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Salta, Andes, Atacama de carro Dez 2008


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  • Membros de Honra

Aqui vai meu relato de viagem feita em Dezembro 2008 para o Atacama.

Aos que estao planejando uma viagem de carro semelhante, espero que possa contribuir com alguma informacao ou dica e principalmente com meu entusiasmo pois fiquei completamente apaixonada pelos Andes!

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20090811170736.JPG 500 375 Paso San Francisco]Nossa rota foi: Foz, Salta, Cafayate, Cachi, Salta, Iruya, S.P.Atacama, Salta, Belén, Fiambalá, Tafí del Valle, Resistencia, Dionisio Cerqueira[/picturethis]

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  • Membros de Honra

Nossa viagem começou no dia 12 de Dezembro 2008, entramos na Argentina por Foz do Iguaçu.

A Aduana foi bem tranquila, nao tinha nenhuma fila. Declaramos nossas câmeras na Receita, fizemos o câmbio trocando os dolares por pesos pois a cotaçao lá estava bom (3,38 pesos) e tbem os reais que levamos (0,74pesos)

 

Obs. Esta viagem foi feita com carro de passeio (Astra) e nao tivemos nenhum problema com as rutas de ripio ou com as altitudes.

 

Entramos em Puerto Iguazu para comprar o cambão e foi até dificil achar, por fim achamos um que era meia-boca por 40 pesos. (em nenhum momento nos foi exigido esse cambao...)

 

Pegamos a ruta 12, estrada muito boa, abastecemos num Posto Shell (2,65 pesos) que fica há uns 50Km da fronteira.

Uma dica: nao abasteça em P.Iguazu, tem preço diferenciado para brasileiros. (assim em todas as cidades fronteiriças, como em Eldorado.)

 

Paramos para pernoite em Resistencia.

Hotel Colon - 170 pesos apto.TRIPLO (obs. todos os preços de hoteis sao para 3 pessoas)

Hotel bem básico, suficiente para apenas o pernoite.

 

Atente para o horário das siestas na Argentina. Os supermercados,lojas, etc. fecham das 14 as 17 horas...

 

No dia seguinte tocamos para Salta. A estrada estava muito boa, exceto num trecho que estava em obras perto de P.Saenz Pena. Nao tivemos problema em abastecer, mas um bom trecho perto de P.Saez Pena quase nao tem posto, entao fique atento e sempre abasteça.

 

Chegamos em Salta no fim da tarde, procuramos por nosso hotel e aí já tivemos uma ideia da cidade. A praça principal, a Igreja de Sao Francisco, o museo, tudo bonito. A noite o centro fica bem animado e os monumentos e igrejas todas iluminadas. Muita gente passeando pela praça, tomando sorvete e fazendo compras pois era antes do Natal.

Depois de nos instalar, fomos a pé dar um giro no centro e jantar. Uma sugestao: comam empanadas salteñas no Restaurante Dona Salta. É bem decorado, com motivos bem típicos, garçons vestidos a carater e comida regional bem gostosa. Experimente os pratos típicos que agora nao me recordo os nomes, mas são todos bons.

 

Hotel Crillon - 185 pesos TPL.

Gasolina comum 2,39 pesos

pedagios na estrada 2,50 pesos (3x)

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  • Membros de Honra

Acordamos com chuva de manhã, deixamos o hotel após um café da manhã até razoável , e pegamos a estrada em direção a Cafayate pela Ruta 68 (toda asfaltada). Já na saída da cidade pegamos ruas totalmente alagadas pela forte chuva, a estrada estava coberta de água... Demoramos um pouco para sair desse trecho.

Enfim, quando passamos Alemania e no início da Quebrada de Cafayate (de Las Conchas), o sol já estava brilhando!

Passamos pelas formações incríveis do Anfiteatro, Los Castillos, o Frei, o Sapo, Garganta do Diabo, tudo era grandioso e impressionante. Vimos buracos nos paredões que eram os ninhos feitos pelos Loros (papagaios).

Eu que nessa altura estava maravilhada com tanta paisagem linda, disse: Puxa! Já valeu a pena vir até aqui... Que nada! mal sabia o que ainda iríamos ver...

 

 

 

Chegamos a Cafayate pelas 13hs, rodamos a pequena cidade bem simpática à procura de um restaurante. Acabamos por comer num em frente a praça principal. Quase todos os pratos com carne vem acompanhado de batatas.

Compramos alfajores e saímos em direção a Cachi pegando a legendária Ruta 40!!

Vimos muitas bodegas e fazendas lindas com oliveiras e uvas.

Após rodar cerca de 30 min. o asfalto acaba e começa o rípio. Este estava em bom estado de modo que pudemos rodar bem, fazendo uma poeirada enorme pra trás........ Toda vez que parava (e eram muitas vezes para tirar fotos) a poeirada vinha pra cima de nós e imaginem como ficou o carro por dentro.... e nós incluisive.

 

Atravessamos muitos rios, talvez até fosse o mesmo rio Calchalquie, atravessamos ele diversas vezes (estavam bem secos ainda) mas como havia pontes em todo o trajeto, carro de passeio (nosso caso) pode passar tranquilamente. Nao sei dizer como fica na época das chuvas, que vai de Janeiro a Março.

 

Após 1h (+-) chegamos na Quebrada de Las Flechas. Como não dá pra descrever toda a beleza dessa formação geológica , postei uma foto aí em baixo. Realmente sem palavras. Ficamos quase uma hora, andando a pé, de carro, parando, apreciando, clicando... surreal mesmo...

 

 

 

Continuamos a estrada, sempre pelo vale de Calchalquies, ora passávamos por um pequeno povoado, ora por pequenos sítios e o resto era uma paisagem mista de árida com o contraste do verde do vale.

Passamos por San Carlos, queríamos pernoitar em Seclantas (a capital do poncho de tear) mas chegando lá encontramos o que parecia o único hotel ou pousada fechado. Havia apenas um camping na entrada do povoado.

Tocamos então para Cachi. Já escurecia e tivemos que redobrar a atenção ao dirigir na estradinha cheia de curvas e estreita com barrancos dos lados... Após um pouco de tensão no fim da viagem, enfim chegamos em Cachi.

 

Achamos uma pousada ótima com um jardim bem bonito na frente e o preço bem razoável. Fizemos nosso jantar na cozinha cedida pelo funcionário, tomamos aquele banho merecido e fomos dormir.

 

Hotel em Cachi: B&B Tampu - 150 pesos.

gasolina 2,40 pesos no ACA (Cachi)

cerejas em Salta 10 pesos o quilo! nos fartamos de cerejas....que delícia!

 

 

 

Mapa do Vale de Calchalquie

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[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100415174812.JPG 375 500 Legenda da Foto]Quebrada de Las Conchas / Anfiteatro.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100415185531.JPG 500 375 Legenda da Foto] Escreva seu texto aqui. Apague este texto mas tome cuidado para não deletar as chaves [ ]. Onde está escrito Legenda da Foto, coloque o Nome da Foto e se quiser ver como fica antes de escrever seu texto clique no botão Prever[/picturethis]

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  • Membros de Honra

Dia 15 de Dezembro, acordamos, tomamos café da manhã no restaurante chique do Hotel ACA com uma vista para as montanhas e para o vale. Fomos dar uma volta a pé pela cidade. Vimos então o Nevado de Cachi (6300m) que até então não tínhamos visto pois chegamos à noite. QUe imagem!

 

Pegamos o carro e demos adeus a Cachi. Rumamos para Salta, passando pelo Parque Nacional dos Cardones e a Recta Tintin. A Recta Tintin consiste de 18 Km de uma estrada perfeitamente reta feita pelos incas não se sabe quando. Passa por dentro do Parque, de um lado se vê o Cerro Negro, e do outro o Cerro Tin Tin. Nunca ví tantos cardones (cactos gigantes) juntos... maravilha. Nesse trecho a altitude é de 3.000m. Senti um pouco de dor de cabeça. Isso era um prenúncio do que eu iria sentir nos Andes...

Passamos pela Piedra de Molinos (+-3200m) e de lá temos uma visão fantástica da Cuesta de Obispo, que é a estrada toda cheia de curvas descendo para o vale. Fizemos uma curta incursão para o Vale Encantado de carro mesmo, depois seguimos descendo a cuesta. Pelo caminho ainda desviamos de alguns blocos de pedra que haviam despencado da encosta.(resultado dos dias de chuva).

 

 

 

 

Em Salta sacamos mais pesos no banco, passamos no supermercado para comprar lanches e olha que sorte! achamos uma banca cheia de cerejas .... Aii foi a festa! Compramos um montão delas, madurinhas!!... então seguimos para S.S.Jujuy e Humahuaca.

 

Uma estória engraçada: estávamos ansiosos para ver uma lhama que até então não tinha aparecido. Quando estávamos descendo a Quebrada de Cafayate deparamos com uma na beira da estrada, estava sozinha. Que emoçao! paramos o carro e... nossa, era uma lhama bem velha, era tão feia... desdentada e caolha, ficamos até com medo dela... mas como era uma lhama e ainda a primeira que vimos, tiramos muitas fotos assim mesmo, que aliás ficaram horríveis... Paramos de falar nas lhamas... ficamos um pouco desapontados, principalmente minha irmã... Quando então estávamos na travessia dos Andes vimos tantas e tantas lhamas e todas tao bonitinhas, ah se soubesse... Mas a primeira delas a gente nunca esquece né, e como... No fim da viagem, já nem olhávamos para elas, de tantas que cruzamos pelo caminho...

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Passamos Jujuy, subimos para Tilcara. Ficamos impressionados com as montanhas coloridas . Pernoitamos em Humahuaca num albergue familiar muito bom.

 

Hostal Churita - 25 pesos/pessoa sem café.

 

No dia seguinte, passamos no mercadinho, compramos água, comida e partimos para conhecer a região.

Fomos até Iruya, um povoado perdido no meio das montanhas. O caminho até lá é bem pitoresco e cheio de abismos.

Encontramos uma turminha de mochileiros que havia perdido o último onibus para voltar. Pelo jeito pernoitaram por la.

 

VOltamos a tardezinha para Humahuaca e pernoitamos no mesmo hostal.

 

Outro dia, abastecemos o carro no posto ACA (3,10 pesos) e fomos para Purmamarca, um povoado no meio das montanhas coloridas, onde tem o famoso Cerro Siete Colores. Fizemos então a trilha do Paseo Colorado (3 Km a pé), que fica logo atrás do povoado. Muito lindo. Montanhas vermelhas, amarelas, verde/azulados, cinzas... Valeu o dia!

Dica:Vá até às 15-16h para ter o efeito da luz do sol sobre as cores. Após esse horário o sol se esconde e as montanhas ficam um pouco sem cor.

 

Compramos uns artesanatos na feirinha da praça principal, jantamos no próprio hotel.

A noite fomos passear nas lojinhas e sem querer entramos na igreja principal onde havia uma apresentação das crianças. Estavam cantando e dançando ao som de bumbos e flautas, reverenciando Deus e os passaritos. Até hoje eles cultuam a Natureza da mesma forma que cultuam Deus. Foi bem bonito!

 

Acordamos, era o dia da travessia!

Mas antes, fomos arrumar o dente da minha irmã que tinha caído quando ela estava comendo um bife de carne de lhama... Talvez fosse uma maldiçao da lhama desdentada que vimos em Cafayate!... enfim, dente consertado, iniciamos a subida pela Cuesta de Lipán, com atraso de 1:30h do planejado. Nossa, curvas e mais curvas. E o tempo fechadíssimo, depois chuva.... e o frio aumentando.

Conforme o carro ia subindo a temperatura ia caindo... de 25 graus no início da subida foi para 5 graus lá em cima.

Não se enxergava quase nada à frente. Estava chateada pois queria ver os famosos caracoles da estrada na subida dos Andes...

Mas, eis que chegando lá em cima, quando acabam as curvas e a subida, de repente acabam as nuvens e como um milagre, o sol estava lá , sem uma sombra de nuvem no horizonte! que visão! Daí ficamos todos animados. Todas aquelas nuvens ficaram barradas pelas montanhas do lado continental da cordilheira.

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Hotel em Purmamarca: Hotel El Rincón de Claudia - 130 pesos TPLcom desayuno

 

Purmamarca (Paseo Colorado)

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Bus para Iruya

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  • Membros de Honra

Aii, os Andes.... como é lindo, pra todo lado que se olha... Não vou nem descrever porque nao adianta. Não saberia transmitir em um milésimo do que é realmente os Andes.

Depois de muitos ais e ohs!, chegamos nas Salinas Grandes (3400m). Já de longe vimos toda aquela brancura, feito uma aparição, quase cintilante... clics, muitos...

Salinas Grandes

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Meu marido queria entrar um pouco pela ruta 40, onde ele cruza com a Carretera 52, pouco antes das Salinas. Andamos por ela até o povoado de Tres Morros, tem uma igrejinha branca, tres casas e um cementerio ao longe, parecia um povoado fantasma.... Seguimos mais um pouco e avistamos o Nevado de Chañi ao longe, com o pico nevado.

 

Continuamos em frente, na 52, seguindo para Susques. Paramos para abastecer lá, e continuamos.

Quando chegamos perto da Gendarmeria argentina eu comecei com uma dor de cabeça muito forte. Deu sono e mal estar.

Era o efeito da altitude (+-4000m). Minha irmã sentiu palpitacao no peito e muita falta de ar. Desde a subida tomamos muita água, chupamos folha de coca, chá fizemos uma garrafa para cada um. Mas nao adiantou para mim.

Fiquei bem quietinha, mas ao parar na gendarmeria para fazer a aduana, me deu muita dor e tive que tomar um oxigenio. Após 10 minutos de inalação já estava alegre que nem uma cabrita... mas, voltando à estrada, a dor de cabeça voltou... e assim foi até chegar em San Pedro. Passamos do ladinho do Licancabur e eu nao ví nada!!.......estava dormindo!

 

Vulcão Licancabur (5916m)

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Chegamos à tarde em San Pedro, fizemos a aduana e fomos procurar hotel. Nessa hora já estava ótima.

 

Rodamos a vila e decidimos ficar no HOstal Chiloé. (21.000 pesos Chi. Triplo)

Jantar em torno de 6.500 p.Chi por pessoa.

Agua de 5L - 1450 p.Chi

 

Dica: Leve um borrifador (daqueles de borrifar planta) e use o dia todo dentro do carro para umedecer o ar. O nariz chega a sangrar por causa da secura do ar. Leve também uma fralda para umedecer o rosto, isso ajuda respirar melhor.

 

No dia seguinte fomos para a Laguna MIscanti e Minique. Lindas, assim como o trajeto até lá. Pode-se ver o Cerro Miscanti ao fundo da laguna, imponente com seus 5622m.

Na volta tentamos ir à Laguna Chaxa (Salar de Atacama) mas não acertamos o caminho. Voltamos a San Pedro e fomos para o Valle da Luna. No dia seguinte descobrimos que estivemos muito perto da Laguna Chaxa, e era tudo por asfalto!!

Nessa noite acertamos o passeio para os Geisers del Tatio (15.000 p.Chi )por agencia pois foi nos aconselhado a não ir de carro próprio. A estrada até que nao estava muito ruim e até vimos um Palio e um outro carro de passeio lá nos geisers... Também agendamos o passeio para o Salar de Atacama (12.000+3.000 do ingresso no local) para o período da tarde.

 

Nossa intenção era fazer a excursão para o Salar de Uyuni (4 dias) mas desistimos porque passei muito mal na altitude, fiquei com receio de passar mal no Altiplano boliviano (acima dos 4800m) e estragar o passeio. Ficou pra próxima... que pena...

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  • Membros de Honra

NO dia seguinte, acordamos as 4h da manhã pois a van iria nos pegar para ir aos geisers del Tatio (4320m). Foi muito interessante o passeio. O vapor se forma quando a água subterranea se encontra com as rochas quentes. Pode formar jatos de até 10m. Tomamos banho nas piscinas termais dos geisers e fizemos o café da manhã lá mesmo, em meio ás fumarolas. A temperatura estava zero grau! Voltamos na hora do almoço.

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A tarde fomos ao Salar de Atacama, passando por Toconao. Vimos flamingos e os seus locais de nidificacao. Muito bonito o por do sol pela Laguna Chaxa.

 

No outro dia, arrumamos as malas e pegamos a estrada de volta para Argentina. Mas antes, fizemos um desvio até a Laguna Verde na Bolívia. Nossa, que lugar lindo. O lago verdinho aos pés do Licancabur.... Encontramos as vans que iriam para o Salar de Uyuni e os que estavam voltando de lá. Deu uma vontade de segui-los rumo ao altiplano da Bolívia...

 

Para ir a Laguna Verde, faz-se a aduana da Bolívia e paga-se uma taxa. Entao é bom trocar um pouco de pesos bolivianos em San Pedro. 21 pesos Bolivianos + 30 pesos Bo. para entrar no Parque.

Uma dica: vá na parte da manhã para a laguna, pois a incidencia do sol nessa hora é que dá a cor verde esmeralda.

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Laguna Miscanti

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Continuamos a viagem subindo para o Paso Jama novamente, passando pelo Salar de Tara que é muito surreal, com as pedras em pé no meio do nada, as lagunas azuis....o branco ofuscante do sal... Depois Susques e finalmente descemos os Andes. De volta a Purmamarca, procuramos hotel. O mesmo hotel que estivemos estava super caro pois era semana do Natal. Fomos até S.S.Jujuy e dormimos la. Estava chovendo em Jujuy.

 

Hotel Munay Tierra de Colores, Jujuy. - 130 pesos TPL com café. + 20 pesos de coche.

 

Nessa noite decidimos dar uma rearranjada no nosso roteiro. Como não fomos ao Salar de Uyuni, nos sobrava 4 dias.

O que fazer então?? Como havíamos amado a travessia dos Andes pelo Paso Jama, (fomos e voltamos pelo Jama) pensamos como seria a travessia pelo Paso San Francisco!! Que idéia genial! Empolgamos na hora. Assim decidimos alí mudar nosso trajeto, fazendo uma volta grande até o Chile novamente, mas agora pelo Paso S.Francisco!

 

Acordamos no dia seguinte animados e tocamos direto para Cafayate. Aproveitamos e visitamos as Ruínas de Quilmes. Muito interessante a história do povo Quilmes. Eles eram antigos habitantes de toda a região, até que os incas invadiram e cercaram o último povoado. Uma parte do povo subiu as montanhas e fugiu para o Sul, para a região de Buenos Aires. E os que restaram foram mortos ou com o tempo miscigenaram-se com os incas.

 

Pernoitamos em Amaicha del Vale.

Hotel El Portal de Amaicha - 120 pesos TPL.

Gasolina comum 2,73 pesos.

Tem Caixa automatico no posto (para retirar dinheiro)

 

Tocamos nesse dia para Belén, Tinogasta, até Fiambalá. Mas o trajeto não foi muito fácil. Havia chovido na região de Belén então o rio estava cheio. Tivemos que esperar 2 horas para o rio baixar e assim atravessar. Nao tem ponte nesse rio. Percorremos a ruta 40 novamente, dessa vez na Província de Catamarca.

Chegamos em Fiambalá e procuramos hotel.

Ficamos no Hotel Municipal. Quarto bem espaçoso, café (muito fraco) pago à parte. 90 pesos TPL

 

No dia seguinte, abastecemos o carro com a gasolina superFangio (3,10 pesos) que rende bem mais e levamos mais 2 galõezinhos por segurança. (mas nao foi preciso). Pegamos a carretera toda asfaltada (novíssima!) para o Paso S.Francisco.

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Laguna Verde Chile

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A travessia do paso é linda! Tão bonito quanto o Jama. Se não, o mais bonito mesmo! As montanhas com cores pastéis, a vegetação dourada (Palha brava) cobrindo tudo até onde a vista alcança... Os lagos, as salinas... as vicunhas... As montanhas Seis Miles, todas acima dos 6 mil metros como o Cerro San Francisco, Ojos del Salado (6890m) e o Incahuasi. A própria Laguna Verde chilena.... (qué é azul, com tons verdes as vezes, e amarelo e negro em algumas partes, nao sei a razao.)

Tanto no lado argentino quanto no chileno há refúgios na beira da estrada equipados com chamada de emergencia.

Há que se tomar cuidado para não ficar sem combustível ou ficar com o mal da altitude, pois nesse trecho a estrada está a mais de 4800m de altitude e o ambiente todo é bem inóspito e seco. Não há posto de gasolina entre Fiambalá e Copiapó, numa distancia de 400 Km+-, entao no deserto todo cuidado é pouco. Quase não passa automóvel lá.

 

Passeamos na laguna Verde chilena e demos a meia volta. Regressamos para a Argentina.

Ainda no regresso tomamos banho nas águas quentes da mini-termas no meio dos Andes...que sensaçao! (esse tanque fica pertinho da Gendarmeria Argentina)

 

Refúgio no Paso S.Francisco

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Laguna verde Chile (4330m)

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[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100415181930.JPG 500 375 Legenda da Foto] Laguna Verde / BOLIVIA.

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  • Membros de Honra

Voltamos do Paso S.Francisco maravilhados!

 

Pernoitamos em Fiambalá, mas desta vez nas termas de Fiambalá, distante uns 20 Km da cidade em estrada de rípio conservada. As termas sao bem simples, bem no meio da montanha com 3 ou 4 banhos em meio às pedras. Passamos a véspera do Natal nesse lugar. Nossa ceia foi um frango meio mal passado e batatas fritas...

No dia seguinte, surpresa ao tentar voltar para Fiambalá. O riachinho que tínhamos atravessado no dia anterior estava um enorme riozão com correnteza... do outro lado estavam alguns carros e pessoas locais tentando atravessar tbém.

Esperamos mais de uma hora. Até que um rapaz passou de moto e um outro de carro. Após certificar que dava para nosso carro passar, arriscamos e deu certo. Eu e minha irmã atravessamos a pé pra garantir... heheh..

Tinha que ter um pouco de aventura pra poder contar depois né...

 

Pegamos a estrada para Tinogasta, novamente a Ruta 40, Amaicha del Valle, depois chegamos em Tafi del Valle.

 

Esqueci de contar o que vimos entre Cafayate e Amaicha del Valle ainda na ida. Estávamos passando perto de uma bodega de vinho com as plantações de uvas a perder vista... Havia uma placa bonita de uma dessas bodegas, resolvemos parar para tirar uma foto. Ao reparar com atençao no campo atrás da placa, vímos que estava lá uma imensa colônia de papagaios, todos estavam "pastando" no gramado... Após ficarmos um tempão estupefatos diante de tal visão, os loros começaram a voar pouco a pouco e depois formaram um bando único a dar revoadas no céu. Foi um espetáculo que nunca vou esquecer.

revoada dos loros

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O caminho até Tafí é bem bonito. Passa por uma serra curta mas bem cheia de curvas, Lo Infernillo (+de 3000m). No topo da serra está o Observatório Meteorológico onde se pode agendar visitas noturnas.

A paisagem é linda e quando estamos chegando a Tafí, vê-se o dique La Angostura, imenso lago, o vale todo verdinho, parte estava coberto de flores amarelinhas.... formava um tapete colorido... ao fundo os cerros...

 

Pernoitamos em Tafí. A noite saímos a pé pela cidade muito charmosa, cheia de casas bonitas, lojas e restaurantes chiques.

 

 

Comemos muitas empanadas aí.

No dia seguinte saímos para conhecer El Molar, vizinha de Tafí, onde tem um museu a céu aberto dos Menhires, (menires) que são pedras esculpidas em forma de totens. Não se sabe a data que foram feitas. Muito interessantes.

 

Hotel em Tafí: Los Cuartos - 165 pesos com desayuno (150 com choro)

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  • Membros de Honra

Olá André!

entao já está com saudades dos Andes?? QUe viagem heinn!!

Acabamos de voltar sim da Espanha/França, outra viagem bem legal. Fizemos algumas trilhas nos Pirineus, confira depois meu relato la, que já postei.

 

Estou terminando este agora.

Um grande abraço a voce.

sueli

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  • Membros de Honra

Final da viagem...

 

De Tafí del Valle, pegamos a estrada com muitas curvas, só descida, descida. Estavamos indo em dirrecao a Termas de Rio Hondo, uma cidade balneária. Seguimos em frente, passamos por Santiago del Estero e entao pegamos a estrada para o Chaco, passando por Quimili, onde a estrada só tem uma pista (quando vem carro no sentido contrário, cada um tem que sair com um pneu pra fora da pista.... heheh). Foi aí que foi-se um amortecedor traseiro ao passar por um buraco na pista. Chegamos em Avia Terai, pegamos entao a Ruta 16 em direçao a Corrientes. Pernoitamos em Pres.Roque Saenz Pena, cidade até bem grande, com bons hoteís.

No dia seguinte trocando o amortecedor descobrimos um pneu furado tbem. Pegamos a estrada logo após o conserto.

 

Hotel Gualock 155 pesos TPL com café. (P.Roque S.Pena)

Jantar 60 pesos

amortecedor 150 pesos

gomaria (borracheiro) 10 pesos

 

 

 

Passamos Resistencia, Corrientes, Posadas, pegamos entao a ruta em direção a ELdorado para entrar no Brasil por Dionísio Cerqueira. Nessa hora já bateu uma saudadezinha das montanhas, lagunas tao bonitas.... ficaram tudo para trás... que pena! Dá uma sensaçao de "quero mais"!... Então aí ja começamos a pensar numa próxima viagem e isso nos confortou um pouco...

Chegamos em Eldorado e abastecemos o carro. (Lá tem preço diferenciado para brasileiros pois é relativamente perto da fronteira). Se puder, encha o tanque antes de Eldorado para nao pagar mais caro.

 

Em Dionisio Cerqueira nos perdemos um pouco na estrada para pegar o sentido Florianopolis, pois lá é uma confusao, ora voce ta em SC, ora voce ta no PR....Pernoitamos em São José do Cedro, num hotel na estrada muito bom.

A estrada até Florianopolis está muito boa, bem conservada. E a paisagem tbem é bonita, uma parte da mata Atlantica está bem preservada.

E assim termina nossa aventura pelos Andes! E fora a quebra de um amortecedor, uma atolada no deserto do Chile perto da Laguna Chaxa, um pneu furado e um parafuso da chapa do carter perdido, nao tivemos nenhum imprevisto grande, nenhum problema mecânico com o carro, nenhum entrevero com as polícias; um mal estar que tive nas altitudes que me deixou meio down, e por causa disso nao fizermos o Salar de Uyuni, o resto foi tudo festa!

O Salar ficou pra próxima empreitada, uebaa!!

 

Hotel Itaí - 113,00 reais TPL Sao José dos Cedros

 

Obrigada pela leitura, tomara que tenha gostado!

Se voce estiver planejando essa viagem, vá em frente, é bem seguro se tomar precauções como: não andar fora das estradas no deserto pois o risco de atolar é grande!, se cuidar para o mal da altitude levando analgésicos e tomar muito líquido, abastecer sempre o carro e ter a parte mecânica com tudo em ordem. (lembre-se o deserto é lindo mas é completamente inóspito, vamos respeitá-lo) ... Com tudo isso visto só me resta desejar uma boa viagem e... hasta la vista!!

 

Fim do relato e findo o relato. ::hãã2::

 

Algumas informações complementares:

 

Até aqui foram 8.200 Km rodados!

 

A maior parte em estrada de asfalto (cerca de 95%).

Trechos em rípio:

-Ruta 40 entre Cafayate a Cachi

-Estrada para Iruya

-Estrada para Lagunas Miscanti / Minique (+-20Km)

-Estrada para Geisers del Tatio (70km) mas fomos de van de agencia.

-Ruta 40 entre Belén/Tinogasta (alguns Km apenas)

 

Gastos totais: 6.000 reais (em 3 pessoas) incluídos gastos com documentação+Seguro Carta Verde

Se fizer a excursão para o Salar Uyuni: US110 por pessoa (4 dias)

Total de dias: 18 (de Foz Iguaçu a Dionicio Cerqueira)

 

 

Laguna Miscanti (Chi)

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