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Peru - Bolívia - Chile - Argentina em 30 dias - Relato


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Relato de Viagem – #Sudamerica 2010

 

Brasília – São Paulo – Lima – Pisco – Ica – Nasca – Arequipa – Cusco – Puno – Copacabana – La Paz – Potosi – Uyuni – San Pedro de Atacama – Salta – Foz do Iguaçu

 

Depois de tanto pesquisar aqui no fórum, vou tentar retribuir as informações tão úteis que me permitiram realizar mais uma viagem incrível!

 

Fizemos a viagem eu e um colega de trabalho, Santoro, que foi alavancado à condição de grande amigo depois de tantas aventuras.

 

Este é o primeiro relato de viagem que faço e, portanto, aguardo feedbacks sobre a necessidade de ser mais ou menos específico. Vou começar com o trajeto peruano da viagem, que corresponde ao período de 19/02/10 a 05/03/10. ::cool:::'>

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Parte 1 - PERU

 

19/02/10 - Brasília - São Paulo - Lima

 

Partimos de Brasília rumo a Lima com passagem emitida com 10 mil pontos no cartão fidelidade TAM. Vôos tranqüilos e uma conexão rápida em Guarulhos.

Chegamos em Lima às 11h40m horário de lá, 13h40m horário de Brasília e fomos em busca de táxis. Depois de chorarmos muito, conseguimos que um taxi oficial nos deixasse em Miraflores por 30 s/.

 

O taxista insistiu bastante para que ficássemos no Centro, disse que tinha ótimos quartos por 35 soles e que não encontraríamos nada em Miraflores a esse preço.

Paramos no Miraflores House e não havia vagas nos quartos coletivos. Os duplos custavam 105 s/. Dispensamos o taxi e fomos caminhar pelo bairro a procura de um albergue que se encaixasse no nosso orçamento. Decidimos ficar no Loki Hostal, que custava 33 s/ o quarto com 6 pessoas e com banheiro. Excelente escolha! Wifi, banho quente, café da manhã incluído e ótimo bar.

 

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Bar no Loki Hostel

 

À tarde caminhada por Miraflores e Shopping Larcomar. Ambos são muito bonitos, principalmente pois ficam na costa do Pacífico e a vista é impressionante!

 

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Olhando pra esquerda na Costa do Pacífico em Miraflores

 

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Agora olhando pra direita

 

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Parques em Miraflores

 

Para lanches rápidos e baratos em Miraflores, recomendo a "La Lucha Sanguicheria Criolla". Pequena, mas muito popular.

 

20/02/2010 - Lima

 

Caminhada pelo Centro de Lima. Conhecemos a Plaza San Martin, Plaza Mayor e Convento San Francisco. Para visitar o Convento + Catacumbas, o ingresso custa 6s/ a inteira e 2 s/ a entrada de estudante. Vale a pena!

 

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A colorida Plaza Mayor

 

Íamos no Convento de Los Descalzos, mas ao cruzarmos a ponte atrás do prédio do governo vimos que ficou um tanto perigoso e fomos advertidos para não andarmos ali.

 

Voltamos ao Centro e almoçamos num restaurante ótimo, o “Al’s Restaurant – Fuente de Soda! Não tenho o endereço, mas fica próximo à Plaza Mayor. Por 12 s/ almocei um “menu del dia marino”: ceviche, arroz com mariscos, peixes, etc. Uma das melhores comidas da viagem. Local muito movimentado e freqüentado principalmente por nativos.

 

À tarde/noite fomos ao Parque de Exposições para ver o Circuito Mágico de Águas. Um show de luzes e fontes de água! Muito popular e vale bastante a pena!!! O ingresso custa cerca de 7 s/, salvo engano. Muito legal!!

 

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Circuito Mágico de Águas: imperdível

 

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Outra fonte no Circuito Mágico de Águas

 

21/02/10 – Ruínas

 

Pachacamác - http://pachacamac.perucultural.org.pe/

Antigua Panamericana Sur Km. 31.5 / Distrito de Lurín. Lima, Perú

 

Há tours para estas ruínas, mas é bastante fácil - e barato - de chegar até lá, apesar de ser distante de Lima uns 30km.

 

Próximo ao Loki, pegamos o ônibus Puente Benavides. Peça para descer nesta ponte. Abaixo dela está a rodovia que vai ao parque e nela passa a van que vai a Pachacamác. Se informe sobre qual é a van e peça ajuda para descer no local correto, pois o parque está na rodovia.

 

A entrada no parque custou 6 s/ a inteira e 2 s/ a de estudante. Havia a opção de contratar um tour lá por cerca de 20 s/ com o ingresso incluído, van para circular lá dentro e guia turístico. Resolvemos encarar o passeio a pé e por conta própria. Precisa de bastante disposição para caminhar na terra, principalmente se o calor estiver forte. Passeio legal.

 

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Ruína em Pachacamac

 

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Pirâmide com rampa

 

Huaca Pucllana - http://pucllana.perucultural.org.pe/

General Borgoño cuadra 8 s/n. Miraflores Lima - Perú.

 

Estas ruínas ficam em Miraflores e são fantásticas! Lemos que no domingo não havia cobrança de ingressos, mas tivemos que pagar. Custou 10 s/ a inteira e nos informaram que o desconto de estudante era apenas para peruanos. Fomos no último tour (16h30m), e nosso guia, Miguel, ainda esbanjava bom humor e atenção!

 

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Huaca Pucclana com Miraflores ao redor

 

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Estátuas ilustram a construção dos tijolos de adobe

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22/02/10 – Paracas e Ballestas

 

Pela manhã pegamos o ônibus de Lima a Pisco na garagem da empresa Soyus, que nos custou 27 s/. Saem ônibus a cada hora e não foi preciso comprar com antecedência.

 

Poucas horas de viagem e estávamos em Pisco. Na verdade, descemos num ponto da rodovia e já havia assédio de taxistas e empresas tentando fechar pacotes para a reserva de Paracas.

 

Pegamos um taxi até Paracas com outros turistas a um custo total de 20 s/. Chegamos por volta das 10h e negociamos o passeio pelas Islas Ballestas a 40 s/ por pessoa. O tour é feito em lancha e além do famoso Candelabro, passa por ilhas com pelicanos, leões marinhos, etc. Uma das coisas mais fantásticas que já vi!!! Fantástico!

 

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El Candelabro: desenhado há milhares de anos

 

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Fauna característica das Islas Ballestas

 

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Chegamos tarde em Paracas e fomos informados que os tours pela reserva saíam pela manhã e que naquele horário só haveria tours privados, que custariam 100 s/ por carro (no máximo 4 pessoas). Desistimos e ficamos na praia curtindo o Pacífico e comendo um Ceviche fabuloso! Por ser um lugar essencialmente turístico, os preços são mais caros que em Lima, e vale pechinchar nos restaurantes pela rua principal.

 

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Ceviche, um dos melhores pratos da viagem

 

No final do dia partimos para Ica com destino a Huacachina. Pegamos um taxi em Paracas e tentamos pegar o ônibus para Ica na Panamericana, mas todos estavam cheios. Estava a noite e o lugar parecia perigoso. Rumamos para Pisco, no mesmo local onde descemos no início do dia e lá conseguimos pegar o ônibus. Taxi: 20 s/. Passagem Pisco – Ica: 4 s/.

 

Em alguns minutos chegamos a Ica e fomos direto para Huacachina. O táxi custou 7 s/ e pedimos para ficar no Hostal Casa de Arena. O quarto duplo custava 30 s/ por pessoa e havia desconto de 5 s/ na diária caso contrate o tour pelas dunas no hostal. Achei o astral de Huacachina muito bom! Pequena e aconchegante. O hostal é muito legal! Tem piscina e um bar excelente! Um dos lugares mais movimentados do vilarejo.

 

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A noite em Huacachina

 

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O confortável Hostal Casa de Arena

 

23/02/10 – Tour em Huacachina

 

Apesar de ser um local turístico, não achei os custos altos. Um menu turístico, por exemplo, custou 17 s/. Uma cerveja de 600ml 6 /s e a internet 3 s/ por hora. Às 16h30m saiu o nosso tour dunas + sandboard, que custou 40 s/ + 3,70 s/ de taxas. As dunas são alucinantes e os tombos do sandboard idem. Nosso motorista era insano e uma senhora pediu pra trocar de carro no meio do passeio. Hehehe! O pôr do sol é fantástico!

 

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Jipes nas dunas de Huacachina

 

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Sandboard nas dunas. Olha o tamanho das pessoas lá embaixo!

 

Nesse mesmo dia fomos para Nasca e vale a dica: o último ônibus sai de Ica às 20h30m e custou 10 s/ graças a uma promoção que havia na época. São cerca de 3h de viagem.

 

Na chegada, fiquei um tanto tenso com tamanho assédio. Umas 10 pessoas nos cercaram, insistindo pra que ficássemos em 10 hotéis diferentes e como já estava ficando tarde, preferi pegar dispensar todos e pegar um táxi – 3s/ - e ir para o Hostel “El Mirador”, pois tinha referências. Nos custou 30 s/ por pessoa o quarto duplo sem banheiro. Fica em frente à Plaza de Armas e foi uma noite ruim: muito quente e barulhento.

 

24/02/10 – Lineas de Nasca

 

No hostal, um guia turístico ficou tentando nos convencer a fazer o tour das Lineas de Nasca com a agência dele por cerca de 80 dólares. Dizia que tinha traslado, avião bom, etc. Não fechamos e decidimos ir ao aeroporto de táxi – 3 s/ - negociar diretamente com as empresas. Fechamos um tour no avião para 6 pessoas e que faz os vôos mais baixos por 50 dólares.

 

Nos disseram que o melhor horário para fazer o tour é pela manhã, quando o sol não está muito forte e dá pra ver as linhas mais claramente. Achei o tour extraordinário! É preciso ficar atento pra ver as linhas e o tour é emocionante!!!

 

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Avião que voamos nas Lineas de Nasca

 

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El Colibri

 

À tarde fomos aos Acqueductos de Cantayoc + El Tejar + Los Paredones por cerca de 10 s/ negociados com um taxista. Ele nos acompanhava nos passeios e, há ingresso, mas não me recordo o preço. Algo em torno de 7 s/. Gostei dos aquedutos, mas os outros achei um tanto abandonados.

 

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Acqueductos de Cantayoc

 

Às 22h fomos para Arequipa de ônibus e, salvo engano, a passagem custou 30 s/.

 

25/02/10 – Arequipa

 

A viagem foi relativamente tranqüila, com exceção da altitude, que incomodou um pouco mesmo em repouso no ônibus. A catedral de Arequipa tem um altar e esculturas de apóstolos que são impressionantes!

 

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Senhora reza na Catedral de Arequipa

 

A cidade é bonita e a principal atração é o Monastério Santa Catalina, que decidimos não conhecer. Trocamos por uma caminhada leve pela cidade e um dia mais tranquilo. Dica: por 5 s/ por pessoa deixamos nossas mochilas no Hostal Santa Catalina, tomamos banho, usamos a internet e por fim ainda comandamos o canal da TV. Hehehe! O dono de lá é muito gente fina e o ambiente é ótimo!

 

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Vista da praça de cima da Casona Iriberry

 

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Construção típica arequipenha

 

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Vista da praça de cima da Casona Iriberry

 

Às 21h pegamos o ônibus para Cusco com a empresa Cial, que custou 40 s/ + 2 s/ de taxa de embarque paga na rodoviária.

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26/02/10 – Cusco

 

A chegada em Cusco foi marcante. A destruição causada pelas chuvas de janeiro ainda podia ser vista por todos os lados. Pontes quebradas, trilhos debaixo d’água, casas e plantações cheias de lama. Tristeza.

 

Caminhamos pela Plaza de Armas e ficamos impressionados. Pra mim é uma das praças mais lindas que já vi. O astral é incrível!!! As cores das igrejas, os turistas, os nativos... Fantástica! Conhecemos a catedral enquanto havia missa e, por isso, não pagamos. No entanto, não é permitido tirar fotos.

 

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Praça de Armas de Cusco. Que cores! Que astral!

 

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Muro Inca e a famosa pedra de 12 lados

 

Em função da necessidade de atrair turistas, a cidade toda parecia estar em promoção. Ficamos hospedados na Posada del Viajero por 20 s/ o quarto duplo com banheiro, água quente, wifi – sem café da manhã. Local simples, mas foi suficiente. Fica próximo ao Monastério Santa Catalina.

 

Recomendo a lanchonete Bembos, fast food local bem popular e também com wifi.

 

Vale citar também os mercados de Cusco. Fomos ao Mercado Municipal, que é bem peculiar! Há calças, blusas, pratos prontos, carnes cruas, frutas, grãos, etc. Impressionante!

 

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O popular e colorido Mercado de Cusco

 

Como Machu Picchu estava fechado, tinha pesquisado sobre a possibilidade de fazer a trilha de Choquequirao. A trilha não é um tour comum, contudo estava bem popular na época e, com isso, o preço estava lá em cima! A trilha de 4 dias e 3 noites, incluindo transporte, ingresso, comida e barracas estava por 150 dólares. Pesquisamos muito, fomos até o limite na negociação e fechamos o tour por 140 dólares incluindo o exposto acima, além de sacos de dormir, o city tour de Cusco e o tour pelo Valle Sagrado. Achei caro, mas diante das circunstâncias acabamos pagando. A empresa também se chama Choquequirao e tratamos com o gerente Fidel Castro.

 

À noite pude constatar que, tal qual Budapeste, Cusco é amarela, como diria Chico Buarque.

 

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27/02/10 – City Tour Cusco

 

Conhecemos o Monastério Santa Catalina por 4 s/ e valeu a pena. Depois compramos o boleto turístico por 70 s/, graças à promoção do Governo para incentivar o turismo na cidade. Visitamos Qorikancha (não incluído no boleto – 5 s/), Sacsaywaman, Puka Pukara e Qenqo. Incríveis!!!

 

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Pátio de Qorikancha

 

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Vista de Sacsaywaman

 

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Fontes sagradas construídas pelos Incas

 

28/02/10 – Valle Sagrado

 

Partimos para o Valle Sagrado às 9h e conhecemos Chinchero, Pisac, Urubamba e Ollantaytambo. O tour é fantástico e o guia turístico enriquece bastante com as explicações! Apesar de tomar todo o dia, passa voando com tantas coisas incríveis!

 

As fotos demonstram melhor tudo isso...

 

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Mercado no Valle Sagrado

 

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Ruínas de Pisac

 

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Ruínas de Pisac

 

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Ruínas de Ollantaytambo

 

No final desse dia começou uma gripe que teria conseqüências sérias na trilha de Choquequirao.

 

01/03/10 – Choquequirao – Dia 1

 

Bem gripado saímos para Choquequirao. Nos pegaram na Posada del Viajero às 6h20m em uma van. No grupo estávamos nós, um português, um espanhol e uma mexicana. No caminho para Cachora, o nosso sentido da estrada estava interditado e nosso motorista furou o bloqueio, avançando na contramão. Emoção total! No caminho muita destruição em função das chuvas e no rádio a notícia de que mais desmoronamentos tinham ocorrido naquele dia.

 

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Estrada destruída pelas enchentes

 

Chegamos a Cachora, almoçamos numa casa-base e começamos a trilha de 32km ida e 32km volta. Um guia, nós 5, dois cozinheiros e duas mulas carregando nossas malas, barracas, comida, etc.

 

O primeiro dia tem um percurso mais plano e andamos bem os 20km iniciais. Dormimos nas barracas montadas num acampamento – sem banheiro.

 

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Saída do grupo para Choquequirao. Da esq. para a dir: Eu, Santoro, Marisol (MEX), Filipe (POR) e Manoel (ESP)

 

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Início da trilha saindo de Cachora

 

02/03/10 – Choquequirao – Dia 2

 

Durante a noite a gripe piorou bastante e às 5h já tínhamos tomado café e estávamos saindo. O guia disse que esse dia seria o mais cansativo, mas sinceramente não imaginei quanto.

 

8km nos separavam do próximo acampamento. No entanto, eram 8km de subida intensa. 45° a 60° de inclinação. A umidade transformou o chão em lama e a cada três passos descíamos um. Mais ou menos no km 3 comecei a passar mal. Em conseqüência da gripe, vômitos e muita fraqueza. O grupo prosseguiu e cheguei ao km 28, retardatário, às 15h.

 

Mais 4 km até o parque e, com isso, decidimos visitá-lo já no 2º dia. O guia nos disse que não havia problemas em voltarmos à noite, porque tínhamos lanternas. Fomos ao parque e conhecemos lugares incríveis! Em especial o Sector Llamas. Fantástico!!!! Valeu cada esforço. O guia nos disse que apenas 30% de Choquequirao estão restaurados e que o potencial escondido é incrível! É possível ver terraças sob a vegetação. Imagino que quando tudo estiver restaurado será um dos tours mais incríveis do Peru!

 

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Subida tensa e escorregadia

 

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Praça principal de Choquequirao: inesquecível!

 

Como outros lugares na América do Sul, em Choquequirao ainda pode se andar por tudo, tocar nos muros, descer os degraus, entrar nos cômodos, etc. Com exceção de um senhor na entrada, não havia qualquer controle dentro do parque. Lá não havia mais que 30 pessoas, o que dá uma sensação incrível de estar num refúgio inca. A importância de Choquequirao é indiscutível: segundo nosso guia, quando os espanhóis se aproximaram de Machu Picchu, os incas de classes sociais mais baixas se refugiaram em Choquequirao e algumas casas tiveram de ser construídas às pressas, motivo pelo qual as construções não possuem a exuberância de MP. Excelente!

 

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Sector las lhamas

 

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Lhamas esculpidas em quartzo branco nas terraças

 

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Ruínas de Choquequirao em forma de Colibri vistas à distância

 

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Choquequirao e seu potencial ainda escondido

 

Saímos do parque quando anoitecia e começamos a voltar para o acampamento em que dormiríamos. Mais 4km e estaríamos lá. No entanto, no meio do caminho, vimos que tinham caído pedras e árvores e o guia nos alertou que continuavam a cair. Tivemos que nos apressar e passei muito muito mal. Momentos de bastante tensão...

 

03/03/10 – Choquequirao – Dia 3

 

Acordamos às 9h e partimos para os 28km que restavam. Andamos facilmente 12km e às 14h já estávamos descansando para o último dia da trilha.

 

04/03/10 – Choquequirao – Dia 4

 

Acordamos às 5h, pois tínhamos que chegar em Cachora e, de lá para a estrada antes das 14h, pois estaria fechada e só reabria às 18h.

 

Caminhamos com certo esforço os 16km restantes e chegamos bem a Cachora às 10h.

 

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Chegada em Cachora

 

A avaliação que faço sobre a trilha é que fazê-la andando não é pra qualquer um, apesar de que não tenho costume com trilhas e o fato de estar muito gripado piorou tudo. No entanto não deixe de ir, pois há mulas para serem alugadas caso a caminhada esteja muito dura.

 

Almoçamos e voltamos para Cusco. De lá pegamos o ônibus para Puno, mas não me recordo o preço da passagem. A própria agência Choquequirao reservou os assentos e embarcamos.

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Daniela,

 

a minha planilha de gastos estava grampeada na contracapa do meu guia que ficou pra trás! Eu o esqueci dentro do jeep no tour pelo Salar de Uyuni...

 

Tenho algumas anotações aqui que vou tentar consolidar numa planilha de gastos, ok?

 

Qualquer dúvida estamos aí!

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05/03/10 – Puno - Uros e Taquille

 

Chegamos em Puno por volta de 5h da manhã e já na rodoviária havia oferta de passeios para as ilhas de Uros e Taquille. Negociamos bastante e fechamos o tour por 30 s/ já para aquela manhã. Não me recordo a agência de turismo. Ficamos hospedados no Hotel Qorikancha por 30 s/ o quarto duplo. Suficiente para descansar bastante. Principalmente pra quem veio de Choquequirao.

 

Fizemos o tour e gostei muito de Taquille. Achei Uros um tanto artificial, turística. As ilhas Uros são incríveis, mas nem todas parecem ser realmente habitadas. Taquille é muito bonita. Na caminhada de 2km pela ilha a paisagem é fantástica e o Titicaca é mesmo impressionante!! Apesar de o almoço não estar incluído, o guia queria nos empurrar um restaurante, mas decidimos por um mais barato, na praça principal, que tinha vista pra o lago e uma trucha a la plancha fantástica!

 

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Islas flotantes de Uros

 

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Islas de Uros, nativos bem ensaiados

 

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Isla Taquille e o Lago Titicaca

 

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O azul inigualável do Lago Titicaca

 

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Isla Taquille e o Lago Titicaca

 

Ao final deste tour, comecei a passar mal, creio que uma possível desidratação em função da trilha.

 

Continuação em breve.

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06/03/10 – Puno – Copacabana – La Paz

 

Pegamos o ônibus para Copacabana às 7h da manhã e custou 15 s/ por pessoa na empresa “Titicaca Tours”. Compramos a passagem no dia anterior tendo o Hotel Qorikancha como intermediário. As informações acerca da fronteira eram confusas. Parte das agências dizia que estava fechada, mas de fato estava aberta e pudemos passar sem problemas.

 

Chegando em Copacabana, o ônibus foi parado e um agente do governo nos cobrou alguns bolivianos (3 B$ por pessoa, se não me engano) para que entrássemos na cidade (!!!). O ônibus todo protestou, pois no ingresso estava escrito: “visita ao Santuário Sei lá o que...", mas o agente disse que só poderiam continuar os passageiros que pagassem. Para evitar confusão maior, pagamos.

 

Por estar passando muito mal, com muita tristeza decidimos pular Copacabana e Isla del Sol e ir diretamente a La Paz para consultar um médico. Pagamos mais B$ 10 na passagem de Copacabana para La Paz, numa viagem que durou cerca de 4h.

 

Chegamos a La Paz saltamos no ponto final dos ônibus – cerca do cemitério. A cidade estava um caos e ficamos mais de 20 minutos para encontrar um taxi, que nos cobrou B$ 15 até a Plaza Murillo. No meio do caos total, nosso taxista maluco entrou na contramão de uma rua estreita e vários carros nos seguiram. Resultado: demos de cara com outros carros e literalmente paramos o trânsito por quase meia hora! Tome buzina!

 

Saltamos na Plaza Murillo e fomos em busca de hospedagem. O Loki estava muito cheio e só tinha vaga no quarto para 16 (!!!) pessoas. Desistimos e acabamos no Hotel Torino, de excelente localização por B$ 140 (B$ 70 por pessoa). Achamos caro, pois o quarto deixava a desejar. Tinha TV a cabo numa televisão pequena e o restante da estrutura não era das mais bem conservadas. No entanto, foi a melhor opção diante dos preços que encontramos.

 

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Plaza Murillo

 

Hotel Torino

Calle Socabaya, 457

La Paz - Bolívia

 

07/03/10 – La Paz - Hospital

 

Depois de um primeiro dia bem light, passei muito mal à noite. Diarréia, ânsia de vômito e quando o nariz começou a sangrar, decidi ir ao médico. Tomamos um taxi em frente ao Hotel Torino às 4h e fomos ao Hospital das Clínicas na Avenida Saavedra.

 

O hospital é público e basta apresentar o passaporte para ser atendido. O médico nos disse que o hospital estava “colapsado” e que o atendimento ia demorar. Talvez impressionada pelo sangramento do nariz, a enfermeira me chamou em menos de 10 minutos e o médico me pediu exames de sangue e fezes. Os exames foram feitos em um laboratório particular que fica do lado do hospital e custaram cerca de B$ 150.

 

Por incrível que pareça, fui muito bem atendido no hospital e já o laboratório demorou quase 2h para entregar o resultado dos exames. Por ser emergência, tinham prometido entregá-los em 1h. O médico analisou os exames e não havia qualquer problema. Não estava com infecção intestinal nem salmonela. Tudo normal. O médico disse que não era mal de altitude e que pode ser que eu tenha tido desidratação ou uma intoxicação que já estava sarando. Me liberou para fazer o tour do Chacaltaya dois dias depois, mas passou uma dieta rigorosa: frango/peixe grelhado, arroz ou purê de batatas. Disse que não poderia comer frutas com casca e frituras, o que restringia as opções de restaurantes em mais de 90%. Me passou um remédio para a flora intestinal e comprei por conta própria aqueles saquinhos com pó para soros.

 

Dica: Atendimento Público em La Paz

Hospital de Clínicas

Avenida Saavedra, 2245

La Paz - Bolívia

 

Caso precise de exames e não tenha bolivianos, deixe dólares de caução no laboratório e troque dólares com cambistas a partir das 9h em frente ao Estádio Nacional (5 quadras acima do hospital). Com receio de trocar dinheiro na rua, perguntamos a policiais, que nos indicaram um senhor específico.

 

Fui melhorando com o passar do dia e resolvemos caminhar pelo centro. Fomos ao Mercado de Las Brujas, mas era domingo e estava quase tudo fechado, a exemplo das lojas próximas à Calle Illampu.

 

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Banca no Mercado Las Brujas com fetos de llhamas e outras matérias primas de oferendas

 

Andamos bastante e resolvemos almoçar no Dumbo, na Calle Prado, 1523. A redondeza do restaurante é bem turística e agradável para um passeio descontraído. Os pratos são bem grandes e custavam de B$ 30 – B$ 44. Um pouco caro para os padrões de lá, mas vale muito a pena! Recomendo também a jarra de suco se não estiver sozinho.

 

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A agradável Calle Prado

 

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Truta + purê + salada no Dumbo

 

Meu irmão tinha me recomendado o restaurante e especialmente o sorvete de cereja. Tive de tomar, apesar de estar proibido na dieta do médico. Realmente é espetacular. Uma bola custava B$ 6 e duas B$ 9.

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