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Ilha Grande. Dessa vez conhecendo para dar a volta na próxima.


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Bom galera vou fazer um relato atual de uma trip que fiz com minha namorada Márcia para a Ilha Grande entre os dias 03 e 09 de Janeiro de 2016. Espero poder ajudar aqueles que pretendem conhecer um pouco desse paraíso encravado na chamada Costa Verde do Rio de Janeiro. Já deixo avisado que em uma viagem de uma semana não foi possível conhecer toda a Ilha, pois, além de ser realmente grande, 193km, a ilha possui inúmeros atrativos e devido aos passeios serem programados para turistas ficamos presos as agências, más, já estamos planejando voltar lá e dar a volta a ilha fazendo Trekking, no final falo mais sobre esse plano... Vamos começar a aventura então.

Dia 03/01. Saímos do terminal rodoviário do Tiête/SP no ônibus das 22h40min. Havíamos comprado as passagens em Novembro, então, ainda pagamos o valor antigo: 75,56R$ para Angra dos Reis pela empresa Reunidas Paulista. Empolgados e como em todas as viagens, chegamos no Tiête as 18:00 horas. Sem novidades nenhuma no terminal, jantamos, compramos umas revistas, palavras cruzadas, enfim, aquilo que todo viajante costuma fazer. A viagem em si foi tranqüila, tirando o fato que não conseguimos ler e muito menos fazer as palavras cruzadas. Já peguei esse bus muitas vezes para Trindade e ele ia um fuá só, dessa vez não, fiquei constrangido, só minha luz estava acessa... desliguei e fui pensando na viagem já que não consigo dormir de ansiedade “normalmente”. A galera do busão capotada, a Márcia tava roncando, não sei como consegue dormir na serra que desce para Caraguatatuba... e vira para um lado, e vira para o outro... enfim... São duas paradas, uma em uma cidadezinha que não tenho idéia, más muito boa e barata as coisas... parecia Minas Gerais, e outra parada em Ubatuba, em um posto de gasolina cheia de nóias...sem problemas também já que vários ônibus para ali...

Dia 04/01. Ainda acordado e no ônibus, após o bus parar em Paraty para desembarque, pegamos a estrada para Angra dos Reis... Sinceramente ali começou a viagem. Chegando em Angra o bus vai contornando o marzão e o visual é maravilhoso. Passando a usina nuclear de Angra o sol começou a nascer e a paisagem era a seguinte: Mar, serra e serração. Não dava para distinguir o que era serra o que era serra... simplesmente fantástico. Chegamos em Angra por volta das 6:00 horas... mochilão nas costas e dona Márcia com sua enorme mala de rodinhas saímos para descobrir como chegar no Cais. Um casal que estava no mesmo bus que nós estavam esperando um taxi... Papo vai papo vem, nada de taxi, alias, taxi em Angra é um porre. Uma outra moça que mora em Angra e estava voltando nos disse que dava para ir andando... 15 minutinhos... fiquei cabreiro, más, borá lá. Realmente a moça falou a real, 15 minutos de caminhada, já aproveitando para saber o que se dava para fazer na parte continental já que tínhamos separado o dia 09 para o continente e pumba... chegamos no cais, daí começa uma discussão “boa”... barco, balsa, escuna... A balsa sairia as 15:30 e leva 2 horas a um preço de 14R$ nos finais de semana. A escuna sairia as 14:30 por um preço de 25R$ e o chamado flex boat sairia no ato por 40R$ e levaria 30min. O casal que foi conosco andando não quis ir, más conhecemos outros dois casais e pegamos o flex boat, porque não estava afim de perder nenhum minuto. O nome do flex boat era aventureiros e depois descobrimos porque... No cais já começou a palhaçada. Um malucão muito louco falando sozinho, porém, quando chegou perto de nós se transformou... fala mansa, de boas, quando saiu de perto voltou a falar sozinho... Me rachei de rir... sei lá que desgraça aquele cara tinha fumado, más era muito estranho o transtorno de personalidade do tiozão. Bom, enfim, embarcados, os primeiros quinze minutos de travessia fora de boas, nos entrosamos, todos contando piadas, rindo e sentados na proa da Flex... kkk acho que o capitão viu que éramos só bagunça e começou a aprontar... o mar estava virado, assim como a semana inteira ficou. Chegando próximas as plataformas da Petrobras “Mangaratiba”, umas ondas de frente nervosas, o capitão acelerando para bater de frente, poxa, podia reduzir kkk... Piada né... cada batida na onda era um banho de mar... na boa, nem liguei, tava nem ai, podia tombar, virar, voar, que eu ia nadando... a meta era chegar na Ilha. Dica: Galera vai de Flex, faz parte da viagem.

Finalmente desembarcamos, cada casal ia para o seu qual, más a energia foi tão positiva que marcamos de se encontrar as 9:30 horas para iniciar os trabalhos. Os dois casais estavam em pousadas, e nós em camping. Alfa Camping o nome. Super indico. 25R$ a diária, camping família com segurança, banheiro limpo e quente, depois falo mais sobre o camping. Montamos a barraca, fizemos check in e partimos, tomar um cafezinho e encontrar os novos amigos. Os casais são Nathalia e Lucas, Paty e Vitor... Nos encontramos no horário e resolvemos fazer a trilha 01 e uma parte da Trilha 02. A trilha 01 é super tranqüila, 10 minutos andando e estávamos no poço dos escravos... pausa para uma ducha, só eu mesmo, a galera, inclusive a Márcia ficaram sentadas se conhecendo e eu nadando... precisava, não posso ver água, não gosto de ficar muito tempo, más um tibum é sagrado... Até ai tudo tranqüilo, daí em diante a coisa da uma apertada. Para continuar na trilha a partir do Poço dos Escravos é necessário subir umas pedras um tanto altas, cerca de um metro, sem lugar para apoiar e escorregadias, depois desse trecho chega-se as ruínas do Lazareto, mais histórico do que nossa, que muito louco... fotinhas tiradas, umas discussões sobre a pedra que Dom Pedro II ficava sentado brisando e partimos para o trecho da T02 rumo a cachoeira da Feiticeira... Uma placa indicava 20 min, outra piadinha, subimos uns 50min em uma trilha bem demarcada mas íngreme e surge outra placa: Cachoeira da Feiticeira 25Min, Praia da Feiticeira 40min e Saco do Céu 2 horas. A Cachu era para a esquerda e quando vimos desacreditamos... Uma piranbeira, encostada a um precipício, cheio de lama, pois no dia 03 havia chovido muito, os caras com um coller cheio de breja... Pausa para o ar, rodinha no meio da trilha, vários gringos passando, cada um para seu destino e 20min depois, coragem restabelecida e borá subir. Até que nem sofremos, sou magrelo, liguei o motor e subi rapidinho... Mais 30min e andando e outra placa em uma bifurcação. Praia da Feiticeira para a direita 40min, cachu a esquerda 15min... o que era para ser 20min segundo a primeira placa já tinha se tornado quase 2 horas andando... Bora pra cachu, 10 minutinhos de descida e lá estava ela, graciosa, elegante e lotada. Dane-se, achamos uma pedra grande bem em frente a queda, largamos os trapos e todos para a queda. Revigorante, massagem natural, a caminhada tinha valido a pena, mesmo depois da viagem... Ali ficamos por volta de 1 hora, conversando e admirando até resolvermos voltar e ir para a praia, já sabiamos que íamos andar muito, então sem grilo, e depois da cachu, podia vir qualquer coisa, até onça “coisa que não tem na ilha”. Voltamos até a ultima placa de identificação e começamos a descer, já estávamos calejados com as placas e sabiamos que os 40min não seriam realmente... descemos, descemos e descemos, por estar muito sol, não estava tão barrento. Existem duas opções, ir descendo em zique zague, ou descer quase verticalmente por uma trilha aberta que corta a que faz em zique zague. Após a descida quase vertical, chegamos em uma área de mata quase fechada, galera, tênis, nada de chinelo ou descalço. Muitos espinhos e formigas... da cachu resolvi descer descalço, a trilha tava só terra, nessa parte coloquei o tênis após tomar umas picadinhas. A triha é quase perfeita “perfeição não existe”, vou descordar disso daqui a pouco, más vale o enigma... uma galera subindo, pois existe um passeio que leva os turistas para a praia de barco e de lá eles sobem para a cachu, não façam esse trajeto, o cansaço não compensa. Chegamos na praia... Sol, muitos barcos, lotada de gringo, não vimos um brasileiro... armamos nossas coisas embaixo de uma amendoeira e água... Mar quente, calmo e raso... Algumas pedras no canto direito e umas barraquinhas no esquerdo. Ao chegarmos já fomos intimados por uma senhora para comprar a volta de barco, negociações feitas e sem vontade de subir a piranbeira conseguimos 5R$ de desconto para cada um. Pagamos 15R$ para voltar de barco. Barco não né, um pedaço de madeira, zuado, mas valeu a emoção... Ficamos na praia até as 16:30, as 17:00 estavamos na Vila do Abraão novamente. Combinamos de sair todos para jantar, fomos para o camping tomar banho, cochilar “só que não”, em 30 min já estava conversando com o camping inteiro... No devido horário fomos procurar um restaurante... Tudo cheio... Comemos em um dos vários que são pés na areia, isso mesmo, as mesmas na areia. Nesse dia comemos todos PF, frango ou peixe por 25R$. Ótima refeição e como estávamos cansados, zarpamos todos para os dormitórios, o meu claro, nossa super barraca onde nosso isolante térmico e saco de dormir nos esperavam de braços aberto.

Dicas do dia: Prefiram ir para a cachu e depois para a praia, não o caminho inverso, a subida desanima. Compensa voltar de barco se da Praia da Feiticeira. Passeio para um dia. Optem em sair umas 7 horas para ficar mais na cachu e a pegarem vazia. Tenham paciência na praia da Feiticeira. Levem muita água pois não tem onde reabastecer no meio do caminho “não confio em beber água direto da cachu”.

Dia 05/01. A famosa Lopes Mendes. A idéia era ir pela trilha partindo de Lopes Mendes, daria umas 3horas de caminhada, poré, a porém, perdemos a hora. No dia seguinte havíamos marcado de encontrar a Paty e Vitor, Nath e Lucas lá em Lopes e eles se encontrariam as 9:30... Ufa deu tempo, chegamos onde eles haviam marcado de se encontrar no horario. Nos encontramos todos e trupe reunida. Negociações e conseguimos o translado ida e volta 40R$ por pessoa. Barco partiu na hora, o que é raridade na ilha... 40 min de ida, escuna razoalvelmente cheia, e o momento risada foi 3 idosos do Japão amarelos no barco. A escuna chacoalhou muito devido ao mar mexido... Papo vai, papo vem e desembarcamos na praia do Pouso. Uma trilhinha de 5 min e chegamos a praia dos Mangues. Da li se tem acesso a trilha que vai para Lopes Mendes. A trilha começa com uma subida, como paramos um pouco na praia de Mangues, encontramos os idosos da Japão na trilha sofrendo. Acreditamos que eles não chegaram, porque a trilha sobre por uns 15min. No meio da subida, pausa para o contato com os Saguis... Na verdade a pausa foi por causa do coller cheio de cerveja... Os caras queriam tomar uma, como eu não bebo, fiquei viajando nos macaquinhos mesmo. Depois da subida, vem a descida. No maximo 25min de trilha e chegamos a aquela que é considerada a sétima praia mais bonita do mundo. Sinceramente, não na minha opinião... O contraste é lindo, areias brancas que cantam e um mar hora azul, hora verde. Andamos até a ponta oposta da praia, tava vazio, más andamos, a caminhada nas areias não rendem. Uns 20 min andando e achamos um lugar que estava nos esperando. Uma amendoeira “de novo”, o único lugar de sombra para um sol de 40 graus. Montamos acampamento, e tibum. 5 min e todos congelados, enquanto fora da água todos derretendo. Fiquei mais embaixo da amendoeira contemplando do que na água em ci... Praia de aguas geladas e ondas fortes, típica para surfistas com roupa de neopreme. Más, de ualquer forma, o dia foi ótimo, ficamos os 3 casais, sentados embaixo da amendoeira rindo, e põe rindo nisso. A sintonia foi magnífica. Final do dia, voltamos até a ponta oposta da praia, trilha de volta, chegando na praia de Pouso para embarcar, uma zona generalizada. Os barcos saem até as 18horas com, mas muitos, principalmente gringos desavisados não tinham a passagem de volta, outros tinham passagem para horários que já tinham zarpado, o píer velho de madeira balançando, desorganização total. Ficou provado que não há um treinamento para receber turistas, muito menos gringos que são maioria na ilha. Como tínhamos passagem embarcamos no ultima, isso já eram 18:30, quem não tinha passagem, não sei, mas segundo informações tiveram que voltar pela trilha, 3 horas de caminhada a noite. Mar revolto, as ondas entravam no barco sem dó, um frio de lascar... não foi legal, devia ter voltado pela trilha, minha pior experiência no mar, pretendo não passar por aquilo nunca mais. Chegamos em Abraão sãos e salvos... novamente, marcamos um horário para jantar... O jantar foi em um pé na areia de novo, más outro dessa vez. Pagamos 80R$ o prato para dois, muito típico lá na Ilha porém foi o prato, Picanha na Pedra... Hunnmmm delicia. Camping, banho, bagunça no camping e janta... Novamente fomos direto dormir, nada de rolezinho...

Dicas do dia. Os barcos começam a sair para os passeios as 10:30, então não adianta madrugar. Para ir para o lado oceânico da Ilha onde fica Lopes Mendes depende muito do mar. Levem lanche e bebidas, não tem nada em Lopes a não ser uns ambulantes que vendem salgadinhos de isopor por 10R$. Chegando em Lopes vão para o lado esquerdo, é possível ver umas tartarugas marinhas “lembrando para deixá-las livres sempre”. Se possível vão de trilha e voltem de barco, quem foi diz que vale muito a pena. Não paguem mais do que 40R$ ida e volta ou 30R$ só a volta. Na trilha de Lopes Mendes tem uma trilha para praia de Santo Antonio. A galera tava meio com preguiça então não fui, mas na volta a Ilha certamente vou passar lá e muito provavelmente dormir lá. Não deixem de ir a Lopes Mendes, realmente na Ilha tem praias mais bonitas e para a minha pessoa não é a sétima mais bonita do mundo, mas, a praia é linda, é que a propaganda foi tanta que fiquei frustrado, mas vale à pena.

Dia 06/01. Encontramos os casais de amigos as 9:30 e fechamos o pacote de meia volta a Ilha. O preço estava 140R$ por pessoa, más calejados em negociar, as meninas conseguiram por 108R$... negocião da China. Outras pessoas que estavam no barco atrasado e o que era para sair as 10:30 saiu as 11:15... beleza, estávamos todos de férias mesmo. Primeira parada Lagoa Verde depois de uns 20 min de flex boat. No barco lembramos do colete salva vidas da Márcia, enfim... O lugar é fantástico, feito por Deus “mesmo sendo Ateu”... 40min de mergulho com os peixinhos coloridos e um mar de gente. Dali partimos para a Lagoa Azul, más antes paramos em um lugar divino. Um prainha de 10metro de comprimento e vazia, só nosso barco... Aguas calmas e cristalinas “a melhor parada do dia”, corri para a areia, chamei a Márcia, tem uma passagem nas pedras que levam para o outro lado, andando pelas pedras você chega em uma espécie de caverna. Clima para rolar uns beijos, para os mais dispostos até algo a mais, porque certamente ali só chegam os aventureiros. A galera tudo brincando na praia e nós namorando na caverna... Ai ai delicia de vida... Algumas fotinhas, e 20min depois voltamos para o barco, agora direto para a Lagoa Azul. Essa é muito mais bonita que a verde, e muito mais lotada também. Ficamos em um canto que tinha uma prainha, 5m de comprimento e vários peixes sargento nadando ao seu redor. Baiacu, estrela do mar, de tudo um pouco. A vida que existe no coral me fez repensar sobre o que somos realmente no universo. Muita atividade... Essa valeu a pena também, show de bola. 1 hora mais ou menos la e fomos embora. Parada para o almoço, Praia de Japariz, 90R$ para duas pessoas. Nem pensar, levamos nossas bolsas térmicas, pegamos uma trilha de 5min para a praia do Funil indicação do site mochileiros e fizemos um pic nic, valeu muito a pena... Tinham apenas 3 moças tomando sol e nós fazendo pic nic... Voltamos para Japariz e o barqueiro desesperado dizendo que estávamos atrasados... Problema dele, já tinham atrasado a saída e estávamos de férias. Chegamos no barco e fomos fuzilados por olhares... dane-se kkk próxima parada Praia do Amor. Prainha pequena também, muito linda, vários mergulhos, águas claras e verde... Rola uma crendice local de que o casal que pular do barco juntos de mão dadas e escreverem o nome na areia ficarão junto para sempre... Não acreditamos nisso, então fomos é mergulhar já que o dia estava acabando. E acabou de fato... ficamos uns 20min e fomos para Abraão. Chegando em Abrão, o Vitor e a Paty foram descansar, enquanto nós resolvemos ir para o presídio do Lazareto e a praia Preta. Eu ia entrar nas ruínas mas o clima foi tão tenso que não tive coragem, escravos morreram ali, não me senti nada bem... na praia Preta ficamos sentados vendo o por do sol e mesmo esquema, banho, bagunça no camping e saímos para jantar. Fomos no Kebab, por indicação daqui também... Fila de espera, demora para os pratos chegar. Pedimos 2 yaquissobas para dividir pois os preços são estratosféricos.Saimos de la e fomos comer uns lanches porque não saciou... Ficamos comendo os lanches sentado na areia, vendo os barquinhos e rindo. Depois do lanche, cabana...ops barraca que a essa altura já tinha recebido o título de lar... descanso pois no dia seguinte iríamos trilhar...

Dia 07/01. Esse dia foi diferente. Márcia e eu fizemos amizade com um casal do camping que curte umas trilhas. Fernando e Cecilia. Tinhamos marcado de ir para Dois Rios, a praia do presídio e o único caminho são pela estrada. Abandonamos por um dia nossos outros amigos, pois o Vitor estava esgotado e partimos Marcia, Cecilia, Fernando e eu para Dois Rios. A estrada começa na rua do nosso camping, saímos as 9horas e dalhe subida... Sabia de dois atalhos que havia lido aqui em alguns ralatos... Bom na primeira parte, até o mirante, paramos para molhas a nuca em um queda dagua ao lado de uma gruta que tem uma imagem de Nossa Senhora e só ouvimos o barulhão.... Bummmm.... Uma jaca enorme caiu no chão e abriu... Márcia viu aquilo e ficou doida, já meteu a mão na jaca, chamou lindo... Só ela comeu, alias se matou de comer....Chegamos no mirante, pausa para fotos, logo acima uma bica para encher as garrafas de água, e mais subida, daqui a pouco... descida... Em uma curva para a esquerda o famoso banco de bambu, ali, nítido e claro... Chamei o Fernando e disse que aquilo era um atalho, até citei o Mochileiros... Bora então... Mata fechada, trilha estreita e descida direto... Uns 15 minutos e cortamos uns 3km, lembrando que o caminho para Dois Rios são 14km mais ou menos. No final desse atalho tem o Poço dos Soldados, onde os soldados da penitenciaria Candido Mendes iam se banhar... Já valeu a caminhada, subimos as pedras e achamos um vinco entre duas pedras com uma queda forte... massagem... Ficamos ali por 1:30min mais ou menos... Muito bom... Continuamos a descida e uma placa... Praia do Caxadaço, três manos saindo do meio do mato... Pergunta vai, pergunta vem, e descobrimos que a trilha era de boa, 2horas de caminhada para Caxadaço. Já marcamos o dia seguinte. Os três estavam dando a volta a Ilha iam para Parnaioca, descemos conversando... Eles eram do Rio Grande do Sul, estavam na Ilha do Mel, foram pra la e de la iam para a Ilha Bela... senti uma pitada de inveja... Chegando em Dois Rios é obrigado a assinar o livro de entrada, não é permitido pernoitar á, a não ser que algum morador deixe voce acampar no quintal dele. Talvez na volta a ilha tentaremos, deve ser surreal a noite lá, uma cidadela fantasma... a noite deve ser sinistro... Fomos para a praia, já eram 12 horas... Almoçamos, 25R$ a marmita, comida mais gostosa que comi na Ilha, de um senhor que fica no meio da praia embaixo de uma arvore. Duas marmitas para os 4 dividir, mas rendeu... Voltamos ao presídio para conhecer a sua história, não senti nenhum clima anormal, mas como um amante da história e professor de Filosofia, não poderia perder a oportunidade de ir lá... Fotos tiradas, fomos para o rio refrescar... mar estava gelado e com ondas violentas, novemente o mar estava virado. Por orientação dos moradores da vila ficamos no lado direito do rio, segundo eles o lado esquerdo não é tão legal... Ficamos ali o dia inteiro, a parte mais funda do rio da na minha cintura, tenho 1,78m, super gostoso... alias, de mais... As 17horas pegamos a estrada de volta, para sair também é preciso dar baixa no livro... Não quisemos pegar o primeiro atalho e nos arrependemos andamos em zigue e zague... Na descida do bando de bambu até Dois Rios, tirando o tempo que paramos na Piscina dos Soldados levamos 30min, na volta, só até o banco de bambu foram 1:30min... É preferível o atalho tanto na ida quanto na volta. Sem maiores novidades até o mirante, onde há um outro que deixa na vila... Esse é muito íngreme e difícil, requer uma certa técnica para a trilha, não recomendo a iniciantes. 20min de descida em mata fechada que deixou tudo escuro e chegamos, são e salvos. Isso já era 20:30 e havíamos marcado de jantar com o resto da galera as 21... Correria total, se adiantamos, banho e fomos jantar... na verdade a Paty, Vitor, Nath e Lucas já estavam jantando, então compramos uns lanches e fomos para a beira da praia, próximos aos hips que ficam fazendo um som e fumaça... Depois os amigos foram nos encontrar, ficamos 1 hora mais ou menos batendo papo e descanso merecido, pois o dia foi puxado, calculamos ter andando em torno de 40km...

Dia 08/01. Estava programado de irmos para Caxadaço, más acordei com o ouvido inflado e bolhas no pé... a Márcia tadinha, tava com os pés cansados. Pedimos desculpas e não fomos... Fernandão e Cecilia foram, esses são guerreiros e certamente faremos varias trips aqui em SP já que são daqui também e passamos a nos falar diariamente. Tomamos café e decidimos ir até Abraãozinho. No meio do caminho me deu um que de disposição e bummm... Pegamos a trilha para Palmas. Segundo informações eram 40min... Outra piadinha, só de subida foi 1 hora... Beleza. Trilha técnica, com vários galhos e escadas naturais “pedras”... Bugius berrando o caminho inteiro, más a trilha é linda... 2 horas de caminhada e chegamos em Palmas, antes um pequeno desvio para a praia Brava... Linda, pequena, ondas fortes e só uma pousadinha, linda, a qual a Márcia já deixou clara a intenção de passarmos a Lua de Mel lá, e eu pensando que na lua de Mel iríamos mochilar até Machu Pichu, más tudo bem, até lá negociaremos, más certamente quando der a volta a ilha a ultima noite passarei la para repor as energias. A praia de Palmas em si é uma abraãozinho muito menor, vários bares e restaurantes. O climas do dia poderia ter sido o encontro com uma cobra, filhote, segundo os locais Caninana, se não fosse pelo fato dos “malditos” homens terem a matado. Sem noção, ainda uma tiazinha dos infernos vira para mim quando questionei sobre o assassinato que cobra tem que se matar, é tipo assim, você invade o espaço delas e as matam... mas enfim, era meu ultimo dia na ilha não quis criar bochichos... Me desanimei, tomamos uma água de coco, descansamos m pouco e voltamos, fiquei meio baqueado mesmo... Na trilha parece que os macacos estavam nos seguindo, até chegar a entrada da praia da Julia, perto de Abraão ouvimos berros dos macacos, em certo ponto até nos assustamos, mas eu estava doido para vê-los, infelizmente não consegui... Ainda passamos na Praia da Julia e Crena, não tive perna para ir até Abraãozinho, pois de longe já vi que estava lotada. Fomos para o camping dessa vez descansar mesmo... As 20horas Fernando e Cecilia chegaram, perguntei de Caxadaço e a respota foi simples: Nunca andamos tanto para tirar uma foto. Segundo eles o mar estava bravo, a faixa de areia de 30cm com redemoinhos na água. Voltaram e ficaram em Dois Rios... O Fernandão curtiu muito lá... Saimos para dar uma volta com mais um casal do camping, um carioca da Aeronautica e sua esposa... Pessoas boníssimas também... Berço pois sábado de manhã iríamos embora.

Dia 09/01. Levantamos cedo, desmontamos acampamento, pegamos a balsa das 10horas 14R$ juntos da Nath e do Lucas. 2 Horas de balsa, onde já fiz amizade com outro casal que iria para Trindade, dei algumas dicas “faço amizade muito rápido, converso mesmo”... e capotei, dormi no chão da balsa. Já acordei em Angra. Dividimos um taxi até a rodoviária de Angra, 16R$, 4R$ por pessoa, deixamos as malas no guarda volume 3R$ por volume e fomos ajudar a Nath e o Lucas achar um hotel, pois o bus deles para Sp sairia no domingo de manhã enquanto o nosso no sábado as 22hrs. Missão cumprida, fomos almoçar, achamos um restaurante no centro de Angra 13R$ por pessoa coma a vontade e iríamos até o colégio naval, más tava muito quente e as pernas pedindo arrego. Voltamos para a rodoviária, dormimos no píer que tem lá, tem uma placa dizendo que não pode, más ninguém falou nada... Acordamos, fomos até o shopping dar uma volta, 10min de caminhada, tomamos um milkshake de ovo maltine, voltamos para a rodoviária, tomamos uma ducha, 8R$ por pessoa, ducha quente e banheiro limpo e nos preparamos para o fim da trip. Pegamos o bus as 22:00 e chegamos em SP as 5hrs... nem vi a viagem, dormi o caminho inteiro.

Observação 1: Fizemos uma trip de turista, o que demandou um valor a mais, contanto hospedagem em camping, passagem, preparativos e la gastamos quase 2000mil o casal. A próxima será a volta, vamos reduzir esse valor pela metade.

Os restaurantes mais simples sai 50R$ o prato para dois com frango ou peixe.

Negociem os passeios.

Observação 2: Vou deixar o link do meu facebook, la tem as fotos. Aqueles que tiverem interesse me chamem no inbox, sempre estamos fazendo trilhas aqui por São Paulo, principalmente as que levam as cachoeiras da Mogi Bertioga.

 

Espero que esse relato ajudem para programação de viagem para a “Perfeita” Ilha Grande.

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