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Exped. Amazônica 2005 de Moto( Relato) + fotos 90


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Grande comunidade mochileira, acabamos de chegar de nossa grande aventura sobre duas rodas. Eu e mais três amigos, rodamos durante 25 dias aproximadamente 8.000 km, percorrendo parte do centro-oeste e Norte do Brasil, dentro da imensa floresta Amazônica. Curtam então nosso relato!!!!! <<<>>>

 

id="red"><<<<<======= Ver fotos em minhas fotos ( 90 fotos )

 

Expedição Amazônica 2005id="limegreen">

 

Fábio/Edgard/Rogério/Guimarães id="red">

 

1ª Parte - Saída de seus Estadosid="red">

Teresina / São Paulo / Cuiabá / Belo Horizonteid="black">

 

A Viagemid="blue">

 

Teresina / Bom Jesus - 657 Kmid="blue">

 

28/junid="black">

 

07:00 h

Saída de Flamel de Teresina - Pi a Rio Verde - Go. Despedi de minha esposa e filha. Um nó na garganta e um aperto no peito muito grande tomou conta de mim. Adoro viajar, mas odeio despedidas. Parti em direção aos meus primeiros 2.200 km, ainda um pouco tonto da despedida.

 

28/junid="black">

16:00 h

Nesta primeira etapa da minha viagem, tudo correu muito bem. Asfalto em bom estado, trânsito calmo e bom conhecimento da estrada. Parei para almoçar rapidamente e continuei meu trajeto

 

Chegada a Bom Jesus - Pi. Parei para tentar fazer a revisão da moto. Infelizmente não consegui fazê-la, a concessionária Honda estava lotada de serviços, e, para completar, fui muito mal recebido. Sendo assim, resolvi pernoitar na cidade, pois já estava tarde para pegar a estrada.

 

Bom Jesus / Barreira - Ba - 507 Kmid="blue">

29/jun id="black">

 

05:45 h

Depois de boa noite de sono, apesar de um hotel de 5ª categoria em um quarto sem janelas, peguei a estrada bem cedo. Era dia do jogo do Brasil contra a Argentina e não queria perder por nada a tão sonhada revanche. Planejei fazer a revisão da moto em CORRENTE-PI, mas o tratamento que me foi dado, foi tão ruim quanto em BOM JESUS-PI e tive que seguir viagem sem revisar a moto. Diga-se de passagem, essa revisão era a gratuita de 3.000 km. Não deveria, portanto, ter passado por nenhum problema. Descobri depois que esta concessionária era do mesmo dono da concessionária de BOM JESUS. Quando cheguei à divisa do Piauí com a Bahia, peguei um trecho de 56 km de poeira e tive a impressão de que todos os caminhões resolveram passar por ali justamente na hora em que eu passava. Em alguns momentos tive que parar a moto para não acontecer o pior. Continuei em frente e cheguei a Barreiras às 14:30 h, depois de fazer um breve lanche. Ao contrário da recepção que tive na concessionária Honda de Bom Jesus e Corrente, fui muito bem tratado em Barreiras e imediatamente minha moto entrou para a oficina. Pude assistir à goleada que o Brasil deu na Argentina com um tratamento vip dado a mim na concessionária Honda de Barreiras, parabéns mesmo por dar preferência a nossa comunidade estradeira. Minha moto ficou pronta, antes do término da partida. Ganhei uma camiseta da concessionária, que me seria bastante útil no decorrer da expedição. Depois de tirar uma foto com os mecânicos e me despedir, fui em busca de uma pousada, já que me aconselharam a não viajar ao entardecer, pois a próxima cidade estava longe. Acomodei-me em uma pousada para mais uma noite de sono reparadora, pois o trecho percorrido foi muito desgastante, com alternância de asfalto bom, ruim e muita terra e poeira. Meu corpo, acostumado a percorrer pequenas distâncias de moto, pedia um belo banho e cama.

 

 

Barreiras / Abadiânia - 769 Km. id="blue">

 

30/jun id="black">

 

08:30 h

Depois da moto revisada e piloto recuperado, moto na estrada e um belo dia de sol, me pus a caminho. Este trecho chegou a ser um pouco mais cansativo devido às longas retas e sol intenso. Percorri mais de 250 km de estrada com imensas plantações de algodão de um lado e do outro.

 

30/jun id="black">13:30 h

 

Após 3 horas de estrada com plantações de algodão ao meu lado, entrei no estado de Goiás. Parei para almoçar às 13:30 h na cidade de Simolândia e pude saborear uma boa comida, como bom mineiro adoro um torresminho e a culinária Goiana iguala-se à mineira. Após almoçar, sentei um pouco perto da moto para retomar minha viagem, quando aparece um garoto, sorridente com uma caixa de engraxate na mão, pedindo para engraxar minha bota que era poeira pura. Disse a ele que não queria, mas ele continuou a insistir. Depois de algum tempo conversando com o Luis Henrique, resolvi lhe dar R$ 5,00 reais, pois era a quantia que estava faltando para ele comprar uma bola de futebol para jogar nas férias que se aproximavam. Contou-me que já havia conversado com outros estradeiros, como o grupo Abutres do Asfalto e tinha ganhado uma bandana de um deles. Meu tempo já estava estourado, pois queria chegar a Goiânia ainda naquele dia. Viajei muitos quilômetros com a imagem daquele garoto na minha cabeça e pensando na desigualdade social em que vivemos, mas não podemos mudar o mundo sozinho. Devemos, sim, cada um fazer nossa parte.

 

30/jun id="black">

16:30 h

Depois de 265 km cheguei a Brasília, simplesmente passei direto. Parei apenas para abastecer e tomar uma água. Peguei trânsito intenso e pesado devido a um acidente de carro. Continuei minha viagem em direção a Abadiânia. Parei para jantar as 19:15 h e a estrada era um tapete, apenas alguns trechos estavam em reparo, às 20:00 h já estava em uma pousada. Telefonei para minha esposa dando notícias e logo depois fui dormir.

 

2ª Parte - Rio Verde / Manausid="red">

 

Abadiânia / Rio Verde - Go - 329 Km.id="red">

 

01/jul id="black">

06:00 h

Depois de reforçado café da manhã, parto para Rio Verde, ponto de encontro com Fredo e Guimarães. Após passar em Goiânia para comprar alguns acessórios que faltavam em minha moto, sigo em frente. Cheguei a Rio Verde por volta das 16:30 h. Acomodei-me num hotel e fui a uma Lan House dar notícias para o pessoal que acompanhava nossa viagem através do site mochileiros.com. Conversei com minha esposa pelo msn e lhe contei como estava sendo nossa viagem até aquele momento. Graças a Deus tudo em paz, sem nenhum problema.

 

 

02/jul id="black">

08:00 h

Manhã de sábado, a esta hora Fredo e Guimarães já estavam no trecho em direção a Rio Verde. Fredo estava saindo do interior de São Paulo da cidade de Garça, em sua Tornado vermelha ano 2003 e tinha que percorrer 800 km até Rio Verde. Conforme me contaram o cara não conseguiu nem dormir e saiu às 03:00 h da manhã. Guimarães saiu de Contagem - Minas Gerais, com sua moto Tornado vermelha 2005 na carroceria da saveiro também pela manhã. Percorreu exatamente 906 km.

 

Resolvi então, para passar o tempo, dar uma volta pela cidade. Vi uma placa informando sobre um camping e fui até lá para conhecê-lo. Cheguei à entrada do camping e logo à frente me deparei com uma boiada, o caminho era estreito e buzinei para as vacas saírem da frente, eis o grande erro que cometi. As vacas saíram em disparada e eu me senti um verdadeiro peão. Gostei da brincadeira e buzinei inúmeras vezes me sentindo o tal, quando, de repente, vejo vindo em minha direção um grande e robusto touro. Juro que não sei como consegui dar meia volta naquele pequeno caminho com cerca de arame farpado de um lado e de outro, só sei que consegui. Acelerei fundo e por pouco não me dei mal. Com as pernas ainda tremendo de susto, desisti de ir ao camping e fui procurar outra coisa menos perigosa para fazer. Depois do almoço, retornei para o hotel e o máximo que tinha a fazer agora era aguardar a chegada dos dois companheiros.

 

02/julid="black">

15:10 h

Exatamente às 15:10 h chega a Rio Verde meu brother e amigo Fredo. Depois de muita festa e conversa com o Fredo, chega às 16:15, nosso outro amigo Guimarães com sua potranca a tira colo. Conversamos bastante, acertamos os últimos detalhes da viagem e partiríamos cedo para Cuiabá, onde encontraríamos com Rogério, o último integrante da expedição.

 

Rio Verde - Cuiabá - 687 Km. id="red">

03/jul id="black">

07:00 h

Saímos mais ou menos às 7:00 h. Depois que rodei 2.198 km sozinho, estar acompanhado com meus parceiros de viagem, me deu novo ânimo para continuar, pois a esta altura a saudade de minha esposa Magna, grande incentivadora para minha aventura, falava mais alto, sem contar minha filha Diana e minha mãe dona Lia, que, aliás, não sabia desta minha empreitada.

 

Seguimos viagem com Guimarães em sua saveiro e eu e Fredo em nossas potrancas. Tiramos muitas fotos e a estrada estava relativamente em boa condições, apenas grande fluxo de caminhões tornava as ultrapassagens um pouco perigosas. Demoramos um pouco para fazer este trecho, devido ao capotamento de um caminhão, chegamos a Cuiabá ao anoitecer. Como não poderia deixar de acontecer, nosso amigo Roger já estava aflito e pensando que tudo não passava de conversa fiada de 3 malucos que ele conhecia apenas por internet. Chegando à entrada de Cuiabá, ligamos para ele e 10 minutos depois estávamos reunidos. Fomos para o apartamento do Roger, acertamos os últimos detalhes e ficou combinado que pela manhã dividiríamos as bagagens de uso coletivo. Depois de algumas cervejinhas, que ninguém é de ferro, fomos dormir, pois tínhamos de arrumar as bagagens e pegar estrada bem cedo.

 

Cuiabá / Porto Velho - 1.462 Km. id="red">

 

04/jul id="black">

 

07:00 h

Saímos quase no horário previsto. Primeiro, gostaria de agradecer o apoio do Sr Didi, proprietário da concessionária Honda de Cuiabá, pela doação de camisetas para nosso grupo. Saímos sem muita pressa, motivo este, que atrasou um pouco nosso cronograma. Mas tudo bem, correr para quê, se estávamos sem hora para chegar a lugar nenhum? Percorremos 667 km, a estrada estava relativamente boa, mas o trânsito de carretas era intenso. Não queríamos viajar à noite, este foi um dos acordos que fizemos. Faltando 95 km para chegar à cidade de Comodoro, ainda no Mato Grosso. Paramos para resolvermos se continuaríamos a rodar, pois já eram 17:45 h e teríamos pouco mais de meia hora de sol. Resolvemos continuar em frente, supondo que faltavam apenas 65 km para chegar a Comodoro.

Este foi nosso primeiro erro. Após resolvermos continuar, dois integrantes do grupo saíram na frente e se distanciaram muito de mim e do Fredo, que ficou sozinho também, pois, como eu tinha parado, descido da moto e ainda ter retirado o capacete, fiquei muito para trás. Devido às péssimas condições da estrada e fluxo grande de caminhão e não sabendo da intenção do Guimarães e do Roger de aproveitar ao máximo a luz do dia, eles praticamente sumiram à frente, quebrando a regra do bom companheirismo. Após dezenas de quilômetros percorridos, mais uma vez meu brother Fredo esperou por mim. Tive dificuldades de visibilidade devido a minha viseira estar bastante arranhada, fazendo com que diminuísse bastante a velocidade. Tivemos que parar novamente para colocarmos os casacos de frio, que estava aumentando e tornando difícil pilotar. Chegando a Comodoro encontramos com os dois parados no acostamento. Eu e Fredo ficamos chateados pelo fato de não terem tido espírito de equipe e teríamos de conversar a respeito da atitude que tomaram, afinal de contas saímos sabendo que éramos uma equipe e teríamos de jogar juntos. Após este pequeno problema, que no dia seguinte foi resolvido e esquecido, colocamos ordem na casa e tudo voltou ao seu curso natural. Percebemos que estava faltando ao grupo um líder, mas esta possibilidade se tornou praticamente desnecessária devido tudo ter se encaminhado normalmente após este pequeno desencontro. Na minha opinião, vi o ocorrido como coisa normal em um grupo que não se conhecia, viver em sociedade é uma tarefa difícil e como todo ser humano tem seus altos e baixos temos que relevar. para

 

Depois do café da manhã, colocamos as máquinas na estrada rumo ao nosso destino. Por incrível que pareça nosso rendimento foi abaixo do normal, rodamos apenas 484 km, não sei explicar por quê. Paramos na cidade de Ouro Preto do Oeste para pernoitarmos. Passamos pelas cidades de Presidente Médici, Cacoal, onde conhecemos alguns estradeiros do moto clube da cidade e fomos convidados a participar dos festejos da cidade, e também ia acontecer uma etapa do campeonato Sul Americano de Moto Cross, mas nosso objetivo era outro. Agradecemos o convite e continuamos nosso trajeto sabendo que mais algumas amizades foram feitas. Passamos também pela conhecida Ji-Paraná, cidade muito bem estruturada e acolhedora. Cruzamos por caminhões carregados de toras de madeiras, com certeza tiradas ilegalmente. O asfalto ainda continuava em bom estado e não tivemos qualquer problema.

 

Chegamos em Ouro Preto do Oeste, nos hospedamos em um bom hotelzinho, pouco mais confortável que o da noite anterior. Procuramos uma Lan House para passarmos informações para nossos amigos e familiares.

 

07/jul id="black">

 

06:00 h

Saímos o mais cedo possível, pois faltava pouco para chegar a Porto Velho e com a barulhada que fizemos para arrumar nossa bagagem nas motos, acordamos todos os outros hospedes do hotel. A partir dali pensávamos somente em uma coisa: a Br 319, tão desejada por aventureiros de várias regiões do mundo e que agora estava se tornando realidade para nós quatro.

 

Depois de percorrermos 326 km, chegamos a Porto Velho, cidade à qual só temos elogios a tecer. Veja que coisa interessante aconteceu: mal sabíamos aonde ir, quando estávamos parados em um sinal e parou um carro ao meu lado com uma simpática senhora a bordo, que pediu para pararmos. Estacionamos as motos e começamos a conversar com a sra Goiany,(jeepeira respeitada) pessoa muito bacana a qual lhe relatamos nossa aventura. Imediatamente ela ligou para o nosso amigo e anfitrião Carlos Albert Silveira, o Beto, que é presidente do Jeep Clube de Porto Velho. Fomos para a sede do Jeep Clube e ficamos hospedados com todo conforto. Não temos palavras para agradecer a hospitalidade desta comunidade jipeira, que também tem nas veias sangue de aventura e adrenalina. Mais uma vez, agradecemos de coração a acolhida que nos deram.

 

Conhecemos a linda e aconchegante cidade de Porto Velho, fomos ao pátio da ferrovia Madeira Mamoré e outros recantos. Gostaria de agradecer também à concessionária Honda de Porto Velho que contribuiu com a revisão e lavagem de nossas motos. A partir dali, estávamos prestes a entrar de corpo e alma no nosso sonho, a Br 319. Após as motos serem revisadas e lavadas, fomos participar de uma churrascada na sede do Jeep Clube. Finalizamos nosso último dia em Porto Velho com chave de ouro, depois de nos despedirmos e agradecer a acolhida fantástica do pessoal do Clube. Fomos dormir e a ansiedade para partirmos no dia seguinte era muito grande. Fredo, como sempre, dormia pouco e era o primeiro a se levantar.

 

Porto Velho / Humaitá - 210 km id="red">

 

08/julid="black">

 

06:30 h

Saímos cedo e fomos tomar café. Depois saímos em direção à primeira travessia de balsa. Mais ou menos às 09:13 h cruzamos o Rio Madeira e entramos na tão esperada Br 319, que até Humaitá tinha asfalto em bom estado.

Chegamos a Humaitá no horário do almoço, e pudemos deliciar um saboroso peixe dourado frito. Trocamos algumas idéias com pessoas da região tentando pegar informações de como estava a estrada. Primeiro tínhamos que trocar os pneus das motos, sendo assim, procuramos uma borracharia. Os caras da borracharia eram uns figuraços e rimos pra caramba das piadas e dos casos de onças na Br 319. Enquanto isto a troca dos pneus comuns para pneus de cravos, era feita, demorando, assim, em torno de 2 horas. Por este motivo achamos melhor não pegarmos a estrada naquela altura do campeonato para não viajarmos à noite. Tínhamos também que fazer compras de alimentos para qualquer eventualidade que ocorresse neste trecho sem recursos e qualquer tipo de apoio. Por indicação do pai do Rogério, fomos procurar o pessoal que fazia a manutenção das torres da Embratel na Br 319. Fomos recebidos muito bem e colhemos muitas informações do estado de conservação da estrada até determinado ponto onde a manutenção é feita pela equipe de Humaitá. Estas torres, que estão separadas por uma distância de 40 km, possuem uma boa infra-estrutura, pois acomodam o sistema de energia solar para funcionamento das mesmas. Estávamos contando, sem dúvida nenhuma, como nosso ponto de apóio para pernoite. Quantas existem ao longo da 319 eu não sei, perdi a conta. Aproveitamos também e pedimos para acampar no terreno onde fica a torre de Humaitá, pois os poucos hotéis existentes na cidade estavam totalmente lotados, devido à chegada no dia seguinte do governador do Amazonas e alguns ministros para informar sobre a reconstrução da Br 319. Prontamente nos foi permitido acampar. Depois de montarmos as barracas e tomarmos um bom banho, conversamos sobre como seria o dia seguinte, traçamos nossas estratégias e ficou decidido que sairíamos bem cedo. Resolvemos dar uma volta na pequena cidade de Humaitá, para conhecermos um pouco da vida de seus habitantes e queríamos saber também como era viver em uma das portas de entrada do Amazonas. Após explorarmos a cidade fomos dormir.

 

 

Humaitá / Fazenda dos Catarinas - 199 kmid="red">

 

09/jul id="black">

 

07:00 h

Acordamos, preparamos nossas motos e fomos tomar café. Depois adentramos a parte mais esperada da viagem. Passamos por um pequeno trecho da Br 230 (Transamazônica) cerca de 20 km que se sobrepõe à Br 319. Cruzamos nossa primeira ponte de madeira e calculamos o que nos esperava à frente, a ponte estava em estado lastimável. Paramos no trevo da Br 230 com a Br 319 e tiramos algumas fotos. Teríamos ainda 40 km de asfalto. Após trechos alternados de asfalto em condições péssimas e atoleiros secos, chegamos à localidade de Igarapé Realidade, distante 100 km de Humaitá. Eram por volta das 10:58 h, aproveitamos para tomar água e refrigerante em uma pequena venda. Ali estava localizado também o primeiro dos 2 telefones públicos existentes entre Humaitá e a localidade de Igapó Açu. Aproveitamos e ligamos para nossos familiares e amigos, pois, dali em diante, ficaríamos uns dois dias sem contato com a civilização. Continuamos nosso trajeto e mais alguns quilômetros adiante encontramos com um cara que estava dando a volta ao Brasil de bike. Paramos para conversar e aproveitamos para perguntar como estava a estrada a frente, também queríamos saber de onde estava vindo. O cara já havia passado por diversos estados do Brasil e tinha até documentos comprovando sua passagem pelos mesmos. Depois de algumas fotos tiradas, continuamos em frente, passando por pontes em estado lastimável. Neste dia fizemos apenas um lanche e não almoçamos. Às 14:50 h, paramos em uma ponte que conhecíamos por foto, uma das maiores e também uma das piores em estado de conservação. Aproveitamos para dar um bom mergulho e espantar o grande calor que fazia. Depois de nos refrescarmos, nos sentimos mais animados e continuamos em frente. Alguns quilômetros à frente, como que miragem, chegamos ao famoso bar do CACHIMBLEMA, quase que passamos batido. Descemos e conversamos com o proprietário e sua esposa e não deixamos de autografar o mural onde todos os aventureiros que, por ali se arriscaram, deixaram seu recado. Não poderíamos deixar de tomar uma cervejinha e tirar umas fotos com aquela família tão sofrida e esquecida naqueles confins. Ele nos contou que no período das chuvas, ficam de 4 a 6 meses sem ver uma viva alma por aquelas bandas. Continuamos em frente e paramos em uma torre da Embratel. Encontramos o encarregado que já sabia que passaríamos por lá. A recepção também não foi muito diferente da que tivemos em Humaitá, nos ofereceu almoço que dispensamos e agradecemos. Abastecemos nossas garrafas de água que já estavam vazias. Quilômetros à frente encontramos um posto de gasolina, velho conhecido nosso através de fotos. Após percorrermos 199 km, chegamos à fazenda dos Catarinas por volta das 17:12 h. Gastamos em torno de 10 horas para fazer este trecho, fomos devagar e aproveitando ao máximo a estrada. Até onde chegamos passamos por muitas pessoas e, por incrível que pareça, lá existe até uma linha de ônibus ligando os povoados da região até Humaitá. Quando chegamos em frente à fazenda, tivemos a informação que a próxima torre estava muito distante e, sendo assim, pedimos para pernoitar na propriedade. Prontamente fomos atendidos. Depois de muito bate- papo, começamos a montar nossas barracas, tomamos um bom banho e fomos convidados a um belo jantar. Comemos como onças famintas, pois, conforme falei, não havíamos almoçado. Depois do jantar sentamos para ouvir os casos contados pelos irmãos Catarinas. Ouvimos casos de onças, de pessoas que tiveram problemas na estrada no período das chuvas e a própria história de vida deles mesmos. Quando estávamos conversando na sala, os dois sobrinhos do Catarina passam por nós dizendo que estavam saindo para caçar. Ficamos impressionados com a coragem dos garotos, pois lá fora não se enxergava um palmo à frente do nariz. Resolvemos dormir, pois teríamos uma longa jornada, conforme nos informaram os Catarinas. A estrada não estava boa e teríamos muito trabalho pela frente. Com relação à caçada dos garotos, não conseguiram nada, ainda bem, a natureza agradece.

 

Fazenda dos Catarinas / Torre da Embratel - Aristóteles id="red">

 

10/jul id="black">

 

06:00 h

Levantamos às 06:00 h e, como não poderia deixar de ser diferente, nos serviram farto café da manhã. Lógico que não poderíamos deixar de agradecer esta família espetacular, que há muitos anos deixou sua terra natal para desbravar esta região inóspita e longínqua, com a promessa de asfaltamento da Br 319. Nosso muito obrigado mesmo. Às 07:56 h saímos da fazenda dos Catarinas. Depois de 65 km rodados, chegamos ao acampamento de um dos irmãos Catarinas. Infelizmente não o encontramos, pois ele estava dentro da mata tirando postes de madeira para colocação dos cabos de fibra ópticas da Telemar. Mas encontramos duas senhoras encarregadas de fazer a bóia dos trabalhadores e aproveitamos para tomar nossa última xícara de café. Às 11:29 h, avistamos a torre da Embratel denominada Brasil, onde havíamos planejado pernoitar na noite passada. Perto dali estava também o local chamado de Toca da Onça, conforme orientação dos irmãos Catarinas. Naquele trecho deveríamos tomar cuidado com as onças, apesar de que, de dia era difícil nos depararmos com o animal. Um dos casos de onça que nos foi contado por um cidadão lá em Humaitá foi o caso de um andarilho que desapareceu nesta estrada, encontraram somente o par de botas dele com os pés dentro. Teve também o caso de uma casal que viajava de carro e parou para dormir. Ainda bem que resolveram ficar dentro do carro, pois, de repente, na calada da noite, a mulher acorda com uma grande onça em cima do carro, olhando para ela. Imaginem o susto.

 

O calor estava insuportável e resolvemos parar para almoçar, procuramos por alguns quilômetros uma sombra, mas, por incrível que pareça, em plena floresta Amazônica não encontramos, devido ao desmatamento das margens da estrada. Depois de muito tempo, longe é claro da Toca da Onça, chegamos a uma ponte. Já eram 11:59 h e a fome apertava muito. Nosso cozinheiro mor, sr. Roger, fez uma deliciosa macarronada, o famoso macarrão da Santa Casa. Enquanto a bóia ficava pronta, aproveitamos o belo igarapé, com sua água fresca para matar o calor insuportável que fazia. Quer dizer, nem todos. Continuamos viagem e mal sabíamos o que nos esperava. A mata começou a ficar mais fechada e a poeira que nos incomodava a alguns quilômetros atrás, começava a virar lama, santa lama que eu tanto queria. Só que com a lama veio a primeira queda de um dos desbravadores da 319, juro que não falo quem foi. Devido ao tombo não ter sido prejudicial à saúde física do motoqueiro, nem ter causado danos na motoca, documentamos o fato com fotos. Após o ocorrido, comemoramos o primeiro tombo, pois, conforme combinado, o sortudo pagaria a cerveja. Os próximos quilômetros foram muito cansativos e continuamos a ter paradas para desatolar as motos. Mais tarde viemos a ter mais um tombo que nos preocupou demais, por ter acontecido em cima de uma ponte, colocando em perigo nosso parceiro, poderia ter acontecido uma tragédia. Após socorrermos nosso colega, constatamos que tudo não passou de um grande susto, graças a Deus. Enfim, com piloto e moto de pé, continuamos rumo à torre da Embratel, onde mais tarde pernoitaríamos.

 

Chegamos a torre Aristóteles, às 16:58 e montamos nosso acampamento. Tomamos um banho, aproveitamos para lavar algumas peças de roupas e depois fomos fazer o jantar. O cozinheiro continuou sendo nosso amigo Rogério, que, para variar, fez macarrão, só que desta vez com calabresa feita por mim. Nossa água potável acabou e tivemos que ferver uns 6 litros para o dia seguinte. Conversamos sobre os fatos ocorridos durante o último trecho e resolvemos pilotar com cuidado redobrado. Fomos dormir, pois estávamos de fato muito cansados. Agora de uma coisa tenho certeza: onça não passou nem perto do nosso acampamento, pois os roncos, que devem ter sido escutados até em Humaitá, espantaram-nas. Com certeza foi o sono dos justos.

 

Torre Aristóteles / Igapó Açu / Igarapé Tupanã / Castanhoid="red">

 

11/julid="black">

06:02 h

Acordamos cedo, fizemos o café e partimos às 07:52 h em direção à travessia do Igarapé Igapó Açu. A estrada não melhorou em quase nada, mas os atoleiros acabaram, pois ali a mata não era tão fechada. Deparamos com um trecho que já conhecíamos por foto, o famoso e esperado túnel de mato. Paramos para fotografar e depois seguimos viagem. Chegamos ao Igapó Açu às 11:09 h para mais uma travessia de balsa. Antes, porém, resolvemos almoçar, pois à frente não teríamos nada nos próximos 100 km. Almoçamos fartamente e conversamos com vários ribeirinhos sobre a restauração da Br 319. Eles nos contaram que já estava sendo desembarcado por ali muito material para a recuperação da estrada. Vimos no decorrer do caminho vários trabalhadores fazendo a topografia do terreno e outros fixando os postes para os cabos de fibra óptica. Passamos a acreditar que de fato a recuperação ia sair. O fato de encontrarmos tanto movimento naquele trecho da Br 319 nos surpreendeu, pois, conforme relatos, não veríamos viva alma. Até aquele momento, já havíamos conversado com muitas pessoas que moravam às margens daquela rodovia abandonada. Ouvimos histórias de pessoas que largaram sua terra natal para tentar a sorte perante as promessas de crescimento da região pelos políticos da época. Mas, devido aos interesses financeiros pessoais de alguns, tudo foi abandonado e a floresta tomou conta novamente da rodovia. Ficamos sabendo que a mão humana também deu uma pequena ajuda para a destruição do asfalto. Muitos foram embora, poucos permaneceram e agora podem sonhar com dias melhores. Espero que até o ano que vem a rodovia esteja pronta e a grilagem de terras seja controlada, para evitar futuros conflitos. O que pudemos ver foram pequenas invasões, que já começaram após o anúncio da recuperação da estrada.

 

Colocamos nossas motos na balsa e atravessamos o igarapé Igapó Açu. A garotada fez a festa dando saltos mortais para fotografarmos. Já do outro lado, a estrada estava um pouco melhor e às 12:57 h pegamos novamente a estrada.

 

11/jul id="black"> Seguimos para o Igarapé Tupanã, onde teríamos outra balsa. A estrada melhorou um pouco e pudemos impor um ritmo mais forte. Chegamos às 14:55 h e fomos logo fazendo a travessia, tiramos algumas fotos e em poucos minutos estávamos do outro lado. Finalmente, depois de mais de 250 km, pudemos tomar uma cerveja geladinha e por conta do sortudo que levou o primeiro tombo. Para tira-gosto, o dono da venda nos ofereceu uma carne de paca com arroz, que estava uma delícia e não deu para quem quis. Ficamos na dúvida se deveríamos continuar ou acampar, pois o tempo à nossa frente estava fechando e ameaçava cair uma tempestade. Por fim resolvemos ir em frente às 17:25 h, mesmo embaixo de chuva, pois dali para frente seriam apenas 64 km até Careiro Castanho. A chuva não atrapalhou muito e estava sendo a primeira e única que pegaríamos em toda nossa expedição. Chegamos em Carreiro Castanho às 18:25 h e fizemos a travessia do Rio Castanho. Hospedamo-nos em um pequeno hotel, onde fomos muito bem tratados. Apesar de simples, a educação e gentileza do dono foi melhor que qualquer hotel cinco estrelas, pois, no hotel maior e com melhores acomodações, fomos muito mal tratados por uma loira ignorante, que se dizia gerente. A cidade não tinha grandes atrativos e a energia faltava a toda hora. Lanchamos e resolvemos ir dormir.

 

Careiro Castanho / Careiro da Várzea - 86 km / Manaus id="red">

12/julid="black">

07:30 h

Saímos às 07:30 h, pois haviam nos informado que sairia uma balsa para Manaus às 09:00 h. Chegamos a tempo, mas o horário na realidade era às 10:00 h. Chegamos bem mais cedo e aproveitamos para conhecer o lugar e interagir com a população. Pelo que pude ver, ali em Careiro da Várzea, era o ponto de partida para diversas localidades do Amazonas. A quantidade de ônibus e vans era muito grande. Também o número de estabelecimentos comerciais para um lugar tão pequeno era em demasia.

 

12/julid="black">

10:09 h

Saímos no horário previsto e demoramos uns 55 minutos para atravessar o Rio Amazonas, que possui 13 km de extensão entre uma margem e outra. Ficamos deslumbrados com tanta água e beleza, passamos pelo encontro das águas, que é o encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, sendo que o Negro com suas águas escuras e o Solimões com suas águas barrentas, formando assim o grande e fantástico Rio Amazonas. A balsa estava cheia e muita gente queria saber de onde vínhamos e para onde íamos. Falamos nosso roteiro e não acreditavam que tínhamos cruzado a Br 319. Acharam super interessante as placas de nossas potrancas, a minha do Ceará, a do Fredo de São Paulo, a do Roger do Mato Grosso e a do Guimarães de Minas Gerais.

 

12/jul id="black"> Enfim chegamos a Manaus, logo de cara nos deparamos com a fábrica da Honda, que espetáculo, uma imensidão, quantos motociclistas não gostariam de entrar ali. Fomos direto ao cais do porto para podermos saber preços e data da partida dos barcos para Santarém. Quando chegamos ao porto, uma quantidade enorme de vendedores de passagem corria atrás das motos, tentando fechar negócio com a gente. Após verificarmos o que queríamos, fomos em busca de um hotel. Acomodamo-nos e entramos em contato com nossos familiares para avisar que chegamos bem e onde estávamos. Postamos algumas fotos no mochileiros.com e contamos um pouco do que passamos na Br 319. Logo depois fizemos contato com alguns amigos do mochileiros.com e tivemos o prazer de falar com o Rodolfo, que também fez a viagem pela Br 319, só que no sentido contrário, indo de Manaus até São Paulo, sozinho. Conhecemos um pouco da cidade de Manaus, mas resolvemos ir para Santarém antes da data que tínhamos combinado.

 

3ª Parte - Manaus / Santarém / Teresina id="blue">

 

13/jul a 15/julid="black">

 

Pela manhã, Roger e Fredo foram até a Honda para verificar um ruído no motor da moto do Fredo. Eu e Guimarães fomos até a zona franca, que de franca não tem mais nada. Mais tarde, nos encontramos no hotel e um impasse surgiu. Devido ao tempo do Rogério ser mais curto que o nosso, tivemos que fazer algumas modificações no nosso roteiro. Como ele teria de estar em Cuiabá até o dia 19 de julho e tivemos informações de que a Br 163, que liga Santarém a Cuiabá, estava em péssimo estado, o tempo que planejávamos cruzá-la seria bem maior. Sendo assim, resolvemos embarcar imediatamente para Santarém. Nosso amigo Guimarães então resolveu ficar em Manaus, para desfrutar com mais calma a linda cidade. Embarcamos às 15:30 h no barco Clívia, rumo a Santarém. O Clívia é um barco de porte médio, todo de ferro, com capacidade para 280 pessoas. Posso dizer que não é um dos melhores, mas não temos nada a reclamar, fomos muito bem tratados e fizemos bons amigos entre os tripulantes. Depois de embarcarmos as motos no porão do barco, e nos despedirmos do nosso amigo Guimarães, nos dirigimos ao camarote. Seriam quase dois dias de navegação até nosso destino, mas o barco era bastante animado e os dias passaram rápido. Outra mudança de planos aconteceu durante a viagem, resolvi prosseguir até Belém, pois dias atrás meu irmão sofrera um enfarte e teve que fazer uma cirurgia. Minha esposa tentou não me preocupar com o acontecido, mas, quando liguei para minha casa, minha mãe me contou o ocorrido. Comuniquei ao grupo o problema e falei que haveria a possibilidade de ir direto para Belém. Todos me apoiaram e concordaram. No decorrer da viagem o quadro clínico de meu irmão melhorou 100% e eu já não pensava mais em voltar por Belém. Meu único problema agora, era descer até Cuiabá e ter que voltar 2.200 km sozinho a partir de Rio Verde. Fredo e Roger tentaram de todas as maneiras me convencer a descer a Br 163, mas resolvi ir para Belém. Foi uma decisão difícil, mas a vontade de chegar em casa já era grande. No dia 15 de julho, às 06:30 h, vi meus amigos desembarcarem rumo à cidade de Alter do Chão. Senti meu coração apertado e, por bem pouco, quase ia com eles. Despedimo-nos e lá se foram os dois. Continuei no barco por mais 2 dias e meio. Passei por belos lugares que até hoje trago em minha memória. Os dias eram monótonos e já não suportava mais ficar parado dentro daquele barco. Parávamos em algumas cidades ribeirinhas, hora para descarregar mercadorias e hora para embarque e desembarque de passageiros. E assim os dias foram se passando.

 

17/jul e 18/julid="black">

Enfim chegamos a Belém do Pará, desembarquei às 05:45 h, tiramos a moto do porão, arrumei a bagagem, despedi-me da tripulação do barco e fui providenciar a troca dos pneus de cravo pelos pneus originais para asfalto. Algum tempo depois, pego a Br 316 em direção à Teresina - Pi. Passei por alguns municípios que já conhecia, como Ananindeua, Castanhal e Capanema. Entrei no estado do Maranhão por volta das 14:30 h e cruzei com um belo rio, ao qual não resisti e acabei dando um mergulho para amenizar o calor infernal que fazia. Descansado e relaxado, continuei viagem, mal sabendo o que me esperava mais à frente. Depois da cidade de Santa Luzia do Parua, começaria um trecho de aproximadamente 160 km, que conseguiria fazer, em nada mais nada menos, em 6 horas. Passava por enormes crateras cheias de água, e para completar muita poeira e trânsito pesado de caminhões. Quando caiu a noite, minha situação piorou um pouco. Com visibilidade reduzida e sem um lugar adequado para pernoitar, resolvi continuar em frente, e contrariei minhas normas de segurança. Sem dar ouvidos aos conselhos de não viajar à noite por aquelas bandas, segui. Parei para jantar, apesar de não estar com fome, mas me sentia um pouco fraco e precisava me alimentar. Depois de muitos quilômetros de frio e de poeira, o cansaço bateu forte e parei para dormir um pouco em um posto de gasolina, próximo à cidade de Santa Inês. Pela primeira vez armei minha rede e dormi por 3 horas. Às 05:15 h, depois deste breve descanso, continuei minha viagem. Confesso que, em momento algum de toda a expedição, tinha me sentido tão fraco. O frio da madrugada me castigava um pouco, mas algum tempo depois nasceu o astro rei, que me ajudou bastante.Minha viagem se tornou longa e parava praticamente a cada 80 km percorridos. E assim fui em frente. Depois de grande sofrimento físico, chego à cidade de Timon, que felicidade a minha, pois esta cidade é praticamente dentro de Teresina. Parecia que eu nunca ia chegar. Ainda tive forças para descer da moto e tirar algumas fotos para encerrar minha aventura. Finalmente me vejo à porta de casa e sendo recebido por minha esposa, minha filha e minha mãe. Foi como se chegasse ao céu. Fui logo contando sobre o último trecho da viagem e o quanto sofri. Agora somente uma coisa me preocupava: Fredo e Roger, que a esta altura ainda estavam descendo a Br 163. Saindo de Santarém iriam percorrer 900 km de estrada sem asfalto e com pontes um pouco mais perigosas que as da Br 319. Enquanto isto, Guimarães ainda estava em Manaus, voltaria a Porto Velho via barco e depois iria até Cuiabá, onde pegaria sua saveiro para retornar a Belo Horizonte. Nossa viagem só estaria completa, quando todos os aventureiros estivessem em casa sãos e salvos. Guimarães ficou muitos dias sem nos dar notícias, isto causou um pouco de preocupação ao grupo. Tivemos notícias, apenas quando chegou em Cuiabá para pegar o carro, que havia ficado na casa do Roger, mas, graças a Deus, ele estava bem e com muitas histórias para contar. Fredo e Roger já tinham chegado em Cuiabá há alguns dias e Fredo continuou viagem para Santos. O trecho de Alter do Chão a Cuiabá, desbravado por nossos dois aventureiros, vou lhes contar. Mas em uma próxima oportunidade.

 

 

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  • Membros

Valeu grande Pedro, a viagem foi muito legal mesmo. Se vc não curte uma moto, tenta fazer de bike. Obeserve que tiramos uma foto de um cara que estava fazendo o mesmo trecho de bike. Tem que ter muito preparo fisico. Abraços garoto.........

 

Guimarães, a princípio achei um pouco extenso, mas quis relatar o máximo possível com maior númereo de datalhes.

 

Fredão, abraço pra vc, Venezuela que nos aguarde.........

 

Flamel.

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  • Membros de Honra

Fala rapaz,

 

seu lombo deve ter doido um bocado na viagem, hein? Isso sem falar que voce ficou sentando de lado uma semana...

 

Brincadeiras a parte, como é ficar em cima de uma moto tanto tempo, existem dicas de como minimizar os efeitos no corpo?

 

E qual a proxima aventura?

 

Ate logo

Thiago de Sá

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  • Membros

Beleza Tiago..........

 

Cara, pode ter certeza que o lombo doeu muito. Tem hora que a gente é obrigado a parar mesmo. Outra alternativa é pilotar um pouco de lado ou pilotar de pé. Com o passar do tempo a gente nem sente mais a dor.Rsssssss

 

Uma das formas para não sentir o peso de uma longa viagem desta é descansar o máximo que puder na hora de dormir. Como disse vc se acostuma.

 

Nossa próxima longa aventura é a Transamâzonica, saindo de Marabá até Santarém. Depois vamos subir para a Venezuela indo até a costa Venezuelana. Já estou com quase tudo planejado. Mas aventuras curtas sempre estamos arrumando alguma.

Caso tenha uma moto e queira fazer parte, é só avisar.......

 

Valeu garoto

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  • Membros

Fala, cambada!!!

 

Aê, Tiago. Lógico que o pôpô dói bastante. Mas pelo simples fato de estar fazendo aquilo que a gente gosta, viajar, e de moto ainda por cima, supera todos os obstáculos, cara...

Não posso negar que na volta, de Cuiabá até Santos/SP, demorei dois dias, e os incomodos estavam pegando bastante... Esqueci de elevar o Hipoglós, o que poderia ajudar!!!

 

Grande Guimarães de las Cucharas! Que saudades!! Tá tudo em ordem ai??

 

Flamel. Ainda não tive tempo de ler, mas vou dar um jeito de imprimir para eler depois com calma...

 

Abraços a todos irmãos,

 

Fredo, do MSH - Movimento dos Sem-Hipoglós... [:I][:D][:D]

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  • Membros de Honra

Fredo, Hipoglos é essencial, seja de moto, seja a pe! Ja vi alguns seres mais rusticos que apelam para a boa e velha vaselina, algo comum em corredores de maratona, vale pela economia mas o cheiro deve ficar bacana... pelo menos da pra proteger a pintura das carangas! hehehe

 

Eu nao tenho moto, Flamel, na verdade, nem sei como pilotar uma direito mas se algum dia voces tiverem passando pelas bandas daqui e quiserem descer dos camelos pra gastar um pouco de sola dos sapatos, é so avisar!

 

Thiago, do MSM - Movimento dos Sem-Moto

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