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Final de ano na Chapada dos Veadeiros


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Aproveitando o recesso de final de ano, me juntei a dois viajantes para passar alguns dias na Chapada dos Veadeiros. ::hahaha::

 

Meus companheiros de viagem foram a Natacha, que viajou comigo para Bolívia e Peru, e o Hudson, que eu conheci quando fui ao Uruguai .

 

Eu e a Natacha compramos passagem num final de semana de promoções e pegamos um bom preço pra viajar em dezembro: R$ 191,60 (passagem com taxas) pela Gol, ida e volta por Congonhas. O Hudson é de Brasília, então já estava a meio caminho da Chapada :D

 

INFORMAÇÕES ÚTEIS

 

Alguns links que ajudaram na hora de pensar o roteiro:

 

http://www.chapadadosveadeiros.com/

http://www.expedicaoandandoporai.com/2012/02/chapada-dos-veadeiros-dia-1.html

mochilao-para-chapada-dos-veadeiros-nov-13-sao-jorge-e-cavalcante-valores-e-fotos-t88744.html

http://www.dentrodomochilao.com/2014/09/sao-jorge-porta-de-entrada-parque-nacional-chapada-dos-veadeiros/

http://www.dentrodomochilao.com/2014/08/alto-paraiso-misticismo-e-muitas-cachoeiras/

 

TRANSPORTE

 

De bus

 

Existem várias rotas pra chegar até a Chapada. A Real Expresso faz o trajeto, numa média de R$ 80,00 ida e volta. Você pode ver os horários disponíveis em:

 

http://www.realexpresso.com.br/

 

Peguei num site algumas informações sobre transporte, mas não sei se estão atualizadas, então é bom dar uma conferida:

 

• Real Expresso: Rodoferroviária de Brasília/Alto Paraíso, todos os dias às 10h e às 21h. Alto Paraíso/Brasília, todos dos dias à 1h, 12h30 e 15h. Telefone para informações: 0800-617325.

• Santo Antônio: Rodoviária de Brasília/Cavalcante, com parada em Alto Paraíso, às 7h e às 15h. Cavalcante (passando por Alto Paraíso)/Brasília, diariamente às 8h30 e às 15h15. Telefone para informações: 0/xx/61/328-0834.

• Transchapada: van da Rodoferroviária de Brasília para Alto Paraíso toda sexta-feira às 20h. Destino Alto Paraíso/Brasília aos domingos às 17h. Telefones para informações: 0/xx/62/646-1345 e 0/xx/62/9961-8444.

 

De carro

 

Depois de pesquisar valor de transporte de ônibus e de carro, e como estávamos indo em 3 pessoas, decidimos alugar um carro para ficar mais à vontade e economizar.

Fizemos uma reserva na Hertz para alugar um Clio 1.0 por 4 diárias. Depois na retirada, pegamos dois seguros – responsabilidade civil (R$ 16,00/dia) e proteção para danos ou perdas (R$ 35,00/dia).

O total das diárias + seguros saiu por R$ 509,15 – dividido por três, ficou R$ 170,00 pra cada.

 

AGÊNCIAS

 

Tendo experiência recente com os preços da Chapada Diamantina, entrei em contato com algumas agências pra ver alguns preços, mas já com a ideia de fechar os passeios lá na própria Chapada.

 

Os preços, claro, estavam exorbitantes. Uma agência estava cobrando R$ 350,00 por passeio. Mas, como decidimos ir de carro pra Chapada, nossos gastos com passeio em si seriam bem reduzidos. A única coisa que iríamos pagar era a diária do guia – isso se fosse necessário contratar um.

 

ACVCV

Associação dos Condutores de Visitantes da Chapada dos Veadeiros

(62) 9667-1333

 

Travessia Ecoturismo

(62) 3446 1595 / (62) 9667 3919

travessia@travessia.tur.br

http://www.travessia.tur.br

 

Alternativas Ecoturismo

(62) 3446-1000 / (62) 9669-8163

alternativas@altoparaiso.tur.br

http://www.altoparaiso.tur.br

 

Suçuarana Expedições

(61) 9818-2155

roteiros@chapadaveadeiros.com.br

http://www.chapadaveadeiros.com.br

 

HOSPEDAGEM

 

Alto Paraíso

 

Pousada do Sol

pousadadosolaltoparaiso@gmail.com

(62) 3446-1201

http://pousadadosolaltoparaiso.blogspot.com.br/

 

Hostel Catavento

reservashostelcatavento@gmail.com

(62) 3446-1434

http://www.hostelcatavento.com.br/

 

São Jorge

 

Trilha Violeta

contao@trilhavioleta.com.br

(62) 3455-1088 / (61) 9985-6544

http://www.trilhavioleta.com.br/

 

Casa da Sucupira

(62) 3455-1139

https://www.facebook.com/pages/Casa-da-Sucupira-Albergue-Hostel/117017299204?fref=ts

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ROTEIRO

 

O roteiro que fizemos na Chapada dos Veadeiros foi:

 

1º dia: chegada na Chapada e Loquinhas/Violeta

2º dia: Parque Nacional (trilha dos Saltos) e Vale da Lua

3º dia: Catarata dos Couros

4º dia: Cachoeira São Bento e Almécegas II e retorno pra casa

 

Informações Extras

• Alto paraíso tem posto para abastecer. São Jorge não.

• À noite esfria um pouco. É bom levar um casaquinho.

• Alto Paraíso tem bancos Itaú, Caixa e Banco do Brasil

• No Parque Nacional tem limite de entrada de pessoas. Trilha dos Saltos são 250 pessoas, na dos Cânions são 200 pessoas por dia. Por isso, é bom chegar cedo. O parque fecha às segundas.

 

MAPAS

 

Não lembro de onde peguei esse mapa, mas ele é muito bom – mostra todas as atrações da Chapada e dá pra você se planejar bem por ele.

 

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E esses outros mapas peguei no Centro Turístico de Alto Paraíso, e também mostram onde estão os pontos turísticos e os centros das cidades de Alto Paraíso e de São Jorge.

 

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GASTOS

 

Total de gastos (sem passagem aérea) = R$ 525,75

Total de gastos (com passagem aérea) = R$ 717,35

 

Gastos detalhados na planilha:

Planilha de Gastos_C.Veadeiros.xls

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A VIAGEM

 

1º dia: 20.12.14 (sábado)

O que fiz: Trilhas Loquinhas e Violeta

Valor: R$ 17,00

 

Nosso voo estava marcado pra sair às 6h30 de Congonhas. Chegamos em Brasília às 8h15, mas ainda ficamos um tempão dentro do avião esperando liberação.

Às 9h encontramos o Hudson e ficamos outro tanto de tempo pra conseguir pegar o carro. A reserva estava no nome da Natacha, mas tivemos que mudar a reserva pro meu nome por causa do cartão e isso levou a eternidade – a moça da recepção não podia mudar, então tivemos que ligar na central pra fazer a modificação. Uma chatice sem fim.

 

Com toda essa demora, ficamos quase uma hora lá, e saímos às 10h com o carro da loja. Eu e a Natacha revezamos na direção do carro durante a viagem – um dia eu, um dia ela.

Antes de pegar a estrada, paramos no Extra pra comprar bolachas, salgadinhos, chocolate e água. A conta toda saiu R$ 51,70. Às 11h, conseguimos sair em direção à Alto Paraíso – a 250 km de Brasília.

 

Roteiro de ida

• Pegamos a BR-020 em direção a Formosa, passando pelas cidades de Sobradinho e Planaltina.

• Depois de uma rotatória (que pode confundir os desavisados), pegamos a GO-118, onde passamos por São Gabriel e São João D´Aliança (onde começa a Chapada), chegando finalmente em Alto Paraíso de Goiás.

 

Tirando o início da estrada e a parte da rotatória, que podem atrapalhar quem não conhece o lugar, o caminho até a Chapada é muito tranquilo – praticamente uma reta só. A estrada também estava bem tranquila, sem muitos carros.

O que nos atrapalhou um pouco no caminho foi a chuva forte que caiu em alguns trechos. Levamos 3 horas pra fazer todo o trajeto, e às 14h chegamos na Pousada do Sol.

 

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A cidade é bem pequena, tem uma avenida principal com vários restaurantes, poucas agências de turismo e algumas pousadas. Nossa pousada ficava bem no final dessa avenida. O ambiente lá é bem natureba, com um espaço aberto com plantas e flores, vários gatos e cachorros, espaço de convivência, redes espalhadas, além de um outro ambiente pro café da manhã. No quarto, eles deixaram papel, sabonete, uma toalha de rosto e três de banho.

Conversamos rapidamente com a Nazu, dona da pousada, pra ver em qual quarto íamos ficar, deixamos nossas coisas e saímos pra almoçar.

 

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Andando ali pela avenida principal, decidimos almoçar na Caverna do Crepe. Eu e a Natacha dividimos um prato executivo de filé de frango, por R$ 18,00. A comida era ok, nada demais, mas dava pro gasto.

Lá pelas 15h15 saímos em direção a Loquinhas, que fica a apenas 4km da cidade, sendo 3km em chão (tortuoso) de terra. A entrada custa R$ 17,00 e dá direito a fazer duas trilhas: a Loquinhas (1 km e 07 poços) e a Violeta (1,2 km, 06 poços e 01 cachoeira).

 

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Começamos pela Loquinhas. O atendente sugeriu que a gente fosse até o final da trilha e só parasse nos poços quando estivesse voltando, assim a gente aproveitaria o caminho melhor. Ficamos 1h30 mais ou menos, apreciando os poços da Loquinhas. Todos os poços têm uma beleza diferente. Alguns maiores e mais bonitos que os outros, com quedas d´água, formando cachoeiras. Destaque aqui para os Poços do Sol e Xamã.

Os poços da Loquinhas são: Poço do Sol, Poço Pajé, Poço da Xamã, Poço da Vovó, Poço da Siriema, Poço Curumins, Poço do Curupira.

 

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Lá pelas 17h, começamos a fazer a trilha da Violeta, onde ficamos 1 hora. Da mesma forma que na Loquinhas, fomos até o final da trilha e na volta, fomos parando nos poços. O ponto final dessa trilha é a cachoeira das Esmeraldas, que é muito linda. Ficamos um bom tempo lá, admirando a beleza da cachoeira e tirando fotos de mil ângulos.

 

No meio do caminho, entramos na trilha Rubi (onde estão os poços Estrela, Tranquilitas e Caramuru), que é super curtinha. Os poços ali são bem pequenos e simples.

Os Poços da Violeta são: Poço do Lobo Guará, Poço Paraguassú, Poço da Estrela, Poço Tranquilitas, Poço Caramuru, Poço do Saci, Cachoeira das Esmeraldas.

 

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Tirando a cachoeira das Esmeraldas, preferimos a trilha da Loquinhas, pois os poços tinham mais “presença” e eram mais bonitos. ::lol3::

 

As trilhas da Loquinhas e Violeta são super fáceis de fazer, com caminhos curtos, cuidados e bem delimitados. Tirando os metros iniciais, as duas trilhas são demarcadas com ‘pisos’ estilo deck, o que facilita bastante a caminhada. O problema é só quando chove muito e encharcam os decks, deixando-os mais escorregadios – e como tinha chovido no dia anterior, tivemos que tomar cuidado em alguns trechos pra não cair.

Enquanto estivemos nas trilhas, o tempo ficou estável, apenas em poucos momentos ameaçou uma garoinha, que logo parou.

 

Depois que terminamos as trilhas, ficamos um tempo ali na portaria e fizemos um lanche, já que não ia dar tempo de visitar outro local naquele dia.

 

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Já de volta à cidade, passeamos um pouco por ali e passamos no centro de turismo pra pegar um mapa da região. Voltamos à pousada pra descansar um pouco e tomar banho e, mais à noite, eu e o Hudson fomos comer numa pizzaria no centrinho. Pegamos uma pizza grande de portuguesa por R$ 36,00 + bebidas. Tudo saiu por R$ 45,00. A pizza lá era bem fininha e o recheio tava muito bom, mas não lembro o nome do restaurante ::hãã2::

De lá, voltamos pra pousada pra nos preparar pro dia seguinte.

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2º dia: 21.12.14 (domingo)

O que fiz: Parque Nacional (trilha dos Saltos) + Vale da Lua

Valor: R$ 15,00 (entrada Vale da Lua)

 

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Acordamos às 6h30, já que nossa intenção era ir até São Jorge, fazer as trilhas do Parque Nacional.

No dia anterior, conversamos com a Nazu sobre deixar nosso café da manhã pronto às 7h, pois queríamos sair cedo (e a placa dizia que o café era servido a partir das 7h30). Ela disse que o café já era servido às 7h mesmo, MAS quando chegamos no salão do café às 7h, não tinha nada pronto ainda e a moça que preparava tudo reclamou que não a tinham avisado da mudança de horário e a gente ficou a ver navios.

 

No fim, tivemos que esperar até às 7h30 mesmo, o que acabou atrasando um pouco nossos planos de sair cedinho, mas no fim deu tudo certo.

Saímos 8h15 da pousada e pegamos a GO-239 para São Jorge. São 36km de distância entre as cidades, mas uma reta só. A paisagem entre as duas cidades é algo de outro mundo, com montanhas verdes fazendo contornos e deixando a gente boquiaberto.

 

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Ao chegar em São Jorge, a estrada já é de terra, mas não muito longa nem esburacada. Já eram umas 9h quando estacionamos no Parque Nacional e não tinha quase ninguém lá.

Preenchemos uma ficha com nossos dados e depois vimos um vídeo curto sobre as trilhas. Lá no Parque você pode fazer duas trilhas:

 

Trilha dos Saltos: são 9km de trilha no total, que passa por três locais – salto 120m, cachoeira 80m e corredeiras

Trilha dos Cânions: são 10,4km no total, também passando por três locais – Cânion 1 (fechado nessa época do ano), Cânion 2 e cachoeira Cariocas

 

As trilhas são marcadas por flechas coloridas que indicam os caminhos. Trilha dos Saltos são flechas amarelas, dos Cânions, vermelhas, e a saída é indicada com flechas brancas, e quando você volta das trilhas, tem que avisar ao atendente que você retornou, pra ele dar baixa no controle deles. Tudo muito bem organizado.

 

Optamos por fazer a trilha dos Saltos, pela distância e pelas cachoeiras. Iniciamos umas 9h20.

 

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Caminhamos num ritmo bom e o começo da trilha é de terreno mais plano, com várias pedras. Logo no início, encontramos um casal de BH, paramos pra tirar fotos deles, começamos a conversar e ficamos juntos o resto do dia. Depois que a trilha começa a afunilar, tem um trecho de descida mais cuidadosa, no meio das pedras. Dali, chegamos no mirante do vale (nesse trecho não dá pra ver ainda os saltos) e depois seguimos mais uns minutos de caminhada para o mirante do Salto 120m em si – lindo demais.

 

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Ficamos um tempo ali e lá pelas 10h45 fomos pra cachoeira de 80m – mas como choveu muito nos dias anteriores não conseguimos chegar na cachoeira em si. Ficamos ali no córrego, logo antes da cachoeira, curtindo e conversando e depois seguimos caminho pras Corredeiras.

 

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A trilha foi tranquila até ali. A partir da cachoeira de 80m, a trilha começou a ficar mais chatinha, com muitas subidas, deixando a gente mais ofegante. Chegamos nas Corredeiras e ficamos um tempo lá, e quando começou a garoar, nos preparamos pra sair, mas aí também logo parou e a gente pôde ficar mais um tempinho ali.

 

O caminho de volta foi bem chatinho pelas subidas. Como na volta tinha um trecho longo de subida com degraus, comecei a ficar bem ofegante; depois a trilha volta a ficar plana e fácil de caminhar – mas nessa hora o pessoal já tava cansado de andar e fomos mais devagar. Chegamos na entrada às 13h45.

 

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Depois seguimos para a cidade pra almoçar. Fomos no restaurante da Nenzinha, R$ 35,90 o kilo. Gastei R$ 17,00, contando o suco.

Lá pelas 15h seguimos para o Vale da Lua. São 6km de asfalto + 4km de terra pra chegar lá. Fomos devagar, pois a estrada de terra estava meio escorregadia e estava chuviscando nessa hora. Mesmo assim, em 20 minutos, já estávamos na portaria.

 

Na entrada, preenchemos um termo de conhecimento de risco, pagamos R$ 15,00 e começamos a fazer a trilha. No total, são 1,2km de caminhada em terreno plano. A trilha é bem simples e tem uma vista linda das montanhas. O bom é que o mineiro era geólogo, e ele ia explicando algumas diferenças na formação das pedras pra gente. Não que a gente entendesse super..! hahaha

 

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O Vale é lindo. A formação rochosa, o caminho que a água faz no meio das pedras, faz uma paisagem fantástica. Tivemos que ter cuidado redobrado por causa da chuva, que deixou algumas pedras mais escorregadias, principalmente as que formam o vale em si. Todo mundo deu aquela derrapada com o tênis, três de nós caíram, sendo que a Natacha levou um tombo feio. Ficamos um tempo na piscina 2 e depois fomos para a 3. Ficamos um tempo lá admirando o lugar e tirando fotos. Na piscina 3, entramos na água, que estava muuuuito fria.

 

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No meio do Vale, ficam alguns “guias”/monitores acompanhando o pessoal pra ninguém fazer besteira hehehe. Um deles estava observando a gente e disse sairmos da água, porque o nível da água estava aumentando (uma coisa que ouvimos bastante na Chapada é o perigo de formar trombas d´água).

 

Em épocas de seca, eles abrem também a piscina 1 e uma parte que vai além da piscina 3 pra visitação – que tem até uma lanchonete e deve deixar o lugar ainda mais encantador. Eram quase 17h quando saímos de lá.

 

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Passeamos um pouco na cidade, vendo as lojinhas de coisas místicas e conversando. Umas 18h, paramos no restaurante Buriti (se não me engano), que vende macarrão no estilo Spoleto, com a diferença que não tem limite de temperos pra colocar – são 21 no total \o/. Você paga R$ 15,00 pela massa e ainda pode repetir uma vez. Pedi ainda um suco de maracujá, por R$ 3,00. Muito bom.

 

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Conversando com o dono do restaurante descobrimos porque tem tanto desenho bizarro espalhado pela cidade. Um artista da cidade, diz que ouve a voz do diabo e segue suas orientações, fazendo desenhos de diabinhos pela cidade. Bizarro!

A frente do ateliê/galeria dele é toda pintada com desenhos estranhos, de mulheres sendo cortadas, diabinhos e afins. Eu heein! :o:shock:

 

A cidade é bem rústica, simples e mística, com muitas referências a ETs. ::hãã:: Tem um centrinho principal onde tudo acontece, com pousadas, restaurantes bem legais e algumas lojas artesanais, que vendem cristais e roupas no estilo meio hippie.

 

Depois de comer, nos despedimos do casal de BH. Eles, fofos, nos deram R$ 30,00 pra ajudar na gasolina, mesmo a gente dizendo que não precisava (eles queriam dar mais ainda!)

A ideia original era ficar em São Jorge pra descansar, maas, como a distância não era tanta decidimos voltar a Alto Paraíso pra facilitar o deslocamento no dia seguinte. Tínhamos planejado ir a Catarata dos Couros, que já era longe de Alto Paraíso, se tivesse ainda que somar os km de São Jorge, íamos demorar muito pra chegar lá – fora que ia ser muito cansativo.

 

Passamos na Casa Sucupira, que é onde ficaríamos em São Jorge, pra ver como era. O acesso de carro era meio ruim, porque a rua ali ao redor era beem esburacada, mas a pousada em si parecia bem ajeitadinha – pelo menos do lado de fora neh hehehe.

 

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Chegamos em Alto Paraíso às 20h e fomos abastecer no único posto que tem lá. O litro custa R$ 3,19 e gastamos R$ 93 reais pra encher o tanque. Usamos os R$ 30,00 reais que os mineiros nos deram, então cada um gastou apenas R$ 21,00.

Ao sair do posto, estávamos passando por uma lombada, quando o carro morreu. Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, o carro que vinha atrás, não viu que a gente tinha parado, e bateu na nossa traseira. Graças a Deus, o carro de trás vinha em baixa velocidade e não causou nenhum dano no nosso carro.

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3º dia: 22.12.14 (segunda)

O que fiz: Catarata dos Couros

Valor: gratuito

 

De manhã, passamos no mercado pra comprar água, biscoito de polvilho e sei lá mais o que. Gastamos R$ 21,00 no total.

Saímos às 8h45 e pegamos a estrada sentido Brasília. Depois de 20 km, viramos à direita na indicação onde começaria a estrada de terra pra chegar na Catarata dos Couros. Não estava chovendo nesse dia. No total, são 36km de estrada de terra, nem sempre nas melhores condições.

 

Onde o caminho estava bom, mantive velocidade constante pra gente não gastar mais tempo do que o necessário ali. No meio do caminho algumas poças e vários buracos, mas estávamos num bom ritmo.

Depois de muito tempo já na estrada de terra, chegamos numa parte de subida que estava enlamaçada. Acelerei o carro, subimos, dançamos na lama e atolamos o carro. Saímos os três do carro e começamos a pensar no que fazer pra sair dali.

 

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Tentamos calçar o carro com pedras (que coincidentemente, o mineiro-geólogo-explorador da terra tinha explicado pra gente no dia anterior), mas achamos essa técnica muito difícil.

Por fim, decidimos colocar o carro no ponto morto e empurrá-lo pra baixo, com o cuidado de não deixá-lo fugir se ele pegasse embalo, já que era uma descida ::tchann::.

A gente tava com medo de não conseguir passar, de não chegar na cachoeira e ainda ter que voltar todo o caminho que já tínhamos feito.

 

Com alguns empurrões básicos, conseguimos desatolar o carro. ::mmm: Quando a gente tinha acabado de fazer isso e tava pensando no que fazer, chegou um 4x4 de uma agência levando alguns turistas portugueses.

O guia logo saiu do carro e foi analisar a lama. Logo em seguida, ele entrou no nosso carro e passou pelo trecho de lama que a gente tinha atolado e por um logo em seguida, deixando o carro um pouco mais pra cima. A gente aplaudiu e agradeceu até não poder mais pela ajuda. ::kiss::

 

A gente seguiu caminho e o 4x4 veio logo atrás. Foi ótimo eles estarem junto com a gente, pois por duas vezes paramos em bifurcações sem sinalização e eles indicaram onde tínhamos que ir.

Num desses desvios, tivemos mais um teste – tivemos que passar por um trecho meio enlameado. Sambamos um pouco com o carro, mas conseguimos passar.

 

Depois de mais uns kms, passamos por um lugar espaçoso que indicava um estacionamento de ônibus e vans. Sabíamos que estávamos perto da entrada. Seguimos um pouco mais adiante e chegamos num amplo local, que era o estacionamento de carros, mas tinha zero indicação que a gente tinha chegado, muito menos pra que caminho deveríamos ir pra começar a trilha. Você tem a sensação de que chegou porque não tem muito mais pra onde ir com o carro. Já eram umas 10h30.

 

Estacionamos e o pessoal da agência saiu na frente, enquanto ficamos um pouco pra trás. A trilha já começa logo que você sai do carro, não tem uma portaria ou alguém esperando, muito menos indicação do caminho em si. É beem roots mesmo. Fomos andando e sempre tentávamos ver onde o outro grupo estava pra gente saber mais ou menos se estávamos no caminho certo :D

 

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A trilha das Cataratas é relativamente curta - 4km ida e volta, a caminhada é de nível médio até metade do percurso, depois vira difícil haha

Andamos um pouco e chegamos no topo da primeira queda d´água. Paramos um pouco pra tirar foto e depois descemos para a base da cachoeira.

 

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Ela é beem bonita e tem um bom local pra banho. Como o grupo do guia não parou pra se banhar, nós também não ficamos ali, porque entendemos que teria mais coisa pra ver mais pra frente. Seguimos margeando o rio e passamos por mais algumas quebras e quedas d´água, sempre vendo onde mais ou menos o outro grupo estava pra gente saber o caminho certinho.

 

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Em um momento, vimos que não dava mais pra continuar no caminho que a gente estava, porque ele ia dar bem numas pedras ao lado do rio. Subimos um pouco e seguimos um outro caminho que também estava aberto no mato. Indo um pouco mais pra frente, a trilha foi ficando mais tensa e a mata mais fechada. Até começamos a nos perguntar se estávamos no caminho certo. Não tínhamos mais visão do outro grupo, mas ao olhar ao redor, também não conseguíamos enxergar qual outro caminho poderia ser feito, então continuamos naquele mesmo.

 

Caminhando mais um pouco, apareceu à nossa direita uma grande queda d´água, tampada por algumas árvores na frente. Então seguimos margeando, sabendo que devíamos chegar em breve a uma clareira.

Um pouco mais à frente, a trilha bifurcou. À direita, tinha um pequeno caminho, que levava ao mirante pra observar a cachoeira de perto. Ela é fantástica e estava bem pertinho da gente. Não é uma simples cachoeira, tem diferentes quebras d´água no meio, que formam uma paisagem indescritível. Nenhuma foto consegue mostrar a beleza dela.

 

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Voltamos pro caminho original e continuamos a descer. Ali, a trilha estava tensa, e a gente passando pelo meio das pedras, sem certeza de estarmos na rota certa. Descemos mais um pouco, agachando e nos apoiando nas pedras e finalmente conseguimos avistar o grupo – o que nos deu uma tranquilidade – e o que foi ótimo, porque se eles não estivessem ali, provavelmente íamos perder a melhor paisagem de todas.

Continuamos descendo e chegamos até a borda do local onde eles estavam. O guia do outro grupo até nos ajudou e nos orientou de como descer aquelas últimas pedras pra não escorregar.

Quando eu tava descendo, o guia conversou um pouco comigo, me orientando a como passar com o carro em locais enlameados, que podem causar atolamentos.

Ali era o ponto final da trilha e a paisagem é de tirar o fôlego!

 

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De um lado, mais pra cima, a base daquela cachoeira enorme que vimos momentos antes; mais pra baixo, na nossa frente, outra cachoeira menor; e do outro lado, um precipício, que provavelmente faz outra cachoeira e o horizonte com formações montanhosas.

 

I-N-D-E-S-C-R-I-T-Í-V-E-L

 

Uns 5 minutos depois que chegamos lá, o outro grupo se levantou pra ir embora. O guia nos disse que ali era o ponto final e que devíamos voltar pelo mesmo caminho que fomos. E disse que eles estavam voltando lá pra primeira queda pra se banhar.

 

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Ficamos ali um tempão. Comemos. Tiramos fotos de todos os ângulos possíveis. E ficamos admirando aquela beleza toda. Valeu a pena todo o perrengue ou dificuldade.

Já eram 12h20 quando decidimos começar a trilha de volta – estávamos preocupados com a estrada por causa da lama e da chuva que ameaçava cair. O percurso no retorno começou tranquilo. Já tínhamos passado pela parte mais difícil, quando vimos que estávamos no caminho errado daquele que fizemos na ida – estávamos muito perto da borda da grande cachoeira e isso não era bom. Voltamos alguns metros, subimos um pouco e retomamos o caminho que achamos que era o correto.

 

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Dali, vimos que acabamos indo por um trecho mais abaixo da trilha original. Lembram que disse que, na ida, acabamos subindo porque não tinha mais passagem na margem do rio? Pois é, na volta, acabamos topando com esse mesmo trecho. Só que de onde estávamos, não tinha como subir pra fazer o caminho de cima, então tomamos coragem e fomos por ali mesmo.

Foram alguns momentos de tensão, muito mais pelas pedras estarem escorregadias do que qualquer outra coisa. Ali, a gente praticamente escalou as pedras na beira do rio, jogando a mochila de ataque pra diminuir o peso e facilitar pular, escalar e se arrastar.

 

Passado esse momento de dificuldade, chegamos no ponto certo da trilha que vimos na ida, e seguimos margeando o rio, num caminho mais plano e sem dificuldades.

Quando chegamos na primeira cachoeira, decidimos não ficar pra nos banharmos, porque estava começando a garoar e ficamos receosos do estado da estrada na volta. Por volta das 13h15 chegamos ao estacionamento. Descansamos rapidamente pra nos recuperarmos da caminhada e já pegamos a estrada de volta.

 

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O caminho estava tranquilo com algumas poças de água que tinham surgido. Paramos pra tirar fotos da paisagem, quando começou a chover fraquinho. Estava dirigindo com mais cuidado do que na ida porque as ruas estavam mais molhadas, mas estava numa velocidade ok. Já tinha parado de chuviscar.

 

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Quando chegamos numa descida, o chão estava mais molhado e escorregadio. Fui reduzir a velocidade pra passar ali mais devagar, o carro deslizou, sambou pra esquerda, atolando o pneu da frente na lateral da estrada. ::tchann::

Descemos do carro, tentamos empurrar o carro como da outra vez. O carro andou um pouco, mas não saía do atolamento, pois a roda do lado direito estava escorregando.

Tentamos de tudo - calçar as rodas, cavar em volta do pneu, dar ré - nada dava certo. Parecia que a coisa só piorava.

 

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Ouvimos um casal vindo de moto com uma bagagem imensa. Eles mesmos quase caíram da moto no chão escorregadio. Quando eles estavam passando pela gente, pedimos ajuda.

Eles pararam e o rapaz ajudou a gente a pensar em estratégias pra tirar o carro dali. Estávamos com medo de ter que chamar o guincho da Hertz, pois estávamos a mais de 3 horas de Brasília – já que estávamos a pelo menos 30 km pra dentro da estrada de terra. Se precisássemos acioná-los o resgate ia demorar horas e horas. Fora que pelo que vimos, ali onde a gente tava não tinha sinal. Ia ser o caos. ::sos::

 

Pegamos alguns galhos de árvore e colocamos próximos aos pneus, pra que o carro conseguisse sair dali. Daí o pessoal empurrava o carro e eu acelerava, virando o carro pra direita, mas o máximo que acontecia era o carro andar 10 cm e atolar de novo mais pra frente, por causa do chão escorregadio. Tentamos isso algumas vezes até que o carro parou de vez num banco de terra que tinha mais pra frente. Ré pra sair do banco não funcionava. E dali o carro parecia que não ia sair de jeito nenhum. ::quilpish::

 

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Aí todo mundo foi pro chão com galhos de árvore na mão pra quebrar o banco de terra e dar espaço pro carro se locomover. Colocamos um pouco de terra na roda da direita que tava escorregando também, pra quando a gente fosse tentar de novo, o carro tivesse força pra sair dali. Ficamos um tempão ali. No início, rolava uma preocupação de não sujar o carro por dentro, depois, a preocupação em sair dali era tanta, que ninguém tava ligando muito em enlamear o carro. Eu tava no chão pegando lama com a mão e minutos depois, tava dentro do carro, tentando dar partida. :roll:

 

Fora que nossos pés atolavam na lama cada vez que a gente tentava empurrar o carro. Já imaginam a nhaca que ficou dentro do carro neh.. ::hahaha::

Quando a gente tinha quebrado todo o banco de terra e liberado um pouco da passagem pro carro, fomos tentar mais uma vez. Começou a chover. Eu entrei no carro e o pessoal se posicionou ao redor pra empurrar. Pisei no acelerador, todo mundo jogando toda sua força contra o carro. E não deu certo.

 

Daí a Natacha disse pra todo mundo ficar do lado esquerdo do carro (o lado atolado). Fomos mais uma vez. 1, 2, 3. Vruuuum. Saí com o carro sambando pela estrada. Virei com tudo pra direita, depois com tudo pela esquerda pra tentar estabilizar o carro – enquanto ouvia o pessoal gritando “seguuura o carro!!”. Freei. Deu certo. A chuva estava mais forte.

 

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A alegria aqui não pode ser descrita. ::otemo:: Não tinha como agradecer o casal pela ajuda. Demos R$ 30,00 pra eles pra simbolizar nosso agradecimento, sorrimos até não poder mais, tiramos foto dentro do carro, foi lindo.

Resolvemos esperar um pouco ali com medo da chuva e de um novo atolamento. A moça veio até nós e disse pra gente ir devagar antes que a chuva piorasse a estrada e aproveitar enquanto eles estavam juntos conosco.

Retomamos o caminho beem devagar e o casal foi de moto atrás da gente.

 

Passamos pelos pontos de atolamento da ida. Conseguimos passar novamente por aquele trecho lamacento – sambando mais do que na ida, mas deu certo. E depois chegamos no ponto onde atolamos pela primeira vez. Ali, o pessoal desceu do carro pra analisar as condições da terra. Me indicaram onde seria o melhor lugar pra passar, acelerei e fui sambando pela esquerda e direita com o carro até o outro lado.

 

Andando a 5km por hora, o caminho parecia mais tranquilo, sem grandes sustos. Chegamos no local onde o casal tinha que seguir por outro caminho. ::love:: Nos despedimos, agradecemos até não poder mais e seguimos nosso rumo.

Paramos em outro trecho enlameado. Natacha e Hudson desceram do carro, tentei passar duas vezes com o carro, mas não deu – sorte que o carro não atolou e ainda conseguimos dar ré para o ponto fora da lama.

Fomos analisar nossas possibilidades, mas não tinha por onde passar ali. Começamos a pegar vários galhos pra “pavimentar” o chão e permitir que o carro passasse.

 

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Gastamos mais um tempo ali. Quando a gente tava terminando, passou um ciclista, morador de um assentamento MST ali perto, que parou pra falar com a gente. Sem pedirmos nada, ele deixou a bike num canto, e começou a pegar galhos pra ajudar a gente a terminar nosso “tapetinho”.

 

Terminado ali, voltei pro carro, acelerei e passei pelos galhos com facilidade. Ao final do “tapete”, a terra ainda estava fofa, o carro começou a parar, dei uma acelerada forte, sambei com o carro e estacionei o carro mais pra frente pro pessoal entrar. Agradecemos o cara pela ajuda e seguimos nosso caminho.

 

O resto do caminho foi sem perigos de atolamento, maas o perigo de deslizamento das rodas e muito samba era grande.

Sempre que víamos um lugar mais difícil – uma ponte, uma rua com muitos buracos e poças de água, terra escorregadia, subida íngreme, a Natacha e o Hudson desciam do carro pra avaliar a pista e o nível de “escorregamento”. Às vezes colocavam pedras nos buracos maiores pra evitar prejudicar o carro ou desciam pra facilitar a subida do carro, já que o chão estavam molhado e a gente não queria mais surpresas. Aí eu passava pelo local, e eles iam atrás, às vezes correndo pelas subidas chatinhas, e chegavam até o carro.

 

O melhor era que, em cada parada, eles desciam do carro e iam orando do lado de fora pro carro conseguir passar em determinado trecho, e eu ia orando do lado de dentro pra conseguir passar com o carro sem problemas. Teamwork! ::mmm:

 

Quando já tínhamos passado por um longo trecho de estrada de terra, e o caminho parecia estar relativamente melhor, chegamos a andar até a 20km por hora, sempre tomando cuidado com buracos e poças. Quando chegamos no asfalto foi a alegria da vida! ::otemo::

 

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Chegamos em Alto Paraíso por volta das 17h e pouquinho. Levamos 4 horas pra fazer o caminho de volta. Chegamos são e salvos, sujos e com muita fome.

Fomos comer no Tapindaré – que funciona como hotel e restaurante. O lugar é bem ajeitado e mais chiquinho, com cara de hotel mesmo, e menos estilo natureza que impera nas pousadas de lá. A gente entrou com aquele aspecto que tinha rolado na lama, e achamos que não iam deixar a gente ficar lá. Mas a moça/supervisora do local recebeu a gente super bem, super simpática e deixou a gente à vontade.

Comemos no kilo de lá (R$ 45,90/kg) e valeu super a pena. A comida estava muuito boa e saborosa. Depois ainda comemos sobremesa – cada uma custava R$ 5,00. Pegamos uma fatia açucarada de brigadeirão, que tava uma delícia. Gastei ao todo R$ 18,00.

 

De lá, fomos pra pousada dar um jeito de tirar lama dos nossos tênis e jogar uma água no tapete do lado do motorista do carro, e descansar pro dia seguinte.

O bom de tudo que aconteceu com a gente foi que, durante todo o perrengue, ninguém perdeu o bom humor – estávamos preocupados, claro, mas trabalhando juntos pra sair dali – até tiramos fotos pra registrar esse momento. Outro ponto positivo foi ver Deus cuidando e protegendo a gente em todos os momentos. Chegamos à conclusão de que só pôde ser intervenção divina a ajuda vir até nós em todas as horas que precisamos na estrada. Nos atolamentos e nos quase-atolamentos sempre tivemos alguém que passou por nós pra oferecer ajuda, dar orientações e o que mais fosse preciso. Obrigada Deus! :wink:

 

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Dica: quando for pras Cataratas dos Couros, recomendamos fortemente a contratação de um guia, pois chega um ponto que a estrada não é sinalizada e a trilha em si não tem demarcação, o que pode ser um problema grande. Tivemos a sorte de ter um grupo guiado logo à nossa frente, o que permitiu que a gente visse todos os pontos das Cataratas – o que não impediu que tivéssemos momentos de dúvidas quanto à rota que estávamos seguindo.

Dando tudo certo na sua ida e volta, é possível fazer mais um passeio no mesmo dia. A nossa ideia original era fazer Almécegas I e II na parte da tarde, mas né, não rolou ::toma::

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4º dia: 23.12.14 (terça)

 

O que fiz: Cachoeira São Bento e Almécegas II

Valor: R$ 20,00 (entradas)

 

Deu 7h da manhã, o despertador tocou e... tava a maior chuva. Viramos pro lado e continuamos a dormir mais um tico, porque não ia dar pra fazer muita coisa com o toró que tava caindo.

Às 9h tomamos coragem e saímos do nosso quarto pra tomar café, já sem chuva. Resolvemos sair pra fazer algumas cachoeiras fáceis pra aproveitar as últimas horas que tínhamos lá na Chapada e não deixar o dia passar em branco.

Às 10h45, saímos da pousada, e passamos na farmácia – cada um comprou alguma coisinha pra aliviar picadas, vermelhidão etc. Eu comprei uma pomada antialérgica, Histamin, por R$ 10,00 (minha orelha ficou super inchada por causa de uma picada que levei no dia anterior no meio da trilha – isso que passei repelente). Obs.: leve um repelente muito forte, pois os mosquitos fazem a festa lá. Na Chapada Diamantina esqueci de levar e não fui picada, na dos Veadeiros, levei, passei, e, mesmo assim, voltei com um milhão de picadas nas pernas e nos braços.

 

De lá, pegamos a estrada em direção a São Jorge e, no meio do caminho, entramos na indicação da Fazenda São Bento, onde ficam as cachoeiras de São Bento, Almécegas I e II.

A entrada para a cachoeira São Bento está custando R$ 10,00 e pra visitar as Almécegas I e II, R$ 20,00.

 

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Pagamos R$ 10,00 para visitar a cachoeira São Bento. 300 metros depois estávamos já na cachoeira. Depois de tudo que andamos e vimos nos últimos dias, a cachoeira foi meio decepcionante. Uma queda d´água bem simples. Não achamos que tivesse valido a pena ter pagado R$ 10,00. Voltamos pelo mesmo caminho meio decepcionados, pensando em visitar as Almécegas – mas com receio de pagar R$ 20,00 pra ver algo simples também.

Fomos ver com o cara da portaria se dava pra devolver o dinheiro da São Bento ou cobrar menos pela Almécegas e, sem a gente falar muita coisa, ele deixou a gente pagar apenas a diferença. Então, a visita à Almécegas saiu também por R$ 10,00.

 

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Entramos no carro de novo, e fomos mais fundo na fazenda na estrada de terra que nos levaria às Almécegas. Já eram umas 11h20.

São 3km dentro da fazenda pra chegar à entrada da Almécegas I, que tem uma trilha de 3km ida e volta. Depois é mais 1,5km de carro pra chegar à Almécegas II. A trilha lá é de apenas 800m ida e volta.

Rodamos 3km dentro da fazenda, numa estrada bem ruim e quando chegamos na entrada da Almécegas I, à direita você podia continuar o caminho pra chegar à Almécegas II. Optamos por fazer a II primeiro, por ser mais curta e mais distante. Depois, se desse, faríamos a outra.

 

Por volta das 11h40, começamos a trilha da Almécegas II. A caminhada é bem simples, sem grandes problemas. Você chega na cachoeira pela parte de cima, e tem um caminho na lateral que te permite ter uma visão frontal da cachoeira. Ela é linda. Tem uma queda d´água muito bonita e o horizonte é fantástico.

 

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Ficamos um tempo lá tirando fotos e apreciando a vista. Eu e o Hudson até tentamos descer pra uma parte mais baixa da cachoeira, mas as pedras estavam molhadas e muito escorregadias, e acabamos desistindo no meio do caminho.

Preocupados com o horário de retorno, começamos a fazer o caminho de volta, e optamos por não fazer a Almécegas I, pois ainda tínhamos que ir à Brasília e mandar lavar o carro antes de entregá-lo à locadora (a gente não queria pagar a multa de R$ 200,00 reais por entregar o carro em estado de calamidade ::lol3:: ).

 

12h40 já estávamos na porta da Fazenda, pegando a estrada de volta pra Alto Paraíso. Na saída, não encontramos o porteiro – queríamos falar com ele das condições da estrada. O trecho de terra dentro da fazendo é bem ruim, com muitos buracos. E por ser uma atração paga, dentro de uma propriedade, o mínimo que podiam fazer era estruturar melhor o local ou pelo menos não deixar a estrada tão mal cuidada assim. Tava todo mundo meio traumatizado do dia anterior e ninguém queria passar mais perrengue no meio da estrada.

 

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Voltamos à Pousada, nos arrumamos, pagamos nossas diárias, e às 14h, seguimos direto pra Brasília. Resolvemos almoçar por lá, pra dar tempo de lavarmos o carro.

 

O percurso da volta foi o mesmo da ida

 

• Pegamos a GO-118, onde passamos por São João D´Aliança e São Gabriel

• Passamos pela rotatória e pegamos a GO-020

• Passamos por Planaltina e Sobradinho até chegar em Brasília

 

Levamos mais ou menos 2h40 pra fazer o trajeto na volta. Perto do aeroporto, paramos no Posto PB para lavarem o carro. Ficamos mais ou menos 1h40 no posto, já que tinha fila de carros, e a lavagem deu bastante trabalho pro pessoal de lá. Nós ficamos sentados ali perto, rindo deles, que estavam abismados com a situação do carro. A lavagem saiu R$ 30,00.

Enchemos o tanque ali – o litro estava custando R$ 3,18, e de lá, nos despedimos do Hudson e o deixamos em uma estação de metrô e seguimos pro aeroporto. Almo-jantei um mini-beirute ruim no Viena Snacks, por absurdos R$ 22,50 e depois tomamos um sorvete básico no Mc, por R$ 2,00.

 

Antes de encerrar a viagem e o perrengue todo, ainda tomamos chá de cadeira no aeroporto, já que o voo atrasou mais de uma hora pra sair, e fomos aterrissar em Guarulhos ao invés de Congonhas, como era a ideia original.

Maaas, tudo valeu a pena. A viagem foi demais e lá tem muuita coisa pra ver – dá pra ficar uma semana tranquilo ou mais até. Um lugar mais lindo que o outro, que deixou a gente com gostinho de quero mais! :wink:

 

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Dificuldade das trilhas

 

Ao viajar pra locais de trilhas como a Chapada dos Veadeiros, é sempre bom saber se você aguenta o tranco. Andar por longos períodos no sol ou na chuva, subindo e descendo trilhas tortuosas, é comum nesses locais, o que pode exigir um esforço físico extra. Se você tem poucos dias de viagem, o ideal é que você consiga fazer mais de uma atividade por dia pra poder aproveitar melhor o local; se caminhar muito não é o seu forte, faça um roteiro que te permita ter mais momentos pra descansar e se recuperar.

 

Eu vejo muito a dificuldade da trilha pelo quanto a caminhada me deixa ofegante. As trilhas da Patagônia, por exemplo, foram muito cansativas pra mim, pois elas tinham muitos trechos de subida + desnível em relação ao mar – que exigiram de mim um esforço físico muito maior.

 

Já as que participei nas Chapadas Diamantina e dos Veadeiros foram mais “fáceis” de fazer, mas não necessariamente mais simples. Tive momentos ofegantes ou de canseira em situações que exigiram mais força, com subidas mais íngremes ou escalaminhadas. A cachoeira do Buracão (Diamantina) e as Cataratas dos Couros (Veadeiros) têm um nível médio-difícil, que você precisa prestar bastante atenção por onde caminha, trechos mais difíceis, e momentos de ajuda dos coleguinhas pra conseguir superar um obstáculo.

 

O importante é você conhecer sua capacidade física e também pesquisar um pouco sobre as trilhas que quer fazer só pra não ser pego de surpresa no meio da caminhada, porque dificilmente dará pra parar no meio e voltar. Além do mais, geralmente, essas trilhas mais difíceis compensam pela visão espetacular da natureza que elas proporcionam, então, vale o esforço, as picadas, os tombos ou qualquer perrengue. ::tchann::

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Kekinha, o relato tá simplesmente incrível!

 

Você conseguiu relatar com exatidão as angústias da Catarata dos Couros, o trabalho em equipe na hora do atolamento e o bom humor que todos permanecemos durante toda a trip.

 

Foi uma das melhores que já fiz, pois misturou natureza, boa companhia e MUITA aventura. hahahaha

 

Observações:

 

1) Já lavei meu tênis 3 vezes. Ele ainda está marrom;

2) Estou até hoje com as marcas da picada dos mosquitos... hahahahaha. Um repelente nível hard é exigido para esta viagem.

 

Enfim, ainda ficou muito a explorar. Queria voltar lá agora em Março, antes da trip pra Bolívia, mas não vai dar tempo. E pra completar, eu perdi o cartão daquele guia que conhecemos em São Jorge... ::putz::

 

Pra completar, se não anotei errado, a chapada possui ao todo 136 cachoeiras. É coisa pra passar semanas!

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Ótimo relato KekaMC ... Ri bastante da hora que você disse que estava preocupada em não sujar o carro e depois já estava pegando lama com a mão e depois no volante ::lol4:: , resumiu bem o desespero do momento sem perder o bom humor!!! ::otemo::

Estarei indo conhecer a Chapada e estou lendo diversos relatos tentando reuniu o melhor de cada um para aproveitar ao máximo.

 

Mais uma vez lindas fotos e excelente relato! Parabéns!!!

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