetros iniciais há muitos buracos e alguns pontos que não há como desviar deles, pois ocupam a pista toda. É necessário ir devagar, com paciência. Alguns trechos fui pelo acostamento de terra. Era noite, e inevitavelmente se torna mais difícil desviar dos buracos. Por outro lado, esse trecho da BR 030 estava menos pior que e estrada sentido Tanque Novo que, acima, narrei haver desistido de percorrer. Então, na saída da BR 030, pega-se um trecho, à esquerda, da BR 407, sentido Tanhaçu. Dessa última cidade, pega-se a BA 142, a rodovia que corta toda a chapada. Então, passamos por Ituaçu, Barra da Estiva e chegamos a Mucugê. A BA 142 está muito boa, nela é possível desenvolver boa velocidade. Percorremos 1800 km de São Paulo a Mucugê. Rodamos mais do que deveríamos, pois saímos de Caetité sentido Tanque Novo e retornamos para Caetité. Há outros caminhos alternativos, algumas pessoas vão por Vitória da Conquista, por exemplo. É imprescindível comprar um bom mapa rodoviário. Nas horas difíceis, ajuda muito. Comprei o guia cartoplam 22632 localidades. No retorno, fizemos o mesmo trajeto de ida. Durante o dia, foi mais fácil desviar dos buracos da rodovia BA 030, entre Sussuarana e Brumado, embora em alguns pontos não tenha jeito mesmo, é necessário passar devagar pelas panelas. No retorno, antes de chegar a Montes Claros, há um longo trecho de pista dupla onde aparentemente a pista está boa, mas de repente aparece um buraco ou outro na pista. Você acelera por uns 2 ou 3 km de pista boa e de repente passa por um buracão na pista. À noite é complicado desviar desses buracos esparsos, amassei um pouco minhas rodas nesse trecho, que engana bem o motorista no escuro. Minhas rodas são de ferro, se fossem de alumínio, os problemas seriam maiores. Em São Paulo, por R$ 75,00, fiz alinhamento e balanceamento, além de desamassar as rodas, agora o carro está novo novamente...rs

 

São 8 pedágios de 1,60 de São Paulo até Montes Claros, os pedágios estão no trecho entre SP e BH. A rodovia está boa, um ótimo custo-benefício.

Uma dica de bom lugar para tomar café na Fernão Dias é no km 806, o lugar chama-se loja da Fazenda, os produtos são da fazenda mesmo, tomamos 3 expressos, comemos um lanche, 2 pães de queijo, bolo, tudo por R$ 20,90, muito melhor e mais barato que as lojas do Graal ou Frango Assado.

 

Como o percurso entre SP e Mucugê, 1800 km, durou dois dias, pernoitamos no Hotel Intercity, em Montes Claros, por cuja diária para casal pagamos R$ 119,00. O estacionamento e o café, este muito bom, estão inclusos na diária. O quarto é espaçoso, as instalações novas, o custo-benefício é mais interessante que o do IBIS.

 

Entramos na Chapada Diamantina por Mucugê, fizemos alguns passeios nas proximidades e depois subimos para Lençóis, para fazermos os passeios próximos de lá, com isso rodamos bem menos do que se houvéssemos nos hospedado num lugar só. Se a pessoa almeja minimizar o tempo, talvez seja interessante entrar pela Chapada em Ibicoara, ficando um pouco nessa cidade, um pouco em Mucugê e um pouco em Lençóis. Só não sei de locais para hospedagem em Ibicoara. É possível fazer o trajeto inverso também, se você entrar por Palmeiras ou Lençóis. De Ibicoara é possível realizar o passeio para a Cachoeira do Buracão. Depois, uns 70 km adiante, sentido Lençóis, alcança-se Mucugê, de onde é possível visitar os Poços Encantado e Azul. Então, mais adiante, sentido Andarai, temos o passeio de Marimbus, o pantanalzinho, a cidade de Igatu e o Projeto Sempre Viva, que estão no caminho entre Mucugê e Andaraí. Já em Lençóis, faz-se os passeios para as Cachoeira do Mosquito, Cachoeira do Diabo e Poço do Diabo, Gruta da Torrinha e Lapa Doce, Fumaça, esta última está em Capão, que fica depois de Palmeiras. Abaixo, explicarei melhor sobre cada passeio desses. Com um mapa em mãos, é possível visualizar a sequência das cidades, medindo-se as distâncias entre elas para programar-se melhor. Entre o início da estrada de 15 km que conduz a Ibicoara até Mucugê são 60 km, e entre Mucugê e Lençóis são 146 km. Entre Mucugê e Andarai são 46 km aproximadamente.

 

Custos com hospedagem:

 

Especificamente na Chapada, onde dormimos por 8 noites, ficamos três delas na Pousada Capim Rosa Chá , cuja diária é de R$ 100,00 com café, além de 5 noites na Casa de Radi, cuja diária para o casal foi de R$ 80,00, logo o custo de hospedagem na Chapada foi de R$ 700,00. No meu caso específico, gastei com duas diárias também no Hotel Intercity, em Montes Claros, isso em razão da distância de São Paulo à Chapada, foram R$ 259,00 pelas duas diárias, uma por R$ 119,00 na ida e outra por R$ 140,00, na volta.

 

https://www.facebook.com/hospedagemcapimrosacha

Hospedaria Capim Rosa Chá

Rua Direita do Comércio, 101, Centro Histórico, 46750000 Mucugê

(75) 8236-5950/8186-7492

 

https://casaderadi.wordpress.com/

Casa de Dona Radi

Rua dos Patriotas, 53 (antiga rua do Papagaio)

Lençóis, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil

Telefone: (75) 3334-1625

 

http://www.intercityhoteis.com.br/hoteis/hotel-intercity-montes-claros/

 

Combustível:

O preço varia muito, abasteci em São Paulo por 1,89 o litro do Etanol no posto BR. Em alguns locais, o etanol estava R$ 2,68, uma diferença enorme. Perto de BH, abasteci com etanol a R$ 2,19 o litro. Já em Guanambi, não compensava o etanol, coloquei gasolina. Em Tanhaçu, abasteci com gasolina por R$ 3,54 o litro.

No posto de Mucugê, situado na BA 142, o etanol estava caríssimo, R$ 2,64 o litro, a gasolina lá custa R$ 3,52 o litro. Abasteci ali para realizar os passeios, já hospedado em Mucugê. Abasteci ainda num posto situado em Lençóis, onde a gasolina custava R$ 3,29 o litro e o etanol, R$ 2,39 o litro. No retorno, abasteci no BR situado no povoado de Tanquinho, bem perto de Lençóis, por R 3,48 o litro da gasolina, o etanol custava R$ 2,58, estava mais caro que no posto de Lençóis. Já em Tanhaçu, paguei R$ 3,54 pela gasolina. Em Monte Azul, R$ 3,55 pelo litro da gasolina no posto Ale. Em São Gonçalo do Sapucai-MG, paguei R$ 2,48 pelo litro do etanol.

 

 

17/04/15

Saímos de SP no dia 16 e chegamos a Mucugê no dia 17, por volta das 22h00. Mucugê é uma cidade pequena que fica praticamente na beira da rodovia BA 142, especificamente no km 212. Há algumas entradas para a cidade do lado esquerdo da rodovia no sentido Andaraí, enquanto do lado direito dela, vemos o Cemitério Bizantino, também a beira da estrada. À noite o cemitério fica iluminado até determinado horário, salvo engano, até às 22h00. É bonito vê-lo à noite, do lado de fora, com a cor branca realçada pela luz em contraste com o escuro da noite, mas, durante o dia, visitá-lo, é meio sem graça. Há uma montanha, do lado do cemitério, com um cruzeiro cujas luzes são acesas à noite. Há trilha para subir ao cruzeiro, mas não fomos lá, dizem que a visão do local é muito bonita. Uma das entradas de Mucugê conduz ao centro da cidade. Há uma rua principal onde estão situados vários estabelecimentos, bares, restaurantes, pousadas, sorveteria, café.com, ateliês, loteria, correio, mercadinhos. Vi uma estalagem cujo preço era R$ 40,00 por pessoa. Há um restaurante chamado Sabor e Arte onde há música ao vivo e é comum o povo beber cerveja em sua calçada. O Banco do Brasil é fechado nos finais de semana e feriados, nem o caixa automático funciona. Disseram-me que é possível encontrar veículo para alugar na cidade, o preço seria de R$ 150,00 por dia. Há dois postos de combustível, um deles numa entrada da cidade, outro já na rodovia BA 142, este chamado Posto Serra Verde, próximo da entrada da cidade, em ambos o combustível estava caro em comparação com outros lugares que abasteci, R$ 3,52 pelo litro da gasolina e R$ 2,64 pelo do etanol.

A pousada que ficamos, Capim Rosa Chá, fica na rua principal. Nessa pousada também funciona uma pizzaria, o Antonio que prepara as pizzas, que custam entre R$ 32 e 35. A massa é leve, fina e crocante, além disso os ingredientes são orgânicos e caseiros. Há na hospedaria uma antessala ao quarto que ficamos, na qual há sofás e uma televisão para quem deseja assisti-la. Há wi-fi, vários livros disponíveis para leitura, sobretudo sobre biologia e também sobre a fauna e flora da região. No quarto há banheiro próprio e ventilador. O café da manhã é muito bom, a Laura o prepara com produtos da região, como mel, frutas, pão de queijo, geléia de morango caseira, suco, mandioca, queijo etc.

No local, eles preparam lanches para trilhas também. O kit trilha deve ser solicitado no dia anterior. O valor é R$ 20,00. Um ótimo custo-benefício, o kit é composto por dois lanches naturais, maça, banana, amendoim, granola, suco, pé de moleque, ovo cozido e mel. Comprei quando fui no Buracão. A diária da hospedaria é R$ 100,00 para o casal, incluindo o café da manhã. A Laura e o Antonio, que são muito camaradas, dão várias dicas de como realizar os passeios e como chegar aos locais, o Antonio até nos mostrou fotos dos lugares, além de fornecer informações preciosas para elaborarmos nosso roteiro. Ele também é guia e conhece muito bem a região.

É interessante utilizar repelente ao fazer os passeios, bem como levar aqueles repelentes elétricos de acoplar na tomada, pois, independentemente do local onde você se hospedar, mosquitos aparecerão no quarto para atrapalhar seu sono.

 

18/04/15

Visita ao Poço Encantado e ao Poço Azul

Poço Encantado: saindo de Mucugê, entra-se à esquerda da rodovia BA 142, sentido Andaraí, Lençóis. Após cerca de 24 km de asfalto, há uma placa indicando Itaetê, à direita, onde se vê uma estrada de terra. O Poço Encantado fica antes dessa cidade. Então, por essa estrada de terra segue-se as placas até sair no local. Há trechos de asfalto e terra, ambos ruins, mas transitáveis com veículo de passeio. Nessa estrada de terra, após cerca de 12 km, há placa indicando “Poço Encantado 3,5 km”, à direita. Adiante, há certo ponto que a estrada entronca-se, onde há uma casinha do lado esquerdo, sendo o correto entrar à direita. Logo adiante o visitante vê as placas indicando a entrada da propriedade onde se situa o Poço Encantado. A visita é estruturada, há local para estacionar o veículo gratuitamente, atrás de uma casa onde são vendidas bebidas e outras coisas. Bem ao lado, há outro local onde também são vendidas bebidas, mapas e outras coisas, ali ficam os guias, os quais vão recebê-lo e explicar como funciona a visita. Desse ponto, é obrigatório seguir com guia, o valor por pessoa da visitação é R$ 20,00. Compramos ali, ainda, o mapa trilhas e caminhos, por R$ 18,00, mas você o encontra na cidade em outros locais. Eles emprestam o capacete, com uma lanterna acoplada. Antes de colocá-lo, você veste uma toquinha na cabeça, também fornecida pelo guia. A curta trilha é estruturada com degraus. O acesso é fácil, embora sejam muitos degraus. Há várias pessoas idosas que fazem o passeio. Menores de 12 anos não são autorizados a realizar a visitação. O local vale muito a visita, é uma paisagem inusitada. Você desce no interior da gruta, no subterrâneo dela, de lá, você vê um poço azul preenchido de água cristalina, tão límpida que parece nem haver água no lugar. Há fresta na gruta por onde entra o sol, proporcionando uma imagem belíssima. Não é possível nadar ali, pois há um pequeno peixe que habita as águas do poço. A visitação torna-se mais interessante a partir das 10h15, horário em que o raio de sol entra na gruta. É bom confirmar os horários em que o raio de sol entra na gruta, desci às 10h30 e vi o poço iluminado pelo sol. Dependendo do mês do ano, o raio que invade o poço torna-se maior. Ressalta-se que não é necessário de guia para chegar à propriedade onde fica o poço, é muito fácil chegar ao local com a sinalização mencionada. Se você se confundir, basta perguntar a qualquer morador local que ele informará a você como chegar lá. O guia só é necessário dentro da propriedade, para descer com o visitante até o poço, numa trilha curta, mas que necessita de capacete, pois o visitante pode vir a bater a cabeça em alguns pontos da gruta, no momento da descida. Você só fica 15 minutos no Poço Encantado, e os guias conduzem grupos com quantidade de visitantes estabelecida.

 

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Poço Azul: é próximo do Poço Encantado, você deve fazer o Encantado pela manhã e o Azul pela tarde, pois assim é possível observar o raio de sol na gruta de ambos os poços. Para chegar ao local saindo do Poço Encantado, é necessário retornar pela mesma estrada de terra usada para chegar ao local, mas agora sentido Mucugê. Ao chegar ao ponto onde está a placa “Poço Encantado 3,5 km”, você entra à esquerda como quem volta para Mucugê, porém, quando você se deparar com a placa “Agropecuária Chapadão”, você entrará à direita, numa outra travessa de terra um pouco pior que a anterior. Após percorrer por cerca de 19 km nessa estradinha, estaciona-se o carro próximo ao rio. A travessia é feita por uma pequena embarcação, pelo valor de R$ 10,00 o casal, incluindo a volta. Da outra margem, caminha-se um pouco até o local de acesso, onde se paga R$ 20,00 por pessoa para visitação. Do lado da entrada do poço, há uma pastelaria onde também há caldo de cana. Adiante, há um restaurante de comida por quilo, cujo preço é R$ 29,00 o quilo, a comida é boa, almoçamos lá. Basicamente, o poço azul também é uma gruta acessada por uma curta trilha. Trata-se de um poço de água azulado. A beleza do lugar é acentuada com a entrada do raio de sol. É possível fazer flutuação. Colete e snorkel são emprestados. Somente é possível permanecer por 15 minutos no local. É um passeio leve, vi várias pessoas idosas ali. No azul, é interessante chegar por volta das 12h00. Desci por volta 13h30 e vi o poço iluminado pelo sol. A turma seguinte a minha já não pôde presenciar o raio de sol no poço, o que ocorre, segundo me informaram, somente até as 14h00. Se você estiver de carro, tranquilamente, visitará o Poço Encantado pela manhã e o Poço Azul no início da tarde, observando o raio de sol em ambos lugares, sem precisar correr muito no percurso. Segundo me disseram, nos finais de semana e feriados costuma haver longas filas para visitar os poços, mas quando fui havia poucos grupos no local, de tal forma que esperei pouco tempo. O guia foi meio acelerado no Poço Azul, alguns visitantes disseram que a visita se encerrou um pouco antes do intervalo mencionado, na dúvida, melhor cronometrar os quinze minutos para não ocorrer prejuízo na visita, pois se você faz a flutuação, mal sobra tempo para algumas fotografias.

 

 

19/04/15

Visita à Cachoeira do Buracão

Saindo de Mucugê, ao alcançar a rodovia BA 142, entra-se à direita, sentido Ibicoara. Então, percorre-se cerca de 60 km de estrada boa, numa reta. Num trevo, há placa indicando Ibicoara à esquerda, 15 km. Esses 15 km são de asfalto, a estradinha trata-se da rodovia BA 900. Por isso disse acima que se a pessoa entrar por Ibicoara, ela não precisará percorrer esses 60 km de ida e 60 km de volta entre Mucugê e Ibicoara para essa visitação. Se for de Lençóis então, a distância aumenta muito. Ao chegar a cidade, procuramos pela Bicho do Mato, que é uma associação de guias situada na rua principal da cidade. Há outras associações de guias. Há sinalização, o local é fácil de ser encontrado, pois na cidade você vê uma placa grande indicando “Bicho do Mato a 400 metros”, o local está à esquerda. Ressalta-se que a partir de Ibicoara, o passeio só é realizado com guia. O valor seria de R$ 100,00 para o casal, mas como havia outros dois casais, ficou R$ 35,00 por pessoa. Fomos com nosso veículo próprio. São 30 quilômetros de terra, alguns trechos ruins, mas é possível percorrer tranquilamente toda a estradinha. Na estradinha, você passa por um posto de acesso ao parque onde fica a cachoeira. Ali é necessário pagar uma taxa de R$ 6,00 por pessoa. É necessário atravessar um riacho com o carro, mas é muito raso, qualquer veículo passa sem dificuldades, o guia costuma indicar o melhor ponto para atravessar. Ao chegar no ponto da estrada onde fica o início da trilha, estaciona-se o carro, e percorre-se cerca de 1 hora a pé. São 3 km de ida e 3 km de volta. A maior parte da trilha é fácil, inclusive, num trecho bem largo, ao lado de uma corredeira. Nas partes mais complicadas, há duas escadas de madeira que auxiliam a travessia. Há duas cachoeiras menores na trilha do Buracão, são elas a das Orquídeas e outra que não me lembro do nome. Ao chegar próximo da Cachoeira do Buracão, alcança-se um trecho de pedras que acessa o rio. Ali o guia lhe fornecerá um colete conforme seu peso. Aperte-o bem caso você não saiba nadar. Em seguida, entra-se no rio e flutua-se contra a correnteza, entre o cânion, no sentido da cachoeira, que só é visualizada após você fazer a curva no cânion. Em certo ponto, é possível subir nas pedras da parede do cânion e caminhar sobre elas, sentando-se, mais adiante, nas pedras defronte à cachoeira ou ainda boiando até perto da cachoeira. Aliás, a partir de determinado ponto, é interessante caminhar pelo cânion, pois se você boiar por todo o percurso, haverá um trecho mais raso em que há muitas pedras escondidas nas águas escuras e nelas você poderá machucar suas pernas. A visão do lugar é impressionante, é uma queda de 85 metros com muita água, cercada pelo cânion. Difícil você, sentado nas pedras da parede do cânion, cansar-se de fixar o olhar na imagem do local. Se você souber pelo menos boiar e se locomover na água isso ajudará muito no percurso contra a correnteza, até a cachoeira, caso contrário, melhor ir com alguém que possa ajudá-lo. No retorno, voltando pela mesma trilha, há um trecho em que é possível ver a cachoeira por cima, desde que você deite-se numa pedra utilizando somente a cabeça para visualização, é um ótimo local para fotografias também.

 

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ASSOCIAÇÃO BICHO DO MATO Ibicoara-Chapada Diamantina-Bahia-Brasil

http://ecobicho.blogspot.com.br/

 

20/04/15

 

Projeto Sempre-Viva e Igatu

Dormimos na noite do dia 19 em Mucugê. Na manhã seguinte, tomamos café e programamo-nos para visitar o projeto sempre viva e a cidade de Igatu. Em seguida, nosso destino seria Lençóis. Assim, após o café, saindo de Mucugê, entramos à esquerda na rodovia BA 142, sentido Andarai e Lençóis. Aliás, Andaraí está a 46 km de Mucugê, enquanto Lençóis está a 146 km. Percorridos 7 km de rodovia, observar-se a placa “projeto sempre viva” à direita. No local é possível estacionar facilmente. A entrada é R$ 10,00 por pessoa. No local, é possível conhecer toda a história do garimpo na Chapada Diamantina. Há painéis nos quais se lê as histórias da região. Existem ainda vários utensílios utilizados pelos garimpeiros, incluindo uma casinha de pedra no estilo das utilizadas pelos garimpeiros à época, com vários utensílios. É possível conhecer, ainda, os estudos acerca da preservação da sempre-viva, uma planta que se encontra em extinção devido a exploração desenfreada a qual foi submetida no passado. No local, há uma trilha que conduz a duas cachoeiras, salvo engano, Piabinha e Tiburtino, o acesso a segunda estava vedado, pois havia chovido e havia elevado volume de água no local.

 

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Saindo do Projeto sempre-viva, seguimos na BA 142, sentido Andarai e lençóis. Mais alguns quilômetros percorridos e há uma placa apontando, à esquerda, para uma estradinha de terra que desemboca em Igatu. São 7 km de terra, com alguns trechos de pedras bem ruins. Há várias pousadas por lá. Estava muito sol e não andamos muito na cidade, visitamos o local onde está a igreja e observamos algumas construções nas cercanias. De Igatu é possível realizar várias trilhas, seja para grutas, seja para cachoeiras, mas não fizemos nenhuma delas. Almoçamos num restaurante vegetariano chamado Mandacaru, que fica bem escondido entre as casas, todavia, há sinalização na cidade indicando como chegar nele. Por R$ 20,00, comemos arroz integral, grão-de-bico e omelete com cenouras. Sobremesa: doce de banana. Há poucas opções de pratos, mas o interessante é que eles utilizam-se, para alguns vegetais, de horta própria com plantação sem agrotóxicos. No retorno, logo na saída da cidade, há uma outra estrada, de pedra, à esquerda, que desemboca na BA 142, já num ponto próximo de Andaraí. O visual dessa estradinha de pedras é muito bonito, mas a pista é bem ruim também, o carro parece que vai desmontar com a trepidação. Já na BA 142, sentido Andarai, um pouco depois da saída de Igatu, há uma ponte sobre um rio, sendo que do lado esquerdo se observa uma cachoeira. A entrada do local se chama “toca do morcego”. É possível estacionar o carro ali. Há duas lojas de artesanato na entrada. Não é preciso pagar. Há caminho que leva a um mirante e também uma trilha que conduz a cachoeira. As pessoas sobem numas pedras situadas no final da trilha para visualizar o local. Em seguida, após rápida passagem por um trecho de Andaraí, seguimos pela BA 142 até que alcançamos a BR 242, que cruza a BA 142. Entra-se à esquerda para o sentido de Lençóis. A BR 242 está com a pista boa, mas há muitos caminhões ali, alguns muito lentos. Adiante, depara-se com a placa apontando Lençóis, à esquerda, cujo acesso se dá por uma estrada asfaltada de 12 km e em boas condições. A estrada desemboca já na cidade de Lençóis.

 

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Lençóis

Na entrada da cidade, passa-se por um posto de combustíveis, por algumas pousadas e por um café. Adiante, observa-se uma igreja do lado direito e, à esquerda, a entrada para a praça principal da cidade, que se chama “praça dos Nagôs”. Nessa praça, do lado direito, vemos a Zen Turismo, alguns bares na frente e à esquerda um pavilhão onde alguns comerciantes vendem artesanato. Ao entrar na rua à direita da praça, vemos uma loja de equipamentos de trilha, além de vários restaurantes. Na rua à esquerda da praça, subindo o centro histórico, há vários restaurantes, lojas de artesanato, lanchonetes, agências de passeios etc. Nessa rua e numa outra que a cruza mais acima, os restaurantes colocam as mesas na rua e as iluminam com velas. Não consultei muitas pousadas, a Daime Sono custava R$ 100,00 para o casal, incluindo o café da manhã, mas estava lotada. Fiquei na Casa de Radi, que se situa numa rua paralela a rua da pousada Daime Sono, também no centro histórico. Pagamos R$ 80,00 pela diária na Casa de Radi por um quarto espaçoso com cama de casal, TV, ventilador e banheiro. É possível utilizar a geladeira, os utensílios de cozinha, tanque etc. Cinco minutos após conhecer a Dona Radi, você já se sente na sua casa, ela o deixa muito à vontade e é muito atenciosa. Conta várias histórias do local. A princípio, o café da manhã não estava incluso, mas a Dona Radi nos ofereceu mesmo assim, aliás, muito bom café, com suco, frutas, tapioca e bolo. O café de Dona Radi é melhor do que os oferecidos nas lanchonetes locais. Sem ela solicitar, acabei retribuindo toda a gentileza dela no final da visita, com alguns produtos para o café e também em pecúnia, na hora do pagamento das diárias, ainda que ela não houvesse solicitado nada a mais que o combinado, mas entendo que foi o mais correto como forma de retribuição.

 

Restaurantes em Lençóis: na rua dos restaurantes iluminados pelas “velinhas”, comi no italiano da Marisa. Esta é italiana mesmo, e é ela quem produz as massas. Havia promoção de prato por R$ 20,00. Gostei da massa. Lembrando que o prato é só de massa. Ao lado da Marisa, há o restaurante Sabores de Susy, famoso no local, mas não fui. Há vários locais onde se come pizza, moqueca, pratos típicos da região etc. Os restaurantes dessa rua, e também na que a cruza, têm o preço salgado, qualquer prato simples para dois é no mínimo R$ 45,00, aliás, os preços anunciados eram bem mais altos que isso. O restaurante vegetariano Le Primole não existe mais. O restaurante Jagannatha, igualmente vegetariano, também não funciona mais. A dona deste último, por outro lado, fabrica pães integrais, os quais são vendidos nos mercadinhos da região. São muito bons esses pães, ótima opção para quem deseja preparar lanches, você o identifica pelo selo “jagannatha”. Uma boa opção de lanche é, perto do restaurante Sabores de Susi, defronte ao café da Dona Joaninha, uma lanchonete chamada Natural. Há opções de sanduíches integrais com ricota, tomate seco, alface, tomate, berinjela etc. Custam de R$10,00 a R$12,00 reais, são bem recheados. Todo dia, antes de iniciar um passeio, comprávamos dois para levar conosco. Nessa lanchonete “Natural” também vendem açaí. Há vários tamanhos, lembro-me de que o de 600 ml custava R$ 10,00. Tomei sopa de legumes na pousada Daime Sono por R$ 12,00, boa a sopa. Para os que estão com o orçamento curto, o negócio é lançar mão do mercadinho que fica um pouco mais abaixo da lanchonete Natural. Há uma boa variedade de produtos ali, sendo possível comprar pão, queijo, suco ou mesmo algo de preparo rápido como macarrão e molho. É muito mais econômico preparar sua comida, se caso houver tempo e local apropriado para isso. Há um outro mercado, na rua do Banco do Brasil, que é paralela a esta que citei, onde há um outro mercado, o Senna, com uma boa variedade de produtos.

 

21/04/2015

Cachoeira da Fumaça

Primeiro dia em Lençóis, decidimos ir a Cachoeira da Fumaça. Saindo de cidade, pela rodovia de 12 km que interliga Lençóis a BR 242. Ao chegar nesta última, entra-se à esquerda no trevo, sentido Seabra. Passa-se pelo Morro do Pai Inácio e, adiante, chega-se a um trevo no qual há indicação que à esquerda se encontra o acesso para a cidade de Palmeiras. Então, entra-se nessa estrada asfaltada até Palmeiras. Depois, atravessa-se a cidade seguindo-se as placas sentido Vale do Capão, até que se chega a uma estrada de terra para acesso a esse lugar. Adiante, são mais 19 km de estrada de terra, alguns trechos estão ruins, com muitas pedras e buracos. Ao avistar a Pousada Tarumin, a qual é visto à direita da estrada, bem como um café ao lado esquerdo da estrada, é um sinal que estamos próximos do ponto inicial da trilha. Um pouco mais adiante, do lado esquerdo da pista, nota-se uma casa da Associação de Guias, a qual fica junto de um sanitário público. A estradinha de terra, localizada antes e bem ao lado dessa casinha da Associação de Guias, é o início da trilha para a Fumaça. Após percorrer um trecho dessa trilha e passar por alguns restaurantes onde se observa o anúncio de caldo de cana e pastel de palmito de jaca, alcança-se uma corda no caminho da trilha, e logo ao lado há uma recepção, onde um guia anotará seus dados, como nome, local de hospedagem, início do horário de subida. O guia explica um pouco sobre a trilha e a região, bem como pergunta se você deseja fazer a trilha com guia ou sem guia. Não é necessário utilizar o guia, pois a trilha é um caminho de pedras bem estruturado e claro. Inclusive, há placas em alguns pontos com dizeres do tipo “não siga por aqui, não pise nesta parte”. Optamos por realizar a trilha sem guia. No início, é bem íngreme e um pouco pesada. Depois, torna-se mais fácil. São aproximadamente duas horas para chegar a cachoeira e duas horas para voltar. Há 3 pontos da trilha nos quais encontrei vendedores de água, suco. Um logo na subida, outro na metade do caminho, na parte mais plana, e um terceiro bem no final da trilha, já onde fica o precipício, que também vende o pastel de jaca, tanto frito, quanto assado, por R$ 5,00 a unidade. Comi um assado. No final da trilha, há guias que ficam permanentemente no local, evitando que os visitantes aproximem-se muito do precipício de onde se observa a cachoeira. Só é possível enxergar a cachoeira do precipício, deitando-se no chão e colocando a cabeça para fora da ponta da pedra, a fim de olhar para baixo. Visualiza-se, então, a cachoeira e o poço dela. Ressalta-se que, se caso você não fizer o procedimento citado, você não verá a cachoeira. Os guias permanentes do local não deixam a pessoa se aproximar em pé por questões de segurança.

 

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Vale do Capão

Após retornar da trilha para a fumaça pela mesmo caminho, chega-se novamente à estrada de terra pela qual se chega ao local de carro. Seguindo adiante nessa estrada, por mais dois quilômetros, chega-se a Vila do Capão. Lá se encontra lojas com produtos orgânicos da região como o mel, serviços de terapia holística, artesanato, a famosa Pizzaria do Thomas, a casa dos biscoitos (lá é vendido o mapa da região também), onde também há o mel orgânico da região (R$ 17,00) , chocolateria (comprei uma tortinha de chocolate com rapadura muito boa, por R$ 4,00), lanches veganos, a pizzaria Al Capãone, esta última, uma casinha onde preparam pizzas com massa integral e ingredientes orgânicos, a vendedora coloca as pizzas sobre um balcão, na calçada, e os vende por R$ 3,00 o pedaço, a vegetariana e a de cebola são deliciosas. Em alguns momentos, a vendedora até se atrapalha com tanta gente que fica ali disputando os pedaços de pizza, isso quando a cidade está mais cheia e o povo acaba de voltar dos passeios. A pizza do Thomas fica do lado da Igreja. O local é bem espaçoso, rústico. A pizza só é vendida em dois únicos sabores, um doce e um salgado, sendo possível pedir a pizza parte doce e parte salgada na proporção que você quiser. A média, para duas pessoas, custa R$ 30,00. A grande, para três pessoas, custa R$ 40,00. O litro de suco custa R$ 8,00. Bebemos o de mangaba, muito bom. Ainda em Capão há um mercadinho onde são vendidos, dentre outras coisas, alguns produtos da região, como o café selecionado e orgânico, barrinhas com sementes, chocolates da região etc. Gostei muito do Vale do Capão, o clima é muito bom e há várias opções diferentes de comida e guloseimas bem específicas. O local tem um clima mais alternativo que Lençóis. Para falar a verdade, gostei mais do Capão que de Lençóis. Já à noite, percorremos os 21 km de estrada de terra que ligam o Vale do Capão até Palmeiras, atravessamos essa cidade, a estrada de acesso de Palmeiras, entramos à direita na BR 242, à direita no acesso à lençóis, e estávamos novamente nesta última.

 

22/04/15

Morro do Pai Inácio, Gruta da Pratinha e Gruta Azul.

 

Pai Inácio

Saindo de Lençóis por meio da estradinha de asfalto (sempre se pega essa estrada para qualquer passeio que seja fora da cidade, pois é necessário alcançar a BR 242), entra-se à esquerda na BR 242, sentido Seabra, percorre-se 15 km. A entrada para o Morro do Pai Inácio está à direita da estrada, há placa de indicação no local. Sobe-se, então, uma estrada de terra até o final, onde há recepção ao turista. Cobra-se R$ 5,00 por pessoa para subir o morro. Não é necessário guia, a trilha é curta (600 m) e bem clara. Como se trata da subida de um morro, o trajeto é bem íngreme. No topo do morro, há um espaço enorme para locomover-se de tal forma que é possível visualizar a região em 360 graus. De um dos lados, é possível observar a BR 242, pequena, bem distante. Muitas pessoas vão ao local para observar o pôr do sol. Local muito legal para fotografias e para observação da região.

 

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Gruta da Pratinha

Saindo do Pai Inácio pela mesma estradinha de terra de acesso, entra-se à direita da rodovia BR 242, sentido Seabra. Poucos quilômetros adiante, há placa pequena, do lado direito da rodovia, na qual se lê: “pratinha 12 km”, apontando para uma estradinha de terra. Entra-se nessa estradinha de terra e segue-se sempre em frente até que num entroncamento há uma placa indicando a gruta do Manoel Ioio, à direita, por mais 4 km e a gruta da Pratinha, à esquerda, logo adiante, onde você já encontra um funcionário para recebê-lo. Pare ele, você paga os R$ 20,00 por pessoa para acessar o local, estaciona e um outro funcionário lhe transmite informações sobre o local, dentre elas, que a flutuação na gruta custa R$ 30,00 a mais por pessoa. O pagamento da flutuação pode ser feito por meio de cartão, num restaurante que fica dentro da propriedade, do lado da entrada da trilha para a gruta. Há tirolesa e fotografação debaixo da água por R$40,00, mas não fiz, o preço da tirolesa não me recordo, pois também não fiz. O local é muito bonito e anda-se muito pouco para se alcançar a gruta, que é preenchida com água. Do lado da gruta, há uma lagoa, de cor muito bonita, azulada. Ao pagar pela flutuação, emprestam colete, snorkel, pé de pato e lanterna para o visitante. O guia conduz o grupo para o interior da gruta. Há pontos de mergulho para a visualização dos peixes. Flutua-se 170 metros até o interior da gruta e outros 170 metros para retornar. Fomos com o guia Clinton, que é muito gente boa. Ele orienta o grupo, ajudando as pessoas que têm maior dificuldade em lidar com os equipamentos.

 

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Gruta Azul (não confundir com Poço Azul, são locais distintos)

Os R$ 20,00 da entrada da Gruta da Pratinha também dão direito à visitação da Gruta Azul. Para alcançar esta última, basta se dirigir ao lado de fora da recepção da Gruta Pratinha (por onde você chega de carro) e entrar numa trilha (há placa indicando) rápida que conduz a Gruta Azul. Ao descer nela, observa-se uma parte da gruta preenchida com água, de cor azul decorrente da combinação entre os raios soares e elementos como o magnésio de calcário. Bem na frente da parte de água, há uma pedra disputada pelos visitantes para fotografação. Todos querem se sentar ali para uma fotografia. Não é permitido nadar no local. No local, além do restaurante, há também loja de artesanato onde também são vendidos doces e açaí. O açaí com banana custa R$ 10,00.

 

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Gruta do Manoel Ioio

Ao deixar o local, em vez de virarmos à direita na estrada de terra para retornar a Lençóis, seguimos direto para onde a placa apontava a Gruta do Manoel Ioio. É fácil encontrar o local, pois há sinalização. Caso você se atrapalhe, os moradores da região lhe darão a indicação do caminho. Já na gruta, fomos recebido pelo Marcos. O preço para conhecer a gruta é de R$ 25,00 por pessoa. Após uma rápida trilha no meio das plantações, alcança-se a entrada da gruta. Percorre-se cerca de 500 metros na gruta. Há salão dentro da gruta bem como formações de até 5 metros. A lanterna é emprestada.

 

 

23/04/2015

 

Campos de São João

Gruta da Torrinha

Cachoeira do Diabo

 

Campos de São João

Neste dia, resolvemos visitar o povoado de Campos de São João, notadamente o local onde são feitos os doces em barras D' afra que são vendidos em alguns locais. O povoado fica perto do Morro do Pai Inácio. Saindo de Lençóis, percorrendo os sempre 12 km da estradinha de acesso à BR, entra-se à esquerda dela. Então, percorre-se mais 18 km (3 km após entrada para o Morro do Pai Inácio). A entrada para o povoado fica à esquerda da rodovia e há placa de sinalização. Após percorrer cerca de um quilômetro, após passar um hospital, entra-se à esquerda. Os doces são feitos num casarão amarelo. Toquei a campainha. Lá, experimentei todos os doces e levei vários deles. Cada barra custa R$ 10,00 no local, havendo vários sabores como doce de leite, doce de leite com coco, banana, banana com coco, chocolate com licuri, ambrosia, este último R$ 5,00 o pote.

 

Gruta da Torrinha

Seguimos pela BR 242, sentido Seabra, há um trevo em certo ponto da estrada, indicando que o motorista deve entrar à direita. Então, mais alguns quilômetros e você visualiza outra placa, entrada da Torrinha à esquerda, numa estrada de terra, esta que tem 1300 metros segundo a placa. A gruta fica bem próxima da recepção. Pagamos R$ 110,00 para o casal. São dois quilômetros adentrando-se à caverna e dois quilômetros para o retorno. Há trechos nos quais se caminha agachado, devido ao espaço exíguo, ao passo que, em outros trechos, a gruta se torna imensamente larga e alta, com enormes salões. Há inúmeras formações, como as tradicionais estalactites e estalagmites, mas também há formações raras como a flor de aragonita. São dois roteiros, o 2 e o 3, fizemos o terceiro, pois é o mais longo. Na gruta observam-se ainda colunas (quando a estalagmite se junta com a estalactite), cúpulas, cortinas etc, e até uma formação que se parece com o morro do Pai Inácio. São duas horas de passeio, aproximadamente, o guia foi bem tranquilo, sem acelerar e com várias pausas para fotografias.

 

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Cachoeira do Diabo e Poço do Diabo.

No retorno à Lençóis, já na BR 242, do lado esquerdo da rodovia, há um estabelecimento e uma placa indicando “Rio Mucugezinho”. Há local para estacionar, normalmente há vários carros ali. Então, você passa por uma loja de artesanato, há também restaurante no local. Ali é o acesso para trilha para o Poço do Diabo. A entrada é gratuita. No início da trilha, você se depara com uma bifurcação, à esquerda, há placa indicando pousada, mas você deverá seguir pela direita. Adiante, você vê um poço menor e uma corredeira, onde algumas pessoas banham-se, esse ponto ainda não é o Poço do Diabo. Para alcançá-lo, você deve atravessar esse riacho pelas pedras, nelas há algumas madeiras que vão auxiliá-lo. Segue-se por mais uns 15 minutos de trilha entre as pedras, até que se visualiza a Cachoeira do Diabo em sua parte de cima. Prossegue-se na trilha, que o levará a parte de baixo da Cachoeira, na ponta do poço. A cachoeira do Diabo deságua no Poço do Diabo, é o mesmo local. O poço é ótimo para nado, porém, ele é fundo, mesmo em sua margem, chegando a 5 metros de profundidade, portanto só entre nele se souber nadar, caso contrário fique nas pedras apreciando a paisagem, que é muito bonita.

 

 

24/04/2015

Cachoeira do Mosquito

Para acessá-la, saindo da estradinha de acesso a Lençóis, entre à direita na BR 242, sentido Salvador. Percorridos uns 7 ou 8 km na BR, há uma entrada à esquerda, antes de um Posto BR e também de um povoado, salvo engano, chamado Tanquinho. Acabei passando da entrada e quando percebi já me encontrava no povoado, então, após retornar, passando pelo posto BR, entrei à direita na estradinha de terra, na qual logo na entrada há uma Brasilgás. Então você percorre 3,5 km, até que se depara com outra estrada de terra, indicando Cachoeira do Mostquito 11 km. Transcorrida essa distância, há uma recepção em uma propriedade. Ali, um funcionário cobra R$ 10,00 por pessoa ou colhe a entrada que você pode comprar também no Mercado Senna, em Lençóis. A partir desse ponto, ainda temos 6 km de estrada de terra pela frente, até que você vai encontrar um mirante, da estradinha de terra, do qual se vê a cachoeira por cima, vale uma parada para fotografia. Então, você prossegue na estradinha mais um pouco, até que se depara com um local aberto para estacionar, sendo que nele há indicação do início da trilha. A trilha conduz o visitante a parte de cima da cachoeira, numa parte repleta de pedras, essa parte é atravessada e a trilha continua do outro lado, passando por detrás da cachoeira até o outro dela. Caminha-se na trilha entre entre as pedras, num trecho bem íngreme, até que se chega a parte de baixo da cachoeira, num cânion. A cachoeira deságua do lado direito da parede dos fundos do cânion. É um local muito bonito e você pode ir até embaixo da cachoeira pelas pedras e pelo solo de areia, pois próximo a cachoeira é um local raso. Só não sei a profundidade do poço que fica um pouco antes, pois a água é escura e não fui pelo meio dele. Bem próximo da cachoeira ou mesmo debaixo dela, você se banha e fica ali observando a paisagem sem perceber o tempo passar. A cachoeira deve ter seus 60 metros, a queda é amortecida por algumas pedras, não chegando tão violenta no solo.

 

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Serrado ou Caldeirões

No final da tarde, de volta a Lençóis, fomos até a Cachoeira Serrano, que fica na cidade de Lençóis. Não há sinalização, mas para chegar a esse local basta subir uma das ruas do centro histórico, fomos pela do Banco do Brasil. É um aclive que passa por uma praça até chegar a um hotel grande chamado Lençóis, então, entra-se num portal à esquerda. Adiante, você observa do seu lado direito uma pousada chamada Portal dos Lençóis, antes da pousada, do lado direito, há uma rua, que se trata do início da trilha. Caminho fácil, poucos minutos de caminhada e você se depara com uma área de muitas pedras. Entre essas pedras há espaços preenchidos por água, possivelmente de um rio que passa por baixo delas. As pessoas de banham nesses locais como se fosses piscinas no meio das pedras. Os nativos chamam o local de caldeirões, já o turismo o chama de Serrano. Se você atravessar as pedras, do outro lado, na parte de cima, alcança um mirante e outros locais, disseram-me que a areia colorida é por ali, mas não prosseguimos, pois a noite já se aproximava.

 

25 e 26/04/2015

Retorno para São Paulo, pelo mesmo caminho que fizemos na ida. Pernoitamos novamente em Montes Claros, desta vez pagamos 140 pelo mesmo quarto, parece que o preço flutua conforme o dia.

 

Fiquei com vontade de fazer a trilha da Cachoeira da Fumacinha. De Ibicoara, na Bicho do Mato, custaria R$ 200,00 para o casal, a trilha é mais pesada e longa do que as que eu fiz, mas o local parece muito bonito, segundo as fotos que vi. A Cachoeira Encantada também é muito interessante, mas a trilha, segundo me informei, também é meio difícil e demorada. Há inúmeros lugares para visitar na Chapada, se ficasse por lá um mês não conheceria tudo. Existem, ainda, as trilhas de dias, com acampamento, como a do Vale do Paty. Quem sabe na próxima visita eu a faça.

  • 4 semanas depois...
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Parabéns mesmo pelo relato!! Estou pretendendo ir de carro para a região e foi de muita ajuda as dicas!!! Acho importante vermos os relatos das pessoas que vão de carro e fazem os passeios por conta, ou mesmo aquelas que contratam passeios por agências por ser mais prático ou pela ausência de veículo. Obrigado!!!! ::otemo::

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