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Tailandia: 5 semanas em Bangkok, Koh Phangan, Krabi, Chiang Mai e Chiang Rai


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Um bom tempo se passou desde a primeira vez em que conversamos sobre a ideia de tentar dar a volta ao mundo. O gosto de ambos por viajar era óbvio e comum, e a cada nova empreitada se fortalecia e ficava mais claro e evidente.

Após viajarmos (e, em alguns casos, morado) por Argentina, Aruba, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Curaçao, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Malta, República Tcheca, Panamá, Peru, Portugal e Venezuela, decidimos que 2015 seria o ano de nossa viagem ao redor do mundo.

Entretanto, havia um problema chamado Luke, com quatro patas. Não tivemos dúvidas: nosso cachorro iria conosco. Começamos então a pesquisar como poderíamos viabilizar sua ida. Uma legislação diferente em cada país, leis de quarentena, vacinas, vacinas e mais vacinas, burocracia, problemas de translado… O que antes era – ou seria – uma simples questão de planejamento virou um pesadelo logístico. Resultado: com muita dor no coração, resolvemos deixar o Luke com nossos pais e viajar sem ele.

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Passados o baque e a decepção iniciais, nos deparamos com uma nova questão: por mais que nos encante viajar por viajar, gostaríamos de produzir algum tipo de conteúdo relevante, que fosse interessante não só para nós mas para nossos amigos, parentes e – por que não? – desconhecidos. Afinal de contas, um casal formado por um jornalista/cineasta e uma designer curiosa não poderia deixar passar esse tipo de oportunidade.

No dia 28 de fevereiro embarcamos para o nosso primeiro e fascinante destino: a Tailândia. Por enquanto, temos apenas uma certeza: queremos tornar você cúmplice nesta nossa viagem. Sinta-se então à vontade para se comunicar conosco. E, caso tenha sugestões, já agora ou ao longo do nosso roteiro, não deixe de nos enviar. Essa pode inclusive ser uma forma de compartilhar o nosso sonho com outras pessoas, começando por você.

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CHEGADA EM BANGKOK

Após 24 horas de viagem, chegamos à Tailândia. Do Rio até Dubai foram 14 horas a bordo do ótimo avião da Emirates, com uma escala de quatro horas na Arábia Saudita e mais seis horas de voo até aterrissar em Bangkok.

 

Foi então que nossa aventura literalmente começou. Quando fomos recolher nossas bagagens, nos deparamos com um típico cenário de um show de rock em grandes arenas: dezenas de pessoas se espremiam e se acotovelavam, sendo conduzidas por espaços cada vez mais apertados, sem saber muito bem se estavam indo pelo caminho correto.

 

Quando chegamos à imensa fila da imigração, foi um momento lindo! A fila andava tão devagar que provavelmente quando chegássemos à esteira de bagagem já encontraríamos nossas malas. Dito e feito: passamos sem problemas pela imigração – nenhuma pergunta foi feita a nenhum de nós dois – e recolhemos nossos pertences.

 

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Após pedirmos ajuda no Balcão de Informações, pegamos o trem (ou metrô) dentro do aeroporto. O fato de não ter que enfrentar taxistas desonestos para fazer o trajeto aeroporto-hotel nos emocionou sobremaneira. Seis estações adiante, saltamos e, como o GPS é nosso pastor e nada nos faltará, começamos a caminhar.

 

Nos aventuramos por alguns quarteirões arrastando nossas malas pelo caótico trânsito de Bangkok quase no meio da rua, uma vez que praticamente não havia calçadas, sob uma temperatura de 30 graus, ao meio-dia, com uma umidade altíssima. Não foi gostoso, mas foi emocionante.

 

Tudo o que queríamos era chegar, tomar um banho – estávamos viajando há 24 horas –, comer algo e descansar. Por isso, rolou uma grande decepção quando, ao chegarmos em nosso destino, recebemos o aviso de que nosso quarto ainda não estava pronto e que, portanto, teríamos que esperar mais alguns minutos.

 

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Comemos então um kebab no restaurante iraniano de nosso hotel tailandês com indisfarçável voracidade e, logo após, subimos para o quarto: espaçoso (ainda que nada luxuoso), com ar-condicionado Split marcando fabulosos 16 graus, uma cama enorme, wi-fi potente, TV LCD e um banheiro grande.

 

Após um mais do que necessário banho, resolvemos tirar um cochilo antes de sair para comer e conhecer a noite tailandesa. Resultado: capotamos e só fomos acordar 15 horas depois, já na manhã do dia seguinte.

 

Airport Link

City Line Blue

Preço: 40 THB – R$ 4

De: Suvarnabhumi Airport

Para: Ratchaprarop station

 

Shadi Home & Residence

Endereço: 38/5 Ratchaprarop 8 , Makkasan, Ratchatewee, Bangkok Pathumwan Bangkok, 10400, Tailândia

Preço: 1.100 THB (+ 3% by credit card) – R$ 110 per day/room

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CONHECENDO BANGKOK

 

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Acordamos cedo para o café da manhã e tomamos nosso primeiro susto, ainda que tenhamos pesquisado os hábitos locais: havia macarrão, arroz, batata doce, cozidos, refogados e muita, mas muita fritura. Numa olhada rápida, tememos pelo pior: o que nos restava para a primeira refeição do dia seria melancia, batata frita e salsicha. Até que descobrimos o café, os pães, os ovos mexidos e a omelete.

 

Depois de comer, fomos conhecer as redondezas para ter uma noção mais acurada da área onde estávamos instalados. Aí se iniciou outra aventura, com direito a corridas para não sermos atropelados. Nos sentimos naquele jogo do Atari, “Freeway”, no qual a galinha tem que atravessar a rua.

 

Entretanto, o que mais nos marcou nesse curto passeio foram as claustrofóbicas calçadas. Sim, elas existem, porém mais se assemelham a túneis vivos. Nelas, há de tudo: camelôs vendendo eletrônicos, cozinhando, comendo, oferecendo massagem com wi-fi etc. O aroma é uma nauseante mistura de fritura, flores, esgoto e incenso, que impregna o ambiente e não ajuda em nada a aliviar sua sensação de claustrofobia; apenas te faz ansiar por uma boa lufada de ar fresco.

 

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Até que você consegue escapar desse corredor maligno e avista o oásis: a confusão inodora do shopping e a bênção de seu ar-condicionado fazem com que se renove a fé em Deus e na Humanidade.

 

Se precisar ir ao banheiro, saiba que nem sempre se pode contar com luxos como privadas ou papel higiênico. É possível que você só encontre um buraco no chão e um aviso para não pisar na privada. O problema é que NÃO há privada (ou não havia, naquele caso específico. Nota: este fato ocorreu num banheiro feminino, que em tese seria mais limpo do que o masculino). Ou seja, andar com um rolinho de papel higiênico na bolsa ou na mochila pode ser tão importante quanto a descoberta da penicilina.

 

Em tempo: Quando for experimentar a culinária local, preste muita atenção ao ouvir a pergunta: “Chili?”. Diga “No” prontamente caso não queira ter emoções fortes pelo resto do dia. Guarde essas palavras mágicas se dá valor à vida: “No spicy!”.

 

Pantip Plaza

Endereço: 604/3. Ratchathewi, Bangkok 10400, Thailand

Site: http://www.pantipplaza.com

 

Park Food Platinum Shopping

Endereço: Ratchathewi, จังหวัด กรุงเทพมหานคร Thailand

Site: http://www.platinumfashionmall.com

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VISITANDO TEMPLOS DE BANGKOK

Acordamos nos sentindo sagazes e resolvemos nos aventurar por um barquinho simpático que nos pareceu ser um meio de transporte público bastante eficiente. Qual não foi nossa surpresa ao descobrirmos que nossa querida embarcação na verdade flutuava num rio de esgoto (não muito diferente da nossa Baía de Guanabara, para sermos justos).

 

Após nossa locomoção fluvial, pegamos um táxi e experimentamos pela primeira vez o famoso congestionamento tailandês. Próximos ao Grand Palace, decidimos acatar a sugestão de nosso condutor e fizemos o resto do trajeto a pé.

 

Dentro do GP, caos e muito calor. As construções são muito bonitas e imponentes, mas a sensação de excursão da Disney incomoda, e muito. É gente demais, um calor insuportável e os funcionários não são muito simpáticos.

 

Tenha o cuidado de ir com os ombros cobertos, pois nem mesmo com uma echarpe sobre eles sua entrada será permitida. Você terá que retornar à entrada, pegar uma nova fila e alugar uma peça de roupa por 200 THB (o dinheiro é devolvido no final da visita). Ou seja, de forma alguma aja como se estivesse sensualizando em Ipanema. Você será barrada.

 

Os funcionários, de forma incompreensível, mentem para o turista e afirmam que está tudo fechado – o templo e o aluguel de roupas -, mesmo você vendo, bem à sua frente, pessoas entrando no GP e alugando vestimentas. Além disso, a admissão custa 500 THB (R$ 50) por pessoa e não aceitam cartão.

 

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Depois fomos ver o Buda deitado, num templo muito mais tranquilo. Lá você tem a oportunidade de dar uma respirada, apreciar o local e o Buda, e, quem sabe, até mesmo dar uma meditada. E por apenas 100 THB (R$ 100) por cabeça. Quando nos demos por satisfeitos, tentamos pegar um táxi para voltar. Aí começou uma nova aventura.

 

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Conseguimos, acreditando que por obra do Senhor, pegar um táxi. Entramos e o ar-condicionado nos deu as boas-vindas, mas este sonho seria por pouco tempo. Ao perguntar para onde iríamos, o taxista se recusou a rodar mais cinco metros que fossem por causa do congestionamento. Parou e, muito educadamente, nos pôs para fora de seu veículo.

 

Após sermos recusados por dezenas de taxistas, resolvemos apelar para os tuk tuks. Tentamos por uns 20 minutos, até que chegamos à conclusão de que não conseguiríamos voltar ao nosso hotel por um preço honesto.

 

Desistimos e, graças ao nosso Guia de Turismo e a nossos cérebros GPSianos altamente evoluídos, fomos por uma rota alternativa. Pegamos um outro barco que também seguia por um outro rio de esgoto até a Estação Central. Tudo isso sem saber quanto custava a passagem, se comprávamos antes ou pagávamos no barco, se estávamos na rota correta etc.

 

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Chegamos ao destino final – o hidroviário, pelo menos – e pegamos o metrô. Ao entrarmos no vagão, o Nirvana: aquele ar-condicionado amigo, que te conforta e faz com que você se sinta mais humano e menos um trapo de gente.

 

Dito isto, devemos confessar que, após desistirmos dos táxis e dos tuk tuks, chegamos tranquilos ao hotel. Naquele momento, o banho se fazia mais do que necessário.

 

Dica importante: tente sempre se hospedar perto de estações de metrô e barco, pois o trânsito é muito ruim.

Grand Palace

Endereço: Na Phra Lan Rd, Phra Nakhon, Bangkok, 10200, Thailand

Preço: 500 THB = R$ 50 = US$ 15,57

Site: http://www.palaces.thai.net

 

Wat Pho

Endereço: 2 Sanamchai Road, Grand Palace Subdistrict, Pranakorn District, Bangkok 10200, Thailand

Preço: 100 THB = R$ 10 = US$ 3,07

Site: http://www.watpho.com

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ALMOÇO TAILANDÊS E JIM THOMPSON’S HOUSE

Fomos almoçar no Ban Khun Mae, um restaurante recomendado pelo nosso Guia de Turismo e não nos decepcionamos. O lugar era excelente em tudo: acolhedor, atendimento prestativo, comida ótima. Dividimos um prato que era como uma coletânea da culinária tailandesa e saímos mais do que satisfeitos para ir conhecer a casa de Jim Thompson, americano que desapareceu misteriosamente na década de 1970.

 

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Lá, mesmo que postos à prova pelos mosquitos e pelo calor infernal, tivemos a sorte – e o privilégio – de termos como guia uma tailandesinha fofa, engraçada e espirituosa. Nos solidarizamos com ela de imediato, pois percebemos o quanto ela também sofria com a alta temperatura: gotas de suor escorriam por seu rosto simpático. Estávamos todos irmanados na desidratação.

 

A casa em si pode ser fotografada e vista sem auxílio profissional. Além de enorme e muito bonita, é disponibilizado um panfleto na entrada com a maioria das informações de que você – supostamente – precisa. Entretanto, a visita guiada de 35 minutos te dá uma perspectiva diferente, com muitas curiosidades.

 

Além disso, cultura nunca é demais, e as piadas inspiradas de nossa pequena guia fizeram a diferença. No fim das contas, o ingresso de 100 THB acabou valendo muito a pena.

 

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De lá, pegamos mais uma vez o barquinho pelo rio de esgoto e retornamos ao hotel. Foi um dia – inicialmente banal e comum – bastante produtivo e recompensador.

 

Jim Thompson House

Endereço: Thanon Rama I, แขวง วังใหม่ เขต ปทุมวัน Bangkok 10400, Thailand

Preço: 100 THB (R$ 10)

Site: http://www.jimthompsonhouse.com

 

Ban Khun Mae Restaurant

Endereço: 458/6-9 Siam Square Soi 8, Rama 1 Road, Patumwan District

Site: http://www.bankhunmae.com

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KAO SAHN ROAD E WALKING MEDITATION

Acordamos, pegamos o já conhecido barquinho de esgoto e fomos até a estação/porto final (Phan fa Lilat) para conhecer o templo Wat Ratchanatdaram.

 

Mais uma vez quiseram nos dar a volta: basta abrir um mapa na rua para figuras de pouca luz se aproximarem com historinhas do tipo “Hoje é Dia do Buda, os templos estão todos fechados, deixa que eu te levo a um lugar melhor”. Só que não existe Dia do Buda.

 

Nesse templo, pudemos dar uma meditada enquanto caminhávamos descobrindo suas inúmeras belezas (isso mesmo, chamado “Walking Meditation”, era ao mesmo tempo simples e bastante inspirador. E grátis!).

 

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Logo depois, nos aventuramos num tuk tuk em direção à Kao San Road, rua que ficou bastante famosa com o filme “Se beber não case 2”. Após insistir e pechinchar, conseguimos que nosso valoroso condutor nos deixasse em nosso destino. Ali, mesmo no inclemente sol do meio-dia – “O quê vocês vão fazer lá agora? Vocês têm que ir pra lá à noite!”, disse nosso cicerone, como se uma rua deixasse de existir durante o dia –, foi possível perceber a marola de drogas, sexo e rock’n’roll. Muita gente “jovem, curtida e descolada” passeava admirando as centenas de camisas bacanas, vestidos lindos, lojas de tatuagem e restaurantes.

 

Enquanto almoçávamos, percebemos uma garota de ar vivido oferecendo seus serviços aos clientes, aparentemente chapadíssima. Depois, fomos em busca de um outro porto para repetir aquele esquema barco-metrô, não sem antes nos desvencilharmos de malas que, sem nem sequer saberem para onde íamos, afirmavam categoricamente que estávamos indo para o lado errado!

 

Fizemos o trajeto de volta sem problemas e seguimos para um bar no 83º andar de um hotel de luxo no nosso quarteirão. Segundo informações, lá de cima se tinha acesso à vista mais bonita da cidade. Falando nisso, não é que Bangkok seja feia: há partes muito bonitas, mas ficamos num bairro que se assemelha ao Centro do Rio, mas especificamente ao Saara. Não, não é legal.

 

Empolgados com a inscrição “Free entry”, seguimos ao hotel de luxo (em tempo: tudo parecia muito esquisito, uma vez que havia filas formadas e pessoas com bilhetes nas mãos). Seguindo adiante tivemos aquele choque de realidade: sim, você pode subir ao terraço, é só pagar 400 THB. “No free?”, indagávamos, usando do inglês rudimentar falado naquelas bandas. “No free”, respondia a caixa. “400 THB”, completou ela.

 

Não iríamos pagar 400 THB para subir num elevador até o terraço de jeito nenhum. Por isso, retornamos ao nosso hotel, uma vez que, no dia seguinte, precisaríamos levantar às 5h da manhã para viajar. Nossa próxima parada: Ko Phangan.

 

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Wat Ratchanatdaram

Endereço: Maha Chai Road, Wat Bowon Niwet, Phra Nakhon

Preço: Grátis

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CHEGANDO E CONHECENDO KO PHANGAN

Começamos o dia pegando um táxi às 5h30, avião às 7h, ônibus às 8h30 e, após 3h de espera, barco às 13h. Mais 3h dentro de um barco, com cadeiras confortáveis e reclináveis, e ar-condicionado, o que permitiu que rolasse aquela cochilada gostosa até nosso destino: o paraíso.

 

Antes porém pegamos um táxi compartilhado de 200 THB (R$ 20) por pessoa e fomos subindo ladeiras até chegarmos ao resort Sunset Hill, no alto da ilha de Ko Phangan, no qual fomos recepcionados com uma vista magnífica e “bons drink”. Em seguida, fomos ao nosso quarto – espaçoso, iluminado, com varanda –, onde trocamos de roupa e partimos pra uma piscina de borda infinita, na qual vimos nosso primeiro pôr do sol em território tailandês. Tudo isso por um preço menor do que pagamos em nossa última estadia em Geribá, numa pousadinha em Búzios (confira no fim do post).

 

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Em Ko Phangan, o meio de transporte oficial é a scooter. Por 200 THB (R$ 20), você aluga uma moto por 24h e pode rodar por toda a ilha. Vale muito a pena, uma vez que qualquer corrida de táxi custa o mesmo valor por pessoa, independente da distância percorrida. Você entrega seu passaporte e recebe a motorbike com o tanque vazio. Sim, você aluga a scooter e ainda tem que, no ato, comprar uma garrafa de gasolina para abastecer.

 

Há, entretanto, alguns detalhes a serem levados em consideração. Ko Phangan é uma ilha de ladeiras, então são morros e mais morros que o condutor tem que subir e descer a todo momento. Além disso, a mão é inglesa em todo o território tailandês, e, por mais que possa não parecer, é bastante fácil você se confundir em alguns momentos.

 

Ao alugar um veículo, sua atenção – e tensão – fica redobrada, pois ninguém quer arcar com um possível prejuízo em um eventual e indesejado acidente. Quando se tem alguém na garupa, a preocupação aumenta ainda mais, pois não há apenas a sua vida a defender e a manter em segurança.

 

Agora, quando você NUNCA pilotou uma moto – ou uma scooter – todo esse conjunto de elementos pode comprometer um pouco a sua tranquilidade, acrescentando um tantinho de tensão à situação.

 

Por isso, tivemos que fazer um pequeno treino antes de deixar o hotel, uma vez que sair do alto do morro já seria um teste de nervos (e dos freios) apenas no trajeto até a rodovia. Sob o olhar visivelmente cheio de temor do assistente da locadora, ainda tivemos que escutar um “He is no good”. Não, não foram palavras encorajadoras. Mesmo assim, nos aventuramos em direção a uma belíssima praia no norte da ilha.

 

No caminho, avistamos um casal, no acostamento da estrada, com sua scooter no meio do mato e com sangue escorrendo pelas pernas. Não foi uma visão tranquilizadora, muito pelo contrário, como você bem pode imaginar. O bom é que, como não há marchas, tudo o que é preciso fazer é alternar entre acelerar e frear, o que facilita bastante tua vida. Excetuando-se uma certa dificuldade inicial para “arrancar” com a moto, o resto é tirado de letra (claro, se você souber andar de bicicleta). Por isso, o mesmo trajeto que levamos 30 minutos para percorrer até chegarmos à praia teve seu tempo reduzido à metade quando retornamos ao hotel.

 

Só houve mesmo dois momentos em que a adrenalina se fez presente: logo na descida da super íngreme ladeira do hotel, que dá de cara na rodovia, tivemos que apertar os dois freios como se nossa vida dependesse disso (e, na verdade, dependia, mesmo!); e, na volta, praticamente no mesmo lugar (só que agora no início da ladeira, que começava numa curva), quando, ao acelerarmos para subir, rapidamente tivemos que frear e endireitar a moto para não saltarmos espetacularmente para dentro do mato.

 

Enfim, chegamos sãos e salvos em nossos destinos, e pudemos aproveitar mais uma das lindas praias de Ko Phangan. Abaixo, um breve relato daquelas que tivemos o privilégio de conhecer:

 

Secret Beach (Ao Haad Son): esta praia era bem perto de nosso hotel – 3 minutos de distância motorizados ou uns 15 caminhando – e foi a nossa preferida. Era linda, com coqueiros garantindo uma sombrinha, uma faixa de areia grande, bastante tranquila e com boas e baratas opções de restaurantes.

 

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Haad Chao Phao: na frente da varanda e/ou do lounge de nosso hotel podíamos ver esta praia, que tinha dezenas de bangalôs por toda sua extensão. Também tranquila e de água cristalina, mas com uma faixa de areia um tanto reduzida para nosso gosto.

 

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Ao Haad Yao: mais uma praia linda e muito agradável, com uma extensão de areia maior, além de várias opções de restaurantes e pousadas. Passamos o dia inteiro lendo debaixo de uma árvore amiga.

 

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Haad Mae Haad: esta foi a praia da nossa aventura de scooter, e se revelou uma ótima opção. Talvez por ser a praia com a maior extensão, e ainda se dividir em duas, foi a mais cheia de todas elas. Além da tradicional água cristalina e de sua beleza, tinha dezenas de tendas de massagem, com preços bastante acessíveis, além de um bom restaurante dividindo as duas faixas de areia.

 

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Após ver milhares de ofertas das tradicionais massagens tailandesas em Bangkok, resolvi experimentar em Ko Phangan. Quando finalmente chegamos na praia de Haad Mae Haad, depois de uma viagem tensa de scooter, só queríamos relaxar e não pensar na volta.

 

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Meu primeiro engano foi achar que era relaxante e o segundo foi fazer depois do almoço.

 

A massagista praticamente sobe em você e, em vários momentos, achei que a comida iria sair pela boca, de tanto que ela me amassou. A massagem dura uma hora e ela literalmente aperta todas as partes do seu corpo, desde o dedinho do pé até o couro cabeludo. No final, você realmente se sente bem.

 

Incrivelmente, não fiquei com nenhum roxo no corpo e pretendo fazer outras vezes. Depois, descobri que a massagem tem 3 níveis: leve, normal e pesado. No meu caso, ela não me perguntou – ou eu não entendi – qual nível eu queria, então não tenho noção se ela pegou pesado ou leve comigo.

 

No entanto, se eu fiz o nível leve, não quero nem saber como é o pesado.

 

Massagem tailandesa, 250 THB (R$ 25) por 1h

 

Sunset Hill Resort

Endereço: 81/15 moo , Haadchaophao, Koh Phangan, Surat Thani, Thailand

Preço: 1.710 THB (+ 3,5% by credit card) = R$ 171

Site: http://www.sunsethillresort.com

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PASSEIOS EM KO PHANGAN: KOH TAO E KOH NANG YUAN

Em Ko Phangan, fizemos um passeio de barco até Koh Tao, uma outra ilha famosa por sua beleza. Esse tipo de tour não nos agrada muito, pois sempre tem alguém sem noção que não preza pela coletividade e faz o grupo se atrasar em algum momento. Acontece que, em alguns casos, ou se faz esses passeios ou não se conhece os lugares, uma vez que são a melhor alternativa de se chegar em alguns locais, como reservas protegidas, de uma maneira mais rápida.

 

Primeiro fomos à ilha Koh Nang Yuan, na qual subimos uma escadaria, bastante íngreme e cansativa para alguns, em direção ao mirante, do qual se tem uma vista belíssima de toda a região (parte dela pode ser vista na foto abrindo esse post). Após a descida, demos um rápido mergulho pois já estava na hora do almoço.

 

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O buffet não tinha uma aparência das mais agradáveis e algumas das opções culinárias eram bastante apimentadas. Além disso, como era muita gente, não era permitido trocar de prato. Ou seja, você tinha que entulhar no mesmo recipiente não só a comida como a sobremesa.

 

Depois do almoço, mergulhamos de snorkel sobre os corais e foi um espetáculo à parte, com muitos peixes diferentes e coloridos, dos mais variados tamanhos. A água cristalina permitia uma visibilidade total por muitos e muitos metros. Para finalizar o dia, fomos de barco até Koh Tao para mais um mergulho fantástico, relaxante e belo ao mesmo tempo.

 

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Em tempo: quando for comprar esse tipo de passeio, certifique-se de assegurar no pacote o translado hotel-porto/porto-hotel para evitar dores de cabeça desnecessárias.

 

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Koh Nang Yuan e Ko Tao tour

Empresa: Lomprayah

Horário: 8 às 16h

Preço: 1.800 THB (R$ 180)

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AS DELÍCIAS DE AO NANG, EM KRABI, E A ROUBADA DE JAMES BOND ISLAND

 

Após pesquisarmos, decidimos nos hospedar em Ao Nang, ao invés de ficar no centro de Krabi. E a escolha não poderia ter sido mais acertada. Mais barata do que Ko Phi Phi, ainda havia em Ao Nang beleza, charme e tranquilidade que não encontramos na outra opção, a qual visitamos posteriormente.

 

Ao Nang lembra um pouco o centro de Búzios, com suas inúmeras lojinhas e os mais diversos restaurantes à beira-mar. Como fica numa posição privilegiada, pudemos pegar vários barcos e ir para as mais variadas praias e/ou ilhas. Fomos para algumas próximas, como a linda Raylay Beach (15 minutos, cercada por dois paredões rochosos e com água cristalina) e Phra Nang Beach (20 minutos, onde almoçamos uma quentinha deliciosa), uma praia não menos espetacular, com barquinhos-restaurantes e duas cavernas para o visitante apreciar.

 

Numa delas há um restaurante que, infelizmente, apenas hóspedes do hotel podem frequentar (e era exatamente ali onde nós ignorantes pretendíamos almoçar). Na outra caverna, dezenas de esculturas fálicas – segundo reza a lenda – garantem a fertilidade (ou, quem sabe, evitam a disfunção erétil).

 

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Em relação a passeios mais distantes, tivemos duas experiências diametralmente opostas: um passeio a James Bond Island e uma ida até Maya Bay.

 

No primeiro, optamos por fazer um tour diferente, fugindo um pouco da temática praiana. A “aventura no caiaque” também encheu nossos olhos. Mas foi tudo uma decepção. Portanto, não caia nessa roubada.

 

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O parque – e a “excursão” em si – nada tem de muito interessante (ou de “aventura”, por assim dizer). Nem o caiaque é “pilotado” pelo visitante: há um “remador contratado” que faz o trabalho braçal para você, quando justamente o que queríamos era remar nós mesmos.

 

Aqui, um parênteses: a única parte “legal e emocionante” é quando o caiaque passa debaixo das pedras, o que somente poderia ocorrer com um remador experiente (sim, somos contraditórios, mas quem não é?). Agora, se você tem claustrofobia, já fez exame de ressonância magnética e até hoje não se recuperou, passará por fortes emoções!

 

Ao menos, o buffet do almoço era uma maravilha, com comida gostosa e farta, completamente diferente do menu do passeio anterior, em Koh Tao. O restaurante também possuía sua peculiaridade: ficava na parte dianteira da ilha de Koh Panyee, uma vila muçulmana de pescadores formada por dezenas de barracos-palafitas.

 

De curioso, apenas o fato de que alguns orientais sem noção paravam ao lado de um ocidental – como se ele fosse um animal exótico – e, sem falar nada ou pedir permissão, tiravam uma foto, numa espécie de “souvenir vivo” para a posteridade.

 

No fim do dia, visitamos um Templo-Caverna (Monkey Temple) para dar comida aos macacos (não demos, mas “Ouro de Tolo”, do Raul Seixas, teimava em tocar na nossa rádio mental) e uma cachoeira (que estava mais para um córrego devido à estiagem, como lamentou nosso guia super animado e feliz). Nada demais.

 

Já o passeio até Maya Bay (com direito a dormir no barco e levantar às seis da manhã para assistir ao nascer do sol na praia deserta) foi tão incrível que merece um post só para ele. A seguir.

 

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Swiss Chalet Thailand

Endereço: 153/6 Moo3 Soi 8 Muang, Krabi, 81000 Praia de Ao Nang, Tailândia

Site: http://swisschalet-thailand.com

Preço: 1.343 THB (R$ 134) + 3,5% by credit card

 

Long Tail

De Ao Nang para Railay Beach e Phra Nang Beach

Preço: 100 THB (R$ 10) each way

 

James Bond Tour

Phang Nga Bay

Duração: 08:30 – 17:30

Preço: 1.200 THB (R$ 120)

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