Ir para conteúdo

Diário de uma viagem: Bolívia Dezembro 2014 - Janeiro 2015


Posts Recomendados

  • Membros

Diário de Viagem: Bolívia 2014-2015

Eu (Willer) e Renata somos casados desde 2013 e decidimos fazer essa viagem com nossos amigos, também casados, Heluisa e Murilo. Como eu e a Renata somos de Campo Grande, nossa jornada começou por lá.

Dia 29/12/14: Saímos de Campo Grande às 23h pela empresa Andorinha que custou R$ 93,00. Chegamos às 05:30 em Corumbá, cuja temperatura atingia 30°C ::mmm: no momento. Pegamos um táxi para fronteira – total de R$ 40,00 (R$10,00 por pessoa) e chegamos na aduana brasileira às 06:10h no horário ainda brasileiro.

Dia 30/12/14: Esperamos a Polícia Federal abrir às 8h e até passamos rapidamente por estarmos na frente da fila. Fomos para aduana boliviana e entramos numa fila enorme. Ficamos, devido a isso, 2:30h parados :roll: “a la indiana”. Saímos da aduana às 10h no horário boliviano e pegamos táxi – R$ 15,00 total - para estação ferroviária e não havia mais trem para aquele dia. Partimos então para a rodoviária caminhando - 3 quadras - e lá compramos passagem pela “Expresso San Matias” para sair às 21h – Bs 120,00 – com ar condicionado, banheiro e muito confortável.

Enquanto esperávamos o ônibus, achamos o hotel “Liloko” – um quarto, duas camas de solteiro e um banheiro social - Bs 100,00. Um hotel limpo, bons chuveiros, bom atendimento e bom custo-benefício e na rua do Giraffas.

Dia 31/12/14: Chegamos às 7h em Santa Cruz e já fomos comprar passagem para Cochabamba, mas poucas empresas trabalhariam no feriado (do dia 1° de janeiro de 2015). Conseguimos em uma empresa que se chama “Trans Carrasco” – Bs 100,00 por pessoa - com saída às 8h. Compramos os bilhetes, pegamos táxi – Bs 20,00 – para a pousada “Terrasol” cujas qualidades era ter um atendimento bom, ótima localização e quartos e camas amplas. (+ wifi funciona perfeitamente; - chuveiro no quente é difícil regular a temperatura ideal)

Check-in mais cedo que o previsto. Deixamos as coisas no quarto e fomos trocar o dinheiro em R$ para Bs e o câmbio no dia estava R$ 1,00 = Bs 2,47 e o Dólar a R$ 2,85 (na fronteira entre o Brasil e a Bolívia estava Bs 2,40). Fomos a “República café”, o suco era bom, ambiente agradável por ser climatizado e com música, mas o atendimento era muito demorado. Preços: empanados de carne – Bs 9,00, suco – Bs 16,00, café – entre Bs 10,00 e Bs 15,00.

Fomos até a Praça 14 de setembro e tiramos fotos lá. Também descobrimos a rede “Dumbo”: sorvete bom, preço bom, espaçoso. Paga-se Bs 88,00 por 4 sorvetes de 4 bolas (250g). No mesmo ambiente é oferecido bolos, tortas, lanches, pratos, todos apetitosos e caprichados. Silpancho Bs 47,00 serve duas pessoas e é o melhor prato!

Dia 01/01/15: Na virada do dia 31 para o dia 01 fomos ver os fogos da virada de ano, mas quase não havia. Acordamos às 6:30h para estar às 7:10 na rodoviária.

Chegando na rodoviária, percebemos que o vendedor da passagem tinha feito rolo :twisted: terceirizando a venda e a nossa entrada no ônibus virou um drama de primeira. A empresa “Trans Carrasco” não queria autorizar nosso embarque pois não havíamos comprado no dia – compramos um dia antes para evitar tumultos no feriado – e isso gerou certo desentendimento entre eles. Havia dois ônibus da mesma empresa estacionados próximos, de modo que mandaram entrar no que não tinha nenhum passageiro além de nós 4. Estranhando a situação e a demora da partida, o Murilo, ao sair para tentar alguma explicação sobre isso, percebeu que o motorista trancara a porta. Ficamos muitos apreensivos. Murilo pulou a janela do ônibus e foi tirar satisfação ::quilpish:: . Só então, depois de ficar frente a frente com o motorista e vendedor, nos autorizaram a embarcar no outro ônibus, o que já estava quase cheio de passageiros, de fato. Saímos às 9h no ônibus sem banheiro que só parou às 11h brevemente e não fez outra parada :roll: . Às 16h a Heluisa (Isa) fez a primeira tentativa de pedir ao motorista que parasse para ela urinar. Em resposta ele disse que não poderia parar pois era serra com subida íngreme e comprometeria a nossa segurança – mas havia várias carretas paradas em alguns trechos do acostamento – e continuou seguindo viagem. Ela pediu uma segunda vez para que ele parasse e ele disse que pararia dentro de 20 minutos. Aí começou a contagem no relógio para aliviar aquele desconforto causado por horas sem ir ao banheiro. Quando ela já não podia mais aguentar a vontade extrema, Murilo abriu a cabine e exigiu que ele parasse o ônibus imediatamente, em voz exaltada ::vapapu:: , o que resolveu a situação na hora. Isa foi atrás do ônibus acompanhada de Renata e Murilo que seguraram uma toalha formando um biombo para que os motoristas das carretas que passavam não vissem. Qual não foi minha surpresa quando vi quase todos do ônibus descendo depois dos três para se aliviarem também!! Havia vários olhares curiosos e buzinas para completar o constrangimento da situação.

Durante essa viagem eu observei, enquanto os demais dormiam, algumas famílias que estavam no ônibus. Crianças se lambuzando com frutas ::tchann:: , suando devido ao calor :? , com nariz escorrendo, cabelos ensebados e grudando nos bancos do ônibus e os pais suados, avessos a tudo, dormindo. Uma cena que causa cheiro ruim até mesmo à retina de quem lê ::dãã2::ãã2::'> .

Chegamos em Cochabamba às 20h, depois de cerca de 9h de viagem quase sem parar! Já estava escurecendo, o que dificultou um pouco encontrar os pontos marcados, como a bilheteria e o hotel. A bilheteria encontramos, estava fechada. O hotel “Apart Agarthan” não localizamos. Como cada casal iria ficar em um hotel e já não achamos o Agarthan, devido ao perigo da área que nos encontrávamos, decidimos que os 4 ficariam no “Super 8”- cujos quartos eram confortáveis, banheiros e chuveiros bons, tinha prestativos funcionários e um razoável serviço de café da manhã. Deixamos as malas e saímos para comer. Andando perto da praça, eu encontrei uma franquia do “Dumbo”. Lá gastamos Bs 170,00 + Bs 10,00 de táxi.

Aqui começa de fato os efeitos da altitude¹: insônia :? . Fomos dormir às 22:30h.

Dia 02/01/15: Todos acordamos durante a noite e ficamos cerca de 1:30 sem dormir para depois voltar a pegar no sono. Levantamos às 6h, tomamos banho, café e chegamos 8:15 na rodoviária. Compramos passagens para Oruro – Bs 31,00 por pessoa – com saída às 9h na empresa “Copacabana”. O ônibus semi cama saiu pontualmente e estava garoando, cerca de 17°C.

“Tcholas²” ::tchann:: sentaram atrás de nós e tinham um cheiro forte e ruim. Além disso, nessa parte da viagem tinha um vendedor em pé no corredor do ônibus que estava falando sobre um produto querendo vendê-lo. A descrição e a propaganda não terminavam nunca, atrapalhando todos a dormir e descansar. Para continuar a sessão “sem descanso”, um homem com o filho entrou no ônibus e sentou no corredor, exatamente entre a Renata e a Isa e ficava escorando ora numa, ora na outra quando cochilava. Ainda na mesma viagem, entrava vendedores de Pollo com arroz, e gelatina. Interessante é que só os que estavam atrás de nós é que queriam, fazendo o vendedor passar ao nosso lado com aquele cheiro forte de comida em horas impróprias ::vapapu:: . Após todos esses acontecimentos, começou a pingar bem no colo da Isa e do Murilo durante a viagem e eles tiveram que usar capa de chuva mesmo estando dentro do ônibus :lol: .

As paisagens eram bonitas e interessantes. Chegamos em Oruro às 13:40h e fomos direto para a estação de trem – Bs 20,00 de táxi – para saber que não havia mais passagem naquele dia, só para domingo. Voltamos para a rodoviária – mais Bs 15,00. Não encontramos ônibus bons para Uyuni; todos sem banheiro e/ou semi leito. Passamos um bom tempo andando com as mochilas pesadas nas costas e tentando encontrar informações sobre ônibus para lá.

Efeito da altitude²: falta de ar ao fazer coisas simples ::ahhhh:: . Apesar de a nossas mochilas estarem realmente pesadas, perdíamos o fôlego aleatoriamente. Murilo perguntou a um policial sobre onde encontrar ônibus para ir a Uyuni e ele nos mandou ir à praça municipal pois lá passava, segundo ele, ônibus das empresas “Todo Bus” e “Omar”. Fomos então para a tal praça – Bs 15,00 – e chegando lá descobrimos que não havia nada de ônibus e ninguém sabia informar direito. Passava da hora do almoço, então comemos Pollo com arroz e suco – Bs 93,00. Foi aí que decidimos arriscar um ônibus ruim mesmo para Uyuni, já que não havia muita opção. Voltamos para a rodoviária – Bs 15,00 de táxi. ::putz::

Compramos passagem na “Expresso Emmanuel” (brincávamos: só Deus conosco mesmo... :lol: ) por Bs 35,00 cada pessoa, e o ônibus saía às 20h. Ficamos na rodoviária, compramos luvas e tocas – Bs 70,00 tudo – para usar no frio e trocamos de roupa para um frio mais intenso ::Cold:: . Engraçado e entediante foi esperar na rodoviária e ouvir incessantemente os vendedores gritando nos guichês “Uyuniiii”, “Oruro, Oruro”, “Cochabamba, Cochabamba” para atrair os clientes. O barulho ecoava por toda a parte e irritava muito a gente.

O ônibus chegou e era muito antigo :evil: . Já quando ele estacionou percebemos que estava todo remendado por fora, amassado em algumas partes, sujo de poeira e muito pessimamente conservado. Ao entrar piorava a situação, pois vimos que as janelas estavam todas coladas e algumas partidas e remendadas com silicone. A luz era totalmente adaptada e mal iluminava o corredor. Havia duas crianças que choraram por um bom tempo e o motorista só parou uma vez, às 22:30h para urinar. Isa aproveitou a oportunidade, apesar de não haver luz nem descarga onde desceram.

Dia 03/01/15: Quando começou a estrada de chão, por volta da 1h da manhã, o barulho ficou insuportável tanto quanto os pulos ::hein: que a gente dava nos bancos, pois a estrada era horrível.

Chegamos em Uyuni às 4h da manhã na temperatura de 6°C ::Cold:: . Encontramos dois brasileiros no ônibus e caminhamos com eles até o hotel “Toñito”. O preço era de Bs 400,00 por noite e o Murilo não quis ficar, deu piti ::vapapu:: e andamos até as 5h à procura de outro hotel mais barato. Todos lotados ou fechados. Eu e a Renata decidimos voltar para o Toñito mesmo enquanto a Isa dava piti ::vapapu:: por toda essa situação e cansaço. E foi atrás do Murilo ::prestessao:: . O atendente fez por Bs 300,00 por noite com um sorriso de vencedor sobre a gente :mrgreen: . Após eu e a Renata já estarmos deitados e prontos para dormir, eis que chega Isa e Murilo. Acordamos às 9:30h, tomamos banho e café da manhã. Hotel muito confortável e atendimento muito bom, além do wifi de ótimo alcance e banho quente com calefação agradável. Saímos para encontrar agências de passeio, mas todas estavam fechadas, então vimos alguns presentes de recordação e descansamos no hotel até as 17h. Depois saímos em busca da empresa “Blue Line” e contratamos o passeio de 3 dias no deserto por Bs 850,00 que não incluía a entrada no parque e banheiro em alguns lugares. Compramos souvenires em algumas lojinhas e passagens antecipadas pela “Omar Turismo” – Bs 190,00 por pessoa – bus-cama, que saía às 19h e chegava às 7h em La Paz.

Dia 04/01/15: Tomamos café e fomos até a agência às 10h e o passeio saiu às 11h. Tivemos a sorte de ir com mais dois brasileiros: Coco e Deise. 1° parada: Cemitério de trens com 20 min para fotos. Muita gente disputando os melhores espaços e pouco tempo para esperar. O guia, Wilder, era muito atencioso e explicava as curiosidades e ria das nossas piadas. Nesse percurso vimos Lhamas, alpacas, e comemos uma carne estranha, meio amarga e seca e algum tempo depois fomos descobrir que era de lhama. 2° parada: deserto de sal. Tiramos fotos nos montinhos de sal e avistamos o nada no horizonte para todas as direções. Havia estátuas sobre o Dakar que aconteceria a alguns dias.

Cerca de duas horas percorrendo o deserto de sal e depois de terra, chegamos a um vilarejo e o guia nos encaminhou a um hotel “Cabanas de sal”, que como o nome diz, é feito todo de sal. Recepcionaram-nos com bolacha de água e sal e chá :P . Saímos para comprar água e tomamos rajadas de vento com areia na cara com força. Conversamos e trocamos as experiências que tivemos com os transportes e rimos com os brasileiros, ainda mais quando descobri que são também professores.

:arrow: *Nesse hotel não havia água para banho e a energia funcionava somente das 19h às 21h. ::ahhhh::

Dia 05/01/15: Acordamos 6:30h, tomamos café e saímos às 8h para passeio. Estava mais frio que antes e até o cume dos montes estavam nevados. Nesse momento estávamos na fronteira entre a Bolívia e Chile e havia alguns trens parados nos quais tiramos algumas fotos legais ::hahaha:: . Perto dali, num local repleto de rochas, Isa experimentou o efeito da altitude³: diarreia das brabas! ::essa:: E foi entre as rochas mesmo. Logo após paramos na 1° Laguna, onde tinham flamingos bonitos, o lugar era incrível. Almoçamos frango, batata, macarrão e seguimos às outras Lagunas, onde também havia flamingos. Vimos vulcão e a montanha colorada, que é o ponto mais alto do passeio: 4.700m de altitude. Ao chegar num vale de rochas, tiramos foto na árvore de pedra. Entramos na reserva “Eduardo Arboreda” – Bs 150,00 por pessoa.

:arrow: *Todas as refeições durante o passeio eram feitas pelo guia/motorista.

Fomos para o hostel, quarto para 4 pessoas. Isa estava muito mal, com dor de cabeça, diarreia e ruim do estômago. Murilo estava com forte sinusite. Não tínhamos dúvida que era resultado da altitude somado ao “sacolejar” do carro nas estradas de chão. Tomou boldo, paracetamol e não tomamos banho nesse dia por falta de água. Lanchamos chá com bolacha de água e sal e jantamos sopa, macarrão com molho e queijo. Estava muito frio e ventava piorando a sensação térmica de 5°C.

Dia 06/01/15: Acordamos às 4h da madrugada e saímos à 5:30h para ver os gêiseres e a temperatura lá estava -3°C a 4.700m de altitude ::essa:: . Depois paramos no deserto de “Salvador Dali” para tirarmos fotos. Passamos também nas águas termais, mas ninguém quis entrar por causa do frio extremo fora do carro. Passamos pelo “Vale de las rocas”, paramos na “Laguna Negra” e eu fiz o favor de deixar a Nikon no carro ::toma:: . Almoçamos arroz, salada e atum. Enquanto eles almoçavam, ocorreu a diarreia comigo e justo no lugar onde a descarga era feita de modo manual, com baldes d'água... ::dãã2::ãã2::'> Seguimos para Uyuni, percorrendo mais de 500 km de carro. Chegando lá, resolvemos entre nós 6 (Renata, eu, Murilo, Isa, Coco e Deise) dar uma gorjeta para o Wilder, pois é parte do salário dele e ele mereceu. Então pagamos Bs10,00 por pessoa para tomar uma ducha quente maravilhosa depois de uns dias sem tomar banho. Fomos à agência pegar nossas mochilas e comemos pizza – Bs 60,00 + Bs 30,00 por um suco que estava estragado, mas eles argumentaram que as laranjas na Bolívia tinham aquele gosto mesmo (não deram desconto e cobraram normalmente). Tacamos sal no suco para ter a certeza de que eles não reaproveitariam mesmo, hehe. :twisted: Resolvemos ir a outra pizzaria e gastamos mais Bs 110,00 com o suco e pizza. Compramos chocolates e águas pois a viagem ia ser longa, totalizando Bs 20,00 e partimos para a rodoviária. O ônibus da Omar, que era a empresa que compramos a passagem, estava marcado para sair às 19h mas saiu às 19:40h depois de várias reclamações no balcão.

:arrow: *Os bolivianos sempre esperam lotar os ônibus, independentemente do horário marcado!

O ônibus era confortável, tinha coberta, televisor, mas sempre tem problema nos transportes que pegávamos. Para estrear tal lindo e novo ônibus, a Isa foi ao banheiro devido à diarreia violenta antes de todos entrarem :oops: . Depois que usou, descobriu que só teria água para descarga 40 min depois de estarmos andando ::putz:: . Então não houve descarga... Apesar disso, estávamos divididos entre a esperança de a maré de azar ter acabado finalmente com esse ônibus novo e esperar para ver o que poderia dar errado... E deu errado. Ligaram a calefação e não desligaram mais. Com isso começou a fazer um calor infernal e o Murilo tirou a camiseta, hahaha. Isa foi lá reclamar ::vapapu:: (estávamos nos bancos de cima, no 1° andar do ônibus) mas não resolveu nada. Nisso surgiu uma nordestina que começou a gritar com o motorista dizendo que lá embaixo estava cheirando muito ruim e fez o maior tumulto dentro do ônibus com ameaças diversas. Vendo que o motorista apenas ignorava os apelos de resolver a situação, ela foi lá e sentou do lado dele (na cabine do motorista estava fresco pois as janelas abriam). Chegamos a andar em velocidade de estrada com a porta lateral do ônibus aberta (e ela fica ao lado do banheiro, então...ninguém podia usar nesse tempo...). De repente, pessoas da parte de baixo do ônibus começaram a subir para o corredor ao nosso lado por ter ficado insuportável o calor e cheiro de gás carbônico onde estavam, enquanto que um japonês sentado logo atrás da Isa e do Murilo estava com frio por termos conseguido abrir uma janelinha minúscula para não asfixiarmos. A nordestina deitou no corredor ao lado do japonês e de repente ele grita “AJUDA!!” (meio que em espanhol). Achamos que ele estava passando mal, mas ele só estava incomodado com a moça dormindo no corredor. ::ahhhh:: Susto em todos.

:arrow: *A empresa “Omar” de Uynuni a La Paz veio por outra estrada que não foi a de chão pela qual fomos na outra vez! Dormimos razoavelmente depois desse episódio.

Dia 07/01/15: Chegamos ao terminal em La Paz cerca de 7:40h e ao pegar um táxi para chegar ao hotel, o motorista se perdeu e precisou dar umas voltas a mais cobrando Bs 10,00 a mais do que o combinado (que era Bs 20,00). Lógica, cadê você?? ::dãã2::ãã2::'> Chegamos ao hotel “Golden Palace” às 10h e os quartos já estavam liberados. Hotel muito bonito, com quadros em alto relevo, lustres requintados, lareiras e computadores para uso geral – onde descarreguei o cartão de memória da máquina pela primeira vez – além de ficar localizado em uma das ruas principais de La Paz. Saímos para tomar um café – Bs 165,00, mandamos lavar nossas roupas e visitamos lojas de lembranças. Dormimos bem – raridade.

Dia 08/01/15: Saímos para conhecer a cidade. Vimos a igreja São Francisco e a “Plaza Murillo”, que tinha muitos pombos à toa. Pegamos um táxi e fomos ao mirador “Killi Killi” e vimos a cidade de lá de cima. Depois descemos a pé até o Dumbo onde almoçamos e comemos feito peões, além de encontrar nossos amigos Coco e Deise novamente e sem combinar.

Ao passar na agência de Donwhill, ficamos sabendo que o passeio não funcionaria devido a protestos que estavam ocorrendo nas estradas que dão acesso. Voltamos para o hotel e não saímos para jantar, apenas a Isa, o Murilo e a Renata saíram para comprar uma torta enquanto eu fiquei no quarto curtindo a reprise da Maria do Bairro.

Dia 09/01/15: Pegamos um ônibus para Copacabana que saiu às 8:15h e sentamos nos primeiros bancos, logo acima do motorista. No começo foi tranquilo, mas depois de uma certa distância começaram as curvas acentuadas perto de despenhadeiros e, como estávamos no alto e na frente, a sensação de que íamos tombar era grande.

Atravessamos o “Lago Titicaca” de barca separado do ônibus – Bs 2,00 por pessoa – e esperamos do outro lado para reembarcar e chegar finalmente em Copacabana às 12:30 para comprarmos passagem para “Isla – parte Sul” – Bs 20,00 por pessoa. Comemos truta em prato muito grande – Bs 35,00 e eu comi hambúrguer – Bs 20,00 num total de Bs 135,00. Voltamos na agência para pegar nossas mochilas e corremos para o barco pois acreditávamos estar atrasados. Era 13:20h e chegamos na Isla às 15h, numa viagem tranquila e sem contratempos.

:arrow: *Cobra-se Bs 5,00 por pessoa ao desembarcar na Isla. Até agora não entendemos o motivo. :?:

Na Isla, perguntamos pelo hotel “Palla Khasa” e um menino (Alex) nos serviu como guia pelos mais de 200 degraus e muita subida. Ele nos disse que seria uns 40 minutos de subida, mas o sol e o peso das mochilas não perdoavam e o cansaço foi eterno. Demoramos 1h para subir, mesmo com o Murilo levando a mochila da Isa até a metade do caminho. Chegamos lá e ainda ganhamos uma limonada de brinde ::otemo:: , tamanha era nossa cara de sofrimento e falta de fôlego. Lugar com vista incrível, dois quartos confortáveis e com água quente – 45,00 Dólares – por casal.

Dia 10/01/15: Acordamos e o tempo estava bom na Isla. Fizemos check-out e começamos a descer às 09:15 com um cachorro branco como guia e lá embaixo :wink: , no final, já era 10h e garoava. Ficamos esperando pelo barco que saía às 10:30h, mas demos bobeira e ficamos no final da fila. Essa situação se complicou quando um barco com lugares em cima (sem proteção) e embaixo (com cobertura) foi tripulado apenas dentro por causa da chuva. E com o mesmo número de pessoas. Mas espremidos conseguimos ficar protegidos da chuva. Tinha gente de toda a parte do mundo e os idiomas se confundiam de tão juntos e diversos :? . Eu arrisquei um Inglês e conheci uns americanos californianos que acham que todo brasileiro gosta de carnaval e sabe sambar. Com a chuva o barco balançava mais e já estávamos enjoados e com fome. Chegamos às 12h e fomos comprar passagens para La Paz – Bs 30,00 por pessoa – ônibus novo e só de turistas pela empresa “Diana”.

Então fizemos todo o caminho inverso atravessando o lago Titicaca separado do ônibus e chegamos a La Paz 17:30h. Na rodoviária compramos passagens para Santa Cruz pela empresa “Copacabana” – Bs 220,00 cada – e fomos para a avenida Sagarnaga onde ficava a agência de Downhill. Murilo quase não conseguiu comprar o passeio devido a problemas no cartão de crédito, mas resolvemos entre a gente e depois disso ainda encontramos Luiz Carlos, um amigo de Campo Grande, que também iria fazer o passeio. Fomos para o hostel “Maia Inn” – Bs 180,00 por quarto, o que deu um total de Bs 360,00 + Bs 180,00 para a Renata e a Isa ficarem em um só quarto até eu e o Murilo voltarmos do passeio. Hostel simples, mas com água quente, café simples e internet.

Dia 11/01/15: Downhill: “Extreme” Bs 450,00 pela bike intermediária + Bs 25,00 para entrar na estrada que dá acesso à descida. Empresa conta com guias muito experientes e é uma das mais famosas, mas durante a descida vimos que existem outras com uniformes mais novos. Enquanto eu e Murilo acordamos às 6:40 para estar na agência às 7h, Renata e Isa saíram e compraram xadrez boliviano, lembranças, pequenos presentes e coisas do gênero. Chegamos do passeio às 18:30h depois de muita adrenalina dentro e fora do percurso da bike (estava chovendo e pedras caiam do alto na estrada). Arrumamos as coisas e 19h passamos para pegar os cd’s e as camisetas de brinde como lembrança das pedaladas. Na rodoviária, o ônibus da Copacabana saiu às 20:36h dizendo ter wifi. Conexão razoavelmente boa, mas só pegava dentro da cidade. :evil:

Dia 12/01/15: Chegamos em Santa Cruz às 13:40 e compramos passagens para Porto Quijarro com “Expresso San Matias” – a mesma empresa da ida – Bs 90,00 por pessoa – com cama e ar condicionado. Fomos para a praça enquanto esperávamos o horário do ônibus e compramos imãs de geladeiras, empanados para levar – Bs 106,00 no total.

Na rodoviária compramos chipa de higiene suspeita ::hãã2:: e enfrentamos grande congestionamento ao sair com o ônibus, de modo que esperamos 50 minutos em marcha lenta. Era 21:20h quando conseguimos sair. Até conseguimos dormir porque mesmo tendo climatização, o banco não deitava muito.

Dia 13/01/15: Já em Porto Quijarro, 7:30h, ao tentarmos escovar os dentes no banheiro, uma mulher queria nos cobrar Bs 2,00 por pessoa só para usar a pia. Um absurdo. Decidimos xingá-la educadamente ::vapapu:: e partir para a fronteira de táxi – Bs 20,00 – e ao chegar lá vimos uma fila que fazia a esquina em plena 7:40h da madrugada. A aduana abriu às 8h no horário do Brasil. Já tínhamos andado razoavelmente para frente quando vimos a turma do Luiz Carlos indo para o fim da fila.

Houve certa confusão quando um policial resolveu dividir a fila em duas partes por causa do sol. O tempo que levava para gente andar um pouquinho para frente já era grande e pareceu ficar ainda maior com a desconfiança de ter gente furando a ordem de chegada (o que aconteceu em alguns momentos mesmo). Vendo tudo isso e indignados com a demora, Isa resolveu ir até a segunda parte da fila para cuidar e orientar as outras pessoas a irem para a outra parte da espera. Um policial chegou a ameaçar a Isa e o Murilo de que se ficassem fazendo tumulto (brigando com quem tentasse cortar caminho) ele colocaria coisas na mochila para serem pegos e terem que pagar propina. Ficamos nessa enrolação altamente ensolarada ::mmm: das 8h às 14h devido a mudanças no sistema de vistos e falta de atendentes também (só tinha um atendendo quando chegou nossa vez). Já na aduana brasileira só tinha 3 pessoas na nossa frente e não demorou nem 5 minutos para sermos atendidos. Ao passarmos pela aduana brasileira, um homem ofereceu viagem direto para Campo Grande mas iria demorar sair. Como estávamos cansados, preferimos tentar ver se havia alguma passagem de ônibus para mais cedo que a da van. Chegando lá, não havia mais passagens naquele dia para antes das 18h. Na rodoviária encontramos novamente o homem oferecendo a van. Mas a oferta melhorou e aceitamos mesmo tendo que carregar as mochilas por mais 3 quadras no sol de Corumbá: ficaríamos no hostel dele e poderíamos tomar banho e descansar até a van chegar para partirmos então para Campo Grande. Irrecusável devido às condições em que nos encontrávamos.

Tomamos banho e hidratamos com água fresca e o Murilo e a Isa foram sacar dinheiro com um deles. Disseram que a van chegaria às 16h mas chegou às 17h, como não era novidade o atraso, ficamos inertes. Essa viagem custou R$ 100,00 por pessoa, saiu às 17:20h e só parou em Miranda para um lanche de 20 minutos já em terra Sul-Mato-Grossense! Chegamos em Campo Grande às 22:50h na avenida Afonso Pena, esquina com a Calógeras, no dia 13/01/15. Fim. ::otemo::

 

Segue o link para o vídeo que fizemos dessa viagem:

http://vai.la/eYJV

DSC_0085.jpg.760c85fb52eb0aeb38ef6fb788376a59.jpg

DSC_0029.jpg.762d891acbca0d9072801f4653c50c1f.jpg

DSC_0053.jpg.ddaec68e8a4526cb3583e1b21b74f424.jpg

DSC_0205.jpg.973eb46f1ab2d67ff46a0340f3ce2a3b.jpg

DSC_0169.jpg.7e9c2f54e20898b4f54132b6774e0a19.jpg

DSC_0173.jpg.5059029090a8c29c33a94d0421dd1162.jpg

DSC_0317.jpg.dee0e22fc8e9fb60e536f25f82efc78b.jpg

598dcc271ed83_Ccoeesposa.jpg.34fd768e7a79ec69e87469147a503764.jpg

DSC_0423.jpg.a1d6ba0247b7845a9e90fc6e586398d4.jpg

598dcc291d3c6_DSC_0084(2).jpg.1a241686bc94b88426711233edcac987.jpg

DSC_0129.jpg.453fd2d34786c0dc020b23e73f84f34a.jpg

DSC_0080.jpg.f3333de5a63ed0703aa585df46fca885.jpg

598dcc2c41c99_DSC_0147(2).jpg.eaac8cea4eadff1664845bb6a0f443a3.jpg

GOPR3174.jpg.2743a992aa1e81f489996dfa7c6ac547.jpg

DSC_0207.jpg.67657f15d5358fe97ea751851d622bbc.jpg

598dcc2f250a5_semttulo-9.jpg.039adfd653aaa0ac1100d973c9dd4151.jpg

DSC04133.jpg.2ecb8a0932e0a47f77f6d72cab524e65.jpg

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros
Nossa adorei seu relato, vou em novembro e farei o mesmo percurso do vou acrescentar Cochabamba e alguns passeios em La Paz como trekking de huayna potosi.

 

Nossa a parede do banheiro me rachei de tanto rir.

 

Cara, foi tudo real e sincero, hehehe. Que bom que gostou, foi o nosso primeiro relato. :P

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros
Oi, Willer, muito legal o seu relato, bem detalhado :D

Não sei se saberia me responder isso, mas será que consigo pegar um ônibus pra Copacabana à noite? No caso, pretendia fazer o Downhill e ir pra la no mesmo dia à noite. Você sabe me responder se têm ônibus pra lá após as 19h?

 

 

Cara, complicado prever isso. Como deve saber, o transporte lá é precário. Acredito que tenha, pois vimos várias empresas oferecendo essa viagem, mas à noite não sei. Acho também que seria cansativo fazer tudo em um mesmo dia, além de que a paisagem indo pra Copacabana é linda de dia, então... Vale a pena pensar a respeito disso. No mais, não posso garantir muita coisa, desculpe. :roll:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 1 mês depois...
  • Membros

Olá Pessoal, vai ter um evento em Santa Cruz la da Sierra dia 16 de outubro até dia 18 . E é primeiro vez que vou viajar pra Bolivia e não tenho experiencia de Viagem para fora do Brasil e vou com minha namorada, , ja li varias coisas em outros tópicos , mas eu gostaria de tirar duvidas com voces, de qual cidade melhor ir , moro em Cuiabá, pego para caceres e depois para corumba, ou ir de pontes e lacerda , para qual cidade para qual cidade, posso criar um tópico perguntando essas coisas ?Compensa eu comprar dolares, pagar em reais, pagar em moeda boliviana. Obrigado.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros

Olá Pessoal, vai ter um evento em Santa Cruz la da Sierra dia 16 de outubro até dia 18 . E é primeiro vez que vou viajar pra Bolivia e não tenho experiencia de Viagem para fora do Brasil e vou com minha namorada, , ja li varias coisas em outros tópicos , mas eu gostaria de tirar duvidas com voces, de qual cidade melhor ir , moro em Cuiabá, pego para caceres e depois para corumba, ou ir de pontes e lacerda , para qual cidade para qual cidade, posso criar um tópico perguntando essas coisas ?Compensa eu comprar dolares, pagar em reais, pagar em moeda boliviana. Obrigado.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...