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De Itutinga até Carrancas... a pé!


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TRAVESSIA CARRANCUDA NO SUL DE MINAS

A pequena Itutinga é normalmente conhecida por ser porta de entrada pra badalada Carrancas. Entretanto, a pacata cidade tem charme particular e detém atrativos q a tornam bem mais q mera coadjuvante de sua vizinha mais ilustre. É dela tb q nasce uma travessia q percorre campos de gramíneas de altitude, matas, gargantas, cristas, picos e campos rupestres. Não bastasse isso, junte os cenários alienígenas de “Sete Pedras” e do misterioso “Beco”, assim como pisar na relíquia viva da Estrada Real ou de visitar cachus de níveis respeitaveis. É a travessia Itutinga-Carrancas, q em 3 dias e 55km palmilha um conjunto de 3 serras consecutivas, a do Pombeiro, do Galinheiro e a de Carrancas, e conclui na cidade do mesmo nome. Uma pernada onde o cerrado, o sol inclemente e os contrafortes serranos compõem cenários q se complementam com a presença de inúmeras vertentes de água límpida, neste rincão privilegiado e pouco conhecido do sul de MG.

Desde q comecei minha peleja em travessias sempre fui reticente de q nunca “veria o mesmo filme duas vezes”. E mesmo deixando de lado, nestes casos, alguns ptos, detalhes e atrativos q possam ter passado desapercebidos nalguma trip, disse a mim mesmo q preferia morrer na ignorância a repetir qq caminhada ou travessia. Pois bem, o mundo dá voltas e a curiosidade aliada à saudade nestes últimos anos me impediu de morrer na ignorância e enfim quebrando minha promessa, repeti uma bela pernada q fizera mtos anos atrás! Ao invés daquela ocasião, onde me embrenhei sozinho no mato munido apenas de carta, bússola e precárias infos, desta vez fui com um grupo maior, conhecia razoavelmente o trajeto (desde q minha memória não me traísse) e fui devidamente calçado pras eventuais adversidades q por ventura surgissem no caminho. Uma delas foi q encarei a pernada não estando 100% fisicamente, pois estava debilitado por uma virose contraida dias antes. Mas como não ia dar pra trás por conta disso, procurei apenas manter sob controle os sintomas , traduzidas em mta dor-de-cabeça, indisposição e principalmente febre, com alguns comprimidos de Dipirona à mão.

 

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CHEGANDO EM ITUTINGA

Sendo assim e após uma tediosa viagem no precário bus da Gardênia (na qual quase ficamos na cidade errada, Macuco, após Lavras), saltamos eu, Laureci e Angelo na pacata Itutinga por volta das 4:30. Pacata em termos, pois a cidadezinha ainda festejava os “finalmentes” de seu carnaval interiorano, com direito a uma ruidosa moçada tomando sua “saideira”, muita sujeira espalhada nas ruas, barraquinhas de lanche encerrando expediente e palco de som já sendo desmontado. Com movimento alem do esperado, nos dirigimos à praça principal onde encostamos num banco à espera q amanhecesse até aguardar o restante da trupe: o Antonio, de BH; e o fotógrafo André Dib e a Cassandra, de Ribeirão Preto. Nos acomodarmos feito mendigos em torno do banco em frente da igreja-matriz e, entre latinhas de breja espalhadas no chão, cabeceamos de sono enqto alguns locais passavam nos dirigindo um olhar curioso e um ventinho frio nos obrigou a trajar agasalhos àquela hora da madrugada.

Assim q raiou e a cidadezinha despertava pra mais um dia, nos dirigimos à padoca local onde tomamos nosso desjejum e aguardamos o povo, q so chegou de fato por volta das 9 da manha! Itutinga esta localizada a 950m de altitude, é tb porta de entrada do Campo das Vertentes e embora esteja repleta de nascentes e belos cenários ainda não descobriu seu potencial turístico, sendo bem pouco visitada.

Pois bem, trupe reunida imediatamente colocamos o pé-na-estrada, as 9:45! Nos dirigimos através da rua principal, dividindo o calçamento com carros de leite, ate o extremo da cidade rumo a Pedra do Cruzeiro, marcado por antenas repetidoras no alto da Serra de Ouro Grosso. E uma vez ao sopé da mesma bastou seguir a sinalização q logo nos colocou no rumo certo, isto é, sentido Carrancas, ao sul. Pra minha surpresa a estrada (MG-451) agora esta asfaltada e foi por ela mesma q teríamos ainda q seguir por quase 6km!

 

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Aos poucos deixamos a cidade pra atrás singrando suavemente os ondulantes e enormes descampados de pasto e capim, onde já podiamos avistar o enorme paredão da Serra de Carrancas, se elevando da paisagem mineira a quase 1500m de altitude, ao longe. O silencio é quebrado somente pela brisa fresca, pelo cantarolar dos pássaros, pelos veículos q se dirigem pra muvucada Carrancas e pelo nosso blábláblá ao colocar fofocas em dia. Felizmente começamos o dia bem dispostos e este trecho sacal de asfalto passou ate q desapercebido. O dia amanhecera levemente nublado, mas àquela altura o céu se despira totalmente de nuvens ostentando um sol impiedoso martelando vigorosamente nossa cacholas! O maravilhoso firmamento, de variações de degradê do azul-claro, era apenas cortado sutilmente pelo risco alvo de um jato, à noroeste.

 

CACHU DO RAULINO E SERRA DO POMBEIRO

Hora e meia andando pelo asfalto e, logo após de um aclive c/ vistas p/ espelho dágua da Represa de Camargo dando mostras de estiagem, temos uma descidona em direção ao som da 1ª queda dágua, a Cachu do Raulino, da qual já avistamos seu risco branco ao longe em meio à morraria. Chegando numa pequena casinha à beira de estrada, deixamos o asfalto e tomamos o caminho de terra à direita onde subimos um morro florestado, q nos refresca com sua agradável e aprazivel sombra. Cruzamos uma porteira e seguimos por um largo trilho q vai ladeando o mesmo morro p/ leste. Aqui deixamos a vereda e descemos a encosta através do alto capinzal até dar na encosta oposta, onde contornamos um pequeno brejo no qual eletricas libélulas zanzam aqui e acolá. Na sequencia, por sucessivos trilhos de vaca bordejamos o morrote sgte ate dar no sopé da cachu propriamente dita, as 11:40, cujo rugido de suas águas semi-escuras aumentava conforme nos aproximávamos.

A Cachu do Raulino é composta de dois níveis e impressiona pelo porte avantajado de suas quedas e enorme volume de água q despenca das mesmas, a mais de 30m rocha abaixo! Na prainha ao sopé do segundo nível de quedas havia um povo já acampado e uma pequena muvuca, q dispensamos. Atraves de uma escadaria cavada na rocha à direita da cachu, subimos até o 1º nível, onde um gde poção ao sopé da ruidosa queda dágua serviu de pretexto pra nosso primeiro pit-stop da pernada. Donos absolutos do pedaço, nos esprememos no exíguo espaço entre a escadaria e a encosta íngreme do paredão, e lá mandamos ver um lanche enqto os mais ousados ou deram tchibum no poção ou foram sentir de perto a força da água despencando na cachu.

 

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Revigorados, as 12:30 retomamos a pernada subindo ao alto da cachu através de uma discreta picada em meio à mata, galgando suavemente o paredão direito da queda dágua. E num piscar de olhos nos vimos num agradável gramado às margens de outro gde poção de águas escuras. O sol e calor daquele inicio de tarde tavam de fritar miolos, e como em tese nosso cronograma estava mais q adiantado nos permitimos mais um momento de relax e tchibuns, embora tivéssemos dificuldade em encontrar alguma sombra já q o local é quase q totalmente aberto e desprotegido. Dane-se, nos acomodamos no sopé de alguns arbustos e enqto uns se banhavam no rio da cachu (q pela carta corresponde ao Córrego do Quilombo), outros apenas descansavam no capinzal ou nos lajedos, e outros mais exigentes e firulentos iam atrás de água pra abastecer os cantis, embora aquela do rio fosse mais do q potável!

Pois bem, aquele marasmo e relax estendeu-se ate quase 14:30, mas já tava na hora de colocar o pé-na-trilha! Meio q à contragosto, ajeitamos as cargueiras nos ombros e, após cruzar uma cerca, galgamos suavemente o capinzal à direita do rio ate dar na ampla crista q marca o alto da Serra do Pombeiro. Daqui bastou tomar rumo oeste, isto é, acompanhar a crista indefinidamente! Mais mudanças: onde antes havia um precário trilho arenoso cruzando a campina salpicada de cupinzeiros, agora havia uma precária estrada de terra singrando o alto da serra, cruzando uma vegetação ressequida de cerrado q se alternava com improváveis plantações de eucaliptos descaracterizando a paisagem de anos atras. Mas não demora à tal estrada interceptar outra perpendicular e logo nos vemos andando por um simplório carreiro q percorre o alto dos 1160m Serra do Pombeiro, de acordo o GPS do Angelo. Agora nossos horizontes de ampliam e vistas generosas surgem de ambos lados, seja na forma do paredão onipresente da Serra de Carrancas à nossa esquerda, ou os mares de morros desnudos q dominam o trajeto entre Itutinga e Itumirim, à direita!

 

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A partir dali a pernada mantem-se naquele mesmo compasso indefinidamente, sempre palmilhando o capinzal em meio ao capinzal e alguma vegetação de cerrado, eventualmente salpicado de afloramentos rochosos apontando pra nordeste, típicos do Espinhaço! O chão tb se encontra forrado de umas plantinhas rasteiras bem coloridas – de folhas lustrosas, avermelhadas e lilases, q parecem ser de plastico – q destoam do gramado verde e do solo claro de quartzito. As15:30 cruzamos um decrépito cocho q dispõe de alguma água, mas nos passamos batido, nos mantendo sempre na crista da serra! Contudo, a esta altura o calor sufocante da tarde e o sol inclemente no rosto já se fazem sentir e qq sombra (embora rara) é motivo pra parada pra descanso, inclusive a de uma torre de alta tensao!

Mais a diante a campina cede lugar a campos rupestres maiores, onde a presença de rochas maiores tende a nos atrasar ainda mais com sua bem-vinda sombra, as 16hrs! De fato, o calor esta insuportável e começo a sentir uma leve pontada na nuca por conta disso, mas q busco ignorar embora as breves (e constantes) paradas sejam mais q bem-vindas e permitem q eu literalmente desabe no chão, exausto. A Lau tb não deixava por menos nas paradas, pois tb passava mal com o calor daquele horário! Cruzada uma porteira e apos bordejar um enorme maciço de afloramentos rochosos pela esquerda assinalando um amplo cume daquele alto de serra, podemos olhar por sobre o ombro e apreciar Itutinga, pequenina, à nordeste!

Mas após quase 15km andados naquele dia já era hora de pensar nalgum pto de encostar nosso burro, e ele se traduz no enorme descampado em meio a gdes afloramentos rochosos q providenciavam certa proteção à eventuais ventanias. São 17:40 e é ali mesmo q jogamos as mochilas no chão, desfalecidos! Dali em diante a Serra do Pombeiro inicia uma descida recortada em morrotes menores rumo Itumirim, q não é nosso destino!

 

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Montado acampamento, O André e a Cá ainda se dão luxo de ir atrás de água num vale próximo enqto o restante dá inicio aos preparativos do indefectível ritual da janta, de preferência ainda com luz natural. E assim q o sol se debruça no horizonte, tingindo o firmamento de tons alaranjados pra dar lugar ao mais puro breu, nossos estômagos já estão mais do q forrados! Fogareiros ronronam enqto mastigamos nossas provisões q não fogem mto do bom e tradicional miojo, mas q aquela altura é o nosso manjar dos deuses! Mas assim q a noite cai no alto de quase 1200m da Serra do Pombeiro, tds já se encontram em suas respectivas tendas, prontos pro seu merecido sono dos justos, apesar do Angelo e Antonio ainda encontrarem forças pra tagarelar noite adentro. O dia sgte seria bastante puxado e era recomendável tds estarem recuperados daquele dia exaustivo! Por sua vez, a madrugada fora bem fresca e ventara razoavelmente; coalhada de estrelas, as únicas luzinhas destoando do breu noturno eram as de Itutinga, cintilando intermitentemente à nordeste.

 

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DA SERRA DO GALINHEIRO ATÉ O “BECO”

Levantamos preguicosamente as 7hr da matina de domingo e tomamos calmamente nosso desjejum, apesar do atraso de nosso cronograma. O dia amanhece radiante, com o astro-rei surgindo vagarosamente no horizonte, lançando seus raios pela vastidão dos campos do Espinhaço! Levantamos acampamento logo a seguir, dando inicio à pernada por volta das 8:30hrs. Felizmente tds tiveram uma boa noite e estavam revigorados pra pernada daquele dia, q não seria das mais fáceis.

Deixamos o amplo topo da Serra do Pombeiro pra começar a descer suavemente suas encostas de pasto, visando claramente uma estradinha de terra no fundo do vale, quase aos pés do inicio da Serra do Galinheiro, ao sul. Pra isso temos q descer diagonalmente, buscando sempre pelos descampados menos íngremes. Lentamente, vamos perdemos altitude ao mesmo tempo q cruzamos afloramentos rochosos menores ate alcançar alguns trilhos de vaca indo na direção desejada, sinônimos de descida segura! No caminho, o André delirava com a estupenda iluminação natural, q destacava maravilhosamente o brilho do capinzal q agora dançava ao sabor da eventual leve brisa e proporcionou ótimas imagens registradas pela sua câmera frenetica! Olhando à oeste, após a continuidade recortada da Serra do Pombeiro podíamos vislumbrar perfeitamente os contornos abaulados do Morro da Baleia, acidente geográfico q realmene lembrava uma cachalote no horizonte!

 

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Navegando sempre visualmente, as 9hrs atravessamos com um foco de mata contendo água puríssima q abastece provisoriamente nossos cantis e refresca nossa goela. Dali segue-se uma sucessão de suaves morrotes (sem trilha) ornados de altos cupinzeiros ate alcançar finalmente um trilho maior, já bem mais abaixo, q vai de encontro na estradinha desejada. Antes, porem, cruzamos mais um foco de mata e chapinhamos através de um riachinho raso e logo nos vimos pisando na estradinha, as 10:30!

Mal chegamos na dita cuja e a Cassandra foi de encontro na primeira casinha do caminho, pois estava atrás de um telefone onde pudesse dar noticias à sua prole. A fazendinha em questão atendia pelo nome de Faz. Pombeiro, onde me recordo ter conhecido Dna Fiinha e Seu Valdir, simpáticos locais prontos prum dedo de prosa, dos quais aparentemente não vi sinal! Entretanto, qdo a Cassandra retornou após ter conseguido sua tão almejada ligação, contou q o povo la dentro se recordou “do boliviano mochilado” q aparecera anos atrás por lá!

Uma vez na estrada bastou acompanhá-la durante um tempo, alternando suaves sobe-e-desces pela morraria sgte e alguns mata-burros, de modo a ficar cada vez mais próximos das encostas da Serra da Mata do Coelho (q na carta consta como Serra do Galinheiro), q nada mais é a cadeia de morros próximos visiveis, à esquerda. Algumas bifurcações na estrada mas aqui a navegacao é puramente visual, bastando tomar sempre o ramo da esquerda. Este trecho de estrada q pode ser sempre tedioso e sacal tb teve seus atrativos, seja na forma de belos córregos cruzados como nos coloridos tucanos q pontilhavam o arvoredo às margens da mesma.

 

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Deixamos a estrada assim q a mesma tangenciou uma rústica fazendinha ao sopé da Serra do Galinheiro, pra depois se afastar sentido noroeste, rumo as Cachus das Andorinhas e das Aranhas, atrações locais situadas em propriedades particulares. Tomamos entao uma picada q nos levou ao casebre principal e dali bastou acompanhar outra picada menor q galgava lentamente as encostas desnudas da serra almejada. Apesar da baixa declividade, novamente o desgaste maior resultou do sol e calor seco e sufocante daquele horário! Mas após passar uma cerca (elétrica!?) e saltar uma muretinha de pedras, bastou tomar uma discreta picada q visivelmente percorria em nível a encosta direita da Serra do Galinheiro, em meio a uma retorcida e ressequida vegetação de cerrado, com destaque a inúmeros pequizeiros no caminho!

Depois de tomar umas bifurcações equivocadas q não levavam a lugar algum num baixo arvoredo, tomamos a q sempre se mantinha em nível, à esquerda, sempre costeando a serra pela direita! E enqto avançávamos o som de muita água correndo logo adiante àquela altura soava como musica aos nossos ouvidos! Dito e feito. Não demorou q a picada desembocou no alto de uma piramba de pasto e a visão q descortinou-se aos nossos pés imediatamente nos revigorou naquele horário de sol inclemente do 12:30! O ruidoso Ribeirao do Maroto serpenteava mansamente o vale raso q havíamos alcançado, em meio a belos e convidativos poços e cachus q fizeram nossos olhos brilharem diante aquela visão paradisíaca, um verdadeiro oasis em meio ao causticante cerrado! Descemos a piramba aos ziguezagues e cruzamos cautelosamente o riacho até dar na outra margem, onde largas lajotas e prainhas fluviais dispunham ainda de boa e refrescante sombra e foi lá mesmo jogamos as mochilas pra nos presentear com um longo e merecido pit-stop de descanso, lanche e banho! O Ribeirao do Maroto nasce num estreito selado no alto da Serra do Galinheiro e despenca montanha abaixo sob a forma de varias cachus. A maior delas, a Cachu do Maroto, estava logo acima de onde nos havíamos instalado, era bastante larga e terminava num pocinho ligeiramente raso. No entanto, onde estávamos já estava de bom tamanho, pois alem das corredeiras e cachus próximas, descendo pela margem do riacho uns 20m havia um enorme piscinao q boa parte dos integrantes da trupe fez questão de utilizar pra fins auto-refrescantes! Pra completar a paisagem daquele belo vale, uma revoada de borboletas de um azul vivo e beija-flores colorem o ambiente de maneira singular.

 

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Mas td q é bom dura pouco, e hora e meia depois deixamos aquele lugar paradisíaco pra dar continuidade à nossa jornada, a contragosto! Dali tivemos q escalaminhar a encosta acima da gente num trecho menos íngreme, nos agarrando no q estivesse à mao fossem rochas ou arbustos, de modo a atravessar um pequeno foco de mata ganhando altitude ate dar em campos mais abertos, logo acima. No caminho, pudemos ver o Ribeirao do Maroto serpenteando o vale em meio a cachus bem maiores e quedas impressionantes! Quem sabe motivo de exploração numa outra ocasião, não?

Uma vez no alto, alcançamos uma picada q ia no sentido desejado, q bastou acompanhar suave e desimpedidamente rumo à crista da Serra do Galinheiro (sul), seja em meio a vegetação de cerrado ou através de vastas campinas! A subida, embora relativamente curta (desnível de 200m) é muito desgastante não por dificuldades topograficas e sim pelo sol e calor sufocantes, nos obrigando a varios pit-stops no caminho, de preferência sob a precaria sombra das poucas, mirradas e retorcidas arvores desfolhadas do trajeto. Sombra esta q foi disputada à tapa pelo pessoal!

Alcançado uma espécie de pré-crista, somos recompensado pela visão do primeiro platô cujo verde-claro salpicado de pequenas arvores destoa maravilhosamente da mata queimada, lembrando vagamente a savana africana. Atravessamos este pequeno platô rumo à crista da serra, cada vez mais próxima, mediante esforço hercúleo da Lau. Após contornar a base de um morro desta crista e subi-lo vagarosamente pela sua encosta esquerda, chega-se ao topo propriamente da serra, onde temos uma visão panorâmica de td trajeto percorrido ate entao. Pausa p/ descansar, fotos e deixar a suave brisa refrescar os corpos suados e tostados pelo sol. André aproveitou a paisagem pra clicar sua eterna modelo, a Cassandra, enqto o Angelo aproveitava a deixa pra clicá-la tb, metralhando a incauta moça com cliques furtivos!

 

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Agora é so andar pela crista através de campos rupestres - ora saltando pedras e lajes, ora andando por terreno mais amplo e descampado – sempre pro sul. A visão aqui é digna de nota: ao sul, o recorte claro da Serra da Mantiqueira, à sudeste, a interminável Serra de Carrancas se espicha por mais de 15km; ao norte, a longa crista da Serra do Pombeiro delimitando o horizonte; à noroeste, os contornos da Pedra da Baleia; a nordeste, a agora pequena represa de Itutinga, e à oeste um canion por onde desce o Rio Capivari, acompanhado por uma linha férrea q tem estação em Carrancas, mais ao sul.

Andando pelo topo abaulado da serra, ganhamos sucessivos descampados q dominam os cocorutos sgtes, tds planos e ideais pra camping, salpicados de mtas formações rochosas singulares tb. Ate q finalmente não há mais pra onde subir a não ser seguir apenas em frente. Estamos no derradeiro platozao no alto da serra, enorme e plano, coberto apenas de capim. Contrariando a ordem natural das coisas aqui não sopra brisa alguma, o q aumenta a sensação de calor deste topo de serra, q por sua vez vai minando lentamente nossas forcas (principalmente da Lau) como tb nosso estoque de água, razão pela qual racionamos parcimoniosamente nosso precioso liquido!

Mas basta seguir pro interior do amplo descampado q topamos com uma suave baixada, onde 200m abaixo um bucólico e improvável “vale” surge como oásis no alto da serra, principalmente pela possibilidade de encontrar vestígios de agua! Esse vale atende pelo nome de “Beco”, e corresponde à “esquina” da junção da Serra do Galinheiro e a Serra de Carrancas. O nome não poderia ser mais apropriado, pois o local é uma quina isolada de td e, historicamente, exércitos eram encurralados entre as escarpas. Dizem q o local tb serve de pouso de discos voadores, mas aí já é outra historia..Ops, esqueci q estamos relativamente perto de São Tome das Letras. Ta explicado.

 

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Pois bem, descemos então cuidadosamente a encosta q alterna capim e terra, mas logo encontramos um trilho q nos faz perder altitude num piscar de olhos com mais segurança. Uma vez no “Beco”, foi so ladear o capao de mata verdejante no qual pudemos ouvir claramente água marulhando nalgum lugar, o q era bom sinal! Eu e a Lau ficamos atrás, nos recuperando do extremo desgaste q o calor daquele horário impunha, mas logo depois alcançamos os demais, q felizmente haviam feito um pit-stop à sombra de um arvoredo proximo. Lá haviam encontrado um pequeno córrego em meio à mata q, cujas águas cristalinas, alem de encher os cantis nos providenciou um banho revigorante, as 17:30! Contudo, apesar dessa boa noticia, a Lau não sentia-se nada bem e eu ainda por cima já começava a sentir pontadas nas têmporas, sinal de febre iminente, alem de um atípico cansaço geral! Por conta disso, mal chegamos ali q desabei no chao, exausto, na tentativa de me recuperar o qto antes, ignorando as nuvens de pequenos borrachudos q insistiam em se fartar de nosso sangue!

Retomamos a pernada quase as 19hrs, cientes q ainda teríamos tempo de luz suficiente ate alcançar “Sete Pedras”, q originalmente era nosso local de pernoite. Errado. Foi ai q minha memória me traiu - provavelmente pelo meu estado febril - e não atentei ao momento em q tomamos uma picada q cruzava o riacho, e perdia altitude ao mesmo tempo q bordejava o arvoredo e q nos levou bem ao fundo de um vale. Opa, havia alguma coisa errada pois não me recordava de ter passado por ali! Apesar de haver um pouco de lógica em descer ao sopé do morro e depois subi-lo, de preferência com trilha, era mais sensato seguir pelo certo ao incerto, principalmente com o dia findando!

Retornamos ao cruzamento do córrego à procura de vestígios de alguma picada do lado esquerdo do arvoredo, de preferência costeando as montanhas q delimitavam o “Beco” à leste. Mas como o dia já estava no fim e os últimos raios de luz apenas iluminavam o topo das montanhas q nos cercavam, decidimos pernoitar por ali mesmo, próximo do vale e principalmente da água. Àquela altura eu já suava feito um porco e minha cabeça parecia explodir, tanto q mal montei a barraca e me enclausurei imediatamente, após me entupir de remédios q aliviassem a situação. Apenas lamentei não ter podido fazer a tradicional social com o pessoal durante a janta coletiva. Mas depois soube q o pessoal divertiu-se a beça numa rodinha, com direito ate a janta à luz de velas providenciada pelo André e Cá.

 

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Fora isso, a noite transcorreu de forma similar á anterior, isto é, estupidamente estrelada! Igualmente agradável e fresca, sem frio algum, possibilitou dormir ate fora do saco de dormir, sem necessidade inclusive de sobreteto. A leve brisa remexendo a barraca, acompanhada do som de cigarras, grilos e algumas corujas, foram os únicos sons rasgando o silencio da noite. Sons q compensavam os quase 15km percorridos naquele dia. De madrugada, ao sair pra “regar a moita” pude reparar, à sudeste, as luzes de Carrancas resplandecendo no bréu noturno, recortadas pela silhueta da cadeia montanhosa da serra do mesmo nome!

 

POR “SETE PEDRAS” E PELA SERRA DE CARRANCAS

A manha sgte despertamos bem mais dispostos assim q o Astro-Rei lançou seus primeiros raios sobre os contrafortes do “Beco”, depois das 6hrs. Sentia o corpo moído e dolorido, mas felizmente estava livre de qq tipo de dor-de-cabeça. Rapidamente levantamos acampamento, e enqto nossas mochilas engoliam nossas tralhas a gente mastigava vigorosamente nosso desjejum. E assim pudemos iniciar nossa pernada por volta das 8hrs, decididos a otimizar o máximo o tempo de pernada caminhando ainda qdo o sol estivesse mais ameno.

Dessa maneira, acompanhamos durante um tempo uma tênue picada ao sopé dos morros à leste, saltamos uma muretinha de pedras, e enveredamos sinuosamente em meio ao arvoredo até desembocar num descampado de capim, já quase na base das montanhas limitando o “Beco”, ao sul. Dali bastou galgar suavemente a campina ate ganhar novamente a crista da serra, 100m acima. No caminho, um pequeno susto ao esbarrar com marimbondos q terminaram picando o Antonio e a Cassandra, q firme e forte sequer se abalou com os mimos ganhos dos insetos.

 

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Uma vez no alto, bastou acompanhar a crista através do pasto em direção sempre leste ate cair numa trilha bem batida q ia no sentido desejado. Num piscar de olhos caímos num gde vale rochoso, um platô dominado por enormes formações pedregosas e vários lugares favoráveis pra pernoite. Estavamos em “ Sete Pedras”, as 8:40, um dos locais considerados “mais misteriosos” da região em função dos estranhos monumentos esculpidos pela natureza no arenito, se assemelhando a ruínas de uma cidade da qual so restaram as colunas! Àquela hora da manha e com a iluminação favorável, o local transpira um “quê” de místico e mágico, e foi la mesmo q jogamos nossas cargueiras no chão pra cliques e algum descanso. Eu e a Lau desabamos na sombra enqto os demais -principalmente os fotgrafos de plantão - subiram ao alto das formações rochosas maiores atrás de boas imagens. O q eles não sabiam é q as vedetes de “Sete Pedras” estavam um pouco mais à leste, na encosta, abaixo de onde eles se encontravam. Assim, o “Portal”, a “Pedra do Guardiao”, a “Pedra do Altar”, do “Elmo” e do “Astronauta” deixaram de ser oficialmente registradas.

Meia hora depois dávamos as costas à “ Sete Pedras” acompanhando uma picada q virava suavemente p/ nordeste, sempre no alto da serra, e após uma nova muretinha de pedras, envereda em direção ao Pico do Cupim, o cocoruto imponente q destoa neste inicio da Serra de Carrancas. Agora não tem erro algum, é so seguir os 15km de crista da serra longitudinalmente sentido leste, afastado ou não da beirada, onde estão os maiores (e abruptos) desníveis de Itutinga q se traduzem em imensos paredões de rocha sedimentar de quase 300m!!

 

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Contornando o Pico do Cupim pelos descampados da direita, atravessamos um pequeno foco de mata dispondo de agua até cair numa bucólica campina verdejante q sobe suavemente ao cocoruto sgte. Uma vez na borda da serra, dominada de algumas gramíneas, arbustos e campos rupestres, é so tocar sentido leste indefinidamente apreciando o visual e sentido a brisa soprando no rosto. Apesar de ser um rincão isolado, é possível avistar tucanos, maritacas e gaviões, q nidificam nas encostas montanhosas, abismo abaixo.

Assim avançamos acompanhando a serra, eventualmente com subidas e descidas suaves ao longo do trajeto, onde temos uma breve pausa à sombra de uma gomeira solitária. Daqui vemos já o qto andamos desde os dias anteriores e todas as referencias visuais de um outro ângulo, como por exemplo a Serra do Galinheiro se esparramando pro norte. Não há como descer os abismos, pois alem de íngremes e verticais não há trilha visível pra isto. Abaixo, gramados, fazendas esparsas e alguns açudes artificiais colorem de vários tons td a baixada.

Sempre nos mantendo na crista, saltamos algumas muretinhas baixas de pedras até dar num trecho de capim queimado, quase bordejando a encosta serrana em declive. A partir daqui a trilha é confusa e aparenta sumir, mas ela é interceptada logo adiante. Contudo, não demora a topar com um gde foco de mata obstruindo nosso caminho. Mas bastou escalaminhar cuidadosamente a encosta queimada de pasto à nossa direita q logo alcançamos novamente a crista da serra, onde o caminhar novamente tornou-se agradável e desimpedido em meio à vasta campina.

 

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Nesse compasso inabalável, as 11hrs damos numa precária estrada no alto da serra, q simplesmente bastou acompanhar ate o final. Ora nos afastando da beirada da serra ora bem próximo dela, a estrada descortina impressionantes visus ao redor, seja das gargantas abruptas serranas a serem contornadas como tb da continuidade da serra propriamente dita, onde a estrada parece se perder no horizonte, à leste, acompanhando o topo abaulado e sinuoso da serra.

O calor do meio-dia comeca a martelar a cachola mas nem a suave brisa consegue refrescar o corpo desgastado, e inúmeras paradas são necessárias a partir daqui, de preferência à sombra das escassas e mirradas pequenas arvores q eventualmente surgem à beira de estrada. Diferentemente dos dias anteriores, hj há algumas nuvens pairando no céu e nosso desejo maior é q alguma delas se posicione gentilmente na frente do sol escaldante, sem sucesso. A água do Antonio tava no limite e se vê obrigado a buscar num pequeno foco de mata no caminho, embora eu tivesse alertado td mundo de se abastecer bem no inicio do dia, dada a escassez do precioso liquido durante td manhã. Nosso consolo era q já podíamos avistar Carrancas 8km à sudeste, pequenina em meio à morraria. Cruzamos assim varias porteiras no caminho, e após mais algum sobe-e-desce singrando o capinzal, passamos pelo local chamado de “Salto”, uma precária rampa de asa-delta onde um povo curtia um para-gliding.

 

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A VOLTA

Pisamos no asfalto da MG-451 exatamente as 14:30, onde descemos pela estrada coisa de 1km ate uma pequena e discreta ponte, onde abaixo marulhava um pequeno córrego em meio à mata. Pausa pra descanso sob a refrescante sombra do arvoredo, pra breve lanche, coleta de água, mas principalmente pra tomada de decisões, as 15:30. Como nosso cronograma geral já estava bem atrasado, resolvemos abortar a idéia original de prosseguir ate Minduri (q nesse ritmo nos consumiria + 2 dias e meio, pelos meus cálculos) e findar a pernada em Carrancas, com tempo de sobra pra descansar e retornar à casa, sem estresse na volta. Sendo assim, pusemos pé-na-estrada novamente através dos 5km restantes q nos separavam da simpática Carrancas, enqto carros buzinavam ruidosamente diante nossa passagem. Após um marco da Estrada Real e faltando quase 1km e meio ate a cidade, na altura do Rio Carrancas, deixamos o asfalto em favor de uma estradinha poeirenta de terra à direita e ,sempre seguindo em frente, chegamos no simpático “Camping da Toca”. Apesar de estar completamente lotado de turistas, por sorte conseguimos arrumar vaga pra nossas barracas! Antes, porem, uma parada no restaurante pra bebemorar merecidamente a empreitada, de 55km totalizados segundo o GPS do Angelo.

Depois de nos entupir de breja e devorar uma suculenta porção de frango e berinjela frita, acomodamos nossas barracas em meio à muvuca-bicho-grilo-riponga e pegamos nossa senha pra usufruir dos banheiros coletivos, q deixavam a desejar no quesito higiene. Mas beleza, nada é perfeito, ne? À noite consumimos o restante de nossos mantimentos numa animada janta coletiva, pra em seguida nos debruçarmos em nossas respecitvas tendas pois no dia sgte deveríamos levantar cedo. Ou pelo menos tentar dormir, já q nossos vizinhos neo-hippies insistiam em entupir nossos ouvidos com td repertorio acústico do Legiao Urbana e Raul Seixas! Por sorte o dono do camping deu um jeito nesse “refugo de Woodstock tupiniquim” e a noite transcorreu ligeiramente tranqüila, sem maiores intercedências.

 

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A terça-feira amanheceu radiante e, bem dispostos e revigorados, tomamos nosso café ao mesmo tempo q arrumávamos nossas coisas! Nos despedimos do Antonio (q ficaria ali pra tomar o busao pra BH mais tarde) e nos dirigimos ao asfalto, à altura da placa do Rio Carrancas, onde ficamos aguardando o busao pra Lavras juntamente com outra galera. O busao passou pontualmente as 10:10hrs e nele embarcamos confortavelmente, cunhando sabiamente nossa decisão de ter encerrado a pernada ali. Enqto o busao se afastava da Serra de Carrancas, as imagens dos dias anteriores ainda permaneciam bastante vividas na memória, assim como meus lábios ressequidos estarem já precisando de manteiga de cacau, pois já comecavam a rachar dolorosamente. Quem sabe volte aqui uma outra ocasião. Quem sabe. Nos despedimos do André e a Cassandra, q saltaram do bumba em Itutinga e la buscariam sua possante Troller pra voltar pra RP. Em contrapartida, mal chegamos em Lavras, as 11hrs, imediatamente embarcamos nos últimos lugares disponíveis num busao q recém-deixava a rodoviária rumo à “Terra da Garoa”, onde finalmente chegamos embalados no mundo dos sonhos la pelas 17hrs.

 

Enquanto isso, Itutinga continua sua pacata rotina de viver à sombra de sua companheira mais ilustre. Mas quem sabe isso mude dentro de médio prazo, como pude constatar em relação às minhas incursões anteriores à regiao. Com charme e identidade próprias, a cidade lentamente vai se adaptando aos novos tempos e provavelmente mais mudanças estejam sendo semeadas aos poucos. De preferência mudanças positivas, pois com a implementação de novas estradas onde antes havia carreiros há uma pequena possibilidade desta bela travessia vir a se descaracterizar futuramente. Por ora, nos resta ainda aproveitar este rincão semi-selvagem do sul de MG enqto ainda é tempo, e torcer pra q a paisagem de campinas, campos rupestres e cerrado se mantenha indefinidamente. Afinal são quase 55km de trilha cênica q honraria qq cidade digna de nome. Seja ela a pacata Itutinga ou a beata Carrancas.

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  • Membros de Honra

Relato muito bom, Jorjão !!!

Eu já tinha ouvido falar de parte desta travessia , na extinta revista do Beck. Na época não achei grande coisa, mas lendo seu relato me animei a faze-la em um futuro próximo.Tenho um monte de perguntas pra fazer, mas como você não responde mesmo pór aqui , quando eu for vou deixar pra perguntar pessoalmente.

Um abração.

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  • Membros de Honra
Relato muito bom, Jorjão !!!

Eu já tinha ouvido falar de parte desta travessia , na extinta revista do Beck. Na época não achei grande coisa, mas lendo seu relato me animei a faze-la em um futuro próximo.Tenho um monte de perguntas pra fazer, mas como você não responde mesmo pór aqui , quando eu for vou deixar pra perguntar pessoalmente.

Um abração.

 

Divanei, a travessia do Beck q vc se refere é a q costeia Carrancas pelo leste, via Chapada das Perdizes e vai dar em Minduri, q é bem diferente da q fizemos! Eu ja fiz tb ela por mera curiosidade e nao achei tb gde coisa, principalmente pq seu percurso se vale 70% de enfadonhas estradas de terra e é bem escassa de água! A Itutinga-Carrancas ja consegue unir visual e muita água (tchibum!), algo fundamental qdo o sol no percurso ta de rachar côco!

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  • Membros de Honra

Jorge,

Achei o lugar legal e muito bonito. Gosto muito do cerrado. Carrancas eu já conhecia, mas me diga uma coisa, voces seguiram por algum caminho já existente ou meteram a cara com o gps e foram explorando por conta própria ? Eu consigo o mapa em algum lugar ?

Abração.

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  • Membros

O segredo é saber entrar quase no início do Galinheiro. Veja o Z (Pombeiro, Galinheiro e Carrancas) no Goggle. Daí é só subir e ver que de cima tudo fica fácil. As referências, quando se está em cima ficam evidentes. Basta caminhar pelas cristas. Algum cerradinho vai aparecer, mas, é relativamente fácil atravessá-los (tem trilha). O fato é que ao longo da travessia a trilha aparece e some, aparece e some....................Para achar Sete Pedras, preste atenção em 2 cocurutos à sua esquerda quase no final do Galinheiro (próximo ao vértice). A entrada para Sete Pedras fica um pouco antes, à sua direita.

Essa travessia vale muito !!!

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  • Membros

Divanei, eu e minha mulher já fizemos esta trilha. Sei somente que foram poucas as pessoas que já fizeram esta travessia.

Quando fizer, não esqueça de acampar em frente ao Cupim, fora do descampado. Arme a barraca próximo as rochas, pois logo abaixo, em direção ao paredão tem um pequeno córrego que dá pra tomar um belo banho. Montada a barraca, suba o Cupim e veja o pôr do Sol. Leve lanterna e desça no escuro. Se bem que nem vai precisar se tiver Lua. Aliás, naquele dia ela iluminava tudo. Vai fundo !!!

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  • 5 meses depois...
  • Membros

Olá pessoal moro em itutinga mg,e fiquei muito feliz com a reportagem,e respeito da travessia de itutinga para carrancas onde vocês falam sobre a maravilhas escondidas de itutinga, e concordo plena-mente com suas palavras,itutinga ainda tem muito o que mostrar e parece que isso já esta tendo um pequeno sinal de mudanças,já que itutinga apresenta um grande acervo de maravilhas naturais para pratica de diversos tipos de esportes radicais com parceria da natureza,a varias cachoeira,represas, Camping,montanhas,vales para serem explorados. agradeço a visita em minha cidade e voltem sempre!!!!!!!!

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100902170805.jpg 500 375 Legenda da Foto]Cachoeira do Raulino [ ].[/picturethis]

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