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  1. Meu primeiro relato no Mochileiros.com, hehee , o primeiro de muitos, assim espero. De antemão já peço perdão por algum erro que eu possa não ter enxergado, alguma falta de concordância nos trechos do relato. Como trabalho e estudo, o tempo é curto, mas eu não poderia deixar de relatar os dias incríveis que eu passei nesse lugar maravilhoso! E é bem trabalhoso fazer o relato aqui, ou pode ser que eu tenha me perdido um pouco nisso aqui tbm, rs, mas estou a disposição para qualquer dúvida. Espero que ajude a todos que um dia pretendem conhecer esse lugar maravilhoso, e foi através de um relato daqui, do Vagner, que consegui com êxito visitar todos os lugares dessa pequena cidade, extremamente acolhedora. 1º dia - 05/07/2015 Calculamos a rota, gasto com combustível, gasto com pedágios no mapeia.com, e foi muito preciso todos os valores. Gastamos R$ 200,00 de combustível, R$ 82,00 em pedágios, divido por 4 pessoas, saiu R$ 70,50 pra cada uma. Esse combustível foi suficiente para ida e volta de sampa até sengés, e para rodar toda quilometragem para conhecer os principais atrativos da cidade, só não me perguntem com exatidão a quantidade de quilômetros percorridos na cidade, pois perdi as contas, rs, e nos perdemos um tiquim nada considerável. Saímos de São Paulo - Cotia as 04:20 da manhã, sentido interior, passando por Vargem Grande Paulista, São Roque, Mairinque, Sorocaba, Itapetininga, etc, etc, etc, fomos pela Raposo Tavares. A estrada é hiper mega boa, um tapete, toda sinalizada, sem nenhum buraco, foi uma reta só, chegamos em Sengés as 08:30. No hotel Sengés ( 43 3567- 1333), fomos muito bem recepcionadas pelo dono, Sr. Eunildo, excelente pessoa, o valor da diária no quarto com duas camas de solteiro foi de R$ 80,00( 40,00 p/ pessoa), e no dia de irmos embora, ele nos deu um desconto. No hotel já estava a nossa espera o guia Anderson, que nos acompanhou na trilha da 7 cachoeiras, são 14km, e como estávamos só em meninas, achamos mais prudente contratar um guia. Foi indicação de uma colega que conheceu a cidade em Maio desse ano, e confesso que foi a melhor coisa que fizemos. Ele nos cobrou R$ 150,00, que também dividimos em 4. Super hiper mega atencioso, muito bem informado, reside na cidade, uma ótima pessoa, animado, paciente, excelente fotografo, super indico o Anderson, passo o contato dele via mensagem pra quem quiser. Foram 7 horas de trilha, começamos as 10:00 e terminamos as 17:00, é bem puxada pra quem não tem condicionamento físico, mas não é impossível, pois ele respeita o limite de cada um. Antes de começarmos, ele parou na propriedade da dona Augusta, uma senhora muito simpática que prepara um super café a todos aqueles que desejam depois da trilha, combinamos com ela. O valor, você decide quanto pagar, ela faz pão fresquinho, café, bolo, bolinho de chuva, queijo, doce de leite, é renovador depois de andar 14km, e tudo uma delícia. Terminada a trilha, voltamos para o hotel, sem fome alguma, pois o café é mega reforçado. 2º dia - 06/09/2015 Acordamos cedo para tomar café, simples porém muito bom e reforçado, levando em consideração o valor da diária. Nosso próximo destino foi o Vale do Corisco, fomos até o Sr. Eunildo pedir informações sobre como chegar, e ele prontamente pegou o mapinha, feito por ele mesmo, e nos explicou tudo. Saímos do hotel as 10:00. Passamos da entrada, impossível não se distrair, rs, fomos parar no Parque da Barreira em Itararé, bacaninha até. Tem uma cachoeira lá, a gruta da Barreira. Como precisávamos ir ao banco, pois em Sengés não tem caixa 24 hrs, só tem Itaú e Bradesco, e o Bradesco estava sem dinheiro, aproveitamos e fomos pra Itararé, tiramos dinheiro, passamos em um mercadinho, e depois paramos para almoçar antes de ir ao Vale do Corisco. Foi fácil achar, mas acabamos passando um pouco da entrada, pois no mapa só marca a quilometragem, e como muita mulher junta fala demais, já viu, rs. Uma dica bacana: seguindo na estrada que ele indica no mapa, é o segundo portão azul com a plaquinha do Vale do Corisco do lado esquerdo. Não tivemos nenhum custo, só o do almoço, que foi na cidade de Itararé, em uma churrascaria, não lembro o nome, mas acho que era Gaúchos, e só tem ela na cidade. Gastamos R$ 17,00 com o refrigerante. 3º dia - 07/09/2015 Acordamos as 08:00, pois era o nosso último dia... Tomamos um café bem reforçado, levamos algumas bobeiras na mochila e fomos aos nossos dois últimos destinos: Canyon do Jaguaricatú e cachoeira Véu da Noiva. Mais uma vez pegamos o mapa com o dono do hotel e lá fomos nós... Pra variar nos perdemos um tiquim, nada considerável, rs, mas ficamos num impasse: duas concordaram que o mapa estava errado, e as outras duas disseram que eu, a co-piloto interpretei o mapa errado, mas logo nos achamos e chegamos nesses dois lugares incríveis. Os dois ficam muito próximos. Então em metade do dia deu para aproveitar bem... Chegamos na cidade por volta das 14:00, passamos no primeiro posto antes do hotel, não me lembro o nome, é uma churrascaria, comemos muito, rs, R$ 33,00 rodízio a vontade. Chegamos no hotel por volta das 15:00, ali já passava 3 horas em que deveríamos ter deixado o hotel, pois as diárias acabam as 12:00. Subimos para o quarto, arrumamos nossas coisas, uma das meninas tomou banho e fomos pagar e nos despedir do Sr. Eunildo e sua esposa. Para nossa surpresa , ele não estava, mas como brinquei com ele que queria um desconto logo que fiz o contato por email, ele deixou os valores anotados, com o desconto de R$ 17,00 para cada uma, dispensamos o desconto, pois ele não cobrou uma diária a mais, ou metade dela, devido ao horário de saída, mas quando estávamos finalizando o pagamento, ele chegou, e fez questão de dar o desconto. Um fofo gente! Considerações finais: Hotel simples, mas muito limpo, os donos maravilhosos, café da manhã muito bom; As pessoas são muito gentis e hospitaleiras, vale a ressalva para dona Augusta, um doce de pessoa; Sem palavras pro guia Anderson, só resta agradecimento; Quanto as distâncias rodadas na cidade até os atrativos, do hotel até: Cânion do Jaguaricatú, Cachoeira do Véu da Noiva Acesso: 14 km de asfalto e 23 km de estrada vicinal de terra Vale do Corisco Acesso: 15 km estrada vicinal de terra Trilha das 7 Cachoeiras Percurso: 43 km, dos quais 14 km de trekking (paradas para descanso em todas as cachoeiras) Acesso: 17 km de asfalto e 26 km de estrada vicinal de terra. Resumindo: amei, e com certeza volto para conhecer o restante, tem muita coisa pra conhecer lá! Obs: Era feriado prolongado, mas tivemos exclusividade em todos os atrativos, é uma região que ainda não é muito conhecida, visitem Sengés!
  2. Sengés - PR (primeiro dia) Depois de 4 anos, finalmente a chance de conhecer a região de Sengés -PR e Itararé-SP. Existem muitas cachoeiras, grutas, mirantes, trilhas e muito pouca informação turística. O pouco que reuni foi com ajuda do tracklog do amigo Otávio (aqui do fórum) que foi feriado anterior, dicas do Déo que já tinha conhecido uma parte do lugar e o Sr. Nildo do Hotel Sengés que nos forneceu um mapa desenhado de próprio punho. Fizemos um cronograma de 4 dias, sendo que no último dia, foi decidido lá na hora: Dia 1 - Mirante do Corisco e Poço do Encanto Dia 2 - Trilha das 7 cachoeiras Dia 3 - Canyon do Jaguaricatu, Cachoeira do véu da noiva e a parte de cima com outras cachoeiras, cachoeira da erva doce, cachoeira do navio Dia 4 - Rio Pelame, cachoeira do funil, Parque da Barreira, Rio da vaca Muitos que vão para aquela região escolhem a cidade de Itararé, já que possui mais pousadas, agências de turismo e mais estrutura. Mas, as melhores atrações ficam em Sengés. Bom, encontramos um Hotel na cidade, com preço muito justo, R$25 a diária com café da manhã. E trocavam as toalhas, arrumavam o quarto, um luxo para qualquer mochileiro. www.sengeshotel.com.br e caso precisasse de um guia, na cidade tambem têm. Fica a dica para a prefeitura da cidade investir no turismo. O Hotel Sengés do lado de fora parece aqueles hotéis de beira de estrada, aliás, fica a beira da estrada, porém é grande, limpo e organizado. Fora a simpatia do Sr. Nildo, que alem de tudo nos ajudou com dicas, desde restaurantes, postos e atrativos. Ponto de encontro foi no Metro Butantã às 5:30. Paramos no posto do Extra na Raposo e mais para frente, para tomar um café da manhã. Para fugir dos pedágios, seguimos por Cotia, Íbiuna, Piedade, Pilar do Sul, São Miguel do Arcanjo, Capão Bonito, Taquarivai, Itapeva, Itararé e finalmente Sengés. Foram 342km, três pedágios, 4,90+7,80+7,50. A estrada é boa, há muitas curvas, mas depois de Capão Bonito são mais retas. Galera da trip: Eu, Déo, Pri, Júlia, Nico, Cris, Rute, Luis, Fernanda, Karine, Luciana, Renato, Dário e Valério. Há, tivemos um imprevisto, o carro da Júlia foi parado naqueles radares inteligentes, que pegam carros com documentos atrasados. Mas, ela tinha todos os comprovantes, só apreenderam os documentos. Chegamos por volta do meio dia. Dividimos os quartos no Hotel e seguimos para o Mirante do Corisco. O Mirante fica em uma propriedade particular, no KM 12 da PR 239. Depois são 20km de terra e 5km de caminhada. São as aguas do Rio Capivari caindo sob o Rio Itararé, a divisa natural de SP e PR. Uma queda de 98m (tem sites que falam em 106m) Cachoeira do Corisco Depois de apreciar essa queda e o vale, fomos até o Poço do Encanto. Ele fica um pouco escondido, sem placas e o acesso é em meio a estradas de terra. Dizem que precisa de autorização, mas em nenhum momento vimos postos de vigilância ou placas alertando. O Poço é uma grande nascente que forma uma lagoa de cor azulada. Preferimos não entrar para não levantar a areia e o lodo no seu fundo. Mas, dá vontade. Lugar tranquilo e preservado. Também não tinha ninguem no local. Poço do Encanto Na volta do Poço do Encanto pegamos uma chuva bem forte. A única do feriado. Preferimos seguir para o restaurante indicado pelo dono do hotel. o restaurante era novo, pequeno, mas o dono super simpático, o Edgard. O restaurante/lanchonete chamava-se Botequim D' Paula, Rua da Matriz, 147. A refeição, acredite R$6,50 (arroz, feijão, salada, bisteca). E eu comi dois pratos. Ah, ele tambem faz um yakissoba bem caprichado. A noite todos capotamos. Gastos do dia: Gasolina + Pedágios (3 no carro) = R$40,00 para cada Diária Hotel: R$ 25,00 Almoço: 6,50 Jantar: 6,50 Bebidas e outros: R$10,00 Vídeo do poço do encanto: Fotos desse dia: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151245547874812.489505.576754811&type=3
  3. Introdução Em Fevereiro de 2014, eu, Vagner e o meu amigo/companheiro de várias aventuras, Léo Almeida, juntos a uma amiga, estivemos na cidade de Sengés pra conhecer o lugar, no meu caso era a primeira vez (da Rosi também). O Léo já estivera por lá noutra oportunidade. Ficamos, conhecemos os atrativos, inclusive, alguns que ele (Léo) ainda não tivera a chance de visitar antes. Aproveitamos demais aquela viagem, mas antes de partir e deixar para trás toda beleza natural da pacata cidade de Sengés, algo de estranho acontecia, sem percebermos. No Mirante do Vale do Corisco, a cachoeira de mesmo nome nos prendia a atenção, emanando uma espécie de energia mística que nos seduzia da mesma forma que sereias encantam marujos em alto mar, nos fazendo questionar o que muitos que ali já estiveram, também questionar: será que tem como chegar na base da queda dáqgua daquela cachoeira??? A magia daquele vale embalava nossas mentes fazendo florescer uma esperança: adentrar suas veredas e se impressionar com as surpresas do lugar. Essa mesma esperança fez com que entrássemos na mata e explorar as proximidades na tentativa de conseguir algum acesso rumo a base da Cachoeira do Corisco. Mas não foi dessa vez que entramos no caminho que no levasse a “ela.” Mas, conseguimos descobrir e nomear alguns pontos que encontramos morro abaixo: Pedra Furada e Pedra do Cachorro, que fazem frente aos paredões do Cânion do Corisco. Saímos de lá sabendo que todas essas descobertas, certamente nos fariam voltar ali. E foi o que aconteceu. Voltamos a nossa cidade residente com algo intrigando nossas mentes: Quando voltaríamos, e de que forma realizaríamos tal façanha??? O tempo se encarregou de responder isso. Um ano depois... Fevereiro de 2015. Passamos o decorrer desse 1 ano a combinar qual seria a melhor, mais viável e menos perigosa forma de atingir nossa meta > a parte de baixo da cachoeira do corisco. Procuramos informações com quem já esteve na cidade, buscamos relatos na internet, e nada. Não há infos, nem registros de que alguém tenha realizado tal proeza. É como costuma dizer um amigo (Divanei Goes), aventureiro e montanhista: se existe alguém com a tal info, guarda pra si, ou já levou consigo para o próprio tumulo. Olhamos, estudamos mapas, extraímos e compartilhamos entre nós as imagens de satélite que íamos conseguindo. Foi aí que começamos a elaborar algum plano. E tal plano seria atravessar uma extensa área de reflorestamento dentro duma fazenda (propriedade particular), seguir beirando o rio, e nas proximidades de alcançar a cabeceira da queda, descer a forte inclinação do vale varando mato até pisarmos nas águas do rio Itararé, e depois seguir subindo o leito do rio com objetividade. E com essa ideia em mente, marcamos viagem, que a princípio, teríamos como destino a cidade de Prudentópolis-PR (cidade das cachoeiras gigantes), mas ainda havia um débito em Sengés, que estávamos dispostos a quitá-lo. Nosso retorno seria no carnaval, até chegamos a marcar, mas imaginamos o quanto seria sofrido pegar a estrada nesse tipo de feriado (tô calejado disso), a muvuca que estaria nas cachoeiras, tentar tirar uma foto só do atrativo, e ver 30, 40 fulanos como coadjuvantes no cenário. Aff, isso não entra nos planos. Então antecipamos em uma semana, e ficamos hospedados na cidade, de 07/2 ao dia 10/02/2015. Nossos aliados nessa viagem foram Tony Eduardo (meu cunhado), e Tatiane Xavier, que só pode ficar sábado e domingo. Saímos debaixo de um temporal absurdamente forte, daqueles de filme apocalíptico. Não poderíamos esperar por muito tempo, pois marcamos de pegar o Léo após seu expediente de trabalho, na região do Butantã-SP, às 18:30h. Rodamos 420 km’s a partir da Rodovia Raposo Tavares pagando 7 pedágios ($44,00 total) até Sengés. A Tati não pode estar com a gente no mesmo horário, por isso seguiu viagem de ônibus, saindo às 21:45 h de sampa e chegando na rodoviária da cidade paranaense às 03:30h da madruga. Agora vamos aos fatos, que foram muitos... Leia. 1° dia - entre a coincidência, a perda e a salvação. Acordamos cedo e seguimos para o café da manhã na intenção de calibrar as energias para um dia cheio de expectativas e ansiedades. Cumprimentamos e matamos a saudade do nosso velho amigo fanfarrão, Eunildo, dono do Hotel Sengés onde ficamos hospedados. Sem saber qual seria o nosso destino, Nildo perguntou se iríamos na direção da Cachoeira do Véu da Noiva, e como conhecemos o caminho, se poderíamos levar um casal (Rodrigo e Caticia) curitibano que lá estava para viver o turismo local. Sem problemas Nildo, só vamos decidir o que fazer e se eles quiserem, podem nos seguir - respondi ao amigo. Numa parada ao mercadinho, entre a compra de água, comes e bébes, surge aquela conversinha simpática e cordial para apresentações. - são de onde? perguntei. - Curitiba. - conhecem a região? já estiveram por aqui? - não, é nossa primeira vez aqui. Viemos pra cá por que eu li um relato na internet indicando essa cidade e esse hotel - sério? leu aonde, no mochileiros.com? - sim, de um cara lá de São Paulo, um tal de Vagner - kkkkk... muito prazer Rodrigo, meu nome é Vagner, e esse relato é o meu. Que coincidência. Como pode? o cara marca de viajar, pega infos de um relato que leu na web, quando chega no lugar, encontra o autor desse relato, sendo que os dois nunca se viram e estão separados por uma distância de aproximadamente 700 km. E ainda tem a companhia do mesmo como "guia." kkkk é muita coincidência. Só Deus mesmo pra fazer isso, e mostrar que já era uma pequena prova de que Ele estava nos acompanhando e protegendo nessa viagem que estava apenas começando. Muitas águas ainda iriam rolar, literalmente falando. 1° parada - Cachoeira do navio (onde nascemos de novo) Chegamos cedo nessa cachoeira pra fazer render o dia, sob um céu cerúleo intenso que anunciava a vinda de um sol pra rachar o coco. As águas borbulhando entre as quedas realçando o branco das cascatas deixava o cenário perfeito pra se começar um dia. A sessão de foto foi grande. A maioria do pessoal disse que ainda era cedo pra entrar na água, mas assim que dei os primeiros passos em direção a diversão eles começaram a se animar. Os companheiros mais comportados ficaram ali mesmo se banhando nas pequenas quedas c/ piscina natural, já o retardo que vos escreve teve o privilégio de encontrar a Cachoeira Surpresa do Navio na viagem anterior, e sabia que a graça do lugar estava depois de uma descida audaciosa desescalando 15 metros das rochas do paredão vertical a partir da cabeceira da cachoeira. Na outra vez eu desci usando apenas as mãos, me segurando nas agarras e fendas entre as rochas, correndo o risco de cair (poderia ser fatal) e ficar jogado lá embaixo sem ninguém saber onde eu estava. Mas dessa vez fui um pouquinho mais inteligente, levei 20 mts de corda pra diminui os riscos. Tony me seguiu, e enquanto tirávamos proveito do lugar, gritávamos feito índios, dançávamos numa diversão que até parecíamos crianças. Isso fez com que o pessoal lá encima (o Rodrigo) pensasse que estávamos precisando de socorro, daí o Léo que conhece as figuras que andam com ele, disse que era normal aquele tipo de comportamento kkk. Na sequência desceu o Léo pra curtir também. Foi só alegria. Depois de nos recolher, seguimos o rumo que vai à cachoeira véu da noiva. Nooossa como ela estava linda com a queda d'água no volume máximo (ou quase). Linda o suficiente para encantar até que a viu 1 ano antes, só que com um volume bem menor. Seu piscinão natural, maior dessa vez, era convidativo a umas braçadas, mergulhos, fotos, vídeos e presepadas para alimentar o espírito de moleque habita em nós. hehe. No topo de sua queda tem outras cachoeiras e piscinões, além de servir como um mirante de tirar o fôlego de qualquer um. Uma vista excepcionalmente linda. Mas como tudo tem seu preço... ...o cenário estava bem diferente daquilo que já vimos noutra. Onde esteve seco, agora era limo, onde já teve aderência, agora dava lugar a um piso que não se pode errar, pois ali eu senti a morte de perto, a mesma sondava as beiradas do precipício esperando qualquer descuido que fosse, ela fazia pressão, e mesmo que eu me sinta o corajoso, sei que a morte não é medrosa. O Léo tomou a dianteira e foi na frente (fomos só nós dois), eu já mais retraído, vi que poderia dar merda, mas fui com medo e tudo. O desafiante dos meus medos. Mas na hora da volta... FODEU, fui pego de surpresa por um medo avassalador, dominante, medo como eu nunca senti antes. Minhas pernas travaram, enquanto passava na minha mente cenas de um possível escorregão sucedido por uma queda livre aos 40 mts de altura e o corpo explodindo nas rochas lá embaixo. GAME OVER. Nessa travessia só haviam duas hipóteses: (1) ir e voltar sem erros, ou (2) errar e não voltar vivo. Graças a deus pude escrever esse relato, rs. Passado todos os perigos, ainda tomamos um curto banho numa das pequenas quedas que tem por alí. Próxima parada: Cachoeira da Erva doce Acessada por trilha de fácil navegação e que não toma mais do que 10 minutos de caminhada entre os charcos no capim de média altura. E pra dar um tiquinho de emoção naquilo que relativamente é tão fácil, um simpático senhor pescador nos avisou sobre a presença de um búfalo bravo que ronda o pedaço, e que ele costuma correr atrás daqueles que ele não for com a cara kkk. Fato verídico. Chegamos rápido a cascata, que agora estava com o dobro do tamanho na largura, e até uma piscina natural se formou com o volume pós chuvas. Brincamos um pouco, tiramos várias fotos e tomamos nosso rumo, pois o tempo que fechou de repente, e era certo que viria temporal pela frente. Subir aquelas ladeiras de terra, debaixo de chuva, carro pesado, não seria nada legal. Preferimos evitamos o risco de ficarmos retidos naquela baixada. Ainda era cedo quando chegamos no hotel, então programamos de tomar um banho e depois irmos visitar A Gruta da Barreia, na divisa com Itararé. Maaass na hora de sair do carro... - alguém viu minha habilitação e o documento do carro? - não (resposta unânime) - não tô achando - onde vc deixou da última vez? - perguntou o Léo - na mochila - respondi. - era só os documentos, ou tinha dinheiro junto? - meu cartão de crédito está junto. Sem ele não vou ter como pagar o hotel. FUDEU. Reviramos tudo que era espaço dentro do carro, e não achamos nada. Entramos nos nossos quartos, reviramos tudo, guarda roupas, cômodas, debaixo das camas, entre os lençóis. Não achamos nada. - você tem certeza que trouxe os documentos? não esqueceu em casa? - certeza. O Tony até viu quando eu peguei a carteira deles na mão. - você lembra qual foi a última vez que você viu ou pegou neles? - a última vez que eu vi, estava na mochila, lá na cachoeira do véu da noiva, e é bem provável que tenha caído, por que a mochila ficou muito tempo aberta, e a gente toda hora ficava mexendo pra comer alguma coisa, beber água, pegar protetor solar, etc... tenho quase certeza que caiu por lá. - será mano? - sim, depois disso não lembro de ter visto meus documentos de novo - ah, então o que você acha da gente voltar lá e procurar nos lugares onde passamos? - perguntou Léo. Tati e Tony concordaram - ah, se vocês toparem, a gente volta - sem problema, vamos lá sim ( todos concordaram) Ainda estava claro, final de tarde de verão, quando chegamos na cachoeira do navio. Ela estava linda e límpida como quando a vimos pela manhã. Estávamos limpos, tomado banho, perfumados, com calçados (tênis) que não são apropriados para trilha, logo vieram os escorregões. Me lembro de ter dito a Tati: fica aqui encima, nega. Não precisa descer, deixa que a gente vai e volta rapidinho. E ela ficou na parte superior só assistindo. Mas o que ela nem imaginava, é que daquele lugar ela assistiria ao vivo uma das cenas mais fortes de sua vida. Descemos, Eu, Léo e Tony, procurando por todos cantos onde havíamos pisado mais cedo, e quando chegamos ao piscinão que antecede a queda da cachoeira surpresa do navio, falei: - vou atravessar e olhar da cabeceira onde deixamos a mochila. De repente esteja lá. - mais como você vai fazer isso? eles perguntaram. A água batia na altura do peito, e eu não queria molhar minha roupa. - vou ficar pelado. Pronto!! Mas olhem pra lá, sou um rapaz de família kkkk. Fui até um local onde não desse pra Tati me ver, e tirei a roupa. Fiquei só de camiseta. Cheguei na cabeceira da cachoeira, olhei, mas a inclinação, as árvores e arbustos não deixavam eu ver o local exato que deixamos a mochila. Me veio um monte de coisas na cabeça. Foi aí que travei uma discussão comigo mesmo: - não tô vendo, vou voltar - mas cheguei até aqui, e se estiver lá embaixo?? eu desisto e deixo o bagulho aí?? não, né!!?? -Mas eu tô sem corda, choveu, descer aqui sozinho é perigoso - AH, FODA-SE, VOU DESCER ESSA PORRA. Comecei a descer me segurando em troncos e raízes, os matos molhando minha bunda, molhando meus bagos. E se algum bicho aparece? Foi tenso e engraçado ao mesmo tempo kkkk. Já lá embaixo, farejei tudo, olhei até onde não estivemos, mas não achei nada. Então voltei logo por que não tinha avisado eles que eu desceria lá, e eu já estava demorando. Voltei pelado, nu com a mão no bolso, e nada de documentos em mãos. Depois que me vesti, começamos a volta entre as pedras e pouco de mata que havia em volta. O Tony disparou na frente, eu e o Léo ficamos mais atrás por que pisamos na merda (humana), tivemos que limpar o solado dos tênis com gravetos pra não levar qualquer resíduo pro carro. Depois de limpar e lavar a beira rio, eu segui na frente, acompanhado pelo meu brother Léo logo em seguida. Foi quando tudo aconteceu... Na metade do caminho, eu de cabeça baixa, concentrado onde pudia pisar, não olhava pra frente. Só lembro quando o Léo perguntou: - e essa água barrenta vindo aí Vagner?? Só foi o tempo de eu levantar a cabeça e gritar: tromba d’ááágua, cooorre. Eu ainda consegui, mesmo que escorregando nas rochas, subir um patamar acima, mas o Léo ficou no piso inferior, agarrado nos musgos, preso e sem ter pra onde escapar. Em menos de 10 segundos o simples e discreto filete de água barrenta se transformou numa enchorrada de força descomunal, inacreditável. A água subiu muito rápido, chegando aos pés do Léo num piscar de olhos. Eu, magrelo, frangote, tentei me apoiar entres as fendas e estender a mão como suporte, mas vi que eu não aguentaria o peso dele (ele é grandão), da mesma forma que os musgos também já não aguentavam mais sustentar seu peso. Se desprendiam facilmente aumentado o risco de vida do nosso amigo. A cena causava um certo desespero, um pesadelo pessoal no interior em cada um de nós, pois víamos que a força da água era suficiente para arrastar uma carreta bi trem se estivesse ali, imagine um ser humano. Lembro que falei: espera aí Léo, virei e gritei pro Tony: ME AJUDA AQUI MANO. Ele saiu correndo na minha direção com os olhos arregalados, todo louco, e desesperado, começou a me puxar, como se fosse eu quem estive prestes a ser levado pela correnteza, e não o Léo. Perdi o pé de apoio, a falta de aderência na rocha molhada fazia eu girar, e ele continuava a me puxar desesperadamente como se eu tivesse me afogando. Acabei nem conseguindo ajudar o Léo, que por si só conseguiu se agarrar em outros apoios mais firmes e se livrou do perigo que a cada piscar de olhos só aumentava. Ja num patamar acima da enchorrada, salvos, assistíamos a água explodir nas rochas e jorrar pro alto como chafariz. Nós quatro estávamos boquiabertos, pasmos, extasiados por um certo estado de choque. pois foi por muito pouco (muito pouco mesmo), que não perdemos nossas vidas. E diante de tamanha emoção, tomados pela adrenalina que dominava cada centímetro do corpo, as lágrimas foram inevitáveis. O único que eu não vi chorar foi o Léo, e mesmo que ele não tenha chorado, é certo que ele se viu numa das situações mais perigosas de sua vida até então. Enquanto as lágrimas percorriam meu rosto, lembrei do que minha mãe me disse antes de eu sair: filho, cuidado nessas cachoeiras, nesse período de chuvas é muito perigoso. Cuidado com tromba dágua. Quando a mãe fala, é foda. Depois de todo aquele susto, ainda na parte superior da cachoeira, ficamos por volta de uma hora e meia admirando o quanto a natureza pode ser tão forte e o quanto somos tão frágeis e podemos ser reduzidos a pó tão facilmente. Nessa hora vimos que o meu problema com os documentos se tornou pequeno, insignificante. Mas, mesmo assim pensamos em ir até a cach véu da noiva procurar meus pertences por lá, mas a Tati reforçou algo importante: passamos por algo fenomenal, perigoso, e ainda vamos a mais uma cachoeira!? não, melhor não. O jeito foi se conformar e ter dado tal coisa como perdido, depois é só correr atrás do prejuízo. Passamos na recepção, perguntamos se havia uma delegacia na cidade e onde ficava, além dessas infos, o recepcionista ainda nos deu a dica de irmos até a rádio local e pedir pra que eles anunciassem o ocorrido, pois muitas pessoas da cidade ouvem a rádio e isso poderia ajudar. Mas eu estava tão lesado que não quis nem ir até lá nessa hora, preferi ir jantar e comemorar nosso renascimento. Depois de uma boa comilança na churrascaria, fomos até a delegacia na tentativa de fazer um B.O. por que se eu fosse parado, como eu explicaria ao PM ou PFR estar rodando sem habilitação e doc do carro? Se eu contasse toda história eles encarariam como historinha pra boi dormir, e aí eu tava fudido. Chegando na delegacia, adivinhem, a bendita estava fechada. Horáriode funcionamento das 09:00h às 17:00h, de seg à sexta, e chegamos lá perto das 22h de um sábado. Mas conversando com o Rivair, vulgo: Coveiro (ops, carcereiro kkk), ele nos explicou a localização da rádio depois de muuuita conversa naquela noite fria. Coitado de mim e da Tati tentando se livrar da infinita falatória ashuasuh. Chegando na rádio, fomos bem atendidos, só estava o Luiz (locutor) no local. Pediu pra que entrássemos, expliquei a situação a ele e o pedi pra que anunciasse o ocorrido pois me ajudaria muito. Ele super prestativo, atendeu. Quando voltamos ao carro, sintonizamos a frequência, percebemos que se tratava de um programa evangélico, que ao termino do louvor que tocava, soltou: - e recebemos aqui, hoje, a presença do nosso amigo de São Paulo,Vagner Perei..., que perdeu toooooodos o seus documentos (rimos muito). Ele precisa dos documentos pra pegar a estrada e viajar de volta pra São Paulo. Ele vaaai conseguir (rimos de novo). Quem encontrar seus documentos pode entregá-lo na delegacia ou no Hotel Sengés. A narrativa era tão melancólica, tão triste, que parecia que ele estava mais triste do que eu que perdi meus pertences. E ao terminar o anuncio ele solta uma música: VAI DAR TUDO CERTO, VAI DAR TUDO CERTOOO...Rimos demaaaaiiss, feito uma cambada paulistana (fdp) que somos (só maldade no coração kkk. (Oh raça ruim, viu kkk)). Ouvimos a programação até chegarmos no hotel, onde tive que perder mais um tempo com uma ligação à central de atendimento pra conseguir bloquear meu cartão de crédito. Só assim eu ficaria em paz, sabendo que não teria dores de cabeça por causa de uma futura fraude que poderia aparecer com o meu nome. Uffa, quanta emoção em apenas 1 dia de viagem. rsrs Vídeo da tromba d'água: >> << GASTOS DO DIA $ 2,50 - lanches $ 2,00 - água $ 16,90 - jantar 2° dia - depois da tempestade, sempre vem a bonança Sem saber o que vinha pela frente, começamos nosso dia cedo. Ás 06:30h já estávamos indo pra sala onde servem o café da manhã, e pouco depois já estávamos mais uma vez a comprar lanches e litros de água no mercadinho que abre as portas bem mais cedo do que seus concorrentes próximo dalí. Partimos em direção ao mirante da cachoeira do corisco pra mostrar ao Tony e a Tati o quão aquele lugar é lindo. Além disso, aproveitaríamos pra dar mais uma olhadinha nos arredores e estudar os melhor os detalhes finais antes de encarar o vale. Chegando lá, os olhos brilhavam diante do visual que se tem nas beiradas do cânion. Fotos e vídeos foram feitos, depois nos pusemos a caminhar até a trilha que leva a Pedra furada e ver o Cânion por outro ângulo. Me lembro bem, quando abrimos essa trilha a um ano atrás, era puro mato, tudo fechado e de difícil acesso. Hoje, depois de várias indicações aos turistas para visitarem o local, a trilha já se encontra bem aberta, sem a necessidade de por o facão pra trabalhar. Aproveitamos bastante o lugar, o dia estava lindo, o sol estralando nos obrigando sair dali direto pra qualquer lugar que tiver um bom represamento e/ou queda dágua pra nos refrescar. Mas antes, já que estávamos ali, aproveitamos também pra procurar por uma pequena corda atravessada por cima da fenda, um abismo que beira aquelas encostas (e encontramos). Farejando por ali mesmo, encontramos vestígios de algo que parecia ser um caminho, decidimos avançar e ver no que dava (Tati nos esperava sob a Pedra furada), e deu numa senda que serpenteia morro abaixo, uma puta piramba na verdade. Descemos um pouco, mais um pouco, e mais um pouco com o auxílio de cordas duas vezes. Alcançamos patamares bem além do que esperávamos, isso nos encheu de esperanças, mudando todos os nossos planos de ver a queda Mor do Corisco por baixo. A curiosidade continuava nos puxava pelo caminho, mas como não avisamos nossa amiga, retornamos. Com os pensamentos radiantes, saímos de lá sabendo que nossa investida na mata seria por ali. Depois de tanta energia boa conspirando ao nosso favor, fomos nos encantar com a magia do Poço do Encanto. Poço que na verdade é um fervedouro, uma nascente de rio que forma uma represa de águas cristalinas, tão cristalina que nos permite ver na parte mais funda o solo borbulhar e revirar areia fina sem sujar a água. O lugar é digno de reverências, um santuário aquático, um aquário natural. É possível ver as plantas subaquáticas envoltas em musgos, e os peixes nadando de um lado ao outro. Foi incrível poder fazer um vídeo debaixo dágua utilizando um bastão/pau de selfie. Ficamos um longo tempo que ficamos ali, admirando o admirável que realmente encanta. No caminho de volta decidimos passar pela cachoeira da prata e pela Gruta da Barreira, e também, uma visitinha rápida ao pontilhão que serviu de suporte aos trilhos que décadas atrás davam passagem aos trens que transportavam grãos do sul ao sudeste do país. E por causa um acidente, onde houve a queda de uma composição ponte abaixo, teve de ser interditada. O sol estava pra lá de quente, vi o asfalto flamejar, e num ato preventivo, meio que presepeiro, meti um guarda chuva sobre a cachola pra fazer sombra enquanto visitávamos os atrativos. De repente, como se fosse uma miragem, aprece encostado na sombra de uma árvore, um senhor com seu carrinho de picolé (imagina a euforia). Acredito que ele consegue vender dezenas e dezenas de picolé por dia, parado naquele ponto estratégico e cobrando barato ($ 1,00). Só a gente liquidou 9 unidades hehehe. O dia tava rendendo maravilhas, mas ainda não tínhamos entrado sob um boa queda gelada de cachu. Partimos rumo a Cachoeira do Barão, que fica no Rio do Bugre, onde combinamos de encontrar nosso amigo anfitrião e sua esposa. Lá tomamos uma refrescante e gelada ducha pra revigorar os ânimos, jogamos conversa fora, umas boas risadas, fotos/vídeos e ainda estudamos a hipótese de descer rio abaixo e atingir mais outra base de cachoeira ainda sem nome, hehe. Só mesmo esses meninos, viu rsrs. Era quase 20:00h quando saímos de lá, e só saímos por que marcamos de ir até a Pizzaria local pra comemorar as coisas boas que vinham ao nosso encontro nos últimos dois dias. Mas, comemorações a parte, nossa equipe teria uma “baixa.” Tati trabalharia no dia seguinte, 2a feira, e teve que pegar o ônibus rodoviário ás 22:30h e retornar a São Paulo, onde chegaria no início da manhã. GASTOS DO DIA $ 2,50 - lanches $ 2,00 - água $ 16,90 - jantar $ ????? - pizzaria não consegui calcular 3° dia - O dia D nos deu a vitória Nosso terceiro dia na cidade era o dia de por em prática nossos planos, por em teste nossa coragem e encarar o desafio: chegar na base da Cachoeira do Corisco. Era essa nossa meta, o real motivo de estarmos na cidade, e qualquer sinal de erro, qualquer indício de que não conseguíssemos, nos deixaria com a moral lá embaixo. Acontecendo isso, lógico que teríamos a humildade de reconhecer o fracasso, engolir o orgulho, colocar o rabo entre as pernas e quem sabe tentar novamente numa próxima vez. A ideia de que não há registros por textos, fotos e/ou vídeos relatando a chegada de seres humanos naquele lugar atiçou nosso espírito aventureiro, e lá nos víamos, um ano depois, acordando por volta das 05:45h da madruga, tomar café o quanto antes e partir. Pois não sabíamos o que viríamos a enfrentar ao longo do dia, e muito menos o quanto de tempo aquela aventura nos tomaria. Em cada mochila (lanches, água, facão, perneiras, cordas, lonas, etc...), os aparatos mais pareciam equipamentos de um arsenal bélico, do que um preparatório de “mateiro.” Pé na estrada e um sentimento: ansiedade. Antes de descer do carro já tínhamos o empecilho de ter que planejar onde deixaríamos o carro, já que era começo de semana, não poderíamos dar bandeira na porteira principal. O Fiesta Guerreiro ficou a uns 250 metros da entrada, que também não usamos como acesso, pois o trafego de carretas das empresas extrativistas era intenso. Bastava alguém querer, com um simples contato, tudo iria por água abaixo (área particular). Já na estrada que leva ao mirante, caminhamos observando a neblina baixa dava um ar de mistério encobrindo todo o vale. Não conseguíamos nem ver a cachoeira dali do mirante. Então fizemos uma rápida pausa para ajeitar os últimos detalhes antes de por os pés em busca de um antigo propósito. O único que não fazia nem ideia do estaria prestes a fazer ali era o Tony, que aceitara meu convite sem pestanejar. Só queria curtir kkk. Fomos bem objetivos, logo pegamos a picada que leva até a Pedra furada, e dali fomos até a Pedra do Cachorro, que na verdade também pode ser chamada de Pedra do Cérbero, pois a mesma guarda o portal que leva ao vale. E ao lado direito da face da pedra iniciamos nossa navegação pela senda que exploramos em outra oportunidade. O primeiro avanço se dá tranquilo, mas a partir do momento em que chega a primeira passagem com corda, as coisas mudam de nível. O cuidado e a atenção são nossas companheiras inseparáveis, pois o caminhar se dá às beiradas do precipício, qualquer deslize e lá se vai um corpo de encontro a um buraco que não é possível ver o fundo. Na segunda etapa a inclinação ainda é daquelas que dá pra encarar de boa, e mesmo assim, o auxílio de uns 20 metros de corda foi indispensável. O terceiro e último lance de corda (+20 metros) já é num barranco quase vertical, seguir ali sem o uso de cordas é a mesmo coisa que dizer que está querendo se suicidar. Uma queda ali, e adeus fulaninho. Toda a descida é uma piramba de lascar qualquer. E após uma hora de incertezas, chegamos no rio que corre o vale formando a confluência co o Itararé. Essa era nossa única certeza. Não havia qualquer vestígio de ambos os lados de que houvesse caminho em direção a cachoeira. Um pensamento veio em mente: quem entra na chuva é pra se molhar. E se chegamos até ali, não seria ali que iríamos desistir. Retroceder não poderíamos, então nos pusemos a caminhar por dentro rio, não tinha outro jeito. Com água nos joelhos seguimos no contra fluxo, em menos de dez minutos o nível do rio já vinha nos ombros, isso nos obrigou a erguer nossas mochilas para poder atravessar os piscinões que surgiam no caminho. Por hora, além dos piscinões como desafio, nas paredes laterais cavernas apareciam do nada. Eram buracos enormes, gigantes, cravados no meio das rochas abrigando a escuridão e a incerteza do que poderia habitar aquele refúgio. O medo era inevitável (lógico), comparamos aquilo com flashs de cenas do filme Jurassic Park. As rochas talhadas e esculpidas pelo tempo davam um toque pré-histórico ao lugar. Novamente, um misto de sentimentos nos dominava a cada metro deixado pra trás. Além da ansiedade, a atenção era predominante. A ideia de escorregar no limo e machucar/quebrar uma perna naquele cenário inóspito nos fazia prosseguir aliados com a lentidão. E perto das duas horas palmilhando dentro do rio, pegamos uma bifurcação, uma divisão do rio em um ponto que não conseguimos ver nada nenhuma clareira em abertos acima de nossas cabeças pra poder nos orientar. Tocamos pra direita, e dez minutos a frente, vimos que não era possível seguir por ali. Retornamos e tomamos a direção correta. Faltavam cerca de 100 metros até a mata se abrir de vez e revelar o que havia de tão precioso naquele ambiente, mas a medida de cada passo dado os obstáculos aumentavam seu grau de dificuldade quase nos impedindo de passar. Rochas sobre rochas formavam paredões intransponíveis, repletos de limo e de água escorrendo entre as brechas. Parar, pensar e analisar os riscos era o que nos restava. Parecia que ali era o fim da linha (e já pensou se fosse...), tínhamos que fazer cadeirinha, se jogar, rastejar sobre o limo, tentar se agarrar em qualquer saliência existente nas rochas pra poder projetar um de nós, que logo acima serviria de ponto fixo para todos conseguirem subir. Uffa, trampo da porra. E todo esforço foi válido após a recompensa. O paraíso se abriu a nossa frente quando a mata se abriu trazendo a luz que clareou o lugar e deu vez a um cenário grandiosamente lindo. A água vem de uma queda livre de 106 metros de altura e explode nas rochas que cercam o piscinão de águas escuras que não deixam qualquer forasteiro imaginar qual a sua profundidade. Euforia total... corremos e gritamos: CHE-GA-MOOOOS, CHE-GA-MOOOS. Uma sensação de conquista que nos deixava fora de si, difícil de acreditar. Coisa de olhar ao redor e se perguntar: eu estou realmente aqui?? O spray que vinha da queda encharcou nossas roupas fácil, fácil. E se não fosse a câmera a prova dágua que tínhamos em mãos, a maioria dos registros seriam apenas em nossas memórias. Mas independente disso, aquilo era um presente, era um privilégio inigualável estar ali, e ainda assim, a aventura nos chamava pra ir além. O convite de mergulhar naquele piscinão obscuro eu recusei, por que parecia ter algo em volta dizendo: apenas admire, contemple, reverencie. Mas o convite de ir atrás da cortina de água eu aceitei de imediato, parecia que algo mais forte do que eu conduzia meus passos, e em seguida, lá estava eu (mais atrás o Tony me acompanhava), procurando chão firme. Ora encontrei, ora vi apenas valas profundas em meio as pedras e mata molhada (coisa que rendeu alguns capotes, e fez o Tony desistir). Eu prossegui sozinho, e logo me vi sentado sob aquele paredão imenso acima de minha cabeça, assistindo o espetáculo e agradecendo a Deus por tudo que estava se realizando naquela aventura. Léo e Tony viram que demorei por lá e se sentiram mais seguros de chegar lá também, voltei metade do caminho para orientá-los onde pisar e em poucos minutos estávamos a filmar e fotografar a “peraltice.” Coisa que também nos deu um susto danado foi o vento forte soprar e levar a queda dágua em nossa direção. “Susto da bexiga,” corremos rapidinho dali pensando que fosse tromba dágua kkk. Vimos que o tempo não estava tão aberto, e que se ele fechasse de vez trazendo uma tempestade não iríamos ver, por que estávamos no “fundo da bacia,” rodeados por paredões e mata densa. A solução foi tocar o bonde, já que aproveitamos o tanto quanto queríamos, e o certo era não abusar da sorte. Nossa volta por dentro do rio foi bem mais tranquila do que a ida. Além de já sabermos mais ou menos os obstáculos que teríamos pela frente, o sol refletia o fundo do rio, e isso nos deu mais segurança pra saber onde devíamos andar. Só empacamos na represa onde a água batia no peito por que o Tony teimou (e como teimou) que não era alí que tínhamos atravessado mais cedo, segundo ele, era mais pra frente. Empacou feito um jumento veio que não arreda os pés do pasto. Rolou até uma discussãozinha, mas ele seguiu por onde indicamos que era o caminho certo. Esse episódio até lhe rendeu o apelido de Tony TT (Tony Teimoso) kkk. Depois disso, a única parte mais difícil mesmo foi retornar aquela puta subida de morro que mais cedo foi uma puta descida de morro. Claro que as paradas seriam inúmeras (e foram), o fôlego se perdia a cada 5, 10 passos. Pouca conversa e passos firmes também ajudaram muito a concluirmos nossa volta. De cara com a Pedra do cachorro, que sustentava um lindo Carcará em sua cabeça, tivemos a certeza de que 90% de nossa odisseia estava concluída, paramos pra descansar e bater mais umas fotos. Fui pegar a bateria reserva pra por na câmera... Adivinhem... Me dei conta que a capa da máquina e a bateria original não estavam comigo muito menos com meus amigos. Conclusão: perdi uma capa e uma bateria da câmera lá na base do Corisco, pois o Léo disse que viu esses itens próximos da mochila quando chegamos. Não vasculhamos nada antes de voltar, deu nisso. Buuuuuurrrroooo do caráleo. As perdas materiais não valiam de nada se comparado ao que estávamos vivendo ali. E o melhor de tudo foi concluir tal façanha sãos e salvos. Que se foda a bateria. Nosso próximo passo era chegar até o local que deixamos o carro e saber se ele ainda estava lá. Aí sim daríamos a missão como cumprida. O nosso alívio só veio quando fizemos a curvinha da estrada de terra e vimos o guerreiro prateado entre a mata encoberto pela poeira jogada pelas carretas que ali passaram o dia todo. Trocamos nossas roupas molhadas por outras mais limpas e secas, e pouco antes de entrar no carro passou por nós um outro carro, um Gol branco, com os vidros pretos, totalmente lacrado (insufilmado), e parou mais a frente. Ficou, como se estivessem a nos vigiar. E quando passamos por esse carro parado, conseguimos ler: FISCALIZAÇÃO VALE DO CORISCO, colado nas portas laterais. O mesmo só se pôs a andar novamente depois que passamos e ficamos a uma distância de 100 mts deles. Acreditamos que eles queriam ver onde entraríamos, pra saber se não estávamos fazendo arruaça, extração ilegalou invasão de terras alheias. Afinal, era o serviço deles. Ainda bem que deixamos o carro onde deixamos, e não na porteira. Já estávamos com o dia ganho, e não queríamos saber de mais nada naquela data. A não ser, ir até a delegacia e fazer um Boletim de Ocorrência para registrar a perda da minha CNH e do CRLV, pois no dia seguinte eu pegaria a rodovia. Eu precisava desse B.O. Mesmo com o horário de expediente da delegacia encerrado, expliquei ao carcereiro que ocupava o posto, e ele levou a situação até o Delegado, que mesmo sem um escrivão fez a ocorrência me atendendo muito bem. Se fosse em São Paulo, eu estaria FUDIDO, teria que me virar e/ou passar horas numa cadeira esperando a boa vontade do ser humano paulistano. Que bom que eu não estava em SP rsrs. Chegamos no hotel, só o bagaço do cansaço, e nosso bom anfitrião, Eunildo, veio nos receber já querendo saber qual foi o resultado da nossa aventura. E a resposta foi só uma: conseguimos Nildo! o Vale do Corisco é noooosso ahahah. Ele, num gesto simplório, estendeu a mão e disse: deixa eu te entregar logo seus documentos. Exclamei; O quêêêê... não acredito. meus documentos? e peguei a carteira das mãos dele e conferi. Eram sim, aqueles mesmos documentos que eu perdi dois dias atrás. Encontraram, levaram até a rádio da cidade, de lá levaram à delegacia, que por sua vez fez contato com o hotel, e o Nildo fez a gentileza de ir buscar enquanto eu estava ausente. Aquela novidade me deu muuuuita, mas muuuuita alegria mesmo, que acabei dando até um abraço apertado no Eunildo. Eu já acreditava e tinha dado como perdidos meus doc’s, mas o que eu não imaginava, era que o anúncio da minha situação na rádio local e às 22:30h de um sábado qualquer daria tão certo. Estava acabando nossa viagem, e já dava pra olhar para trás e ver a quantidade de coisas boas que aconteceram com nós e para nós. No restante desse dia, 09/2/2015, só queríamos curtir o sabor da vitória que conquistamos, mais nada. Fomos jantar na churrascaria pra poder repôr toda energia gasta, em seguida fomos até a rádio local para poder agradecer a ajuda que me deram na recuperação dos meus documentos, mas estava fechada, e depois, #partiu descansar. Era necessária ficar bem, pois a volta de uma viagem sempre é mais cansativa. 4° dia - Hoje é só calmaria (mais ou menos rs) No demos ao luxo de poder acordar um pouco mais tarde, já não havia tanta necessidade de pular da cama tão cedo. Afinal, nosso objetivo foi alcançado. Nossa intenção nesse dia era ir até o Rio Funil, dar alguns mergulhos no piscinão que ele tem e depois irmos até a cachoeira Santa Bárbara. O Nildo nos disse que ouviu rumores de que seguindo o Rio Funil acima haveria uma cachoeira, uma pequena queda. Seguimos essa info, mas sem força muito, seria exagero querer sem aventurar por dentro de um rio se ele fosse tortuoso. Mas como não se tem muita inclinação por ali, e em poucos minutos de caminhada chegamos ao barulho de água caindo forte sobre pedras. Adentramos a mata, e logo vimos que se tratava de uma pequena queda dágua (pequena mesmo). Coisa que não animou muito. Voltamos. Pôs banho, ainda no Rio Funil, partimos na intenção de explorar um possível caminho próximo ao Rio Pelame, que dispõe de uma linda cachoeira em área particular, mas não dão autorização à visitas. Não conseguimos um caminho alternativo, então partimos. Quem sabe num próxima vez não subimos rio a dentro e chegamos até lá hehehe. Fomos novamente até a rádio, mas a pessoa (luiz) que fez o anúncio não estava, eu preferi deixar recados de agradecimento. Depois, nosso destino foi a cachoeira Santa Bárbara, que é situada no mesmo rio que forma a cachoeira do navio. Vimos o triplo ou mais do volume habitual, sinal de que a tromba dágua foi tão forte que mesmo depois de dois dias ainda deixava pra trás rastros de sua força. No lugar onde eu só vi areia a um ano atrás, agora existia uma piscina enorme com indícios de que algumas partes não davam pé. Aproveitamos (Tony e Eu) por pouco tempo, além do céu não estar com boa cara pro nosso lado, o Léo preferiu não descer até a cachoeira por que estávamos de bermuda e chinelo, e pra alcançar a queda tivemos que andar um capinzal alto. Ele preferiu não arriscar. De volta ao carro, passamos numa lojinha de vila pra comprar uma certa quantidade de uma espécie de sorvete que vem num saquinho quadrado que o Léo se apaixonou kkk. Também, à $ 0,75 cada fica fácil querer mais rsrs. Logo já nos vimos no hotel mais uma vez, onde arrumamos nossas mochilas e nos preparamos pra ir embora. Eu sai de lá sem pagar as minhas diárias por que tive que cancelar meu cartão de crédito, mas como o Nildo confiou nesse sem vergonha aqui, ele me deu um enorme voto de confiança e deixou apenas o número de sua conta pra que eu fizesse o depósito do valor quando pudesse. Pós almoço, voltamos aos aposentos, usamos muito wi-fii e depois dos últimos acertos e prosa com nosso amigo Eunildo, demos partida no carro às 16:20h em ponto.. Se tudo corresse como o previsto, estaríamos em São Paulo-Capital perto dàs 21:30h. Mas como nem tudo é do jeito que queremos... ...comigo ao volante, rodamos cerca de 200 km sob sol forte, em alguns lugares, chuva leve com direito a arco-íris. Quando paramos em Itapetininga, próximo ao acesso que leva à Rod. castelo Branco, fomos tomar um cafezinho, esticar as pernas e deixar oTony assumir o volante. Quando fui pagar meu cafezinho...(adivinhem) as chave do quarto do hotel ficou/estava no meu bolso. Que merda!!! Lógico que eu não iria voltar, eles devem ter chave reserva. Ficaria como lembrança e/ou troféu da viagem. SQN. Chegando perto de Sorocaba começou a tensão: uma chuva assustadoramente forte como eu nunca vi (eu acho), e meso com o limpador de para-brisa ligado ao máximo não era possível enxergar mais do que 5 metros a frente do carro, ainda mais que a pista não tinha luz de orientação (aquelas tartaruguinhas luminosas que ficam no chão). Isso nos fez reduzir a velocidade, já os caminhões e carretas não. Com o peso que eles tem ganham mais estabilidade do que um carro de passeio, que a qualquer aumento de velocidade patina em aquaplanagem ( e foi o que aconteceu). Sentimos o carro deslizar sobre as poças de água acumulada na rodovia, os caminhões quando passavam jogavam muita água no vidro do carro, dava medo quando ladeira abaixo víamos pelos retrovisores algum deles se aproximando com maior velocidade entre raios e trovões. E se perde o controle? e se não nos vissem? Foi tenso. E sob todas essas condições, a decisão geral foi parar no próximo posto de gasolina que aparecesse no caminho. Oque não poderíamos imaginar era que o posto que nos aguardava mais perecia um Posto Fantasma abandonado. Com o teto caindo aos pedaços e deixando a água da chuva despencar entre seus destroços, luz inexistente, algumas carcaças de carretas largadas pelo pátio. Cenário ideal para filmes de suspense. Passado mais ou menos meia hora, retomamos a rodovia já com chuva mais calma. A adrenalina vivida ali naquele momento ainda corria nas veias do motorista, pois ainda pela frente ele não via placas de sinalização, lombadas (o carro saltava kk), e chegamos a”nos perdemos” após pegarmos uma bifurcação que julgamos errada, mas na verdade era a certa. Perdemos um tempinho até achar um retorno. Era 22:45h quando deixamos o Léo perto da estação Butantã do Metrô. Eu assumi o volante, ainda pegamos outra entrada errada, e às 23:50h eu chegava na casa do Tony pra despachar a encrenca kkk. Às 00:20h eu abria o portão de casa pra poder chegar e dizer: estamos todos bem, graças a Deus. FIM. Nos dias seguintes... Além de conseguir depositar os valores ao nosso amigo paranaense (Tive que fazer valer a confiança), eu soube que companheiros de trilha sairiam de SP à Sengés no próximo final de semana (Carnaval). Fiz contato com os que me indicaram: Simone Tosti, Jesiane da Silva e Eduardo Yoshimori. Todos foram muito prestativos em querer me ajudar a devolver a tal chave do hotel. Mas havia os contra tempos. A Simone, além de morar longe de mim, estava na contramão. Era difícil me encontrar com ela. Era mais viável eu me encontrar com a Jesiane e entregar a chave a ela, mas não deu. Ela foi suuuper atenciosa, e mesmo não sendo ela que levaria a chave, providenciou outro contato pra que tudo fosse resolvido. Me passou o horário e o endereço onde eu encontraria o Eduardo. Sai de casa com um certo receio, era sexta feira 13, mesmo que seja superstição, com tanta histórica que essa viagem rendeu eu sai preocupado. Já pensou se eu perco essa chave? rsrs. Mas tudo correu bem! Entreguei a chave do quarto 29, que por coincidência, o mesmo reservado a ele. hehehe Conheci esse cara, que por ventura entrou na minha história, que foi super prestativo, e que pelo andar da carruagem, fará umas trilhas comigo em 2015. hehehe. Nos finalmentes, tudo deu certo. E essa história vai habitar nossas vidas por longos e longos tempos. Quando faltar detalhes, refrescaremos nossas memórias lendo esse épico e extenso relato. valeu!!
  4. Depois de vermos algumas fotos e relatos resolvemos conhecer a região de Sengés (PR) e Itararé (SP). Quase todas as atrações ficam em Sengés, razão pela qual fixamos base na cidade. Pousamos no Hotel Sengés, que fica na beira da estrada. O dono do Hotel, Seu Nildo, foi fundamental para nossa viagem, pois forneceu todas as explicações e mapinhas, feitos à mão, para conseguirmos visitar os picos. Não contratamos guias e não levamos GPS, conseguimos fazer todas as trilhas sozinhos, apesar de termos pego uma estrada errada no final da "Trilha das Sete Cachoeiras". Nosso roteiro de viagem foi o seguinte: Dia 00 - São Paulo (SP) - Sengés (PR); Dia 01 - Cachoeira Véu da Noiva (por cima e por baixo), Canion Jaguaricatu, Cachoeira Erva Doce, Cachoeira do Postinho e Cachoeira do Navio; Dia 02 - Poço do Encanto, Mirante do Corisco e Parque Ecológico da Barreira; Dia 03 - Trilha das 7 Cachoeiras; Dia 04 - Sengés - São Paulo. (iríamos explorar a região de Bom Sucesso de Itararé com o Canion Pirituba, Cachoeira da Invernada e arredores, mas desabou uma baita chuva e a previsão era de continuar o tempo feio no dia seguinte, optamos por abortar a missão e deixar para uma próxima oportunidade). No geral o lugar é muito bonito, não deve nada às Chapadas, apesar de ter uma dimensão reduzida. O carro é essencial para os deslocamentos. A trilha das 7 Cachoeiras é circular, mas dependendo do sentido fica difícil encontrar a continuação da trilha. O ideal é contratar um guia ou ir com alguém que já conheça. A trilha é batida, com GPS e informações confiáveis também dá para fazer. Ticado agradavelmente, voltarei com certeza levando parentes e amigos. DIA 01 Acordamos cedo, café da manhã, coletamos informações com Seu Nildo e partimos. Estava um baita sol e um pouco frio. Seguindo o mapinha paramos em alguns pontos para fotos e logo estacionamos para nossa primeira parada oficial: Cachoeira do Véu da Noiva por cima. A Cachoeira Véu da Noiva em Sengés é uma belíssima atração. Utilizando as informações e o mapa do Seu Nildo conseguimos localizar a entrada da cachoeira sem dificuldade. Começamos por cima, estacionamos o carro e fomos explorando uma trilha (bifurcada) e seguindo o barulho da água até encontrarmos o rio. Baita sol, dia lindo, muitas fotos. Fomos seguindo a água e logo encontramos a queda principal. Aqui muito cuidado!!! fomos pela margem direita e quase nos demos muito mal, pois não tem acesso à parte de baixo e é uma queda em negativo, muito perigoso. O caminho certo é atravessar o rio e vislumbrar o visual do outro lado. se liga no vídeo: Fotos Véu da Noiva: https://plus.google.com/u/0/photos/110654385513335187187/albums/6171851365816315665?sort=1 Relato blog: http://danteap.blogspot.com.br/2015/07/senges-cachoeira-veu-da-noiva.html Após visitarmos a parte de cima da cahu partimos em direção ao Canion Jaguaricatu. aqui nos perdemos um pouco em função das plantações de soja esconderem o caminho até o atrativo. Após o Canion voltamos para conhecer a parte de baixo da Cachoeira do Véu da Noiva e darmos um "thibun" nas águas geladas. Estacionamos na entrada da trilha. Tudo sinalizado, sem erro, aqui a trilha é uma estrada que logo alcança a cachu. Rolê exclusivo, estávamos sozinhos, tudo muito bonito, bastante volume d'água. Bateria da filmadora acabou bem na hora que ia mergulhar. Ficamos um tempinho curtindo a natureza por ali, ticado agradavelmente, voltarei com certeza. Na saída partimos em direção à Cachoeira da Erva Doce. A Cachu até que é bonita, assim como a estrada que nos leva até o início de sua trilha. São vários lagos/represas, numa paisagem bem agradável. Depois de estacionarmos o carro seguimos por uma trilha bem fácil, num terreno um pouco pantanoso. Flagramos uma galera cortando lenha/derrubando pequenas árvores. Casal simpático, a esposa do lenhador até nos ofereceu o sítio deles como hotel. Ticado agradavelmente, mas as outras cachoeiras são bem mais legais, sem pretensões de retorno. Fotos Cachoeira Erva Doce: https://plus.google.com/u/0/photos/110654385513335187187/albums/6040067604112830433?sort=1 Relato blog: http://danteap.blogspot.com.br/search/label/Seng%C3%A9s%20-%20Cachoeira%20Erva%20Doce
  5. “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” – Amyr Klink. Bem, esta viagem começou há uns dois ou três meses atrás, quando minha noiva viu uma reportagem na Globo sobre Itararé. Estávamos conversando sobre as opções para o carnaval: Tibagi-PR (que eu já tinha ido, mas ela não conhecia), Capitólio-MG (mais especificamente no Paraíso Perdido) ou Intervales - SP (dispensa apresentações). Ela sabendo da minha predileção por montanha e mato, comentou desta tal Itararé. No meu GPS mental tracei a rota em segundos, partindo de Marília e dei o veredicto: muito longe, deve dar uns 500 km e se passou na Globo, deve ser farofada, esquema para turista e super caro. Ou seja, não é pro nosso bico! Calculei 500 km, porque tracei a rota saindo de Marília, passando por Bauru, Botucatu, Castelo Branco, Itapetininga, Capão Bonito e Itararé. Porém como Marília é próximo a divisa com o PR, é possível margeando a divisa. Fiz a comparação em km pelo Google Maps e vimos que das alternativas, Itararé era junto com Tibagi, uma das mais próximas. Então, como Tibagi eu já conhecia, Itararé foi para ser mais bem avaliada no quesito recursos naturais. Minha fonte inicial de pesquisa para isto é o tio Google, onde eu li o relato no site manual de bolso (http://manualdebolso.wordpress.com/2010/01/15/viagem-aventura-itarare-sp/). E só! Vi alguns poucos contatos de agencia de turismo, site da prefeitura e mais nada. Aí apelei para o Mochileiros, onde para minha surpresa, não havia ainda nenhum relato e bem poucos tópicos e informações. Lendo o relato e as fotos no site manual de bolso, pensei: este lugar merece ser desbravado e relatado. Falei com a patroa e ela topou na hora. Entrei em contato com a Rastur, muito bem qualificada pelo manual de bolso e eles faziam o pacote dos 4 dias, com hotel, lanche de trilha, jantar, transporte e passeio por R$550,00/pessoa. Comparando com os R$390,00 cobrados em 2010 de um relato que li, achei meio inflacionado. Eles cobravam R$65,00 por pessoa por dia de passeio avulso, incluso o transporte até a trilha. Ou seja, minha noiva e eu iríamos gastar R$520,00 pelos 4 dias, sem contar refeição e hospedagem. Achei caro, iria gastar mais com guia do que hotel e refeição. Fui ver hotel para ficar, porém com a divulgação da Globo, todos os hotéis estavam ocupados ou com quartos presos (reservados) a agencias de turismo. Já estava considerando ficar no Hotel em Sengés ou pernoitar em motel, quando o Renato da Rastur sugeriu o Paraíso III. Liguei lá, dei uma olhada no site (antigamente se chamava Hotel Ravena), mostrei pra patroa e ela aprovou (por mim, eu acampava em Sengés e economizava o dinheiro do hotel). A diária? 60,00, mas acho que fora do carnaval chega a 50,00, que em minha opinião seria um valor justo. Mas 60,00 pela situação foi um bom negócio. A Mari, Vitor, Fernanda e Felipe ficaram no Paraíso I e pelo que eu vi da portaria, o hotel era melhor que o III, sendo 5 reais mais caro. Mais para frente descrevo o hotel. Estava considerando fazer as trilhas sem guia, na raça, quando me ocorreu de ligar no centro de informações turísticas (15 3532-4122) e me passaram o telefone de dois guias: Osmin (15 9713-7449) e José Camargo (15 3531-1412). Liguei para ambos e acabei fechando com o Osmin, que fez os 4 dias por R$120,00/pessoa, com bóia-cross incluso, sem lanche e sem transporte. O Osmin tem uma loja de bike (Itararé Adventure - http://www.itarareadventure.com.br), representa a Fuji e a Scott. Tem também uma agência de ecoturismo (Eco). Falaremos mal dele mais tarde. Bem, depositamos o sinal de 50% e partimos para o planejamento. Estamos planejando a lua de mel na Chapada Diamantina e queria levar a Etiane para umas trilhas mais próximas à realidade de lá. Nós caminhamos semanalmente no bosque de Marília, mais aqui o chão é de paralelepípedo, não tem buraco, barro, mosquito, cobra, abelha etc. Cutia, paca, lagarto, sagüi, gato tem que eu vejo direto. Também queria aproveitar para amaciar a bota (Forclaz 50 – Quechua/Decathlon) dela e estrear a minha mochila de ataque. No meu planejamento eu queria evitar os temidos buracos da pista Itaporanga – Riversul. ãã2::'> Embora esta rota pelo Google Maps fosse mais curta (277km), programei meu GPS para ir por Arapoti, Wenceslau Bráz, Jaguariaiva, Sengés. Deu cerca de 332 km. Tem uma rota mais curta, pegando a PR-151 de Wenceslau Bráz, mas eu não sabia como estava esta estrada e como na ida fomos a noite, preferi não arriscar. Na sexta de manhã, dei uma olhada na previsão e teríamos chuva de 2mm somente na terça à tarde. Nos demais dias, céu nublado alternando com sol. Saímos de Marília na sexta, 04/03/11 às 19:00 pegando a BR-153, sentido Ourinhos. Errei o acesso para Jacarezinho, enquanto mexia o GPS. Andei cerca de 500m, fiz o retorno e pé na tábua. Chegamos até Wenceslau Bráz sem problemas, porém não achava o acesso para PR-151. Aliás, a estrada PR-092 é muito mal sinalizada, além da pista ser vicinal e alguns trechos com buracos (mas nada comparado ao que iríamos encontrar no caminho para as trilhas do Vale do Itararé!). Chegou num ponto da pista, que meu GPS dizia que o ponto estava isolado e não havia rotas possíveis (ou seja, me deixou na mão! Não comprem GPS do Apontador, eles não disponibilizam atualização de mapas). Desolado em algum ponto da ilha de Lost, venci o instinto masculino de não pedir informação nunca e parei num posto de combustível. O segurança da loja de conveniência me apontou a entrada. Estávamos salvos, a 90 km do céu, na verdade do Paraíso... III. Chegamos no centro da cidade (av. São Pedro) por volta das 23:30, com adolescentes espalhados pelos quatro cantos, animados pelo espírito do carnaval. Atravessamos a cidade pela avenida bem devagar, observando o aspecto de cidadezinha do interior antiga, calçamento de paralelepípedo, algumas lojas antigas, praça com igreja etc. O Paraíso III (nosso lar doce lar, nesta viagem) fica no final da avenida São Pedro. Eu estava preocupado, pois não havia pago reserva e estava chegando quase meia noite. Mas deu tudo certo, chegamos, subimos, tomamos banho e cama, já que tínhamos comido um Subway vegetariano em Marília. SÁBADO (05/03) No dia seguinte, acordamos às 7:30 e fomos tomar café. Aqui acho que cabe a descrição do hotel. É um hotel simples, mas bem limpo. Na recepção, tem uma TV e sofá. O acesso aos quartos é por uma escadaria. O quarto, pequeno, com uma cama de casal e uma de solteiro. Uma TV de 14”, sem controle remoto, ventilador no teto, uma prateleira no canto para guardar coisas. Não havia armários embutidos, nem frigobar ou ar condicionado. O banheiro, com porta de correr sanfonada, que não fechava direito, chuveiro elétrico bom (bom volume de água e temperatura), espelho, sem box, fechado parcialmente com uma parede. O que eu prezo num quarto é um banheiro limpo e um chuveiro quente. Não precisa de TV, ar condicionado (mesmo porque a noite lá é bem fresca e nem precisamos ligar o ventilador) etc. Mas que um frigobar iria bem, iria, pois eu tenho hábito de tomar água gelada e para conservar frutas etc. Mas no geral, diria que é um quarto bom :'> , limpo, com sabonete e toalhas limpas. O que poderia melhorar são as janelas, que emperram na hora de abrir/fechar. Voltando ao café do hotel, diria que é um café espartano, sem luxo. Café, leite, suco de laranja natural com polpa, mamão, banana, pão frances, queijo, presunto, pão de forma caseiro, margarina, geléias, coxinha, esfiha, enroladinho, bolos etc. Não é um café ruim, nem o mais simples que já comi, é que às vezes ficamos mal acostumados em pousadas/hotéis. O café da manhã mais espartano que tomei, foi numa pousada em Tibagi, que consistia numa garrafa térmica de café, outra de leite e um saco de pão francês com margarina. E o mais nojento, foi num hotel em Floripa, que tinha suco de laranja em pó tipo Tang e várias baratas andando pelo refeitório. Mas no Paraíso III, o café é simples, mas bem feito e limpo. Uma coisa que me chamou a atenção é que o estacionamento do hotel é limitado a dois veículos e não tem interfone nos quartos! Porém como a cidade é pacata, não há problema em deixar o carro na rua. No geral, acho que voltaria ao hotel, embora acho que R$60,00 é caro pelo que oferece. Em Londrina, paga-se os mesmos 60 com estacionamento, TV a cabo, internet wi-fi, café da manhã campeão, frigobar, elevador e interfone. Tomamos o café da manhã reforçado, pois o almoço seria na trilha. Não nos animamos a levar nada do café para o lanche da trilha. Era o primeiro dia e minha mochila estava abarrotada de barras de cereais, suco em caixinha, achocolatado, goiabinha, maça, pêra etc. Saímos em direção a XV de novembro que é paralela a São Pedro. Já era quase 9:00, horário combinado para nos encontrarmos na agência. Chegamos lá e a Veruska estava mostrando as fotos do passeio no notebook para a Mariane e o Vitor, que nos acompanhariam pelos próximos dias. Cinco minutos depois chegaram o Felipe e a Fernanda da Móoca/SP que também se juntaram ao grupo. Os dois estavam interessados em fazer rapel, porém infelizmente o instrutor teria disponibilidade somente na terça a tarde e eles iriam na terça de manhã. Eu não queria arcar as despesas do rapel sozinho (R$260,00) e assim ficou para próxima vez. O Osmin chegou, apresentou a loja, conversamos rapidamente sobre bikes. Ele tem a Itararé Adventure que vende bikes da Fuji e Scott, tem uma equipe de MTB, que compete em alguns eventos, como a Maratona Ravelli em Itu. Ou seja, se vc gosta de trilhas em bike (como eu), ele é o guia. :'> Ele me disse que em Itararé dá pra fazer uma trilha por dia sem repetir num mês . Só não levei minha bike porque a Etiane não gosta de pedalar. A Eco é uma agência que começou há pouco tempo, porém conta com um pessoal muito correto e profissional, que gosta do que faz e conhece do negócio. A equipe é formada pelo Osmin, Veruska, Marcinho (Zóio), Seu Zé e Loraine. Eles trabalham com turmas de no máximo 15, 16 pessoas em veículos menores, para minimizar o impacto ambiental e dar um atendimento VIP . Uma coisa que me chamou a atenção é que eles tiram fotos e não cobram nada! Em Brotas, vai um fotográfo e no final eles cobram R$70,00 por um CD com as fotos. Aliás, lá em Brotas eles cobram por tudo. Brotas tem uma baita duma estrutura hoteleira, parques com mega-tiroleza, arborismo, rafting, mas tudo é muito caro. Saímos em dois carros, o meu gol com coração de jeep e o spacefox do Felipe/Fernanda. O Vitor e a Mari ficaram no gol comigo e a Etiane. No spacefox seguiram a Fernanda, Felipe e o Osmin guiando. Seguimos em direção a Sengés/PR. Aqui cabe uma explicação: praticamente todas as atrações estão em cidades vizinhas a Itararé, porém todos ficam Itararé, porque é a cidade com melhor estrutura turística. A propósito, no meu orçamento, o único item que estourou foi o combustível. Em Brotas os passeios são mais próximos, mais bem sinalizados e os acessos bem menos esburacados. Diria que é impossível alguém ir pela primeira vez para as trilhas, sem os guias (a não ser com os tracklogs da trilha no GPS. Não há indicações na pista do acesso para trilhas. Pode-se perguntar, mas acho que o trabalho não compensa. Além disso, há o aspecto social-econômico do turismo de auxiliar o desenvolvimento sustentável da região. Acredito que seja justo deixar uma contrapartida na comunidade local, o turismo tem que ser bom para os dois lados. Bem, seguindo para Sengés, entramos por um acesso na pista para uma trilha razoável de uns 30 minutos. Paramos próximo a uma ponte e dali seguimos a pé por uma trilha bem tranqüila de 30 minutos até a Cachoeira da Erva Doce. O Osmin falou que antigamente era Cachoeira da Erva só, mas para não pegar mal, juntaram o Doce e ficou mais turístico. É uma cachoeira larga, com pouca água, ideal para tomar um banho pela manhã. Eu tava na seca de tomar um banho de cachoeira e entrei correndo, não me importando muito com a temperatura amena. Gostei, voltaria lá e tomaria banho de novo, mesmo estando frio. :'> Cachoeira Erva Doce Voltamos para o carro e de lá fomos para a Cachoeira do Lajeado Grande, de 45 metros de altura. Cachoeira do Lajeado Grande Seguimos por uma trilha de carro um pouco esburacada e paramos em frente a uma mangueira de onde jorrava água. Caminhamos por alguns minutos e chegamos na base da cachoeira. Forma-se uma prainha, com uma lagoa não muito funda. Entramos e fomos até pé da cachoeira (Vitor, Osmin, Felipe e eu). A turma da Luluzinha ficou só olhando, o tempo e a água fria não davam muita coragem. De lá, subimos para o topo do Lajeado Grande, onde tomamos o lanche e contemplamos a queda bem de perto. Achei o lugar legal para acampar, tinha uns descampados em rocha plana, água perto e madeira. Só fiquei em dúvida quanto a potabilidade da água..... Cachoeira do Lajeado vista do alto Subimos mais um pouco de carro e cruzamos uma plantação de soja. Todos estes atrativos ficam dentro de propriedades particulares. Havia um cheiro forte de defensivo aplicado na soja. Fiquei pensando se este produto não é lavado pela chuva e corre pelos lençóis freáticos até o Lajeado. Inclinação para fazer isto tem. Andamos por uns 5km até o cânion do rio Jaguaricatu, muito bonito, com seus paredões de arenito de 100 metros de altura. Não tiramos fotos, pois esquecemos a máquina no carro. O Osmin comentou que aquela área era parte utilizada para reflorestamento de pinho pelas indústrias de celulose e papel e parte arrendada para cultivo de soja. Retornamos cedo pela estrada em direção a Itararé, chegamos lá por volta das 17:00. Estávamos mortos de fome (porque tínhamos comido só coisa doce no lanche da trilha) e fomos na padaria Pão Quente comer um queijo quente para tapear a fome. Tomamos um banho e saímos para jantar bem cedo, umas 19:30. Fomos ao Bochecha, que é ao lado do Paraíso III e faz um PF por míseros R$7,00. Isto mesmo, R$7,00! Frango ou bife acebolado, com arroz, feijão, farofa, salada, ovo frito e fritas. Bem servidos, um ser humano normal não consegue comer tudo sem passar mal. :'> Como eu não como carne, pedi um omelete com queijo, tomate e orégano no capricho, a patroa pediu um file de frango. Dali a pouco, quem chega? A galera da Itararé Adventure, Osmin, esposa e o Marcinho. Ficamos conversando sobre as trilhas do dia seguinte, onde o Marcinho seria o nosso guia. A conversa seguiu animada até a comida chegar, o pessoal comer e bater aquela tristeza. Só o Marcinho ainda tinha fome e foi pra casa jantar novamente. Nos despedimos e formos dormir cedo, pois o domingo prometia a tal trilha das cachoeiras. O Marcinho nos disse: Amanhã vou estar bem cedo lá na agência hein? Depois ele deu uma pensada e falou: Mas se eu chegar um pouco atrasado, vcs não vão tirar sarro né? DOMINGO (06/03) Acordamos não tão cedo, tomei banho, passei protetor solar, repelente de insetos e fui abastecer os cantis de água. Sabia que teria pela frente 5 cachoeiras e para evitar a chatice do tira bota para tomar banho, põe bota, optei por ir de papete. Tomei esta decisão também pela trilha do dia anterior, que achei leve para fazer com bota. Poderia até ter ido com a bota, já que ela é de goretex e desde que a água não entrasse pela meia não iria molhar meu pé. Mas fui de papete. Mal sabia que iria me arrepender.... Descemos para o desjejum e conhecemos dois casais de jipeiros de Bauru: o Portuga (desculpa, não sei o nome) e o Benetti. Conversamos longamente sobre os passeios, falamos de Brotas, Tibagi, Aiuruoca, Chapada Diamantina. Interessante, como a conversa rende quando encontramos pessoas de interesses comuns. Inicialmente fomos ao supermercado comprar cotonete, água mineral para o cantil e ração ou carne para um cachorro magrelo que vimos na trilha do dia anterior e pensamos que pudéssemos encontrar novamente. Achamos o supermercado mais caro que Marília e São Paulo. Ser mais caro que São Paulo é normal, mas Marília não achei tão normal. Acho que foi a única coisa cara na cidade: os supermercados. O combustível, R$2,49/l de gasolina e R$1,76/l de álcool é bem mais em conta que Marília. Depois fomos procurar uma padaria aberta para fazer um lanche para levar na trilha. E para nossa surpresa, várias padarias estavam fechadas. Observamos que o povo de Itararé gosta duma padaria, há várias no centro e parece que ficam abertas até bem tarde. E por isso talvez abrissem bem tarde no domingo? Finalmente achamos uma aberta, que estava cheia por monopolizar naquele domingo o acesso ao pão nosso de cada dia. Pedimos um pão francês com queijo e ovo frito para viagem, por módicos 2 ou 3 reais. Enquanto esperávamos, uma senhora veio conversar conosco, dona Dicléia. Ela não era dona da padaria, nem nada, só estava preocupada se estávamos sendo bem atendidos, que ela tinha notado que éramos de fora. Falou do cruzeiro que tinha feito, da filha que tinha amiga em Marília. Comentou que o melhor hotel na cidade era o Hotel Itararé. A propósito, o pessoal da cidade é muito receptivo, super simpático, o que falta de estrutura, eles compensam com gentileza e educação. Saímos apressados para a agencia encontrar o pessoal. Neste dia se juntaram o Robinho e Tiago de Limeira; a Irene e Arafat de Curitiba e mais um pessoal, não vou lembrar o nome de todos, devia ter umas 13 – 14 pessoas. E O Marcinho chegou uns 5 min atrasados e nós demos uma zoada básica . Ele é super gente boa, animado, corintiano e sofredor. Naquele dia, pela quantidade de pessoas, teríamos dois guias: o Marcinho e ..... o Seu Zé. Subimos nos carros e partimos em direção a Sengés. Cruzamos a divisa e logo após um posto em Sengés, entramos à esquerda. Para variar não havia nenhuma placa, indicação ou sinalização da atração turística. Sem guia ou o tracklog da trilha é complicado se localizar lá. Dirigimos por mais 50 minutos aproximadamente, cruzando porteira, pinheirais, fazendas. Paramos em frente a uma propriedade e vimos o Márcio descer. Pegamos as mochilas, tamanha a vontade de trilhar. Porém, não era hora ainda, o Márcio tinha ido avisar a Dona Augusta que iríamos tomar café a tarde com ela. Seguimos por mais um trecho, atravessamos rios (riachos) e chegamos no local. Iríamos fazer a Cachoeira do Postinho (Cabeceira), que era antigamente um posto para Tropeiros e fica na beira da pista, inicialmente. Porém como chegou um busão com 40 pessoas de outra agencia , o Marcinho optou por fazer a rota ao contrário e evitar a muvuca. Achei que foi uma boa decisão. Antes do início, fizemos as apresentações e aí que conhecemos o .......Seu Zé. O Felipe puxou um alongamento, para preparar o pessoal para a trilha. O .....Seu Zé é uma lenda, o guia mais experiente da região, uma espécie de Bear Grylls Itararense misturado com Crocodilo Dundee. Desbravou todo o Vale do Itararé, é a Land Rover entre os guias. Ele estava com caneleiras para proteger das cobras e portava um facão. É ágil como um gato, entra por atalhos que só ele conhece e de repente aparece na cabeceira duma cachoeira ou dentro de um poço. Brincadeiras a parte, ele é uma referencia entre os guias, foi presidente da associação de guias da região (AMAI) e nas trilhas menos conhecidas, ele é o GUIA . Não sei o que aconteceu, mas a verdade é que ele com seu magnetismo de poucas palavras conquistou a todos e se tornou uma lenda no resto do carnaval, apesar de ter nos acompanhado somente neste dia. Voltando a trilha, andamos por uma trilha fechada por entre os pinheiros até chegar ao Poço Fundo. Nosso guia Marcinho no Poço Fundo, segundos antes de lembrar do relógio Ele recebe este nome, devido aos poços que se formam na rocha. A frente destes poços, forma-se uma cachoeira. Seguimos por uma trilha lateral e chegamos a Cachoeira dos Bugres, onde o Seu Zé nos mostrou um acesso que podíamos ver da cabeceira da cachoeira. Eu e a Etiane no alto da cachoeira dos Bugres. De lá seguimos para o Lajeadão, onde cruzamos o rio e fizemos o lanche. É um lugar com uma enorme lagoa, onde o pessoal nadou a vontade. Eu não sei nadar e lá não dava pé em algumas partes, então fiquei quieto. Lá no Lajeadão, a Etiane pisou numa abelha descalça. Tiramos o ferrão, o Marcinho super prestativo tinha uma pomada para picada de inseto, passamos e deu uma aliviada. Vitor e Mariane na Cachoeira do Lajeadão. Cruzamos o rio de volta em direção a Cachoeira dos Veadinhos. Esta cachoeira é formada por uma laje quase que totalmente plana, formando uma piscina de águas cristalinas com 30 cm mais ou menos. As quedas de pouco mais de 1,80m, permitem um revigorante banho. Formam-se também escadarias, onde é possível fazer hidromassagem nas costas. Foi a cachoeira que eu mais gostei e acho que ela devia ter um nome menos preconceituoso. Galera se refrescando nos degraus da cachoeira dos Veadinhos. Continuamos nossa peregrinação pelas cachoeiras de Sengés rumo a Cachoeira do Postinho ou Cabeceira. E haja pulmão para a subida, passando num campo através de charcos. E minha papete parecia uma bota de tanto barro que tinha (exagerei um pouco) . Subimos, alguns mais rápidos, outros mais lentos, o Seu Zé na frente e o Marcinho acompanhando o último da trilha. Particularmente não achei a subida de matar, não tive dor na perna no outro dia, nem nada. E eu estava carregando na minha mochila, 2 toalhas, lanche, 2 cantis, protetor, repelente, papel higiênico, estojo de primeiros socorros... Cansa, mas se vc parar no meio da subida para tomar um ar por cinco minutos e tiver um ritmo de vida não muito sedentário, sobe fácil. Do contrário, sobe devagar contemplando a paisagem que também chega. O destaque para esta trilha são as flores, as borboletas (a Etiane ficou encantada, em Brotas, falaram de borboletas no Vôo do Tarzã, mas não tinha nem mariposa) e os pássaros. Cerrado no caminho entre a Cachoeira dos Veadinhos e Postinho. Neste cenário bucólico, vc sobe e nem percebe o cansaço. Aliás, só percebe, quando pisa no barro. Mas trilha é isso mesmo, se eu quisesse subir de escada rolante no meio da poluição eu ia no shopping. No topo do morro, esperamos uns 5 minutos para o grupo se reunir novamente. Quando o Marcinho chegou, o Seu Zé preocupado em ficarmos no escuro na trilha falou: - Faltam 20 minutos para a quinta hora. E saímos por outra trilha rumo a última cachoeira, do Postinho ou Cabeceira. Andamos por cerca de meia hora e começamos a ouvir o som dela. De repente, de longe a avistamos, como num cenário do Senhor dos Anéis. Cachoeira da Cabeceira no condado de Sengés. Descemos o morro em direção a cachoeira que formava uma prainha. Era final da tarde e ventava um pouco , alguns bravos imbuídos do espírito dos primeiros tropeiros entraram na água, entre eles, o Marcinho, que não podia ver uma poça d’água que já queria entrar , o Felipe, Fernanda, Tiago, Robinho e os demais que não me recordo o nome. Parecia que a água não estava tão fria, já era final da tarde e muita gente já devia ter feito xixi quente lá. Inclusive um pessoal que estava acampando na cabeceira da cachoeira. Devidamente banhados, com a alma limpa e os pés sujos de barros, enfrentamos a derradeira ribanceira do dia. Lá no topo, quem eu encontro? Os meus companheiros de hotel, os jipeiros de Bauru, que tinham sido guiados pelo Bochecha, dono do restaurante ao lado do hotel. Aliás, o Bochecha como guia, é um excelente cozinheiro. Andamos mais uns 2 km numa estrada plana de chão batido em direção aos nossos carros. Estávamos exaustos e famintos, caminhando como uma horda de zumbis à procura de cérebros humanos. Dirigimos até a propriedade da Dona Augusta, porém além do nosso grupo chegou mais dois grupos, um deles, o busão de 40 pessoas. O quintal da Dona Augusta foi então tomado pela nuvem de gafanhotos, como a praga do Egito, consumindo tudo o que estivesse na mesa. Devia ter fácil umas 70 pessoas esfomeadas depois de uma trilha. A comida nem chegava direito na mesa, era saqueada pelo caminho. Note-se de passagem, o esforço de todos os guias em ajudar a Dona Augusta a suprir, trazendo pães, queijo, bolinho de chuva da cozinha para fora. É que bateu o desespero no pessoal de faltar comida, aí juntaram os cachorros, gato, galinha....O ser humano com fome vira um bicho e eu me incluo nesta generalização. A favor dos seres humanos, o pão caseiro, o queijo caseiro, os doces de abóbora com coco, estavam uma delícia mesmo. Eu comi umas 5 fatias de pão, uma caneca de café (e nem gosto de café!), umas 4 fatias de queijo. No final o Marcinho coletou entre o pessoal um dinheiro para a Dona Augusta reparar o estrago causado pela nuvem de gafanhotos. Uma coisa que eu não reparei, mas que comentaram é que o Seu Zé não comeu nada durante toda a trilha e na Dona Augusta. O povo se digladiando por um pedaço de queijo e o Seu Zé lá quieto, todo zen. É ou não é o cara? Eu também não vi o Marcinho comer nada, o que quer dizer que ele comeu escondido. Brincadeira, ele foi um dos vários monitores que eu vi se desdobrando para saciar o apetite dos trilheiros. Satisfeitos por termos saqueado a dispensa da Dona Augusta, pegamos nossos possantes veículos de volta a Itararé. Chegamos acho que por volta de 19:00 e combinamos com a Mari e o Vitor de irmos bater um PF no Bochecha por volta das 20:00. Fiquei preocupado porque encontramos o Bochecha na Dona Augusta e não sabia se ele estaria de volta para a janta. Tomei banho e tirei terra suficiente do meu papete para fazer uma horta. A sola do meu pé estava vermelha e já estava me sentindo um verdadeiro paranaense. Meia hora depois saio do banho. Tinha um bronzeado no pé com as marcas do papete e nas costas, as marcas da regata. Minha noiva foi então se lavar. Quando a Etiane estava lavando a cabeça o disjuntor desarmou e a água ficou gelada. Falei para ela: Vc já tomou tanto banho frio hoje, toma mais um. Pensei que tivesse queimado a resistência, pois ela gosta da água fervendo. Porém, a fiação elétrica do hotel não estava dimensionada para a carga de todos chuveiros ligados juntos e desarmou. O pessoal dos outros quartos chamou a gerencia e o problema foi solucionado. Chegamos lá no Bochecha, logo depois do Vitor e da Mari. Um pouco depois apareceram o Felipe e a Fernanda. Eu não estava com fome de tanto que tinha comido na Dona Augusta. Mas o espírito do Marcinho baixou em mim e me deixei levar pelo pecado capital da gula. Eu e a Etiane rachamos um PF, a Mari e o Vitor, racharam outro PF e o Felipe e Fernanda, outro PF. Comemos bem, numa quantidade considerada aceitável para pessoas de metabolismo normal. Neste dia, o Felipe pediu filé, mas tinha acabado, fomos informados que o Marcinho tinha passado antes de nós lá . É verdade! O pessoal tomou uma cervejinha, eu e a Etiane rachamos uma Fanta. Demos muita risada neste dia lembrando da trilha e surgiram algumas teorias conspiratórias que o Seu Zé se alimentava das cobras pelo caminho e por isso, nunca o víamos comer, nem surgiu nenhuma cobra naquele matagal todo. Fui dormir umas 22:00, cansado, mas feliz. A trilha tinha superado minhas expectativas: subidas, descidas, mata fechada, “transposição” de rios, charcos, flores, pássaros, calor, frio, fome e cachoeiras. (“Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto”). Não estive ainda na Chapada Diamantina, mas acho que esta trilha não deve nada a ela. Com certeza é a mais completa e bela trilha que eu já fiz até o momento. SEGUNDA (07/03) Na segunda acordamos mais tarde ainda que o dia anterior. Tomei um banho, preparei as coisas e descemos para o desjejum. Na impossibilidade de passar na padaria para comprar o lanche da trilha, a Etiane sugeriu pegar uns pães e torta do café do hotel para o lanche da trilha. Nada exagerado, só para dar gosto de salgado e disfarçar o monte de guloseimas doces que tínhamos comprado. Chegamos atrasados, mas tinha mais gente atrasada ainda. Neste dia, estávamos em 16, acho. Iríamos fazer o bóia-cross no rio Verde pela manhã. A Eco é a operadora do bóia-cross no Vale do Itararé. Bóia-cross consiste em descer as corredeiras de um rio sentado em cima de uma câmara de pneu de caminhão, protegida por uma lona. Saímos de carro, em direção a Itapeva, numa propriedade particular. O trecho do rio onde fizemos o bóia-cross é relativamente raso, quando vc ia para as margens, ficava preso. Então o ideal é ficar no meio do rio, que é mais fundo e a corrente mais forte. Descemos as corredeiras, fizemos algumas brincadeiras como um trenzinho (minhocuçu) e o caracol. Foi bem legal, o mais engraçado são os caldos que a gente leva nas quedas. O Vítor levou vários caldos, tentando surfar em cima da bóia. Eu fui dropar uma queda mais alta, desequilibrei e fui para o fundo, salvo pelo colete salva vidas, pois não sei nadar. Na hora o Osmin falou, solta a bóia, eu soltei e ele me arrastou para a parte rasa do rio. Eu já fiz rafting no Tibagi, mas achei o bóia-cross bem mais legal, talvez porque eu levei caldo no rio Verde, mas não no Iapó. Recomendo o bóia-cross, :'> é seguro mesmo para quem não sabe nadar como eu. Recomendo que não saiam remando que nem desesperados atrás de suas noivas, porque depois, seus braços ficam ralados do atrito com a lona da bóia. O bóia durou umas duas horas. A água do rio era limpa e a temperatura estava boa para brincar. Um pouco mais de sol e estaria perfeito. Pessoal se divertindo no bóia-cross no rio Verde Voltamos, subindo o rio a pé com a bóia nas costas, que é a parte cansativa. Cortei a mão esquerda por burrice na alça do bóia e o dedo direito na trilha de volta. Nos braços escoriações do atrito com a lona. O Tiago sofreu uma escoriação feia no ombro no último caldo do bóia. A Etiane levou um pé na boca no minhocuçu. Pequenos acidentes que fazem parte da brincadeira, garanto que ninguém se arrependeu (exceto uma garota que levou um caldo, ficou embaixo da bóia e entrou em pânico). Eu sei como é isso, não sou muito chegado em água, fiz quase um ano de natação e não consegui aprender, porque sempre que acontecia um imprevisto eu entrava em pânico, em vez de acalmar e boiar. Mas desta vez, eu deixei o colete funcionar e ele funcionou legal. Na propriedade onde fizemos o bóia, o dono tem um bar, que vende bebidas e salgados. Ele permite acampar lá, desde que consuma as coisas do bar. Rachei um suco de maracujá e uma coxinha com a Etiane (ela comeu o frango e eu a massa). Suco de maracujá da fruta, fazia tempo que eu não tomava tão gostoso, concentrado e natural. Geralmente é um refresco, com bastante água e açúcar. O pessoal comentou que os salgados eram bem gostosos. O que eu achei ruim e não falei (e nem sei se devia falar agora por isso) é que o pessoal não podia comer os próprios lanches dentro da propriedade e tivemos que ficar esperando uma meia hora para ir embora. Mas também não sugeri de irmos para o próximo destino. Gastei neste lanche uns R$3,00 talvez. Uma pechincha, só não comi nada porque não tinha nada de queijo ou palmito, nem espetinho de carne de glúten. Saímos por volta de 13:00 para ver o Canion Pirituba e a cachoeira da Invernada. O acesso é por uma fazenda (acho que Santa Isabel), num trecho bem trash de buracos. Este cânion achei mais bonito que o Jaguaricatu. Eu meditando no Canion Pirituba. Neste dia apareceu ao longe um grupo que ia fazer rapel na Cachoeira da Invernada. Deu vontade de estar lá. Mas é proibido fazer rapel lá! A maioria, se não todas as atrações ficam em propriedades particulares e em caso de acidentes, os proprietários (muitas vezes, empresas de celulose ou fazendeiros) podem ser responsabilizados judicialmente. Etiane, eu e bem ao lado a Loraine. Ao fundo a Cachoeira da Invernada. Logo depois, veio um grupo de turistas e saímos para ver uma queda de água, totalmente dispensável no ribeirão dos Papagaios. Era meio apertado para nosso grupo comer lá e a Etiane ouviu alguns reclamarem de mosquitos. Eu estava de repelente, não senti nada. De lá fomos para Bom Sucesso de Itararé ver as pedras do Gorila, da Galinha e do Camelo. Dá para ver estas formações da pista e achei dispensável, exceto por subir na Pedra da Galinha, de onde tivemos uma bela visão. Na subida, a Loraine comentou que quanto mais puro o ar, mais vermelhos eram os liquens parasitando as árvores. Realmente lá no alto, eles eram de um vermelho sangue bem forte. Falei para o pessoal aproveitar o ar e respirar bastante. E o pessoal respirou mesmo, alguns estavam até ofegantes! Pudemos ver a Serra de Paranapiacaba e a Loraine comentou que é possível ver as luzes de Curitiba que fica a 300 km de lá! Infelizmente o céu estava nublado e não pudemos ver o por do sol. Lá de cima a Veruska recebeu uma ligação, o sinal é ótimo. É um ótimo cenário para fazer propaganda de operadora de celular. Vista da Pedra da Galinha Na volta, tinha muito caminhão com madeira (pinho) na estrada, fui ultrapassar um caminhão e um cachorro manco cruzou a pista. Fiquei prestando atenção no cachorro e vi a lombada já em cima. Eu sabia que quando vc freia o carro, o carro gruda no chão e o impacto é pior, então tirei o pé o acelerador, rezei e literalmente rampei a lombada. A Etiane falou que um tiozinho na beira da pista arregalou os olhos e ficou de boca aberta com a cena. Eu também arregalei meus olhos nos limites da minha origem nipônica e passei um medo considerável. Como dizia um amigo meu, gostaria de morrer dormindo tranqüilo como meu avô e não apavorado como os passageiros do ônibus que ele dirigia. O Vitor e a Mari estavam dormindo e nem se deram conta direito, não comentei nada com eles, para não deixar eles preocupados, mas a verdade é que se eu freio e o carro perde o controle, a coisa poderia ter sido feia. Chegamos em Itararé, são e salvos, graças a Deus. Neste dia fomos jantar na pizzaria 7. Pizza muito boa, devoramos uma média inteira. Ficou em R$17,00, somados uma taça de vinho para minha noiva e um suco para mim. Comer nesta cidade é muito barato! De lá, fomos tomar um sorvete na Bola de Neve, não achei o sorvete nada de mais e o preço era igual de Marília, gastei R$2,00 por duas bolas de sorvete. Daí fomos dormir, eu com algumas dores no ombro de tanto remar e leves escoriações nos braços, a Etiane com o pé coçando da picada da abelha. TERÇA (08/03) - DIA DA MULHER Acordamos bem cedo neste dia para ajeitar as malas. Paguei o hotel e combinei de passar por volta das 13:00 para pegar a bagagem. Tomamos o café da manhã, cientes de que a programação iria somente até 12:00. Neste dia fomos em dois carros, a Veruska, Vitor e Mari conosco e o Osmin noutro carro. E o meu gol não aguentou a trilha e furou um dos pneus traseiros na ida para o Poço Encantando. O Osmin trocou o pneu como em F-1, em menos de vinte minutos. Assumo aqui a responsabilidade pelo incidente por não ter calibrado os pneus antes de viajar. Não pareciam estar baixos, mas quando fui reparar o estepe na borracharia, pedi para calibrar todos os pneus e segundo o borracheiro, todos estavam baixos. Compreensível, considerando as trilhas que o corajoso golzinho percorreu. Portanto, calibrem seus pneus antes de irem para as trilhas! (“ Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”) Visitamos neste dia o Poço Encantado, com suas águas verde-azuladas, brotando do chão. A região em torno é muito sensível e quando vc faz barulho, ela borbulha com mais intensidade. Segundo o Osmin nos contou, é a nascente do rio Pelame e com o objetivo de proteger o frágil ecossistema, não é permitido banhar-se nele. Poço Encantado. Tiramos umas fotos e fomos ver a famosa figueira casamenteira. Reza a lenda antigamente lá vivia uma índia chamada Potira que amava um tropeiro. O cacique, pai da índia não aprovava o romance e matou o tropeiro. No lugar onde o corpo do tropeiro foi enterrado nasceu um a figueira. Tempos depois, a índia morreu de saudades do tropeiro, nascendo outra figueira ao lado. Como o amor dos dois era muito grande as duas árvores acabaram se juntando. Ainda segundo a lenda, os casais que passam por entre as figueiras têm seus laços matrimoniais renovados ou se ainda não forem casados, acabam se casando. Ou seja, evitem este passeio! Eu sendo arrastado pra baixo da figueira. Galera reunida sob a figueira do amor! Tiramos uma foto com todo mundo debaixo das figueiras e partimos para o último destino: o vale do Corisco. No caminho para o vale, enquanto atravessávamos uma das porteiras de carro, vi um filhote de cascavel cruzando a trilha. Parei e de dentro do carro mesmo tirei umas fotos. O Vitor e a Veruska desceram do carro para ver melhor a bichinha. No retorno para o carro, o pé no Vitor enroscou no mato, ele tomou um susto e deu um grito, pensando que tivessem outras cobras. Demos uma zoada básica com ele. A Mari ria tanto na descida para o mirante do vale do Corisco, zoando o Vitor que quase leva um tombo. Olha a cascavel! Pega a máquina! Pega a máquina! O vale do Corisco, com o rio Itararé cortando o cânion é o mais bonito dos que vi aqui na região. Tem um mirante de madeira, como os que têm no parque do Quartelá em Tibagi/Castro. Tiramos várias fotos, mas as melhores quem tirou foi a Veruska com a máquina profissional que ela tem. Esta é copyright da Veruska! Esta é o Vale do Corisco, copyright meu. Sentiu a diferença na qualidade? Nos reunimos no quiosque e em círculo, rezamos um Pai Nosso, agradecendo a Deus por nos conceder o privilégio de desfrutar das belezas naturais de Itararé, ao lado de bons amigos. Fizemos um minuto de silencio, aonde me veio a lembrança da rádio FM local (88,7) que nos acompanhou nestes dias, tocando um pop rock honesto, pensei nas belas paisagens da trilha das cachoeiras, na vista do alto da Pedra da Galinha, no caldo que eu levei no bóia, nas risadas que demos batendo um PF no Bochecha e lembrando das trilhas do dia. Como o Osmin disse, pode não ter feito um sol de rachar todos os dias, mas não choveu (enquanto em Marília choveu todos os dias!); ninguém se machucou seriamente e fizemos todos os passeios programados. Voltamos para a agência, onde nos despedimos do Osmin e da Veruska, combinando de voltar para fazer as trilhas de bike, rapel e conhecer a Caverna da Barreira. Seguimos os quatro para o restaurante Trilha do Caracol. A Mari ficou presa no banheiro de lá e precisou se arrastar por baixo da porta para sair. Achei um absurdo, a gerencia deveria ter dado um jeito ou arrombado a porta. A Etiane comentou que o outro banheiro estava bem sujo. O masculino estava normal. Não estava super limpo, mas para um banheiro masculino estava bom. A comida não me agradou (mas eu não sou parâmetro gastronômico), o suco estava bom. No geral eu não recomendaria o restaurante, os demais pelos inconvenientes também acho que não recomendariam . O restaurante é self service por kg, eu e a Etiane gastamos acho uns 15 ou 20 reais. Trocamos e-mails e telefones com o Vitor e a Mari, para quem sabe desbravarmos alguma trilha no futuro. Deixamos eles no Paraíso I e nos despedimos. Seguimos para o Paraíso III e pedimos orientação de uma borracharia. Como era feriado, as borracharias no centro estavam fechadas. Dirigimos em direção a um posto de combustível no “Estradão” a 2 km do hotel. O borracheiro me perguntou se estava vindo de Riversul, justificando sua fama de estrada destrói pneus. Ele deu uma olhada no pneu e disse que o furo era muito grande no estepe e tinha dado PT no pneu. O furo era bem grande, a pedra tinha cortado ele lateralmente. O cara da Borracharia me vendeu um pneu meia sola por 40 reais, para eu não viajar sem estepe. Pedi para calibrar os pneus, o estepe estava com 20 psi, sendo o ideal de 28 a 30 psi. Saímos de Itararé, rumo Sengés às 14:00. Muito trânsito de caminhão e carro nas duas pistas até Jacarezinho. Mas dirigir de dia é muito melhor que a noite. Chegamos em Ourinhos quase às 18:00 e fomos presenteados com um arco-íris. Paramos para um jantar cedo no Graal. Comemos por kg, mais uma água mineral e um doce para a Etiane. Gastamos R$37,00, quase o mesmo que gastamos nas três noites que comemos em Itararé. Pegamos uma garoa em Jacarezinho e em Ourinhos fomos recebido com um arco-íris. Para aqueles que gostam de números, segue a planilha de custo desta viagem: Hospedagem Hotel Paraíso III, 4 diárias, casal – R$240,00 Guia para 4 dias, não incluso transporte, nem alimentação, 2 pessoas – R$240,00 Pedágio – R$37,10 Refeição (4 refeições para casal) – R$51,00 Combustível (Marília – Itararé + trilhas) – R$170,00 Reparo estepe – R$40,00 Refeição Graal/Ourinhos – R$37,00 Total – R$815,00 Comentários: Quando voltarmos para Itararé, tentaremos hospedagem no Paraíso I, o custo benefício compensa. Recomendamos totalmente a Itararé Adventure. Não cogitamos a hipótese de andar lá, sem a companhia do Osmin, Veruska, Seu Zé e Marcinho. Pesquisem bem antes de contratar guias, os bons profissionais deixam seus clientes livres para escolher. Recomendamos totalmente o Bochecha e a Pizza 7, mas da próxima vez, gostaríamos de conhecer outros restaurantes. Mas passaremos para bater um PF no Bochecha com certeza. ::otemo:: A minha intenção com este relato é estimular outras pessoas a conhecer este paraíso do ecoturismo, que é o Vale do Itararé. Itararé não deve nada em belezas naturais a Brotas, pelo contrário até. Peço desculpas a quem possa ter ofendido neste relato, não pretendo ser dono da verdade. Este relato é baseado em minhas observações pessoais durante a viagem e tal como o autor, sujeito a equívocos e falhas. ::prestessao:: Abaixo coloco algumas informações para ajudar os interessados em planejar sua viagem ao Vale do Itararé. Boas mochiladas a todos! Qualquer dúvida mande uma mensagem, estou quase todo dia checando o tópico da Chapada Diamantina. ::sos:: Restaurantes Bom Apetite Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. Rui Barbosa,359 . Fone: (0XX15) 3532-4354. Serviços: Buffet, rotisseria, a la carte, marmita, marmitex e refeição por quilo. Horário de funcionamento: 11:00 as 15:00 Hs - Todos os dias. Capacidade: 80 a 100 pessoas. Bombonieri XV Café Natureza do estabelecimento: bombonieri e café. Endereço: R. XV de Novembro nº 123. Fone: (0XX15) 9779-3730. Serviços: Chocolates, charutaria, revistaria, café expresso e self service de sorvetes. Horário de funcionamento: 06:30 as 23:00 Hs - 2ª a 6ª feira; 7:00 as 02:00 Hs - sábados; 7:00 as 00:00 Hs - domingos. Capacidade: 24 pessoas. Buchecha Burguer Natureza do estabelecimento: lanchonete. Endereço: R. Eduardo Martins nº 486. Fone: (0XX15) 9782-2365. Serviços: Lanches em geral, prato feito e mini comercial. Horário de funcionamento: 08:00 as 00:00 Hs (2ª a 5ª feira) e das 08:00 as 02:00 Hs (6ª feira, sábado e domingo) Capacidade: 40 pessoas. Cabana Lanches Natureza do estabelecimento: Lanchonete e Restaurante Endereço: R. Coronel Crescêncio nº 278. Fone: (0XX15) 9125-0635 Serviços: Pizzas, lanches, filés a la carte, porções, aperitivos, marmitex, comercial, comidas típicas(com agendamento). Horário de funcionamento: 11:00 as 14:30 Hs e das 18:00 as 0:00 Hs (2ª a sábado). Domingo(com agendamento) Capacidade: 60 pessoas. Café Klocker Natureza do estabelecimento: café. Endereço: R. Rui Barbosa nº 230. Fone: (0XX15) 3532-4588. Serviços: Café, suco e salgados. Horário de funcionamento: 8:00 as 18:30 Hs (2ª feira a sábado). Capacidade: 21 pessoas. Choperia e Churrascaria Preto Natureza do estabelecimento: churrascaria, choperia e lanchonete. Endereço: R. XV de Novembro nº 69. Fone: (0XX15) 3532-4906. Serviços: Lanches, pizzas, porções, churrascaria, rodízio pizza e carne, la carte, choperia e disk-pizza. Horário de funcionamento: 09:00 as 00:00 Hs (2ª a 5ª feira), 09:00 as 02:00 Hs (6ª feira e sábado, com som ao vivo) e das 09:00 as 00:00 Hs (domingo). Capacidade: 120 pessoas. Cozinha Semi-Industrial Sonho Meu Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. Dom José Carlos Aguirre nº 839. Fone: (0XX15) 3532-5142. Serviços: Marmita e marmitex para empresas, comercial, mini-comercial, comida caseira e prato feito. Horário de funcionamento: A partir das 03:00 Hs (para empresas) e a partir das 11:00 Hs para o público em geral. Capacidade: 50 pessoas. Don Cremona Natureza do estabelecimento: cantina e pizzaria. Endereço: R. Lauro Sodré nº 316. Fone: (0XX15) 3532-3636. Serviços: Massas, pizzas e filés (também com serviços de disk-massas e disk-pizzas). Horário de funcionamento: 18:00 as 01:00 Hs (domingo a 5ª feira), 18:00 as 03:00 Hs (6ª feira, sábado e véspera de feriados). Capacidade: 78 pessoas. Guetti Burguer Natureza do estabelecimento: lanchonete. Endereço: R. São Pedro nº 2137. Fone: (0XX15) 3532-1594. Serviços: Lanches, pizzas, panquecas, sucos, porções e petiscos (também com serviços de disk-entregas). Horário de funcionamento: das 16:30 as 00:00 Hs (segunda a sexta); das 16:30 as 01:00 Hs (sábados) e das 16:30 as 00:00 Hs (domingo). Capacidade: 30 pessoas. Hushi Garden Natureza do estabelecimento: restaurante Endereço: R. Coronel Crescêncio, 282. Fone: (0XX15) 3531-2386 Serviços: Comida japonesa. Horário de funcionamento: almoço - 11:00 as 14:30 h todos os dias / jantar : das 19:00 as 23:00h (domingo a 5ª feira) e das 19:00 as 00:00 h (6ª feira e sábado) Capacidade: 14 pessoas La Pastina Restaurante e Cantina Natureza do estabelecimento: cantina, pizzaria e restaurante. Endereço: Praça Francisco Alves Negrão nº 254 - fundos. Fone: (0XX15) 3531-1857. Serviços: Marmita, marmitex, comercial, comida por quilo, la carte, pizzas, massas, disk-massas, pizzas e marmitex. Horário de funcionamento: 11:00 as 15:00 Hs (2ª a 5ª feira), 11:00 Hs as 15:00 Hs e 19:00 as 00:00 Hs (6ª feira, sábado e domingo). Capacidade: 50 pessoas. Manel´s Burguer Natureza do estabelecimento: lanchonete. Endereço: R. Prudente de Moraes nº 1131. Fone: (0XX15) 3532-4950. Serviços: Lanches em geral e sucos. Horário de funcionamento: 9:00 as 23:00 Hs (2ª feira a sábado). Capacidade: 30 pessoas. Palatto Pizza Grill Natureza do estabelecimento: pizzaria. Endereço: R. XV de Novembro nº 1051. Fone: (0XX15) 3532-1000. Serviços: Massas, pizzas, filés, porções e bebidas (também com serviços de disk-pizzas). Horário de funcionamento: 18:00 as 00:00 Hs - todos os dias. Capacidade: 72 pessoas. Preto's Choperia Natureza do estabelecimento: choperia e restaurante. Endereço: R. XV de Novembro nº 1865. Fone: (0XX15) 3532-2981. Serviços: Self service, lanches, chopp e assados (nos finais de semana). Horário de funcionamento: 09:00 as 00:00 Hs - 3ª feira a sábado; 09: 00 as 14:00 Hs. domingo Capacidade: 70 pessoas. Trilha do Caracol Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. XV de Novembro nº 500. Fone: (0XX15) 3531-3338. Serviços: Comida por quilo. Horário de funcionamento 11:00 as 14:30 Hs (todos os dias). Capacidade: 65 pessoas. Renascer Restaurante Natureza do estabelecimento: restaurante e lanchonete. Endereço: R. São Pedro nº 2730. Fone: (0XX15) 3532-3880. Serviços: Marmita, marmitex, comercial, prato feito, lanches, sucos. Horário de funcionamento 08:00 as 00:00 Hs (todos os dias) Capacidade: 35 pessoas. Restaurante Comida Caseira Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. São Pedro nº 1729. Fone: (0XX15) 3532-2145. Serviços: Mini-comercial, sortido e marmitex. Horário de funcionamento 10:30 as 14:00 Hs (2ª feira a sábado). Capacidade: 30 pessoas. Restaurante Feijão no Prato Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. 1º de maio nº 724. Serviços: marmitex e prato feito. Horário de funcionamento 11:00 as 14:00 Hs - todos os dias. Capacidade: 22 pessoas. Restaurante Toca do Leão Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. Primeiro de Maio nº 694. Fone: (0XX15) 3532-2885. Serviços: Mini-comercial, comercial, marmita, marmitex e prato feito. Horário de funcionamento 8:00 às 21:00 Hs. Capacidade: 60 pessoas. Disk Saboris Natureza do estabelecimento: rotisserie, confeitaria, pizzaria e lanchonete. Endereço: R. São Pedro nº 1380. Fone: (0XX15) 3532-1656. Serviços: Lanches, pizzas, salgados, doces, bolos e sucos(serviço de Disk-Entrega) Horário de funcionamento: 08:00 as 24:00 Hs. Capacidade: 20 pessoas. Sérgios's Restaurante Natureza do estabelecimento: restaurante e lanchonete. Endereço: R. Major Queiroz nº 490. Fone: (0XX15) 3532-5275. Serviços: Comercial, marmita, marmitex, prato feito, lanches, sucos e bebidas. Horário de funcionamento 08:00 as 00:00 Hs (todos os dias). Capacidade: 25 pessoas. Hamburgueria Café Natureza do estabelecimento: Lanchonete, restaurante e café. Endereço: R. Lauro Sodré, 252. Fone: (0XX15) 3532-4424. Serviços: Lanches, porções, foundue, combinados, caldos, cafés, bebidas e drinks(happy hour). Horário de funcionamento: 15:00 as 24:00 Hs (domingo a 5a feira) e 15:00 hs às 03:00 hs da manhã(sexta e sábado). Capacidade: 120 pessoas. Churrascaria e Lanchonete Estradão Natureza do estabelecimento: restaurante,churrascaria e lanchonete. Endereço: Rodovia SP 258, Km 340. Fone: (0XX15) 3532-2868. Serviços: Self service, rodízio, marmita, marmitex e lanches. Horário de funcionamento: 24 Hs (todos os dias). Capacidade: 120 pessoas. Pizza 7 Natureza do estabelecimento: Pizzaria. Endereço: R. São Pedro nº 998. Fone: (0XX15) 3531-2457. Serviços: Pizzas, calzones, sucos e bebidas(serviço de Disk-Entrega e rodízio de pizza de terça a quinta-feira). Horário de funcionamento: 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a domingo) e 18:00 às 02:00 hs da manhã(sexta e sábado). Capacidade: 40 pessoas. Pizzaria Hot Natureza do estabelecimento: Pizzaria. Endereço: R. XV de Novembro nº 514. Fone: (0XX15) 3531-2000 / 3532-1598. Serviços: Pizzas, calzones, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a domingo) e 18:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Escarolla Restaurante e Choperia Natureza do estabelecimento: Restaurante e Choperia. Endereço: R. São Pedro nº 2081. Fone: (0XX15) 3531-1037. Serviços: Self-service, espetinhos, porções, marmitex, chopp, sucos e bebidas. Música ao Vivo (sexta e sábado). Horário de Funcionamento: 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a domingo) e 18:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Aroma Restaurante Natureza do estabelecimento: Restaurante. Endereço: R. Eduardo Martins nº 245. Fone: (0XX15) 3531-1018. Serviços: Peixes e Frutos do Mar, filés, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 11:00 às 15:00 Hs todos os dias, 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a 5ª feira) e 18:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Restaurante e Lanchonete Risoni Natureza do estabelecimento: Restaurante e Lanchonete. Endereço: R. 13 de Maio nº 473. Fone: (0XX15) 3532-5750. Serviços: Self-service, marmitex, lanches, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 11:00 às 24:00 Hs (3ª feira a 5ª feira) e 11:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Restaurante e Lanchonete Ita Grill Natureza do estabelecimento: Restaurante e Lanchonete. Endereço: Rodovia Aparício Biglia Filho (Itararé-Riversul) Km 02. Serviços: Self-service, lanches, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 11:00 às 15:00 Hs e das 17:00 às 23:00 Hs. Padarias Mais Que Pão - Padaria e Conveniência R. São Pedro nº 497. Fone: (0XX15) 3532-1229. Horário de funcionamento: 06:30 às 22:00 Hs - 2ª feira a sábado, 08:00 as 12:00 Hs/ 16:00 as 20:00 Hs - domingos e feriados. Padaria Pão de Ouro R. XV de Novembro nº 359. Fone: (0XX15) 3532-1670. Horário de funcionamento: 06:00 as 22:00 Hs - 2ª feira a sábado. Panificadora XV de Novembro R. XV de Novembro nº 1838. Fone: (0XX15) 3532-6106. Horário de funcionamento: 06:00 as 23:00 Hs - todos os dias. Padaria Pão Quente R. XV de Novembro nº 514. Fone: (0XX15) 3532-1598. Horário de funcionamento: 06:00 as 00:00 Hs - 2ª feira a sábado; 15:30 as 23:30 Hs - domingo. Padaria Pão Nosso R. São Pedro nº 1640. Fone: (0XX15) 3532-1529. Horário de funcionamento: 06:00 as 22:00 Hs - 2ª feira a sábado. Padaria São José R. Major Salvador Rufino nº 510. Fone: (0XX15) 3531-3025. Horário de funcionamento: 06:00 as 23:00 Hs - todos os dias. Padaria e Lanchonete Unipão R: São Pedro nº 2247. Fone: (0XX15) 3532-0205. Horário de atendimento: 2ª feira a sábado - 5:30 as 22:00 Hs. Domingo: 06:00 as 22:00 Hs. Padaria São José II R: São Pedro nº 2222 - centro. Fone: (0XX15) 3532-4201. Horário de atendimento: todos os dias das 05:00 as 22:00 Hs. Padaria Papai Cogo R: XV de Novembro nº 780. Fone: (0XX15) 3532-5543. Horário de atendimento: 06:00 as 23:00 hs, 2ª feira a sábado; 06:00 as 12:00/14:00 as 20:00 hs, domingo. Telefones úteis Monitor Ambiental: (15) 3531-1412 Santa Casa (15) 3532-4200 Ambulatório Amaral Carvalho Unidade Itararé (15)3531-3383 Sub-Sede Centrinho de Bauru Funcraf (15)3531-3217 Prefeitura Municipal (15)3532-8000 Policia Militar (15)3532-4155 Guarda Municipal 153 Delegacia de Policia (15)3532-4245 Policia Rodoviaria (15)3532-4704 Ponto de Táxi Rodoviaria 24 h (15)3532-4526 Informações Turísticas (15)3532-4122 Corpo de Bombeiros 193 Cachoeira da Cabeceira Localidade: Sengés – PR ( Vale do Itararé). Atrativo Principal : Cachoeira da Cabeceira Outros atrativos : Corredeira do Poço fundo, Cachoeira do Bugres, Cachoeira do Lajeadão. Cachoeira do Pinheirinho, Cachoeira dos Veadinhos. Acesso : Asfalto (12 km.) e trecho de terra (21 Km) em razoável estado de conservação. Interesse : Lazer, observação da fauna e flora, fotografia e esportes radicais, como boiacross e canyoning, cascading. Excelente caminhada em dias quentes, com paradas nos locais acima citados. Tempo de passeio: 07 horas aproximadamente. 14 km. De caminhada Cachoeira do Corisco Localidade: Sengés – PR ( Vale do Itararé) Atrativo Principal: A própria cachoeira do Corisco, com seus 106 metros de queda. Interesse: Ideal para fotografias, pois a visão do mirante é deslumbrante e inesquecível. Acesso: 5 km de asfalto, mais 20 km em estrada de terra em bom estado de conservação, mais uma caminhada de 500 metros até o mirante Cachoeira do Invernada Localidade: Estância Vale do Paraíso / Itararé-SP Atrativo Principal: Cachoeira do Invernada e as corredeiras do ribeirão do Papagaio, chamadas de “As Sete Quedas”. Outros Atrativos: A fazenda localiza-se em um “canyon”, cercada por paredões areníticos de 50 a 60 metros. Interesse: Lazer, estudo do meio, observação da fauna. Um dos mais belos locais para sessões de fotos. Outro local interessante para implantação do Turismo Rural. Acesso: Asfalto- 30 km Cachoeira do Lajeado Grande localização : Sengés – PR ( Vale do Itararé) Atrativo Principal : A própria cachoeira com seus 42 metros de queda e cortina d’ água com 30 metros, aproximadamente. Outros atrativos : Trilha até o topo da cachoeira (05 km. De trilha), conhecendo outras quedas, e ao final da trilha deparamos com o canyon do Rio Jaguaricatu, com seus paredões de 50 / 80 metros de altura. Interesse : Lazer, observação de fauna e flora, fotografia e esportes radicais, como boiacross, cascading e canyoning. Acesso : Asfalto 05 km. E trecho de terra (18 km.) em bom estado de conservação Caverna do Pinhalzinho Localização : Vale do Itararé Cidade de Pedra Localização: Estação Experimental de Itararé / Trilha do Caracol Itararé – SP Atrativo Principal: Trilha do Caracol, Serra de Bom Sucesso e a Gruta Santana. Outros Atrativos: Trilha do “Viveiro” – para Educação Ambiental, e o viveiro de pinnus. Interesse: Caminhadas de média intensidade, fotografia e projeto de educação ambiental em andamento. Área pertencente á Secretaria estadual de Meio Ambiente, administrada pelo Instituto Florestal. Possibilidades de esportes radicais como escaladas, rapel e bicicross. Acesso: Estrada Intermunicipal ITR 001, sem asfalto, mas em razoável estado de trafegabilidade – 30 km Pedra da Galinha e do Camelo Localidade: Bom Sucesso de Itararé – SP Interesse: Caminhadas de média intensidade, fotografia. Possibilidades de esportes radicais como escaladas, rapel e bicicross. Acesso: Estrada Intermunicipal ITR 001, sem asfalto, mas em razoável estado de trafegabilidade – 35 km Poço Azul Localidade: Vale do Itararé Poço do Encanto Localização : Vale do Itararé – Trilha da Lumber (“Off-Road”) Rio da Vaca localização : Itararé-SP na divisa com os municípios de Itaberá e Itapeva – SP Atrativo Principal : Piscinas naturais, corredeiras e cascatas, que se formam ao longo do Rio Verde e seu afluente Ribeirão das Vacas, devida ao leite lagueado que possuem. outros Atrativos : Banhos refrescantes e momentos de lazer a beira de rios que ainda não sofrem problemas com poluição. Infra-Estrutura : Estruturas rústicas de pequenos comerciantes oferecendo lanches, refeições, pesque-pague, área para campings (não homologadas pelo município) Rio Verde Localidade: Itararé-SP na divisa com os municípios de Itaberá e Itapeva – SP Atrativo Principal: Piscinas naturais, corredeiras e cascatas, que se formam ao longo do Rio Verde e seu afluente Ribeirão das Vaca, devido ao leito lageado que possuem. Interesse: Banhos refrescantes e momentos de lazer a beira de rios que ainda não sofrem problemas com poluição. infra-Estrutura: Estruturas rústicas de pequenos comerciantes oferecendo lanches, refeições, pesque-pague, a área para campings (não homologados pelo município) Trilha da Ripasa Localização : Itararé – SP Atrativo Principal : Trilha Interpretativa da natureza Infra- Estrutura : A empresa mantém a Casa de Visitantes no local, com profissionais que responsabilizam-se pela recepção de visitantes, com sistema de rádio e escritório no centro urbano de Itararé . Interesse : Embora com perfil para desenvolver atividades de Educação Ambiental pode-se obter autorização para visitas monitoradas. Excelente estrutura para estudos de meio, turismo convencional, ecoturismo e fotografia . Acesso : Asfalto – 02 km. E trecho de terra (10 km.) em permanente estado de conservação Trilha da Lumber – Off-Road Localização: Vale do Itararé Canyon do Jaguaricatu Localidade: Sengés – PR ( Vale do Itararé) Atrativo Principal: A própria cachoeira com seus 42 metros de queda e cortina d’ água com 30 metros, aproximadamente. Outros atrativos: Trilha até o topo da cachoeira (05 km. De trilha), conhecendo outras quedas, e ao final da trilha deparamos com o canyon do Rio Jaguaricatu, com seus paredões de 50 / 80 metros de altura. Interesse: Lazer, observação de fauna e flora, fotografia e esportes radicais, como boiacross, cascading e canyoning. Acesso: Asfalto 05 km. E trecho de terra (18 km.) em bom estado de conservação Fonte: José Camargo (A.M.A.I - Associação dos Monitores Ambientais de Itararé) Fone:(0XX15)3531-1412 Posto de Informações Turísticas Endereço: Praça Francisco Alves Negrão Fone: (0XX15) 3531-4329 SECET – Secretaria de Educação, Cultura , Esporte e Turismo Endereço: R. São Pedro nº 1654. Fone: (0XX15) 3532-4122 Sites: http://www.valedoitarare.com/ http://www.itarareadventure.com.br/ http://manualdebolso.wordpress.com/2010/01/15/viagem-aventura-itarare-sp/ http://www.valedoitarare.com.br/ http://www.rasturitarare.com.br/
  6. Olá, meu queridos amigos, voltei pra fazer mais um relatinho de uma das melhores viagens que fiz nos últimos tempos. Finalmente, consegui ir conhecer a cidade de Sengés, que me encantou quando vi os relatos, aqui no Mochileiros, do Déo Batista e do Rafael Gonçalves. Essa viagem estava sendo programada desde o meio do ano, mas sempre que tentava marcar uma data específica, algo dava errado e não conseguia viajar. AS última tentativa havia sido no feriadão de 9 de julho ,aqui em São Paulo, mas tive que trabalhar e, mais uma vez, tive minha expectativa furada. Minha e dos amigos que comigo iriam, incitados pelas fotos que lhes apresentava. Vou relatar em tópicos essa viagem. 1. Será que agora vai?? Como eu trabalho em escala de plantões de fim-de-semana a cada 15 dias, tive que verificar com antecedência em qual final de semana eu estaria de folga. Procurei fazer isso desde quando furou a tentativa em julho. Assim, marquei a data com bastante antecedência e entrei em contato com o Nildo do Hotel Sengés, muitíssimo recomendado pela galera que já esteve por lá. Abri um evento no facebook e convidei um grande número de amigos pra ir conhecer o local. Chegamos a ter mais de 20 pessoas confirmadas no evento, mas alguns tiveram que "abortar a missão" e acabaram por não confirmarem a participação. Mesmo assim, fomos pra lá num grupo de 15 pessoas. Ufa, dessa vez saiu tudo certo!!! Bora pra Sengés!!! 2. A Viagem Como quase sempre fazemos, a galerinha foi de carro e disponibilizou as vagas pra carona dos demais. Caronas acertadas, bora todo mundo. Infelizmente, São Paulo tem o pior trânsito do país e na sexta-feira isso se multiplica de maneira ainda maior. Levei mais de 2 horas de minha casa na zona leste até a zona oeste, onde havia marcado o ponto de encontro com 3 dos meus caronas. Tínhamos marcado às 19 e acabei chegando às 20. Fomos tomar um lanche rápido e saímos. Optamos em seguir pela Raposo Tavares, pois o ponto de encontro que marcamos era numa rua que sai diretamente na rodovia. Pra variar, muito trânsito até passar a cidade de Cotia e a Granja Viana. Seguindo pela Raposo, você passa por Cotia, Mairinque, São Roque, passa por fora de Sorocaba e entra sentido Itapetininga, passando ainda por Capão Bonito, Taquarivaí, Itapeva, Itararé e, finalmente, Sengés. Estradas em muito boas condições. Daqui até lá, passei por 5 pedágios, gastando cerca de R$ 70,00 no geral ida e volta. Chegamos em Sengés à 1 da manhã de sábado. A recepcionista do hotel estava à nossa espera. A Ana Paula, Gustavo, Simone, Flávia e Letícia já haviam chegado. Faltava ainda o carro do Moraes, trazendo o Francisco, Bruna, Rosi e Andrés. 3. Homenageando uma ausência Uma das pessoas que iria conosco nessa viagem não pôde ir por haver sofrido um seríssimo acidente de paraglider no final de semana anterior, na cidade de Socorro. Ela está hospitalizada até hoje, teve vários machucados. Diante dessa situação, nós decidimos confeccionar uma faixa com os seguintes dizeres: FERNANDA A GALERA DO NAÇÃO TRILHEIRA TÁ TE ESPERANDO!!!!! Foi uma forma de incentivá-la a sair logo do hospital e retomar os passeios com o grupo. 4. Conhecendo Cachoeiras e a Gruta em Itararé Após o café da manhã, saímos pra conhecer algumas das cachoeiras que há na região. A primeira pela qual passamos é a cachoeira do Navio, que tem esse nome por causa de uma formação rochosa que lembra o formato de um navio. É formada por várias quedas, através de uma escada natural de pedras. Muito bonita!!! De lá, partimos pra conhecer a principal atração, a Cachoeira do Véu da Noiva. Simplesmente linda!!!! A cachoeira é bastante alta, e estava com meia vazão devido à época do ano, de menor intensidade de chuvas, mas mesmo assim é espetacular. Onde há a arrebentação forma-se uma grande piscina natural em que é possível nadar, tomar banho e brincar à vontade. Dá pra chegar com facilidade à lateral da cachoeira e tomar banho na água que cai com menor intensidade, numa escadinha de pedras...sensacional!!!! Ficamos por lá umas duas horas, tiramos inúmeras fotos e fomos pra terceira cachoeira do dia, a da Erva-Doce. Essa cachoeira é menor que a do Véu da Noiva, mas tem uma beleza muito particular, pois ela tem uma espécie de "marquise" com uns 4 metros de altura do solo, formando um grande chuveirão e com uma área que dá pra montar até um pequeno camping. É um local de uma paz e serenidade formidáveis. Ali também há uma pequena "praia" de água na altura dos tornozelos, ótima pra crianças brincarem. A última visita do dia foi na Gruta da Santa (acho que é esse o nome), em Itararé. É um local preservado pela polícia florestal / ambiental, onde há uma gruta alguns metros abaixo do solo e por onde passa um rio, lembrando, de certa maneira a Caverna do Diabo, em Eldorado. Infelizmente, uma das coisas que mais me chocou foi a imensa quantidade de lixo que as pessoas jogam dentro da gruta. Uma lástima vergonhosa. O local é muito bonito e agradável, ótimo pra fazer um piquenique. 5. Jantando na Pizzaria. A atividade do final de noite foi a turma ir comer na Pizzaria da cidade, o restaurante Pancho. Chegamos lá por volta de umas 19:30 e optamos pelo sistema rodízio de pizza. As pizzas não são ruins, mas o local mostrou não ter muitas condições pra atender rapidamente grandes grupos. Sem problemas. Nenhum motivo pra stress. O ambiente conta com sistema de Karaokê, o que fez a alegria de alguns membros do grupo, cantando, brincando, dançando, tirando onda com os demais. E ainda tivemos a surpresa do bolo de aniversário da Rosi, que ocorrera dois dias antes, assim como o brinde que o Nildo, dono do hotel e sua esposa LUciana nos ofertaram: um delicioso pão-de-mel com recheio de doce-de-leite!!!! 6. Cachoeira do Corisco, lascando um Cárter e Rio Funil. No domingo, tínhamos dois pontos pra conhecer, com um terceiro opcional : Cachoeira do Corisco, Poço do Encanto e as quedas d'água do Rio Funil. Estivemos na cachoeira do Corisco pela manhã. É uma cachoeira de quase 100 metros de altura, dentro dos cânions da região, que a gente vê através de um mirante dentro de uma propriedade particular. Simplesmente linda. Imponente e majestosa. De lá, tentamos ir para o Poço dos Encantos. Mas a estradinha estava em condições muito ruins, com grandes pedras pelo caminho. Como a frente do meu carro é mais baixa, várias e várias vezes houve batidas do protetor de cárter contra essas pedras. Confesso que fiquei com muito receio de estourar essa parte do carro. Conversando com os demais ,todos concordamos que seria melhor voltarmos e deixar essa atração pro nosso retorno. Sim, nós retornaremos, porque não conseguimos ver nem a metade das atrações que a cidade dispõe!!!! De lá voltamos para o Rio Funil, onde há algumas quedas d'água de pequeno porte e onde ficamos até a nossa saída, por volta das 14:30. Gente, Sengés é uma cidade pequena, mas que tem atrações turísticas imensas, gigantescas e de rara beleza. Vale a pena conhecer sim!!! SEgue abaixo em anexo as fotos da viagem publicadas no facebook. Abraço, pessoal!!!! https://www.facebook.com/guilherme.tosetto/media_set?set=a.661180760561103.1073741836.100000075553972&type=3 https://www.facebook.com/guilherme.tosetto/media_set?set=a.661218633890649.1073741837.100000075553972&type=3
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