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De Belém do Pará hasta Venezuela


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  • Membros de Honra

24/02/2006

 

Esta é a viagem de 21 dias de Marcelo e Giselle pela Venezuela. Deu-se início no dia 24/02/06 com saída de Belém, local onde residimos. Para economizar tempo (de barco seriam nove dias ida e volta), fomos de avião até Manaus. O vôo atrasou 1 hora. Cheguei às 00:20 em Manaus. Fui recebido pelo meu primo Paulo e sua esposa Ivone. A Giselle também me aguardava, pois ela viajou pela manhã com a BRA (R$ 223,00 tudo) e eu a noite pela GOL (R$ 301,00 tudo). Meu outro primo Glayson (não o via há mais de 15 anos) e sua esposa foram me receber também. Saímos direto para uma pizzaria (bancada por eles) e fomos dormir às 03:00.

 

25/02

 

Acordamos às 10:00 e fomos buscar as nossas passagens Manaus-Boa Vista (R$ 80,00) que compramos com o cartão de crédito VISA pelo 0800-390808 da Eucatur. Fomos tomar café da manhã numa lanchonete chamada "Princesa". É uma rede de lanchonetes em Manaus, Pres. Figueiredo e Rio Preto. Comemos uma tapioca gigante de vários recheios (queijo, presunto, castanha, etc.) no valor de R$ 7,00 cada. Cada uma dá para umas 4 a 5 pessoas. Fomos rodar na cidade e batemos algumas fotos na orla (Ponta negra). Descemos uma escada que da acesso ao rio. Existe um hotel muito lindo chamado "Tropical". Fomos até o aeroporto tentar a possibilidade de adiar por alguns dias nossa passagem de volta pela BRA que já havíamos comprado para o dia 17/03 (sexta). Não foi possível. A BRA cobrou mais de R$ 100,00 reais de taxas por passagem. Retornamos às 12:00 e participamos de um churrasco de despedida na casa do meu primo Paulo. Uma delícia! Às 15:30 fomos até o porto da Ceasa fazer um passeio de lancha até o encontro das águas do Rio Negro e Solimões (nome dado ao Rio Amazonas quando entra no Brasil). Passeio de 30 minutos. R$ 40,00 reais para 5 pessoas. Pulei da lancha e bati foto bem no encontro. Muito interessante, pois o rio Negro não se mistura com o as águas barrentas do Solimões. Nesse porto, chegam as balsas que vêm de Belém e há saída de balsas para as cidades próximas de veraneio. Como era carnaval, havia um engarrafamento grande.

 

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Em Manaus acompanhados de parentes

 

Retornamos à casa do primo e nem deu tempo para descansar. Terminamos de arrumar tudo, fizemos uns sanduíches para a viagem, tomamos um banho e saímos as 16:15. Era um ônibus de 2 andares. Saímos às 19:00 em ponto. Para nossa surpresa, o nosso amigo Walter (furikuri) tinha conseguido resolver uma pendência e estava no ônibus. Estava indo passar o carnaval em Santa Elena. Seu objetivo era "El Pauji". Chegamos na Rodoviária de Pres. Figueiredo às 20:30 para jantar (20 min). Economizamos no jantar. Comprei balas de gengibre para a garganta (10 centavos cada).

 

26/02

 

Chegamos na rodoviária de Boa Vista (Roraima) às 06:45. O banheiro estava em reforma. O banheiro estava comunitário para homens e mulheres. Pegamos um táxi até a saída da cidade (R$ 4,00) uns 10 minutos, onde pegamos outro táxi para Santa Elena (VE). A parada deles fica em frente a pousada "Talismã". Fechamos a R$ 25,00 cada. De ônibus sai por R$ 17,00 mas demora 4 horas e meia. Se pegar ônibus direto de Manaus, passando para a Venezuela, sai uns 25 a 40 reais a mais por pessoa. Antes de sairmos, lanchamos rapidamente num carrinho de lanches. 1 tapioca com café da manhã R$ 2,00.

 

O taxista (Seu Raimundo) foi buscar mais uma pessoa e seguimos viagem. Neste momento, as montanhas já nos acompanham por todos os lados. No km 100, demos uma parada para esticar as pernas, tomar uma água, banheiro, etc. O motorista era muito simpáticos. Ele nos explicou de um fenômeno que ocorre em uma parte da estrada numa descida, onde o carro é puxado para trás, em vez de descer. Ele parou o carro e nos mostrou.

 

Depois de 2 horas, passamos por Pacaráima (tem a Sefa, Receita, PF, Anvisa), tudo próximo. Logo em seguida (uns 300 metros), já em terra Venezuelana, está a aduana (SENIAT) onde tem que parar para carimbar a entrada na Venezuela. Funciona no horário comercial. Geralmente é tranqüilo. Sempre diga que vai ficar mais do que o tempo necessário. O processo de carimbar geralmente é bem rápido. Seguimos caminho...

 

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Na fronteira entre os dois países

 

Depois de uns 10 minutos da fronteira, chega-se na cidade de Santa Elena. A rodoviária está na entrada da cidade. Passamos direto. O taxista nos levou ate a pousada do Zé Gregório indicação do furikuri (mochileiros.com) para fazermos o câmbio. Para nossa surpresa a cotação estava 1.000 bs para 1 real, devido o carnaval. Trocamos R$ 3.600 reais. A vantagem é que trocamos dentro do hotel dele. A praça onde o pessoal geralmente cambia, não fica perto da rodoviária. Dá pra ir andando (2 km +-), mas no sol quente cansa bastante. Um táxi sai entre 2.000 bs a 4.000 bs.

 

Ficamos hospedados em uma rua paralela. Hotel Michele R$ 28,00 (apenas com banheiro) para nós três. Procuramos por uma pacote barato para Salto Angel, mas não achamos. Fomos até a oficina (escritório) do Francisco Alvarez da Adrenaline (Cooperativa Maurak) que fica no terminal de pasajero. Vimos que o pacote ia passar o nosso orçamento (R$ 580,00), pois levamos dinheiro a menos. Resolvemos fazer o tour na Gran Sabana (R$ 70,00 ao dia, que dá direito ao passeio, água, refrigerante e cerveja). Gente, vocês nem imaginam como é muito bom. Eu aconselho a todos que estão sem $$ a fazer esse passeio. Fizemos um de 2 dias R$ 140,00. Pagamento na hora. O furikuri desistiu de "El Pauji" pela dificuldade de chegar e retornar do local e foi com a gente. Que passeio!!! Que profissionalismo! A vantagem é que ele sai mais cedo que os outros e chega mais tarde. Faz passeios em lugares não tradicionais. Explica tudinho.Vale a pena sem dúvida!.

 

Retornamos ao Hotel Michele. Almoçamos no restaurante do chinês ao lado. Pedimos um prato de 18.000 BS. Dormimos um pouco a tarde e saímos às 19:00 para rodar na cidade. Tomamos algumas cervejas polar a 1.000 bs. Estava acontecendo algumas festas na cidade com shows. A cidade de Santa Elena é muito legal. Cheia de Montanhas. A noite esfria um pouco e pela manhã faz calor. Andamos muito (4 quadras) até a praça onde ocorre o câmbio. Retornamos ao hotel e resolvemos parar em uma pizzaria em frente ao hotel, chamada Kamadac (a mesma que faz tours para vários destinos). Não sei se era a fome mas estava uma delícia e deu para 3 pessoas! Rodamos mais pela cidade e ficamos assistindo um show de um grupo da terra tocando salsa e tentaram tocar o nosso samba, mas todo descompassado eheheheheh. Rolou depois uma brincadeira no palco com homem vestido de mulher. Era Carnaval!!! Tomamos mais polar Ice, uma espécie de cerveja mais light (todas são muito fracas de teor alcoólico). Dormimos às 01:00.

 

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Em frente à Kamadac. Pela manhã é agência. A noite é pizzaria

 

27/02

 

Acordamos às 08:30 e fomos tomar desayuno (café da manhã) em uma panificadora da cidade perto da praça. Comi uma "empanada" (espécie de pastel com massa de milho com vários tipos de recheios) e não gostei muito. O de carne achei melhorzinho. Existe também a "arepa" que é uma espécie de pão de milho (tipo hamburguer), com recheio escolhido.Gatorade é barato (2.500 bs). Retornamos ao hotel para aguardar o Francisco. Chegamos às 09:30 (atrasados 30 minutos). Às 09:50, chegou o Tony (o nosso guia) e pediu desculpas pelo atraso. Saímos nós 3 e mais um casal da Áustria

 

No 1º dia do tour, nossa 1ª parada foi em um mirador (vem de "mirar", "olhar"), onde batemos fotos da bela paisagem das montanhas. Em seguida, fomos para um lugar único chamado "Quebrada de Jaspe", um lugar maravilhoso com o piso todo em jaspe, uma pedra vermelha vendida nessas lojas esotéricas. Uns 50 metros de comprimento por uns 25 metros de largura, mas é uma espécie de córrego. Para caminhar sem escorregar, tem que tirar o calçado e usar meias. No fundo, uma cachoeira onde pudemos nos deliciar em baixo dela.

 

Em seguida, paramos em "São Francisco de Yurani", numa aldeia indígena, onde é possível pernoitar, e no nosso caso que iríamos fazer o 2º dia poderíamos ficar na volta do passeio e no nodia seguinte, o guia nos pegaria . Não gostei das habitações apesar de ser barato (uns 20.000 bs para 2 pessoas). Era como se fosse um quarto normal de alvenaria (mas bem estranho). Nada de diferente. Não deixamos reservado. Nesta aldeia, almoçamos Pollo (frango) e Pescado. Se gosta de pimenta, peça o "picante" em qualquer lugar da Venezuela, que é bem mais forte. A comida estava muito boa! Saímos às 13:30.

 

Em seguida, fomos conhecer a "cascata de Yurani". Caminhamos 15 minutos até uma bela cascata (não pode se banhar. Muitas pedras). Levar repelente e protetor. Em seguida, fomos conhecer "Sarawapo". Lugar muito legal com bares, barracas de camping. Encontramos mochileiros caminhando nessa estrada retornando dessa cachoeira. Tem várias opções. Tem poço grande para banho. Pode-se fazer uma subida de uns 130 metros (quase uma subida reta). Lá de cima, tem uma visão belíssima! Depois, descemos e caminhamos mais um pouco para a nossa direita e chegamos num local espetacular. Passam algumas pessoas, mas não sabem o que pode ser feito aí. Simplesmente é um "tobogã" gigante e natural aproveitando as pequenas quedas d`água existentes no local. Vai-se escorregando por uns 50 metros, sem perigo se se bater. É só seguir o curso da água. As pedras são todas arredondadas. Vai de frente mesmo, esticado, e vai se apoiando com as mãos empurrando-as de baixo para cima (tenho um vídeo no site caso queiram). Espetacular! Fui umas 5 vezes eheheheh. No outro dia amanheci meio doído pela falta de prática :). Em seguida, fomos para o poço que localiza-se na entrada. Ficamos por uns 20 minutos. É possível atirar-se uns 5 metros de altura. Poço de água fria. Ao lado uns 50 metros um outro lago maravilhoso. Ficamos neste local todo, cerca de 2 horas. Retornamos às 17:45. Esse primeiro dia foi muito bom! Nas paradas entre um lugar e outro sempre tomávamos refrigéro (refrigerante), água, cerveja (cerveza) polar ice.

 

A vantagem da Adrenalina (Cooperativa Maurak), é o profissionalismo do Francisco e de toda a sua equipe, e a diferença é que a Adrenalina faz passeios tradicionais e não tradicionais, ou seja, vão além das outras empresas. Ele não faz passeio só para "bater fotos". Chegamos no terminal às 18:30 +-. Compramos logo a passagem para o outro dia a noite, com intuito de chegar o 2º dia do passeio, tomar um banho no terminal e seguir às 19:30. Saiu por 32.000 bs cada, no bus cama na empresa Los LLanos até a cidade de Ciudad Bolívar, pois só havia para Maracay pela manhã. Obs.: peça pro Francisco comprar, pois ele tem um desconto bom!

 

Antes de sairmos para o 1º dia de passeio, tínhamos parado no terminal e deixado nossas mochilas no escritório do Francisco, pois estávamos na eminência de ficar dormindo na aldeia indígena, e com isso não iríamos pagar diária no hotel em Santa Elena. Como resolvemos retornar com o grupo, pegamos nossas coisas no escritório e fomos passar mais uma noite na "Posada Michele". Lembre-se que ficamos no 1º dia no "Hotel Michele". É um ao lado do outro e a diferença é pequena entre os dois, mas os donos são diferentes. Fomos para a pousada (posada), tomamos um bom banho e saímos para rodar na cidade mais um pouco e conhecemos uma lanchonete de dois andares que fica dentro de um shopping. Comemos um sanduíche de 7.000 bs que dava para 2 pessoas e nos deliciamos com a variedade de molhos. Na Venezuela, qualquer banquinha no meio da rua tem uma variedade de molhos incríveis. Tomamos mais cervejas ice´s e fomos dormir.

 

28/02

 

Nosso amigo Walter que havia fechado o 2º dia com o Francisco, estava querendo voltar para Manaus. Para ver o profissionalismo da empresa de Francisco, o Walter foi ressarcido integralmente no valor que pagou no 2º dia. Saiu às 6:30 para pegar o ônibus da Eucatur que chega em SE às 6:00 e sai às 7:00. Meu conselho é sair do país de táxi. Quando chegar a hora, eu explico essa parte.

 

Acordamos às 8:30 para tomar café. Compramos alguns croissant (1.500 bs cada) pensando na viagem da noite. Fizemos algumas ligações no escritório da Movistar. Para Belém pagamos em torno de 7.000 bs por uns 7 minutos se não me engano. Na Venezuela toda, você vai encontrar escritórios da Movistar, e banquinhas na rua também. Eles usam um telefone via satélite. A vantagem é que você encontra um telefone desses nos lugares mais distantes. Existe também banquinhas que alugam celulares par você efetuar ligações. Acabamos nos atrasando novamente, só que dessa vez o guia chegou cedo e o grupo aguardava por nós. Pedimos desculpa novamente.

 

Nossas coisas já estavam prontas la no hotel para ser guardadas no escritório do Francisco. Feito como combinado. Partimos para o 2º dia. O Francisco e mais o motorista, nos acompanhou na aventura. O grupo era formado por nós, por um casal de franceses que moravam em Caracas, e mais duas colombianas. Na área da Gran Sabana, com os seus Tepuys, é muito pouco mexida pelo homem. Nossa primeira parada, foi em um local chamado "Poço Azul". O nome já indica tudo! Pode-se acampar, mas não é totalmente seguro pelo local de difícil acesso. Somente com toyota ou carros maiores. Passamos mais de 1 hora. É um lago belíssimo, com cascatas maravilhosas e de cor azul! Um verdadeiro cartão postal! Na volta, paramos para ver um local cheio de plantas carnívoras.

 

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Um dos lugares mais lindos da Gran Sabana - Poço azul

 

Em seguida, paramos num local chamado "Mirador Pacheco", com uma vista excepcional! Em seguida, passamos no "Rio Pacheco". Neste local, existe ocas ("churuatas") dos índios. Alguns artesanatos para venda. Pesquise em cada uma, pois os preços variam. Bem próximo, está o Salto Pacheco, onde fomos conhecer e ao lado das Churuatas, está o "Poço Pacheco", um lugar lindo com águas verdes. Ficamos um bom tempo nesse lugar. Em volta do poço existe um morro, onde pode-se "escalar" pisando nas pedras e buracos, mas não é muito seguro. A superfície desse morro, é formada por um material não muito rígido (uma espécie de barro), onde há alguma vegetação e muitas coisas escritas pelos que estiveram lá. Não siga o mesmo exemplo que eu. Fui chamado atenção pelo guia quando tentei escrever algo, pois ele me explicou que esse ato só degrada a natureza e causa a morte da vegetação. Pedi desculpas, pois não tinha essa intenção.

 

Em seguida, fomos até um lugar chamado "Kama Meru", 30min a frente. Um belo lugar com uma ótima estrutura. O local estava bem movimentado, com som alto tocando, 2 restaurantes, local para atar rede, etc. Paramos para almoçar. Pedimos o almoço e enquanto preparavam, fomos andando até o mirador. No caminho, encontramos indígenas vendendo bijuterias em suas banquinhas. Uma linda cachoeira de 71 metros de altura. Em seguida, voltamos para almoçar. 30 a 40 minutos para fazer a digestão. Caminhamos por uns 15 minutos em uma trilha até a parte de baixo da cachoeira e que visão inexplicável que lembrou-nos daquele seriado chamado "O Elo Perdido", que passou há uns 15 anos atrás, lembram do Tchaca e companhia?? (tenho 32 anos ehehehe) Todos ficaram encantados com a beleza do local! O Francisco disse que algumas vezes eles fazem um passeio de canoa por de trás da cachoeira. Deve ser muito bom. Retornamos para o restaurante. Comemos pollo e pescado (10.000bs cada). Tomamos várias cervejas polar e regional. A comida estava muito boa. Ficamos na mesa junto o casal de franceses. Conseguimos nos comunicar arrastando o portunhol e um pouco de inglês. Trocamos telefones e e-mails.

 

Seguimos para mais um belo salto: Salto Kawi. Uns 7 metros de altura, com um poço lindo. Ficamos olhando na parte de cima alguns garotos pulando nesse poço. Fui o único do grupo a resolver pular. Então o grupo desceu uma trilha até o poço em si, para tomar banho e ver o meu salto. Cara, mesmo com 7 anos de natação profissional, dá um frio muito grande na barriga. Então o Francisco e a Giselle filmaram o meu "belo" salto todo desajeitado, pois em volta havia algumas pedras e estava com muito medo de acabar o tour de todos repentinamente eheheheh. Deu tudo certo, mas quase torci o ombro devido a pressão batendo na água.

 

Em seguida fomos ao mirador "Piel Del Abuelo", uma visão de várias montanhas verdes maravilhosas. Vimos o pôr-do-sol e fizemos uma pequena bagunça para fechar com chave de ouro o tour. Bebemos o restante das cervejas polar e seguimos de volta já meio que atrasados pois íamos viajar as 19:30. Nosso planejamento era tomar um banho no terminal, pegar as nossas coisas e seguir viagem.

 

Quase que não dá tempo nem de pegar as coisas no escritório do Francisco. Foram uns minutos de correria, pois o ônibus já estava saindo. Conseguimos embarcar, mas sem tomar banho. Ainda bem que tudo já estava separado, inclusive as roupas de frio para o ônibus e mais uma roupa extra para emergência. Após a saída do ônibus, fizemos o mínimo, que foi trocar a roupa suada do tour lá no banheiro do ônibus, um buscama double deck da empresa Los Llanos, um espetáculo de ônibus.

 

Vá preparado para frio. É muito frio no ônibus! Se possível, leve meias grossas, luva, gorro, etc. Leve cobertor se possível. Fomos parados 4 vezes pela "Cabala", polícia venezuelana. Eles entravam no ônibus e pediam a documentação, no nosso caso, o passaporte. Não revistaram a bagagem de ninguém. Este controle é feito na entrada e saída de Santa Elena, ou seja, nas proximidades da fronteira, entrando e saindo de Santa Elena. Fizemos nosso lanche no ônibus (que já havíamos comprado no café da manhã) , apesar do mesmo ter parado se não estou enganado, duas vezes a noite.

 

01/03

 

Pela manhã, paramos em alguns terminais como o de são Felix e o de Puerto Ordaz. Fomos informados que as duas cidades são um pouco perigosas. Chegamos em CB às 8:30. Fomos logo atrás de um banheiro com o intuito de tomar um lindo banho. Pra nossa surpresa o terminal não dispunha de ducha (chuveiro). Nesse meio tempo, conheci um Sr. simpático da Kamadac Tours que nos ajudou indicando uma empresa razoável que fazia CB-Maracay. Expreso Del Mar. Saía às 9:00. Enquanto a Giselle arrumava algo para comermos, eu comprava os bilhetes. Saiu por 35.000bs cada, ônibus buscama. Embarcamos e continuamos sujos :). Seguimos nossa viagem sempre acompanhados pela bela visão das montanhas ao nosso redor. Paramos para almoçar às 14:00. 20 min de parada . Não deu tempo pra quase nada! Compramos uns mixtos quentes pensando em economizar e descobrimos que o mixto é caro (3.500bs) em toda a Venezuela. Eles chamam de "sandwich". O Eggs Burguer, eles chamam de hamburguesa. Arepa, tinha de todos os tipos e custavam cerca de 2.000. Uma boa dica em qualquer parte da Venezuela é tentar comprar somente o recheio que eles colocam na arepa (pollo, carne, queso e jámon), caso não gostem do pão. Para beber, uma coca-cola, peça a palavra inteira (se pedir somente "coca", eles vão pensar outra coisa ehehe). Seguimos viagem meio preocupados, pois já estava ficando tarde e nada de chegar.

 

Chegamos em Maracay às 19:45 (apesar do vendedor ter dito que era 17:30). Pensei que esse ônibus passasse em Caracas, mas ele pega uma carreteira (estrada) diferente mesmo. Cansados da viagem de 24 horas, nos informamos se ainda existia saída para La Victoria, cidade que nos dá acesso ao nosso objetivo, Colônia Tovar. Então fomos informados que tem saída até às 21:30. Depois de aguardar numa fila de umas 40 pessoas, conseguimos sair às 20:30 +-, embarcados em uma buseta. As busetas (espécie de micro-ônibus ou van) saem do próprio terminal e saem de 15 em 15 minutos e vão geralmente lotados. Neste horário havia muita gente que trabalha em Maracay (que é uma cidade grande), mas mora em La Victoria. Estava lotado! Após um engarrafamento, chegamos por volta das 21:30. Já não havia ônibus para a Colônia Tovar (formos informados que somente até as 17:00 ou 17:30). Na viagem, conversamos no ônibus para buscar informações. Fomos instruídos a descer próximo ao centro.

 

Obs: vale ressaltar que para chegar na Colônia Tovar não existe somente esse caminho. Escolhemos ir por Maracay, por opção, pois não queríamos passar por Caracas e "El Junquito".

 

Pegamos um táxi a 4.000bs que nos levou ao hotel chamado La Viñeta. O gerente do hotel queria nos empurrar um quarto completo a 45.000, mas disse que estava muito caro. O simples ele disse que estava lotado e era 25.000 o casal. Tivemos que ficar em um com ar condicionado e tv. 35.000. Caro para apenas passar a noite...mas foi merecido depois de 26 horas sem tomar banho. Após o banho, fomos atrás de comida. Bem na esquina, havia um restaurante bonito tipo "pub" - El Pinar. Entramos e pedimos logo 2 cervejas polar (1.500bs cada) e "La Carta" (cardápio). Tinha pratos de 11.000. Pedimos 2 de pescado. Não gostei muito, pois achei um gosto muito forte. Tomamos mais cerveja polar e acabamos gastando além da conta 37.000. A partir de Maracay, o celular da Giselle da operadora TIM pegou normalmente durante toda a viagem.

 

02/03

 

Acordamos às 8:00 para arrumar a bagunça no quarto. Saímos às 10:15 depois de pegar informações na portaria do hotel. A maioria dos ônibus que passam na frente do hotel, te deixam em 5 min na frente do terminal. No caminho, uma bela paisagem de montanhas em nossa volta. Tomamos desayuno (café da manhã). 1 Café com Leite grande, 2 pães e 1 garrafa de suco de laranja e 1 água 6.000 bs. Apreciamos um pouco a paisagem e batemos fotos. Fomos então para o local de embarque das busetas (micro-ônibus). Para entrar, pagamos 100bs de taxa de embarque. Havia uma saindo em 5 minutos. Nossa viagem levou em torno de 50 minutos, subindo uma cordilheira e custou 4.000 bs cada. Uma estada estreita e sinuosa mas com uma paisagem de tirar o fôlego (leve chiclete, pois seu ouvido fica entupido). Fomos tentando buscar informações no caminho. Peça para descer 1 rua antes da parada final.

 

Na esquina que paramos, tinha duas pousadas, mas eram bem caras. Resolvi deixar a Giselle com as mochilas e desci a rua "Setor el Calvario". Foi quando encontrei a "Posada die Muhle CA - (0244) 355-1367", uma pousada familiar lindíssima e com um preço muito bom pela qualidade dela (30.000 bs o casal). Todos são muito simpáticos. Deixamos nossas coisas, tomamos uma água bem gelada e saímos para almoçar às 14:00, mas fomos parando no caminho (faz-se tudo andando) e olhando as lojinhas que vendem de tudo: casacos, gorros, luvas, doces, artesanatos, etc. Descemos a rua principal. Nesta rua, existem alguns hotéis e pousadas mais simples que provavelmente devem ser mais em conta. A Giselle resolveu fazer uma escova (chama-se: "secar") em um salão que fica nos altos de um comércio. Ela adorou e foi barato: 7.000 bs. Enquanto ela estava no salão, fui descarregar a câmera em um cyber que fica bem em frente e também nos altos de outro comércio. Fui muito bem tratado e o cara deixou eu usar até o servidor da rede, onde tinha gravador de cd. Saí às 15:00 e paguei em torno de uns 4.000bs por tudo. Escolhemos um restaurante com uma "cara boa". "Restaurante Godazzi" Descobrimos que o nome "Godazzi" é a casa mais velha da cidade (fica na rua paralela onde encontra-se o a igreja, a praça e o Café Muhstall. Pedimos 1 prato de carne empanada e outro de salsicha. Comida gostosa! O preço era razoável. Em torno de 13.000 bs cada.

 

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Na igreja da cidade

 

Tomamos ainda algumas cervejas Tovar para provar. Rodamos a cidade (Tovar é pequena, porém tem muitas subidas e descidas que desgastam bastante). Conhecemos então a igreja, a praça Bolívar e o café (por fora). Provamos alguns doces e retornamos para cabana para tomar um banho e se arrumar. Quando retornamos, já era quase 20:00. O comércio começa a fechar às 17:30 e depois descobrimos que o café fechava cedo as 20:30 +-. Depois de rodar bastante, acabamos ficando num local chamado: "Rancho Alpino - http://www.hotelranchoalpino.com/ ", que possui uma estrutura de cervejaria, pizzaria, restaurante e tem cabanas para alugar também. Bebemos cerveja Polar (várias), Depois resolvemos pedir o cardápio (la carta), e após olhá-lo por uns 10 minutos (e tentando decifrá-lo com nosso mini-dicionário), e fazendo várias perguntas, Pedimos metade 4 queijos e metade "Diablo" (queijo, salame picante, champignhon). Uma delícia! Principalmente a Diablo, que é bem picante! Uma coisa que a Venezuela tem é tempero muito bom, com uma pimenta maravilhosa (chamada de "picante") e molhos variados. Voltamos às 23:00 para dormir. Seguimos em uma rua totalmente escura e deserta, mas com o auxílio de uma lanterna que eu tinha levado. Dá medo, mas os moradores dizem que não tem o mínimo perigo. Tudo acaba cedo na cidade, com exceção de alguns carros que passavam com som alto geralmente tocando Reggaeton. Talvez no final de semana tenha alguma agitação a noite.

 

03/03

 

Acordamos às 8:30 e arrumamos toda a bagunça. Resolvemos economizar no café para almoçar cedo. Comemos um pacote de biscoito e uma garrafa de Gatorade de 450 ml que havíamos comprado no dia anterior por apenas 4.000 bs. Saímos para bater fotos da pousada e compramos doces que os proprietários produzem na própria pousada. Nos despedimos de uma Sra. simpática que se chama "RRUN". Ela trabalha (não sei se é parente deles) na pousada e lavou várias peças de roupa nossa sem cobrar absolutamente nada! Pegamos nossas coisas, nos despedimos de todos e saímos. Pegar uma subida de novo na volta para buscar as coisas não seria uma boa idéia. Levamos tudo conosco...

 

Retornei ao cyber para acessar pelo menos uns 30 minutos. Que sorte, pois eu havia deixado o CD com todas as nossas fotos. Ufa! Acabei acessando por mais de 1 hora. Deixamos nossas mochilas guardadas em um canto, e saímos para dar mais uma volta e almoçar. A cidade estava com um clima bem agradável, isso às 12:00! Para quem está acostumado a pegar um sol de 35 a 40 graus em Belém! Almoçamos em um restaurante chamado "Fritz e Franz" bem no centro da cidade. Um restaurante especializado em coisas mexicanas. Pedimos uma salsicha "Jumbo" (salsicha, salada de batata e pão) e uma salsicha Pollaca vermelha e outra branca.. Tudo, inclusive com uma coca-cola de 600 ml saiu por 11.000! Muito bom! Fomos buscar nossas mochilas que estavam no cyber e pegamos a buseta que fica parada na rua principal. Obs.: existem praticamente duas ruas movimentadas na cidade.

 

Chegando em Maracay, fomos logo nos informando onde ficava a buseta para Choroní.15 minutos depois, saímos em um ônibus lotado e velho! Nos informamos que de Maracay-Choroní existem busetas até às 19:00. O caminho contrário tem até às 18:00. Maracay-Tovar até às 17:00 e a volta às 17:00 também.

 

A viagem que leva em torno de 2 horas é muito louca e custou 5.000 bs cada. Nunca tínhamos visto coisa parecida! Imaginem um ônibus lotado e velho subindo e descendo uma montanha com estrada estreita, onde a cada 50 metros existe uma curva fechada e perigosa. O motorista mete a mão na buzina para o carro que estiver vindo em sentido contrário parar e deixar o ônibus passar. Ao lado, uma paisagem com um belo precipício :). Apesar do ônibus velho e som às alturas, e dos motoristas muito doidos, a vista do parque Henri Pitter em nossa volta é bem agradável. Muita adrenalina, mas vale a pena! Obs: Convém não comer muito antes da viagem. Paramos cerca de 5 vezes na estrada para o motorista pegar água nos riachos para abastecer acho que o radiador. Para completar, o ônibus estava apresentando problemas e isso atrasou-nos. Chegamos apenas às 18:30 em vez de 17:00 horas.

 

Como era sexta-feira, a cidade estava ficando lotada com muitos turistas, famílias e gringos chegando a toda hora. Depois de rodar muito, encontramos uma pousada por 40.000 bs (barato) com um mínimo de higiene. Tinha pousada de até 140.000. A mais barata que encontramos estava a 30.000 bs, mas estava lotada.

 

Tomamos uma ducha e saímos para a orla (chamada de "Malecom") perto do porto dos pescadores (Puerto Colômbia). Muito movimentada com hippies (comercializando suas artes), artistas de rua (fazendo apresentações com fogo), musica (gente tocando tambor). Conhecemos até dois músicos e um casal de hippies que já estiveram em Belém. Na rua principal (na rua do porto), existem muitos bares, hotéis, comércios e lojas vendendo uma variedade de coisas como camisas, colares, pulseiras, etc. O preço não é tão atrativo. Andamos mais um pouco na rua principal e descobrimos que uma das transversais, te leva até a praia de Choroní. Atravessa-se andando (05 metros) uma pequena ponte de concreto, ou então molha-se os pés. Dos dois lados da pista, tem água e ficam parados barcos, e a rua passa bem no meio. Atravessando a ponte, encontra-se um carrinho que vende de tudo (bebidas em geral, rufles, etc) e bem em frente, um restaurante muito bem freqüentado, porém não achei tão caro os pratos. Resolvemos parar no carrinho e tomar várias cervejas polar 1.000 bs cada. Na rua principal, tínhamos comprado uma a 2.000 bs. Choroní é bem parecida com uma praia que temos em a 3 horas de Belém, chamada "Algodoal". Muita gente alternativa, gringos e um estilo meio pro lado do reggae, só que na Venezuela ouve-se reggaeton :).

 

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Músicos viajantes - Tocam de tudo. Já estiveram em Belém

 

Ao lado do restaurante chique, há uma entrada e uma placa a frente chamada: "Auto Cabana Campestre El Pueblo" Foi aí que descobrimos que tem cabanas para alugar. Valor: 15.000 bs e 20.000 bs. Depois, conversando com alguns moradores da região, disseram que não tem muita segurança. Quem quiser arriscar... resolvemos voltar até a orla e acabamos conhecendo alguns artistas locais. Entre eles, dois senhores simpáticos: Carlos e Dimmy. O primeiro, era Venezuelano de Mérida e o outro era da Escócia. Ficamos sentados na calçada por uma hora e meia. Conhecemos um outro casal que era de Maracay. Resolvemos voltar para o barzinho depois da ponte. O movimento para a praia estava muito grande. Pensamos que fosse devido uma balada (chamam de discoteca) num local próximo a praia. Andamos por uns 5 minutos, passamos pela boate e tava bem devagar. Fomos ver a praia e foi quando descobrimos que muita gente fica acampado na praia. Famílias inteiras! Retornamos então para a discoteca e pagamos 5.000 bs cada para entrar. Não havia quase ninguém, mas o ambiente era bem legal. Cervejas a 1.500 bs e um barman fazendo malabarismo garrafas e fogo. No sábado nos informaram que fica bem lotado. Ficamos até umas 02:00.

 

04/03

 

Pela manhã, indo para a praia às 9:30, resolvemos comer algo. Paramos em uma das barraquinhas na rua da praia. Duas empanadas de carne e 2 sucos...7.000??? muy caro! Fomos na rua ao lado do restaurante chique para nos informar melhor sobre aquelas cabanas de 15.000 e 20.000 bs. Deu a doida no dono, e ele tinha aumentado para 30.000 e 40.000. No meio da semana tudo deve ficar mais em conta! Chegando a praia, fomos informados que o primeiro restaurante tem muitas barracas (carpas) para alugar. Valor 15.000 bs. Procure ver se a barraca não tem rasgos. O cara monta e desmonta pra você. É uma mão na roda, pois existe banheiros na entrada da praias, assim como banho (até as 18:00) pago (500 bs). Quanto a segurança dos pertences na barraca, as opiniões variavam um pouco, porém, ao lado do restaurante, existe também um escritório de polícia. O cara que aluga carpas, pode guardar sua mochila sem ônus.

 

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Tomando uma polar numa das praias mais lindas da Venezuela

 

Nossa opinião sobre choroní é que as coisas são meio que pra turistas mesmo. "Hay" que pechinchar! Cervejas variam entre 1.000 e 2.000 bs. Achamos um prato de camarão (camaron) por 13.000 bs mas todos os pratos na Venezuela são individuais. Em relação a praia, é bela! Cheia de montanhas por todos os lados. Em volta, coqueiros na areia. As barracas de praia são alugadas (assim como de outras parias que visitamos na Venezuela) e variam entre 10.000 e 12.000. Conseguimos uma de 8.000 bs para passar o dia até as 17:30. Muitos ambulantes circulam "pra lá e pra cá" vendendo desde bebidas até doces, pois não há barracas na praia.

 

Curtimos muito a praia e o esforço de ter ido valeu muito a pena. Às 14:00, quando a fome já batia, resolvemos chamar um dos vendedores que se propôs a trazer um cardápio de um restaurante próximo para fazermos um pedido. Ele cobrou 10% a mais do valor do prato. Resolvemos pedir um camarão (apenas 1 prato) que vem com arroz, batata (patata) e salada. Trouxemos de Belém uma garrafinha com farofa (farinha dágua torrada com manteiga). Em Belém, prato sem farinha não é prato. Quebrou um galhão para complementar o prato. Nosso prato com os dois refrigerantes e mais os 10% dele saiu por 22.000 bs. Às 15:30 resolvi fechar a conta na pousada. Giselle continuou na praia. Então caminhei na estrada da praia até umas motos paradas. Conversei com um dos caras se eles me levavam até a pousada para pegar as duas mochilas e mais alguns pertences. Fechei a conta e retornei com o cara da moto até a praia. Saiu por 5.000 bs. Fui no restaurante e aluguei uma barraca sendo prontamente montada na praia pelo dono. Deixei guardado então meus equipamentos com o cara do restaurante.

 

Voltei a praia com a Giselle. Ficamos ate as 17:30 +-. Tomamos um bom banho no chuveiro, nos arrumamos, e saímos. Resolvemos jantar naquele restaurante famoso perto da ponte. Pedi um pollo (frango) a empanado (11.000 bs) e a Gi pediu uma sopa (creme) de camarão (5.000 bs). Ambos estavam deliciosos. Gastamos cerca de 19.000 bs tudo. Fomos para o Malecom e ficamos por algum tempo. Resolvemos retornar para aquela nossa barraquinha predileta ao lado da ponte. Resolvemos tomar uma bebida chamada Guarapita, uma espécie de batida ou licor de frutas com álcool. Uns 15 minutos depois, os dois artistas chegaram para tocar em frente ao restaurante na esperança de conseguir algum trocado. Chamamos para nos fazer companhia. Durante uns 45 minutos conversamos bastante e pegamos muitas dicas da Venezuela. Depois se foram para a praia. Resolvemos pedir mais uma guarapita. O dono do bar não entendia como a bebida não fazia efeito eheheheh pedimos então pra ele colocar mais álcool. Isso se repetiu por mais 2 vezes até que a liga começou a bater. Resolvemos seguir para nossa barraca. Pegamos água em baixo da ponte para lavar os pés. Estava chuviscando. Choveu a noite toda, mas apagamos totalmente graças a Guarapita de Pêssego.

 

05/03

 

Acordamos às 6:00 e saímos andando uns 600 metros até o local que pega o bus de volta. Não comemos nada. Sorte que estava saindo uma van. Viagem tranqüila e com pouca gente, mas continua maluca, com curvas perigosas e estreitas. Por falar nisso, as ruas de choroní são também estreitas.

 

Chegamos às 9:15. Fizemos algumas coisas na rodoviária como tomar um café legal, compramos alguns cd´s (1.500 bs) cada. O esquema é um ficar tomando conta das mochilas e o outro vai resolver as coisas. Saímos ás 11:00 rumo a Valência e chegamos às 12:00. Obs.: a rodoviária de Valência é bem melhor que a de Maracay. Ônibus bom e tranqüilo. Taxa de embarque de 200 bs (deposita-se direto na roleta). O ônibus faz Tucacas e Chichiriviche, com preços diferentes.

 

Saímos as 12:20 e chegamos às 14:00. Viagem tranqüila. Quase passávamos do local. Peça para parar na esquina da Rodovia com a principal (Av. Libertador). Andamos uns 400 metros até chegar no hotel "Las palmas", indicação do livro "Mochileiro Independente na América do Sul" Falei com o atencioso (porém muito esperto) gerente Freddy. Fechei a 70.000 duas diárias com tv e ar. O quarto não era excelente, mas tinha ar e tv, Não haviam muitas vagas. Sem ar-condicionado, não tem mais no hotel. Resolvemos ficar. Nos afobamos um pouco fechando um passeio nas praias (30.000 bs cada). Almoçamos no restaurante "El Funchal"que fica em frente a pousada. Comemos uma carne a milanesa. 10.500 (dividimos) + 2 copos de refrigerante (2.000 bs). Pollo e carne dá pra dividir se pedir uma porção de arroz a parte ou uma salada. Em toda Venezuela, cada prato, pode-se escolher dois acompanhamentos.

 

Voltamos ao hotel, tomamos uma ducha e saímos logo para a praia de Punta Brava, que fica a 1,5 km do hotel na mesma rua. Uma boa pernada que nos deixou bastante cansados. Passamos pelo cais mas não paramos. Ficamos na praia uns 30 minutos. Procuramos uma condução, mas não achamos e resolvemos retornar pois estava escurecendo e a cidade é um pouco perigosa a noite. Resolvemos parar na volta no porto e para nossa surpresa havia muitos barqueiros oferecendo o mesmo tour. Se o barco for completo, o tour fica em torno de 20.000. Pagamos 30.000 :(. Bobeira!

 

Depois que retornamos da praia, fomos na panificadora da frente (La Esperanza)e compramos queijo presunto, pão, gatorade, macarrão e salsicha (tudo 15.00). Serviu para o jantar, café da manhã e o almoço do tour nas praias.

 

06/03

 

Pela manhã, fui a um mini-shopping (2 andares) próximo ao hotel para descarregar a câmera e passar para CD - 4.000 bs. Retornei rapidamente pois já estava atrasado. Estava marcado para as 9:30, mas acabamos saindo quase 1 hora depois. O grupo aguardava o barqueiro (que ia buscar-nos) na panificadora da frente. Antes disso, demos uma jogada de mestre. O Freddy afirmou que chegávamos da viagem as 17:30. Desta forma, dava tempo de pegar uma buseta neste mesmo dia até Valência e pegar o ônibus para Mérida. Então o Freddy guardou nossas bagagens e saímos para o tour. No caminho, paramos em um bodegon (uma espécie de distribuidora de bebidas). Compramos 18 latinhas de polar ice a 15.000 bs. O isopor foi emprestado pelo Freddy. Alugamos com ele a 5.000 um snorkel (valeu a pena!).

 

Caminhamos até o cais, e no caminho, encontramos vários barqueiros na rua tentando vender o passeio. Tinha duas opções: o tour e 4 a 5 ilhas (são chamadas de cayos) (15.000 a 30.000 por pessoa) ou em apenas 1 praia (na mesma faixa), onde pode-se passar o dia todo ou até mesmo dormir em algumas. O grupo de 8 pessoas já nos aguardava para a saída. Verificamos que como era uma segunda-feira, a freqüência de barcos saindo era pequena.

 

A 1ª parada foi para observar a "ilha dos pássaros", como o nome já diz, pássaros (muitos) voando em cima das árvores. É algo interessante. Em seguida, paramos num local bem rasinho, e com autorização do barqueiro, eu pude pegar uma estrela do mar vivinha e todos bateram fotos. Logo em seguida, devolvi-a à natureza. A cor da água é um sonho... Coisa de Caribe mesmo!

 

Nossa primeira parada para banho, foi na Ilha chamada "Playeula". Ficamos por +- 1 hora. Batemos muitas fotos e mergulhamos com o snorkel. É importante frisar que o snorkel é fundamental, pois ele tem uma lente de aumento que permite a visualização com perfeição em baixo d'água. Muitos peixes nas pedras e águas tranqüilas. Em seguida, fomos ate a "Mayorquina". Praia muito bonita, quase sem nenhuma estrutura. Paradisíaca. De um lado, montanhas e de outro, uma vegetação bem bonita. Ondas Escassas. Ficamos apenas 20 minutos.

 

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Um mergulho no meio do caribe com direito a foto de uma estrela-do-mar viva com autorização das pessoas competentes

 

Nossa 3ª e última (última???) parada foi "Cayo Sombrero". Chegamos por volta das 13:00 e ficamos até as 16:30. Realmente a praia é a mais bonita de todos com muitos coqueiros, água transparente e tudo muito tranqüilo. Um lugar perfeito para passar um dia inteiro, ou melhor, a noite também, pois é possível acampar pagando uma taxa (+- 3.000 bs) para o Instituto Nacional de Parques (INPARQUES). Outra que é possível passar a noite é a Paiclás, se não estou enganado. Nas outras praias é possível colocar barraca durante o dia todo, mas antes de anoitecer tem que desmontá-la.

 

Então almoçamos nossa macarronada, mas ficamos empolgados em experimentar uma lagosta. Compramos uma (uma mesmo, sem acompanhamento - 7.000) e dividimos entre os dois :). Aluguei pra ela uma cadeira de praia (5.000 bs - falamos que era das 13:00 até as 16:00) e usei uma grande pedra para mim eheheh. Um pequeno tronco serviu para a mesa. Tomamos algumas cervejas. Resolvemos nos afastar do grupo uns 500 metros. Não havia ninguém próximo, então resolvemos fazer um top-less (dentro da água apenas ehehehe). Mergulhamos muito e nos encantamos com a variedade de peixes. Aproveitamos muito esta praia. Ficou marcada como uma das mais lindas da viagem, sem dúvida. Na volta, avistamos "Paiclás". Parece ser uma ilhota pequena mas muito bonita. Chegamos ao cais às 17:00, e no hotel às 17:30 andando. Compramos 6 pães, tomamos uma ducha no hotel. Preparamos sanduíches para viagem e comemos mais alguns.

 

Obs: Algumas considerações a respeito do hotel e do Freddy. Ele nos vendeu um tour nos oferecendo uma série de praias, mas fomos apenas em 3. Os quartos de baixo são bem melhores que os de cima. O Hotel Las Palmas fica bem em frente a panificadora La Esperança, e não tem nome na frente. Esta escrito apenas: "Si/No hay habitaciones"

 

No momento de nossa saída, tivemos sorte por estar passando um táxi em frente ao hotel. Saiu caro 4.000 bs por 500 mts, mas não tínhamos escolha. Conseguimos pegar uma buseta que saia justamente naquele instante. Obs: o ponto chave de chegada e descida na cidade é a Av. Libertador com a Rodovia principal. Saímos às 18:15 e chegamos às 19:45. Na chegada em Valência, o motorista resolveu deixar todos uma esquina antes da rodoviária. Fazer o quê, né? Descemos e caminhamos rapidamente, pois já estava ficando escuro. Entramos pela entrada dos ônibus e fomos logo abordados pelo agente da Espresos Occidente que nos vendeu a passagem por 35.000 bs para Mérida (bus cama). Depois, ficamos pensativos como poderíamos ter sido enrolados, pois o vendedor estava apenas com um crachá da companhia. Na dúvida, compre no escritório da companhia.

 

07/03

 

Saímos às 8:30 de Valência e chegamos em Mérida às 7:30. Estava chovendo. Resolvemos pegar um táxi e procurar algumas pousadas que tínhamos anotado. Depois de parar numas 4 a 5 na companhia do atencioso motorista, acabamos retornando para a 2ª visitada (La Posada de Valéria - Av. 2 entre Calle 31 e 32-centro). Pousada barata e bonita (25.000 matrimonial). Deixamos pago 2 diárias. Bem aconchegante. Tem um restaurante com pratos executivos a 6.000 bs, uma lanchonete na frente, Internet no 2º andar. Pode-se usar a geladeira da pousada. Em frente, há um serviço de lavanderia com preço bem em conta (15 peças saiu por 4.000 para lavar e secar). A rua é movimentada.

 

Guardamos nossas coisas e pegamos um ônibus bem em frente para o mercado principal. Um prédio de 3 andares que vende de tudo (muito parecido com o mercado central em Fortaleza). Compramos postais e alguns suvenires (camisas, quadrinhos, doces, gorro) para a família. Preços bem em conta. Comprei um sweeter em promoção a 19.000 bs. Almoçamos um filé de Pollo a Milanesa (1 prato apenas) 12.000 + 1 porção de batata frita (3.000).

 

Em seguida fomos a um centro comercial (uma espécie de Shopping) chamado "Centro las Américas" pegando uma buseta em frente ao mercado. Passeamos no shopping, mas tudo caro. Passamos mais de 20 minutos na parada, e como não passou nenhum ônibus, pegamos um táxi até o hotel.. Uns 15 minutos....5.000 bs. Resolvi descarregar a máquina em um cyber (tem vários) a 3 quadras após o hotel. A gi foi a um salão de beleza em frente ao cyber. Fez uma escova a 8.000 bs. Os salões são bem em conta na Venezuela. Encontramos um supermercado na mesma rua e compramos gatorade, e polar a 500 bs cada A chuva não parava retornamos ao hotel. Mérida foi só chuva desde nossa chegada :(. Acabamos dormindo as 20:30. Não saímos mais, pois achávamos que tínhamos que nos poupar para acordarmos cedo para o teleférico. Se pudéssemos adivinhar o futuro....

 

08/03

 

Acordamos às 7:00 bem dispostos, saímos as 7:30 estávamos na rua que pega condução para o teleférico (é a Av. 1 se não estou enganado). É uma rua paralela e paramos em uma padaria bem grande e bonita para tomarmos café. 6.000 bs, dois croissants e 2 cafés com leite e 1 água. Andamos mais um pouco e passamos pela frente da Sorveteria Caramoto (+ de 600 sabores), mas estava fechada. Pegamos então uma buseta. Depois de uns 3 minutos no máximo o motorista disse que o bus ia dobrar. Descemos e andamos por uns 10 minutos :( e finalmente chegamos no nosso objetivo. Estávamos de frente para a entrada do teleférico. Estava cheio de neblina e não dava pra avistar a montanha. Nos aproximamos da cabine que vende as entradas e ouvimos da voz da bela moça algo como: "Desculpe la moléstia, pero no hay salida. Solamente 23/03". Cara, foi uma frustração muito grande e muita indignação!!! Depois de percorrer tantos km até Mérida, nosso sonho estava "congelando" e o pior é que tínhamos acessado ao site www.telefericodemerida.com e estava em pleno funcionamento. Só que era na época de carnaval. Entrou em recesso logo após....

 

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Temos poucas fotos de Mérida...

 

Nossa motivação acabou por aí. Foi quando decidimos (acertadamente ou não) partir de Mérida. Fomos andando até o hotel (uns 30 minutos de caminhada (+- 1 km). Arrumamos nossas coisas, pedimos para o encarregado devolver a outra diária que não iríamos usar (explicamos o acontecido) mas ele disse que só com a proprietária, mas ela não estava. Depois de aguardar mais de 1 hora sem sucesso e sem o reembolso, pegamos um táxi para o terminal 4.000bs. Resolvemos pegar o Expreso Flamingo que saía às 12:00. O Expreso Mérida parecia melhor, e tem saídas às 10:00 e às 11:45. Almoçamos rapidamente 2 spagghets de carne (5.000 cada) e embarcamos rumo a Puerto la Cruz e Margarita.

 

Resumindo: gastamos em menos de 2 dias em Mérida, contando com a entrada e saída da cidade, em torno de 450.000 (incluindo 100.000 de compras) e pegamos muita chuva. Infelizmente não tivemos sorte em Mérida. Quem sabe uma próxima né, mas consulte ao site 1 dia antes de sua saída e se possível até imprima.

 

Fizemos duas paradas grandes de 30 min na estrada. Uma às 16:00 e outra às 00:30

 

09/03

 

Chegamos no terminal de PLC às 7:45. Pelos meus cálculos deveria ter sido às 05:00. Pegamos um táxi até o Conferry. Leva uns 7 minutos e custa em torno de 4.000 bs. O prédio da Conferry (www.conferry.com) é grande e bonito. O Express já estava saindo. Pela manhã, só havia o tradicional que saía às 09:00. 21.000 por pessoa. A viagem é bem tranqüila, mas muito demorada. Eles dizem que leva em torno de 4 horas, mas com a gente levou 6 horas!

 

O ferry tradicional tem vários ambientes. A área da lanchonete e do restaurante é climatizada, assim como a sala da tv e uma espécie de PUB. Toda essa área suporta cerca de 600 pessoas. Às vezes faz frio. Para quem quer acompanhar ao ar livre a belíssima paisagem das montanhas e dos pássaros fazendo seus vôos rasantes, também é possível, pois na parte de cima existe bancos e cadeiras. Tem pessoas que penduram redes nas laterais do navio. É possível circular em todas as áreas comprando apenas o bilhete simples. Batemos várias fotos e vimos uma belo arco-íris se formar em volta do sol, fazendo uma volta completa. Almoçamos às 13:00 uma "parrilha" (espécie de tira gosto de carne e frango). Acompanha batata frita, e salada. 17.000 bs para duas pessoas. Pedi mais um garfo e o garçom quase me mata. Descobri depois que garfo significa algo como "boboca" :).

 

Chegando ao porto de Punta de Piedras, tinha muitos táxis que cobram em torno de 25.000 para levar até o centro de Porlamar (uns 30 min). Ainda bem que tinha uma "Van amiga" quase saindo. 1.500 bs cada Levou-nos até Porlamar, na Praça Bolívar. A cidade já estava bem movimentada, e logo na chegada vimos a polícia local levando um infrator. A Gi ficou com as mochilas, enquanto fui nas transversais atrás de um hotel bom e barato. Só achei espelunca caindo aos pedaços (chega dava medo). Valor entre 30.000 a 35.000. Retornei a praça e resolvi seguir a dica de um colega do mochileiro.com.

 

Como estávamos estourados, pegamos um táxi (4.000 bs) até o hotel Le Parc (Calle Guilarte (entre C. las Flores e C. Paez). A diária estava por 40.000 bs, e não teve como baixar. Obs: não se impressione com o proprietário, pois às vezes ele apresenta um mau humor desgraçado!. Diante das circunstancias e da qualidade do local (tinha até uma piscina), resolvemos ficar. Quarto com uma cama matrimonial e uma de solteiro. Guarda roupa, banheiro legal, tv e ar-condicionado. Não tem frigobar, mas eles sempre deixam uma garrafa térmica de água com gelo. Já era 16:30. Tomamos um belo banho e saímos arrumados para a noite. Obs: fomos aconselhados a sair do hotel e dobrar logo à direita, na rua C. Paez, pois seguindo direto na Guilarte é perigoso. A praça Bolívar fica a uns 5 quarteirões do hotel. Resolvemos ir até o shopping mais famoso (Sambil). No caminho, o bus (500 bs) passa por uma das avenidas mais famosas que eh a 4 de Mayo, onde há outros shoppings como o Ratan, Jumbo e outros, e muitas lojas (boutiques). Depois passa no Ratan Plaza e finalmente, Sambil. Apesar de ser somente térreo, é bem grande e cheio de lojas famosas e caras também! Neste Shopping, existe uma grande loja, espécie de magazine chamado "Dinossauro / El Regalon" que vende algumas coisas bem baratas. O bodegon também vende bebidas bem baratas e aceita cartão. Ficamos no shopping até às 22:00.

 

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Foto do Hotel Le Parc

 

Pegamos um táxi até a boate Sr. Flogs (5.000 bs). Em volta da boate, existe um mini-shopping com várias opções de barzinhos e mais outras 2 boates tocando outros ritmos. Uma delas (um pub) não permitiu nossa entrada, pois eu estava de bermudão. Tomamos umas cervejas e resolvemos entrar às 11:30. Pagamos 20.000 (8.000 bs de entrada + 12.000 bs para consumo em forma de moeda). Nesse horário, não estava totalmente lotado, mas foi difícil conseguir uma mesa. Os garçons são todos malucos (tiram barato com a sua cara). Juntamos 20 moedinhas de consumo e pedimos uma promoção de cervejas (24 cervejas)! Tudo de bom! Tava rolando uma partida de beisebol (esporte predileto do país) entre Venezuela e Austrália. Adivinham quem ganhou?? Bebida de graça para todos eheheheh. Os caras viravam tua cabeça e tacavam tequila goela abaixo eheheheh. Muita rumba, muito reggaeton, muito dance. Tem um DJ que comanda um telão onde é possível mandar mensagens (2.000 bs). Tem um cara que comanda com um microfone também. Saímos de lá cambaleando às 03:30 e para matar a ressaca, um sanduíche que comemos em frente a boate. Saiu caro (8.000 cada) mas era muito gostoso. Tivemos que pegar um táxi a 12.000 naquela hora. Apagamos no hotel....

 

10/03

 

Acordamos às 08:00. Tiramos esse dia para pernar e fazer compras. Seguimos então pela Av. Igualdad (ao lado da praça). Encontra-se de tudo um pouco: roupas, sapatos, eletrônicos, lanchonetes (poucas). Paramos numa panificadora nesta mesma rua para tomar café. Comemos uma pizza que deu pra nós dois e mais um gatorade. Tudo deu 4.000. Como já era quase 10:00, não almoçamos. Saímos então às compras. DVD Marca Daevvoo 120.000 bs. Som Pioneer com mp3 e wma para carro 299.000 bs, camisas de margarita a 10.000 (caro), Whisky red label a 24.000 bs (Bodegon El Principe del Licor, Calle Velasquez, cruce con Fajardo), perfume francês. Importante: a maioria das lojas de eletrônicos do centro só aceitam cartão de débito. Lá pelas 16:00 fizemos outro lanche nos carrinhos na rua. Comemos dois hot-dogs (1.000 bs cada). Com todas as compras feitas, pegamos um táxi (5.000) em frente a loja de eletrônicos (existem várias, mas escolhemos a Audio Plaza, que fica na Igualdad, entre Fajardo e Diaz) até o hotel, pois já estava anoitecendo e é perigoso sair com tudo aquilo. Deixamos as coisas no hotel, e na mesma hora caminhamos até a praça. Existe carros de lanches em volta. Fizemos novo lanche. Agora experimentamos uma hamburguesa (5.000), uma espécie de eggsburguer gigante que dá pra duas pessoas. Já comentei que qualquer carrinho tem uma grande variedade de molhos: queijo, alho, pimenta, rose, etc....ai que delícia....essa parte aí dos sanduíches e molhos vão ficar em nossa lembrança. Ao lado do carrinho, tinha um bodegon. Comprei uma coca-cola 600 ml que saiu a 1.500.

 

A parada de ônibus fica na esquina da quarta ou quinta travessa, depois da praça, seguindo pela Igualdad. Pedimos para descer no Ratan Plaza. Existe uma loja do Conferry que vende as passagens, mas funciona no horário comercial. Não vimos nada de interessante e pegamos novo bus e em 5 min chegamos no Sambil para conhecer melhor e fazer algumas compras na loja Dinossauro / El Regalon. Ela comprou uns conjuntos de criança da Lilika Repilica que custam 80 reais em Belém e lá estavam a 20.000 bs. Comprei algumas gravatas de seda italiana a 9.900 cada. Par de meia da Espanha a 2.500 cada. Cueca de algodão muito boa a 2.000 cada. Comprei na Loja da Cássio, um relógio muito bonito a 64.000 bs no cartão.

 

Obs: evite comer no shopping. Tudo é muito caro. O kibe pequeno custa 4.000. Tudo era acima de 12.000 bs. O mais barato que achamos foi no Mc Donalds mesmo trio big mac a 9.800 bs. Pegamos um táxi às 23:00 de volta ao hotel e cansados, resolvemos dormir.

 

11/03

 

Acordamos às 8:00, nos arrumamos e saímos. Comemos na mesma padaria, só que um pão de metro 4.000 bs para 2 pessoas. Pensamos em alugar um carro para facilitar nas visitas às praias, pois ao contrário do que alguns dizem, as coisas não são pertinho não. Tem que andar bastante (a pé e de bus). Seguimos até o final da Calle Igualdade. Lá existe um hotel com 3 boxes de aluguéis de carro. Não conseguimos, pois eles pedem um limite de 1.500.000 (1.500 reais) livres no cartão e o nosso internacional não tinha esse limite. O Aluguel de um carro mais simples (os carros são bons) está saindo por 70.000. Caminhamos 15 minutos por uma outra avenida cheia de lojas até a 4 de mayo. Pegamos uma buseta até o centro para pegarmos o bus para a praia El água. Obs: existe várias paradas para as praias. Vai depender de qual praia quer ir. Um mesmo bus te leva para a praia Guacuco, El Tirano, Parguito e El água e a parada fica na rua C. Guevara (em frente a praça Bolívar). Em frente a parada dos bus, existe uma lanchonete pequena que vende uns salgados deliciosos. Uma espécie de coxinha grande com carne assada dentro e massa de macaxeira 1.200 bs. As busetas só saem quando lotam. Aguardamos 10 minutos e seguimos por uns 30 minutos. Nossa primeira parada: Parguito. Paramos na estrada, caminha-se em outra rua uns 200 metros até a bela praia, que é freqüentada por jovens e surfistas, pois o mar é bem agitado! Não alugamos barraca. Achamos uma sombra em baixo de uma árvore. ficamos uns 30 minutos. Compramos uma cerveja polar ice por 2.000 bs....retornamos ate a estrada, e no caminho paramos em um bodegon. Para nossa surpresa, a mesma cerveja estava 500 bs. Compramos 4 :).

 

Aguardamos uns 20 minutos até passar um bus. Em 5 min estávamos na praia El Água, que se "divide" em 3 partes, sendo a primeira freqüentada pelos nativos, a segunda pelos casais e a terceira pelos jovens....algo assim....paramos na entrada porque vimos um bodegon eehehhe. Dica para quem bebe: "mire um bodegon e páre" eheheh. Compramos umas 10 cervejas cada uma a 500 bs. Na entrada da praia, há algumas barracas vendendo artesanatos e roupas. Existe também quiosques de empresas de turismo oferecendo pacotes para tours (70.000 p/ pessoa com almoço, água, refrigerante, cerveja e transporte ida e volta incluso). Duas cadeiras da praia com guarda-sol, e dois pufes saiu por 10.000. Como levamos alguns salgados, não almoçamos. Praia maravilhosa com ondas e cheia de coqueiros. Nos pareceu uma das mais bonitas mesmo. Retornamos às 16:30, pois fomos aconselhados a deixar a praia até às 17:00 por questões de segurança. Fizemos um breve lanche (mais hamburguesa...argh!) num carrinho na calçada. Íamos fechar o tour, mas a agência escolhida já estava fechada. Resolvemos pegar então um per-puesto (3.000 bs cada), uma espécie de táxi não oficial (cuidado com esses transportes).

 

Deixou-nos na praça Bolívar às 18:00. O hotel estava com o restaurante aberto. Então resolvi pedir uma comida de verdade pois há 2 dias só comíamos besteira. Negociamos uma bisteca com duas porções de arroz e 2 ovos (a pedido), salada e banana frita. Tudo ficou a 10.000 bs p/ 2 pessoas. Uma delícia! Tomamos um banho rápido na piscina e apagamos. Acordei assustado as 23:00 com o restaurante quase fechando. Fomo então jantar. Queríamos ir até a boate Kamy Beach, mas havia 1 problema de questão financeira: se fossemos na boate, não teríamos dinheiro para fazer o tour pela manhã. Como estávamos muito cansados, resolvemos dormir e fazer o tour.

 

12/03

 

Como não havíamos fechado nada, tivemos que pegar bem cedo o bus para a Praia El água. Saímos às 7:30 do hotel e chegamos às 8:30. Na parada do ônibus, existe uma padaria ao lado da lanchonete. Comemos um pão de massa grossa com queijo e presunto e 1 gatorade tudo a 5.000 bs. p/ 2 pessoas. A empresa que fechamos foi a "Asoc. Cooperativa Cocoteros Playa El Agua - Julio Perez") Os passageiros foram nós dois e mais 3 pessoas e o carro era um Jeep 4x4.. O guia era o Pedro (Magic Tours), que apesar de gente boa, não tinha iniciativa para explicar e nem se interagir com o grupo, diferente de seu filho pequeno, muito divertido.

 

Logo na saída às 9:30, paramos em um artesanato onde o produto principal era as pérolas. Não compramos nada, mas na praia vimos alguns ambulantes (acho que eram africanos) vendendo colares de pérola a 40.000 bs. Para testar a veracidade, passa-se fogo nas mesmas.

 

Em seguida, fomos conhecer a capital do estado de Nueva Esparta, chamada "La Assuncion", . Era um dia festivo para a Venezuela (não lembro o feriado). A praça da cidade estava em festa. Fomos conhecer o Castelo de Santa Rosa. Deixamos uma contribuição de 2.000 bs na entrada. No calabouço deste castelo, ficou encarcerada Luisa Cáceres de Arismendi, por negar-se a delatar seu marido. A vista do castelo, dá para o belo vale de La Assuncion.

 

Em seguida, fomos para El Valle (valle do Espírito Santo) e conhecemos a Igreja do mesmo nome. Totalmente lotada, não conseguimos entrar. Muito artesanato em volta. Muitos turistas e muitas banquinhas com venda de imagens da santa, terços, etc. Compramos um colar de pérolas a 20.000!

 

Em seguida, fomos ao passeio no Parque Nacional "Laguna de La Restinga", uma grande lagoa (com mangues) que divide a ilha. Uma estrutura muito boa com venda de artesanatos, lanchonetes, banheiros, e o escritório do INPARQUES. Existe um cais, de onde saem as lanchas para o passeio que dura em torno de 30 a 40 minutos. O parque tem 18.000 km² e cada um dos 9 canais foram batizados com nomes românticos. Vímos de perto vários galhos dos mangues cheio de ostras grudadas. Fui informado que um passeio desses custa 50.000 o frete da lancha para 6 pessoas e que é possível passar o dia em uma praia e combinar com o barqueiro a hora da volta. Não chegamos a passar nesta praia. Cruzamos a ponte que passa na estrada. Neste ponto, termina a lagoa e já começa o mar em si. Mar aberto do oceano atlântico. O passeio lembrou-nos muito dos passeios nos lagos e igarapés daqui da Amazônia.

 

Nosso próximo destino é a praia de "Punta Brava" onde fomos almoçar. Pelo que entendemos, essa praia já faz parte da "Península de Macanaó", que fica a oeste da ilha e tem praias e lugares belíssimos e calmos. No caminho que levou cerca de 30 min até o restaurante, a bela paisagem da praia e dos cactos nos acompanhavam o tempo todo. Apesar desta praia ser longe, os restaurantes são bem estruturados e a comida é boa também, principalmente o peixe. Pedimos uma refeição de Pollo e uma de Pescado, tudo incluso no passeio. A praia estava com uma tonalidade escura, mas o guia informou que era devido às chuvas. Ahhh esqueci do detalhe que quase todos os dias pegamos um pouco de chuva na Ilha, mas nada que pudesse atrapalhar. O povo nessa área parece ser bem católico pois quase todas as barracas possuíam imagens da Virgem do Valle. A praia tem muitos pescadores e barcos de pesca.. Chegamos às 13:30 e saímos às 15:00.

 

Seguimos para uma praia virgem chamada "Playa da Mula", Verifique no mapa da Ilha. A praia realmente é virgem (vimos somente uma casa de pescadores e uma banqueta na porta vendendo ossos de peixes e até de baleia), onde só é possível chegar de 4x4 ou alguma caminhonete, mas é perigosa, pois as ondas são muito grandes, com muitas quebras e pedras roliças de vários tamanhos no solo. Contrariando o guia, demos um mergulho de uns 15 minutos. A baixa do tour, é que eles não priorizam conhecer muitas praias. O banho só era permitido na Punta Arena e por pouco tempo, pois íamos almoçar.

 

Demos mais uma volta pelo terreno bastante acidentado e saímos rumo ao "Forte de Juan Griego". Mais 40 minutos. Subimos o El Fortin. Uma visão espetacular da península! Batemos belas fotos. Tem crianças que se oferecem para contar a história do forte. Idioma local. Passamos uns 10 minutos e fomos embora :(. Foi mais uma baixa do passeio, pois pensei que fossemos assistir o pôr-do-sol la no Forte, que dizem ser a coisa mais linda. No caminho de volta, passamos perto da praia "Caribe", mas não a vimos. Paramos no "Mirador de Constanza", para finalmente assistir o pôr-do-sol, mas os gringos chatos quiseram ir embora. O Jeep deixou os outros e por último a nós. Chegamos por voltas das 19:00.

 

Jantamos novamente a bisteca p/ 2 pessoas, nadamos um pouco, tomamos uma ducha arrumamos todas as nossas coisas e dormimos exaustos.

 

13/03

 

Acordamos às 8:00. Terminamos de arrumar tudo. Estava chovendo e nossa bagagem tinha aumentado devido as compras. Resolvemos comer no hotel. .Compramos 3 hamburguesas (sendo 2 para levar). Uma dá para 2 pessoas. 4.500 cada. Fomos aconselhados a chegar umas duas horas antes, pois era uma segunda feira e tem muita gente voltando. Tínhamos que pegar o Ferry Express das 12:00, pois o bus que sai de PLC até Santa Elena sai +- às 15:00. Se perdêssemos, só poderíamos ir no outro dia. Então negociamos uma corrida de 40 minutos até Punta de Piedras por 20.000 bs. Chegamos tranqüilos às 10:05 e conseguimos comprar o boleto do Ferry Express no valor de 41.000 cada. O Ferry Express é de 1a qualidade! Muito bom e com muitos ambientes também, inclusive com uma área vip (mais cara) e restrita mesmo. As bagagens tem que ser guardadas em uma sala especial e pegas 15 min antes da chegada. No restaurante, tem comida por quilo, ou por porção sendo que a lasanha dá para 2 pessoas, e um serviço tipo de camareira de avião, mas tudo pago. Tem até uma pequena loja. A desvantagem é que não tem área aberta.

 

Cuidado co

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  • 2 meses depois...
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continuando...

 

Obs: a revista é feita no percurso entre Santa Elena e CB, ou seja, saindo de SE para dentro da Venezuela, num período se 6 a 8 horas, ocorrem em torno de 3 revistas. A volta a mesma coisa. Em outros estados, não fomos revistados nenhuma vez. Acredito que na fronteira com a Colômbia, já passando Mérida, deve ser do mesmo jeito.

 

14/03

 

Chegamos às 7:00 em Santa Elena. Já estávamos quase no zero de $$. Fizemos o seguinte: nós dois e mais uma passageira brasileira (mora na Venezuela) que conhecemos no bus, pegamos um táxi até a fronteira, pois não encontramos taxistas brasileiros que fossem até BV. Saiu a 7.000 bs para cada. Chegamos na linha (BV8) às 7:30. Paramos na aduana venezuelana e passamos nossas coisas na máquina 5 minutos. O táxi nos aguardou e levou-nos até o terminal de passageiro de Pacaraima. Não havia dado 8:00. Lembramos que tínhamos que carimbar a saída do país. Aguardamos a hora e já fechamos com um táxi brasileiro a 40.000 bs nós dois até BV. Esse taxista nos levou no Seniat (onde carimba o passaporte). Nossas coisas ficaram guardadas estrategicamente no terminal, pois elas já estavam no lado brasileiro. Ficamos aguardando o responsável pelo carimbo até às 8:20. 08:25 saímos. Na saída, encontramos o ônibus da Eucatur parado aguardando o pessoal que estava carimbando a saída também. Normalmente esse processo de carimbar é muito rápido. Seguimos então para BV. Nós e mais 3 passageiras. A cotação estava 1.200 bs para 1 real, e o motorista nada besta queria receber em real, mas eu falei que só tinha Bolívar (e realmente era tudo o que tínhamos).

 

Chegamos às 11:15 em BV. Deu tempo para tomar um banho rápido, e comprar as passagens (R$ 80,00 cada) para Manaus com o cartão de crédito, comer algo com 30 reais que eu tinha guardado na ida. A dica é não trocar todo o dinheiro em Bolívar. Guarde um valor que dê pelo menos para chegar na sua casa :).

 

De qualquer forma, apesar de mais trabalhoso, sai mais barato do que vir direto ate BV. Direto de PLC até BV, sairia por R$ 180,00. Da forma que viemos, gastamos o seguinte: PLC até S.Elena = 50.000 bs, SE até BV8 (Pacaraima) = 7.000 bs, Pacaraima até BV = 20.000 bs, BV até Manaus = R$ 80,00 (+- 80.000 bs), totalizando 157.000 bs +-. Guardamos algumas moedas e 1 nota de 1.000 bs e outra de 2.000 bs de recordação.

 

Ás 14:00 horas, paramos em um restaurante na estrada que tinha uma comida muito boa 7.000 a vontade. Ou será que era fome? Ou era saudade da nossa comidinha brasileira? Não sabemos. A verdade é que preparamos um pratão com muita carne, arroz, feijão, macarrão, e farofa.

 

À noite, paramos rapidamente em um lugar que vendia um queijo qualho delicioso. Podia provar a vontade também . Comi uns 3 pedaços eheheh, mas resolvemos comprar um R$ 9,00 1 kg. Em seguida, já anoitecendo, passamos na reserva indígena (acho que waimiri atroari) e vimos alguns carros parados, pois os índios liberam passagens somente para ônibus depois das 18:00.

 

Chegamos na rodoviária de Manaus às 23:30. Meu primo nos aguardava.

 

15/03

 

No dia seguinte, acordamos às 10:30 e tomamos café. Saímos para rodar no comércio com a Ivone, mulher do meu primo. Ás 13:00, almoçamos uma comida deliciosa. Ás 15:00, fomos a três shoppings. Vimos coisas baratas, mas os eletrônicos são mais baratos. No Amazonas Shopping, compramos o perfume francês UBV de 100 ml a R$ 31,00. Vi o preço de pendrive, mas estava caro.

 

À noite, fomos num restaurante chamado "Picanha na Pedra" e comemos uma tudo bancado por eles. Na verdade, em Manaus, fomos agraciados com gastos zero!!! :)

 

16/03

 

Demos mais uma volta na cidade e retornamos para arrumar as coisas pela tarde. A noite fomos na praça em frente ao Teatro Amazonas nos encontrar com o amigo Walter (furikuri), tomamos umas cervejas num bar bastante famoso (depois lembro o nome). Lá pelas 22:30 meu primo Paulo passou para pegar-nos e nos levou a uma pizzaria. Tudo pago né, aproveitamos :)). Obrigado!

 

17/03

 

Fim da viagem :/. Acordamos bem cedo e pegamos nosso vôo da Bra. Balançou muito, mas deu tudo certo e chegamos muito bem. Graças a Deus!. Pra finalizar, no Aeroporto Internacional de Belém, todos passaram por uma vistoria. Demoramos uns 30 minutos para ser liberados comas bagagens. Até a próxima!

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  • 2 semanas depois...
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Marcelão, adorei seu relato, parabéns viu ! Pelo que vi a trip foi muito boa... espero um dia conhecer o norte do nosso país, uma região tão rica de cultura e valores.

 

um abração, obrigado por dividir sua experiência conosco

 

Celso

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  • 1 mês depois...
  • 5 anos depois...

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