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Peru - Bolívia - Chile - Argentina em 30 dias - Relato


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08/03/10 – La Paz – Sossego

 

Decidimos não fazer o tour de Tihuanaco, pois eu ainda estava muito debilitado. Continuei tomando soro + remédios e saímos para tomar café da manhã no Fridolin, seguindo indicações aqui do fórum. Um super café da manhã típico por B$ 30. Muito bom! Um detalhe é que tal qual o comércio da cidade, o lá começa a abrir as portas a partir das 9h da manhã.

 

Também seguindo a dica aqui do fórum, fomos até as proximidades da Calle Sagárnaga e Illampu para comprarmos blusas de frio. Encontramos muita, mas muita coisa pirata. Conversamos com vendedores e aprendemos a identificar – ao menos da Columbia – os detalhes das originais. Vários vendedores foram bastante honestos e aos poucos fomos pegando o jeito. Lojas comercializam blusas falsas e originais, outras somente falsas e é bom ter muito cuidado.

 

Comprei uma blusa Columbia Bugaboo original por 150 dólares – cerca de R$ 300,00 - impermeável e com fleece removível. Pra se ter uma ideia da diferença de preço, na Centauro de Goiânia o mesmo modelo estava R$ 799,00 em fevereiro deste ano.

 

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Columbia Bugaboo

 

Fechei o tour para o Chacaltaya + Valle La Luna por B$ 45 sem os ingressos em uma agência na Illampu. Há uma agência ao lado do Hotel Torino, mas não recomendo, pois furou com meu amigo o downhill de Coroico sem ao menos avisar.

 

Repetimos a dose no Dumbo.

 

09/03/10 – La Paz – Chacaltaya

 

Saímos para o tour do Chacaltaya às 9h40 e no ônibus encontramos vários brasileiros que conhecemos no Peru. No caminho paramos em El Alto para tirarmos fotos do Ilimani e vimos algumas oferendas sendo feitas com matéria prima do Mercado de Las Brujas.

 

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La Paz e o Ilimani

 

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Despachos em El Alto

 

O tour foi animado e, já recuperado, subi sem dificuldade até o topo. A vista é maravilhosa! No Chacaltaya havia tão pouca neve que se fizéssemos uma guerra, mal daria uma bola pra cada um dos 15 que ali estavam. Hehehehe! Huayna Potosi estava incrível! Nevada e imponente!

 

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Subida no Chacaltaya

 

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A escassa neve no alto do Chacaltaya

 

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Huayna Potosi ao fundo

 

Fomos em seguida ao Valle de La Luna e compensa se tiver tempo. O preço do tour diminuía B$ 5 se fosse só Chacaltaya e então decidimos fazer. A paisagem é diferente, mas estando lá não achei graaande coisa. Hoje recordo com saudades e não me arrependo de ter feito.

 

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As mutáveis formações do Valle la Luna

 

Mais Dumbo!

 

À noite fomos para Potosí numa viagem muito tranquila e com bastante conforto. Pagamos B$ 110 e viajamos em bus cama. Não me recordo a empresa.

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10/03/10 – Minas de Potosí

 

Chegamos de manhã a Potosí e fomos procurar um albergue para deixar as mochilas e tomar café. Negociamos também um banho depois do tour das minas. Na minha opinião não compensa dormir em Potosí. O tour é rápido e não há muito o que fazer na cidade depois disso.

 

Pesquisamos preços do tour nas minas e o mais barato que encontramos foi na Carola Tours. B$ 70 com todos os equipamentos de segurança: botas, calça, capa, capacete e lâmpada. Guias em inglês e espanhol.

 

Carola Tours

Dirección: Calle Lanza Nº. 12

Tel.: (+591) 2 62 28212 | 622-9816

 

Saímos às 9h, nos trocamos e fomos ao Mercado dos Mineiros. Fomos orientados a comprar “presentes” para os mineiros e saí com 1 soda e 1 pacote de folhas de coca por B$ 10. O tour é impressionante, mas também uma das coisas mais tristes que já presenciei. Os mineiros praticamente imploram pelos presentes e trabalham em condições terríveis. Andamos bastante em corredores apertados e chegamos a ter de rastejar pelo chão. As escadas não são seguras e se há alguém claustrofóbico recomendo não fazer o tour. Do lado de fora vimos a explosão de uma dinamite. Legal!

 

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Cerro Rico em Potosi

 

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Dentro das minas de Potosi. Tour dificil, mas inesquecível!

 

Almoçamos no Restaurante El Empedradillo, na Calle de mesmo nome. Tomamos uma Potosina e comemos muito bem! O dono é um simpático senhor apaixonado pelo Brasil. Se quiser assunto, diga que é brasileiro. Hehehe! Fomos dar um passeio rápido pelas plazas da cidade. Aproveitamos pra comprar comida para levar ao tour pelo Salar.

 

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Praça em Potosi

 

À noite seguimos para Uyuni num ônibus pequeno e precário por B$ 35. Compensa o esforço de comprar a passagem com antecedência, pois se lotar o ônibus tem de ficar mais um dia em Potosí. A estrada era bem sinistra e a viagem foi muito cansativa.

 

A dona da Carola Tours nos disse que não valia a pena comprar o tour de Uyuni em Potosi. Era melhor chegar na cidade e procurar, pq conseguiríamos fácil, mesmo em cima da hora. Resolvemos arriscar.

 

11/03/10 – Salar de Uyuni

 

Chegamos a Uyuni por volta de 2h da manhã e em alguns minutos todos se alojaram e não havia mais ninguém na rua. Não sei qto é perigoso, mas é melhor não arriscar. Acabamos no albergue “El Salvador” em frente ao ponto do ônibus a B$ 70 por pessoa no quarto duplo e banheiro compartilhado. Não inclui café da manhã. Para a nossa surpresa havia água quente de manhã e televisão a cabo no quarto. Valeu a pena!

 

Descansamos e pela manhã e fomos até a Colque Tours. O tour pelo Salar (3 dias e 2 noites) ficando em San Pedro de Atacama custou US$ 74 por pessoa.

 

Saímos naquela manhã, às 11h30 num carro um tanto velho e com um motorista que fazia o trajeto pela primeira vez.

 

Conhecemos o cemitério de trens e em 30 minutos chegamos ao Salar.

 

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Cemitério de trens

 

Que maravilha! Uma das mais fantásticas paisagens da viagem! Estava parcialmente alagado e a sensação é mesmo a de estar em outro mundo.

 

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Salar de Uyuni: de outro mundo!

 

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Bandeiras do mundo no Salar. Olha a do Brasil lá no fundo...

 

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Salar alagado

 

Almoçamos na Isla del Pescado e seguimos para a hospedagem da Colque Tours. A estrutura é boa e a água quente revezava entre os quartos. Cerca de 2h em cada quarto. O jantar agradou e recomendo tomar uma garrafa de vinho lá fora vendo as estrelas. Se agasalhe bem! Hehehe!

 

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Isla del Pescado

 

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Hospedagem da Colque Tours

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12/03/10 – Lagunas

 

Partimos para conhecer as lagunas por volta de 9h da manhã. Paramos em um povoado chamado Julaca e em coloridas plantações de quinua. Vimos também muitas lhamas e vicunhas.

 

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Povoado de Julaca

 

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Plantações de Quinua

 

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Lhama próxima aos campos de quinua. Esta foto me custou atolar a perna no barro até a altura da canela

 

Seguimos para a Laguna Hedionda, onde havia vários flamingos e descemos para uma caminhada breve.

 

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Flamingos na Laguna Hedionda

 

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Vôo do flamingo

 

Nosso carro "estragou", segundo o motorista, mas depois de cerca de 1h ele e o motorista do carro que parou pra ajudar constataram que era só falta de gasolina. Hehehe!

 

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Motorista/mecânico de primeira viagem

 

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Passamos pelo "Árbol de Piedra", que infelizmente estava cercado.

 

Chegamos ainda de dia na reserva em que fica a Laguna Colorada e tivemos que pagar mais ou menos B$15 por pessoa, não incluídos no preço do tour, mas devidamente avisado pela equipe da Colque.

 

Chegamos no alojamento, descemos as mochilas e saímos para um passeio na Laguna Colorada. Vale a pena subir em um mirante de rochas. A vista é linda!

 

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Passeio pela Laguna Colorada

 

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Vista da Laguna Colorada, que não estava tão colorada assim...

 

Os banheiros eram compartilhados e estavam um tanto sujos. Além disso, a água fria desanimou e ninguém tomou banho. Deixamos pro dia seguinte...

O jantar novamente estava ótimo: sopa de vegetais de entrada, macarrão ao sugo como prato principal e uma garrafa de vinho para cada grupo. ;)

 

Saímos para ver as estrelas, mas os -5°C fizeram com que ficássemos poucos minutos contemplando o céu. Vale sofrer um pouco lá fora, pq é mágica a sensação de ver um céu com as constelações tão claras e perfeitas!

 

13/03/10 – Gêiseres, Hot Springs, San Pedro de Atacama

 

Saímos por volta de 5h da manhã para alcançarmos os Gêiseres em atividade. Meio dormindo, meio acordado, fui conferir os geyseres e o forte cheiro de enxofre de perto.

 

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Gêiseres e sol querendo nascer

 

Seguimos viagem e vimos o nascer do sol logo em seguida.

 

A próxima parada foi em "Hot Springs": piscina de águas termais vulcânicas. Se fora d’água estava por volta de 10°C, lá dentro em torno de 45°C! . Resolvi entrar nas termas, pq vai saber quando que se vai ter outra oportunidade dessas, né? Escolha acertada!

 

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Um dos pontos altos do tour! A temperatura é ótima e a única dificuldade é sair dali!

 

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Conhecemos a Laguna Verde, que estava quase seca.

 

Tomamos café em frente à Laguna Blanca e quem ia com destino a San Pedro de Atacama deveria pegar um minibus da Colque e seguir viagem sem o jipe.

 

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Laguna Blanca - Eu e o Andrew, figuraça torcedor do Cambridge United, da 5a divisão do Campeonato Inglês.

 

Fomos em um minibus confortável até a imigração e, depois de carimbarmos os passaportes, pegamos as estradas chilenas. Para sair da Bolívia, nós, brasileiros, não tivemos que pagar, mas houve taxa para europeus e asiáticos que estavam conosco.

 

Curioso que a aduana chilena fica na entrada de San Pedro de Atacama, a quilômetros de distância da Bolívia e, por um momento, pensei ter passado “batido”. Paramos na aduana, tivemos de tirar todas as malas e passar por um raio-x. Carimbados os passaportes, entramos em SPA.

 

Logo na chegada, vimos que a cidade tem um ótimo astral! Menos de 2 mil habitantes, muitos turistas, bons restaurantes, muito sol e muita, muita areia!

 

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Praça Principal de San Pedro de Atacama

 

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Uma das ruas principais de SPA, cidade apaixonante!

 

Estava tendo o fim da corrida “Atacama Crossing 2010”, 215 km em 6 dias e uma das etapas do “Racing the Planet” http://www.4deserts.com/atacamacrossing/, que acontece também no Saara, Nepal, Austrália, etc. Impressionante ver o esforço dos atletas terminando a corrida e principalmente no estado em que estavam.

 

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Chegada emocionante na Atacama Crossing depois de 215 km.

 

Fomos em busca de um albergue e acabamos no Villacoyo. Pagamos 7.000 pesos chilenos (CLP) por pessoa num quarto para 4 + banho compartilhado com água quente das 7h às 22h. Fomos muito bem atendidos!

 

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Área de convivência do albergue Villacoyo

 

Almoçamos no “Grado 6” por 4.000 CLP: panqueca de palta de entrada + chuleta de prato principal + pisco + mousse de manga com melão. Ótima comida!

 

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Ê, comida boa!

 

No fim do dia, fomos procurar passagens para Salta e vimos que não havia ônibus todos os dias. De acordo com nosso roteiro, íamos ficar 2 dias em SPA, mas tivemos que aumentar para 3, pois só havia ônibus para Salta no dia 16/03, terça-feira, às 10h da manhã. Compramos as passagens por 24.000 CLP na empresa Genius. O escritório fica próximo à praça principal.

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14/03/10 – Geyseres del Tatio + Lagunas Cejar + Ojos del Salar

 

O tour dos Gêiseres parte antes das 4h para que possamos vê-los em atividade. É fundamental se agasalhar e não faça como eu. Não vá de Havaianas! Como as tinha usado por todo o tour do salar, resolvi continuar e meus pés quase congelaram, pq estava fazendo -5°C.

 

Chegamos aos Gêiseres já com sol e a visão é muito legal. O vapor sendo expelido da terra em vários burados e, em alguns casos, a água baixa, acumula pressão e sobe fervendo! Ali mesmo tomamos café da manhã – incluído no tour, que custou 23.000 CLP.

 

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Gêiseres del Tatio em atividade

 

Seguimos para as águas termais e no caminho muitas vicunhas e outros animais típicos. As termas são um pouco menos quentes, mas tão impressionantes quanto as da Bolívia.

 

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Mais um dia de banho em águas termais.

 

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Turista cozinhando ovos na "nascente" das águas termais.

 

A próxima parada foi no povoado Machuca, última resistência boliviana antes da tomada do território pelo Chile. O povoado, que chegou a ser exterminado, hoje tem menos de 10 famílias, segundo o guia.

 

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Povoado Machuca

 

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Igreja em Machuca

 

Retornamos a SPA e almoçamos no Adobe, um restaurante excelente! Por 5.000 CLP: salada + lomo com purê + sobremesa de creme catalão + taça de vinho. 5 estrelas!!!

 

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Lomo com purê do restaurante Adobe

 

Descansamos e fizemos outro tour à tarde: Lagunas Cejar + Ojos del Salar, que custou 15.000 CLP - não me recordo a empresa - e saiu às 15h.

 

Nas Lagunas Cejar há mais sal que no Mar Morto, segundo a guia. A entrada não está incluída no tour e custa 1.500 CLP estudantes e 2.000 CLP a inteira. Lá se bóia naturalmente e o clima estava ótimo para o banho. Muito calor e a água bem agradável!

 

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Lagunas Cejar: mais sal que no Mar Morto

 

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Impossível não boiar

 

Fomos até os Ojos del Salar, onde o banho é numa água mais fria e menos salgada. Não chega a ser “água doce”, como a guia disse.

 

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Ojos del Salar: "água doce"

 

O tour encerrou no pôr do sol na Laguna Tebinquinche, regado a pisco – incluído no tour - e com grande celebração entre o grupo.

 

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Pôr do sol na Laguna Tebinquinche

 

Tivemos o prazer de conhecer um senhor polonês, Sr. Jan, de 92 anos e que viajava SOZINHO! Conversamos um pouco e ele me disse que estava dando a primeira volta ao mundo e que ano que vem seria próxima! Que exemplo!

 

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Santoro, Sr. Jan e eu. Que figura!

 

Voltamos a SPA e procuramos por um lugar barato para comer, pq a mudança de planos apertou um pouco o orçamento. Encontramos uma lanchonete, “La Pica del Miguel”, que serve mega-empanadas a 1.000 CLP + 1.000 CLP o suco de 1 litro de caixinha.

 

Fomos encontrar uma lan house e, pra se ter ideia dos preços, 1h custa 800 CLP.

 

15/03/10 – Valle la Luna + Valle la Muerte

 

O tour nos custou 8.000 CLP - não me recordo a empresa - e partimos para o tour às 15h, começando pelo Valle la Muerte. Incrível, pois segundo o guia é um ponto morto na Terra. Não há fauna ou flora. Pode-se coletar amostras e analisar em microscópio que não há vida ali. Vai saber... Disse também que é o lugar mais seco do mundo e chove uma vez por ano. Tinha sido 20 dias antes, um chuvisco de menos de 10 minutos. Hehehe!

 

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Valle la Muerte: ponto morto na Terra

 

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Muita areia e sol no tour pelo Valle la Muerte

 

Fomos ao Valle la Luna, onde a estrada não está incluída - 1.500 CLP estudante e 2.000 CLP a inteira. Conhecemos alguns pontos de destaque, como o anfiteatro e vimos o pôr do sol do alto de uma montanha. Magnífico!

 

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Valle la Luna

 

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Formação rochosa conhecida como "Anfiteatro"

 

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Pôr do Sol do alto de uma montanha

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16/03/10 – San Pedro de Atacama – Salta

 

Chegou o dia de despedir de SPA. A cidade estava mais vazia pelo fim da corrida, mas depois de 3 noites ali, confesso que já sentia saudades mesmo antes de pegar o ônibus. Que lugar! Que astral! No final das contas, mesmo perdendo um dia de Salta por não termos conseguido ônibus, fiquei feliz em aproveitar mais dali. Conversando com um chileno dono de uma agência de turismo em SPA, entendi um pouco desse sentimento pela cidade. Ele me disse que é bem comum que pessoas vão a SPA para alguns dias e fiquem por semanas, meses, anos. Deu vontade...

 

Pegamos o ônibus para Salta às 10h atrás do Museu Arqueológico Gustavo Le Paige, numa grande área de terra. O ônibus da empresa Genius era ótimo! Não fomos nas camas, mas foi uma viagem bem confortável e segura, com revezamento de motoristas e poucas paradas.

 

Chegamos em Salta às 20h e os ônibus para Puerto Iguazu saíam às 15h do dia seguinte. Com preços bastante semelhantes entre as empresas, compramos o bus cama da Flecha Bus por AR$ 284 no cartão de crédito. Pegamos um taxi para a Praça 9 de Julio por AR$ 7.

 

Como as casas de câmbio estavam fechadas, trocamos dólares por pesos argentinos com cambistas de rua muito estranhos. Eles ficam na Praça 9 de Julio em frente a uma casa de câmbio. Não tivemos problemas.

 

Fomos em busca de hospedagens e ficamos num albergue que não consigo me lembrar o nome. Fica atrás da Praça 9 de Julio, na Avenida Belgrano e pagamos AR$ 30 por pessoa num quarto para 4 com banheiro compartilhado. Não é dos mais confortáveis, mas estávamos exaustos pra procurar um albergue 100% pra passar uma noite apenas.

 

A cidade estava bem movimentada e resolvemos sair pra conhecer um pouco dela à noite. Comemos pizza e tomamos algumas Quilmes em um bar e gastamos AR$ 30 por pessoa.

 

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Catedral de Salta à noite

 

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Praça 9 de Julio à noite

 

17/03/10 – Salta – Puerto Iguazu

 

Tomamos um café da manhã bem pobre no hostal e fomos caminhar na Praça 9 de Julio, principal da cidade e que abriga o Cabildo e a Catedral.

 

Conhecemos a Catedral e o Cabildo, que tem um museu legal com entrada grátis às quartas. Do segundo andar dá pra se ter uma visão bonita.

 

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Catedral de Salta durante a missa

 

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O Cabildo, antiga administração espanhola no período colonial

 

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Vista do 2º andar do Cabildo

 

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Vista da Praça 9 de Julio do 2º andar do Cabildo

 

Dali fomos até a Igreja San Francisco, que possui a torre mais alta da América do Sul, segundo alguns nativos.

 

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Torre imponente da Iglesia San Francisco

 

Seguimos caminhando até o shopping, numa caminhada de 30 minutos. Lá almocei um bife de chorizo fenomenal + refri por AR$ 34. O famoso Fredo custava AR$ 15 – três sabores de sorvete.

 

Se você perder as chances de comprar roupas de frio na Bolívia ou Peru, neste shopping há uma loja Columbia que estava com algumas boas promoções.

 

Voltamos à Praça 9 de Julio e compramos alguns presentes na Havana. Uma caixa de alfajores com 8 por AR$ 20 e um vidro de Dulce de Leche pequeno por AR$ 13.

 

Pegamos o táxi para a rodoviária por AR$ 5 e fomos preparados pra viagem mais cansativa de todas: 23h até Puerto Iguazu.

 

O ônibus da Flecha Bus era muito bom e fomos confortavelmente instalados nas camas do primeiro piso. O primeiro dia passou rápido, pois passaram um filme atrás do outro até as 22h. Detalhe é que os filmes eram pirata. Hehehe! De tempos em tempos tinha serviço de bordo: bolachinhas + chá. Neste dia o ônibus parou uma vez, por volta das 20h e tivemos 10 min pra comprar algo e esticar as pernas. Dormi.

 

18/03/10 – Salta – Puerto Iguazu – Foz do Iguaçu

 

Acordei e nesse dia não teve filme. Um passageiro desavisado foi embora sem as palavras cruzadas e tentei usá-las como passatempo. Como eram em espanhol, fiz muito pouco e já bateu o tédio. Esse trecho demorou bastante. Às 14h chegamos na rodoviária de Puerto Iguazu e atravessamos para o outro lado para pegar o ônibus até Foz.

 

Ficamos hospedados na casa da irmã do Santoro e, por isso, não gastamos com albergues e parte da alimentação.

 

No caminho até a casa dela, paramos no marco das três fronteiras. Ela e o marido moram em um bairro ali perto e nos disseram que a região é bem perigosa. A exemplo de alguns posts aqui do fórum, não nos recomendaram a ir lá a pé.

 

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Marco brasileiro das três fronteiras

 

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Vista do Rio Iguaçu e das fronteiras com a Argentina (esquerda) e Paraguai (direita)

 

19/03/10 – Foz do Iguaçu – Ciudad del Este

 

Chegamos cedo no Paraguai pra comprar perfumes e eletrônicos e acabamos gastando mais tempo do que imaginávamos. Passamos a manhã e a tarde lá, o que inviabilizou o tour em Itaipu.

 

20/03/10 – Foz do Iguaçu – Brasília

 

Como nosso vôo saía às 14h de Foz, decidimos conhecer rapidamente o lado brasileiro das cataratas. Como o lado argentino é mais demorado e ficou para a próxima vez.

 

Chegamos no parque às 8h já com as mochilas e prontos para embarcar. Tudo lá é muito organizado! Há eficientes guarda-volumes a R$ 3 e a entrada custou R$ XX para nós, brasileiros.

 

Descemos do ônibus e caminhamos 1,5 km já vendo as cataratas. No caminho até a passarela há mirantes e a vista é impressionante! Começou uma chuva, que virou praticamente uma tempestade e nos deixou num estado terrível pra poder embarcar. Hehehe!

 

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Vista das cataratas em visita ao lado brasileiro

 

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E o tempo fechou...

 

Por volta de 12h pegamos o taxi e fomos para o aeroporto. O parque fica bem próximo ao aeroporto, mas o taxista nos disse que a taxa mínima era R$ 15. Não discutimos, pq, afinal, estávamos molhando os bancos de couro do carro dele.

 

Ao chegar no aeroporto, há vistoria das malas num raio-x, mas estávamos dentro da cota de US$ 300 e não tivemos qualquer problema.

 

Embarcamos para São Paulo e seguimos para Brasília. Na bagagem, muitas histórias pra contar e as lembranças de lugares inesquecíveis...

 

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O que deixei de relatar:

 

Viajei com dólares e ia trocando aos poucos, portanto deixo aqui a cotação desta moeda frente as demais:

 

Cotações do dólar:

1 dólar (US$) = 1,80 reais (R$)

1 dólar (US$) = 2,87 soles (/s) - PERU

1 dólar (US$) = 7,07 bolivianos (B$) – BOLIVIA

1 dólar (US$) = 515 pesos chilenos (CLP) - CHILE

1 dólar (US$) = 3,85 pesos argentinos (AR$) - ARGENTINA

 

Equipamentos:

Mochila: Curtlo Mountaineer – 60l + 15l.

Capa: Curtlo

Mochila de ataque: Kailash – Lizard 28l

 

Fontes de Informação:

http://www.mochileiros.com – IMBATÍVEL!

Guia Criativo do Viajante Independente – América do Sul

Guia Visual Folha de São Paulo – PERU

 

O que não levaria de novo:

Tantas blusas de frio (3). Uma impermeável com fleece removível já resolveria.

Além disso, levei 10 camisetas, mas levaria ainda menos. Além de uma camiseta ou outra que se compra na viagem, há muitas lavanderias por quilo a preços baixos.

 

O que foi muito útil:

Camisetas dry fit

Calças de poliéster

Lanterna

Bloco de anotações + caneta

Remédios básicos

Protetor solar

Capa para a mochila – os bagageiros são muito sujos e às vezes a mochila viaja ao ar livre sobre os ônibus.

 

Dicas extras:

 

Praticamente em todas as rodoviárias do Peru tivemos que pagar uma taxa de embarque não incluída no preço da passagem. Reserve um pouco de dinheiro, algo em torno de 2 /s por pessoa.

 

Todos os preços descritos aí no relato foram conseguidos depois de pechinchar MUITO! Desde um taxi de 5 bolivianos até um tour, vale a pena! No final, o custo da viagem é reduzido consideravelmente.

 

No começo ficamos com muito medo de roubarem as nossas mochilas nos ônibus. Na primeira viagem então... Nem descansei com medo disso. Claro que precisa de atenção, mas não adianta perder o sono – literalmente – com isso. Junte o que for imprescindível pra seguir em frente (câmera, passaporte, dinheiro, cartões, etc.) e não se separe disso hora nenhuma. No mais dê uma olhada de vez em quando nas malas que estão tirando do bagageiro. Algumas empresas conferiram o ticket da bagagem, outras não. De Potosi para Uyuni nem tinha ticket. Hehehe! O importante é que no final da viagem deu tudo certo com nossas mochilas que viajaram sobre os ônibus, foram deixadas em agências de turismo, hostels e etc. Uma boa dose de sorte ajuda.

 

Em nenhum lugar me senti mais ameaçado que nas grandes cidades brasileiras. Ande esperto, olhando à sua volta e sinta o clima do lugar. Se notar que a região é perigosa, saia dali.

 

Algumas das minhas preocupações ao fazer o planejamento eram: será que consigo fazer esse tour com toda a bagagem nas costas? Tenho onde guardar? É seguro? A nossa forma de superar isso foi, na maioria das vezes, procurar um hostal e negociar um preço para guardar as mochilas, usar o banheiro e tomar um banho. Assim fizemos em Arequipa e Potosi, cidades em que não passamos a noite. Por menos de 1 dólar você deixa de carregar um peso enorme e acaba curtindo ainda mais a viagem.

 

Fale com as pessoas! Aproveite a viagem para conversar com todos! Além de uma ótima oportunidade pra se praticar um idioma, dá pra se fazer amizades bem legais. Conheci pessoas muito bacanas e conversamos com todos os brasileiros que encontramos pelo caminho. Um deles, o mineiro Fabricio, veio conversar comigo em Cusco dizendo que tinha me visto em um post aqui no Mochileiros. Hehehe! Vou ver se encontro ele por aqui, pq esqueci de pegar o email dele.

 

Aproxime-se da cultura local. Leia um livro, ouça músicas, assista filmes e a viagem vai ter um significado ainda maior. Quem vai a Lima, recomendo ler o livro "Tia Julia e o Escrevinhador", de Mário Vargas Llosa. Fala bastante dos bairros limenhos e dá pra se ter uma ideia de como a cidade era em meados dos anos 50.

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Como postei anteriormente, várias anotações que estavam na planilha grampeada no guia foram perdidas no tour do Salar.

 

Busquei o valor das despesas nas anotações e segue a planilha com o custo estimado. Não me prendi a detalhes sobre custos de cada refeição e taxis, porque na prática o valor muda bastante. Os taxis e ônibus estão incluídos na despesa "Alimentação e Transportes", além de algum tour, ingresso ou taxa que não estiver detalhado na planilha.

 

Tentei me lembrar das empresas de ônibus e agências de turismo, mas infelizmente não consegui todas. Nas linhas referentes às passagens, o tempo estimado da viagem está entre parênteses.

 

As passagens aéreas foram adquiridas com milhas TAM e GOL.

 

20100503204151.jpg

20100503204312.jpg

20100503204403.jpg

 

Segue o link para download do arquivo em Excel:

http://www.4shared.com/document/jdK0mocF/Sudamerica2010.html

 

Agradeço a todos os que contribuem com o fórum Mochileiros.com deixando suas impressões e dicas de viagem!

 

Qualquer dúvida estou à disposição para ajudar. Se me lembrar de mais algum detalhe, complemento o relato.

 

Abraço!

 

Túlio

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