Membros Fernando Gondim Postado Março 30, 2016 Membros Postado Março 30, 2016 Foram 16 dias naquele país, em março de 2016, sozinho, com a cara e a coragem (digo isso porque li relatos aqui e em outros sites, e muitos até eram bem desencorajadores). Dias de muitas aventuras, tendo iniciado a tomar probiótico uma semana antes de viajar com medo de ter algum treco que me impedisse de explorar algum lugar, ficando doente (também recomendação de relatos, e talvez tenha mesmo ajudado, vai saber!). Mas o fato é que não tive nada, e tomei água da torneira e tudo - não nos primeiros dias, claro. Em especial no Cairo, que é uma cidade grande. Nem no Brasil me atrevo, dentro das mesmas condições! Não precisei tomar nenhuma medicação lá. Tudo funcionou muito bem kkkk E a comida... uma delícia! E tudo muito barato, claro. O real estava valendo o dobro, praticamente, da libra egípcia. Mas vamos ao começo... Viajei com a Ethiopian Airlines, o que foi muito bom! Não houve problema algum, e o atendimento de bordo considero excelente! A paradinha em Addis Abeba na ida e volta (capital da Etiópia) por 1h e meia, não foi lá muuuuuiiiito agradável, mas a sala de embarque é grande e há opções para o que comer e o que ver (ou comprar, que não era o meu caso). Minha aventura tem seu início de fato ao desembarcar no grande e espetacular aeroporto do Cairo. Rola alguma sensação de estar meio perdido, pois há pequenos questionários a serem preenchidos já em terra - e tava sem caneta! Mas logo fui ajudado. Inclusive na volta, o sujeito fez questão que ficasse com uma novinha dele hahahaha (vou falando mais dessa tietagem com estrangeiros ao longo do relato). Também revistaram minha mochila. Há gente observando seus passos, e até fui abordado por sei lá quem, mas não dei bola e segui. Só dei atenção mesmo quando definitivamente alguém me parou, e parecia gente do aeroporto. Pois bem, meu CS (couchsurfer) estaria lá, e mal podia esperar para encontrá-lo e ir pra casa, dormir um pouco. O problema é que ao passar por todo o trâmite de visto, etc. (esse é um capítulo à parte, o visto kkkkk que também abordo no final), troquei alguma grana ali mesmo, antes de sair para o hall do aeroporto de fato. Daí... cadê o sujeito!? Só tinha taxista se oferecendo, e mais ninguém. Aquele salão enorme, vazio. Que estranho. Rodei, rodei, até que deu na telha de sair do prédio. Foi quando de repente me deparei com uma pequena multidão lá fora, a céu aberto - e tava frio também - e finalmente reconheci o cara e ele a mim, ufa! Que alívio... Como foram dias muito intensos, não vou aqui ter a pretensão de registrar tudo. O relato será sobre curiosidades, fatos mais pitorescos, sensações e impressões. Aqui e acolá detalhes, mas vamos relaxar! Meu 1º CS era um carinha de seus 28 anos, mas com cara de 16 hahaha. Legal que ele me esperou pacientemente fora, no frio, e encarou tudo como muito normal. Pena que ele não me deu esse toque... A questão toda era sobre segurança! Gostei do rapaz, e conversamos um pouco no caminho. Fomos de carro pra casa dele e logo fui dormir. Nada demais com o lugar, ao menos que me chamasse a atenção de cara. Parecia um apê normal. De manhã, fui surpreendido com uma bandeja enorme redonda, cheia de coisarada como café da manhã, e então conheci a mãe do cara. Ela tava surpresa pela minha barba branca (ria-se disso), e pediu minha idade. Quanto à comilança, olha, não costumo comer tanto assim tão cedo, mas me desafiei a provar de tudo: mel de cana de açúcar, pães, tomates/pepinos, falafel (típico de lá), etc. Tinha coisa boa no meio, outras nem tanto. Pra beber, água ou chá. Logo depois, saímos e fui pegar meu 1º metrô no Cairo. Me despedi e fiquei um pouco a contemplar o trânsito. Achei até meio ‘normal’, considerando o que estava esperando... Desci na estação mais central e comecei a procurar o hostel onde ia ficar de graça (o dono é um CS também). O metrô, OK, sem grandes problemas, e custava 1 libra egípcia (aprox. R$0,50). De mochila nas costas e bolsa de academia no peito, mais ou menos orientado (hahaha), um senhor de uns 80 anos começou a me acompanhar na rua. Já sabia do que se tratava, pois havia lido muito a respeito, de todo esse assédio desesperado deles - pra vender algo, mas deixei rolar. Pra resumir, após muita conversa doce e amigável, o velho me levou pra conhecer a lojinha dele, de óleo perfumado, etc. Mal entramos e me ofereceu coca ou chá. Não queria aceitar, mas ele começou a falar em tom mais grave que seria uma desfeita eu rejeitar, daí comecei a rir (acho que cansaço misturado com o circo todo)... e até o velho acabou rindo também. Aceitei o refri, tava com sede mesmo haha E aí começou a negociata. Queria me vendar vidros grandes, por mais de mil libras, e eu só ria e ameaçava ir embora. Daí começamos a pensar em algo bem pequeno, que eu só daria 20 libras, nada mais. Daí ELE se ria de mim. No fim, o tal vidrinho que nem existia (só tamanhos maiores) apareceu!, e saí dali com a impressão de ter me dado bem Afinal, foram só mesmo os R$10,00 - refri incluído. Depois de rodar um pouco, no meio daquele trânsito cada vez mais infernal (acrescido de poluição do ar e sonora), achei os pontos de referência fornecidos e acabei encontrando o hostel. Pense num prédio decadente, em um local super comercial, feio e sujo, e com um elevador pra lá de esquisito!? Graças que era no último andar, e lá fui eu. A recepção até que era interessante (a do hostel), e a acolhida também. O quarto era grande, feio, mas estava feliz que tinha um espaço só meu por duas ou três noites. E tinha sacada haha além de um bom banho, claro. Aliás, tava na hora! Aqueles dias no Cairo foram de muitas caminhadas, às vezes mais perdido que… , mas tudo muito novo, louco, diferente. Muito gozado ver as mulheres sempre de lenço na cabeça escondendo cabelo e pescoço, sem mencionar as burcas! Também vi muito homem sem fazer nada, tomando chá sentados em cadeiras nas calçadas ou fumando ‘shisha’ (narquilé). Fui ao museu famoso, curti muito. Deu pra cansar, de tão grande e interessante. Cada peça… O quartinho do Tutacamon era o único lugar que realmente não podia-se tirar fotos. O museu fica na praça Tahrir, famosa pelas manifestações em 2011 (primavera árabe). Bonita a praça. Naquele primeiro dia só queria saber do Nilo. Que beleza! Dá pra caminhar muito em sua orla, e tem coisa pra ver, viu. Muito legal e relaxante mesmo… apesar das buzinas dos carros constantes, e às vezes sem sentido. Também fui à Giza, e pensando no por do sol, lá fui eu pelas 15h. Mal sabia que às 16h, o complexo fechava. E é uma baita aventura chegar lá de transporte público. Com metrô e transportes alternativos a uma libra, pra que ficar se estressando em negociação com taxista? Fora que o trânsito é tranqueira de qualquer jeito. Não há grandes vantagens. Bom, foram umas duas horas até o lugar, e no ônibus ganhei um ‘amigo’ hahaha. O cara parecia sincero, talvez graduado, e fui na conversa dele, de que era tarde pra entrar no complexo, e se eu queria ver as pirâmides do "jeito egípcio". Pensei, e quer saber, não ia dar viagem perdida não. Decidi ver no que daria. Descemos do ônibus e logo pegamos uma daquelas mini vans, que vão pegando gente a todo instante, um barato! Quando saltamos, fomos ligeiro rua adentro, e então estávamos em uma espécie de vilarejo, cheio de cavalos, camelos, etc., e quando vi, estávamos em uma loja de aluguel de camelos hahaha. Tudo rápido assim. Então começaram as negociações. Lógico que queriam uma fortuna, e foram baixando, quando ameaçava ir embora. Topei por 400 libras, caro - achei, mas valeu! Fiquei ‘dirigindo’ o camelo de nome Michael por uma hora e meia, e incluía também uma parada no deserto pra apreciar as pirâmides e o por do sol. Tinha um guia em um cavalo, de nome Moises (o cara), que na ida foi puxando o camelo. Eu tava tenso, no começo, pois ainda tinha o cansaço da viagem (saí de Gramado às 8h45 de ônibus rumo a Porto Alegre, pra dali duas horas pegar um vôo para São Paulo, e só embarcar finalmente às 2 da manhã do domingo… então, calcule haha). Mas depois, consegui relaxar pra acabar gostando do passeio, apesar do meu probleminha de coluna. Na volta, não precisei ser puxado, eu mesmo estava apto para andar a camelo sozinho O passeio valeu muito mesmo, foi uma sensação única estar ali. Foi também possível fazer várias fotos, tanto de cima do animal, como em terra firme! Na volta, outra piada: o tal guia queria também tirar aquela grana, e foi um pouco chato mesmo me livrar do cara. Mesmo dizendo que deveria estar tudo incluído nos 400, que era brasileiro sem grana, ele não perdoava haha. Acabou me ajudando na aquisição e configuração do simcard para internet no meu telefone, em uma lojinha de beira de estrada, o que demorou uma hora. Dali, voltei pra ‘casa’ são e salvo, pensando se ainda teria saco de voltar naquelas pirâmides em outro dia… (internet 3g funciona muito bem, em todo o país, e recomendo pois não dá pra dizer a mesma coisa de wifi. Peguei da ‘Orange’, antiga Mobinil). Conheci também o ‘bairro’ Copta, ou Copta Cairo, que é bem interessante, demonstrando assim que o povo é tolerante - ao menos com cristãos. Lugar bonito, mas não muito grande. Acabei tentando ir ver a ‘Vila Faraônica’, mas não consegui chegar lá. O google não me ajudou muito, e nem o povo na rua (ou não falavam inglês, ou não sabiam mesmo onde ficava haha). Cheguei perto, mas devido ao cansaço, desisti. Tinha toda a volta… Bom, tinha CS me esperando para Alexandria. Então, hora de pegar o trem! Fui para a grande estação Ramses de metrô, super blz. Que lugar, viu? A tal estação parece mais um templo de ouro, muito show. Fui pra praça de alimentação, e fiquei no whats com meu hospedeiro, que me encontraria ali pra viajarmos juntos. Pegamos o trem das 18h, e 3 horas mais tarde, em Alex! Achei o trem até confortável e bonito. O cara conseguiu reservar um rango em um restaurante de amigos da Indonésia, e lá fomos. Muito legal, tanto o lugar como a comida, amigos. Depois fomos passear na orla (da praia! Mar Mediterrâneo), e valeu demais. Tudo muito iluminado, agitado, com cara de Balneário Camboriu, só que gigante! No dia seguinte, fui sozinho explorar o lugar, com direito à biblioteca, forte e palácio (tudo na orla). São lugares sensacionais, com muitas caminhadas cheias de lugares especiais, mas tudo muito longe. Então o dia foi isso. Mas que dia, muito chocrível! No dia seguinte, de manhã, já peguei o ônibus pra Siwa Oasis, cuja viagem duraria umas 12 horas, sei lá. Na verdade, era pra ser só seis, mas foram tantas as paradas, incluindo uma de hora e meia em Marsa Matruh… fora as inspeções do exército! Muito chato, mas necessário. No oásis, cheguei só à noite. O sujeito contatado via AirBnB me esperava, e logo fomos pra sua casa. Muito simples, tanto o lugar como o cara, mas me senti muito bem. No dia seguinte, vamos explorar o lugar! Não sabia nem por onde começar, mas o lugar tipo sítio onde estava, já era uma boa pedida. Em Siwa foi tudo de bom! Que lugar ‘pacato’ (perto do Cairo e Alex), bonito, cheio de surpresas… Como estava já no caminho - geograficamente falando, fui logo conhecer a tal piscina da Cleópatra. Então peguei meu 1º tuc-tuc, de muitos, pagando 1 libra. Eram mais de 2km, e queria me poupar, pois não sabia ainda o que ia caminhar, pela frente! Lá, aquela piscina que chamam de banheira da /Cleopátra/, era redonda, grande, com água verde linda, borbulhante, mas cheia de algo parecido com lodo flutuante haha. Ao redor, restaurantes no estilo bem aconchegante (árabe), e um artesanato. Mas nem uma viva alma por ali. Amei o lugar, claro! Voltei lá duas vezes mais, inclusive pra mergulho e nado, e realmente foi muito bom mesmo! A piscina foi só minha, nas duas ocasiões. Foi sair, e chegaram suecos, egípcios, chineses, etc. A comida do lugar, s e n s a c i o n a l. Coisa de chef mesmo, e barata, claro. Comi crepes, waffles, etc., tudo feito na hora - e com capricho/limpeza. Só tinha muita mosca e gato, mas logo se acostuma. Era disponibilizado um ‘espantador’, que funcionava muito bem - pra ambos. E o tal lodo da água, depois nem se via mais kkkkkk Na verdade, as moscas pareciam estar em todo lugar, nesse oasis. Então aparentemente não era sobre sujeira... Ao amanhecer, estava eu lá em cima da cidade velha, que fica bem no centrão de Siwa. Foi lindo demais! Explorei ao máximo aquelas ruínas, e também outras. Me aventurei com um senhor num tuc-tuc ‘coberto’, e fui conhecer as ilhas Fatnis (lugar de cinema, mas foi rápido, pois ventava demais), e ainda os templos da Oracle e um outro. Mas nada muito empolgante não. Só históricos… As tais ilhas, incrível! Se pudesse, teria passado uma noite ali. Alexandre, o Grande, andou muito por Siwa. Ah, e acabei conhecendo umas das duas brasileiras que moram lá. Ela tem um café com o nome bem familiar de ‘Ana Maria’ haha Foi impossível não ir lá, perguntar. Essa mora no lugar já há 13 anos, mas morou no Cairo em outros sete. Fala árabe fluentemente, e pelo jeito se deu bem, pois foi pegar seu carrão, mais um empregado pra ir junto (mas ela não usava lenço na cabeça), e levou-me a conhecer as salinas, bem longe, onde há também o hotel em que o príncipe Charles se hospedava. Muito legal. Além da piscina da Cleópatra, também aproveitei pra relaxar no sítio, que tinha rede na sombra, wifi, e às vezes até um bom papo com o dono, que era gente boa. Fui embora dali querendo mais, porém, longa viagem até Assiut (região central do país) me aguardava. Ônibus até o Cairo, troca de estações, trem até Assiut. Nada muito enlouquecedor, achei que seria pior. Tudo ficou numas 16 horas… Mas então, que boa surpresa foi Assiut. À beira do Nilo também, fiquei num tipo de república de estudantes de Medicina, todos no último ano. Um deles, CS de Marsa Matruh, foi quem me recebeu. E não eram só os 6; sempre a casa tava cheia de amigos. Pra minha chegada: churrasco! Não acreditei… Se desdorbraram pra me levar aos lugares, não paravam de fazer festa. Foi tão inesperado e legal que acabei cancelando Hurgarda (praia). Até porque a previsão do tempo não tava boa hahaha. Mas não me arrependi. Assiut é uma cidade universitária, e pude dar boas caminhadas. Há lugares muito bonitos também, claro. E lá vamos nós pra Aswan, de trem outra vez. Não peguei o sleeping train nenhuma vez. Não acho mesmo necessário, sério. Só não peguei o pior deles, mas o intermediário (1o e 2a classes) é show. Cheguei lá de manhã, e não tinha CS esperando por mim. Tinha lido que seria fácil pegar um hotel ou hostel, e realmente o foi. Fiquei no Harthor, de frente pro Nilo. Foi o visual mais bonito dele, lá do quinto andar, de toda a viagem. Aquelas felucas, aquelas dunas, muito bucólico e bonito! O hotel, muito simples, mas bem limpo e com staff super amigável. Em Aswan, só fui visitar o tal obelisco inacabado (que ainda não sei se realmente é a melhor atração de lá - não deve ser) e o Museu Nubian, onde entrei um e saí outro. Amei o lugar, e passei a ver o povo núbio de forma muito mais próxima e significativa (este povo vive ali no sul, e também nos países vizinhos, perto das fronteiras, pelo que entendi). O grande lance ali foi pegar uma excursão às 3:30 da madruga na frente do hotel (adquirida em outro hotel, por mera conveniência minha) para Abu Simbel, com retorno previsto para às 13h. A viagem é mais cansativa do que pensava (o kit do café da manhã do hotel pra levar, bem chinfrin), apesar da van ser confortável, mas o lugar… realmente espetacular! Ficamos umas duas horas ou mais por lá, mas tem o que se ver, viu. É grandioso demais! haha Sem dúvida, o lugar mais impressionante do Egito! Passeei também no centro de Aswan à noite, e valeu! Tem muito lugar cheio de artesanato de rua, comidas, etc., muito show. Tem um Mac no Nilo, super! (mas não abusei, na verdade, fui 2x em todo o período lá... tem tb muito KFC, mas nesse, nem entrei). De lá, trem p Luxor. Ô terrinha quente, viu. Mas chegar lá de noite não foi legal. Até porque não sabia onde era minha pousada e o google maps não tava ajudando… O assédio, logo na chegada, muito chato. Mas andando, e pedindo ajuda a um e a outro, cheguei! Pena que pela internet, o lugar era mais perto da orla (e o terraço ainda em obras), mas mesmo assim, muito bom! Limpo, bem decorado, a dona é da Bolívia, mas não tava lá. Chama-se Pyramids Luxor Hotel, e fica no West Bank. Barato, mas beirando o luxo. O café da manhã… uau! Muito melhor que o do anterior hahaha. Na noite seguinte ficaria com um CS alemão… Em Luxor, a sugestão do host foi de eu ir logo conhecer os templos de Luxor e Karnak. E lá fui eu. Moleza… E que templos, viu? Muito grandes, com muita coisa pra ver. Haja contemplação… Os dois do lado leste, onde realmente fica a cidade. Curti muito os passeios, apesar do calor. No início da tarde, encontrei-o e fomos pra casa dele, onde almoçamos (o cara preparou uma salada de atum, com algo mais, muito bom!). Esse gostava mesmo era de conversar... Mas gostei muito de sua acolhida, apesar do jeitão meio frio. Well, ali fiz meu único passeio de feluca de toda a viagem, o que foi bem curioso: tive que ajudar o carinha, um tal de Bob Marley, pois o vento tava judiando dele ahahaha Mas não foi nada demais! Até me diverti, fazendo uma forcinha de vez em quando. Era só eu no barco, por isso. Ainda fui ao Vale dos Reis, de táxi. Não tinha outro jeito. Olha, o lugar é assombrosamente grandioso e cheio de turistas. Se caminha muito, e só algumas tumbas são grátis pra visitar. Valeu, apesar de ter tido uma expectativa bem melhor, do lugar em si! Para o Cairo, de trem outra vez, e então finalmente fui às Pirâmides. Dessa vez, direto, recusando toda ajuda, e fiz tudo lá dentro caminhando (e um pouco de carruagem também hahaha ninguém é de ferro!). Ah, e dessa vez, desci até a Esfinge, o que na 1a vez nem cheguei a ver. Muito legal estar ali... Dá-lhe foto! De tarde, fui me despedir do Cairo no Al Azhar Park, e foi muito muito especial. É que encontrei o restaurante, onde tinha visto um visual em uma foto, e o lugar é muitíssimo interessante e bonito, além de uma vista do Cairo de tirar o fôlego! No Cairo, dessa vez, fiquei com um casal de CS americano, no 5º andar de um apê em Heliopolis. O bairro paraceu-mais mais normal, mais limpo também. Foi gostoso estar com eles, muito queridos. Na noite de minha viagem de volta, pediram comida chinesa, e tivemos um tempo mais relaxados juntos. Ficamos amigos no FB. Aliás, de todos os outros também hahaha Até de gente que eu parava na rua pra me ajudar com informações, e teve quem me pedisse pra me adicionar como amigo kkkkkkk Fora os selfies…Como me misturava, andava nas ruas (parecia que eu era o único turista fazendo isso direto), tive a palpável sensação de ser uma celebridade, e fui tratado assim muitas vezes, acredite! Do visto pro Egito: Depois de achar que não precisava, fui surpreendido nas leituras com todo tipo de informação. Que lá mesmo se conseguia e era só pagar $15,00, outros diziam $25,00, e teve quem mesmo mencionou $40,00. Pra piorar, tinha relato mais recente de que não rolava mais, que tinha que pegar no Brasil ainda, antes da viagem. E lá fui eu, pro site da embaixada. Pra resumir, lá tinha a informação que eu teria que enviar junto para Brasília (mas pode ser Rio tb, se não me engano) do meu passaporte, uma declaração de isenção de responsabilidade deles, no caso de extravio hahahaha Bom, ao menos era $25,00 e resolvi arriscar. No fim, voltou até rápido e com o visto, tudo certinho. Mas acho que lá também era possível... Nas viagens de ônibus, mostrava só cópia do visto junto com minha carteira de motorista (inspeções do exército). Não chegaram a pedir o passaporte original. Em Assiut aquela rapaziada me fez sair pra rua com passaporte original porque temiam pela minha segurança mas foi a única vez que me sugeriram isso. O Egito, viu. Que país mais louco. Até parece o Brasil! Não, não, bem mais. Lá tudo pode, só não vender bebida pra os da terra (criança dirige, taxis não regulamentados, e por aí vai). Por isso sempre chega um pedindo teu passaporte para ir numa loja comprar uma birita… Mas neguei. O cara ficou p da vida, dizendo que ia partir seu coração, mas segui em frente! Cada uma... Considerações derradeiras. O que mais gostei foi do povo que, tirando os chatos grudentos trapaceiros amigáveis, era muito acolhedor e querido! Quando falava que era do Brasil então… Mas não posso negar que o Nilo e seu ‘corniche’ (orla), onde quer que estivesse, e aqueles templos, monumentos, museus, olha, sem palavras! Também gostei das comidas, ou seja, de tudo! Muito rico e interessante mesmo, o país. Claro que não tirei foto de lixo nas ruas e praças, das ruas e prédios feios das cidades, dos gatos (que eram muitos, em todos os lugares - no lugar de cachorros, como aqui no Brasil), enfim, foto de turista que quer fomentar o turismo não é pra isso. O país no geral é pobre, ao menos salta muito aos olhos. Mas repito, nada inseguro! Me senti muito à vontade em todos os lugares, mesmo chamando a atenção sempre, em especial quando usava bermuda, o que ocorreu quase todo dia hahaha. Ah, lá os homens além de se cumprimentarem com beijinhos no rosto, também andam muito de braço ‘dado’, ou mão no ombro, etc. Muito estranho pra nós, mas muito comum e significativo pra eles (verdadeiros amigos). Lá é um grande tabu o homossexualismo, pelo que me disseram - o que em outros países árabes é crime - e lá não, mas de qualquer jeito a coisa não pode ser assim, explícita. O inglês é falado mas não de forma fácil ou corriqueira. Às vezes era difícil achar alguém que realmente pudesse se comunicar. Os menus quase sempre tinham foto, ou eram bilíngues. Já as ruas (nomes)... Ouvi que mais da metade da população é analfabeta, e por isso o livro sagrado do povo muçulmano é tão recitado, em toda rádio, mesquista, etc. Aquelas cinco vezes nos auto-falantes durante o dia também lembram o povo dos princípios da religião, além da convocação para oração. Uma vez ouvi uma voz feminina, e me disseram que em uma das cinco vezes, mais perto do meio dia, talvez, uma mulher podia recitar o Corão. Elas… sempre muito cobertas, reservadas. Aqui e acolá se via uma mulher sem lenço na cabeça, mas não muitas. As turistas só via nos lugares bem visitados, e pareciam estar mais à vontade. Mas tô falando das ocidentais, claro. Quero voltar lá, até porque deixei muitos lugares pra trás, mas com certeza vou levar a esposa junto, pois perdi o medo. É só ter alguns cuidados muito básicos e foi! Nada a temer, really! Aventura sim, por opção, mas recomendadíssima! Não dá pra não ir lá, ao menos uma vez na vida... Tudo de bom! BONUS: Se chegou até aqui, e se o link ainda estiver valendo, aprecie mais fotos no photoalbum montado por mim, para impressão. Link: https://as.photoprintit.com/web/85030095/showPublishedPhotoBook.do?ehash=53b6c08940558b9af3dac8059b38299f&skipSessionTimeout aBRação! Citar
Membros Nasci Postado Abril 14, 2016 Membros Postado Abril 14, 2016 Muito bacana, estou querendo visitar o país no ano que vem! Citar
Membros sandro.brandt Postado Abril 30, 2016 Membros Postado Abril 30, 2016 Puxa! Belo relato! Em termos de custos (exceto compras e passagem aérea), qual a média (US$)para se ficar 15 dias no Egito? Citar
Membros Fernando Gondim Postado Maio 1, 2016 Autor Membros Postado Maio 1, 2016 Olha, não esbanjei não. Gastei em torno de $400 Citar
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