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Rio de Janeiro: Trilha da Pedra da Gávea (na Páscoa e com o pessoal do site)


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[align=center]COMO NÃO ENTRO POR AQUI TODOS OS DIAS, QUANDO FIZER UMA PERGUNTA NESSE TÓPICO, POR FAVOR, ME AVISE DE SUA EXISTÊNCIA POR AQUI.

 

ISSO VAI FAZER COM QUE A PERGUNTA SEJA RESPONDIDA MAIS RAPIDAMENTE

 

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[align=justify]Esse final de semana eu e meus amigos de trilha fizemos um programa emocionante: fazer a trilha da Pedra da Gávea, uma das mais bonitas e difíceis da cidade do Rio. Vou compartilhar essa experiência com vocês. No entanto, antes disso tenho que falar um pouquinho sobre a Pedra da Gávea.

 

 

 

Localizada no setor C do Parque Nacional da Tijuca, a Pedra da Gávea é um dos principais atrativos naturais da cidade do Rio de Janeiro. A pedra da Gávea é considerada o maior monólito (pedra exposta em terreno formado de um bloco único de rocha que possui grandes dimensões) à beira-mar do mundo.

A pedra possui a possibilidade de três acessos diferentes. Um tem origem na Estrada das Canoas, em São Conrado, a outra tem origem na Pedra Bonita e a última (e a mais utilizada) tem como origem na Barra da Tijuca (Barrinha). Esta última trilha – que será a escolhida para ser retratada neste roteiro – é um pouco íngreme, exigindo condicionamento físico dos participantes. Além disso, possui vários tipos de obstáculos no caminho – desde um escorregadio terreno de terra batida até a transposição de rochas.

 

O que não falta à Pedra da Gávea são lendas e mistérios. A começar pela sua estranha forma e seu rosto enigmático. Existem histórias para todos os gostos; portal para outra dimensão, base de discos voadores, esfígie Feníncia, túmulo de reis. Algumas partes realmente despertam mais perguntas do que respostas. Uma dessas partes são as inscrições que existem no topo, e que seriam Feníncias. Outros pontos são o próprio rosto da esfígie e o portal, este no lado que dá para a barra. Também existem sítios arqueológicos, como caminhos de pedras e senzalas do tempo colonial.

 

 

 

 

_ _ _

 

 

 

 

Há alguns dias atrás, soubemos que um amigo de Samantha viria ao Rio e estaria interessado em fazer a trilha da Pedra da Gávea. Esse foi o pontapé inicial de nossa aventura.

 

Depois disso, foi só avisar ao pessoal do Mamão Papaya e ver quem podia ir. Eu logo me animei e convenci meu irmão a se juntar ao grupo. Infelizmente, Caroles e Alexl não puderam ir. No fim, estavam confirmados eu, Vinicius, Samantha, Luana e Yuri (amigo de Samantha e colaborador do Mochileiros.com).

 

Escolhemos fazer a trilha no sábado de manhã. Nosso ponto de encontro era o posto de gasolina que fica perto do Jóquei na Lagoa. O horário de encontro era às 8:00.

 

No dia anterior, coloquei meu despertador para tocar às 6:20. Não sei bem o que houve, mas acordei no dia seguinte para checar o horário, já eram 7:35. Putz, estava bem atrasado.

 

Daí foi só colocar uma roupa, comer 2 barras de cereais, encher as águas e partir. Chegamos no ponto de encontro às 8:20.

 

Em seguida, encontramos o pessoal e fomos para o bairro de São Conrado encontrar o lugar de acesso a trilha.

 

Seguimos pela estrada do Joá. Depois de alguns minutos paramos e pedimos informação para confirmar onde era o condomínio que era o início da trilha.

 

Em seguida, fomos para a rua Sorimã. No final dessa rua, onde existe uma pracinha, fica o condomínio que da acesso a trilha da Pedra da Gávea.

 

Entramos no condomínio com o carro e começamos a subir. Chegamos em um local que seria um estacionamento. Deixamos o carro, pegamos as mochilas e seguimos para a entrada da trilha, já avistei a placa da trilha. Era 9:00.

 

O começo da trilha é bem tranqüilo. Um chão de pedras e uma subida leve marcam o caminho. Durante a subida avistei alguns macacos. Pareciam ser macacos prego, mas não tenho plena certeza disso.

 

Em seguida, notei que Samantha caminhava um pouco devagar, sendo assim, esperei por ela. Com isso, Vinicius, Luana e Yuri seguiram na frente.

 

Parei algumas vezes mais para esperar Samantha. Em uma delas vi um esquilo e alguns tucanos. Quando encontrei Samantha, ela avisou para eu seguir na frente, pois ela não sabia se completaria a trilha, e não queria me atrasar.

 

Caminhei mais um pouco e Samantha me liga avisando que iria voltar para o carro. Pelo menos foi isso que entendi. Depois, reparei que após uns 35 minutos de trilha, o cenário havia mudado bastante. Agora a subida era bem íngrime, e exigia bastante dos joelhos.

 

Quanto mais eu subia, mais achava incrível a disposição de pedras e troncos. Era árvore servindo de ponte, de apoio, de corrimão. Parecia que alguém queria muito que chegássemos até o topo.

 

Com 1 hora de subida, havia chegado a pedra do Navio. Lugar em que a floresta se abre um pouco, e vemos a Barra da Tijuca.

 

Assim que cheguei vi dois caras bem esquisitos descansando, e Yuri que estava me esperando. Mais tarde, iria descobrir que esses dois caras bem esquisitos, iriam fazer uma grande loucura na lá em cima.

 

Expliquei a Yuri a situação de Samantha. Ele ligou e conversou um pouco com ela. Em seguida, ele disse que Sam estava subindo, e que ele iria esperar por ela. Nisso, eu descansei um pouco e continuei a subida.

 

Já estava com pouca água pelo caminho. Meu irmão me fez o favor de levar garrafa que havia comprado na loja de conveniência do posto de gasolina. O calor do Rio de Janeiro e a mata fechada requerem hidratação a toda hora. É recomendado levar, no mínimo 3 litros de água para essa trilha.

 

Continuando o caminho, cheguei a um descampado. Local que serve de ponto de encontro e descanso. Continuei a subir e me deparei com uma cena linda. Vi uma sombra de duas borboletas no alto. Quando olhei para cima, vi duas borboletas azuis dançando bem em cima da minha cabeça. E por falar em borboletas, nunca vi tantas de diferentes espécies ao longo da trilha.

 

Alguns minutos depois, a trilha em mata fechada tinha acabado. Assim, começei a avistar a pedra da Gávea.

 

Em seguida, vi tantas borboletas juntas que decidi tirar algumas fotos.

 

A visão de uma árvore e o visual abaixo me chamaram a atenção.

 

Logo depois, vi algumas pessoas escalando e decidi registrar também.

 

Depois de tirar algumas fotos, me deparo com uma visão incrível. Os dois esquisitos que citei mais cedo, foram fazer base jump na Pedra da Gávea. Sei que só vi dois corpos caindo muito rápido e cortando o ar. Nisso, algum dos escaladores gritou:

 

- Caralho, que merda é essa?

 

Com certeza, aqueles malucos assustaram e muito o pessoal que fazia escalada. Eles passaram muito perto da pedra.

 

Depois, caminhei um pouco e já estava na parte mais temida da trilha, a carrasqueira. Levei 2:20 para chegar a essa parte.

 

Como a fila para subir estava (era feriado de Páscoa), resolvi esperar por Yuri e Samantha.

 

Enquanto esperava, alguém desceu falando dos caras do base jump. Ele disse que teria feito um vídeo. Eu fiquei interessado e pedi que ele me mostrasse. O garoto fez um vídeo dos caras se jogando na pedra. Anotei até o email dele para que ele me enviasse esse vídeo. Mas até agora nada...

 

Depois de alguns dias achei esse vídeo no You Tube dos mesmos caras do base jump.

 

 

 

 

Depois de algum tempo meus amigos chegaram. Samantha decidiu não subir. Eu e Yuri resolvemos arriscar a subida. Se já estávamos ali, desistir não era opção.

 

A primeira parte da carrasqueira já dá um certo medo, pois ela começa bem perto de um desfiladeiro.

 

Yuri subiu rápido e sem problemas. Já eu tive mais dificuldade de achar os pontos de apoio. Na segunda parte da subida, havia um guia com uma corda. Com isso, a subida foi rápida e bem mais tranqüila. Mesmo assim, eu fiquei bem desgastado com toda aquela subida. Com certeza, a parte da carrasqueira deve ser respeitada e torna a trilha da Pedra da Gávea bem difícil.

 

Após a carrasqueira, ainda havia uns 20 minutos de trilha até o topo. Enquanto subia a trilha, encontrei Vinicius e Luana descendo. Só peguei um cole de água com meu irmão e continuei a subida.

 

Em certo momento, não reparei em uma bifurcação e peguei uma trilha errada. Quando dei de cara com um paredão de pedra, vi que estava enganado. E não fui só eu que peguei essa trilha. As infinitas pegadas que estavam por ali, me enganaram feio.

 

Assim, voltei até o ponto da bifurcação. Com isso perdi uns 30 minutos. Nesse momento, encontrei Yuri descendo. Continuei e depois de 15 minutos alcancei o topo da Pedra da Gávea. Estava exausto, mas muito feliz por ter conseguido chegar ali.

 

Então, depois de esperar Samantha, esperar a fila da carrasqueira, me perder, completei a subida em 4:20. Demorei muito mais do que eu previa. Com certeza, daria para fazer, em 3:50 a subida.

 

A primeira coisa que fiz, quando cheguei ao topo, foi pedir água aos que estavam, por ali. Após alguns pedidos consegui alguns restos de água. Estava bastante irritado por meu irmão ter esquecido sua água em casa.

 

Logo após, peguei a máquina da mochila e comecei algumas fotos. É deslumbrante a visão do alto da Pedra da Gávea. Realmente, é a melhor visão que se tem da cidade.

 

Depois das fotos, ouvi uns comentários:

 

- Pô ia fazer sucesso a gente colocar uma chopperia aqui, umas mulheres no pole dance. A gente ia ganhar muito dinheiro.

 

Não resisti aos comentários e comecei a interagir com o pessoal. Aí eu soltei:

 

- E isso iria encher de homens facilmente. Qual a mulher iria fazer uma trilha de 4 horas para levar o homem para casa? Aparecer no bar tudo bem. Aqui só de helicóptero...

 

Eles começaram a rir. E eu nem sabia que isso seria uma filmagem que eles estavam fazendo. No fim, até que ficou legal.

 

Assim, conheci Bruno e Rafael. Dois caras super simpáticos e que tinham feito essa trilha diversas vezes. Conversei bastante com eles. Falamos de trilhas, é claro, dos malucos do base jump e de outros assuntos.

 

Por fim, deixei meus lanches com eles e peguei mais um pouco de água para seguir o caminho de volta.

 

A trilha é bem mais fácil na volta. Só a parte da carrasqueira que requer mais cuidado. Por sorte, o guia ainda estava por lá. Era grande a fila de pessoas que queriam descer fazendo rapel na carrasqueira. Como não queria esperar e pagar por isso, desci no “batman”, ou seja, peguei a corda e desci sem nenhuma equipamento de segurança. Por mais que a descida não seja das maiores, descer confiando apenas na sua “pegada” dá um baita medo.

 

Perdi o equilíbrio algumas vezes ao descer. Acho que minha postura não devia estar das mais corretas, mas não iria colocar o peso todo para trás, e só depender da força das minhas mãos. No entanto, fui descendo devagar e consegui chegar sem problemas ao final da parte onde existia a corda.

 

Depois foi só descer cuidadosamente outra parte de pedra, e cheguei ao final da carrasqueira. Daí, foi só seguir o caminho de volta devagar.

 

Em dado momento da descida, me senti bastante fraco e com sede. Acho que nunca senti tanta sede em toda a minha vida. Agradeço ao Yuri por ter me avisado de uma fonte de água, mais ou menos perto da pedra do Navio. Sendo assim, descia bem devagar e alerta a qualquer som de água.

 

Com mais ou menos 1:20 de descida, consegui encontrar a tal fonte. A fonte era, na verdade, uma entrada em uma rocha, de onde saia um filete de água. Assim, tive que esperar vários minutos para encher bem pouco a garrafa. Tive vontade de deitar na pedra e deixar o filete cair direto na minha boca, mas fiquei com medo de animais peçonhentos.

 

Após parar por mais de 20 minutos ali, enquanto descansava e esperava a garrafa encher, algumas pessoas viram que ali seria a fonte e também pararam para encher suas garrafas.

 

Não demorou muito e já haviam umas 10 pessoas no lugar. Sei que depois de minha garrafa encher quase pela metade, segui a trilha.

 

Agora só restava cerca de 40 minutos de trilha. O trecho final é bem tranqüilo. Trata-se de uma descida leve. Sendo assim, não demorei muito para chegar ao fim. Terminei a trilha praticamente às 17:00.

 

Daí, foi só ligar para meu irmão e encontrar o pessoal que estava me esperando um pouco antes do estacionamento.

 

Bem, fica aí o meu relato sobre a trilha da Pedra da Gávea.[/align]

 

 

 

Fotos: https://picasaweb.google.com/junior.faria2/TrilhaDaPedraDaGavea?authkey=Gv1sRgCKSvmZCEys-r2QE&feat=directlink

Editado por Visitante
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  • 3 semanas depois...
  • Membros

E aí pessoal,

Tô pensando em fazer essa trilha agora em Julho, lá pro final...

Alguém sabe se a carrasqueira tá tranquila de subir? Uns amigos disseram que tem épocas escorregadias e que agora o acúmulo de sedimento tá grande, não havendo assim, muita segurança para o apoio dos pés e mãos.

 

Abraços!

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Visitante
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