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Islândia com Aurora Boreal, Highlands Escocesas, Edimburgo, Londres, Bath e Paris em 15 dias, com muitas fotos.


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Olá amigos mochileiros, tudo bem?

 

Estou aqui para relatar minha última viagem, realizada a pouco mais de um mês. Num período de 15 dias, estive desbravando o Reino Unido, em especial a Escócia, e a pequena e maravilhosa Islândia, junto com minha namorada. Começando por Londres, deu tempo de fazer um bate-e-volta em Paris, antes de seguirmos viagem rumo à Escócia. Depois daquela parada obrigatória em Edimburgo, partimos de carro numa viagem de 3 dias pela Highlands, passando pela Isle of Skye, com direito a lindas paisagens e castelos (além de muita chuva!). Depois pegamos um voo em Glasgow rumo à Reykjavik (capital da Islândia), de onde partimos em mais uma viagem de carro de 6 dias desbravando a região sul da ilha. De dia, paisagens exóticas, e de noite uma caça incansável à Aurora Boreal, até que conseguimos avistá-la, no último dia da viagem. Tentarei detalhar ao máximo a minha jornada a vocês, com dicas e (muitas) fotos, esperando que isso possa ajudar futuros viajantes.

 

É minha segunda viagem à Europa, e pra quem tiver curiosidade, esse é o relato da anterior, que realizei em 2012: http://www.mochileiros.com/europa-jul-2012-paris-berlin-potsdam-praga-veneza-florenca-pisa-roma-em-19-dias-t73794.html

 

Vamos ao que interessa...

 

PLANEJAMENTO

 

Montando o roteiro inicial

 

A idéia inicial surgiu depois de ler em algum blog um relato de uma viagem às Highlands Escocesas. Comecei, então, a investigar mais a respeito. Depois de ler outros relatos, estava convencido de fazer uma viagem de carro na Escócia, e ao comentar com minha namorada da idéia ela logo topou.

 

A partir daí fomos estentedo nosso roteiro. Como não visitamos Londres da primeira vez, era necessário incluir alguns dias por lá e, porque não, outras cidades da Inglaterra? Começamos a pesquisar sobre Bath, Brigthon, Liverpool, Manchester, York...

 

Mas aí surgiu um outro fator que mudou bastante nossos planos iniciais. Sempre quisemos ver a Aurora Boreal, e a alguns anos que leio a respeito. Bem, na Escócia estaríamos mais próximos do Circulo Polar Ártico do que já jamais estivemos e quem sabe se teríamos outra chance como essa? Porque não aproveitar? As possibilidades a partir dali são muitas. Noruega, Suécia, Finlândia... Mas todas opções que não pareciam tão atrativas para nós.

 

Já havia lido numa revista sobre como a ilha é conhecida por ser a terra do gelo e do fogo, das paisagens inacreditáveis, dos vulcões, dos geysers, das geleiras, e... da Aurora Boreal! Assim, escolhemos a ilha como destino para nossa busca pela quantidade de atrações no lugar, além das luzes do norte. Assim não ficaríamos tão obcecados em vê-la, e poderíamos aproveitar um lugar fantástico, independente do sucesso da nossa busca.

Por fim, ainda deu tempo de incluir um bate-e-volta pra Paris, a partir de Londres. A passagem na Eurostar não era tão cara, e daria pra visitar de novo minha (nossa) cidade favorita.

 

O roteiro, ao final da viagem, contando alterações, foi realizado da seguinte maneira:

 

Dia 0: Saída de Belém

Dia 1: Belém-Lisboa-Londres (avião, TAP)

Dia 2: Londres

Dia 3: Londres-Paris-Londres (trem, Eurostar)

Dia 4: Londres-Salisbury-Bath-Londres (trem, diversos)

Dia 5: Londres-Edimburgo (trem, Virgin Trains )

Dia 6: Edimburgo

Dia 7: Edimburgo-Stirling-Fort Willian-Portree (carro, Europcar)

Dia 8: Isle of Skye; Portree (carro)

Dia 9: Portree-Loch Ness-Glasgow (carro)

Dia 10: Glasgow-Reykjavik (avião, Icelandair)

Dia 11: Reyjavik-Hellnar-Borgarnes (carro, Sixt)

Dia 12: Borgarness-Blue Lagoon-Golden Circle-Hella (carro)

Dia 13: Hella-Vik-Kirkjubaejarklaustur (carro)

Dia 14: Kirkjubaejarklaustur-Skaftafell-Vik (carro)

Dia 15: Vik-Reykjavik(carro); Reykjavik-Londres (avião, Icelandair)

Dia 16: Londres-Lisboa-Belém (avião, TAP)

Em vermelho, as cidades onde dormimos em cada dia.

 

Estudando o roteiro

 

A primeira coisa que fiz foi adquirir um livro específico sobre os lugares onde visitaria. Comprei o guia “Inglaterra, Escócia e País de Gales” da Publifolha, que é muito didático. Tudo esquematizado por cidade, informações gerais sobre os países, e muitas fotos.

 

Sobre a Islândia, até onde eu sei, não existem guias específicos em Português. Por isso comprei, no site da Livraria Cultura, o guia da Lonely Planet “Iceland”. Como vocês devem saber, os guias da LP não tem tantas imagens, mas são extremamente informativos, com mapas de cada região do país. E foi uma excelente compra, porque mesmo online foi difícil achar conteúdo sobre a ilha.

 

Além disso, claro, blogs e fóruns. Acessei muito o Mochileiros. Aliás, foi um dos únicos lugares que encontrei relatos sobre Islândia em português. Usei bastante o site da Lonely Planet também, que tem um fórum específico de cada país, em inglês.

 

Para finalizar o roteiro, usei o mesmo método da viagem anterior da Europa. Com a ajuda do excel, montei variações do roteiro e ia estudando as vantagens e desvantagens de cada um, até deixar o que achava mais essencial. Para quem quiser ter uma idéia, basta baixar o arquivo a seguir: Anexo 1.xlsx.

 

Passagens, hotéis e outros gastos.

 

Antes mesmo de montar o roteiro final, e já sabendo que Londres seria nosso ponto de partida, comecei a pesquisar preços de passagem. Já existe em Belém um voo direto para Lisboa pela TAP mas os preços são mais caros que saindo dos grandes centros. Por isso, em princípio, descartamos essa possibilidade.

 

Passei então a pesquisar empresas aéreas saindo de São Paulo. Pelo que me lembro a mais em conta que encontrei foi a Iberia, com um valor aproximado de R$ 2.400,00, mas precisaríamos gastar pontos (e tempo) para chegar a SP. Foi então que, por acaso, numa data posterior à minha programção de férias, encontrei um voo da TAP saindo de Belém por R$ 2.500,00. Valia muito à pena. Então alterei em uma semana minha programação de férias para pegar esse voo.

 

Quanto aos hotéis, reservei 3 pela decolar.com, site onde geralmente reservo meus hotéis, e 7 pelo Expedia. Havia usado este ultimo apenas uma vez, mas foi onde encontrei a maior variedade de opções, principalmente na Escócia e na Islândia. Apesar da explosão do dólar (e consequentemente do Euro e Libra) logo depois que marcamos nossa viagem, os hotéis não saíram tão caros quanto eu esperava, com exceção de Londres, que é uma cidade caríssima!

Outros gastos prévios incluíram diversas passagens de trem, aluguel de carros e diversos passeios/entradas para atrações. Deixamos quase tudo comprado antes da viagem.

 

Também compramos a passagem de avião para a Islândia, pela Icelandair. Saindo de Glasgow e voltando para Londres, a passagem por pessoa saiu por $ 234,00.

 

Itinerário Final

 

Já com toda a pesquisa de roteiro feita e os hotéis reservados, montamos o nosso itinerário detalhado, dia por dia, para seguir como base. Dá trabalho (o da Islândia, por exemplo, só finalizamos dias antes da viagem) mas sempre vale à pena. Claro que, no fim das contas, não foi possível realizar tudo que planejamos, mas creio que ao menos uns 75% do planejado foi possível de concretizar. Ao final do relato vou detalhar o que conseguimos e não conseguimos realizar do roteiro.

 

Quem tiver interesse no meu itinerário, basta abrir o arquivo a seguir: Anexo 2.xlsx

 

Arrumando as malas

 

Com quase tudo pronto, reservamos a última semana para os preparativos finais. Além de imprimir todos os comprovantes de passagens e hotéis, adquirimos um seguro-viagem, atendendo à exigência de 30.000 Euros para acidentes e mais 30.000 para doença, segundo o Acordo de Schengen. O nosso adquirimos na CVC.

 

Quanto ao que levar na mala, já sabíamos da necessidade de levar muita roupa de frio. Enfrentaríamos o final do Outono Europeu, em regiões mais frias que o centro do continente. A previsão era pegarmos por volta de 10ºC em Londres, 5-8ºC na Escócia e por entre 0 e 5ºC na Islândia. É muito frio! Mas, levando em conta que já havíamos enfrentado -12ºC em Nova York, pensei que seriam suficientes as roupas de inverno e casacos que já possuíamos. Mas pensei errado!

 

Se teve algo que planejei mal antes da viagem foram as roupas a levar. Como já havia enfrentado um inverno de temperatura negativa e neve, pensei que as temperaturas na Europa seriam suportáveis. Mas esqueci de uma grande diferença. Duas na verdade. Chuva e vento. A maioria dos lugares que fomos eram campos abertos, regiões elevadas, onde bate muito, muito vento. E além disso chove muito na região! Acho que dos 15 dias de viagem, vimos o sol 4 dias no máximo. O resto foi de dias nublados e bastante chuva. Se faltou planejamento, acabamos resolvendo o problema por lá. Depois de se afundar em chuva em Isle of Skye, compramos um kit completo de roupas e botas impermeáveis para o resto da viagem. Mas isso vou falar mais pra frente.

 

Bem, nessa primeira parte tratei apenas do planejamento da viagem. A partir de amanhã já começo a adicionar o relato em si, com detalhes e fotos de onde passamos.

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RELATO DA VIAGEM

 

Saída de Belém

 

Como já mencionei, fomos num voo da TAP, saindo de Belém para Lisboa.

A aeronave foi um A330, relativamente nova, bem parecida com a que usamos na nossa viagem de 2012. O serviço de bordo, comida e conforto das poltronas é aquele padrão da TAP. Não é horrível, mas também não é nada espetacular. As poltronas tinham entretenimento individual, e um acervo de filmes e séries bem atualizado.

 

Dia 1 - Londres

 

Chegamos em Lisboa e já nos encaminhamos para o porão de embarque, pois foi uma conexão bem rápida. De lá, mais algumas horas chegamos em Londres. E apenas no destino final fizemos imigração. Vale lembrar que o Reino Unido não faz parte do Acordo de Schengen e, por isso, não existe livre circulação de pessoas entre a região e o resto da Europa. Mas, como não é exigido visto, a entrada é tranquila. Apenas aquelas perguntas básicas: Para onde vai, motivo da viagem, quantos dias vai ficar, etc.

 

Chegamos em Londres por volta de 13h, no Aeroporto de Heathrow. Lá tinha Wi-Fi grátis (aliás, todos os aeroportos que passamos tinham) e pudemos dar notícias para a família.

 

Existiam várias opções para chegarmos ao centro de Londres, mas ficamos na dúvida entre duas. A primeira era o Heathrow Express, que era bem mais rápido, mas também muito mais caro. E e o metrô, mais demorado e barato, e acabamos optando por esta alternativa.

 

Para usar o metrô, compramos um Oyster Card para cada. O cartão custou £ 5, e abastecemos com £ 20 cada. O Oyster funciona de forma inteligente. Se você fizer um trecho, ele vai debitar o valor desse trecho. Ele vai acumulando os trechos até atingir o valor de uma diária das zonas em que você está se deslocando. Então você não precisa se preocupar se o cartão vai ultrapassar o valor do passe diário. Além disso, ao terminar de usar, você pode reembolsar o valor do cartão, bem como dos créditos restantes. É bem prático. Mas lembre-se de que, sempre que sair de uma estação, é necessário passar o cartão na cancela para que ele registre seu deslocamento total e possa fazer o cálculo correto.

 

Enfim, saímos da estação Heathrow Terminal 3 e se não estou enganado, fizemos uma baldeação em Earl’s Court para chegarmos ao nosso destino final, em Bayswater. Vale à pena baixar algum aplicativo (existem vários) com q rede de metrô da cidade. Procure pelo nome “Tube”, como é conhecida.

 

Saindo do metrô, em menos de 5 minutos chegamos ao London House Hotel, onde ficamos por 4 noites. O hotel é muito bom. Claro que foi caro, mas nada fora do padrão de preço de Londres. Foi o mais próximo que conseguimos ficar do centro. O hotel fica em um quarteirão cheio de casas idênticas em estilo clássico. O quarto não é muito grande, mas o suficiente para duas pessoas. Tem uma varanda que dá para um jardim/bosque no meio do quarteirão. O atendimento foi ótimo e eles tinham uma atendente brasileira. Não fomos atendidos muito por ela, mas é legal para que não fale bem inglês. A localização é muito boa, próxima do Hyde Park e de Notting Hill. Próximo tem uma rua comercial chamada Queensway com muitas opções de alimentação. Geralmente tomamos café e jantamos por lá.

 

Após descansarmos um pouco, corremos para o London Eye, onde havíamos agendado um horário para 17h30. O plano inicial era irmos em algumas atrações próximas antes, como o Palácio de Buckingham e a Abadia de Westminster. Mas tivemos que transferir essas visitas para o outro dia. Deu tempo apenas de ver o Parlamento e o Big Ben, os quais não achei tão impressionantes numa primeira vista, mas acabei achando bem interessando de noite, todo iluminado.

 

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Chegamos exatamente em cima da hora no London Eye e entramos imediatamente pela fila expressa. Valeu à pena comprar o ingresso com antecedência. O passeio durou uns 20 minutos, deu para bater muitas fotos, porém acabamos não pegamos o pôr-do-sol que havíamos planejado. Ao invés disso pegamos um fim de tarde extremamente nublado e levemente chuvoso, como, aliás, foram a maior parte dos dias da viagem.

 

Uma coisa que fiquei impressionado foi a logística da roda gigante. A menos quando é extremamente necessário, como para entrada de um cadeirante, a roda não para. As pessoas têm alguns segundos para descer com a rodada passando para plataforma. Depois entra a equipe de limpeza e busca de bombas, e por fim o próximo grupo entra. Tudo isso em questão de segundos.

 

Depois disso, já anoitecendo, demos uma volta pelas redondezas, batemos algumas fotos, atravessamos a ponte de volta, e fomos andando até o Convent Garden. Lá haviam muitas opções legais de restaurantes. Acabamos comendo no Jamie Oliver. Não era barato, mas valeu para conhecer o lugar. Na volta pro hotel passamos um pouco de sufoco, porque algumas estações de metrô já haviam fechado as portas, e tivemos que andar um bocado procurando uma linha aberta até tarde da noite. Ainda bem que conseguimos achar, e evitamos gastar uma nota em taxi.

 

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Dia 2 - Londres

 

Como nossa passagem foi curta, esse foi o único que dia que tiramos exclusivamente para conhecer Londres.

 

Fomos a pé do hotel até Notting Hill. O lugar é muito agradável, casinhas muito bonitas, e com certeza um dos meus locais favoritos em Londres. O foco da nossa visita foi a Portobello Road. Começamos pelo lado da Pembridge Rd, passamos por diversas lojas de antiguidades, que tem muita coisa interessante, mas a maioria são caras. Como não havíamos tomado café ainda, paramos numa Delicatessen chamada Gail's Artisan Bakery. O lugar era maravilhoso, cheio de coisas muito gostosas. Uma curiosidade, que vimos em muitos lugares no Reino Unido, é que lanchonetes e cafeterias cobram preços diferenciados pelos produtos para quem vai comer dentro do estabelecimento e para quem vai levar. É uma forma de cobrarem pelo uso do ambiente e aquecimento.

 

Seguindo nossa caminhada, chegamos à famosa Feira de Portobello Rd. Cheia de lojas e barracas, principalmente de roupas e souvenires. Achamos vários casacos lindos, mas para nosso espanto, caríssimos! Estou falando de valores acima de £ 1.000! Mas é claro que também haviam opções econômicas. Uma loja que achei legal, e que ficava bem no fim da feira, era uma dedicada apenas a produtos caracterizados com as obras do Banksy! Pra quem não conhece é um artista inglês muito famoso por seus grafites controversos e críticos. Vale alertar que a maioria das lojas só abriu depois das 10h da manhã. É bom ficar atento para esse horário comercial diferente do Brasil.

 

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Saindo de Notting Hill, fomos de metrô até o Hyde Park. Fizemos uma caminhada rápida e paramos próximos ao lago na parte sul, onde havia também um restaurante. O parque é bem legal, mas comparando por exemplo com o Central Park de Nova York, é bem menor e com menos atrativos. Mas se não estou enganado é o maior de Londres.

 

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Saímos do parque, comemos em alguma lanchonete pelo caminho, e seguimos para o Palácio de Buckingham.

Passamos rápido, foi uma daquelas “paradas obrigatórias” de todo turista. Pra falar a verdade, nem pesquisei muito sobre o Palácio, mas o que posso dizer é que a residência oficial da Rainha. É a mais famosa propriedade da família real.

 

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Seguimos a pé até a National Gallery, o principal museu destinado a pinturas de Londres. O acervo é bom, com foco no renascimento, impressionismo e pós-impressionismo. Obras de Van Gogh, Monet, Renoir, e vários pintores renomados. Mas o melhor de tudo é que a entrada é gratuita. Não é apenas em um dia, como em outros museus, e sim todos os dias! Eles pedem doações para o visitante em vários pontos do museu, mas é opcional e vai da condição financeira de cada um. Além disso, o museu fica numa linda praça, e sua estrutura externa tem um belo impacto visual.

 

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Nosso plano era ir para Camden Town e ficar até o início da noite por lá, mas estávamos cansados e resolvemos voltar ao hotel para descansar um pouco antes de voltar. Mas acabamos desistindo de sair e dormimos logo, já que sairíamos para Paris muito cedo no dia seguinte.

 

Dia 3 – Londres-Paris-Londres

 

Saímos do hotel bem cedo, pois o trem da Eurostar sairia da St. Pancras às 7h da manhã. A viagem é relativamente curta, demorando cerca de 2h15. Porém, como na época o horário de Paris era adiantado em uma hora em relação a Londres, acabamos chegando apenas às 10h17 do horário Local.

 

Chegamos à Gare du Nord, estação Central de Paris, no horário previsto e pegamos o metrô para a Torre Eiffel, nossa primeira parada. Como já falei antes, essa foi nossa segunda visita em Paris. Como passaríamos apenas algumas horas, resolvemos focar em locais que nós já conhecíamos, mas tentaríamos conhecer o Quartier Latin e o Jardim de Luxemburgo (infelizmente, acabou não dando tempo no fim das contas).

 

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O dia estava muito nublado, mas a Torre Eiffel, por si só, já é espetacular, independentemente do tempo. Fomos nos Jardins do Trocadero, do outro lado do Rio Sena, onde é possível bater as melhores fotos da torre. Como subimos nela da primeira vez que visitamos a cidade, e pelo pouco tempo que ficaríamos, pulamos essa etapa. Almoçamos na lanchonete que fica ali embaixo, e a intenção era parar e descansar um pouco no gramado da Champ-de-Mars, mas por algum motivo estava interditado.

 

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Abro parênteses para comentar algo que não havia notado da primeira visita, e algo que difere muito da tranquilidade e educação encontrada nas ruas de Londres: a quantidade de pessoas que ficam te importunando nas ruas. O tempo todo vendedores de souveniers gritando “One Euro, one Euro”, te oferecendo coisas, quando não, umas mulheres tentando coletar sua assinatura para alguma causa. Nossa, muito chato. Enfim...

 

A ideia era caminhar até o Arco do Triunfo, mas devido ao frio resolvemos pegar um atalho pelo metrô. Chegando lá, caminhamos pela Champs-Elysees e entramos em algumas lojas. Começamos a procurar casacos, pois achamos que precisaríamos de um mais grosso do que os que levamos. Minha namorada encontrou um na H&M, ali na avenida mesmo. Como não consegui encontrar um para mim, fomos até as Galerias Lafayette, onde consegui comprar um ótimo casaco por € 150. Uma pechincha, se comparado às peças que eles vendem por lá. Sobre a Galeria, é bom alertar que existe um prédio para produtos femininos e outro para masculinos. É bom atentar para não entrar no errado e ficar perdendo tempo.

 

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A ideia, como falei anteriormente, era conhecer o Quartier Latin, mas essa etapa teve que ser substituída por nossas compras. Então partimos para Montmartre, onde iríamos ver o pôr-do-sol nas escadarias da Basílica de Sacré-Coeur. Mas que sol? O dia estava totalmente nublado e estava chovendo durante todo o fim de tarde. Mas nada que estrague a vista espectacular.

 

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De lá, descemos pelos jardins e atravessamos a Place Saint-Pierre para procurar um lugar para jantar. Primeiro entramos num lugar chamado Post’cafe e fomos super mal atendidos. Como ninguém veio nos recepcionar, entramos e sentamos numa das várias mesas vazias. Depois de uns 5 minutos apareceu um garçom que aparentava estar bastante estressado e perguntou se estávamos ali para comer. Falamos que sim. Então, em tom de deboche (e visivelmente com raiva) ele falou algo do tipo "então na entrada você tem que dizer 'mesa para 2' e aguardar). Pedi desculpas e falei que não fizemos por mal, mas ele virou a cara e saiu. Depois de 15 minutos aguardando atendimento (estávamos claramente sendo ignorados), levantamos e saímos passando ao lado do mesmo, que fez uma cara de surpresa. Acabamos comemos num restaurante bem próximo dali onde fomos muito bem atendidos, fazendo com que o incidente não estragasse a noite.

 

Dali já fomos direto para a Gare du Nord onde pegaríamos o Eurostar de volta para Londres. É bom lembrar de chegar cedo pois, tratando-se de um trajeto considerado internacional, como já falei no início do relato, há controle de passaporte e fiscalizações adicionais.

 

Dia 4 – Londres-Salisbury-Bath-Londres

 

Mais um dia que iríamos desbravar locais fora de Londres. Pegamos um trem para a cidade de Salisbury, a oeste de Londres, onde pegamos um ônibus até o centro de visitação do Stonehenge. De lá, mais uma viagem de ônibus, desta vez curta, até o sítio arqueológico.

 

Mas não foi fácil. Foi uma verdadeira odisseia. Como falei, já tínhamos comprado as passagens de trem. Acordamos muito (!!!) atrasados e foi uma correria desesperada para pegar o metrô até a estação Waterloo (que era bem longe). Não podíamos perder um segundo com baldeação e milagrosamente pegamos todos os metros exatamente na hora que chegamos na plataforma e chegamos 5 minutos antes da saída do trem para Salisbury. Para completar, ao chegar na cidade, pegamos o ônibus para Stonehenge exatamente no momento que estava saindo (se perdêssemos teríamos que aguardar uma hora (o que atrasaria totalmente nosso cronograma, já que também tínhamos que pegar um trem para Bath). Mas no fim das contas, inacreditavelmente, deu tudo certo.

 

De volta ao passeio, é indescritível estar tão próximo de um monumento (seria essa a palavra?) construído por humanos 5.000 anos atrás. Uma das maiores, senão a maior, relíquia do período paleolítico, o Stonehenge é envolto em mistério. Por mais que os arqueólogos estejam avançando no estudo de como ele foi construído, ainda não se sabe o motivo de sua criação. São várias teorias (inclusive de intervenção alienígena), mas a corrente mais forte defende que ele servia como uma espécie de calendário das estações do ano.

 

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Ao longo dos séculos, foi ganhando novos usos, e pelo que entendi do audioguia, pessoas começaram a ser enterradas em áreas próximas ao monumento. Hoje, resta apenas parte do círculo principal, mas não deixa de ser impressionante presenciar uma das primeiras intervenções humanas na natureza que se têm ciência.

 

Agora aguente o frio. Fui com um dos meus casacos menos grossos, pensando apenas na temperatura, mas mais uma vez esqueci do vendo. Sofri, mas sobrevivi.

 

Voltamos a Salisbury onde pegamos um trem para Bath. Chegamos na estação principal - Bath Spa - e fomos andando até as Romans Bath. A visita foi muito interessante, pois é o maior resquício do domínio romano na região, alguns séculos depois de Cristo. Já visitamos Roma anos atrás, mas não deixa de ser impressionante presenciar o poder e influência do Império, cujas realizações duram até os dias de hoje.

 

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A estrutura principal foi construída em cima das ruinas da casa de banho, no começo do século XX, quando foi descoberta por arqueólogos, mas ainda é possível visitar muitas áreas da construção original. As termas romanas se aproveitaram de fontes termais que foram descobertas pelos romanos durante sua estada, e a cidade de Bath acabou levando seu nome em homenagem do local.

 

A cidade foi uma das grandes surpresas de toda a nossa viagem. Além de linda, é pacata, as pessoas são educadas e até encontramos ótimas barganhas em lojas de lá. Além das termas romanas, recomendo visitar também a Abadia de Bath, da igreja Anglicana (ou queen’s church, como eles chamam, já que a rainha é chefe da Igreja deles), a Pulteney Bridge (que lembra muito a Ponte Velha de Florença), e a Royal Crescent, ao norte da cidade, que é considerada a rua mais charmosa da Inglaterra, constituída por um arco de casa da era Vitoriana.

 

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Por fim, a partir da Royal Crescent, fizemos uma longa caminhada de volta à estação Bath Spa, e voltamos para Londres.

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  • 2 semanas depois...
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Dia 5 – Londres-Edimburgo

 

Seria nosso último dia em Londres, e teríamos a manhã inteira para tentar aproveitar ao máximo. No mundo ideal iríamos acordar bem cedo e conhecer a Tower Bridge, Torre de Londres, além da “City”, nome dado ao centro financeiro de Londres, onde estão os prédios mais modernos e famosos da cidade.

 

Nem preciso dizer que isso não aconteceu né? Acordamos tarde e só deu tempo de visitar uma única atração. Minha namorada queria muito conhecer a Abbey Road, que era relativamente perto do hotel. Não achei muito empolgante, apesar da icônica faixa de pedestres do álbum homônimo dos Beatles. Queria ter ido na Tower Bridge, mas pensando bem não teria dado tempo.

 

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Voltamos ao hotel, carregamos nossas malas até a linha de metrô onde fizemos o trajeto para a estação Kings Cross (que na verdade divide espaço com a estação St. Pancras, onde estivemos dois dias antes; a diferença é que enquanto a St. Pancras faz os trajetos internacionais, a Kings Cross liga Londres ao resto do Reino Unido).

 

A viagem para Edimburgo totalizou 4h22, foi bastante tranquila, e com poucas paradas. Mais uma vez me impressionei com a qualidade do transporte ferroviário na Europa, principalmente no que diz respeito a conforto e acessibilidade.

 

Chegamos na estação Waverley e saímos pela Market St. Demoramos um pouco para nos localizarmos, porque as ruas na região da Old Town ficam em níveis diferentes. Então, tivemos que subir uma escadaria gigante, com duas malas pesadíssimas, até chegar no nível em que fica a Royal Mile. Passando um quarteirão dali chegamos ao Ibis Edinburgh Centre South Bridge. Um hotel da rede Ibis um pouco diferente. Em termos de conforte era até melhor que os outros que já fiquei, mas achei super estranho um restaurante/bar aberto ao público, sendo que meu quarto ficava depois desse restaurante, fazendo necessário um cartão para acesso a uma área restrita só para 3 quartos. Além disso o hotel tinha saída para dois níveis de ruas diferentes, Cowgate e South Bridge. Já o atendimento foi excelente.

 

Só deixamos as malas no hotel e saímos para explorar a “Cidade Velha”. Queríamos conhecer alguns pubs, e acabamos jantando no World’s End, um dos mais famosos de lá. Comemos um Fish and Chips premiado, e curtimos um pop/rock inglês bem legal. Seguimos na Royal Mile pra tentar encontrar algo aberto e nos deparamos com uma banda tocando no meio da rua, num frio de 5ºC, pra umas 10 pessoas. Era um som super agradável de um grupo chamado “Lorraine and the Borderlands”. Eu sei que isso é algo comum na Europa, mas não deixo de me impressionar toda vez que vejo.

 

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Por fim ainda deu tempo de paramos num music bar bem em frente ao hotel chamado Whistle Binkies bem em frente ao hotel. O ambiente é agradável, bem musical mesmo e fica no subsolo de um pequeno estabelecimento. Eles têm dezenas de tipos de chopp e diariamente ao menos três atrações, até tarde da madrugada. O mais legal de tudo é que a programação do mês fica colada na entrada e além do nome das bandas que vão tocar, eles listam também o estilo de música deles, para que você saiba o que vai ouvir.

 

Dia 6 – Edimburgo

 

Tomamos café da manhã no quarto mesmo para economizar (já havíamos comprado uns cookies e bolachas um dia antes, e pegamos café no hall do hotel).

 

Bem na frente do hotel tinha uma Forbidden Planet, franquia internacional de vendas de produtos geeks (quadrinhos, miniaturas, etc) e gastamos um tempinho ali. Depois de voltar ao hotel e deixar as minhas aquisições, fomos até a Royal Mile, rumo ao Castelo de Edimburgo.

 

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Chegamos ao Castelo já com os ingressos comprados e tivemos de ir atrás apenas do audioguia (que aliás, foi essencial para a nossa visita). Ouvimos muito da história da Escócia e seus reis, além das disputas com os ingleses pela posse do castelo. Mas o que mais me impressionou, além da vista da cidade, foi conhecer a “Pedra do Destino”. Trata-se de um artefato mítico que foi usada na coroação dos reis ingleses, escoceses e recentemente britânicos, e que foi alvo de disputas entre os dois países por mais de 700 anos, até o governo britânico decidir que ficaria em posse dos Escoceses enquanto até a próxima coroação.

 

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Saindo de lá, seguimos pela Royal Mile e almoçamos em um Café Nero, muito popular por lá. Tivemos um breve momento de sol, mas o dia já nublou de novo. Caminhamos toda a Royal Mile até o Palace of Holyroodhouse. Andamos mais um pouco e estávamos no Holyrood Park.

 

No Holyrood Park nosso objetivo era subir o morro até o topo, no “Arthur’s Seat”, o ponto mais alto da cidade (251m). Demoramos mais ou menos uma hora pra completar a subida, que foi bem mais trabalhosa do que se pode imaginar. Lá em cima, ventava muito, a ponto de termos que nos segurar em algo para não nos desequilibramos. O objetivo final, isto é, a vista, era espetacular! Valeu o esforço!

 

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Ao final da nossa pequena jornada, paramos num restaurante chamado Bella Italia, onde comemos uma massa deliciosa, com direito a bandeja de sobremesas no final. Um prêmio merecido para nosso esforço.

 

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Dia 7 – Edimburgo-Portree

 

Agora começa a segunda etapa da viagem, com foco na estrada. Hora de conhecer as Highlands.

 

Fizemos check out no hotel e levamos nossas malas até a estação Waverley, onde pegaríamos nosso carro alugado às 09h. Demoramos um pouco para achar a loja da Europcar, que fica na plataforma 2. Lá chegando o processo foi um pouco demorado, levando quase uma hora.

 

Nós alugamos o carro através do site rentalcars.com. Reservamos um Astra automático, mas acabamos recebendo um Kia Cee’d, que era até um pouco superior. O carro já havia sido pago no próprio site e na loja pagamos apenas algumas taxas e o valor GPS. Além disso, por sugestão da atendente, substituímos o seguro do site pelo da loja (telefonamos para a rentalcars de lá mesmo e eles nos reembolsaram). Tudo isso porque seria mais prático usar o seguro total oferecido pela Europcar. De lá um funcionário nos levou até nosso veículo, que estava num estacionamento fora da estação.

 

O primeiro impacto de dirigir na mão inglesa foi sentido no próprio estacionamento. Acabei batendo de leve na saída, antes de passar pela cancela. Mas foi bom, porque este susto acabou me vacinando para o resto da viagem (além do mais o seguro cobriu eventuais prejuízos). Na cidade ainda era muito confuso dirigir na mão invertida, sem conseguir raciocinar de onde os carros vinham, e com dificuldades de sentir o carro (que afinal de contas, o volante é invertido em relação aos nossos). Depois de umas 2 horas dirigindo na estrada, porém, já estava acostumado.

 

Algumas observações sobre dirigir na Escócia: as estradas são excelentes, e em geral as pessoas são bastante educadas, sempre te dando passagem e agradecendo quando você dá; o limite de velocidade nas cidades eram de 30 mph (aprox. 48 Km/h) e na estrada era de 70 mph (aprox. 112 Km/h); a gasolina, nas highlands estava custando por volta de £ 1,07/L.

 

Voltando ao roteiro, o planejamento inicial incluía passar pelo Lago Ness e no Eilean Donan Castle na ida para Isle of Skye, mas acabaram sendo transferidos para o último dia, em virtude do atraso na retirada do veículo, bem como nas distâncias que na prática pareceram maiores do que no google maps. Dirigi quase 10 horas sem parar para chegar em Portree, mas a viagem foi maravilhosa.

 

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Nossa primeira parada foi em Sterling, onde almoçamos e compramos os mantimentos da viagem. Na saída da cidade passamos pelo Doune Castle, famoso pelo filme Monty Python e o Santo Graal. Não entramos estávamos muito atrasados e também já havíamos planejado visitar outros castelos. Depois passamos pelo Parque Nacional Trossachs, que apesar de ser parte das “terras baixas”, é tão belo quanto as Highlands.

 

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A partir daí, passamos por uma sequência de paisagens cinematográficas, e como o dia estava parcialmente aberto, ficou ainda mais agradável de parar e apreciar as paisagens. Vale destacar que sempre que haviam paisagens de destaque, existiam estacionamentos na lateral da pista próprios para as pessoas pararem e baterem fotos.

 

Passamos por Glen Coe, uma maravilhosa formação montanhosa, cuja estrada passa bem pelo meio. É uma vista maravilhosa. Passamos também pela cidade homônima, e por Fort Willian, onde paramos para fazer um lanche. Mudamos de rodovia em direção a Skye, e cruzamos uma ponte após Kyle of Lochalash. Caia uma chuva muito forte na ilha que atrasou ainda mais nossa chegada ao destino final.

 

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Sofremos para encontrar nosso B&B e até paramos em um outro próximo onde a Senhora dona do local foi muito solícita e nos ajudou a encontrar o nosso. Chegamos por volta de 21h, depois de dirigir mais de 10h seguidas. Ufa. Hora de descansar e comer uma boa refeição, né? Imaginem então a frustração de saber que todos os restaurantes da cidade de Portree já estavam fechados esse horário. Sobrou ir no supermercado (único estabelecimento aberto) e comer uns sanduíches congelados (refeição, aliás, recorrente na nossa roadtrip).

 

Foi a primeira vez que nos hospedamos em um B&B e estávamos um pouco receosos. Ficamos Gleann an Ronnaich Bed and Breakfest e a experiência foi excelente! O proprietário Stuart foi muito atencioso, disponibilizando guias e até discutindo nosso roteiro conosco. Os quartos eram muito confortáveis, superiores até a alguns hotéis que passamos. Mas o mais legal é poder desfrutar um café-da-manhã junto com outros hóspedes e dividir nossas experiências. Conhecemos um casal de senhoras canadenses, uma física escocesa e um casal de indianos que estava trabalhando com TI em Londres. O Stuart sempre participava desses momentos também. Perdíamos até o tempo nas conversas. Uma experiência enriquecedora.

 

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Dia 8 – Explorando Isle of Skye

 

Já saímos da cama sabendo que choveria o dia todo. E o Stuart nos avisou que não seria possível concluir o roteiro que planejamento pois, além da chuva, os ventos estavam fortes.

 

Nossa primeira parada foi num lugar que chama informalmente de “Kilt Rock”. Uma rocha na beira da pista de onde cai uma cachoeira. Fizemos uma parada rápida, mas o suficiente pra ficarmos bem molhados. Como disse no início do relato, fomos totalmente despreparados quanto a proteção quanto a chuva. Eu, por exemplo, estava usando um simples tênis da Nike, e iríamos fazer hiking nesse dia. Amadorismo total rsrs.

 

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A próxima parada foi no Quiraing, onde faríamos uma caminhada de 1h até o topo. Antes da metade, porém, encontramos algumas pessoas retornando dizendo que naquela manhã não seria possível concluir a caminhada devido aos fortes ventos. Sentimos isso na pele e depois de tentar avançar um pouco mais também desistimos. Mesmo assim, do ponto onde chegamos, a vista era espetacular.

 

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Por último, fomos visitar o “Neist Point Lighthouse”, uma península que leva a um farol abandonado no noroeste da ilha. Apesar de ser um trajeto fácil, o vento forte que vinha do sentido oeste e a chuva que apertou dificultou muita nossa caminhada. Conseguimos concluir mas ficamos totalmente encharcados! Ainda havia luz do sol, mas decidimos abortar o restante do roteiro do dia e ir para o hotel tomar banho e trocar e roupa, com medo de adoecer. Combinamos também que compraríamos roupas impermeáveis para não passar o mesmo perrengue na Islândia.

 

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Se algum dia você for visitar a Ilha de Skye, uma ótima dica é este site http://www.isleofskye.com/skye-guide/top-ten-skye-walks, que descreve detalhadamente as melhoras caminhadas para se fazer na ilha.

 

Dia 9 – Portree-Glasgow

 

Nosso último dia nas Highlands foi o mais tranquilo de todos e também o primeiro em toda a viagem com o céu totalmente aberto e o sol radiante. Até usei meus óculos escuros! Rsrs

 

Na saída da ilha fizemos uma parada para ver alguns búfalos e seguimos até o Eilean Donan Castle, um castelo que pertenceu a diversos clãs ao longo da história, e foi restaurado no início do século XX. A vista do castelo é belíssima, por ficar numa ilhota no meio de um lago. Mas vale à pena pagar a entrada e visitar o interior do castelo, conhecendo um pouco mais da história dos clãs e como os escoceses viviam séculos atrás.

 

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De lá passamos por outro castelo, o Urquhart, que fica na beira do Lago Ness. Não foi reconstruído como o Eilean Donan, mas vale a pena pagar a entrada, ver o vídeo sobre a história do monumento e conhecer suas ruínas. De quebra, ainda conhecer o famoso lago.

 

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No roteiro inicial passaríamos por Oban, mas estávamos tão cansados e cortamos caminho para chegar em Glasgow. Lá ainda encontramos um shopping center no subúrbio da cidade onde conseguimos comprar casacos, calças e botas impermeáveis (o que salvou o resto da viagem).

 

Ficamos hospedados Holiday Inn Express Glasgow Airport, cujo próprio nome já diz, fica bem ao lado do aeroporto. Tanto que fomos andando no dia seguindo com as nossas malas. O ponto de devolução dos carros da Europcar ficava bem ao lado também. A localização do hotel foi extremamente útil para nós, compensando qualquer outra falha que eventualmente encontramos.

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Dia 10 – Glasgow-Reykjavik

 

Acordamos já com um perrengue porque, por acaso, descobri que Glasgow tinha 2 aeroportos. Me desesperei por um instante pois o e-ticket não tinha o nome do Aeroporto que embarcaríamos, e ficava pesquisando pra descobrir de que aeroporto saiam os voos da Icelandair. Mas ao chegarmos lá descobrimos que estávamos no aeroporto certo. Ufa!

 

Como nos hospedamos bem ao lado, chegamos no aeroporto em uns 5 minutos andando (o próprio hotel fornecia os carrinhos de bagagem. Depois do check-in, embarcamos, e deu para ver que era um daqueles aviões personalizados da Icelandair, com pintura externa homenageando a Aurora Boreal (afinal, a grande estrela do país). Até as luzes interna simulavam as luzes do norte na decolagem. Muito legal para já irem criando o clima.

 

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O voo foi muito bom. Foram 2h20 até a Islândia, e a aeronave tinha um sistema individual de entretenimento com algumas boas opções, todas com legendas em inglês. Mas aproveitamos para ver uns documentários sobre o país. Chegamos às 15h40 no Aeroporto Internacional de Keflavik, que não fica na capital Reykjavik, mas é menos de uma hora de carro.

 

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Uma boa surpresa ao chegarmos foi o próprio Aeroporto, já que por tratar-se de um país com apenas 300.000 habitantes, numa ilha distante, quase no Ártico, esperava algo bem simples e com pouca estrutura. Engano meu. A estrutura do aeroporto é muito moderna. Pode não ter o tamanho de um Heathrow, mas em termos de estrutura e serviços não deixa a desejar a nenhum dos principais aeroportos da Europa, com esteiras rolantes, loja duty free de primeira e wifi grátis.

 

Depois de pegarmos as bagagens, trocamos Euros por Coroa Islandesa na casa de câmbio do Aeroporto, e tentamos encontrar um funcionário da Sixt para nos levar até a loja deles. Como estava chovendo, não dava para levar nossas malas andando até a loja deles (que fica fora do Aeroporto), e depois de ligar para a loja ainda esperamos quase meia hora pelo funcionário, que ficava indo e vindo para pegar os passageiros. Pegamos o exato carro que pagamos, um Astra automático, que achei inferior ao Kia que pegamos na Escócia. O pior foi o GPS, que não era embutido. Acho pouco prático aqueles colados no vidro. São lentos e menos modernos. Mas isso não chegou a ser um problema durante a viagem.

 

Em uns 50 minutos chegamos ao hotel, o Best Western Hotel Reykjavik. Muito bem localizado, no centro da cidade, próximo das ruas mais movimentadas e das principais atrações. O atendimento foi muito bom, e o quarto era um duplex. Não acho muito prático mas atendeu nossa necessidade sem problema. A vista do quarto era linda, com montanhas ao fundo.

 

Abro parênteses para falar sobre a água da Islândia. A água que usam vem de fontes geotermais e, por isso, é extremamente pura para consumo. Enquanto nos países desenvolvidos tratam a água (e por isso você pode beber água da torneira), na Islândia você bebe a água direto da fonte. Ao mesmo tempo, sua água quente também é natural, sem necessitar aquecimento. Mas tem um cheiro fortíssimo de enxofre. Mas isso você se acostuma. Eles têm um certo orgulho ao falar sobre isso.

 

Bem, saímos do hotel pra conhecer um pouco da cidade e passamos pela orla da cidade, por assim dizer. Conhecemos o Sólfar (Sun Voyager) e a casa de concertos Harpa (apenas por fora). Depois paramos Laugavegur, a rua mais movimentada na noite de Reyjakvik, e jantamos numa pizzaria. Ah sim, quase ia esquecendo, tínhamos um passeio agendado para (tentar) ver a Aurora Boreal naquela noite, mas foi cancelado em virtude do tempo ruim. Então reagendamos para o dia seguinte. E isso se tornou um problema no dia seguinte, mas depois conto mais sobre o que ocorreu.

 

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Dia 11 –Snæfellsnes Peninsula (Reykjavik-Borgarness)

 

Nossa primeira parada na Islândia seria a Snæfellsnes Peninsula, um local menos badalado (turisticamente falando), e com uma beleza diferente do resto do país, mas fantástico mesmo assim. Lá fica o vulcão Snæfellsjökull, dentro de um parque nacional com o mesmo nome.

 

Paramos na minúscula Hellnar, onde encontramos um centro de informações. Lá uma Ranger deu algumas explicações sobre o local e mostrou no mapa as trilhas que ela achava essenciais para conhecermos. Ela foi muito atenciosa. Acabamos fazendo uma das trilhas mais conhecidas, que liga Hellnar a Arnastapi. Ela é feita por décadas e é muito sinalizada. Impossível se perder. Seguimos alguns caminhos de pedras, e fomos subindo, até chegar a uma encosta com uma vista fantástica. A caminhada é de aproximadamente 40 minutos cada perna (total pouco mais de 1h30). Acabou chovendo no caminho, mas já estávamos equipados com nossas roupas impermeáveis, então não tivemos problemas.

 

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Não estava tão mais frio na Islândia que na Escócia. Pegamos uma média de 5ºC. Mas é bom lembrar que a chuva e o vento diminuem muito a sensação térmica. De qualquer maneira não chegamos a passar de 0ºC em nossa estada no país.

 

De lá paramos na praia de areia negra de Djúpalónssandur. Existem algumas trilhas saindo de lá mas tivemos que cortá-las do roteiro pois tínhamos hora agendada para andar de cavalo na fazenda Lysuholl. Acontece que o passeio estava marcado para 15h e por algum motivo eu raciocinei que era 16h... Chegamos meia hora atrasada e os cavalos já estavam no estábulo. Até tentei insistir com a proprietárias da fazenda, mas elas não estavam muito receptivas.

 

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Agora começou o maior perrengue que passamos em toda a viagem. Dirigimos até Borgarness (metade do caminho para Reykjavik), fizemos check-in no Icelandair Hotel Hamar (aliás, um ótimo hotel, com campo de golfe, piscinas aquecidas, vistas para as montanhas... uma pena que ficamos por apenas uma noite). De lá dirigimos mais uma hora até Reykjavik, onde fomos aguardar uma van da empresa Grey Line para nos levar ao passeio da Aurora.

Por volta de 20h30 nos pegaram, junto com um grupo de pessoas e nos levaram até a central deles. A coisa toda é muito profissional. Lá vários grupos de pessoas se pegaram senhas e foram entrando em um dos diversos ônibus da companhia. Existe toda uma logística implementada.

 

Nosso guia era estrangeiro e falava um inglês com um sotaque carregado. No caminho nos falou mais sobre a Aurora Boreal. Basicamente, existe um campo eletromagnético que protege a terra das partículas solares. Só que esta proteção não existe nos polos da terra. O encontro das partículas solares com as moléculas de gás na atmosfera causa o fenômeno. As cores podem variar entre verde, azul, roxo e até vermelho. Enquanto o fenômeno, também conhecido como “Northern Lights” pode ser visto no polo norte, quando acontece no polo sul, chama-se “Aurora Astralis”. Claro que existem certas condições para ver o fenômeno (até por isso resolvemos pegar o passeio no primeiro dia, para aprender). É necessário um céu limpo e escuro. Em condições de céu nublado não dá pra ver, claro. Além disso, o ideal é ver no inverno, onde as noites são mais longas e portanto, mais escuras. Recomendo o uso do site http://www.northernlightsiceland.com/northern-lights-forecast/ que dá informações sobre o tempo de 3 em 3 horas. Assim fica mais fácil de você localizar um bom ponto para ver a Aurora, ou seja, sem nuvens. Usamos muito nas nossas buscas. Outro site muito completo sobre o fenômeno é http://earthincolors.com/2013/09/19/tips-to-see-the-northern-lights-in-iceland/. Recomendo dar uma lida antes de embarcar nessa busca.

 

Não sei ao certo os locais que fomos, mas sei que estávamos ao sul da península de Reykjavik. O passeio demorou um total de 4h30, passamos por vários locais, mas o céu não abriu de jeito algum.

 

Estávamos exaustos e dormimos durante o retorno. Pegamos o carro por volta de 2h da manhã. Chegamos ao hotel quase 4h, totalmente exauridos de um dia pouco produtivo, cheio de viagens cansativas.

 

Dia 12 – Blue Lagoon e Golden Circle (Borgarness-Hella)

 

A ideia era chegarmos na Blue Lagoon às 10h da manhã. Mas fomos dormir 4h da manhã no dia seguinte, então acabamos acordando bem mais tarde que o planejado.

 

Dirigi 1h30 e chegamos ao nosso primeiro destino do dia quase meio-dia. Havíamos comprado online o pacote mais básico, que dava direito apenas a entrar no lago. Pagamos € 35 cada. Haviam outros pacotes, que incluam bebida, massagem, cremes, etc. Como fizemos o básico, tivemos que alugar roupões por lá. Não me recordo do valor.

Sair de roupão numa temperatura de 4ºC não é fácil. Mas tão logo você entra na água, esquece do frio. A temperatura ficava em torno de 38ºC. E lembram do que falei sobre a água quente na Islândia? Cheira a enxofre. Imaginem esse cheiro num lago. Essa parada foi ótima para dar uma relaxada depois de todo o esforço no dia anterior. Depois de 1h na água saímos, pegamos nossas coisas e corremos até o carro (sim, corremos, estava chovendo).

 

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O restante do dia era destinado ao “Golden Circle”, o mais famoso roteiro turístico do país, composto por Thingvellir, Geyser e Gullfoss. Mas começamos o dia muito tarde e seria bem difícil conseguirmos concluir o passeio com a luz do dia.

 

Vou falar rapidinho sobre as estradas da ilha: As pistas da rota 1 e a maioria das rotas principais são boas, mas são todas com apenas uma faixa em cada sentido. Mas isso não é problema, pois a quantidade de veículos é pequena. O litro da gasolina estava custando por volta de 196 Ikr, o que é um valor maior que na Escócia. O limite da velocidade na estrada é de 90 km/h e nas cidades do interior é de 30 Km/h.

 

Continuando, nossa primeira parada foi Thingvellir (Þingvellir), um vale onde foi fundado o primeiro parlamento do país (em 930 d.C. os líderes locais se reuniam, em campo aberto, para discutir suas leis). O local em também uma grande importância geográfica, pois marca o encontro de duas placas tectônicas: a americana e a euroasiática.

A placa tectônica que vimos (e tocamos) era a Americana. A partir dela existe um enorme vale e alguns lagos, numa extensão de 6km até a placa euroasiática. Este pedaço de terra é o que sobrou da separação da pangeia e, em teoria, o lago tente a aumentar até se unir ao oceano, visto que esta terra não tem a mesma formação geológica dos continentes.

 

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Seguimos para o Geyser, mais uma das grandes estrelas da Islândia. Pra quem não sabe, é um “poço” de água, uma fonte geotermal, cujo calor provoca uma espécie de “explosão” que faz a água jorrar vários metros de altura. O Geyser da Islândia foi o primeiro a ser identificado no mundo, e deu o nome a todos os outros geysers. Infelizmente ele diminuiu sua atividade, tornando-se virtualmente inativo desde o início do século XX. Para felicidade dos visitantes, existe um geyser bem menor bem ao lado, chamado Strokkur, plenamente ativo, que de 5 em 5 minutos jorra água de 20 a 40 metros de altura.

 

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Depois de algumas rodadas de fotos de Strokkur “explodindo” (e alguns sustos no decorrer hehe), partimos em direção a Gullfoss. Já estava praticamente de noite e nem sabíamos se ainda estaria aberto. Sabíamos que não veríamos a queda d’água na luz do dia, mas iríamos pelo menos passar e bater algumas fotos bem rápido.

O nosso GPS nos pregou uma peça, pois nos mandou para o estacionamento da loja que fica uns níveis acima de Gullfoss, e não ao estacionamento da catarata em si, o que nos fez descer uma escadaria enorme, numa escuridão total e sem ninguém por perto.

 

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Enfim, após a descida um pouco assustadora, bati algumas fotos e subimos novamente até o estacionamento deserto. Dirigimos até a cidade de Hella, onde nos hospedamos Strácta Hotel Hella. O Hotel era grande e os quartos confortáveis. Tinha um restaurante com boa comida e atendimento. Mas nem aproveitamos muito pois por volta de 22h saímos em busca de locais menos nublados para ver a Aurora, mas voltamos sem sucesso, 2h depois. Nessa hora vários grupos voltavam de suas buscas, e um deles alega que conseguiu ver um pouco entre as nuvens, o que já nos deu um pouco de esperança para as noites seguintes.

 

Dia 13 – Hella-Vik-Kirkjubaejarklaustur

 

Este foi o dia mais tranquilo da nossa estadia na Islândia. Fizemos o trajeto entre Hella e Kirkjubaejarklaustur, que é de apenas 161km. No caminho fizemos algumas paradas. E pra coroar o dia, muito sol e céu aberto! Uma raridade na nossa estadia.

 

Nossa primeira parada foi na cachoeira Seljalandsfoss. Ela não é tão grande, mas o charme é que você pode passar por trás dela. Claro que você vai ser molhar muito, então não pode esquecer dos trajes impermeáveis.

 

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De lá seguimos até mais uma cachoeira, dessa vez bem maior e mais imponente, Skogafoss. Ela é bem alta e forte. Você pode subir pela lateral, mas não fizemos isso porque tomaria muito tempo. Ainda assim deu pra bater umas fotos ótimas. Muito agradável.

 

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Seguimos e passamos pela pequena e apaixonante Vik, uma cidade/vila de apenas 300 habitantes, mas linda com sua igreja no morro mais alto, e com vista para a praia de areia negra Reynisfjara. Paramos para comer e abastecer.

Seguimos até a praia, e começamos a explorá-la a partir do topo, para ter uma visão da Dyrholaey, uma formação rochosa imponente, em forma de arco. Tentamos descer andando até a praia, mas depois de 10 minutos sem sair do lugar, desistimos e voltamos para contornar o caminho de carro rsrs.

 

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Chegamos na praia em si, e é um clima bem impressionante. Vemos tudo em preto e branco que até o céu parece assim. Os destaques de lá são as “cavernas”, além de uma formação geológica quase geométrica que formam uma espécie de conjunto de degraus gigantes, e que parece um órgão de igreja. Tão perfeitamente planejado que parece ter sido feito pelo homem. Por fim, um conjunto rochoso chamado Reynisdrangar, cuja lenda diz serem dois trolls carregando seu barco até a costa, quando foram pegos pela luz solar e se transformaram em pedra.

 

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Estava nos planos passar ainda por Fjadrárgljúfur, um desfiladeiro próximo a Kirkjubaejarklaustur, mas a caminhada levaria mais de 1h, e queríamos chegar cedo ao hotel para partir cedo em busca da Aurora, já que seria nossa penúltima noite. Fizemos check-in no Icelandair Hotel Klaustur, descansamos um pouco e saímos. Mas a busca foi em vão, mais uma vez. Nesse momento já havia perdido a esperança, e estava ok com isso.

 

Dia 14 – Skaftafell e Jokulsarlon (Kirkjubaejarklaustur-Skaftafell-Vik)

 

Mais um dia fomos abençoados pelo sol (e ficamos torcendo para esse tempo aberto persistir até a noite). Pela primeira vez na viagem nos antecipamos e chegamos antes do planejado ao nosso destino rsrs.

 

O primeiro passeio do dia seria com a empresa Icelandic Mountain Guides. Iríamos caminhar pelo Glacier Svinafellsjokull, que é um dos braços do glacier principal – Vatnajökull. O que queríamos mesmo era explorar cavernas de gelo, mas passeios para elas só estão disponíveis no inverno.

 

Apesar de ser uma caminhada simples, já que basicamente andamos por um plano reto (apesar de que é difícil de se acostumar). O guia era muito atencioso, falava inglês, e creio que essa foi uma das partes mais legais do passeio, pois era como uma aula sobre geografia e história da Islândia.

 

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Mais ou menos 13h estávamos de volta à sede da IMG. Abrimos mão de conhecer Svartifoss, uma cachoeira a 1h de caminhada do centro de visitações, e partimos direto para Jokulsarlon, a 40min dali. Paramos antes da ponte, e depois de descer do carro e dar uma olhada rápida e decidimos (aliás, a melhor decisão da viagem) tirar um cochilo rápido no carro antes de descermos de vez. E que cochilo. O melhor sono de toda a viagem! Haha. Dormimos quase uma 1h, voltamos revigorados, passamos quase 2h vendo as geleiras soltas se deslocando para o mar, e deu pra bater umas ótimas fotos de um pôr-do-sol meio rosê.

 

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De lá dirigimos até Vik, nossa ultima estadia e ficamos no Hotel Edda Vik, que é a parte menor de um hotel maior e mais moderno, da rede Icelandair. Uma notícia boa era que a previsão do tempo para 21h era de céu aberto em quase toda a Islândia, menos em... Vik. Isso mesmo, a sorte não estava em nosso favor. Mas por volta de 20h30 saímos em direção a Skaftafell para fugir das nuvens.

 

Depois de quase 1h dirigindo, finalmente o céu estava aberto, mas nem sinal da Aurora. Até que, olhando pela janela do carro, avistei uma nuvem no meio daquele oceano. Uma única nuvem no céu inteiro. Que estranho né? Fui seguindo seu rastro e avistei. Avistei as tiras serpenteando no ar. Era a Aurora Boreal! Não dava pra conter a emoção.

 

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Mas o fenômeno estava em um nível leve, na cor cinzenta, pouco perceptível, a menos que você saiba o que está procurando. Bati uma foto na minha câmera para procurar e realmente eram as Luzes do Norte. Fizemos nossa primeira parada, testei bater algumas fotos, mas logo as nuvens nos alcançaram, então começamos nos dirigir de novo, para procurar o céu aberto, até que chegamos ao pé de uma montanha onde fizemos outra parada e conseguimos bater algumas fotos decentes.

 

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Dirigimos mais uns 20 minutos até encontrar um campo aberto para observar com calma o fenômeno, e torcer para ele ficar mais forte. Finalmente encontramos nosso lugar perfeito e ficamos observando a luz opaca no horizonte. Opaca porque ela não brilhava verde (apesar de que nas fotos o fenômeno sempre sai verde, pois são fotos de longa exposição e com ISO alto – aos olhos humanos, porém, isso nem sempre é possível). Algumas vezes parecia que uma pequena parte do céu ficava verde claro, mas não sei se isso era criação da minha cabeça, de tão rápido que percebia e passava. Esperamos uma hora sentados no carro pelo brilho verde no céu. Infelizmente o fenômeno cessou e o tal momento não chegou. Uma pena. Mas ficou o alívio de ter conseguido presenciar a Aurora. Infelizmente não foi como queríamos, não fiquei impressionado pelo céu brilhante, mas vimos o fenômeno. Ele estava lá. Ele existe. Dificilmente voltarei à Islândia um dia, mas certamente tentarei vê-lo novamente na Escandinávia ou mais provavelmente no Canadá.

 

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Já era meia-noite. Dirigimos umas 2h até o hotel e fomos dormir com o gostinho de dever cumprido, em nossa última noite.

 

Dia 15/16 –Reykjavik-Londres- Belém

 

Pensamos que daria tempo de passar em Reykjavik antes de ir ao Aeroporto, mas achamos que ficaria muito em cima da hora, e ficamos meio tenebrosos, então fomos direto ao Aeroporto. Devolvemos o carro, trocamos moedas e entramos na sala de embarque. No horário previsto, embarcamos num voo de 3h para Londres. Adeus Islândia!

 

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Já estava de noite quando estávamos próximos a Londres e olhava pela janela enquanto o avião descia. Notei que já estava bem próximo ao pouso, mas ainda estávamos muito altos. Avistei uma enorme nuvem que cobria todo o céu, o que achei estranho. Nos aproximamos e vi um ponto vermelho no meio dela, o que pensei ser um avião. Só que foram aparecendo outros pontos, até que vi a ponta de um prédio atravessar a nuvem!! Claro que foi quando descobri que aquilo era névoa e eu estava olhando para o solo! Aos poucos foram brotando vários prédios no meio daquilo (até mesmo o London Eye deu para ver). Me arrependi de não bater uma foto porque aquela era uma imagem impressionante. Tão impressionante quanto ver o avião adentrar na névoa e tocar no solo. Claro que sei que existe pouso por instrumentos, mas não deixa de ser um pouco exótico.

 

Chegamos no Aeroporto de Heathrow e depois de caminhar uns 30 minutos (!!!) chegamos na esteira de bagagem. Como era cedo, pegamos metrô até um hotel ali pertinho (uma estação de distância), o Hilton Garden Inn Heathrow Airport. Ali na rua percebemos a extensão daquele nevoeiro. Estando no meio do quarteirão, não era possível ver a esquina. E com as ruas desertas aquilo parecia Silent Hill.

 

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O hotel era muito bom, padrão executivo, com um hall de entrada amplo, área de TV e bar. O quarto também era bem confortável. O mais legal é que no hall principal haviam alguns telões com horários atualizados de todos os voos que sairiam de Londres, e o status deles, já que todo mundo que se hospeda ali é porque vai viajar em seguida. Muito prático. Ali já descobrimos que nosso voo estava atrasado 30 minutos e que haviam vários cancelamentos em virtude do clima.

 

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Queríamos visitar a London Bridge, que ficou faltando em nossa passagem na cidade. Mas seria 1h para ir e mais 1h para voltar, sendo que o metrô tem horário para fechar. Não valia a pena. Então fomos para Earl’s Court, um bairro a 30 minutos do hotel. Demos uma caminhada na rua do metrô, mas muita coisa já estava fechada. Basicamente procuramos um local para comer. Ficamos num restaurante especializado em frango apimentado, chamado Nando’s Não gostei muito, mas ao menos é uma comida mais parecida com a nossa. Imagino que muitos brasileiros passem por lá.

 

Voltamos ao hotel e descansamos um pouco. Já de madrugada pegamos um taxi que custou £ 10 até o Aeroporto. Já sabia que o atraso do nosso voo complicaria a conexão em Lisboa, que era de 1h. A atendente da TAP, porém, falou que eu teria muito tempo, o que achei estranho. Chegando em Lisboa, porém, descemos do avião e na pista mesmo pegamos uma van que levou a nós e outros passageiros direto para nosso avião, que já estava pronto para decolar. Este A330 que nos levou de volta era um pouco mais antigo que na ida, já que o sistema de entretenimento individual não era personalizável. Você tinha que optar por um dos filmes que estavam passando em 5 ou 6 canais. Além disso a imagem não era muito boa. Além disso o voo foi um pouco cansativo já que tivemos que passar por Manaus antes de Belém.

 

Chegando em Belém ainda tivemos o problema das bagagens que não vieram. Mas é compreensível, já que quase não tivemos tempo de embarcar na conexão. Claro que as malas não viriam (mas só percebi isso quando chamaram nosso nome do Aeroporto). Quatro dias depois recebemos em casa, entregues por um taxi contratado pela empresa. Sem problemas.

 

Nunca imaginei dirigir no interior da Escócia. O que dizer em visitar a Islândia, um lugar tão distante que parecia ser de outro planeta? E ver a Aurora Boreal? Cinco anos atrás jamais poderia imaginar isso. Mas conhecendo o mundo vou percebendo que não existem limites para o que você quer e poder realizar. Sem dúvida uma viagem inesquecível, de muitas que ainda vêm por aí.

 

Bem, esse é meu relato. Obrigado por lê-lo, e espero ajuda a outros viajantes que pretendam fazer algo parecido. Qualquer dúvida estou à disposição. Até a próxima!

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