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[t3]Dia 1 (9 de maio de 2015): Antígua[/t3]

Chegamos em Ciudad de Guatemala às 13:00hs, horário da Guatemala (três horas a mais que Brasília-DF), após uma conexão na Cidade do Panamá. Já pegamos direto um shuttle (nome chique para vanzinha) para Antígua, que nos custou USD 15,00. Ciudad de Guatemala não estava inicialmente nos nossos planos principalmente pela fama de violenta.

Em Antígua formos direto para o Hostel deixar as coisas e ver o que a cidade tinha de bom para oferecer. Levamos um susto. A maioria dos turistas lá eram estadunidenses, seguidos por canadenses e europeus. Logo, os preços dos primeiros restaurantes que encontramos, inclusive os piores, estavam bem além do que tínhamos inicialmente planejado. A cereja do bolo foi achar scargot e não achar um simples pollo com papas (saudades Bolívia).

A sorte foi que na noite do segundo dia encontramos um brazuca (serão raros na viagem) que nos situou de restaurantes bonzinhos com preço em conta pela cidade. É procurar nos lugares certos.

Na frente do Hostel tinha um centro de informações turísticas muito bom. Um pessoal bem treinado que nos deu dicas bem legais tanto sobre Antígua quanto do resto da Guatemala.

 

[t3]Dia 2 (10/5): Antígua[/t3]

Saímos cedo para subir o Vulcão Pacaya. O nome se refere à plantação de Pacaya ao redor do vulcão. É uma palmeira da qual se come o palmito, servido nos pratos típicos da culinária local. A subidinha é cansativa, até porque o calor aumenta o desconforto. Mas bem tranquilo. Pra quem quer algo mais tranquilo, tem a opção de alugar uns cavalos até o topo.

Não se sobe até a boca do vulcão, porque ele ainda está ativo e é quente e há gases tóxicos. Mas você vai ser convidado a assar uns marshmallows nas brasas ainda quentes da erupção do ano passado.

À tarde fomos no Museu Santo Domingo, um lugar com umas exposições bacanas de arte maia e contemporânea e outras coisas. Recomendamos.

Na volta, passamos pelo Mercado de Artesanías, um lugar em que se encontra muitos produtos têxteis ou trabalhos em madeira.

 

[t3]Dia 3 (11/5) – Iximché/Antígua[/t3]

No terceiro dia acordamos bem cedo para pegar um dos primeiros ônibus para Chima (Chimaltenango) e, de lá, um para Tecpán. O ônibus deixa a gente na rodovia, de onde é fácil pegar um tuc-tuc até Iximché.

Iximché é um sítio arqueológico de uma das poucas cidades mais que ainda existiam na chegada dos espanhóis. O lugar é o responsável pelo nome do país ser Guatemala, uma vez que, ao encontrar o lugar, ajudado pelos astecas, os Espanhois o chamaram de Quauhtemallan, que mais tarde seria a primeira capital da Guatemala.

Esse foi o primeiro sítio que visitamos e já dá uma amostra do quão imenso todo o resto seria. É meio enjoado chegar lá (visto os ônibus que pegamos), mas valeu muito a pena.

Como tínhamos saído muito cedo, chegamos e ainda tivemos a tarde livre. Fomos ao Museu de Jade que, apesar de ser uma iniciativa de uma joalheria, foi bem bacana e ao Museo del Cacao, iniciativa de uma lojinha que vende coisas de chocolate, muito bacana também. Fim de tarde, subimos ao Mirante, no topo do morro que fica ao lado da cidade. De lá tem-se uma vista fantástica de toda Antígua.

 

[t3]Dia 4 (12/5): San Pedro de Atitlán[/t3]

Saímos cedo (isso será uma rotina) para Panajachel, a cidade maiorzinha que serve de porta de entrada para os vilarejos que circundam o Lago Atitlán. De lá já pegamos um barco para San Pedro de Atitlán, o povoado que escolhemos como base.

Por lá não tem muito o que fazer, é mais relaxar e curtir a vida ao redor do lago. Há alguns passeios para subir um vulcão ou outra montanha, mas o forte mesmo ali é curtir o lago. Chegamos no meio da tarde e usamos o tempo que tínhamos para pular no lago e aproveitar um pouco o fim do dia.

Ah é. Em San Pedro tem, na rua, uma banca que vende “Pupusas Hondureñas”. Prove. São umas tortillas (dessas sem gosto que vc vai comer quase sempre e vai aprender a sentir falta) recheadas com feijão e queijo ou o que você puder escolher. São baratas e uma delícia.

Sobre cerveja, a nossa preferida foi a Modelo, seguida da Gallo e da Brahva Gold. Se você achar a Gallo Red, prove, é uma delícia e só achamos no aeroporto no dia da volta. Eeeeee. Sim, a Brahva é da Ambev. Pelo visto a Brahma se chama Brahva lá.

Em San Pedro, ande bastante. Nosso Hostel ficava meio afastado e descobrimos só no segundo dia o centro turístico do vilarejo. Mas lá tem muitas opções de comidas e de lugares legais para ficar (e de festas, se vc for do tipo que curte crazy gringo partys).

 

[t3]Dia 5 (13/5): San Juan, San Pablo e San Marcus de Atitlán[/t3]

De novo, tomamos nosso café da manhã e saímos cedo, a pé, com destino a San Marcus. O que foi muito bom, porque encontramos uma praia que, não fosse por um casal com seus dois filhos, estaria deserta. Lugar de água limpa, bom pra passar um tempinho antes de continuar a caminhada até San Marcus, a última das vilas que iríamos visitar e a mais bonitinha delas.

Acho que o povoado de San Marcus foi o mais bonito que visitamos, mais arrumado e, como San Pedro, um lugar onde não tem nem domingo nem segunda-feira. O tempo ali não passa e todo dia é dia pra relaxar e curtir a vista pro lago e não fazer nada. Ficamos de boas ali durante o dia e pegamos um barco no final de volta para San Pedro.

Faltou conhecer Santiago de Atitlán, famoso pelo Moximón. Mas ia acabar ficando corrido, ou teríamos que ficar mais um dia por conta apenas disso. Acabamos decidindo seguir viagem.

 

[t3]Dia 6 (14/5): Chichicastenango[/t3]

De San Pedro compramos um passeio de ida e volta para Chichicastenango ou, para os íntimos, Chíchi. É uma cidade que abriga toda 5ª e Domingo uma feira bem grande. De novo, a especialidade aqui são os produtos têxteis. Você também vai encontrar muita escultura feita de jade e algumas coisas de obsidiana. Provavelmente não vai querer comprar nada, porque as mais simples (e bem feinhas) já são bastante caras.

Senti falta, de verdade, foi de artesanato de verdade. A maior parte das coisas parece ter sido feita nalguma fábrica chinesa. Sei lá de onde vêm esses produtos de jade, porque não são trabalhados pelos vendedores ou sei lá, visto que o equipamento necessário para trabalhar a jade é caríssimo, por ser ela uma pedra muito dura.

Pensei que ia fazer A Feira de lembrancinhas para todos. Ledo engano. Rolou foi uma comparação com a fantástica feira de Pisaq, no Peru. A essa sim, um dia volto pra muambar.

 

[t3]Dia 7 (15/5): Lanquín[/t3]

Também em San Pedro, compramos nossa passagem para Lanquín. A cidade fica no centro da Guatemala e é meio difícil de chegar de transporte público. Por isso, fomos, de novo, por shuttle. O ônibus era horrível e a viagem interminável. Paciência né. ;P

A primeira e a última impressão de Lanquín é de que todo mundo na cidade quer te passar a perna. Chegando lá você tem duas opções de onde se hospedar: a) na cidade ou b) perto do parque Semuc-Champey. Na segunda opção, eles te levam “de graça” até o Hostel que você escolher. Mas lá a alimentação é toda cara e você não vai conseguir voltar facilmente pra cidade nem para comprar a passagem para ir embora.

Acabamos ficando com a primeira opção. Se fosse para recomendar a algum viajante, seria ficar no Hostel Oasis. Ele fica a uns dez minutos de caminhada da cidade, à beira do lago e num lugar muito privilegiado, pelo mesmo preço dos demais.

Apesar do que vão te dizer, não tem internet lá direito. Lá é tudo meio do mato, então os limites de internet dos hostels acabam e eles não renovam até que cheguem novos convidados ou que você os perturbe bastante. Tudo bem porque gente teve o suficiente pra dizer pras famílias que tava tudo ok.

Ah sim, no segundo dia lá descobrimos um lugar, Rabin Itzam, que serve uma comida muito boa, a um preço bom e a cozinheira estava ouvindo músicas muito boas – umas versões de Caetano e Adriana Calcanhoto em espanhol. Depois de toda a música local que ouvimos, foi tão tão bom ouvir Caetano.

Ah sim, há uma casa verde nessa mesma rua, ali embaixo, que vende passagens de shuttles para Flores ou Antígua e outros destinos. Foi o lugar mais barato e mais honesto que encontramos. (Sugerimos pagar uma van um pouco mais cara e fugir do pequeno ônibus mais barato, mas assegure de que não vai sentado em um tamborete de madeira antes de comprar seu ticket.)

 

[t3]Dia 8 (16/5): Semuc-Champey[/t3]

Para quem vai se locomover de Lanquín a Semuc, seja porque o Hostel é na cidade, seja porque decidiu ir à cidade resolver sua vida, o meio de transporte será a caçamba de umas camionetes. Pois é, boa sorte com isso. E você vai pagar entre 20 e 35 Quetzales por essa prezepada (entre 10 e 15 reais).

Há a opção de pagar por um tour Cavernas + Semuc. Quase todos que encontramos acharam o “tour” pelas cavernas aquáticas, em que você vai segurando velas pelo caminho e por uns precipícios internos etc meio perigoso. Acabamos decidindo não fazer. Fomos por nossa conta para o parque, sem guia e sem nada, e acho que foi a coisa mais legal que fizemos. Chegamos cedo, então tinha poucos turistas e saíamos de uma piscina para outra ou para o mirador sempre que começava a encher.

Semuc-Champey é lindo =) Não deixe de escorregar nas pedras e fazer tchibum na água nas cachoeiras lá embaixo. Na dúvida, espere uma equipe de turistas (outros) chegar, que sem dúvida eles vão pra lá.

Não perca a vista do mirador lá em cima. Vale a pena a caminhada. E, se achar que a cerca de madeira está atrapalhando sua foto, enfia a cabeça por entre o estrado e peça para alguém tirar uma foto sua de cima.

 

 

[t3]Dia 9 (17/5): Flores[/t3]

Outro dia dentro de uma vanzinha, saindo de Lanquín, rumo a Flores.

Flores fica em uma ilha no norte da Guatemala, na região de Petén. A cidade é muito bonita e lá você encontra tours para os principais sítios arqueológicos maias.

Aqui valem algumas dicas: se você tem 3 dias e curte acampar, contrate o tour que vai para El Zotz, Yaxha e, por último, a Tikal. Eles levam barracas e comida, você só anda. Ficamos com uma vontadezinha de ter feito esse. Descobrimos a existência tarde demais. Se você dispõe de mais tempo e mais boa vontade ainda, pega o tour para El Mirador: dura cinco dias e você vai conhecer a maior pirâmide maia já descoberta, sem contar que é do período mais antigo.

Um jeito é contratar agências de viagem seja pelo Hostel ou Hotel, seja nas agências espalhadas pela ilha. Outro jeito é descobrir o contato de algum guia e contratar diretamente com ele. Uns alemães nos indicaram (mais à frente na viagem) o Erick Maza Juares. Ele tem facebook e você vai fazer o que as empresas fazem: entram em contato com o guia e ele se vira para arranjar a equipe pra te levar. Esse passeio vai custar mais ou menos USD 200,00 se você tiver pelo menos mais uma pessoa para ir contigo. Se você for, tira muitas fotos e me avisa ;) Um dia volto à Guatemala só para isso.

Ah é, em Flores tem comida de rua todo dia. E super em conta. Rolam umas baleadas e enchilladas e tacos e sucos e muita coisa muito boa para alegrar a alma e a pança que, como muitos sabem, são dois nomes para a mesma coisa (essa frase é do Eduardo Galeano, mas não me sinto nem um pouco envergonhado de repeti-la sempre).

Recomendo o hostel que ficamos: El Mirador del Lago. Negociamos o preço com o Mario, o cara é beeeem esquisito na real, mas conseguimos negociar legal com ele e pegamos um quarto duplo (duas camas) com chuveiro quente por um preço bacana. Ok, o chuveiro quente descobri depois que era completamente desnecessário. Mas valeu. A vista do terraço é ótima, o barzinho é ótimo.

 

[t3]Dia 10 (18/5): Tikal[/t3]

O ponto alto da viagem foi Tikal. Talvez seja o único motivo pelo qual vc esteja indo para a Guatemala. Se você nem curte mochilar, mais a vida mansa e etc. Pega um avião para Flores direto, se hospede num hotelzinho tranquilo e só vá para Tikal. A energia do lugar é ótima, tudo é ótimo.

De novo, escolhemos não pegar guia. Pegamos um shuttle às 4:30 da manhã para lá (contratado no dia anterior, saindo do Hostel), mais um roteiro do Lonely Planet com uma sugestão de “circuito a percorrer” em Tikal e fomos.

- 1) Museo Tikal; 2) Templo VI (das máscaras); ; 3) Gran Plaza; 4) North Acropolis; 5) Templo V; 6) Plaza de los siete templos; 7) Mundo perdido; 8) Templo IV.

De novo, agradecemos aos deuses, quetzales e araras por não termos contratado guias. O cara na van que te leva faz uma pressão e começa a te enrolar assim que você chega em Tikal, a dica é: suma o mais rápido que der, vá você mesmo à bilheteria e entre o quanto antes no parque.

O bom de chegar lá tão cedo, por volta das seis da manhã, é que não está tão quente e você vai ver vários animais de boas pelo caminho. Sapos, pássaros, macacos, lagartos e etc. Deixe os bichos em paz, leve uma câmera com zoom e tire fotos. Quanto mais silêncio vc fizer no seu caminho, menos bichos você vai espantar.

Gastamos muito tempo nos monumentos ao redor da Plaza Mayor, onde tem os templos um e dois. Uns turistas andaram caindo escada abaixo e morrendo nessas pirâmides. Então, fica de boa, procura a escada de madeira atrás de uma delas e suba e tire suas fotos lá de cima com segurança. (Mas eu sugiro atravessar a cerca de madeira, sentar no beiral e pedir para alguém tirar uma foto sua ali sentado com a outra pirâmide atrás – ficou muito boa)(Na real, amarrei a câmera ali nas madeiras e programei pra ela tirar uma foto nossa em 10s).

O último lugar que fomos em Tikal foi o Templo IV. A mais alta pirâmide de lá, com 64metros de altura. Lá, vc vai estar acima do dossel das árvores. É fantástico. Chegamos lá por volta de meio dia e ficamos muito tempo lá. Nem nos incomodamos com o sol esturricando nossas cabeças.

Decidimos pegar a última van (acho que às 3:30 da tarde) para Flores. Daí, voltamos aos lugares que mais gostamos para umas fotos mais ou para “sentir a energia boa do lugar”. Papo tilelê né. Mas sem noção de bom. Escrevendo isso aqui agora, só lembro dos minutos que passei em cima daquelas pirâmides.

Recomendação: passe protetor solar antes de ir e leve o tubo pra passar mais lá. Você vai andar muito, faz muito sol e é muito quente. Além disso, leve muita água, um chapéu e óculos de sol. Ah sim, por muita água, pelo menos 2L por pessoa eu diria.

 

[t3]Dia 11 (19/5): Yaxha[/t3]

Gostamos tanto de Tikal que decidimos pegar um tour para Yaxha. O lugar é muito menos turístico, então acabamos tendo um tour meio “privado”: éramos apenas três no táxi, mais um guia. Nesse dia a gente lembrou porque nós não gostamos de guias. Paciência.

 

Foi legal. Acho que estressamos o guia mais que ele a gente. Subimos em tudo que podia subir, lemos todas as placas que podíamos ler, fomos a todo lugar onde poderíamos ir. Isso + fotos, as boas e as idiotas, claro. Mas no final foi massa. Me recomendaram muito esse lugar e nós passamos a recomendação adiante. Se você já está em Flores, conheça tudo! Se você não está fazendo o tour de 3 dias por El Zotz, Yaxha e Tikal, pelo menos esse vc tem que vir conhecer.

O lugar é do lado de um lago, o que o faz bem diferente de Tikal, sem contar que rende umas fotos bem bacanas.

 

 

[t3]Dia 12 (20/5): Río Dulce[/t3]

Mantendo a tradição de sair cedo, partimos e pegamos o primeiro ônibus para Río Dulce. Chegamos meio no fim de tarde num lugar muito nada a ver. Acabamos fingindo que não vimos a parada, esperando o busão atravessar uma ponte imensa e, bem, após dar uma de desentendidos, descemos ali. Cara, foi a melhor coisa que fizemos. O lugar inicial era horrível e ali, logo após dar a volta, encontramos meio embaixo da ponte o nosso Hostel, o Hostel Backpackers, à beira do lago, com uma vista linda e uma diária muito em conta ;)

Rola uns comedores ali perto com comida boa e em conta. Em especial um na entrada da marina, com um café da manhã imenso, pra variar. Curtimos um téras (tereré) no fim da tarde, um banho e um pulo no lago pra relaxar depois de mais uma viagem interminável.

 

[t3]Dia 13 (21/5): Finca Paraíso[/t3]

Em Río Dulce, se você não estiver num Hotel chique sem nada para fazer por uns dias, a única coisa que você vai achar para fazer (...) é pegar uma vanzinha (dessa vez uma pública mesmo) para Finca El Paraíso e curtir uma cachoeira de água quente.

A água nasce perto de alguma coisa meio cratera vulcânica sei lá (cheiro de enxofre por toda parte), segue uns metros e desce na cachoeira por umas pedras, chegando bem mais fria lá embaixo. É massa, nunca tinha visto cachu de água (muito) quente na vida. Bom pra relaxar, apesar de não ser beeeem o que você quer com o calor que faz em todo lugar. Mas é massa sim. Se você subir a cachu e seguir a trilhazinha do meio, você acha a nascente e uma lama que os gringos curtem passar na cara e no resto do corpo.

 

Aproveite, vc é gringo aqui tb. Se for entrar na água quente na parte de cima, vai com calma, coloca o pé primeiro pra ver se aguenta (não aguenta, vai queimar o pé, aqui não é Caldas Novas não). André achou uns sapos imensos no meio da pedra. Mas, eu acho que não teria nem percebido os bichos ali.

O massa mesmo do lugar é que no Hostel funciona uma empresa de viagens, a Río Dulce, em que o gerente nos ajudou bastante na programação dos próximos dias, o Oswaldo. Se alguém passar por lá, fala que dois brasileiros recomendaram a agência dele.

 

[t3]Dia 14 (22/5): Cruzeiro para Livingston[/t3]

No dia seguinte pegamos um barco/cruzeiro para Livingston, que é uma vila de colonização Garífuna, que, por sua vez, são em geral negros de navios negreiros que naufragaram no caribe e nunca chegaram a ser escravos. Eles têm língua e tradições próprias. Hoje em dia convivem com os indígenas e gringos do lugar.

Mas sei lá, não curtimos muito a onda do lugar não. As praias são sujas, o mar pouco valorizado, a cidadezinha meio deixada de lado.

 

Aqui rola de sair para beber Coco Loco, um mix de coco e rum e também Ghiffiti, uma bebida de ervas feita pelos Garífunas. É meio um licor, o propósito é ser meio bebida revigorante, não encher a cara. Acho que você encontra essas coisas por quase todo caribe ou lugar de colonização garífuna.

 

[t3]Dia 15 (23/5): Livingston[/t3]

Na cidade a “única” coisa que tem pra fazer é contratar um passeio para a cacheira dos 7 Altares + Playa Blanca. Uma cachu legalzinha na sombra e uma praia bonita a duas horas de barco da cidade. Na cachoeira rola de chegar à pé, já na praia não. Se você estiver com pouco tempo e for a Livingston, rola de conhecer a cachoeira no primeiro dia e já ir embora no segundo. A praia não nos chamou muito a atenção não.

 

Ah é, recomendamos que pague sua cerveja antes de consumir. Haha, chegamos num bar com cartaz de cervejas a Q8, confirmamos o preço e, na hora de pagar, a mulher ficou com nossos Q10 e disse que o cartaz era do ano passado. Paciência né ;P Mas fica a advertência pra próxima.

 

[t3]Dia 16 (24/5): Quiriguá[/t3]

Esse foi o dia mais punk-rock da viagem em questão de programação. Tudo se encaixou perfeito (graças ao Oswaldo, lá atrás).

Pegamos o primeiro barco para Puerto Barrios e, de lá, um ônibus para Los Amates. Ao chegar, deixamos as mochilas no guarda equipaje do terminal e pegamos um tuc-tuc para o sítio arqueológico de Quiriguá.

É onde estão as maiores – e em maior quantidade – estelas das cidades maias. Estelas são essas pedras talhadas. Marcamos com o taxista (do tuc-tuc) de nos pegar duas horas depois, às 12:30 no portão do parque. E foi o tempo necessário para explorarmos o lugar.

 

Além das estelas, tem também mais algumas construções e etc. Mas o fantástico mesmo do lugar é a quantidade de pedra talhada que você vai ver lá.

De lá já saímos, voltamos para a oficina da empresa rodoviária (a Litegua) e pegamos um ônibus para Teculután e, de lá, um ônibus para El Florido, fronteira com Honduras. Chegamos à noite na fronteira, fizemos os trâmites e conseguimos uma carona para a cidade de Copán Ruínas. É bem fácil conseguir carona ali. Mas, se você chegar antes das sete da noite, tem um ônibus regular que pode te levar.

Ah sim, pagamos 10Q tanto na saída da Guatemala quanto na volta (alguns dias depois) e 3Dólares na entrada de honduras. Tarifas aduaneiras.

Dia corrido.

 

[t3]Dia 17 (25/5): Copán Ruínas[/t3]

Apesar de termos acordado cedo, perdemos muito tempo para sacar dinheiro local (Lempiras), o que prejudicou nosso conforto no passeio às Ruínas principais de Copán. Mas, é a vida, né? Essas ruínas são o ponto alto de Honduras. A cidade já é bastante agradável por si só, com muita opção de hotel e de restaurante para todos os gostos e bolsos também. Achamos um restaurantezinho bem pequeno com comida típica, da Izabel, que... oh.... além de ter um preço super em conta e um atendimento ótimo, a comida era farta e uma delícia. Surpreendeu, até porque o lugar é bem simples e com pouca decoração, apenas duas mesas num espaço pequeno. Mas olha, voltamos lá depois e eu voltaria lá mais várias vezes até comer todos os itens do cardápio se ainda tivéssemos mais tempo lá.

O Ticket que você compra te dá direito a visitar essas ruínas e mais dois lugares e vale por oito dias. Deixamos o segundo lugar para o próximo dia de manhã, já que teríamos que caminhar ainda mais naquele sol e teríamos pouco tempo para explorar. O mais legal lá é a escadaria. Com 63 degraus e mais de 2.000 hieróglifos talhados na pedra, além de estátuas (fora uma, que foi dada a Harvard em troca da tradução de quatro linhas da escadaria) (sem comentários).

 

Tem muita coisa aqui para explorar. Vale MUITO a pena visitar o museu de esculturas que tem dentro do parque, cuja entrada você paga à parte. Visitamos no dia seguinte na volta das Sepulturas (nome do próximo sítio).

 

[t3]Dia 18 (26/5): Copán Ruínas[/t3]

Nesse dia visitamos as Sepulturas (fomos os primeiros turistas a ingressar no parque), o museu de esculturas, o museu de cerâmica, na praça principal da cidade – chamada de parque – e a fica Los Sapos.

Recomendo muito o museu de cerâmica, apesar de ter poucas peças, você vai ver arte muito detalhada da época maia que não vai ver nos outros lugares normais. Lá dentro não se pode tirar foto, o que foi um apena.

Além disso, tem nas cercanias um museu interativo e um aviário. Não fomos, mas o museu interativo parece ser muito legal, ainda mais para quem viaja com criança, o que parece ser muito factível nessa cidade.

 

[t3]Dia 19 (27/5): Utila[/t3]

Mais um dia gasto em trânsito, pegamos um ônibus para La Ceiba e, lá, um barco (USD 27,00) para Utila. Essa é a mais barata as três ilhas hondurenhas no caribe. A mais famosa é Roatán e eu não sei nada da terceira. Apesar de mais barata.... bem, é linda. Lá você vai gastar o dobro do que gastava em terra. Mas... paciência, a ilha é linda e é o que tem pra se fazer em Honduras. Vale muito a pena.

Lá chegando nos ofereceram um curso de mergulho por USD 320,85, inclusas as diárias dos cinco dias que ficaríamos no Hostel + dois mergulhos livres após o fim do curso. Além do mais, o curso é, claro, certificado pelo PADI. Foi uma das nossas melhores decisões. O preço é meio salgado, sim, mas consideramos também que é um dos lugares mais baratos do mundo para se aprender a mergulhar. Sem contar que é no segundo maior arrecife do mundo. Não foi tão difícil decidir, com o nosso orçamento inicial a gente conversa depois heheheheheh.

Pra quem dispõe de uns dias a mais, com mais dois você faz o curso avançado.

Na ilha também tem uma estação de pesquisa com iguanas e outras coisas bem legais, vale a pena sair e explorar. E, se não fizer o curso de mergulho, ainda tem muita coisa legal pra fazer, mesmo com snorkel dá pra ver muita coisa legal. Dependendo da época do ano, dá até pra procurar o tubarão-baleia.

A população nativa come os ovos de tartaruga, por isso há poucas na ilha. Espero que quando você vá a situação tenha mudado e você consiga ver as bichinhas por aí.

 

[t3]ias 20-23 (28/5-1º/6): Curso de mergulho em Utila[/t3]

Fizemos o curso no Alton’s dive center. O lugar é mais tranquilo e .. bem, recomendamos.

No último dia pegamos a balsa da tarde para La Ceiba, onde dormimos, já que no dia seguinte passaríamos o dia inteiro no ônibus com rumo a Guatemala-City, cidade de onde pegaríamos o vôo de volta para o Brasil.

 

[t3]Dia 24 (2/6):[/t3]

Guatemala City nos pareceu bem menos perigosa e mas de boas do que estávamos pensando. Ficamos com o desejo de ter passado nem que seja um dia aqui para conhecer melhor. Valeu um lanche rápido no Taco Bell, espécie de McDonalds de comida tradicional centroamericana (MUITO BOM).

 

[t3]Percepções e recomendações gerais:[/t3]

Leve dólar: nem VTM nem Cartão de Crédito valem muito a pena (VTM então, não vale nem um pouco). Os dólares são aceitos diretamente em vários lugares e você consegue boas taxas de conversão.

Planeje bem: mesmo os melhores lugares não nos ofereceram boas informações turísticas. Nosso itinerário inicial estava bem falho e ninguém conseguiu ver isso. A Guatemala tem milhões de lugares legais, mas poucos são facilmente acessíveis. E você, em geral, não vai saber quais são. E alguns que parecem inacessíveis, são bem mais simples do que o imaginado (El Mirador). Recomendo comprar guias turísticos e ler relatos de viagem (talvez mais importante que os próprios guias).

Se você tem pouco tempo para conhecer a Guatemala, vá pelo menos a Antígua e Flores – as duas cidades têm hotéis e restaurantes para todos os gostos e você consegue até avião de uma pra outra se não puder/quiser gastar muito tempo em ônibus. Já, com pouco tempo em Honduras, vá a Copán Ruínas e a uma das ilhas da baía, Roatán ou Utila, fazer um mergulho nem que seja de snorkel.

Achar lembrancinhas legais e bonitinhas foi bem difícil. Esqueça logo os bonequinhos de jade (caríssimos e feios) e tente achar coisas legais desde o começo.

Coma a comida típica do lugar! Baleadas, pupusas, enchilladas, tacos e etc. Tudo é muito bom e vale a pena ser provado.

Comece todos seus passeios o mais cedo que der. O calor à tarde é infernal e desanimador.

Não esqueça que de julho a outubro é época de chuvas e tempestades por lá. Evite.

Vá com o inglês afiado, porque você verá pouquíssimos brasileiros e infinitos gringos de tudo quanto é lugar do mundo.

Leve adaptadores de tomada (e Ts) para os dois risquinhos, a tomada comum por lá.

 

Anexo, nosso itinerárioc om gastos em geral: Guatemala 2015.xlsx

E, ah sim, para quem baixar a planilha, dentro de várias das células eu coloquei os valores individuais que resultam no total que aparece lá.

Mais pra frente vou ver se rola de inserir fotos ao longo do relato. Boa viagem!

  • Gostei! 1
  • 1 mês depois...
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Postado

Comprou a passagem só de ida para a Guatemala e depois só a de volta para o Brasil em Honduras? Não teve problemas com a imigração por ter só a entrada sem a passagem de saída?

  • 8 meses depois...

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