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Madrid, Polonia, Budapeste, Viena e Rep. Tcheca em 25 dias


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  • Membros de Honra

Faz um tempinho já que não coloco relato novo, e ultimamente encontrei um novo brinquedinho no meu blog, mas esta mais do que na hora de voltar às origens, né hehe

Este primeiro comentário é só par dar as bases do roteiro, e basicamente vou copiar o post que coloquei em http://devoltaoutravez.wordpress.com/2010/09/18/primeira-viagem-a-europa/ mas a ideia é colocar mais informação aqui, fazer mais ou menos como fiz nos vários outros relatos que publiquei, que é colocar como foi meu dia-a-dia certinho, com valores de cada coisa - e assim dar ideias para quem for práqueles lados.

 

O roteiro foi: 3 dias em Madrid (na FINAL DA COPA DO MUNDO), 1 tarde e manhã em Varsóvia, 2 dias e meio em Cracóvia, 2 dias e meio em Budapeste, 4 dias em Viena, nos quais 1 eu faria um bate-e-volta até Bratislava, mas por burrice minha não fiz (conto quando chegar lá) e 6 dias em Praga onde aproveitei para bate-e-volta até Cesky krumlov e outros lugares próximos. No último dia, de volta a Madrid mas aí nem fiz lá muita coisa...

 

É isso: segue uma introdução da viagem:

 

A maneira que as viagens aparecem é sempre diferente do que esperamos:

Em 2007 comecei a pensar na Europa, montando uns arquivos com roteiros básicos divididos por região.

Em 2008, com tanta gente falando que ia ter crise, achei bom não ir. Dei sorte: embarcamos prá Patagônia umas 2 semanas depois da bolha estourar e o dólar disparar.

Em 2009, com a situação começando a melhorar, minha mãe resolveu viajar junto, mudando os planos novamente.

Em 2010, com 30 dias de férias após 3 anos, pensava em 1 curtinha para o Equador e outra maior pelo Brasil. Com tudo planejado, acabei invertendo e tirando 20 dias prá Europa (tem mais 10 em Outubro, agora no Brasil). Em 2 meses tinha que comprar passagem e armar roteiro. Como a esposa não podia ir, escolhi um roteiro que ela não tinha interesse, e assim um dos últimos lugares que pensava em visitar se tornou o primeiro, no auge da alta temporada – Leste europeu em Julho.

 

E mesmo fazendo tudo corrido, para lugares meio complicados, foi tudo de bom (mesmo tendo que acionar o seguro no meio do caminho). Mas para o futuro espero ter mais tempo para planejar.

 

Roteiro base da viagem por uma parte do leste europeu:

São Paulo-Varsóvia-Cracóvia-Budapeste-Viena-Praga – em 3 semanas

 

Planejando

Primeira coisa num planejamento de viagem: acesssar http://www.mochileiros.com e http://www.viajenaviagem.com ver os tópicos de cada lugar, pegar os diversos docs que tenho com coisas antigas (e já apagadas) de ambos os sites.

Ver guias de viagem para procurar as atrações. Meus guias são “O Guia criativo do viajante independe na Europa”, Frommers (na web tem os guias quase completos) e Lonely Planet (comprei pdfs avulsos sobre as cidades visitadas no site – é bem baratinho…)

 

As passagens:

Como sempre para mim, o http://www.decolar.com é base para valores no Brasil. Também no http://www.aquelapassagem.com.br há dicas de consolidadores interessantes que me ajudaram muito. No final, pela primeira vez comprei com o decolar, já comprando também o Seguro obrigatório para viagens à Europa.

 

Tentei ir direto a Praga ou Varsóvia, mas não teve jeito. Como é alta temporada, é tudo muito, mas muito caro. Fiz São Paulo-Madrid-São Paulo, pelas Aerolineas Argentinas, que custou uns R$500,00 mais barato que as outras. Detalhe é que se fosse para Agosto ficaria quase metade do preço, mas fazer o quê…

 

Passagens internas:

Entre Madrid e Varsóvia e de Praga a Madrid, low-cost. Buscando no http://www.skyscanner.com.br/ consegue ver os preços de várias low-cost. Num primeiro momento, não achei nada. Mas uns 10 dias procurando e finalmente encontrei passagem razoável até Varsóvia 3 dias depois da minha chegada, e de Praga para Madri 1 dia antes de voltar para casa, pela Wizz-Air – ou seja, precisa ser perserverante. Madrid passou então a fazer parte da lista, como mais uma cidade a ser pesquisada – e a passagem por ela foi das coisas mais incríveis que já tive… só digo uma coisa: “Final da copa do mundo”

 

Entre as cidades do leste europeu, podia ver trem ou ônibus, mas creio ser melhor comentar cada pedaço quando falar sobre a cidade em questão.

 

Hospedagem:

Algo que percebi nesta viagem é que a gente vai ficando mais fresco conforme fica velho. Já me hospedei em cada lugar que dá medo, mesmo que a diferença para um lugar melhor não fosse muita. Desta vez não: entre dividir um quarto com um monte de gente, ou pagar um pouco mais caro em outro, preferi o outro. Claro que nem sempre é assim, ainda topei dividir meu quarto em quase metade do tempo de viagem… ainda assim, foi uma mudança de comportamento inesperada.

 

Aos links usados, então: Para todos os lugares, sempre pesquisava em: http://www.hoteis.com, http://www.venere.com e http://www.eurocheapo.com. Para hostels, http://www.hostelsworld.com e http://www.hostelbookers.com Encontrando algo, tendo email disponivel, escrevia para o lugar. Alguns tem preço melhor, outros é melhor pelo consolidador mesmo. Depois comento sobre cada um.

 

Comunicação:

Sabia que com inglês dava prá se virar, mas não imaginava que seria tão fácil. Em todo lugar, chegava para comprar passe de ônibus, um cachorro quente, qualquer coisa… em 95% dos casos o pessoal sabia inglês. Quando não, escreve numeros, aponta, faz qualquer coisa, mas dá prá se entender. Logicamente, fiquei a maior parte do tempo em partes turisticas – mas mesmo quando saia, conseguia me entender bem com o pessoal

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hehehe pode deixar que vou tentar ;)

 

1º dia – sexta– 09/07- São Paulo – Buenos Aires

Sim, começo por Buenos Aires porque para economizar a gente faz qualquer negócio, até loucuras hehehe

A passagem pela Aerolineas me rendeu uns 500 reais a menos, mas um trampo grande a mais. Saindo de Sampa atrasados (qual a novidade?), cheguei no Aeroparque, parei no primeiro caixa-eletrõnico que achei prá sacar só o necessário e peguei táxi. O cara perguntou quando saia o voo e saiu voando baixo até Ezeiza- faltava pouco mais de 2 horas para o voo. Por sorte era feriado por lá e estava vazio o caminho, porque a viagem foi bem longa - muito mais do que esperava

Cheguei em Ezeiza esbaforido mas ainda em tempo. UFA!

 

O avião até São Paulo é apertado, mas o que foi prá Madrid é mais tranquilo - e o melhor: este saiu no horário! Dei sorte ainda de ter um dos únicos lugares vagos na nossa fileira, assim fui eu na janela, outra pessoa no corredor e o do meio vago prá esticar as pernas :-)

 

2º dia – sábado – 10/07- Madrid

É estranho tomar café e olhar pela janelinha com o sol alto, resultado de 5 horas de fuso. Primeira impressão de Madrid: o aeroporto é gigantesco e só de ver a lista de voos já ficava babando. Marrakesh, Ibiza, Barcelona, Roma...

Bom, cheguei na tão temia alfândega com milhares de documentos:

- passagem de volta

- confirmação de todas as passagens internas

- confirmação de todos os hostels

- confirmação do seguro

- contrato do seguro

- um pouco de dinheiro

- extrato de cartão de crédito

- extrato da conta bancária

- cotação oficial do Euro/real do dia anterior - para não haver dúvidas nos extratos

 

Acho que foi 'só' isso. Na fila só tinha 2 pessoas, mas justo o carinha da alfândega dali era o mais demorado para liberar o pessoal - e claro que eu não ia mudar de fila para parecer nervoso. Na minha vez ele olha o passaporte, digita, fica olhando pro computador um pouco, volta no passaporte e folheia um pouco mais, até que vê o visto de entrada em NY do ano anterior. Nem pensou: carimbou ali mesmo e me liberou sem perguntar nada! Como eu já tinha imaginado antes: carimbo americano abre portas em alguns lugares...

 

Para sair, perguntei nas informações e disse que era só seguir as placas até o metrô - o bobão achou que era perto e deixou a mochila nas costas - prá que! Foram uns bons 15 minutos de caminhada - só o terminal 2 (onde desembarquei) deve ser maior que o aeroporto de Cumbica. Assim: leve a mochila nos carrinhos de mala que vale a pena. Lá no metrô, tentei comprar com cartão, mas não teve jeito - tive que comprar em dinheiro mesmo (o que me assustou, pensando que era problema no cartão - mas o cartão funcionou bem a viagem inteira, exceto nos metrôs madrilenhos). Como ia ficar 3 dias, comprei logo passe de 10(que sai 10 euros)+ suplemento de 1 euro, necessário para chegar ou sair do aeroporto.

Apesar de 2 baldeações, foi tranquilo chegar até o hostel - só ali que me assustei num primeiro momento por ficar numa ruazinha bem feia, mas depois vi que o lugar era bem localizado demais! O engraçado foi entrar e falar em espanhol, quando a moça vê meu passaporte e manda: "Mais um brasileiro! Parece bando por aqui" Sim - ela era brasileira hehehe - e sim: a gente está em tudo que é lugar, impressionante!

 

O hostel que fiquei foi o Hostal Maria Alcazar II, que não tem site próprio, mas achei pelo hostalbooking - o melhor do hostel é a localização. Fica em frente ao metrô Callao, numa ruazinha esquina com a Gran Via, e ao lado da calle Preciados, que é um calçadão de compras que termina na Puerta del Sol. Quarto privado com ar, banheiro compartido e sem café, E$ 26/dia Parecia estranho no começo, mas acabei gostando do lugar.

 

Depois de um bom banho, hora de caminhar. Já eram 16h00 mas o sol era de matar - realmente dava desespero. Mas tudo bem.. .segui pela Gran Via até a Plaza Cibeles, que é muito bonita e com a estatua no centro ‘vestindo’ a bandeira espanhola- dali, continuando até o Parque del Retiro pela entrada do Portal de Alcalá. O Parque é um lugar que já foi somente dos nobres por séculos, mas hoje é aberto a todos. De cara, tomar um sorvete haggen das que aqui custa uns R$ 15,00 mas ali custava só 4. Lógico que só depois me toquei que eram 4 EUROS, o que faz uma baita diferença, mas naquele calor....bom, o parque é uma delícia e fiquei rodando ali por mais de 1 hora. Muito arborizado, e logo depois de um corredor grande de árvores tem um lago onde o pessoal fica brincando nuns barquinhos e o povo aproveita as árvores para ficar deitado no gramado se refrescando daquele calor animal - algo que aprendi a fazer nos dias seguintes.

 

Além deste lago, o Palacio de Cristal também é bem bonito. Seguindo pelo mapa, sabia que havia saída próxima ao Museo del Prado - mas claro que me perdi e levei um bom tempo até achá-lo, o que não é de todo ruim já que ia aproveitando mais o parque :)

 

Sábado depois das 18:00, dia perfeito para o Museo del Prado, já que é de graça. A fila do lado de fora é bem grande, mas não se assuste que é rápida. Só precisa levar umas moedas para deixar a mochila em um guarda-volume. são 0.50 que você pega de volta na saída. Pena que não dá prá tirar fotos, porque o museu é realmente impressionante - fiquei 2 horas ali e só sai quando o pessoal passou expulsar a gente. Adoro pintura renascentista e algumas holandesas(ainda que não saiba reconhecê-las sem os nomes escritos).

Saindo do museu aquele sol forte ainda, tinha que olhar no relógio prá confirmar que já eram mais de 20:00 Peguei o mapa e caminhando na direção da Plaza Mayor, acabei chegando lá - e realmente, é uma baita praça. É diferente porque não tem árvores que imaginamos em praças, mas tem aquele monte de mesinhas e gente tocando sanfona e outros instrumentos, gente pintando, aquele monte de turistas - a praça tem um clima muito gostoso e vale passar por ali. Nos arredores, encontrei meio sem querer o Mercado San Miguel, que estava super-mega lotado de turistas comendo tapas e vendo a disputa do terceiro lugar pela Copa. Imaginava todo mundo torcendo pelo Uruguai, mas tinha bastante torcida pela Alemanha também. Como ali estava quente demais, saí para das umas voltas e comer, que afinal não tinha comido nada decente há muito tempo. E não esperava, mas numa das ruas ali perto consegui aproveitar um 'Menu del dia' com uma entrada de paella e depois carne com batatas. Quer melhor entrada na comida espanhola do que uma paella logo de cara? voltei ao mercado e vi o resto do jogo, pensando em como seria a final no dia seguinte. Antes de voltar para o hostel, passei na Plaza Mayor, que noturna é ainda mais linda! sim, a Plaza me deixou empolgado :-)

Para ir embora, tinha o caminho mais curto, ou o mais longo - como o longo passava na Puerta del Sol, já viu... não importava o cansaço, segui diretamente para lá, e achei interessante que já eram quase 23h00 e a praça lotada de gente.

Prá terminar o dia, peguei o notebook e liguei prá casa por skype, descobrindo que a internet do hostel estava muito boa!

 

GASTOS

Ãgua 4

Menu del dia jantar (prato principal, secundário, bebida e sobremesa) 20

 

 

3º dia – 11/07, Domingo, Final da copa - CAMPEOOOOOOOONES

Antes de sair, google para ver onde ia ser a festa:: Plaza de Cibeles - beleza, tava em casa! Ali do lado tinha um 'té y cafe' para tomar o desjejum e metrô para o Museu Reina Sofia (já disse em outros relatos: adoro museu!!). Claro que escolhi este horário porque o museu é gratuito aos domingos de manhã. Novamente, moeda para deixar a mochila, mas aqui dá para tirar fotos. Pena que mais uma vez comprovei que arte moderna não é prá mim! Comecei de cima (só para poder subir de elevador panorâmico) e os 2 ultimos andares não gostei – ao menos nos outros quando encontrei alguns quadros para me divertir - Picasso e Dali são bastante legais, e claro: ali temos a famosissima Guernica. Mais interessante que a Guernica (único quadro que não pode ser fotografado diretamente) é a sala com diversos esboços que Picasso fez para o quadro - ele era sem dúvida alguma totalmente maluco!! Fora isto, há coisas como um corredor com um monte de pneu velho e outro onde tem uma pilha de pratos - realmente não entendo o que é arte. Não me entendam mal: eu acho que é importante visitar aqui mesmo para quem não gosta muito deste tipo de arte, mas não adianta ir com muita expectativa. Agora, se tiver que escolher 1 único museu, sem dúvida vá ao Prado!

 

Tinha deixado bastante tempo reservado para o museu e usei menos do que esperava, então fui fazer passeios não planejados (e nesta hora o mapa do metrô, junto a um mapinha turistico do centro de informações foram providenciais). Primeiro: Mercado del Rastro. Este é o mais famoso mercado de pulgas de Madrid - e realmente é enoooooorme, com um monte de ruas cheias de barraquinhas vendendo camisetas, LPs, um monte de tranqueiras, leques (comprei 2, muito bonitos) e claro: vuvuzelas!! Sim, ali também tinha esta praga.

Depois de um pouco caminhar naquelo sol achei um lugar onde um monte de gente estava sentada só olhando pro tempo, e lógico fiquei por ali. Dali a pouco sentou uma mulher com seus 20 a 30 e depois veio o homem que parecia ser seu esposo - foi quando tive um show bizzarro!! Os 2 começaram a se agarrar - ele em pé, ela sentada com a perna aberta e a saia tão curta que às vezes via até a calcinha. Lógico que não tinha como ignorar a cena - mas eu tentava olhar prá outro lado, até ver que o cara tava olhando prá mim!! Muito, mas muito sem noção - o cara dando um garro na mina em lugar público, querendo fazer um showzinho - ainda bem que pelo menos ela tinha umas pernas bastante interessantes :-) Depois de ver que eu olhei, ele deu risada, falou algo, ela olhou na minha direção e foram embora - coisa de doido mesmo, eu hein!! hehehehe

 

Depois desta, levantei e continuei passeando - lógico que não consegui achar o metrô por onde tinha vindo, assim parei em uma das ruas próximas para almoçar e depois peguei o metrô para o próximo ponto, este um santuário: Santiago Bérnabeu, estádio do Real Madrid! Primeiro, a sala dos troféus, que é algo de impressionante - e também algo prá lembrar o que é realmente importante: enquanto as taças da copa de campeão da Europa estão em lugar totalmente destacado, no centro de tudo, os títulos mundiais quase passam despercebidos - e assim vemos como eles se importam com este mudial que prá gente é o máximo. Ali também mostram o respeito enorme pelos seus ídolos, com chuteiras de Di Stéfano, Puskas e outros dos anos 50 e 60, até Kaká e outros bem mais novos. Após, uma passada no estádio, que é gigantesco e lindo. Gramado limpíssimo, tudo sendo preparado para a volta da Liga, que creio seria em Agosto. Na hora de sair, aquele monte de buzinas, festa, bagunça... é a final da copa que estava chegando. Logicamente, tive que comprar uma camisa da Espanha prá me preparar para o jogo que seria em umas 3 horas...

 

GASTOS

Fanta Limão (sim, isso existe) 4

Café da manhã 5

Almoço – menu del dia 13

Entrada no estádio 16

 

A FINAL

Com mais de 30 anos, já vi o Brasil em 3 finais, então a final nem era novidade – mas aqui sempre vejo em família. Como lá estava sozinho, fui é prá muvuca, então é tudo muito diferente. Somando isto a ser a 1ª final deles, e com vitória, foi sem dúvida a melhor final de copa que já estive!

Saí do hostel faltando pouco mais de 1 hora para o jogo, e resolvi seguir para Puerta del Sol antes... boa decisão :) O caso é que já ali tinha um monte de gente começando a festa, e conforme caminhava em direção à Plaza de Cibeles, a festa só aumentava – os carros tinham que tomar muito cuidado para usar a avenida, porque toda hora tinha gente atravessando, sem olhar prá lado nenhum! No caminho, sucesso total para uma moça de topless com 2 jabulanis desenhadas no local. – o mais engraçado era algumas meninas tirando fotos dos namorados ao lado da moça... e pensar que a minha ficou brava só por uma fotinha que levei prá casa hehehe

Chegando ao primeiro telão, não tinha como chegar nem perto, assim acompanhei todo mundo até uma rua lateral e fomos seguindo... quando voltei prá avenida tinha gente em tudo que é lado, em cima de árvores, de banca de jornal e até uns doidos no teto de banheiros químicos. Imagine você lá fazendo o que precisa e alguém pulando na sua cabeça! É lógico que a policia não deixou estes por muito tempo. Finalmente, lá pelo 7º ou 8º telão, consegui achar lugar no fundo, e dali não arredei passo.

Lendo depois comentários, todos falam que foi um jogo chato, sem emoção, não muito digno de uma final – mas prá gente ali foi a coisa mais emocionante do mundo... cada chance perdida, cada defesa do Casillas, cada passe errado, e principalmente cada botinada holandesa, ali tudo é amplificado! Até que finalmente na prorrogação uma festa gigante – mas eu não tinha visto nada, estou ficando doido? Era o holandês que finalmente foi expulso. E claro, já no finalzinho, com todo mundo resignado para os pênaltis GOOOOOOOOLLLLLL!!! Eu não sabia se tirava foto ou se comemorava. Quando um carinha me abraçou até se machucando com a máquina, tive que ficar só celebrando. Aquela altura eu já sabia quase todas as musiquinhas: “Yo soy español, español, español...”, “Y viva España”, e principalmente: “Campeoooooooness”, o equivalente ao nosso “É campeão”

Depois da entrega das taças, finalmente voltar para casa – não tinha ideia de onde estava, mas depois de algum tempo achei um metrô – tão lotado que nem tentei entrar. Após arrumar informação, vi que estava uns 4 km de distancia, mas a volta a pé foi ótima com aquela festa. Tinha gente pagando promessa (ok, eu não precisava ter visto aquele cara andando só de camiseta, e mais nada), tinha gente nos postes, em cima dos portões, e um povo sentado no meio da avenida como se fossem remadores – não entendi aquela, mas ficou legal! Esta 1 hora de volta foi uma festa só!

Não sei como seria Madrid sem a final da Copa, mas com ela lá posso dizer que foi a melhor impressão possível – mesmo com aquele calor que nunca sumia (No inicio da partida, às 20h00, estava fazendo 38ºC.

Não havia melhor lugar no mundo para estar naquele dia e no seguinte do que em Madrid.

 

O outro lado

Lá no meio da viagem encontrei um grupo de chilenos que estavam em Amsterdã na final. O que eles comentam é que a festa foi linda, com helicópteros jogando flores na torcida e coisas assim – e após o jogo o pessoal voltou muito triste para casa, mas ao contrário do Chile(e Brasil, devo dizer), foi tudo muito civilizado e bem comportado.

As diferenças com Brasil.

* Ao final do jogo, tinham as buzinas, gritarias, a fumaça vermelha e tudo que estamos acostumados – mas não tinha fogos de artificio ou sequer rojão, algo tão normal aqui. Comentei com o pessoal do hostel e me responderam que, como é perigoso pegar fogo, ou machucar alguém, eles só usam estas coisas perto do litoral – mas não ali na cidade.

 

* Fui dormir já eram quase 2, mas a bagunça ainda foi por bastante tempo. A sujeira era tanta que até foto tirei. Mas no dia seguinte, ao sair umas 10h00, a Gran Via estava quase limpa. Ainda cheirava urina, mas jamais diria que houve tanta sujeira apenas umas poucas horas antes. A organização do evento foi impecável

 

Fotos da torcida da final (e também do desfile dos jogadores, que comento depois): http://olemxela.multiply.com/photos/album/54/Final_da_Copa_do_Mundo_2010

E mais informações em http://devoltaoutravez.wordpress.com/2010/10/01/campeooooooooones/

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

4º dia – 12/07, Segunda, Madrid em Festa

Como disse, a limpeza da cidade impressionou quando saí, mais ou menos 10:00 Depois do café, caminhada até o Monastério de la Descalzas Reales, que é bonito por fora, mas dizem que não vale entrar, não... dali até o Palacio Real (no caminho comprando o Marca, jornal esportivo) é rápido. Chegando ao palácio, “Fechado por motivos oficiais”. Procurando um pouco, descubro que os reis receberão os jogadores, claro... Pelo menos a bela Catedral de Almuneda, que fica ao lado, estava aberta.

Saindo pela esquerda, por trás, desço pelo meio de umas construções até os “Campos de Moro”, um jardim muito arborizado e muito bonito que fica atrás do Palácio. Do outro lado da avenida, o pessoal testa o som para a recepção dos jogadores, toda hora gritando CAMPEOOOONES, ou cantando alguma coisa – o clima em Madrid não poderia ser melhor (falo da festa claro, porque o calor bem poderia ser menor...). Resolvo então fazer como vejo os madrilenhos fazendo sempre, e fico por ali mesmo mais de 1 hora, só lendo jornal e fugindo do calor no meio das árvores...

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115160034.JPG 500 375 Legenda da Foto]Palacio Real.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115160509.JPG 500 375 Legenda da Foto]Campos de Moro.[/picturethis]

 

Dali, resolvo seguir para o teleférico, que é uma boa caminhada de distância – no caminho, almoço experimentando o Gaspacho, deliciosa sopa gelada a base de tomate, simplesmente maravilhosa no calor que faz na época. Gostei tanto do tal gaspacho que nem lembro qual o prato principal.

Voltando ao teleférico, fica num outro parque, mas para chegar lá tem uma bela elevação – cheguei escorrendo suor, o que nunca é legal hehehe. Enquanto chegava perto me perguntava até onde ia o teleférico, porque não via nenhuma montanha – e realmente, que decepção... é uma travessia de 15 minutos que cruza o rio e um outro parque enorme, sem nada demais. A visão que se tem do teleférico em si é boa, mas do ponto final não tem nada.. de qualquer jeito, fiquei outro tempo ali na sombra lendo o restante do jornal sobre a festa programada para o fim do dia.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115160818.JPG 500 375 Legenda da Foto]Vista do teleférico.[/picturethis]

 

Na volta, passada no Templo de Debod, que é ali perto – este é um templo egípcio que foi encontrado por espanhóis e doado para eles. O que fizeram foi tirar pedra a pedra de lá e reconstruí-lo em plena capital da Espanha, fazendo um lugar bastante diferente no meio da cidade, mas bem interessante. Só fique de olho nas horas, que quando fui estava fechado. Ao fundo do templo tem um quadrado cheio de água, poderia dizer que era um chafariz – com gente passeando dentro da água (que dava na canela).. é o povo se refrescando do jeito que consegue.

Em seguida, para os Jardins de Sabatini, também aos fundos do Palacio Real – tinha um monte de gente sentada ao redor do laguinho com os pés prá dentro dágua, e claro que fui me juntar ao povo.... um tempão ali planejando como invadir o palácio  Detalhe triste: depois de uns 30 minutos chega um casal falando em inglês perguntando se havia visto alguém levando uma bolsa – enquanto eles passavam o tempo sem se preocupar, alguém levou a bolsa da menina, com os documentos de ambos, lembrando a todos que não dá prá descuidar, mesmo em Madrid.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115161128.JPG 500 375 Legenda da Foto]Bom lugar para descanso...[/picturethis]

 

Voltando em direção ao centro, passo em frente ao Palacio outra vez e tem um monte de gente chegando e parando por ali mesmo, todo mundo festejando com o uniforme da seleção, e claro que fico por ali mesmo. Conforme vai passando o tempo, mais policia chegando, comentários que os jogadores estão por ali, e a policia abrindo um corredor cada vez maior entre a gente e o portão do palácio – sempre que chegava sombra, eles empurravam todo mundo pro sol outra vez. Depois de uma boa hora parado ali, começa a sair um monte de carro, por último a Rainha espanhola. Poderia ser qualquer pessoa, porque só vi o braço acenando, mas o povo ficou todo contente, então acho que era ele mesmo – em seguida, 2 ônibus com os jogadores, para delírio do pessoal.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115161431.JPG 500 375 Legenda da Foto]A comitiva real.[/picturethis]

 

Como no dia seguinte saía cedo, dei uma ultima passada pela Plaza Mayor, depois pela Puerta del Sol, jantei no Mcdonalds e já era umas 8h00 quando caminhei rumo ao hostel – pelo horário anunciado, a esta hora os jogadores teriam terminado seu desfile pelas ruas... mas o que! Cheguei na Gran Via e a rua lotada de dar medo... o povo fazendo um fuzuê danado, lá de cima dos prédios tinha gente jogando água no povão – e não era pouca água, não, eram baldes mesmo. Lógico que fiquei por ali... depois de um tempo, lá no final da avenida apontam os caminhões de bombeiros com os jogadores, para delírio de todos. Li depois que neste dia foi gente do país inteiro até Madrid para comemorar, e a maior parte deles estava ali na Gran Via. A passagem dos jogadores foi impressionante – e prá mim, culminou na foto do Piqué levantando a taça, prá delírio da galera.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115162028.JPG 500 375 Legenda da Foto]O pais inteiro na Gran Via.[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20101115162358.JPG 500 375 Legenda da Foto]Impossible is nothing.[/picturethis]

20101115162511.JPG

 

Aquela noite, o ar condicionado pifou no hostel, fazendo com que dormir tivesse sido bem difícil, mas depois desses dias tão maravilhosos, nada conseguiria estragar minha estadia em Madrid. Como já disse, não sei como seria minha passagem se não fosse a final, mas como foi sem dúvida foi um começo de viagem com o pé direito.

GASTOS

Desayuno 9,00

Almuerzo 12,00

Teleferico 5,20

McDonalds 6,30

Bebidas durante o dia 6

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  • Membros de Honra

5º dia – terça, 13/07 - Varsóvia

Depois de tanta farra, e de uma péssima noite sem ar, saí umas 3 horas antes do voo em direção ao aeroporto de Barajas. Quando chegar no aeroporto, é necessário comprar o ‘complemento’ para passar pelas catracas, 1 euro.

 

O aeroporto é enorme, e não foi lá tão fácil encontrar o checkin correto, mas achei e depois dos trâmites normais, como é lowcost não tem lugar marcado, então tinha uma fila enorme para entrar no avião... eu que não ia ficar em pé esperando hehehe. Ótima decisão, pq o voo atrasou quase 1 hora... E o mais engraçado é que, apesar de ser quase o ultimo a entrar no avião, a primeira fileira estava totalmente vaga  Lá dentro já se vê que estamos indo para um lugar bem diferente quando um dos comissários não fala nada de inglês ou espanhol.

 

Em Varsóvia, troca de dinheiro e já comecei me perdendo para achar o ônibus – ali no aeroporto tem 2 pontos... fui seguindo um monte de gente com mochila pela direita até chegarmos ao ponto e o ônibus não parar – é quando descobrimos que aquele está indo para o lado contrário do que a gente precisa, e o ponto correto era bem mais perto da saída, mas indo para o centro. Finalmente no ônibus, tem aquelas máquinas de vender passe, onde dá para escolher comprar em inglês – sabia que era meio longe a estação então comprei o passe que valia mais tempo e ficar de olho naquele monte de Vs e Ws para achar a estação correta. Dentro do ônibus há um pequeno marcador com todos os pontos e também um letreiro avisando qual a próxima, então foi tranquilo.

 

O albergue que fiquei foi um muito bem recomendado no hostelsworld, o Helvetia (http://www.hostel-helvetia.pl/) com quarto para 8 pessoas e café-da-manhã, e foi bom para passar 1 noite, ficando bem no meio da “Rota real”.

 

Como já era um pouco tarde, peguei ônibus para o Parque Lazienki, morrendo de medo por não ter comprado passe e não ter máquina dentro do ônibus. Mas... depois de um tempo consegui achar o parque, onde na entrada tem um belo lugar de descanso com uma estátua de chopin e bancos com botões para escolhermos que música tocar.

O parque é bastante grande e tem o ponto principal o Palácio sobre as águas, muito bonito e com destaque para os diversos pavões. Também nesta região tem uma espécie de anfiteatro antigão e, depois de um bom tempo rodando a toa meio perdido (no qual vi 3 noivas tirando fotos) consegui achar a saída. Outro ponto interessante do parque é a quantidade de gente idosa e de gente com carrinho de bebes por ali..

 

Como ainda estava claro, vi que o ônibus passava perto de alguns lugares do centro histórico, e segui direto prá lá (novamente, sem passe). Desci sem saber direito onde estava e para minha surpresa, após 1 quadra estava ao lado dos muros, perto de uma homenagem a Marie-Curie – margeando aqueles muros, diretamente no portão de Barbacan. Depois de umas voltas por ali, lembrei que não tinha comido nada que prestasse durante o dia, então jantei ali mesmo – de cara pedindo os famosos pierogis – só que como pedi a moda russa, vieram fritos, parecendo então pasteizinhos... muito gostosos, mas pasteizinhos.

Para terminar, uma volta pelo centro histórico, em Starego Miasto (Mercado Central) e na região da belíssima igreja. Na saída do centro, 2 meninas tocavam saxofone para pedir dinheiro – isso sim é que é pedir dinheiro, não aqueles malabarismos estranhos que temos por aqui.

 

CUSTOS

Passagem Madri-varsovia: 53 euros + 15 (taxa de bagagem)+7(taxa aérea)+5(taxa de reserva) = 80 euros

O restante vai em Zlotys.. na época, E$ 1,00 aproximadamente PLN 4 (pln = zloty)

Onibus (o único que paguei) 2,80

Janta 52 (como era perto do centro histórico, imagino que seja mais caro...)

Água 5

Hostel helvetia 45

 

 

6º dia – quarta, 14/07 – Varsóvia-Cracóvia

 

Depois do café ok, seguindo para o centro histórico (finalmente comprando passe de ônibus), direto para o Royal Castle. Mas antes, um pouco de história:

 

Quem pesquisar sobre a cidade acaba lendo sobre isto, mas é sempre impressionante lembrar: Varsóvia foi tomada pelos Nazistas durante a Guerra – e em certo momento, os que ainda estavam ali resolveram combater os nazistas no que ficou conhecido como “Levante de Varsóvia” – eles esperavam que com isto os aliados iriam ajuda-los, mas como não receberam ajuda alguma os alemães venceram com algumas centenas de milhares de mortes. Hitler ficou tão furioso com o despeito da população que bombardeou a cidade toda. Ao final disto, como alguns lugares ainda estavam de pé, ele pessoalmente escolheu diversos lugares para dinamitarem – e assim acabar com a história da cidade, ferindo de vez o orgulho da população. Lá pelos anos 60, agora sob ocupação comunista, estes fizeram das pouquíssimas coisas boas em sua história e reconstruíram todo o centro histórico e Varsóvia, usando materiais o máximo possível de coisas originais da época. Assim, TUDO o que se vê naquele centro é reconstruído – absolutamente nada é original, o que não deixa de ser impressionante dada a perfeição das reconstruções... Detalhes sobre tudo isto são encontrados no excelente Museu do Levante de Varsóvia.

 

Voltando: fui direto ao Royal Castle, e peguei um tour – como já tinha iniciado, tive que correr atrás do grupo, e nesta acabei perdido por um bom tempo ali dentro... mochilas não podem entrar, mas dá para tirar fotos. Quando finalmente achei o grupo, a guia só falava polonês – assim, acabei me afastando do meu grupo e ia na frente, lendo os escritos, o que foi até legal pois em vários lugares eu ficava sozinho até o pessoal chegar e já me mandava para o próximo. Sobre o Palácio em si: são muitos espelhos e muito dourado, o que mostra como os reis gostavam de suntuosidade. Vale muito a pena conhecer este lugar, mesmo que pegue um tour em polonês.

 

Ao lado estava a St John´s Cathedral, bela igreja que em suas criptas há reis que morreram em 1420, o que me levou a pensar que antes do ‘descobrimento do Brasil’ este povo já tinha uma civilização inteira com seus reis, igrejas, etc... realmente o Brasil é uma nação muito nova ainda – este é um pensamento que tive em vários lugares durante esta viagem, o que dá uma sensação de finitude muito grande... Mas chega de filosofar: meio dia haveria um concerto de piano ali na igreja, então me mandei para mais uma volta pelo centro histórico, passando novamente em Starego Miasto, até Barbacan. Voltando para o concerto naquela igreja, num dos momentos mais inesquecíveis da viagem: ouvir chopin tocado em piano de não sei quantas caldas numa igreja que existia há mais tempo que meu país (ok, é restaurada, mas quem liga?) SENSACIONAL!!

 

Na saída desta área há um terraço onde pode subir e que tem uma vista muito bonita da região – logicamente, subi  Almocei na avenida ali próxima e corri para o Museu do Levante de Varsóvia

 

Este é um tanto fora da região turística, mas vale muito a pena! Este museu que mostra um tanto sobre a invasão nazista, o gueto, a resistência, a ditadura comunista e sua resistência, e até do Papa João Paulo II e sua importância na luta contra o comunismo, até a Queda do Muro de Berlim, e posterior retirada soviética. Para apreciar prá valer o museu, vai umas 4 horas, mas com um mínimo de 2 horas (tempo que fiquei, já que tinha passagem marcada) dá para se ter uma ideia.

 

Antes de ir embora, passada na “Church ofthe Holy Cross” onde há uma belíssima homenagem a Chopin, no lugar que dizem estar seu coração.

Quase todo mundo que vai para a Polônia fica somente em Cracóvia – mas vale a pena passar um tempo nessa cidadezinha com uma história tão rica. Mesmo com pouco tempo, 1 dia já é o suficiente para ter uma base – ou faça como eu, que cheguei numa tarde e fiquei a outra manhã. Claro, se puder ficar mais tempo há o gueto de Varsóvia, há diversas relíquias comunistas (e tours que as visitam).

Pensei em colocar fotos aqui, mas acho que ficou um pouco pesado de carregar com as de Madrid, então passo só o link do álbum, que lá tem várias http://olemxela.multiply.com/photos/album/58/Varsovia e no blog esta em http://devoltaoutravez.wordpress.com/2010/10/08/varsovia/

 

SEGUINDO VIAGEM

De Varsóvia para Cracóvia são somente 2h30 de trem (reservas abertas somente 30 dias antes) e apesar da fama, o trem era bastante confortável e chegou poucos minutos atrasado. Em Cracóvia, há muita opção de hostel, mas ia ficar em quarto partilhado pelos próximos 10 dias, então como aqui a diferença não é tanta, peguei 1 quarto só para mim. Fechei pelo hostelbookers no skyhostel (http://www.hostelbookers.com/hostels/poland/krakow/3829 ). Os reviews nem são tão bons, mas como disse: queria um quarto só meu por uns dias hehe

 

O melhor dele é a localização, pois fica praticamente no centro histórico (é só atravessar a rua), e a 15 mins a pé da estação central (de trem e ônibus). A diária foi de PLN 55 e tem um bom banheiro no corredor, com café da manhã ok e um bom staff. Só a internet que é lenta demais.

A janta foi numa ‘pierogarnia’, como são chamadas umas casas especializadas em pierogis – aqui sim comi um legítimo pierogi polonês, que é uma massa de batata em forma de ravióli, cozida e recheada com diversos sabores (pedi um misto, com recheios diferentes). Vale bastante a pena experimentar. Cansado, dormir!

 

CUSTOS (em zlotys)

Royal Castle Tour 2

Criptas em St John´s Cathedral 2

Concerto 9

Subir no terrace 7

Almoço 38

Janta 13

Trem de Varsóvia a Cracóvia 108

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  • Membros

Olá Alex.

Gostei de seu r elato, tb fiz gde parte do seu percursso em maio passado, lindo d+.

Peguei LGUN SSITESQ VC DEIXOU COMO SUGETSAO PARA HOTEIS E LOW COST e vou ver melhor , isto pe estarei indo em maio para portugal e Espanha e dela iremos a outros lugares conforme o tempo q acharmos disponível, nao quero ir com dias pre determinados em cada lugar.

Tb gostaria de saber sobre a Patagonia, vc gostou? Vale a pena? Onde se hospedar?

Abracos...

Inez Caroilina

inezcarolina@uol.com.br

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  • Membros de Honra

Oi, Inez.

Eu tenho um problema nos relatos: como gosto de escrever um monte, com o máximo de detalhes possível, acabo demorando muito... :oops: vamos ver se pelo menos cracóvia eu coloco até sexta ;)

 

O único problema de não ir com os dias pré-determinados prá Europa são os hotéis, que você precisa ter feito as reservas antes para não dar rolo na fronteira - mas como sempre pode cancelar depois... eu hoje sou viciado em deixar tudo certinho, mas aqui no Sur sempre era sem reserva estas coisas e sempre deu tudo certo.

 

Sobre Patagonia: é uma delícia, um outro tipo de viagem totalmente diferente e talvez até mais interessante. Neste pedaço da Europa que fui a gente se empolga com a história, com a beleza arquitetônica, com a estrutura... já na Patagônia (e no restante da américa do sul) a arquitetura é até diferente em alguns lugares,tem suas histórias e tals - mas aqui o que toma conta é a natureza, que é ainda mais impressionante - São tipos bem diferente de viagens, mas ambas são maravilhosas. A única coisa é ir na primavera ou verão...

 

Tem link para meu relato na assinatura, e ali tem os lugares onde fiquei, mas só indico sem reservas o de Puerto Natales - o restante foi sempre em lugar bonzinho, mas nada demais, o que pelo preço esta ótimo. Veja o que escrevi e também nos fóruns sobre as cidades, que tem muitas outras opções e vc pode acessar os sites, ler os comentários e ver qual o melhor custo-benefício para você...

Abraço,

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  • Membros de Honra

7º dia – quinta, 15/07 – Cracóvia

Amanheci com umas picadinhas no braço e na perna(quem já leu no blog sabe bem qual foi o resultado disto, mas como é aqui falo dia-a-dia, vamos pela ordem em que as coisas ocorreram). Dei uma procurada na cama, mas não achei bicho em lugar nenhum, então imagino algum pernilongo ou qualquer coisa assim.

 

Saí em direção ao Barbican, para entrar na cidade pelos portões que a guardavam por longo tempo. Engraçado foi encontrar cartazes anunciando batalhas medievais com gente vestida a caráter – pena que não no tempo que eu estava por lá... dali, segue-se por Florian´s Gate para entrar na cidade Velha propriamente dita.Tentei passar no Czartorisky Museum, que até obra de Da Vinci tem, mas estava fechado, então segui para o centro da cidade velha, que é simplesmente fantástico. Sim, adorei Varsóvia- mas Cracóvia é outro nível... e ainda por cima aqui tudo é original, visto que por aqui Hitler não destruiu as coisas.

 

Vale a pena passar no Rynek Glówny, o mercado central, que há séculos é lugar onde são vendidas as coisas. Ali é ótimo para comprar aquelas bonequinhas russas e não consigo pensar onde mais encontraria dragões de pelúcia!!(ainda que em outros lugares da cidade estas coisas também sejam encontradas, talvez até mais baratas).

 

Fui dali para o Colegium Maius, e uma das melhores coisas foi se perder no caminho, naquelas ruazinhas lindas da região. Este Collegium é uma das mais antigas universidades europeias. Quando cheguei ali, marquei meu tour em inglês (são 2 por dia) e enquanto esperava foi lotando de gente no pátio, sem eu entender nada – até que bateu a hora cheia e começou a passagem de bonequinhos pelo relógio (como no de Praga, mas em escala bem menor). Logo em seguida a multidão foi embora, exceto quem ficou para o tour. E eu digo: vá ao colegium nem que seja somente para ver o relógio – mas aproveite o museu que vale muito a pena.

 

Ali foi durante séculos um centro de exelência, tendo em Nicolau Copérnico seu mais famoso aluno. Copérnico foi o primeiro a falar que a Terra podia não ser o centro do universo, uns 200 anos antes de Galileu – e ali estão várias réplicas de instrumentos de astronomia usados por ele para estudar o universo. Mas o mais legal é nas partes que não podem ser fotografadas – temos as 500 páginas do estudo original de Copernico; temos diversos instrumentos da época (e a história de como estes documentos foram escondidos durante a ocupação nazista é um pedaço importante do tour). Algo que gostei bastante foi o centro de prêmios, com nobel da paz e diversos prêmios de cinema (minha 2ª paixão, depois das viagens), tais como Palma de Cannes, Leão de Berlim e Oscar, todos ganhos por Andrzej Wajda e doados. No último lugar do tour (que dura 1 hora) vemos onde os alunos eram formados e ainda hoje, em ocasiões especiais, solenidades são feitas. Gostei muito deste passeio.

 

Continuando por ali, há muitas e muitas igrejas (lembrando que Cracóvia é ocentro religioso de um dos países mais católicos do mundo). Não sou católico, mas adoro visitar estas igrejas – até chegar finalmente a Wawel Hill, principal ponto turístico da cidade.

 

E subindo, temos o Wawel Castle e a Cathedral, que possuem diversos lugares para serem visitados, em um esquema de tickets com hora marcada para cada lugar que é meio estranho – quando cheguei não havia mais lugares para os Royal Private Apartments, que era o que mais queria conhecer, e como não dava para comprar para o dia seguinte, comprei entrada para os State Rooms, Crown Treasury & Armory e Dragon´s Cave. Todos tem hora marcada, mas pode-se entrar sozinho sem problemas, então fui seguindo. Os State Rooms são quartos de convidados, do Governador e outros que formam um lugar muito bonito, mas não tanto quanto os de Varsóvia – talvez os private apartments sejam mais interessantes. O que gostei mesmo foi da parte do tesouro e armamento, que são coleções realmente impressionantes e é uma pena que as fotos são proibidas. Vale demais a visita.

 

Fui então para a magnífica Cathedral, onde os reis poloneses eram coroados e depois enterrados (e ainda há tumbas tremendamente ornamentadas lá dentro). Para tirar foto tem que pagar, mas havia tanta gente e tanta bagunça que o pessoal nem olhava muito, então acabei tirando algumas assim mesmo. Além da linda igreja, há um museu e catacumbas, que são visitados à parte.

Aquela altura, com o sol arrebentando e as bolhas do pé também, arrumei um canto prá sentar e ficar só admirando o lugar – turistas de todo lado num lugar lindíssimo – aquilo lá realmente impressiona.

 

Para descer, peguei o ticket do Dragon´s Cave que tem toda uma lenda sobre o dragão que morreu após beber água demais do rio Vistula. O que vale é que a vista antes de entrar na caverna é lindíssima, já que a caverna propriamente não tem absolutamente nada e só valeu para esfriar um pouco. Na saída, uma famosa estátua do dragão, que de tempos em tempos solta fogo.

 

Voltando para o centro, paguei para entrar na St Mary´s Church, a igreja onde Karol Woytila fazia suas missas antes de se tornar João Paulo II. A igreja é lindíssima e valeu o ingresso. Mais um tempo por ali, e de volta para a Church of SS Peter & Paul, onde pude assisti um dos muitos concertos oferecidos na região – no caso, ouvi um quinteto de cordas (além do pianista) tocando filmes de trilhas sonora e coisas assim. O ponto alto foi sem dúvida ouvir a trilha de A Lista de Schindler na terra de Schindler, a poucos quilômetros de onde os reais acontecimentos ocorreram. Pode parecer bobo, mas estes concertos valem demais a pena.

De noite, matei saudade de uma pizza e bora dormir que o dia seguinte prometia..

 

CUSTOS (em Zlotys)

Almoço Kebab 17

Collegium Maius 10

Wawell 37

Concerto 50

Água 10

Janta Pizza 33

 

8º dia – sexta, 16/07 – O INFERNO

 

Este é aquele dia para o qual todos se preparam quando vão a Polônia: Auschwitz. Em toda história leio gente falando que se emocionava, então depois de tanta história de visitas, tantos filmes e livros sobre o assunto, estava meio blasé, pensando: eu, me emocionar com isto? Paaaara, né. Ao mesmo tempo, temeroso do que poderia sentir. A maior parte deste texto vou copiar do blog, porque não sei se conseguiria escrever diferente:

 

Depois da visita, o que posso dizer é: não importa o que você já leu, ouviu, todos os filmes e séries já assistidos… nada prepara para a realidade – para as coisas que você ouve aqui. É algo avassalador, e tão absurdo que você entende porque tanta gente na época não acreditava – isto é a prova do que somos capazes. Como disse a guia em determinado momento: “tudo o que podia ser feito para aumentar o sofrimento de quem estava aqui, era feito"

 

Bom: depois do café bem mais ou menos, segui para a estação de trem direto e lá é só perguntar que vc acha as vans que te deixam na porta do complexo – que obviamente estava superlotado. Chegando lá, já li que pode entrar sozinho – mas vale muito a pena pegar um tour guiado – repito: mesmo que haja muita gente, faça o tour guiado! Fiz em espanhol (achei que haveria menos gente que em inglês, mas no final foi a mesma coisa) e a guia foi simplesmente o máximo.

 

Auschwitz

Para quem vai lá, creio que o melhor é nem ler muito ou ver as fotos do que encontrará, pois o impacto é maior. Mas escrevo assim mesmo e quem quiser, pule direto para a parte de custos: entramos seguindo o famoso portão com a frase que havia em todos os portôes de campos de extermínio, provavelmente a mais cínica já escrita pelo homem: “Arbeit macht frei” – “O trabalho liberta

 

Ali dentro, os vários galpões são mostrados – podemos tirar fotos dos campos, mas não dentro. Do lado de fora, temos o lugar de tortura e fuzilamento, principalmente de presos politicos, as cercas de arame, as guaritas…, dentro nos galpões foram formados espécies de museus com retratos, objetos, roupas, cabelos… e durante tudo isto, as histórias absurdas escritas em painéis, ou ouvindo os guias.

Histórias de como os prisioneiros que faziam algo considerado errado sofriam castigos bastante pesados, ao final ficando sem condições de trabalhos – e gente sem condição de trabalho morre. Histórias sobre a expectativa de vida de 4 meses, das pessoas que antes de entrarem nas câmaras deixavam a roupa dobrada e separada – para não dar trabalho para os guardas. Como os cabelos eram raspados antes da morte e aproveitados para forrar almofadas e protetores de cama. As histórias de ‘Tio Mengele’ e suas experiêncas macabras… e para finalizar, a câmara de gás! – que afinal era utilizada por ser o método mais humano para morrer – não para os assassinados, pois a morte ali era terrivel – mas para os assassinos, que assim não tinham qualquer contato com suas vítimas

 

O tour guiado em Auschwitz dura em torno de 2 horas e vale muito a pena para você ouvir as histórias, ver o que aconteceu naqueles lugares, entender um pouco mais do horror que foi o holocausto. O tour, até onde eu saiba, é só Auschwitz – mas nossa guia continuou conosco também em Birkenau – e se Auchwitz é traumático, Birkenau é o Inferno

 

BIRKENAU

Para chegar em Birkenau (ou Auschwitz II) pega-se um ônibus em frente ao centro de informações, que passa a cada 30 minutos. Em Auschwitz cabia pouca gente (30 mil), e como foi construido originalmente como estábulo, havia certo conforto. Aqui não – Birkenau foi criado como campo de extermínio desde o início – construído pelos próprios prisioneiros. Assim, eles construiram primeiramente alguns barracões para dormir – e somente depois que já haviam sido transferidos há tempos é que criaram alguns banheiros e lugares para ducha – no total, cabiam 100 mil pessoas por vez, todo dia chegando mais gente e, por consequencia, todo dia morrendo gente.

 

Os galpões aqui podem ser fotografados e podemos ver claramente quão terríveis eram – as pessoas que ficavam nos andares de baixo das camas viviam cerca de 1 mês, pois ali conviviam com menos ar, mais sujeira, imundície e os ratos. Quando estive lá estava um sol absurdo, dos dias mais quentes da viagem; mas nossa guia insistia: hoje está bom na comparação com o inverno, pois tinham pouca roupa e o inverno rigoroso chega a -30º, com tudo o que isto trás de doenças, frio – e as pessoas tendo que fazer caminhadas para o trabalho na neve, tendo que esperar mais de 12 horas, totalmente nuas, do lado de fora dos barracões, para tomar um banho

 

O lugar que mais me impressionou foram as latrinas – temos ali um amontoado de buracos, onde todos vinham e tinham que fazer suas necessidades agachados lado-a-lado. Para piorar: tinham 1 minuto pela manhã e 1 minuto pela noite – passado este tempo, havia alguém que cuidava para tirá-los de lá. Frase que ela ouviu de antigo prisioneiro: “Quando veem isto, dizem que éramos tratados como animais, mas isto não é verdade: um animal faz suas necessidades onde quiser, quando quiser – e nós não"

 

Para finalizar este dia de horror, vemos o que restou dos crematórios(ao final da guerra, os nazistas tentaram destruir tudo), e também um lago onde os queimados tinham suas cinzas jogadas – pois serviam de adubo para as plantações. No fim das 4 horas de caminhada pelos campos, minha conclusão era: Viver aqui era tão terrível que era melhor ir diretamente para a câmara de gás do que viver num lugar destes – mas é claro que nosso desejo de viver é muito mais forte do que tudo isto, tanto que umas poucas centenas conseguiram chegar vivos até o final

 

Calcula-se em 1,5 milhão de pessoas mortas aqui, principalmente judeus e ciganos (e muitos morriam no caminho, como judeus gregos que ficavam dentro de trens super-lotados sem água, comida ou parada para banhero por 10 dias)Sim, é o lugar onde ocorreram as piores atrocidades da história, mas é muito importante manter viva a memória de que a bondade do homem tem limites, mas nossa maldade não. Pior que vendo tudo isto, pensamos que aprendemos algo – mas dias depois em Budapeste ouvi histórias de coisas parecidas praticadas pelos russos contra o povo de lá bem depois do fim da Guerra- mostrando que não aprendemos nada

 

Durante o dia, fato interessante é que me dei conta que desde a Espanha não escutava português – em Varsóvia não encontrei brasileiros e tampouco em Cracóvia, o que era a primeira vez na vida. Estava eu pensando nisso na espera para seguirmos a Birkenau quando passam 2 carinhas falando português – seguidos de outra dupla, e de outra.. ao final, tinha um ônibus de excursão inteiro de brasileiros chegando ali – já era meu pensamento de único país sem brasileiros no mundo hehehe

 

No fim do dia, ainda deu tempo de uma passada no centro histórico.

 

O blog esta em http://devoltaoutravez.wordpress.com/2010/10/29/auschwitz/

No álbum de fotos, as de Auschwitz estão em: http://olemxela.multiply.com/photos/album/56/Auschwitz

 

CUSTO

Ida ao complexo 10

Tour guiado 38

Volta 10

Almojanta 41

 

9º dia – sábado, 17/07 – Wieliczka

Olhando para trás, este é o típico dia que só por milagre não deu totalmente errado! O que fiz foi absurdo e não recomendo a ninguém que faça tamanha besteira. Neste dia podia ter ido para Kazimierz, a parte judia de Cracóvia – ou podia ter ido conhecer o tour de Schindler.. mas o caso é que queria conhecer a mina de sal.

O caso é que tinha ônibus rumo a Budapeste às 15h00, então hora marcadíssima.

 

Já tinha visto que era carinho fazer um tour, praticamente o dobro de ir sozinho. Porém, acabei saindo mais tarde do que devia, e não importa o quanto tentassem me ensinar, não achava o lugar das paradas de ônibus para lá. De qualquer jeito, pelo tempo que calculei podia acabar chegando tarde demais se fosse sozinho, assim reservei tour, com previsão de chegada de volta às 14h15, me sobrando 45 minutos para ir até o hostel, pegar a mochila e voltar até a estação de ônibus.

Fomos então até lá, é mais ou menos 1 hora até a chegada – e o negócio estava muito, mas muito cheio. Cada grupo, separados por idiomas, tinha que esperar sua vez. E aí começou a valer pagar pelo tour, já que nós passamos na frente de todo mundo. Isto acontece porque os grupos tem que esperar os guias acabarem seu tour para iniciar o próximo, enquanto a gente já tinha nosso guia, o que agilizava bem o processo. Para iniciar, descemos 900 degraus de escada até o primeiro andar subsolo. Na visita, passamos por diversos salões que foram construídos num período de mais de 100 anos pelos mineiros, onde hoje há estátuas mostrando como era o trabalho, santos onde eles adoravam e diversas outras coisas. O passeio dura umas 2 horas e é bastante interessante, mas não imperdível – e longe de valer o risco que eu corria de perder o ônibus.

 

São percorridos 3 andares, com o principal ponto sendo a enorme Capela de Blessed Kinga, onde até hoje pode-se fazer casamentos ou alguma comemoração especial (deve ser baraaaaato). A Capela realmente é impressionante. Há também diversos lagos, e um onde antes o pessoal fazia um pequeno passeio de barco, mas hoje com tanta gente é impossível.

 

No final, a fila do elevador era gigantesca e mais uma vez o tour se mostra válido, pois pudemos ir por um elevador mais escondido, bem menor e rústico, mas onde fomos mais rápido. Para meu desespero, ainda demos uma parada para compras.. pelo menos o povo foi rápido.

Como esperado, chegamos bem depois da hora, mais ou menos 14:35... corri feito doido até o hostel, peguei a mochila e tinha uns pouco mais de 10 minutos prá chegar. Nunca suei tanto na vida quanto com mais de 10 kgs nas costas num sol de uns 35º correndo prá pegar o ônibus. Pior: chegando lá, foi uma dificuldade para achar o terminal de ônibus (fica passando o terminal de trem), e outro maior ainda para achar o ônibus propriamente dito – o que me fez invadir a agência de viagens daquele ônibus, que estava fechada mas tinha gente dentro, para perguntar qual o ponto.

 

Para minha sorte estava na Polônia, onde as coisas não são tão pontuais. Assim, com quase 10 minutos de atraso, quase chorei de alegria enquanto tomava uma bronca gigante (em inglês e polonês) do motorista ao conferir a passagem. Ao mesmo tempo, tentava limpar um pouco daquele suor como nunca tinha tido antes – era muito nojento, credo!!

Só ficou menos pior porque depois que já estava sentado no ar condicionado, chegou ainda 2 meninas, mais atrasadas do que eu. Gente, não aconselho isso prá ninguém! Emoção é bom, mas deste jeito não vale a pena, não hehehehe

 

SEGUINDO VIAGEM

Entre Cracóvia e Budapeste o meio mais comum é uma viagem de trem que vai durante a noite e dura 11 horas, naquela que já li muita gente falando que é uma das piores viagens de trem da Europa. Estava disposta a encarar para economizar no hostel, mas... esta passagem só dá para comprar lá na Polônia – não tem como comprar antes pela internet. Cheguei até a mandar email prá empresa, que me confirmou isto. Assim, parti para a opção do ônibus. São 2 companhias http://www.eurolinespolska.pl e http://www.orangeways.com (precisa procurar a versão em inglês nos sites) que fazem este trecho.

 

A viagem dura somente 7 horas (bem menor, portanto) e custa menos da metade do trem. O ponto negativo é ser durante o dia e ter somente 3 ou 4 vezes por semana- caso contrário, talvez tivesse ficado em Cracóvia até domingo, mas aí não haveria ônibus. O mais divertido é que iniciamos na Polônia, paramos para comprar lanche na Eslováquia (leve euros, portanto) e terminamos na Hungria, passando por 3 moedas e línguas diferentes num período muito curto de tempo – não à toa tanta gente fala inglês naquela região...

 

Outra coisa que tinha cuidado desde que cheguei em Cracóvia foi de arrumar um pouco de dinheiro húngaro, afinal estaria chegando em Budapeste num sábado as 22h00 – por sorte, isto é bem fácil, visto que há diversas casas de câmbio que trocam muuuuuitas moedas diferentes.

 

BUDAPESTE

Chegando lá, não havia como comprar passe de trem em máquina, e nem caixa eletrônico. nem o passe de 3 dias. Assim, mostrei para a vendedora qual era meu passe (depois comento sobre isto), os guardinhas já validaram para mim e segui direto pro hostel.

 

O hostel em Budapeste 2nd night privates (http://2nighthome.uw.hu/index_en.html), que achei muito bem avaliado no hostelworlds e se provou muito bom. Ali, paguei 3000 HUF/noite num quarto para 8 pessoas com café da manhã melhor que a média e computadores para internet. Tirando a falta de arcondicionado naquele calor (algo infelizmente comum na região), foi muito bom o hostel e super recomendo. O pessoal que trabalha ali é muito atencioso e valeu mesmo a pena.

 

 

CUSTO em Cracóvia

Tour das Minas de Sal 110

Água 8

Besteira para comer 14

Passagem Cracóvia-Budapeste 79

 

Custo e Budapeste (em Forints/HUF)

Metrô 320

 

No blog: http://devoltaoutravez.wordpress.com/2010/10/25/cracovia/ e http://devoltaoutravez.wordpress.com/2010/11/01/polonia-geral/

Fotos: http://olemxela.multiply.com/photos/album/59/Cracovia

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

[t3]10º dia – Domigo, 18/07 – Buda[/t3]

Estudando prá viagem, vi que em Budapeste tem daqueles cartões com desconto para turista + transporte – e em vários lugares li também que este não vale a pena, a menos que você visite muitos museus. Por outro lado, todo mundo comenta o quanto o sistema de transporte na Hungria é complicado para quem não está acostumado: passe para X tempo – passe para Y tempo, passe que pode fazer 1 baldiação, 2, nenhuma.. coisa de maluco. Assim, o melhor é comprar logo um passe pelo tempo que você vai usar. Eu comprei para 72 horas e pronto.

E nem pense em não comprar passe – a Hungria é o país que mais tem fiscal em transporte público... nos bondes (TRAM) e ônibus não vi nenhum, mas metrô tem em praticamente todas as estações – e eles só pedem para ver seu ticket na saída, assim tome cuidado.

Bom, peguei o tram até o lado de Buda, mas claro que me perdi – assim, caminhei um tempão e já estava me cansando quando lembrei que com aquele passe eu podia tranquilamente pegar ônibus prá andar 1 ponto só – o que obviamente comecei a fazer 

 

Há um tram que margeia o rio e tem um ponto em frente ao Castle Hill, na ponte Szécheniy: Chain Bridge (muito bonita, aliás). Ali você pode subir a pé ou subir com um funicular (espécie de teleférico) que tem ali e não sai caro. Lá em cima, primeiramente para o lado esquerdo de quem sobe, rumo ao Royal Palace, que tem uma vista lindíssima do Danubio e da cidade... ali também há alguns museus que não visitei, mas dizem que o histórico é bastante interessante. Caminhe por todo lugar que puder, achando coisas diferentes como uma brincadeira com arco e flecha a moda medieval (paga, claro). Ali também percebi pela primeira vez que as picadinhas que tinha tomado lá em Cracóvia estavam beeem inchadas (quem viu no blog já sabe o resultado disso hehe)

Atravessando em frente ao funicular, do lado direito tem a parte mais divertida. Primeiramente, a Mathias Church, que é paga, mas como é barato vale a pena entrar, sim – a menos que vc não curta muito igreja, afinal para muitos é tudo parecido demais. Eu como gosto...

Também tem uma estátua ali, mas o mais legal é simplesmente ficar andando por Fishermen´s Bastion, que tem uma boa extensão e vistas lindas de Peste. O melhor é de um café que fica sob uma espécie de muralha. Suba até o café, e mesmo sem comprar nada atravesse o corredor no meio das mesas até o ponto mais distante, que tem a vista mais bonita dali.

Depois de ficar um bom tempo só passando o tempo, volte e almoce em qualquer restaurante por ali (eu peguei um menu com goulash, que acabei me arrependendo um pouco por ser pequeno demais, mas estava bem gostoso). Dizem que saindo da região do Castle, ali em Buda mesmo você acha várias opções de restaurantes mais baratos. Na hora de descer, tive que comprar novo ticket porque tinha perdido o meu e a preguiça de descer a pé era muito grande... fazer o que, né! Hehe

 

Lá embaixo, peguei o tram até a estação em frente ao Géllert Hill para aproveitar os banhos. Li em vários lugares que não vale tanto a pena, que tá meio caidaço, mas honestamente? Não tem como ir até Budapeste e não aproveitar algum dos banhos húngaros. Peguei uma cabine (a diferença para armário era mínima), aluguei uma toalha e fiquei por ali, só aproveitando o tempo... a principal é logicamente a piscina que sai em todas as fotos, mas há algumas ao fundo que são muito mais aquecidas, e do lado de fora tem um solarium enorme com uma piscina de ondas, e mais algumas aquecidas também. Foram uns 90 minutos bastante relaxantes 

Como ainda era umas 19h00, fui até um ponto central, “XI Moricz Zsigmond korter” e dali peguei o ônibus 27 até praticamente o topo da Citadela. Dá para subir a pé também, por uma escadaria. A Citadela é uma fortaleza construída em 1848 que acabou nunca sendo usada como fortaleza – o importante é que a vista dali é lindíssima, ainda mais para encerrar o dia com um vento forte que era uma delícia num dia quente como este que passei.

Volta pelo mesmo ônibus, comer um kebab e voltar para o hostel.

 

CUSTO (em Forints, ou HUF)

Passe de 72 horas 3280

Subida e descida a Castle Hill: 1400 (+ 840 da minha perda)

Almoço – nem ideia...

Gellert 4050 + 600 (toalha)

Mathias Church 750

Água durante o dia média de 500 por garrafa

 

[t3]11º dia – Segunda, 19/07 – Peste[/t3]

No café-da-manhã conversei bastante com outros hóspedes (o ponto inicial das conversas sempre era aquelas marcas estranhas no braço e nas pernas hehehe). Tinha ali um casal que mora na Eslováquia e estava em Budapeste aproveitando o fim-de-semana até a segunda. A outra morou em Praga por um bom tempo e agora estava curtindo um pouco a região – se inveja matasse....

Cheguei ao Parlamento e pouco depois das 10 já não havia vaga para visitante naquele dia, em nenhum idioma. E no dia seguinte estava fechado! Buaaaaa, já era conhecer o parlamento  Como já estava por ali, pelo menos conhecer por fora – assim dei uma boa volta ao redor do prédio (que é lindo), chegando até a avenida que margeia o Danúbio.. como tinha um monte de gente atravessando para a margem, fui também até as pedras do rio, onde tinha uma bela visão do parlamento e principalmente de Buda.

Depois de tentar mais uma vez se realmente não havia nenhuma vaguinha, peguei um tram que segue margeando o Danúbio e fui quase até o final dele, só para passear um pouco e depois voltei para a estação Astoria, até a Donahy Synagogue, a 2ª maior sinagoga do mundo. Para entrar, homens precisam cubrir a cabe;a (eles emprestam) e mulheres não podem entrar com saia curta é obrigatório cobrir os braços. Assim, quem estiver de manga curta deve levar algo que cubra os ombros, ou não entra. Vi 2 que não deixaram mesmo entrar.

Há vários ingressos e peguei o mais completo ali para a Sinagoga, mas o museu talvez não valha muito a pena... O passeio começa na própria Sinagoga com um guia contando histórias (principalmente a perseguição nazista e também perseguição comunista - o que me levou a pensar em como nós não aprendemos com a história). A Sinagoga é imensa, muito linda!

Momento engraçado é quando perguntam de onde é o guia e ele responde: Transilvânia, seguido daquele silêncio com a gente pensando em Drácula ehehhee

 

Da Sinagoga, vamos para os jardins laterais, onde eram enterrados os judeus na época do gueto, e ao fundo há homenagens muito bonitas aos húngaros mortos - e foram muitos milhares deles.. particularmente muito bonita uma árvore com folhas de metal com os nomes de 75 mil destes.

Além disto, há o museu judaico que tem algumas coisas interessantes, como tapetes e objetos de adoração, e também uniformes usados nos campos de concentração. Enfim, é um lugar que vale a pena conhecer, mesmo que seja somente pelas histórias.

 

Dali, trem até a Basílica de "Szent István"/Santo Estevão, a igreja principal da cidade. Além da igreja em si, há um negócio bizarro que é a mão de Santo Estevão, que morreu lá se vão 1000 anos, e está em um mausoléu ao fundo da catedral, onde temos também todo o histórico de como acharam esta mão. Vale como curiosidade mórbida...

 

Ali perto tem a Ópera de Budapeste, que abria somente as 15h00,o que deu espaço para almoçar - pena que uma porção bem pequena que é o menu do dia...

O tour pela ópera são uns 60 minutos e vale muito a pena. A ópera é linda, ao ponto de ter gostado mais dela que da bem mais famosa de Viena - só é uma pena que não há apresentações em Julho e Agosto. Para terminar, temos uma mini-ária, que foi um negócio muito bizarro e não sei dizer se valeu os 500 forints extras - talvez pela breguice.

Como já estava cansado, fui para mais um daqueles banhos; desta vez Szechenyi, que fica no metrô laranja (que por si só já vale a passagem). O lugar ali também é ótimo, e mais barato que Géllert. Paga-se também pela cabine ou armário (peguei armário desta vez) e a toalha para alugar mais parece um pano de mesa velho, mas tudo bem. São várias piscinas aquecidas, e do lado de fora tem várias piscinas muito grandes aquecidas também, mas com extras como uma com vários lugares saindo bolhas, outra com correnteza, outra simplesmente muito mais quente que a média e até lugar para quem vai nadar 'prá valer'.

Assim como em Gellerts, depois de ter rodado por tudo, sai passeando com a máquina para tirar fotos. Aqui o mais bonito é a parte externa - e mesmo sendo estranho ficar em piscina aquecida no calor, valeu bastante a experiência. O outro é muito mais famoso, mas gostei bem mais deste aqui.

 

Saindo, como estava num dia para aproveitar tudo, peguei o metrô até vaci utca, a região chique da cidade, onde tem o famoso Café Gerbaud - que foi meio decepcionante.. esperava aquela coisa cheia de frescura e o que tinha era um monte de gente tomando sorvete em frente ao café. Isto porque como não havia ar-condicionado(ou estava desligado) era tão quente do lado de dentro que ficou todo mundo fora. Assim, acabei só conhecendo o calçadão, dando uma volta na região e parando para jantar ali na avenida mesmo.

Como o almoço tinha sido fraco, jantei um 'paprikas csirke'(frango com páprika) e Galuska (um negocio meio estranho parecido com nhoque) e de sobremesa pedi uma palacsynta, espécie de crepe com um recheio muito bom. Engraçado que este era flambado, mas acho que o garçom exagerou no vinho para flambar, porque quando acendeu o fogo, aquele negócio não parava... depois de esperar um tempo, desisti e comecei a soprar até apagar o fogo - muito sem noção hehehe

 

Acabando uma janta forte assim, de volta até City Park, lá perto do Széchenyi, mas em outro lugar, pois queria conhecer a Hosok tere, ou Praça dos Heróis - já eram mais de 21, mas ainda estava claro, então dei uma volta pela região antes de voltar para a praça perto do anoitecer. Para minha surpresa, estava um grupo dançando capoeira, falando português.!! A gente parece praga, tá em tudo que é lugar!!!

Fiquei por ali até anoitecer, porque se a praça e seu monumento aos fundadores da Hungria é muito bonita de dia, de noite o negócio é impressionante! Vale a pena passar lá em 2 momentos, ou então ao anoitecer!

Para terminar a noite, procurar na internet o email da seguradora, e enviei para eles perguntando para quem ligar em caso de necessidade – até tinha o numero, mas achei melhor garantir ;)

 

CUSTO

Lavanderia no hostel 750

Almoço 1100

Ópera 2800 + 500 (para tirar fotos)+500 (a mini aria)

Janta caprichada 4100

Szechenyi – 3000 – 300 (toalha)

Sinagoga - Não marquei, mas não foi caro

 

[t3]12º dia – Terça, 20/07 – Rumo a Viena[/t3]

Depois de bater mais um papo legal com o pessoal, tinha a manhã livre para conhecer mais de Budapeste. A primeira coisa foi a Haus of Terror, ou Museu do Terror.

Há um lugar na Andrassy Utca que foi sede do partido nazista durante a guerra, até a União Soviética expulsá-los de lá. Quando o comunismo assumiu o regime do pais, aproveitaram o lugar para montar ali a sede de espionagem comunista - e em ambos os regimes, ali foi lugar onde muitas prisões, torturas e até assassinatos ocorreram por causa destes regimes.

É uma pena que não se pode tirar fotos do lado de dentro, porque o que se vê ali realmente é impressionante. Se for passar em somente 1 museu em Budapeste, que seja este!

Como havia tempo, fui até o Central Market Hall, um grande mercado que ficava próximo de uma das estações do Tram 2, na ponte Szabadsag hid. Vale a pena o passeio apenas se tiver pouco tempo para fazer algo, pois não é lá taaaao interessante. Mas se for, prove algum dos doces que são vendidos por ali, que são muito bons. E pode comprar páprica para trazer para casa 

Depois do almoço, saí cedo em direção à rodoviária, para não virar a loucura que foi lá em Cracóvia. Lá na rodoviária o susto foi quando as picadas começaram a estourar – beeeeem nojento e comecei a ficar realmente preocupado.

 

SEGUINDO VIAGEM

Mais uma vez preferi reservar o ônibus com antecedência do que arriscar chegar lá e não ter trem – mas entre Budapeste e Viena é muito mais tranquilo, visto que há diversos horários por dia, tanto de trem quanto de ônibus. A vantagem do ônibus é que custa metade do preço

Saída 15h30, chegada em Viena 18h30 – foi só seguir as orientações recebidas por email que foi tranquila a chegada no hostel.

Lá chegando, tive uma recepção ótima do Mihaelo (o grego que cuidava do hostel estes dias). O cara é muito bacana e foi de uma grande ajuda nos dias que estive lá.

Primeiramente, mostrei meu estado de picadas, ele já se prontificou a ir no dia seguinte até uma farmácia ali próxima, e se precisasse falar com o seguro, ficasse a vontade, lógico.

Check-in feito, fui em direção ao centro (que me pareceu meio longe), onde estava ocorrendo uma manifestação – lógico que fui seguir o pessoal... a tal manifestação era na verdade uma passeata pelos direitos humanos, pois estava havendo um congresso sobre o assunto Na volta, experimentar logo o Wiener Schnitzel (é isso?) que é um bife a milanesa com batata, que não merece a fama que tem... ainda que seja até bonzinho.

 

Sobre o hostel. Fiquei no http://www.believe-it-or-not-vienna.at que é o que mais recomendo na viagem. Além do atendimento nota mil do Mihaelo, o próprio hostel é simplesmente o máximo... são 2 quartinhos com triliches que cabem umas 8 pessoas cada 1. Apesar de parecer lotado, os quartos são muito aconchegantes. A gente tem 3 banheiros (só 1 com chuveiro, é verdade...), café da manhã decente, 3 ou 4 netbooks para usar em qualquer lugar da casa, com wifi ótima (e muito útil para meu Skype). Sei lá: o melhor hostel da viagem e um dos melhores que já fiquei até hoje. Paguei entre 18 e 20 euros por dia e foi muito bem gasto.

 

GASTOS

Em Budapeste

Haus of Terror 1800

Budapeste-Viena 2900

Almoço 2500

 

Viena (Euros)

Janta 18

 

De Budapeste, no blog tenho: http://devoltaoutravez.wordpress.com/category/viagem/europa-viagem/budapeste/

Fotos estão em http://olemxela.multiply.com/photos/album/57/Budapeste

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