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Capivara, Delta e 7 Cidades, com mil reais e 10 dias.


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Pessoal,

 

aqui vão as infos da minha viagem pelo Piauí, neste carnaval de 2011.

Ao todo, por 10 dias de viagem, gastei cerca de R$1.200,00, já inclusa aí a passagem aérea comprada em promo da Gol, em janeiro/2011: ida acerca de 199,00 e volta por 10,00.

 

Fui com uma amiga e optamos por conhecer a Serra da Capivara, o Delta e o 7 Cidades. Iniciamos pelo primeiro, pra justamente “matar” logo o que acreditávamos que demandaria mais tempo – tanto de estadia quanto de deslocamento. Começamos bem então. A Serra foi, pra mim (e pra minha amiga), o melhor da viagem.

 

Destaques gerais importantes (pra desanimar ou animar de vez!):

 

- ir de busão pelas pequenas cidades do interior do PI é uma aventura à parte. Não há (ao menos nos lugares TURISTICOS que visitamos) ônibus de linha que liguem um povoado a(os) outro(s) e o que resta ao viajante desavisado é esperar pelo ônibus que, uma vez ao dia, está vindo de alguma outra cidade grande (Brasília, São Luís, Fortaleza e Teresina) e passa pelos povoados do interior, ou então, fretar um táxi, caso o ônibus já tiver passado e você decida não se hospedar para pegar o que passa só no dia seguinte.

 

- o asfalto das estradas nos povoados ao sul é REPLETO de crateras, algumas gigantes e de profundidade considerável! Alguns carros até optam por trafegar no trecho de terra, que equivaleria ao acostamento, para evitar os buracos. Além disso, a quantidade de animais cruzando a pista é incrível. São MUITOS bois, vacas, bodes, cabras, ovelhas, jegues, cotias, tatus, raposas. Vi todos esses. Os primeiros, como de praxe, em bandos, mas sem boiadeiro nem pastor.

 

- há muitos mosquitos e mutucas. Repelente é imprescindível. Pra alguns, o ar-condicionado pode ser também.

 

- a HOSPITALIDADE do povo piauiense é marcante e foi uma surpresa adicional. Não me recordo de ter sido tão bem recebida em nenhum outro estado. 95% das pessoas com as quais tivemos contato foram muito solícitas e gentis.

 

SERRA DA CAPIVARA:

 

Transporte: Chegamos no pequenino aeroporto de Teresina por volta das 4h e, com a ajuda de 2 piauienses, conseguimos uma corrida de taxi até a rodoviária (R$ 30,00 rachados com mais uma menina). Há um ônibus que faz o trajeto, mas ele só rodava a partir das 5h. Chegamos à rodoviária (que, ao contrário do aeroporto, não fica na região central da capital) às 5h10 e soubemos que havíamos perdido o ônibus que saíra para São Raimundo Nonato às 5h. O seguinte, só às 14h30.

 

[Em um dos últimos guichês à esquerda funciona uma espécie de agência, que informa e vende passagens de várias companhias. O funcionário Carlos, em sua “calma” particular, atende bem e chegou a comentar que liberaria o computador pra que nós pudéssemos checar outras informações, caso o mesmo não estivesse pifado. Por orientação dele, acabamos resolvendo embarcar pra Cantos dos Buritis, no bus de 8h30 (R$ 48,50, Transbrasiliana), de onde poderíamos pegar outro bus ou van (já que se trata de uma região de entroncamento de vias) pra São Raimundo. Ele fez a conta nos dedos e disse que estaríamos no local por volta das 14h. Mas, ao embarcarmos, pra nosso desespero, o motorista disse que as estradas estão péssimas e chegaríamos entre 16h30 e 17h. Dito e feito!]

 

Após passar a noite no avião e o dia no ônibus, chegamos em Canto dos Buritis no fim de tarde pra saber que não havia van alguma e o busão, era o que vinha de Brasilia e só passaria lá pras 22h30. Bem, acabamos, depois de muito negociar, indo no táxi do Israel (além dele, também há outros ali mesmo no terminal rodoviário) que, de R$ 140,00 baixou o valor pra R$105,00. Eu e minha amiga pagamos R$ 40,00 e uma senhora com o neto pagou R$ 35,00. Ela ainda iria pra Remanso/BA e se viu obrigada a pernoitar em São Raimundo. Chegamos lá por volta das 19h.

 

Hospedagem: Ficamos no Hotel Real, a melhor relação custo x benefício de toda a viagem. O atendimento (recepção do Walberto)é 10, a limpeza é boa e o restaurante (garçons Erasmo e Pauliran muito legais) é ótimo. O apto simples, com ventilador, tv e telf, tava a R$ 40,00, mas com a choradinha leve saiu a R$ 35,00. Se quiser conforto, é só subir pros aptos novos, completos, com ar e frigo. O café é reforçado, self-service, suco, vitamina, frios, cuscuz, tapioca, coalhada, mel, frutas, bolos, sucrilhos, linguiça c/ molho, ovos, enfim... pra mim, deu pra forrar. RECOMENDADÌSSIMO! Se você come pouco no jantar, dá pra dividir um prato -recomendado pra 2 - do cardápio do restaurante. Nós (a)provamos tanto o filé (R$ 18,50) quanto a peixada (cerca de R$ 20,00), além da jarra de suco grosso de manga.

 

Passeios : conseguimos, com a ajuda do Wal, um grupo pra dividir despesas do guia e arrumar carona, apenas no primeiro dia. Fechamos com o Rafael (recomendado como um dos melhores guias- 89-9443-7289/moraisecotur@bol.com.br) o circuito da Pedra Furada (principal) e Trilha Hombu, com visita à Toca do Boqueirão da Pedra Furada com a iluminação noturna - o que estica o dia até 19h.

 

Rafael estava acompanhando um grupo de recifenses fazia 3 dias e partilhamos com eles o quarto e último dia. Um achado, porque o grupo era muito legal! Minha amiga foi na vaga do carro deles e eu fui com o guia, de moto. Na estrada, pegamos chuva e já cheguei no parque devidamente batizada de barro, claro. Foi um dia, basicamente de apreciação de muita arte rupestre.

 

A diária do guia é R$ 75,00 e com a divisão de transporte, pagamos por tudo, R$ 55,00 no primeiro dia. Pra ver a Toca iluminada, paga-se à parte o valor de R$25,00 rateado em grupos de até 20 participantes. Acima disso, o valor sobre. Pra gente, saiu a 6,50.

 

A entrada do parque custa 10,00 POR DIA. Estudantes e professores pagam meia e idosos têm gratuidade.

O almoço foi ótimo (carne de sol e galinha caipira), no camping Pedra Furada, no povoado sítio do Mocó. R$ 10,00.

 

No segundo dia, eu e minha amiga alugamos um carro e com o guia, saiu a R$ 160,00. Ou seja, 80,00 pra cada. Havia a opção de irmos nós duas na moto do guia e isso baratearia em muito o passeio. Mas, minha amiga não topou e como ela havia machucado o joelho e o pé no dia anterior, caindo em um buraco, eu também achei melhor irmos de carro mesmo. A gasosa era por fora e colocamos R$30,00 no tanque. Deu pra irmos na Serra Branca e fazermos corridinha algo da Serra Vermelha, incluindo o Baixão das Andorinhas no fim de tarde. Deu pra ter o gostinho do espetáculo que elas dão. Mas, só o gostinho, porque havia poucas por lá nessa época. De todo modo, é mesmo incrível a velocidade com que elas se lançam nas fendas dos canions (um visual lindo, por si só), com rasantes espetaculares. Como já citaram por aqui, o som que os rasantes produzem lembra mesmo o dos carros de corrida.

 

No terceiro dia, pelo mesmo preço do segundo, fizemos o circuito do Desfiladeiro da Capivara, com visita à fábrica de cerâmica artesanal (onde as peças não são tão em conta, em relação às lojas do Centro de Visitantes) em Barreirinho, e fim do dia no Museu do Homem Americano. Você pode ecnomizar comprando (se der sorte de ter) peças de cerâmica com pequenos defeitos. Como achei lindas as pinturas rupestres, também achei lindas as peças cerâmicas que se inspiram naquela arte. Aliás, em toda a cidade, há reproduções dos "neguinhos" - como eles chamam as pinturas de figuras supostamente humanas - e dos animais - capivaras, veadinhos, emas, lagartos.

 

A trilha dos Veadinhos Azuis vale pelo visual, muito mais do que pelas pinturas em si. Nesse dia, caminhar entre as fendas do vale e, depois, sobre o topo dos desfiladeiros, foi fascinante. Fizemos tudo com R$ 20,00 de gasosa.

 

Chegamos a pensar em fazer um quarto dia na Serra, mas o tempo apertado e os altos custos fizeram com que seguissemos na noite do terceiro dia pra Teresina. Pegamos o Princesa do Sul, às 20h30 pra capital, a R$ 75,00, economizando uma noite de hospeagem.

 

Pra comer com economia: além do restaurante do hotel Real, há em uma mesma rua, a Pizzaria do Paulinho, a Tropical (pizzas a 25,00 em média), além da Churrascaria Canoas (cerca de 22,00 o churras misto pra 2). Todo mundo sabe onde ficam esses lugares, é só perguntar.

 

Há ainda a lendária "Dirinha"e seu Sabor e Arte, onde você pode provar esfihas decoradas com figuras rupestres ou a premiada torta de aipim com recheio de carneiro. A Dirinha adora um papo e, pra quem gosta de gente, vale a visita até lá, mais pela Dirinha do que pela culinária. Mas, vá sem pressa: ela faaaaaaaaaaala mais do que eu e o Lico juntos!

 

Serra da Capivara: patrimônio da Humanidade pela Unesco, com garantia de satisfação! Vi tudo verdinho por lá. Mas, se você pretende ir no período da seca, verá outro espetáculo: o emaranhado de galhos ressequidos e empoeirados - o que deve conferir um ar especialmente inóspito à região. O espetáculo da regenaração da natureza, só quando a água começar a cair de novo... lá pro fim do ano. Pode ser acessível também a partir de Petrolina/PE, bem mais próximo, 95km de distância de São Raimundo. O aluguel do carro por lá, tá saindo a 90,00, por dia.

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DELTA DO PARNAÍBA

chegamos em Teresina às 5h55 e no guichê da Expresso Guanabara às 5h58, só pra eu saber que o bus tava partindo e o próximo só 9h30. Saí correndo pra "segurar" o busão e consegui, apesar de ter que suportar a reclamação do fiscal da empresa, do motorista e dos passageiros que quase lotavam o veículo. Valeu a pena: minha amiga ficou no guichê pagando as passagens (54,00 cada) e, então, chegamos à Parnaíba cerca de 13h.

 

Hospedagem: cheguei a pensar em ficar por perto da rodoviária mesmo, pois um jornaleiro havia dito que ali era movimentado e o centro, não.

Visitei a Pousada Litoral ( 45,00), Toca dos Coelhos (55,00 c/ choradinha) e Hotel das Gaivotas (55,00 c/ choro tbm). Este, a opção mais arejada e limpa. No entanto, resolvemos tomar a van pro centro e acabamos na Pousada Rio-Iguaçu (40,00 por um qto nada arejado e com ventilador). A Residencial tava a 50,00 e era melhor. Mas, ficamos na Rio mesmo. O café até superou minhas expectativas, apesar de simples, claro. Para chegar nessas 2 ultimas, basta descer na av. Getulio Vargas, no ponto do Bradesco (é referência lá) e seguir pela rua do banco. Uma pousada fica quase em frente à outra. Na residencial, pode-se acessar a internet: 2,00 a hora.

 

No dia seguinte, mudamos pra Pousada Porto das Barcas (R$ 45,00), no centro historico, aproveitando o transfer do passeio de barco, que nos levou até a agência, pela manhã.

 

Passeios: convencional, de barco, pelo Delta, a R$35,00 (c/ almoço, frutas e caranguejada), pela Igaratur, no Porto das Barcas. Falar com Junior ou Humberto (86-3322-2141/8804-2760/9976-0640). O barco sai do Porto dos Tatus (transfer a 15,00, ida e volta, mas dá pra chorar. Só pagamos um), segue pra Ilha dos Poldros, onde há banho de rio e mar, segue pelos igarapés e, depois, para as dunas do Morro Branco, com parada onde se pode caminhar e ter uma idéia do que forma o Parque dos Lençois Maranhenses. Como minha amiga, eu já conheço os Lençois e Jericoacoara, então, não tinha grandes expectativas em relação ao que veria no Delta. Mas, acabei apreciando bem. Investigamos a possibilidade de alugar a lancha, mas os preços que nos ofereciam estavam todos acima de 300,00 e, apenas pra nós duas, ficou difícil. Como era pós-carnaval, mesmo o centro historico estava esvaziado.

 

Conhecemos ainda a Pedra do Sal, a Lagoa do Portinho, Atalaia, Coqueiro e Itaqui. As 2 primeiras atrações precisam de uma reurbanização.

Já Coqueiro faz mais meu estilo, mais rústica, com mais vegetação. Caminhamos por ela, até Itaqui. Bem agradável.

 

Transporte: o principal problema. Bus (Alto Piauí)pra Lagoa, apenas no domingo. Mesmo assim, ele não passou às 18h como esperávamos e acabamos "presas" na Lagoa. POr sorte, conseguimos um moto-taxi que levou as duas na moto, por 10,00, dizendo que aquele trajeto é muito perigoso e que os transportes tem sido muito assaltados por ali.

Pra coqueiro, a van passa de hora em hora (ou mais)e a última é às 18h.

Pra Barra Grande, nos informamos no ponto das vans/microbus e disseram que só saía um tranporte por dia, às 12h e só voltava no dia seguinte pela manhã (pode???). Da pousada, a recpcionista ligou pra uma empresa que ela disse que fazia Barra Grande e conseguiu os seguintes horários, de segunda a sexta apenas: 10h30/14h e 16h, pra ida, a partir de Parnaíba. Para a volta: 5h/6h e 12h.

 

Pra deixar Parnaíba rumo a Piripiri, chegamos na rodoviária por volta das 9h20 pra pegar o bus das 10h30. Mas, ele estava lotado e o sistema fora do ar na cia Expresso Guanabara, que é a única que faz o trajeto. O atendende informou que havia lugares apenas no bus de 14h30, pra nosso desespero. No entanto, quando o sistema voltou, em cerca de 40min, conseguimos vagas no bus de 12h30 (R$28,00). Recomendo comprar pela internet a passagem pela Guanabara ( http://www.expressoguanabara.com.br/index.aspx) para evitar perder tempo no terminal.

 

Pra Comer: ficamos só ali pelo POrto das Barcas. Na Ecoadventure, que é tbm agência (empada e tapioca de carne de sol, R$2,00 e R$3,50), Pizzaria Comilão (Espaguete à bolonhesa, R$ 16,00, pizzas a 20,00), e num restaurante de esquina, com mesinhas na calçada, ao lado da Igaratur (arrumadinho - que, diferente do baiano, é arroz com pedaços de carne, separados, a 8,00 e caldo de feijão a 4,00).

 

A axé-music impera em Parnaíba (será devido à época em que fui?). Nunca escutei tanto do gênero em toda a minha vida (tocava tbm nas vans) e olha que perdi a conta de quantas vezes fui à Bahia. Milho cozido também se vende e todo lugar e chega a derreter na boca!

 

Há uma região mais modernizada na cidade, que parece tbm ter opções de restaurantes: ali pelo cruzamento da av. Pinheiro Machado com a av. São Sebastião.

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PARQUE 7 CIDADES:

 

Chegamos em Piripiri por volta das 15h e após checar que o táxi cobrava R$ 50,00 pra levar atéo Parque, decidimos nos instalar na cidade mesmo.

 

Hospedagem: Hotel Plaza Village (R$ 50,00) pareceu a melhor opção. É um prediozinho verde, pouco antes da igreja matriz, na av. principal, a uma quadra da praça de onde parte o bus do Ibama. Tem quartos novos, cama-box, ar split, tv plasma.

 

Ao redor da rodoviária há várias opções de hospedagem tbm, mas não cheguei a pesquisar. A ideia era ficar no 7 Cidades Parque Hotel, mas não conseguimos contato de modo algum com eles. Lá, finalmente soubemos que havia 2 dias eles estavam sem luz devido a uma pane em um transformador e, por isso, o hotel não estava funcionando. Ainda bem que não resolvemos tomar o táxi e ir direto pra lá.

 

Transporte: a carona no bus do Ibama é o quente. Sai 7h e retorna às 17h, quando não antes.

Van do transporte alternativo, de 7 Cidades para Teresina: R$ 45,00. Se preferir o busão, há vários horários, por diferentes cias, a partir de Piripiri, com valor em torno de R$ 28,00.

 

Passeio: Do centro de Visitantes (ao lado do 7 Cidades Parque Hotel), iriamos partir com a guia Erivania, de bike pra fazer o circuito completo, incluindo - talvez - a cachoeira do Riachão (queda de 18m), que "estica" bastante o percurso. O preço do passeio foi R$ 80,00 (a ser dividido como o grupo, no caso, eu e minha amiga) a pé (como queríamos), mas a guia sugeriu que fizessemos de bike, por R$70,00. Enquanto estávamos nos acertos das bikes (não havia ferramenta pra subir um selim!), enchendo pneus e etc, surgiu um cara, todo brincalhão, a quem Erivania pediu ajuda nos reparos das bikes. Eles convensaram entre si e, de repente, surgiu nova proposta: que fizessemos todos o circuito de moto, incluindo a cachoeira. Topado! Iríamos com o novo guia e a Erivania ficaria responsável por receber o gringo a quem o guia iria acompanhar naquele dia, apenas em uma pequena parte do circuito. Todo mundo saiu feliz, inclusive a guia que, parecia estar com preguiça de fazer o percurso pelo qual queríamos pagar. Infeliz, só a Honda Biz, que aguentou o peso de 3 sobre ela!

 

Com 30 segundos na companhia de Islando, desconfiei e cheguei a comentar, que imaginava que ele já havia guiado um amigo meu. Confirmei isso assim que pude reler o relato do Jorge Soto, aqui mesmo no forum. Ele citou um guia que "falava pelos cotovelos" e era o próprio: Islando!

No nosso caso, ele animou e muito o passeio. Trata-se de um figuraça, com trejeitos e bordões, mas também com uma dose de alegria que, naturalmente, torna diferencial o seu trabalho. Ele passa as informações necessárias e parece se divertir o tempo todo, tanto quanto nós. Solícito, ele nos arranjou uma besta que nos levou direto ao aeroporto de Teresina, carregou minha mochila em alguns pontos (por gentileza, eu não pedi) e ainda liberou o PF que a cozinheira do Centro de Visitantes - a Raimundinha - tinha feito pra ele, pra que pudessemos comer e enfrentar a viagem até a capital com a barriga forrada. Tudo bem, ele venceu de mim na sinuca e no ping-pong (enquanto esperávamos pela van, nas dependências do hotel) e se divertiu a valer com as "prendas" que eu paguei, mas sem dúvida, nós ganhamos muito mais com a troca de guias, lá por volta das 8h30 daquele dia. Islando: recomendo! (86- 99331957/3343-1342). Ele agencia tudo o que vc quiser, é só dizer o que precisa. Ainda leva à Pedro II e cachoeiras da região.

 

Pra quem fez a Serra da CApivara, o 7 Cidades parece um tira-gosto. Nessa época, de chuvas, o que mais valeu a pena foi justamente o que a guia Erivania queria tirar do roteiro: a visita à cachoeira. Apesar de ter tomado banho de chuveiro frio em toda a viagem, nada se compara à hidro de uma cachoeira. Por lá, haviam abelhas (na Capivara tbm, muitas), cuja presença serviu para que a guia justificasse uma não indicação de visita à queda. No entanto, elas não nos incomodaram e apenas uma se aproximou no momento do piquenique. O visual ali também é recompensador, sem desmerecer, claro, as formações do circuito.

 

Como nosso voo era na madruga e chegamos em Teresina por volta das 21h, resolvemos nos hospedar na vizinhança do aeroporto. Eu tinha indicação do Hotel Aeroporto, mas ele cobrava R$ 80,00 (saía a 70,00), assim como o Hotel Pio. Neste, consegui indicação de uma pousada caseira, na rua em frente ao hotel, esquina da Hertz e Localiza. É a terceira casa (não tem placa) da rua, acho... e cobrou R$40,00 por um quarto amplo com ar, TV, geladeira e primor de limpeza. Valeu a pena pra relaxar um pouco antes do voo, que partiu às 3h55. Fizemos conexão em Fortaleza e, como não despachamos bagagem, nosso desembarque no Rio foi rapidinho.

 

Para comer: Pizzaria Julio´s 4, na praça principal, ao lado da Igreja. O churrasco misto sai a R$21,00 pra 2.

 

Se o hotel no parque estiver funcionando, é possível encomendar um PF lá. O nosso, como era o do guia, saiu a bagatela de R$4,00. Mas, demos R$ 5,00.

 

PIAUÍ: como cada estado do Brasil, tem cantinhos que merecem ser descobertos e outros que ainda merecem mais atenção das autoridades já que, uma vez descobertos, necessitam de investimentos constantes pra continuar conquistando admiradores. As vias de acesso, em especial no sul, e também a oferta de transporte coletivo, necessitam melhorias URGENTES, pra que as belezas naturais e culturais possam ser apreciadas como devem.

 

O contato com o povo foi uma surpresa agradável e as zonas rurais dos povoadinhos pelos quais passei me deram a impressão positiva de uma "simplicidade digna", bem diversa e distante da realidade de miséria degradante que é experimentada em algumas zonas urbanas de grandes cidades como a do Rio, que bem conheço.

 

Barra Grande ficou pra próxima e como motivo a mais para um retorno a essa região de um Brasil bem brasileiro e com o qual me identifico.

 

Espero que aproveitem as infos pra planejarem também uma rodada por lá! Que os bons ventos nos levem!

 

Abraços,

Ciça

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Oi, Licoooo!

 

Na Capivara não dá. Já no 7 Cidades, soube de turistas que não se fazem acompanhar por guias. Mas, em

geral, são turistas de carro, que entram no parque, pra dar uma "olhadinha" e nem chegam ao centro de

visitantes. Se a gente pega a carona do bus do Ibama, a gente viaja com os guias (eles fazem parte de uma

cooperativa) e coordenadores do parque e fica inviável "escapar".

Lembrando: A diária do guia sai mais em conta quando o grupo é maior.

 

Abs,

Ciça

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  • Membros de Honra

Bem, pelo q entendi, o q "pega" é o transporte...

e nao ter mais gente p/ rachar as despesas.

 

Em SRN, mesmo no carnaval não tinha mais turista por lá p/ rachar as despesas de transporte e guia?

Isso deve ter lá suas vantagens, nada de um monte de ônibus lotadaços de turistas e nenhum sossego p/ curtir o local. Mas não precisava tb ser tão sossegado assim, né?

 

Nos outros dias vcs tb almoçaram no camping?

 

Se vcs ficassem + 1 dia, vc sabe qual outro(s) circuito(s) vcs poderiam ter feito?

 

Sobre o Delta do Parnaiba

Onde é melhor p/ ficar hospedado na cidade?

Digo um lugar mais fácil, p/ sair a pé à noite, p/ jantar, tomar sorvete. Se possível, sem precisar de transporte, que tenha opções de restaurantes e que seja tranquilo p/ andar

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  • Colaboradores

Nanci,

você entendeu o que "pega".

 

O Parque da Capivara tava "esvaziado", pro tamanho que é...rs

Topamos com mais duas pessoas (em um outro carro, com a guia Eliete- indicada aqui no forum) e

um outro grupo grande (uma família em dois carros), no 1º dia. No Camping no Mocó, só a suíte com ar

tava ocupada (com um casal de ciclistas). Não havia sequer uma barraca armada. Havia chegado depois

dois casais com um fotógrafo profissional tbm. Ou seja, os ciclistas, tinham programas específicos e o

grupo do fotógrafo tbm. Até o guia comentou da boa infra do parque e da baixa estatística de visitantes.

Eu fiquei de mandar um mail pra Secretaria de Turismo pra falar da dificuldade com transporte e da

inexistência de um transporte público pros povoados que ficam dentro do Parque.

 

No segundo e terceiro dias a gente comeu o lanche que levamos. Mas, no dia em que visita-se o

povoado do Barreirinho há opção de comer por lá, onde tem o albergue e a loja de cerâmica. Mas,

segundo infos, a comida não é tão boa quanto a da Lucélia, lá do sítio do Mocó.

 

A serra Vermelha tem mais lugares a serem explorados. Na verdade, a gente basicamente só viu o

Baixão das Andorinhas. Eu queria ter feito uns circuitos mais radicais (mais longos e com "escaladas"),

o que ficou inviabilizado por conta do acidente com minha amiga, no 1º dia. São tantos sítios

arqueológicos, tantas entradinhas (tudo com plaquinhas), que nem o guia, em 10 anos de profissão,

não viu tudo! Visitamos uns 2 ou 3 sítios que ele nunca tinha ido (parece que a Serra Branca não é

tão visitada, mas eu adorei o visual). O que ocorre: em um desses sítios, acessado por uma pequena es-

calaminhada, só vimos 2 pinturas apagadinhas. Daí, o guia conclui (e concordo): não vale a pena! E nunca

mais leva ninguém ali.

Portanto, há muito a se ver e o ideal é traçar um palno com o guia, de acordo com as suas prioridades

e expectativas.

 

Esqueci de postar antes: alguns sítios são interessantes pela formação geológica e pela posição estratégica,

mais do que pelas pinturas. Dentre eles, vale visitar a Toca do Cabloco da Serra Branca (caso se visite essa

Serra). E além disso, vale subir a trilha da Toca da Boa Vista, pra dar conta do visual da serra por ali.

O canto melancólico do juriti acompanha as caminhadas e os mocós (espécie de roedor, do porte da cotia, com

a qual se parece) e seus excrementos estão por todo lado. Se seu olfato é sensível, vai sentir o cheiro da urina

desses animais em várias tocas.

 

Eu achei o Porto das Barcas um bom local pra se hospedar em Parnaíba. Andamos por lá com tranquilidade e

fizemos tudo por ali mesmo. Mas, confesso que não busquei nem rodamos (a não ser a caminho das praias)

por outras áreas fora do centro e do das proximidades do terminal rodoviário.

Ah, sim! O contato da Pousada Porto das BArcas (pra se ter uma idéia de como estava vazia, além de nós,

só um português estava hospedado lá): 86-3321-1281/www.pousadaportodasbarcas.com.br

Na pousada anterior, havia um gringo e mais um rapaz, que pareciam estar morando na pousada!

E na Residencial, acho que não havia ninguém.

 

O Camping Pedra Furada, que também aluga quartos (com 3 beliches apertadinhas, cada um) e uma

apto completo pra casal, no sítio do Mocó, atende nos tels.: 89-9402-5874/9407-1385/9921-1637 e 3582-2854.

Falar com Lucélia (luceliabs@hotmail.com).

 

Bons ventos!

Ciça

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  • Membros de Honra

Oi Ciça, grata pelas infos.

 

Pelo q vi o forte é a Rota das Emoçoes: Lençois, Delta do Parnaiba e Jeri. Então o ponto + visitado do estado é Parnaiba e PONTO.

 

SRN é meio longe da capital, acesso não é fácil, entao parece ser um destino não tao popular assim. Mais usual p/ propositos especificos: fotógrafos, pessoas q curtem história, etc. E eventual/te é destino d algum turista aventureiro.

 

Posso estar completa/te enganada, mas essa é a impressão q tive.

 

Vou fazer o roteiro no sentido oposto, venho de Maranhão, passo em Parnaiba, depois Sete Cidades e Serra da Capivara. Acho q vai ser ser bom, pelo jeito vou ter uma amostra em Sete Cidades e depois o prato principal na Serra da Capivara. No final, retorno p/ Teresina p/ voltar p/ minha cidade.

 

O centro de visitantes da Serra da Capivara fornece algum folder e/ou material informativo do parque?

Vc sabe se eles tem algum e-mail p/ contato?

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