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Sem Limites em Paranapiacaba (ou, a Trilha do Bar da Zilda)


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  • Membros de Honra

Esse relato seria o relato de uma trilha... mas acabou (exatamente como previsto) sendo uma trip louca de um bando de bebado.

 

Bom, São Pedro anda sabotando os fins de semana da galera que curte uma trilha, então, depois de passarmos o ultimo feriado trancafiados em casa, pensamos num rolê com uma proposta diferente: já que é pra molhar tudo mesmo, com ou sem chuva o rumo do fim de semana era Paranapiacaba. Se o tempo estivesse mais ou menos, íamos nos enfiar no mato pra curtir uma trilha e depois ir pro bar; se o tempo estivesse ruim... bom, ainda nos restava o bar e curtir o Festival de Inverno na cidade.

 

Marcamos então eu, Katia, Alvaro, Fabio, Felipe, Vivi e o Eros, de sair daqui "com mala e cuia", passar o sábado em Paranapiacaba e, pra nao ter que voltar bebado (que era a unica certeza!), acampar no "Simplão de Tudo". A Claudia, Bonilo, Ernani, Eli e Bárbara também iriam nos acompanhar, mas não poderiam encarar o pernoite, indo só pro bate-e-volta básico.

 

Marcamos de nos encontrar no Extra da Anchieta as 07h30, mas como tirar esse povo da cama é dureza, quem chegou primeiro teve que encarar os atrasildos. Foi sem querer, mas atrasamos mesmo! Depois de se perderem na saida da Anchieta, ganhando um tour pela av. Rudge Ramos em Sao Bernardo, os próximos a chegar baixaram no extra mais de 09h00 e a katia nem tinha saído de casa até aquele momento. Acabamos tendo uma baixa, da parte da Cláudia e do Bonilo, que desistiram do passeio. Como a Kátia ainda prometia demorar horrores, resolvemos seguir direto pra Paranapiacaba e nos encontrarmos por lá.

 

Seguimos o caminho pela Anchieta até a saida para Riacho Grande, pegando um trecho da Caminhos do Mar, pra desembocar na Indio Tibiriçá. O caminho, apesar de bem mais longo que ir por dentro de Santo André e Mauá seguindo a linha do trem, é bem sinalizado e com boas estradas, conta ainda com um visual bacana da represa que faz valer a pena os kilometros rodados a mais. Logo entramos em outra estradinha (SP122) rumo a Rio Grande da Serra. Antes mesmo de chegarmos perto da vila de Paranapiacaba ja tivemos um prenúncio do que íamos ver no fim de semana todo: nada! A neblina em alguns pontos era tão forte que dava pra abrir na faca! hehehe

 

Como está rolando o Festival de Inverno, há bloqueios na estrada e um bolsão de estacionamento kms antes da entrada da vila. Como nosso destino final era o Simplão, com a lábia certa conseguimos um passe de "morador", e dessa forma tivemos transito livre ate a vila de carro, podendo estacionar lá, pegando a estrada de terra e já saindo na parte baixa da cidade. Já que aguardávamos pela chegada da Katia e do Álvaro , não havia lugar melhor que o Bar da Zilda como ponto de encontro, e foi lá que estacionamos também nossos corpinhos.

 

Com a chegada da mesma, em meio a mais neblina, juntamos os mais animados para andar um pouco pelo menos e seguimos pela estrada na direção da vilinha de Taquaruçu, pensando em encontrar o início das trilha da Agua Fria e assim saciar a vontade de mato de todo mundo. Enquanto isso, alguns, mais radicais ainda, resolveram encarar a mais radical das trilhas de Paranapiacaba: ancoraram ali mesmo no bar da Zilda e começaram uma ardua jornada de rodadas de cerveja e pinga com cambuci.

 

Sabíamos que as trilhas do Parque das Nascentes são "restritas", só podendo ser trilhadas acompanhadas de guias, mas como passamos pela cancela da estrada sem maiores questionamentos (e nem queríamos questionar muito, pra ser bem sincera...), seguimos em frente. Justamente por conta dessa obrigatoriedade de guias, não há placas nem sinalização alguma do incio da trilha e como estávamos animadamente conversando (ou melhor, interagindo com vários japoneses que encontrávamos voltando - rolou até uma encenação a lá "kill bill" por parte da Eli contra um deles ), passamos direto do início da trilha. Entramos numa outra picada que saia na mata, que dava em lugar nenhum, mas acabou sendo o ponto alto da tarde, porque era um verdadeiro sabão, garantindo várias derrapagens, tombos e muita gargalhada. Sem mais jeito, acabamos por seguir a estrada mesmo até a fazenda Taquaruçu, sempre envoltos pela neblina.

 

A antiga fazenda e a vilinha são bonitas e bem cuidadas, foi lá que descobrimos que passamos direto mesmo, pegando informação com um morador do local. Seguimos a indicação dele até chegarmos numa pequena bica de água (que ele chamou de cachoeira - ôO ), chafurdando na lama pelo caminho. Voltamos pra fazenda, tomamos um lanche na beira do lago, vendo a neblina brincar de esconde-esconde com o visual, dando um clima de Lago Ness ao lugar. Voltamos pela estrada pensando em encontrar a trilha, mas assim que ameaçamos entrar mato a dentro, fomos parados por uma picape com um pessoal da Fiscalização Ambiental da Prefeitura de Santo André, nos "lembrando" das restrições, justificado pela legislação municipal e estudos de manejo de impacto nas trilhas da região. Conversamos com eles, argumentamos um pouco, mas não teve muito jeito senão voltar pela estrada mesmo, pensando que se tivessemos prestado atenção no caminho e entrado na trilha quando viemos, pelo menos teríamos chegado a algum lugar mais interessante, apesar da caminhadinha gostosa e animada pela estrada. É chato, mas fazer o que? A gente nem queria mesmo...hohoho

 

Voltamos para Paranapiacaba encontrando de novo os Sem Limites que encararam a Trilha do Bar da Zilda, já sob forte garoa. Aproveitamos para nos agasalhar melhor, nos abrigando da chuvinha chata e ressuscitar o Felipe , que tinha "morrido" dentro do carro. A cidade, apesar do tempo ruim , estava bem cheia por conta do festival. Diversas bancas de comidas, bebidas e guloseimas faziam a alegria do pessoal e diversos shows tentavam animar quem se dispunha a enfrentar a garoa. Era um festival de capa de chuvas e galochas! Ficamos curtindo o som (sem arredar o pé do bar) até escurecer , Eli e Ernani resolveram que estava na hora de voltar pra civilização e acabamos convencendo a Bárbara a ficar.

 

Voltamos pro carro, seguimos pela estrada do Taquaruçu rumo ao Simplão de Tudo, único camping da região. Bom, o nome já diz bem, é simplão mesmo o lugar, um espaço até que bonito, mas com estrutura mínima (traduzindo, quase nenhuma). Já que as hospedagens da vila estavam abarrotadas (e cobrando o olho da cara) e como a gente tinha bebido o suficiente a ponto de praticar o "desapego ao conforto material", o Simplão tava na medida. Só que a chuva tinha apertado e deu uma preguiça lascada de montar as barracas em meio ao lamaçal (sem falar em esticar sobreteto, no estado levemente alcoolizado que a maioria estava!). Movidos por essa preguiça coletiva, reunimos toda coragem pra encarar um dos "quartinhos" do Simplão mesmo, dormindo na maior muvuca de gente. A unica corajosa (ou será que foi medo do tal quartinho mesmo?) foi a Katia , que não levou uma barraca, e sim a casa que é sua orzak trail.

 

Ainda curtimos um vinho com os vizinhos do camping, momento em que descobrimos que louco mesmo pode até ameaçar um tombaço patinando sem controle no barro, mas nao derruba a garrafa de jeito nenhum. Literalmente capotamos dentro de seus repectivos sacos de dormir - que acabamos percebendo que eram (quase) todos iguais - embalados pelo barulhinho da chuva tamborilando na telha e sendo subitamente acordados hora ou outra com um ronco metido a motor V8 que até o momento não sabemos a quem pertence.

 

"Ressucitamos" num domingo chuvoso, todo mundo morrendo de preguiça de abandonar o conforto do quartinho (veja como a coisa ja muda de figura hehehe). A Katia ainda nos presenteou com um café com leite espertaço. Depois de uma disputadíssima discussão se um trekking pesado faz a gente perder musculos ou gordura (onde chegamos a conclusão que a Vivi nao tem gordura pra perder hehe), os estômagos começaram a roncar, avisando que tava na hora de puxarmos o carro. Katia, Alvaro e Eros se despediram por ali mesmo e o resto da gangue foi enfim encher a pança nas barraquinahas em Paranapiacaba, parecendo refugiados de guerra.

 

Valeu galera, por um fim de semana sem trilha, sem noção, tempo seco, e sem limites!

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  • Membros de Honra

Essa obrigatoriedade de guias no simplorio Pq das Nascentes é ridicula, e requer certos cuidados/manhas se vc quer percorrer as trilhas a vontade, sem enchecao! Primeiro, a Estrada do taquarucu é, como o proprio nome diz, uma estrada e ninguem pode barrar teu avanço, ate pq ta cheio de biker q passa numa boa por la. Vc so nao pode dar na cara com uma enorme mochila ou deixar claras suas intencoes pra algum monitor q indagar p/ onde vcs vao. Ou chegar la bem cedo, antes dos fiscais, la pelas 7 da matina. Ja frequentei la trocentas vezes, sem enchecao alguma. O pior de td é q as restricoes a trilheiros sao inumeras, mas td mundo sabe q la ta cheio de palmiteiro q vai de carro e ninguem faz nada. Outra: aquela japonezada q frequenta as trilhas bate cartao por lá, sem empecilho algum por parte dos fiscais!? E nao raramente vejo uns voltando com exemplares de flora da regiao..

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  • Membros de Honra

É Jorge, admito que fomos burros (parte falta de esperteza, parte burrice, vá!) e além de burros, chegamos lá tarde.

Sair pra caminhar as oito ao invés de meio dia deve fazer alguma diferença, né? ::mmm:

 

A estrada é... estrada, passamos por ela tranquilamente e os tais fiscais só apareceram no final da tarde mesmo. Mesmo tendo dado toda a bandeira do mundo do que pretendiamos fazer, se a gente tivesse entrado na trilha logo que subimos, pegava nada... eu tenho certeza que os fiscais que abordaram a gente na estrada não entraram no meio do mato pra procurar quem estava lá hehehe

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  • Membros de Honra

Oi Amiga !

 

Os fiscais pararam voces proximo a Taquaruçu ? estranho que essa estrada ja fui varias vezes por ali e nunca vi ninguem proibindo ninguem, mesmo quando tem alguem na cancela saindo da vila.

 

Foram quando ?

A gente estava acampado lá no simplão nesse fim de semana que passou.

 

Abs

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  • Membros de Honra
Oi Amiga !

 

Os fiscais pararam voces proximo a Taquaruçu ? estranho que essa estrada ja fui varias vezes por ali e nunca vi ninguem proibindo ninguem, mesmo quando tem alguem na cancela saindo da vila.

 

Foram quando ?

A gente estava acampado lá no simplão nesse fim de semana que passou.

 

Abs

 

Raffa, a gente tava lá nesse fim de semana tambem hehehe. Só que acabamos ficando lá pra baixo mesmo.

 

Então, fomos abordados na estrada mesmo, eu e a kátia entramos por uma trilha (absurdamente bem marcada, alias) pra ver "se dava em alguma coisa", mas antes que pudessemos voltar e chamar o resto da galera, que ficou aguardando na estrada, eles ja tinham sido abordados pelos tais fiscais. Mas falo na boa, fomos burricos, ninguem contava realmente com aquela situação e as que podiam ter pensado rápido numa desculpa eram as duas que estavam dentro do mato kkkk pra dar mais bandeira só faltava uma faixa mesmo.

 

Porém, se estivessemos na mata, ninguem teria nos visto, tanto que entramos por uma picada um pouco pra frente, passamos pelos "milhares" de japoneses, tudo numa boa. É que lá no fundo a gente ja tinha dado o dia como perdido mesmo hehehehe

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  • Membros de Honra
Oi Amiga !

 

Os fiscais pararam voces proximo a Taquaruçu ? estranho que essa estrada ja fui varias vezes por ali e nunca vi ninguem proibindo ninguem, mesmo quando tem alguem na cancela saindo da vila.

 

Foram quando ?

A gente estava acampado lá no simplão nesse fim de semana que passou.

 

Abs

 

Raffa, a gente tava lá nesse fim de semana tambem hehehe. Só que acabamos ficando lá pra baixo mesmo.

 

Então, fomos abordados na estrada mesmo, eu e a kátia entramos por uma trilha (absurdamente bem marcada, alias) pra ver "se dava em alguma coisa", mas antes que pudessemos voltar e chamar o resto da galera, que ficou aguardando na estrada, eles ja tinham sido abordados pelos tais fiscais. Mas falo na boa, fomos burricos, ninguem contava realmente com aquela situação e as que podiam ter pensado rápido numa desculpa eram as duas que estavam dentro do mato kkkk pra dar mais bandeira só faltava uma faixa mesmo.

 

Porém, se estivessemos na mata, ninguem teria nos visto, tanto que entramos por uma picada um pouco pra frente, passamos pelos "milhares" de japoneses, tudo numa boa. É que lá no fundo a gente ja tinha dado o dia como perdido mesmo hehehehe

 

Eu acho que eles "pegaram vocês para Cristo". Porque nunca vi parando ninguem e essa trilha já fiz milhões de vezes com mochilão e nunca nos pararam. Inclusive os orientais e bikes são vistos constantemente. Ah, demos carona para um pessoal que estava indo a pé no sabado tambem.

 

Mas na próxima vocês falam que estão indo para o Simplão que eles não podem proibir de voces seguirem pela estrada.

 

Ah eu acho que eu vi vocês, a gente estava com o peugeot vermelho, meu amigo tirou o carro para voces sairem. e mundo pequeno rs. acho que até um carro de voces ficou sem bateria não é ?

 

abs

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  • Membros de Honra
Oi Amiga !

 

Os fiscais pararam voces proximo a Taquaruçu ? estranho que essa estrada ja fui varias vezes por ali e nunca vi ninguem proibindo ninguem, mesmo quando tem alguem na cancela saindo da vila.

 

Foram quando ?

A gente estava acampado lá no simplão nesse fim de semana que passou.

 

Abs

 

Raffa, a gente tava lá nesse fim de semana tambem hehehe. Só que acabamos ficando lá pra baixo mesmo.

 

Então, fomos abordados na estrada mesmo, eu e a kátia entramos por uma trilha (absurdamente bem marcada, alias) pra ver "se dava em alguma coisa", mas antes que pudessemos voltar e chamar o resto da galera, que ficou aguardando na estrada, eles ja tinham sido abordados pelos tais fiscais. Mas falo na boa, fomos burricos, ninguem contava realmente com aquela situação e as que podiam ter pensado rápido numa desculpa eram as duas que estavam dentro do mato kkkk pra dar mais bandeira só faltava uma faixa mesmo.

 

Porém, se estivessemos na mata, ninguem teria nos visto, tanto que entramos por uma picada um pouco pra frente, passamos pelos "milhares" de japoneses, tudo numa boa. É que lá no fundo a gente ja tinha dado o dia como perdido mesmo hehehehe

 

Eu acho que eles "pegaram vocês para Cristo". Porque nunca vi parando ninguem e essa trilha já fiz milhões de vezes com mochilão e nunca nos pararam. Inclusive os orientais e bikes são vistos constantemente. Ah, demos carona para um pessoal que estava indo a pé no sabado tambem.

 

Mas na próxima vocês falam que estão indo para o Simplão que eles não podem proibir de voces seguirem pela estrada.

 

Ah eu acho que eu vi vocês, a gente estava com o peugeot vermelho, meu amigo tirou o carro para voces sairem. e mundo pequeno rs. acho que até um carro de voces ficou sem bateria não é ?

 

abs

 

Eita mundo pequeno hahahha era nois mesmo ::mmm:

Raffa, a gente nao foi impedido de seguir pela estrada nao!Fomos "impedidos" de entrar na mata - e só porque os caras passaram bem na hora em que a gente estava entrando! Retiro o que disse, nao somos burricos,somos azarados! ehehehe

 

(Fábio, burro é ::carai::

mas da proxima vez, eu nao esqueço de informar que meu advogado pode ser encontrado no boteco mais próximo hehehe)

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