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Olá pessoal,

 

Venho aqui para relatar e trazer algumas dicas e considerações da minha mais recente viagem, realizada entre dez/15 e começo de jan/16, após ter visitado Lima, Cusco e Machu Picchu em jun/15, junto com meus amigos Diogo, Alan e Graci, que conheci aqui no fórum, volto para continuar a viagem, junto com o Diogo, além de diversos outros amigos que encontrei ao longo da viagem.

 

Quando estava escrevendo o relato, notei que ele estava ficando muito extenso, então resolvi torná-lo mais sucinto, disponibilizando a versão extensa em anexo para quem deseja mais detalhes.

 

Então, o roteiro inicial foi similar ao disponibilizado pelo Diogo aqui (21-12-a-05-01-mochilao-lado-b-da-bolivia-e-do-peru-sta-cruz-cocha-l-paz-copacabana-puno-arequipa-ica-e-paracas-t118503.html), e o final ficou o seguinte:

 

18/dez: Fronteira Corumbá/MS – Puerto Quijarro

19/dez: Santa Cruz de la Sierra e ônibus noturno para Cochabamba

20/dez: Cochabamba (andar pela cidade e Cristo de la Concordia)

21/dez: Cochabamba (mais da cidade e Colina San Sebastian) e ônibus noturno para La Paz

22/dez: La Paz (andar pela cidade e Teleférico Línea Roja/Vermelha)

23/dez: La Paz (Estrada da Morte – Downhill até Coroico)

24/dez: La Paz (Chalcataya)

25/dez: La Paz (Tiwanaku)

26/dez: La Paz (Mirador Killi Killi e Estádio) e ônibus para Copacabana

27/dez: Copacabana (Isla del Sol e Cerro Calvário)

28/dez: Ida a Puno (andar pela cidade)

29/dez: Cancelar ilha de Uros e Ida a Arequipa

30/dez: Arequipa (relaxar, piscina e andar pela cidade)

31/dez: Canion del Colca

01/jan: Arequipa (mais piscina e mirador) e ônibus noturno para Nasca

02/jan: Nasca (Sobrevoo + miradores) e ida a Paracas

03/jan: Paracas (Reserva Nacional)

04/jan: Paracas (Islas Ballestas) + ida a Lima (aeroporto)

 

 

CONSIDERAÇÕES

 

Puerto Quijarro

Cidade sem estrutura alguma, “terminal de buses” é um galpão com um banheiro apenas. Ainda na fronteira, troque uma boa quantidade de dinheiro (melhor cotação de toda a viagem), procure mais pessoas para dividir um táxi (Bs.20-30) até o terminal de buses e tente comprar a primeira passagem para Santa Cruz, ao invés de optar por pegar um ônibus noturno, pois na rodoviária de Santa Cruz há uma estrutura melhor que aqui. Há passagens de Bs.60-140, a depender o tipo de ônibus (semi-cama, cama, leito).

 

Santa Cruz de la Sierra

Montei um roteiro inicial para caminhar pela cidade, mas junto com o pessoal que tinha conhecido tanto na fronteira como na rodoviária daqui, só fizemos o Parque Urbano (sem atrativos e, com a chuva que estava caindo, sem ninguém por lá) e a Praça Central e Igreja (Bs.3 para subir na torre). Depois, almoçamos e ficamos conversando até voltarmos à rodoviária, tomar um banho e esperar o tempo passar. Ônibus noturno semi-cama (Bs.60, pela Transcopacabana) e mais 10h de viagem até Cochabamba.

 

Roteiro inicial: Parque El Arenal, Plaza del Estudiante, Av. Monseñor Riveiro e El Cristo, e o Avión Pirata.

 

Cochabamba

Cidade pode ser feita toda caminhando e em um dia. Coloquei dois para poder dormir uma noite por lá e para ir me aclimatando com a altitude. Pode-se subir até o Cristo de la Concordia a pé, por uma subida longa de degraus, iniciando no fim da Av. Heroínas, ou pagar Bs.6,50 (só ida ou só volta) ou Bs.10,50 (ida-e-volta) que em um domingo estava lotado, fechando às segundas-feiras.

A cidade ainda conta com dezenas de pracinhas e dezenas de igrejas para visitar ou apenas passar em frente. Ainda visitei a Universidade San Simon e a Colina de San Sebastian, além de caminhar pelo paseo da Av. José Ballivian, da Plaza Colón até a Plaza de las Banderas.

Às segundas-feiras, com o trânsito caótico, assim como os bagunçados mercados populares, lembram bem uma cidade boliviana. À noite, ônibus noturno leito (Bs.100, pela Sumaj Ockro) para La Paz.

 

La Paz

Caminhar pela cidade é aquela bagunça tremenda. 1 dia você pode até conseguir ver toda a cidade, mas a altitude sempre vai te deixar cansado. Mas, ainda tem o restinho dos dias dos outros tours, se você ainda tiver pique. Pode-se andar pelo teleférico (Bs.3, cada perna), no meu caso, pela línea roja (vermelha), e subir até o Mirador Killi Killi para uma visão da cidade do alto; ao visitar o Estádio Hernando Siles (não consegui entrar), há a Plaza Arqueológica Tejada Sorzano, com figuras interessantes; Plaza Murillo e Catedral; Iglesia San Francisco; além das diversas ruas estreitas e cheias de gente e comércio e carros e buzinas e outros barulhos. E o Mercados das Brujas: nada mais que cinco lojinhas (que vocês já sabem o que vende) e nada atrativo mesmo.

Referente à Estrada da Morte (Bs.300-500), há vários pacotes e tipos de bicicletas que as agências oferecem, alguns até incluindo camiseta, fotos e vídeos, almoço etc. O mais importante é pegar uma bike realmente boa e segura.

Já Tiwanaku foi uma grande decepção. Pode-se chegar por lá fechando um tour ou por conta própria. Para esse caso, basta pegar um táxi (Bs.10-15, da iglesia San Francisco) até o cemitério que existem vans (Bs.15) que vão até o sítio arqueológico, mas procure chegar cedo, pois a frequência de pessoas indo até não é tão grande. As vans saem quando lotam pelo menos 10 pessoas; menos que isso, o custo de Bs.150 é rateado a quem desejar ir. Porém, o sítio (Bs.80 a entrada) é muito simples e aquém das expectativas, principalmante se você já visitou Machu Picchu... e também será bem decepcionante para quem pretende visitá-lo. Na minha opinião, NÃO VALE A PENA.

 

Copacabana

Do cemitério em La Paz, pegamos um ônibus para Copacabana (Bs.25-30). Ainda, em San Pedro de Tiquina, todos devem descer do ônibus (que segue numa balsa) e atravessamos o lago por uma lancha (Bs.2) para subir de volta ao ônibus no outro lado.

Os barcos (cerca de Bs.30, negociáveis se for mais pessoas) saem de Copacabana por volta das 8h30 em direção à Isla del Sol. São cerca de 2h cansativas e chatas horas até a ilha (leve algo para se entreter: livro/música/até filme). Chegando na parte norte, é necessário pagar ainda uma taxa/pedágio de Bs.10 para seguir, e ainda há um guia contando a história da ilha. Ao final, pode-se continuar pela área, apreciando a vista e esperando os barcos partirem para o lado sul, ou chegar até o outro lado por uma trilha cansativa (são cerca de 6km e tempo pode ser curto) e desnecessária (nada de aventura ou nenhuma visão que seja mais interessante que o que já vimos na parte norte), além de ter que pagar o pedágio de Bs.15 (da parte central da ilha) e Bs.5 quando chegar ao lado sul.

Na volta à cidade, ainda é possível subir ao Cerro Calvário para uma visão do alto da cidade e um belo pôr-do-sol.

 

Puno

Com saídas pela manhã, de ônibus (Bs.30), atravessamos a fronteira e seguimos por cerca de 2h30 até a rodoviária de Puno. De lá, já pesquisei as várias saídas para Arequipa, a partir de S/.20. De lá, pode-se pegar um tuk-tuk/moto-táxi (S/.3-5) até os arredores da Plaza de Armas, e cabe até 2 pessoas.

Puno, apesar de ter uma boa estrutura para turismo, é apenas cidade-base para o lago Titicaca/Isla Flotantes de Uros, o qual eu já tinha desistido de realizar, e que ainda é possível que seja feito no mesmo dia da viagem de Copa e você seguir para o próximo destino, por um ônibus noturno, por exemplo.

Conhecemos Plaza de Armas e Catedral, Parque Pino, Cerro Huajspata e Arco Deustua. Também jantamos bem (e aceitando cartão de crédito) um menu turístico com um excelente filé de alpaca no Ekeko’s (S/.18)

 

Arequipa

A “cidade branca”, como é chamada, é bastante agradável e com um ar de cidade européia, quando o caótico trânsito (só um pouco menos louco que a Bolívia) fica para trás, é claro. Arequipa, que é segunda maior cidade do país, além da esplêndida e gigantesca Catedral e de sua Plaza de Armas, possui uma belíssima arquitetura e se perder por suas ruas, além da região central turística é bem válido. Ainda, é possível chegar a pé até o Mirador de Yanahuara para uma visão da cidade com o vulcão Misti ao fundo.

Se for ficar no Wild Rover, é principalmente se for no verão (temperaturas durante o dia passam dos 30º), vale a pena passar pelo menos 2 dias para relaxar na piscina do hostel.

Ademais, o passeio ao Cânion del Colca é totalmente dispensável. Desnecessário mesmo, pois eles te buscam às 3h no hostel para seguir até Chivay (onde está incluso café-da-manhã), continuando até a Cruz del Cóndor, um total de mais de 5h de viagem, apenas para ver os pássaros voando (e ainda é possível que os bichos resolvam não sair no dia que você estiver por lá ou sei lá). Ainda, as outras paisagens que se encontram no caminho não serão nada de espetaculares, muito menos sequer mais diferente do que você já está acostumado até aqui na viagem. Para mim, o MAIOR PROGRAMA DE ÍNDIO DA HISTÓRIA de todas as minhas viagens.

 

Nasca

De ônibus noturno, pela Romeliza (S.60, semi-cama), ônibus confortável com serviço de bordo incluso, semelhante aos ônibus turísticos do Peru, cheguei às 6h30 em Nasca. A cidade só possui mesmo as linhas de Nasca como atrativo. E apenas o sobrevoo.

O sobrevoo custa entre US$75-120 negociáveis (mais uma taxa de S/.25 de utilização do aeroporto), a depender o tamanho do avião, incluindo translado ida-e-volta ao aeroporto. Escolhi o menor avião de todos (US$100), após negociar um pouco, para 5 pessoas, e é simplesmente sensacional. E é bem curto. E caro. Às 8h já estava de volta.

Estava na dúvida se faria o sobrevoo (pelo alto preço) ou se faria um tour de táxi por dois miradores (S/.60-80), e resolvi fazer os dois para passar a diferença entre cada um. Apesar do alto preço do sobrevoo, deixei os US$100 reservado para o passeio (e como só esse valor, foi mais fácil de negociar) e realmente só decidi fazer o voo na hora. Já na volta, resolvi fazer o tour de táxi que te leva primeiro a um mirante “natural”, para ver as linhas de Nasca muito de perto (de fato você consegue quase tocá-las), e logo do lado há um mirante de ferro (S/.2) onde se duas figuras (las manos y el árbol). Depois, segue para o museu da Maria Reiche (S/.5), sem grandes coisas, e seguimos mais distante para as linhas e figuras de Palpa em outro mirador (S/.2), figuras essas que não vemos no sobrevoo.

Apesar da diferença de preço exorbitante, achei o preço pago por um carro lotação para nos levar até os miradores e voltar muito caro e, realmente, não compensa em comparação ao sobrevoo. Na minha opinião, se não for fazer o sobrevoo, nem precisa passar por Nasca.

Depois, segui a Ica pela Transporte Cueva (S/.10), depois ida a Pisco pela Flores (S/.5), depois colectivo (táxis coletivos) de Cruce (entrada de Pisco) até a plaza de armas e de lá, outro colectivo até Paracas (S/.3-4).

 

Paracas

A Reserva Nacional é bem interessante, mas a parte da praia do Oceano Pacífico é bem pequena. Além disso, é bem turistão mesmo, explicando sobre a cidade que é o encontro do deserto com o mar, do sal abaixo da terra, da praia de areia vermelha (formada pelas rochas vulcânicas existentes por lá) e por fim, chega-se à praia, onde os restaurantes não são muito bons e ainda são caros.

Por fim, as ilhas Ballestas, com passeios às 8h e às 10h, achei ainda mais interessante, onde você visita, de lancha, o habitat natural de várias espécimes, entre pássaros, pinguins, animais do mar e peixes-bois.

Almoçamos ainda, os dois dias que estivemos por lá, no Restaurantes Lluvia de Arena, com comida boa e farta, e aceitando cartão de crédito, grande diferencial no final da viagem.

 

Bem... é isso, galera. Qualquer dúvida, estamos ae!

 

Abraço.

Mochilão - Bolívia e Peru - Lado B.doc

  • 1 mês depois...
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Esse cara é um grande parceiro de viagem! Uriel, parabens pela viagem e pelo relato, meu amigo! Muito bom mesmo. Vamos marcar as próximas viagens em breve?! Abração!

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