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Dicas de saúde para quem vai viajar nas férias


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  • Colaboradores

De acordo com o roteiro planejado, o viajante precisa conferir quais as vacinas recomendadas para se evitar doenças transmissíveis.

 

Segundo a Enciclopédia Médica, as diarréias representam entre 50 e 68% desses transtornos, seguidos das infecções respiratórias (14 a 31%) e a febre (12 a 15%). Além de manter em dia o calendário vacinal, o viajante que não quer ter surpresas desagradáveis durante sua estadia pode se informar sobre as medidas preventivas que precisa adotar de acordo com o roteiro planejado, a duração da estadia e as atividades programadas.

“Mesmo quem vai para a Europa deve ficar atento com as doenças transmissíveis. Na Alemanha, houve recentemente um surto de sarampo – doença considerada controlada no Brasil desde 2000. E o Reino Unido registrou um surto de caxumba”, afirma o infectologista Rodrigo Angerami, médico-assistente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital das Clínicas da Unicamp.

 

O website http://www.viagemcomsaude.com.br dá informações sobre como prevenir doenças com vacinas, evitar riscos à saúde durante a viagem, enfrentar problemas jet lag, enjôos marítimos e falta de ar em grandes altitudes e se proteger contra o sol intenso, baixas temperaturas e picadas de insetos. Criado pela Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas do grupo Sanofi-Aventis, o site tem acesso livre e gratuito e possui cerca de 900 ilustrações e mapas, que fornecem dados sobre 223 destinos nos cinco continentes. Traz também notícias e links úteis como a lista de Centros de Orientação ao Viajante da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, clínicas particulares de vacinação, secretarias de saúde em todos os estados, etc.

 

TUDO EM DIA

O primeiro passo para uma viagem saudável é estar com a vacinação em dia. As crianças já são imunizadas pelo calendário oficial contra várias doenças, entre elas, o sarampo, a caxumba e a rubéola. Muitas pessoas chegaram à fase adulta desprotegidas, porque há pouco mais de 20 anos não existia vacina contra essas doenças. Por isso, jovens e adultos precisam receber a tríplice viral. Para as famílias com destino a áreas com altas taxas de sarampo, recomenda-se antecipar a imunização das crianças. A partir dos seis meses de idade, o bebê pode receber a vacina monovalente e a tríplice a partir dos 12 meses.

 

Ao seguir o calendário básico, é preciso não esquecer das doses de reforço. Para crianças entre quatro e seis anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a segunda dose de reforço de vacinas contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite. A pediatra Lucia Bricks, diretora médica da Sanofi Pasteur, lembra que muitos pais tendem a se descuidar da vacinação das crianças em idade escolar. “Alguns perdem o segundo reforço que, na rede pública, é dado até os sete anos de idade”, adverte. Nesses casos, uma opção de reforço é a vacina internacionalmente conhecida por Tetraxim, que pode ser administrada para crianças e adolescentes entre cinco a 13 anos.

 

INVERNO

Com a queda da temperatura, cresce a necessidade da vacina contra as gripes sazonal e pandêmica. E os pacientes crônicos, fumantes e asmáticos com mais de 19 anos precisam de uma proteção a mais: contra a bactéria Streptococcus pneumoniae, conhecida por pneumococo, responsável por até 30% das pneumonias decorrentes da gripe. “A gripe aumenta o risco das infecções bacterianas, principalmente as causadas pelo pneumococo, que atinge justamente as pessoas mais vulneráveis”, afirma o médico Rodrigo Angerami.

 

O CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenda a vacina polissacarídica 23-valente aos doentes crônicos, cardiopatas, diabéticos, imuno-comprometidos, maiores de 65 anos, asmáticos e fumantes maiores de 19 anos. Mesmo as crianças maiores de dois anos – que já tomaram as vacinas conjugadas contra o pneumococo – devem receber esta vacina que previne os sorotipos causadores das infecções graves.

A vacina polissacarídica, conhecida internacionalmente por Pneumo 23, contém 23 dos 90 sorotipos conhecidos do pneumococo, propiciando a cobertura contra 90% dos sorotipos mais agressivos. Ela é oferecida gratuitamente aos portadores de doenças crônicas maiores de dois anos nos CRIES – Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais do Ministério da Saúde. Os endereços estão no website http://www.saude.gov.br.

 

EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO

Como boa parte do território nacional é considerada área de risco para a febre amarela, os turistas precisam se informar se o destino da viagem está incluído nessas regiões. Em caso positivo, devem tomar a vacina nos postos de saúde ou nas clínicas particulares. A dose de reforço é necessária a cada dez anos.

Tomar a vacina contra a raiva antes de viajar é uma boa medida preventiva para os praticantes de ecoturismo, que vão fazer atividades em regiões silvestres, rurais e em cavernas. A raiva é transmitida pela mordida e arranhadura de um animal infectado. Por ser silvestre (morcegos e macacos) ou não (bois, cavalos cães, gatos). Quando este incidente ocorre, a pessoa precisa passar por uma avaliação médica e, se for o caso, tomar três doses da vacina. “O risco para o ecoturista é ser mordido ou arranhado por um animal infectado quando está em um lugar distante e demorar muito a chegar a um local adequado de atendimento”, diz Rodrigo Angerami.

 

Adolescentes e adultos devem se proteger contra a hepatite B, que é transmitida principalmente por contatos sexuais, uso compartilhado de seringas, injeções e transfusões de sangue contaminado e objetos cortantes (alicates de unha, lâminas usadas por barbeiros, tatuagens, piercings). “Quem não se imunizou, precisa se vacinar. E aqueles que começaram, devem completar o esquema de vacinação”, lembra a médica Lucia Bricks.

 

ÁGUA E ALIMENTOS

Os desarranjos intestinais são uma constante entre os viajantes ao redor do mundo - 50% deles são causados pela bactéria Escherichia coli enterotoxigênica, também chamada de ETEC. Para estimular as defesas imunológicas intestinais, a Sanofi Pasteur disponibiliza a vacina oral efervescente com sabor framboesa, conhecida internacionalmente por Dukoral.

Quando está fora de sua cidade, o turista deve evitar o consumo de alimentos crus, vendidos por ambulantes e de procedência duvidosa. Uma dica preciosa é trocar o consumo de água de torneira pela água mineral e evitar bebidas com gelo.

Outra doença oriunda do consumo de alimentos e água contaminados, que pode ser prevenida por vacina, é a hepatite A. De transmissão fecal-oral, esta infecção no fígado é comum em locais com saneamento básico precário – praias desertas, matas, vilarejos. Quanto maior a idade em que essa doença é adquirida, maior é a gravidade do quadro.

 

Quem vai viajar para o Exterior deve conferir se o seu destino está incluído na área de risco para a febre tifóide, que pode ser evitada pela vacina internacionalmente conhecida por Typhim Vi. Também causada pela ingestão de alimentos e água contaminados, a doença é endêmica na África (exceto as regiões do Norte e Extremo Sul), Sudeste Asiático, México, Bolívia e países da Costa Andina (com exceção do Chile).

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