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  1. Dando prosseguimento as explorações na região de Campinas, relato abaixo trilha que parte do seu ponto culminante. TRILHA CAMINHO DAS CABRAS Quando estou de bobeira, sem nada pra fazer, pego minha filha e minha barraquinha e vou acampar no Pico das Cabras. Para quem não conhece ou é de fora da região metropolitana de Campinas, o Pico das Cabras é o ponto culminante do município, com 1.100 m de altitude e se localiza no distrito de Joaquim Egídio, lugarejo pacato, cercado de muito verde e pequenas montanhas. Para alcançar a montanha basta pegar a estradinha em direção ao observatório de Capricórnio, pois o pico fica enfrente. Quando me sentava na Pedra Mor, que é a principal formação rochosa do local, ficava imaginando se não haveria uma trilha que pudesse nos levar até o fundo do vale, correr para leste e depois voltar a subir por dentro da floresta e reencontrar novamente a Pedra mor. Quem olha lá de cima da pedra vê uma grande extensão de mata fechada que toma toda a face sul da montanha. Eu até tentei descer uma ou duas vezes pela trilha que parte para o sul, que nada mais é do que uma antiga estradinha desativada a muito tempo do qual a floresta não tarda em tomar de conta, mas por estar acompanhado sempre da minha filha, ainda muito pequena para agüentar uma trilha mais inclinada, nunca passamos de pouco mais de uma hora de caminhada. Perguntando para o pessoal da região nunca consegui nenhuma informação que esta tal trilha realmente existisse. Comecei então a vasculhar no geogle heath para ver se conseguia localizar uma possível rota, mas quando chegava à parte que tinha que atravessar a floresta montanha acima, nenhum caminho possível eu encontrei. Então decidi pegar minha bússola e ir lá investigar e se fosse preciso, atravessaria aquela floresta no peito, encontraria um caminho de qualquer jeito. Como tem gente que acredita até em Papai Noel, convidei um amigo do trabalho para me acompanhar, dizendo que iria fazer uma caminhadinha domingueira, só pra aliviar o stress. Até então o único mato que o Fábio havia visto na vida, era a samambaia da sua mãe. Havia convidado também um casal de amigos que sempre estão acostumados a caminhar comigo, mas como que já prevendo a furada em que iam se meter, desistiram na última, casalzinho esperto esse. (rsrsrsrsr) Conforme o combinado, às sete horas da manhã peguei o Fábio e rumamos para Joaquim Egídio e as oito horas encostamos o velho NIVA no estacionamento do Pico das Cabras, onde funciona hoje um pequeno centro de eco turismo , que nada mais é do que um posto de cobrança de entrada para a área da montanha.. Com os cantis já cheios, não perdemos tempo e rumamos logo para o início da trilha que nos levaria até a Pedra Mor. A trilha sai atrás do centro, passa por um pequeno mato burro azul, no qual o meu amigo Fábio passa com cuidado para não perder a vida, e segue em nível. Passamos por uma enorme pedra a esquerda, chegando a uma bifurcação. A trilha da direita segue para a Pedra da Águia e a esquerda, conforme indica a placa, segue para a Pedra Mor. Seguimos, portanto para a esquerda subindo por uma grande língua de pedra em direção a matinha, onde atravessamos a clareira que serve de acampamento. Pegamos a trilhinha em frente e em mais um minuto já estamos encima da Pedra Mor. A visão lá de cima é muito legal, avistando parte da cidade de Itatiba. Fizemos uma pausa para apreciar a visa e estudar o tosco mapa que eu tinha tentado montar consultando o terreno pelo satélite. Seguimos caminhando por cima da pedra no rumo oeste, ou seja, pela direita. Reencontramos a trilha que desce da clareira de acampamento e descemos a esquerda. A trilha é bem batida, pois é muito usada. Ela vai descendo e em alguns minutos encontramos uma bifurcação à esquerda, que nos levará até a parede rochosa que é usada pela galera do rapel. Voltamos de novo à trilha e em mais cinco minutos desembocamos na larga trilha, que na verdade já foi uma estradinha. Caminhamos agora no sentido sul por dentro da mata. Mata muito exuberante, onde com um pouco de sorte é possível avistar vários macacos e diversos pássaros. È uma delícia caminhar por esta paisagem extremamente verde e úmida com ar puríssimo. O caminho é tranqüilo e só vez ou outra é preciso desviar pela lateral para escapar dos atoleiros, onde tatu de chuteira atolaria. Não demora muito, interceptamos o riacho de águas cristalinas onde fizemos uma parada para matar a sede e fazer um lanche. Pouco tempo depois a trilha vira para a esquerda, sobe mais um pouco e então chegamos a um vestígio de porteira, dizendo ser proibido a entrada, mas como nós estamos saindo, não temos com que nos preocupar. A mata acabou e agora caminharemos em área de reflorestamento, mas antes será preciso localizar o caminho por dentro do mar de eucalipto. Seguimos por mais uns 10 minutos tentando localizar a bendita estrada, mas não encontramos nada. Então resolvi subir o barranco a nossa direita na esperança de conseguir ver alguma coisa. Avistei um pedaço de terra desnudo ao longe e decidimos chegar lá varando mato no peito, nos guiando pela bússola. Guinchei meu amigo Fábio barranco acima e fomos cortando por dentro do eucaliptal até chegarmos a uma área com mato onde tivemos que sacar o facão da mochila e dar início a desgraçada travessia por dentro do capim gordura. Eu odeio capim-gordura! Aquele negócio grudento vai colando na roupa da gente e emporcalhando tudo. Caminha-se muito devagar, pois o pé vai enroscando no capim e não é raro você acabar com a fuça no chão. Levamos um bom tempo pra sair daquela quiçaça, mas finalmente encontramos a estradinha que eu havia avistado lá de cima do barranco. É uma estradinha bem aberta, mas totalmente isolada, que provavelmente só é usada quando o eucalipto tem que ser cortado e o fato de não a termos encontrado quando saímos da mata é porque muito provavelmente ela não tem nenhuma ligação com a outra estradinha lá embaixo. A estradinha abandonada vai subindo e quando chega ao alto é possível avistar toda a imponência da Pedra Mor, local de onde partimos pela manhã. Então a estradinha vira a direita e começa sua grande descida até a sede da fazenda. Nossa caminhada prossegue muito devagar, quase parando, pois vamos estudando bem o caminho, tentando decidir qual o melhor caminho a pegar, em direção a montanha, ou seja, para o norte-nordeste. Quando passamos por eucaliptos jovens, pulamos uma porteira de arame da própria estrada por onde caminhávamos e logo á frente, 300 metros antes da estrada acabar em outra bem maior, viramos a direita até chegarmos à outra porteira de arame. Passando a porteira, a estrada acaba em outra e então viramos a direita, já que para a esquerda sairíamos na estrada principal da fazenda. Bom, nosso passeio terminou daqui pra frente o caminho seria uma incógnita, teríamos que encontrar um caminho que pudesse nos levar de volta ao topo da Serra, mas precisamente na direção da Pedra da Águia. Mas como? Por onde? Que caminho tomar? Que rumo seguir? Com o tosco mapa nas mãos só tinha uma coisa a fazer, seguir a direção da bússola. Teríamos que nos apegar àquele rústico instrumento inventado a mais de mil anos e não nos separarmos dele até atingirmos o nosso objetivo. Azimutei o treco para 25 graus e seguimos enfrente pela estradinha e então viramos a esquerda no próximo caminho mais aberto, passamos pelo riacho e na próxima bifurcação seguimos para a direita até chegarmos a uma trifurcação. Apontei a bússola para a direção desejada e escolhi o caminho do meio. Esse caminho deve ter sido a muitos anos uma estrada, mas hoje não passa de uma trilha com mato de dois metros de altura.Do lado esquerdo mata fechada , do direito eucalipto. Fomos seguindo, abrindo caminho a facão e então chegamos ao que parecia ser um cemitério de vaca. O tamanho do mato aumentou e alguns minutos depois chegamos a uma cerca com arames caído no meio da trilha. Olhei para cerca e conferi a bússola. Ela seguia direto para norte. Não pensamos duas vezes, tomamos a decisão de acompanhar aquela decrépta cerca enquanto ela fosse para a direção que nos interessava. Ás vezes a cerca desaparecia e era preciso farejar algum vestígio para não perder o caminho no meio da mata fechada. A cerca foi construída usando uma rampa natural no meio da mata, onde dois vales corriam ao seu lado. O coitado do Fábio, desacostumado com caminhadas montanha acima, sofreu nessa subida. Suava em bicas e se apoiava em um pedaço de pau, que ele usou como cajado. A caminhada então segue muito lenta com paradas constantes para retomar o fôlego. Quase uma hora depois de começarmos a subir, localizamos um marco divisório de propriedade e logo em seguida outros foram surgindo. A cerca sumia e desaparecia constantemente, pois em alguns pontos os arames já haviam sido carcomidos pelo tempo ou estavam enterrados por baixo da vegetação. Umas 2 horas depois começaram a aparecer grande matacões, parecendo que estávamos muito perto do topo, mas foi aí que a nossa querida amiga cerca começou a tomar um rumo totalmente diferente do nosso. Pensamos em abandoná-la e varar mato no peito na direção indicada pela bússola, mas felizmente logo à frente ela voltou a segui para o norte, pra nossa sorte. A subida arrefece um pouco e até da uma descidinha quando passa por alguns pés de coqueiros, vira a esquerda e logo desemboca em um caminho bem aberto. Saímos em mais uma estrada abandonada, que virou trilha. Pegamos para a direita, sempre seguindo o sentido da bússola. A trilha-estrada vira novamente para a direita, passa por uma língua de pedra que parece um concreto e volta a subir fortemente. Passamos então por cima de muito mato que interdita de vez a estrada e em mais alguns minutos avistamos um poste de uma casa, denunciando nossa chegada á civilização. Quando chegamos a cerca da casa tivemos uma grande surpresa. Depois de vagarmos por mais de 3 horas no meio do mato, sem sabermos realmente onde estávamos, fomos sair bem enfrente a Pedra da Águia, juntamente no local que eu havia marcado no mapa, nem um metro a mais nem um metro a menos. Foi uma navegação perfeita, se tivéssemos com um GPS, não teria sido melhor. Ficamos felizes de termos conseguidos nosso objetivo. Estava estabelecida uma conecção ente o vale e a Pedra da Águia, a trilha que faltava havia sido encontrada. Havíamos estabelecido uma nova caminhada para um dia inteiro, coisa que estava faltando nessa região tão carente do que fazer e ainda abrimos a possibilidade de descer por esta estradinha de volta ao vale aumentando ainda mais o percurso. Pode até ter sido uma grande sorte ter encontrado a trilha lá embaixo no vale subindo a serra por dentro da mata. Mas a nossa atitude de ir lá investigar sem nunca terem nos dito nada não tem nada a ver com sorte, o nosso faro de exploração foi o que realmente contou. Voltando ao ponto em que paramos, ainda faltavam uns 200 metros para chegar a Pedra da Águia e depois mais um 200 m para voltarmos a Pedra Mor. Pulamos a cerca e passamos em silêncio para não chamar a atenção dos moradores da casinha branca. Cruzamos pelo abandonado campo de futebol até chegarmos à cerca, já aos pés da Pedra da Águia. Pulamos a cerca e em mais 5 minutos estacionamos nosso esqueleto cansados na famosa formação rochosa. Uma pedra mais baixa junto a laje de pedra, da nome a formação, uma cabeça de águia, basta ter um pouco de imaginação. Da Pedra da Águia tomamos o trilho nítido em direção a Pedra Mor, mas ao invés de irmos até lá, viramos a esquerda e fomos comprar uma coca-cola no centro de turismo e só então voltamos para a Pedra Mor para comemorar nossa conquista. O Fábio estava claramente destruído, mas é mais que compreensível, já na sua primeira vez teve que enfrentar um perrengue daqueles. Sinceramente não sei se ele voltará a me acompanhar de novo, mas com certeza se lembrará por muito tempo do dia em que resolveu abandonar a medíocre civilização e se lançar em um mundo novo, de contemplação e encontro com sigo mesmo, de encontro com a mais pura das liberdades, do encontro com o fascinante mundo das montanhas. Divanei Goes de Paula maio/2011 fotos : http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=2487400753300966797&aid=1306146800
  2. A Trilha das Seriemas, nas “Campinas” de Joaquim Egídio. Campinas, cidade de mais de um milhão de habitantes. Pólo de tecnologia, ciência, pesquisa. ”Capital” de uma região metropolitana com um dos maiores IDH de todo o país, que em matéria de desenvolvimento não fica devendo em nada a qualquer outra região do Brasil. Mas em se tratando de belezas naturais, infelizmente é uma região praticamente imprestável. Não há cachoeiras, altas montanhas, cavernas, grandes florestas e nem qualquer coisa que valha a pena sair contando por ai, na esperança de angariar algum turista desavisado que passe pela nossa região. Até mesmo os moradores desta região, na sua maioria, não trocariam um dia de passeio no shoping por uma caminhada ao ar livre, inclusive muitos de gabão de terem na nossa região um dos maiores shoping do mundo. Dificilmente se consegue encontrar companhia ou formar algum grupo para trilhas e caminhadas. Parece que até o Clube de excursionistas de Campinas, infelizmente, não existe mais. Se alguém duvida do que estou falando, tente pesquisar no google e pouco encontrará, não só em Campinas como também em toda a região metropolitana. Mas é claro que toda regra tem sua exceção, existe um lugar a uns 30 km de Campinas que acabou se tornando uma ilha de tranqüilidade no meio deste mar de mesmice. Joaquim Egídio acabou se tornando uma Meca para aqueles que, como nós, não acha nenhuma graça em passar o dia todo fazendo compras inúteis em shopings tão inúteis quanto. Para lá se dirigem a galera das motos, os jeepeiros e a galera dos pedais. Eu mesmo já estive lá por algumas vezes fingindo que sabia andar de bicicleta, na companhia de um amigo e foi em uma destas pedaladas que comecei a observar que a região poderia ter algum potencial para alguma pernada em um belo dia de sol. Levantei cedo no domingo e na companhia do Rogério e da Val,partimos de Sumaré,no velho NIVA,em direção a este pequeno distrito de Campinas. Depois de meia hora rodando pela Rodovia D. Pedro, chegamos ao trevo de acesso ao vilarejo, passamos pela ponte sobre o Rio Atibaia, onde alguns pescadores já preparavam suas iscas e em mais dez minutos estacionamos no pequeno mercado do povoado, para comprar os lanches de trilha. Quem chega a Joaquim Egídio em um domingo bem cedo, vindo pela estradinha de terra, ficará surpreso com o abandono que encontrará. Quase nenhum carro estacionado em sua rua de paralelepípedos. O lugar é realmente pequeno, mas quando chegar lá pela hora do almoço estará lotado, é que o lugar está cercado de vários pequenos restaurantes sofisticados que fazem a cabeça dos ricos e abastados que para cá se dirigem.O bom é que esta gente mal passará da estradinha asfaltada , que liga o vilarejo ao observatório de Capricórnio, uns 15 km á frente. E é para esta direção que partimos e uns 300 metros depois viramos a esquerda no posto de gasolina, abandonando de vez o asfalto. Logo na frente encontramos uma bifurcação, que pegamos para esquerda seguindo a placa de “Usina do Jaguari”. A estrada vai subindo, passa pelo restaurante cachoeira e uns sete km depois passa por uma ponte. Estamos bem no meio entre dois vales:O do Rio Atibaia e o do Rio Jaguarí Estes dois rios correrão quase que paralelamente até desaguarem na Represa do Salto Grande, em Americana, onde formarão o Rio Piracicaba.Menos de 2 km é o que percorremos até chegarmos na Fazenda Santa Maria, com seu casarão histórico e sua igrejinha vermelha. Passamos pela igreja e viramos a esquerda, passando por uma lagoa a esquerda e então estacionamos no campinho de futebol gramado, que pertence a um empório e lanchonete. Pegamos a estrada e seguimos no sentido leste ,em direção a usina. Uns 500 metros depois passamos pelo bar do Vicente,famoso point de encontro da galera e em mais uns 400 metros de caminhada chegamos ao início da nossa trilha. Mesmo antes de começarmos a trilha demos de cara com grupo de Seriemas, belos pássaros que para conseguir vê-los é preciso muita atenção, pois se camuflam entre a vegetação e são bem ariscas. Nós não conheçamos a região. A minha intenção era a priori, entrar no caminho do oleoduto e depois que chegássemos ao alto da serra, procurar alguma trilha de conecção com outras montanhas e depois descer o vale até poder alcançar a própria Usina do Rio Jaguarí. Abandonamos então a estrada de terra bem na placa do oleoduto, seguindo para o norte e nos guiando pela imensa trilha de uns 10 metros de largura. Não caminhamos nem 50 metros e já paramos para tomar nosso café,aproveitando uma pedra mais plana para banco.Enquanto tomávamos café , um grupo de bois Nelore nos fitava com uma curiosidade de dar medo e enquanto isso varias maritacas faziam um barulho tremendo em uma árvore junto a uma enorme pedra .Depois de degustarmos um sanduíche acompanhado com uma horrível gosma (opss... suco) de pêssego voltamos para trilha,que desceu até um riachinho de águas transparente mas de qualidade suspeita. Atravessamos o dito cujo nos valendo da lama seca que o cercava e então a trilha sobe pra valer e sem dó. Tentamos subir pela lateral, mas logo abandonamos a idéia e aproveitamos algumas canaletas de contenção de erosão até chegarmos no topo. No topo encontramos uma antiga estradinha que atravessa por cima do oleoduto e desce praticamente como trilha e parece que vai se perder vale abaixo até encontrar o próprio Rio Jaguarí. Poderíamos ter seguido por ela e talvez até seja um passeio interessante, mas ainda é cedo para abandonarmos nosso caminho e então resolvemos seguir em frente. Deixando então a estradinha para trás, seguimos até encontrarmos uma cerca de arame que nos fecha o caminho. Pulamos a cerca e a dez metros encontramos uma trilha bem batida a nossa direita. Desci pela trilha uns 50 metros até encontrar uma grande pedra,servindo de mirante. Esta trilha parece seguir morro abaixo e se juntar com a outra estradinha que havíamos acabado de deixar para trás. Mais uma vez nos recusamos a começar a perder altura, ainda mais porque avistamos um pico com pedras pontudas a um quilometro e meio de onde estávamos e achamos que seria legal explora-lo. Voltando então para o caminho do oleoduto, seguimos por uma estradinha abandonada que corria paralela a ele, depois de uns dez minutos ou menos voltamos para o nosso caminho e sem pensar muito enfrentamos um caminho cheio de mato até sairmos em outra estradinha. Passamos pela cerca, subimos um barranco de uns dois metros e reencontramos nosso amigo oleoduto, De onde estamos já podemos avistar boa parte de Campinas. O horizonte se alargou muito e também já é possível ver toda a outra face desta cadeia de montanhas. Olhando e tendo um pouco de imaginação, parece estarmos nas bordas de um “vulcão”. O oleoduto continua seguindo para noroeste e deve ser legal continuar por ele, galgando seus ombros ondulados e suas formações rochosas.Mas seguir em frente significa ficar cada vez mais longe do nosso veículo e então resolvemos seguir mesmo para o pico parecendo uma sentinela de pedra, a trinta graus nordeste. Portanto depois de subirmos o barranco da estradinha, caminhamos mais uns 30 metros e pulamos a porteira a nossa direita. Junto a porteira encontramos um grande marco de concreto com as inscrições PMC-09. Não fazemos a menor idéia do que seja a não ser é claro que PMC se trata de Prefeitura Municipal de Campinas, mas isso é óbvio e qualquer idiota também saberia. Seguindo pelo caminho bem demarcado, depois de uns quinze minutos chegamos ao nosso pico. Um amontoado de pedras de uns cinco metros de altura, que escalamos com facilidade, menos a Val, que resolveu apreciar a paisagem e delicioso vento no rosto lá de baixo mesmo. No topo das pedras encontramos um pino de aço e uma marcação com o número 64.”Vá lá se saber que diabos de marcação é essa” . O certo é que o lugar é agradabilíssimo , com uma linda visão de toda a serra e matas verdejantes no vale logo abaixo de nós. Descemos do pico e voltamos para a trilha, passamos pela porteira, que já estava aberta e começamos a perder altura até chegarmos a outra cerca de arame e a acompanhamos pela direita, descendo por um discreto carreiro que foi ziguezague ando até fazer uma curva de quase cento e oitenta graus para a esquerda e então desce pra direta em direção ao rio Jaguari, até acabar em uma cobertura para cocho, aonde as vaquinhas vem se alimentar de sal. No local existem vária formações rochosas, uma delas bem parecida com a Pedra do Segredo, no Canyon Fortaleza, na Serra Gaúcha.Ficamos por algum tempo jogando conversa fora e aproveitando para arrefecer a temperatura do corpo, descansando na sombra da cobertura do cocho. Estamos bem as margens do Rio Jaguarí, procuramos uma trilha que pudesse nos levar sem maiores dificuldades até a usina,a uns 2 km daqui. Encontramos uma que saia justamente ao lado do cocho. Era meio suja e de vez enquando desaparecia para ser encontrada mais a frente. Logo outra trilha foi interceptada e pegamos sempre para a esquerda para não nos afastarmos do rio. A trilha desceu a um pequeno vale, passamos por uma enorme árvore com um local ideal para se montar uma barraca e então tropeçamos em um lindo córrego de águas transparentes. O sol estava quente, muito quente. Havíamos subestimado a trilha, não levamos nem maquina fotográfica e nem roupa de banho. O primeiro problema não havia como resolver, mas o segundo foi resolvido com o pulo de roupa e tudo dentro dos pocinhos que encontramos rio acima . Que delícia !!!! È uma recompensa estar emerso dentro desta água geladinha depois de horas torrando no sol. Encontrar este rio foi sem dúvida uma grata surpresa, que já fez valer a caminhada. Ficamos por algum tempo imersos no riacho, mas logo tivemos que partir.Continuamos seguindo sempre bordejando o rio e ao passarmos por outra enorme árvore, avistamos mais um grupo de seriemas que ao nos ver, saíram sorrateiramente e desapareceram na capoeira. Sempre me surpreendo quando encontro animais silvestres em liberdade e é realmente um grande prazer avista-los. Pouco depois da grande árvore, decidi investigar a foz do riacho de águas cristalinas e encontrei uma linda prainha de pedras, local maravilhoso para um refrescante banho. Como já estávamos satisfeito com o banho anterior seguimos em frente sempre ás margens do Jaguarí. Deparamos-nos com vários excrementos (bosta !!) de capivaras e logo chegamos a uma cerca, de onde já avistamos uma pequena clareira.A nossa intenção era alcançar a usina hidrelétrica do Jaguari e poderíamos ter forçado passagem pela floresta e continuar seguindo o rio até chegarmos lá, acho que se tivéssemos procurado teríamos encontrado alguma trilha de conecção , mas o dia já chegou na metade e outros afazeres nos obrigou a tomar uma pequena estradinha estreita e subi-la por meia hora, até que ela nos devolveu novamente a estrada principal, onde saímos em frente ao sítio Conquista, junto a uma porteira de ferro. Pulamos a porteira e seguimos para a direita. Poderíamos descer a esquerda e alcançar a usina a uns 3 km, mas depois teríamos de voltar a subir tudo de novo e o nosso estômago venceu a nossas pernas e não nos deixou irmos até lá. Continuamos pela estrada e em menos de 15 minutos estávamos de novo no local aonde iniciamos nossa jornada. Mais 10 minutos de caminhada e reencontramos nosso jeep, que estava estacionado na lanchonete, onde aproveitamos para encher a cara de coca-cola gelada com limão e comemos umas gordurosas cochinhas. Não ficamos lá por muito tempo. Não deu para agüentar o “sertanojo” ao vivo e quando os cantores resolverão “assassinar um Raul Seixas”, resolvemos partir para não sermos pegos de testemunhas. E assim foi a nossa exploração por estas montanhas que se mostraram muito promissora para outras caminhadas futuras.Muitos que conhecem a região dirão que caminhamos por caminhos onde nativos passam todos os dias, mas se pegarmos a maioria das grandes trilhas e travessias do Brasil veremos que não passam de vários caminhos que foram ligados entre si até formarem uma grande trilha passando por pontos interessantes. Talvez no futuro consigamos explorar a outra borda do “vulcão” e conecta-la a esta trilha, formando assim uma grande caminhada para um dia e meio ou dois, com direito a um acampamento em algum lugar legal. Mas esta caminhada do jeito que está e conseguindo conecta-la com a usina me parece bem legal., talvez sirva de incentivo para outros poderem vir para cá e ampliar as possibilidades. Se me perguntarem por que Trilha das Seriemas, direi que escolhi este nome devido as maravilhosas aves que encontramos pelo caminho, mas poderia ter chamado de trilha do oleoduto ou trilha dos marcos ou qualquer outro nome, alias os meus amigos de trilha não tem nada haver com a escolha do nome e talvez nem concorde com ele. Fico na torcida para que esta região continue como está para termos a opção de podermos aproveitar, sempre que quisermos, um lindo passeio em um belo dia de sol. Pelo menos enquanto não inventarem de construir um SHOPING lá também . Divanei - abril-2010
  3. Feriado bom é feriado na estrada... depois de várias viagens frustradas me deu uma louca e peguei o carro rumo a Joaquim Egídio- um distrito da cidade de Campinas. Dizem que fica na linha do trópico de Capricórnio e é a região mais alta de Campinas, mas não sei falar se é... :'> O que sei, é que depois de muito subir e chegar próximo a um observatório existe um bar que fica aberto 24 horas, onde o povo estaciona os carros e ali já se encontram algumas pequenas trilhas para subirmos a uma pedra e avistar um pôr do sol mais que perfeito!!! No bar você já pega sua cerveja e segue em direção a alguma pedra legal que não esteja ocupada por nenhum casal animado rsrs O lugar é bem legal, simples e dá para acampar por lá, mas isso eu não fiz... Dessa vez! Contato com a natureza o tempo todo!!! Esse relato é mais para mostrar as fotos do que falar sobre o lugar, pois não existem palavras para descrever o quão legal é estar ali... Precisa ir... mas como as fotos não estão carregando , vou deixar um outro link que vi antes de fazer esse relato e está cheio de fotos que dá pra sentir bem a "vibe" do lugar!!! pico-das-cabras-joaquim-egidio-sp-t42695.html
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