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  1. Quando tomei conhecimento da existência da cidade de Sengés, considerada a cidade das cachoeiras, meu espírito aventureiro já ficou todo alvoroçado, ansioso pra que chegasse logo minhas férias trabalhistas. Pesquisei bastante sobre os pontos atrativos que me interessavam, estudei mapas, toda a logística, li relatos na Web, colhi infos com pessoas que já estiveram por lá. Já decido sobre o que fazer, onde me hospedar e quantos dias ficar, soltei a ideia entre vários grupos de amigos na rede, mas eu estava determinado a ir sozinho caso alguém não se interessasse, o único fardo pra mim seriam os custos da viagem sem ter com quem dividir caso não conseguisse companhia (Consegui). Aquele que jurava de pés juntos ir comigo, na reta final, faltando uns cinco dias pra partimos não respondeu mais minhas mensagens, chamadas inbox, post's, mas deveria ter seus motivos pessoais. Enfim, fiquei no vácuo. Mas quando o universo conspira, não devemos nos preocupar, pois não era pra eu ir sozinho nessa. Um brother meu (Léo Almeida) companheiro de várias e boas aventuras in jungle, se propôs a passar o fim de semana comigo e votar de ônibus rodoviário no domingo a noite indo direto pro trampo na segunda-feira de manhã, pois eu ainda ficaria uns dias por lá. Ele ainda conseguiu mais uma companhia (Roseli Virginio), que também já trilhamos juntos. Partimos do centro de São Paulo numa sexta- feira, 07/02/2014 depois do expediente do Léo. Foram quase seis horas dirigindo pela Rod Raposo Tavares, "estava uma uma uva" dirigir ali, sem trânsito e com o asfalto novinho em folha. Chegamos no Sengés Hotel beirando a meia noite. Nos instalamos e fomos dormir tarde, mas com toda a empolgação pra acordar cedo, tomar um bom café da manhã que inclui a diária e sair depois de um bom papo com o Eunildo, brincalhão, tirador de barato nato. Conhece a região como ninguém. Chegamos com algumas intenções, mas sem um roteiro certo a seguir, o legal foi ter decidido na hora os lugares que visitaríamos, pois tínhamos uma vantagem, o Léo esteve por lá no ano anterior, então já estava mais familiarizado com as direções que teríamos que tomar. Na rodovia sentido SP, no km1 entramos a estrada de terra que era só pedras (pedra pra caralho) e poeira. Quando eu conseguia acelerar um pouco, parecia que tava rolando um tiroteio debaixo do carro, dava até medo. Eu tavam vendo a hora de furar o Carter. E quando a gente passava por alguma carreta com aqueles troncos de árvore gigante? Noooooosssa, a cortina de poeira cobria toda a visão, sem me deixar ver se eu estava muito próximo da carreta ou se vinha outa na direção contrária, foi a mesma coisa que dirigir de olhos fechados. Mó perigo. Foram 18 km entre o Hotel e o ponto de parada pra chegar até a Cachoeira do Corisco, mesmo sabendo que a distância entre o mirante e a queda d'água era grande, eu e o Léo já íamos com o peito aberto ao desafio de chegar a sua base (e a Rose concordando rs), onde se ouve o trovejar das águas quando caem. Pausa para fotos no mirante, e logo depois a gente já estava vasculhando ao redor procurando por alguma trilha. Quando achamos, sem pensar duas vezes descemos a danada toda fechada e fácil pra se confundir, um facão ali seria muito útil. Meia hora varando mato, achamos algumas rochas, entre elas a Pedra furada que também serviu de mirante, e fuçando mais um pouco encontramos um cenário de tirar o folego. Era o Canion do vale do Corisco imponente e digno de respeitáveis reverências, com os paredões que podem ser comparados com os da Chapada Diamantina devido a tanta beleza. É lógico que o cenário serviu como Photo Studio pra vários clicks. E logo na sequência continuamos com a tentativa de chegarmos ao fundo do vale para subir o rio a contra fluxo e alcançar a base da cachu, mas a mata se fechou de tal forma que só nos permitia ver que estávamos "do lado de cá do Canion" , ou seja, o paredão era gigantesco, um precipício intransponível, pelo menos sem o auxílio de vários metros de corda. Então sem nenhuma forma de como descer o vale, voltamos ao mirante da Cachus e ainda vasculhamos o lado direito a procura de alguma picada na mata, mas sem sucesso. Cachoeira do Corisco Canion Vale do Corisco O sol era escaldante naquela semana, a mídia anunciava um recorde: não vivíamos temperaturas tão altas a várias décadas, o chão flamejava, parecia que estava fritando a gente rs. Eu não via a hora de chegar a algum ponto com água. Como já estávamos por ali, seguimos em direção ao Poço Encantado, uma espécie de fervedouro de águas cristalinas, o solo que borbulha a areia do fundo, uma areia firme e de coloração esverdeada que fazem a magia do lugar te colocar num tipo de hipnose. Lindo demais o lugar, e difícil de achar. Poço encantado Obs.: O POÇO ENCANTADO NÃO É APROPRIADO PARA BANHO, APENAS ADMIRAÇÃO. OS BANHOS DEVEM SER TOMADOS NAS CACHOEIRAS. PRESERVE O LUGAR. Só por ter visitado esses dois pontos, pra mim já estava valendo a viagem. Mas ainda tinha muito pela frente. Quando chegamos no Hotel, o Eunildo, junto a esposa Luciana ainda nos levou pra conhecer a Cach do Barão e tomar aquele bom banho pra lavar a alma e batizar o dia. Mas o meu batismo mesmo foi uma picada de Marimbondo que levei nas costa, pensa na dor e multiplica por 7 rsrsrs. A Cachu é linda e a água estava uma delícia, como era final de tarde as andorinhas davam vários rasantes e mergulhavam na cortina d'água da cachoeira pra chegar aos seus ninhos. Um espetáculo a parte pra finalizar com chave de ouro. Cachoeira do Barão No segundo dia... Ainda na mesma direção, pegamos a rodovia pra irmos até a Gruta da Barragem, onde até tem alguns atrativos, mas é uma pena que no momento estava bem sujo e com alguns odores, até tem guardas municipais na entrada, mas impressão que de que dá é de que está abandonado (sem manutenção). Então já que não tinha muito o que fazer ali, seguimos no sentido contrário para irmos viver o dia como se fossemos seres das espécies aquáticas (cachoeiras o dia inteiro) rsrs. Do Hotel, seguimos por 5 km's até a Cach do Navio, que mesmo não oferecendo grandes quedas merecia umas fotos. Ela tem sua beleza particular e corre com águas bem limpas pra garantir um ótimo banho a quem quer se refrescar nas piscinas em sequência (não foi nosso caso). Rapidinho pegamos a estrada que parecia infindável pra chegar na Cach Véu da Noiva, ainda mais que nos perdemos um pouquinho rsrsrs, mas quando chegamos vimos que qualquer distância teria valido a pena, a queda que se aproxima dos 40 mts de altura despenca em um enorme lago de coloração enferrujada, e pelo ângulo que a vemos ela se mostra com um certo charme e ganha um dos primeiros lugares no ranking das cachoeiras mais bonitas de Sengés na minha opiião. Depois de um bom banho, voltamos ao carro e subimos a estrada em busca da trilha que leva à parte superior da Cachu. A visão de la de cima é estonteante, privilegiada, e ainda tem outras quedas menores com enormes piscinões pra refrescar aquele calorão de 35° C. Dali o próximo objetivo era o mirante do Canion Jaguaricatu. Rodamos poucos minutos a frente e entramos numa parte da fazenda repleta de plantação de feijão (a perder de vista), mas vimos que era a entrada errada, e ao retornar, quando ganhamos visão da estrada veio a preocupação... ...numa parte mais alta do morrinho estava parada uma picape S-10 das novas, e parecia que estava só nos observando, tipo: o quê que aqueles intrusos estão fazendo nas minhas terras, destruindo minha plantação? E pra dramatizar ainda mais a situação que mais parecia aquele "olho a olho" dos duelos do faroeste, quando dei partida pra sair dali, ele também partiu, e o fim da estrada pra nós era exatamente na direção dele. Fodeu rsrsrs Sem ter pra onde correr, pensamos: vamos ver no que vai dar. E pra nossa surpresa era um casal de senhores que iam pra sei lá onde, e foram até cardeais. Aproveitei e perguntei sobre a entrada do Canion, ele apontou e continuamos nosso trajeto dando risada de nós mesmos pela "cagação de medo" que demos. kkkkkkk. . Já no alto do Canion admirando o imenso vale e clicando algumas fotos, fomos tentar pegar um outro ângulo dos paredões e achamos uma trilha bem discreta, que descia forte e em direção ao rio que corre em meio ao vale. Adivinhem... descemos é claro hehehe. Um caminho bem batido, com fendas no chão que não dava pra ver o final, como se fosse um portal para o submundo. O trajeto conta com apenas uma placa indicando perigo de Onça pintada e uma bifurcação onde optamos pela esquerda, e em um total de 40 minutinhos, hora varando mato, chegamos no rio que víamos lá de cima. A pausa foi breve, e logo já estávamos indo pra Cachoeira da Erva doce tomar uma ducha gelada. Jantamos na Churrascaria A Padroeira e votamos ao Hotel pra descansar um pouco antes de meus companheiros partirem de volta a SP. A Roseli ainda tinha mais um ou dois dias de férias, mas o Léo iria direto para o trabalho. Aff. Léo, Eu e Rose na Cachu Véu da Noiva Topo do Véu da Noiva Canion Jaguaricatu Cachoeira da Erva doce Na manhã seguinte eu mantive o hábito de acordar cedo pra fazer o dia render, mas eu pensei: poh, e agora o quê fazer, onde ir, como achar as cachoeiras sozinho em uma cidade que eu não conheço? Era minha primeira vez em uma viagem solo, mas como eu não podria ficar enchendo a cachola de anseio, peguei as infos com o Eunildo e fui caçar cachoeiras rsrsrs. A primeira delas foi a Cach do Segredo (Lago verde), que foi uma dificuldade e tanta para achar, começando pelo ponto de referência, que era um montante de areia e pedras que não achava de jeito nenhum, inclusive no dia n também tínhamos procurado sem sucesso. Julgando ter achado, parei o carro num vão entre mata e entulhos e entrei numa picada que parecia ser a trilha que eu procurava, mas rodando uns vinte minutos eu vi que não daria em nada, voltei e segui com o carro mais pra frente. Achei uma cancela e um laguinho que também faziam parte das referências e entrei na fazenda, comecei a descer uma trilha bem batida na vegetação rasteira (onde gados pastam), e vinte minutinhos depois eu estava em cima do Canion do Marimbondo procurando o acesso a cachu que já avistei por cima e fui até sua cabeceira, mas o caminho era outro. Rodei, rodei e nada. Quase desistindo e já voltando pro carro, vi que tinha uma longa descida gramada e cheia de trilhas que se cruzavam, peguei a que tinha mais sentido contornando os paredões, onde passei com certo medo das várias colmeias de Marimbondos (um ataque de exame seria fatal) e rapidinho cheguei nessa tão escondida cachoeira. Deve ser por isso que a chamam como chamam rsrsrs. Nela não tem piscina para banho e estava cheio de abelhas ao redor, isso fez com que eu ficasse pouco por ali. Cachoeira do Segredo (lago verde) Canion do Marimbondo A Cach da Santa Bárbara seria o próximo alvo, mas esqueci as coordenadas (que burro rsrsrs), então assim que vi a placa indicando a Cachoeira do Postinho a 19 km fui na direção. O Eunildo tinha dito que não iria valer a pena rodar tanto pra vê-lá com apenas alguns fios d'água descendo, havia quase um mês sem chuva, então a vazão era fraca. Contei no painel, foram 14 km até lá sem ninguém ir ou vir pela estrada. A parada e bem na cabeceira da cachu, procurando pela trilha que desce à base vi de longe a Cach do Pinheirinho, que estava com mais volume de água. Fui até ela, e de lá eu tinha um visão de olheiro (via quem passava, mas quem passava não me via), sozinho numa cachoeira e o sol das 14h fritando os miolos, não pensei duas vezes...UEBAAA, BANHO PELADO POR QUASE UMA HORA kkkkk. Cachoeira do Pinheirinho Voltando daquelas bandas eu decidi parar pra procurar a pedra em forma de navio que dá nome a cachoeira, mas dessa vez fiquei por lá em banho Maria, e quando fui procurar a rocha eu me surpreendi com a continuação do rio, que despenca forte por uns 15 metros, mas com uma formação de encher os olhos. O único problema era descer até a base, mas desci (com grande dificuldade rsrs), pois era certo que valeria muito o esforço. Ainda explorei o contra fluxo do rio, que vinha entre paredões com rochas encravadas a média altura. Linda a paisagem. De volta no Hotel, contei sobre minha amnésia momentânea e peguei novamente as coordenadas com o Eunildo e partir antes que escurecesse. Foi fácil e prazeroso ter ido a Cachoeira Santa Bárbara, lá me vieram boas reflexões sobre meus comportamentos, e bateu muita aquela saudade do meu amorzinho. Fiz até uma singela homenagem pra ela rsrsrs. Cachoeira Surpresa do Navio Cachoeira da Fazenda Sta. Bárbara No quarto e último dia tentei ir até a Cach Santa Gil que fica na fazenda do mesmo nome, o acesso é restrito e requer autorização pra chegar até a cachu, e mesmo com toda educação que tive, levei um NÃO com uma pitadinha de arrogância do senhor que parecia ser o proprietário. Sem problemas, eu fui lá por teimosia mesmo, já tinham me que o pessoal de la é meio enjoado. Pouco tempo depois eu estava de volta a Gruta da Barragem, estava disposto a conhecer o Pontilhão, onde antigamente tentaram transportar produtos entre as cidades de Sengés e Itararé , mas não dera certo. Visitei a Cach do Chuveirinho, e na volta eu estava sem nenhuma programação. Passando pelas pontes sobre os rios me veio uma ponta de curiosidade, escolhi o Rio Pelame como alvo, estacionei o Guerreiro no acostamento e fui até a ponte "curiar". Nooooosssa que cachoeira linda vista do alto. Fiquei eufórico, imaginando que por ali deveria ter alguma trilha de acesso. Procurei, procurei, até que achei quase totalmente fechada descendo até a base. A correnteza estava muito forte, facinho pra me arrastar, então fiquei só na admiração mesmo. Mostrei as fotos ao Eunildo, mas ele desconhecia aquela Cachoeira, então decidi "batizei-lá" de Cachoeira da Prata pelo fato de ter estudado o mapa e ver que a mesma tem sua queda a partir do Córrego da Prata mergulhando sobre o Rio Pelame. Depois do almoço eu tentei dormir pra descansar e em seguida enfrentar horas de volta pra casa, mas não consegui. Com certo aperto no coração me despedi do novo amigo que ganhei e do lugar que eu teria passado uma sequência de dias maravilhosos. Fui até o Rio Funil e passei um bom tempo me refrescando nas grandes piscinas que ele oferece Pontilhão Cachoeira da Prata Às 15h parti deixando para trás amizade, cachoeiras e boas lembranças rsrs, sabendo que em poucas horas eu estaria pagando pedágios, inalando poluição pesada e entrando na mais famosa selva de pedras do Brasil. #devoltaaSP Dicas - ao formar um roteiro, separe os pontos de visitação por lados. Exemplo: a maior parte das cachoeiras para banho estão no sentido Curitiba (Véu da Noiva, Erva Doce, Navio, Postinho, Sta. Bárbara, Cach do Barão, Pinheirinho e o Canion Jaguaricatu). Sentido São Paulo estão mais os atrativos para visitação: Cach do Corisco, Cach da Prata, Gruta da barragem, Poço Encantado, Rio Funil e também o Canion do Vale do Corisco; - nas ruas atrás do Hotel Sengés tem três Supermercados com bons preços; - se for sair cedo para os passeios terá que levar algo para comer, pois perto dos lugares visitados não tem o que comprar. Atenção, os Supermercados fecham cedo, +ou- 19h e abrem tarde, +ou- 9h, então programe-se; - o melhor lugar (na minha opinião) que serve boas refeições e com um bom preço é o Auto posto e Churrascaria A Padroeira localizada na rodovia a uns 200 metros do Hotel; - caso seja temporada de poucas chuvas, não compensa ir até a Cach do Postinho. É muito longe pra se tirar pouco proveito; Obs.: se você gosta de ser bem tratado, conversar e descontrair com uma brincadeira e outra, você deve se hospedar no Hotel Sengés com café da manhã incluso na diária (falar c/ Eunildo). site do Hotel: http://www.hotelsenges.com.br/ Valew pela atenção. Deus os abençoe.
  2. “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” – Amyr Klink. Bem, esta viagem começou há uns dois ou três meses atrás, quando minha noiva viu uma reportagem na Globo sobre Itararé. Estávamos conversando sobre as opções para o carnaval: Tibagi-PR (que eu já tinha ido, mas ela não conhecia), Capitólio-MG (mais especificamente no Paraíso Perdido) ou Intervales - SP (dispensa apresentações). Ela sabendo da minha predileção por montanha e mato, comentou desta tal Itararé. No meu GPS mental tracei a rota em segundos, partindo de Marília e dei o veredicto: muito longe, deve dar uns 500 km e se passou na Globo, deve ser farofada, esquema para turista e super caro. Ou seja, não é pro nosso bico! Calculei 500 km, porque tracei a rota saindo de Marília, passando por Bauru, Botucatu, Castelo Branco, Itapetininga, Capão Bonito e Itararé. Porém como Marília é próximo a divisa com o PR, é possível margeando a divisa. Fiz a comparação em km pelo Google Maps e vimos que das alternativas, Itararé era junto com Tibagi, uma das mais próximas. Então, como Tibagi eu já conhecia, Itararé foi para ser mais bem avaliada no quesito recursos naturais. Minha fonte inicial de pesquisa para isto é o tio Google, onde eu li o relato no site manual de bolso (http://manualdebolso.wordpress.com/2010/01/15/viagem-aventura-itarare-sp/). E só! Vi alguns poucos contatos de agencia de turismo, site da prefeitura e mais nada. Aí apelei para o Mochileiros, onde para minha surpresa, não havia ainda nenhum relato e bem poucos tópicos e informações. Lendo o relato e as fotos no site manual de bolso, pensei: este lugar merece ser desbravado e relatado. Falei com a patroa e ela topou na hora. Entrei em contato com a Rastur, muito bem qualificada pelo manual de bolso e eles faziam o pacote dos 4 dias, com hotel, lanche de trilha, jantar, transporte e passeio por R$550,00/pessoa. Comparando com os R$390,00 cobrados em 2010 de um relato que li, achei meio inflacionado. Eles cobravam R$65,00 por pessoa por dia de passeio avulso, incluso o transporte até a trilha. Ou seja, minha noiva e eu iríamos gastar R$520,00 pelos 4 dias, sem contar refeição e hospedagem. Achei caro, iria gastar mais com guia do que hotel e refeição. Fui ver hotel para ficar, porém com a divulgação da Globo, todos os hotéis estavam ocupados ou com quartos presos (reservados) a agencias de turismo. Já estava considerando ficar no Hotel em Sengés ou pernoitar em motel, quando o Renato da Rastur sugeriu o Paraíso III. Liguei lá, dei uma olhada no site (antigamente se chamava Hotel Ravena), mostrei pra patroa e ela aprovou (por mim, eu acampava em Sengés e economizava o dinheiro do hotel). A diária? 60,00, mas acho que fora do carnaval chega a 50,00, que em minha opinião seria um valor justo. Mas 60,00 pela situação foi um bom negócio. A Mari, Vitor, Fernanda e Felipe ficaram no Paraíso I e pelo que eu vi da portaria, o hotel era melhor que o III, sendo 5 reais mais caro. Mais para frente descrevo o hotel. Estava considerando fazer as trilhas sem guia, na raça, quando me ocorreu de ligar no centro de informações turísticas (15 3532-4122) e me passaram o telefone de dois guias: Osmin (15 9713-7449) e José Camargo (15 3531-1412). Liguei para ambos e acabei fechando com o Osmin, que fez os 4 dias por R$120,00/pessoa, com bóia-cross incluso, sem lanche e sem transporte. O Osmin tem uma loja de bike (Itararé Adventure - http://www.itarareadventure.com.br), representa a Fuji e a Scott. Tem também uma agência de ecoturismo (Eco). Falaremos mal dele mais tarde. Bem, depositamos o sinal de 50% e partimos para o planejamento. Estamos planejando a lua de mel na Chapada Diamantina e queria levar a Etiane para umas trilhas mais próximas à realidade de lá. Nós caminhamos semanalmente no bosque de Marília, mais aqui o chão é de paralelepípedo, não tem buraco, barro, mosquito, cobra, abelha etc. Cutia, paca, lagarto, sagüi, gato tem que eu vejo direto. Também queria aproveitar para amaciar a bota (Forclaz 50 – Quechua/Decathlon) dela e estrear a minha mochila de ataque. No meu planejamento eu queria evitar os temidos buracos da pista Itaporanga – Riversul. ãã2::'> Embora esta rota pelo Google Maps fosse mais curta (277km), programei meu GPS para ir por Arapoti, Wenceslau Bráz, Jaguariaiva, Sengés. Deu cerca de 332 km. Tem uma rota mais curta, pegando a PR-151 de Wenceslau Bráz, mas eu não sabia como estava esta estrada e como na ida fomos a noite, preferi não arriscar. Na sexta de manhã, dei uma olhada na previsão e teríamos chuva de 2mm somente na terça à tarde. Nos demais dias, céu nublado alternando com sol. Saímos de Marília na sexta, 04/03/11 às 19:00 pegando a BR-153, sentido Ourinhos. Errei o acesso para Jacarezinho, enquanto mexia o GPS. Andei cerca de 500m, fiz o retorno e pé na tábua. Chegamos até Wenceslau Bráz sem problemas, porém não achava o acesso para PR-151. Aliás, a estrada PR-092 é muito mal sinalizada, além da pista ser vicinal e alguns trechos com buracos (mas nada comparado ao que iríamos encontrar no caminho para as trilhas do Vale do Itararé!). Chegou num ponto da pista, que meu GPS dizia que o ponto estava isolado e não havia rotas possíveis (ou seja, me deixou na mão! Não comprem GPS do Apontador, eles não disponibilizam atualização de mapas). Desolado em algum ponto da ilha de Lost, venci o instinto masculino de não pedir informação nunca e parei num posto de combustível. O segurança da loja de conveniência me apontou a entrada. Estávamos salvos, a 90 km do céu, na verdade do Paraíso... III. Chegamos no centro da cidade (av. São Pedro) por volta das 23:30, com adolescentes espalhados pelos quatro cantos, animados pelo espírito do carnaval. Atravessamos a cidade pela avenida bem devagar, observando o aspecto de cidadezinha do interior antiga, calçamento de paralelepípedo, algumas lojas antigas, praça com igreja etc. O Paraíso III (nosso lar doce lar, nesta viagem) fica no final da avenida São Pedro. Eu estava preocupado, pois não havia pago reserva e estava chegando quase meia noite. Mas deu tudo certo, chegamos, subimos, tomamos banho e cama, já que tínhamos comido um Subway vegetariano em Marília. SÁBADO (05/03) No dia seguinte, acordamos às 7:30 e fomos tomar café. Aqui acho que cabe a descrição do hotel. É um hotel simples, mas bem limpo. Na recepção, tem uma TV e sofá. O acesso aos quartos é por uma escadaria. O quarto, pequeno, com uma cama de casal e uma de solteiro. Uma TV de 14”, sem controle remoto, ventilador no teto, uma prateleira no canto para guardar coisas. Não havia armários embutidos, nem frigobar ou ar condicionado. O banheiro, com porta de correr sanfonada, que não fechava direito, chuveiro elétrico bom (bom volume de água e temperatura), espelho, sem box, fechado parcialmente com uma parede. O que eu prezo num quarto é um banheiro limpo e um chuveiro quente. Não precisa de TV, ar condicionado (mesmo porque a noite lá é bem fresca e nem precisamos ligar o ventilador) etc. Mas que um frigobar iria bem, iria, pois eu tenho hábito de tomar água gelada e para conservar frutas etc. Mas no geral, diria que é um quarto bom :'> , limpo, com sabonete e toalhas limpas. O que poderia melhorar são as janelas, que emperram na hora de abrir/fechar. Voltando ao café do hotel, diria que é um café espartano, sem luxo. Café, leite, suco de laranja natural com polpa, mamão, banana, pão frances, queijo, presunto, pão de forma caseiro, margarina, geléias, coxinha, esfiha, enroladinho, bolos etc. Não é um café ruim, nem o mais simples que já comi, é que às vezes ficamos mal acostumados em pousadas/hotéis. O café da manhã mais espartano que tomei, foi numa pousada em Tibagi, que consistia numa garrafa térmica de café, outra de leite e um saco de pão francês com margarina. E o mais nojento, foi num hotel em Floripa, que tinha suco de laranja em pó tipo Tang e várias baratas andando pelo refeitório. Mas no Paraíso III, o café é simples, mas bem feito e limpo. Uma coisa que me chamou a atenção é que o estacionamento do hotel é limitado a dois veículos e não tem interfone nos quartos! Porém como a cidade é pacata, não há problema em deixar o carro na rua. No geral, acho que voltaria ao hotel, embora acho que R$60,00 é caro pelo que oferece. Em Londrina, paga-se os mesmos 60 com estacionamento, TV a cabo, internet wi-fi, café da manhã campeão, frigobar, elevador e interfone. Tomamos o café da manhã reforçado, pois o almoço seria na trilha. Não nos animamos a levar nada do café para o lanche da trilha. Era o primeiro dia e minha mochila estava abarrotada de barras de cereais, suco em caixinha, achocolatado, goiabinha, maça, pêra etc. Saímos em direção a XV de novembro que é paralela a São Pedro. Já era quase 9:00, horário combinado para nos encontrarmos na agência. Chegamos lá e a Veruska estava mostrando as fotos do passeio no notebook para a Mariane e o Vitor, que nos acompanhariam pelos próximos dias. Cinco minutos depois chegaram o Felipe e a Fernanda da Móoca/SP que também se juntaram ao grupo. Os dois estavam interessados em fazer rapel, porém infelizmente o instrutor teria disponibilidade somente na terça a tarde e eles iriam na terça de manhã. Eu não queria arcar as despesas do rapel sozinho (R$260,00) e assim ficou para próxima vez. O Osmin chegou, apresentou a loja, conversamos rapidamente sobre bikes. Ele tem a Itararé Adventure que vende bikes da Fuji e Scott, tem uma equipe de MTB, que compete em alguns eventos, como a Maratona Ravelli em Itu. Ou seja, se vc gosta de trilhas em bike (como eu), ele é o guia. :'> Ele me disse que em Itararé dá pra fazer uma trilha por dia sem repetir num mês . Só não levei minha bike porque a Etiane não gosta de pedalar. A Eco é uma agência que começou há pouco tempo, porém conta com um pessoal muito correto e profissional, que gosta do que faz e conhece do negócio. A equipe é formada pelo Osmin, Veruska, Marcinho (Zóio), Seu Zé e Loraine. Eles trabalham com turmas de no máximo 15, 16 pessoas em veículos menores, para minimizar o impacto ambiental e dar um atendimento VIP . Uma coisa que me chamou a atenção é que eles tiram fotos e não cobram nada! Em Brotas, vai um fotográfo e no final eles cobram R$70,00 por um CD com as fotos. Aliás, lá em Brotas eles cobram por tudo. Brotas tem uma baita duma estrutura hoteleira, parques com mega-tiroleza, arborismo, rafting, mas tudo é muito caro. Saímos em dois carros, o meu gol com coração de jeep e o spacefox do Felipe/Fernanda. O Vitor e a Mari ficaram no gol comigo e a Etiane. No spacefox seguiram a Fernanda, Felipe e o Osmin guiando. Seguimos em direção a Sengés/PR. Aqui cabe uma explicação: praticamente todas as atrações estão em cidades vizinhas a Itararé, porém todos ficam Itararé, porque é a cidade com melhor estrutura turística. A propósito, no meu orçamento, o único item que estourou foi o combustível. Em Brotas os passeios são mais próximos, mais bem sinalizados e os acessos bem menos esburacados. Diria que é impossível alguém ir pela primeira vez para as trilhas, sem os guias (a não ser com os tracklogs da trilha no GPS. Não há indicações na pista do acesso para trilhas. Pode-se perguntar, mas acho que o trabalho não compensa. Além disso, há o aspecto social-econômico do turismo de auxiliar o desenvolvimento sustentável da região. Acredito que seja justo deixar uma contrapartida na comunidade local, o turismo tem que ser bom para os dois lados. Bem, seguindo para Sengés, entramos por um acesso na pista para uma trilha razoável de uns 30 minutos. Paramos próximo a uma ponte e dali seguimos a pé por uma trilha bem tranqüila de 30 minutos até a Cachoeira da Erva Doce. O Osmin falou que antigamente era Cachoeira da Erva só, mas para não pegar mal, juntaram o Doce e ficou mais turístico. É uma cachoeira larga, com pouca água, ideal para tomar um banho pela manhã. Eu tava na seca de tomar um banho de cachoeira e entrei correndo, não me importando muito com a temperatura amena. Gostei, voltaria lá e tomaria banho de novo, mesmo estando frio. :'> Cachoeira Erva Doce Voltamos para o carro e de lá fomos para a Cachoeira do Lajeado Grande, de 45 metros de altura. Cachoeira do Lajeado Grande Seguimos por uma trilha de carro um pouco esburacada e paramos em frente a uma mangueira de onde jorrava água. Caminhamos por alguns minutos e chegamos na base da cachoeira. Forma-se uma prainha, com uma lagoa não muito funda. Entramos e fomos até pé da cachoeira (Vitor, Osmin, Felipe e eu). A turma da Luluzinha ficou só olhando, o tempo e a água fria não davam muita coragem. De lá, subimos para o topo do Lajeado Grande, onde tomamos o lanche e contemplamos a queda bem de perto. Achei o lugar legal para acampar, tinha uns descampados em rocha plana, água perto e madeira. Só fiquei em dúvida quanto a potabilidade da água..... Cachoeira do Lajeado vista do alto Subimos mais um pouco de carro e cruzamos uma plantação de soja. Todos estes atrativos ficam dentro de propriedades particulares. Havia um cheiro forte de defensivo aplicado na soja. Fiquei pensando se este produto não é lavado pela chuva e corre pelos lençóis freáticos até o Lajeado. Inclinação para fazer isto tem. Andamos por uns 5km até o cânion do rio Jaguaricatu, muito bonito, com seus paredões de arenito de 100 metros de altura. Não tiramos fotos, pois esquecemos a máquina no carro. O Osmin comentou que aquela área era parte utilizada para reflorestamento de pinho pelas indústrias de celulose e papel e parte arrendada para cultivo de soja. Retornamos cedo pela estrada em direção a Itararé, chegamos lá por volta das 17:00. Estávamos mortos de fome (porque tínhamos comido só coisa doce no lanche da trilha) e fomos na padaria Pão Quente comer um queijo quente para tapear a fome. Tomamos um banho e saímos para jantar bem cedo, umas 19:30. Fomos ao Bochecha, que é ao lado do Paraíso III e faz um PF por míseros R$7,00. Isto mesmo, R$7,00! Frango ou bife acebolado, com arroz, feijão, farofa, salada, ovo frito e fritas. Bem servidos, um ser humano normal não consegue comer tudo sem passar mal. :'> Como eu não como carne, pedi um omelete com queijo, tomate e orégano no capricho, a patroa pediu um file de frango. Dali a pouco, quem chega? A galera da Itararé Adventure, Osmin, esposa e o Marcinho. Ficamos conversando sobre as trilhas do dia seguinte, onde o Marcinho seria o nosso guia. A conversa seguiu animada até a comida chegar, o pessoal comer e bater aquela tristeza. Só o Marcinho ainda tinha fome e foi pra casa jantar novamente. Nos despedimos e formos dormir cedo, pois o domingo prometia a tal trilha das cachoeiras. O Marcinho nos disse: Amanhã vou estar bem cedo lá na agência hein? Depois ele deu uma pensada e falou: Mas se eu chegar um pouco atrasado, vcs não vão tirar sarro né? DOMINGO (06/03) Acordamos não tão cedo, tomei banho, passei protetor solar, repelente de insetos e fui abastecer os cantis de água. Sabia que teria pela frente 5 cachoeiras e para evitar a chatice do tira bota para tomar banho, põe bota, optei por ir de papete. Tomei esta decisão também pela trilha do dia anterior, que achei leve para fazer com bota. Poderia até ter ido com a bota, já que ela é de goretex e desde que a água não entrasse pela meia não iria molhar meu pé. Mas fui de papete. Mal sabia que iria me arrepender.... Descemos para o desjejum e conhecemos dois casais de jipeiros de Bauru: o Portuga (desculpa, não sei o nome) e o Benetti. Conversamos longamente sobre os passeios, falamos de Brotas, Tibagi, Aiuruoca, Chapada Diamantina. Interessante, como a conversa rende quando encontramos pessoas de interesses comuns. Inicialmente fomos ao supermercado comprar cotonete, água mineral para o cantil e ração ou carne para um cachorro magrelo que vimos na trilha do dia anterior e pensamos que pudéssemos encontrar novamente. Achamos o supermercado mais caro que Marília e São Paulo. Ser mais caro que São Paulo é normal, mas Marília não achei tão normal. Acho que foi a única coisa cara na cidade: os supermercados. O combustível, R$2,49/l de gasolina e R$1,76/l de álcool é bem mais em conta que Marília. Depois fomos procurar uma padaria aberta para fazer um lanche para levar na trilha. E para nossa surpresa, várias padarias estavam fechadas. Observamos que o povo de Itararé gosta duma padaria, há várias no centro e parece que ficam abertas até bem tarde. E por isso talvez abrissem bem tarde no domingo? Finalmente achamos uma aberta, que estava cheia por monopolizar naquele domingo o acesso ao pão nosso de cada dia. Pedimos um pão francês com queijo e ovo frito para viagem, por módicos 2 ou 3 reais. Enquanto esperávamos, uma senhora veio conversar conosco, dona Dicléia. Ela não era dona da padaria, nem nada, só estava preocupada se estávamos sendo bem atendidos, que ela tinha notado que éramos de fora. Falou do cruzeiro que tinha feito, da filha que tinha amiga em Marília. Comentou que o melhor hotel na cidade era o Hotel Itararé. A propósito, o pessoal da cidade é muito receptivo, super simpático, o que falta de estrutura, eles compensam com gentileza e educação. Saímos apressados para a agencia encontrar o pessoal. Neste dia se juntaram o Robinho e Tiago de Limeira; a Irene e Arafat de Curitiba e mais um pessoal, não vou lembrar o nome de todos, devia ter umas 13 – 14 pessoas. E O Marcinho chegou uns 5 min atrasados e nós demos uma zoada básica . Ele é super gente boa, animado, corintiano e sofredor. Naquele dia, pela quantidade de pessoas, teríamos dois guias: o Marcinho e ..... o Seu Zé. Subimos nos carros e partimos em direção a Sengés. Cruzamos a divisa e logo após um posto em Sengés, entramos à esquerda. Para variar não havia nenhuma placa, indicação ou sinalização da atração turística. Sem guia ou o tracklog da trilha é complicado se localizar lá. Dirigimos por mais 50 minutos aproximadamente, cruzando porteira, pinheirais, fazendas. Paramos em frente a uma propriedade e vimos o Márcio descer. Pegamos as mochilas, tamanha a vontade de trilhar. Porém, não era hora ainda, o Márcio tinha ido avisar a Dona Augusta que iríamos tomar café a tarde com ela. Seguimos por mais um trecho, atravessamos rios (riachos) e chegamos no local. Iríamos fazer a Cachoeira do Postinho (Cabeceira), que era antigamente um posto para Tropeiros e fica na beira da pista, inicialmente. Porém como chegou um busão com 40 pessoas de outra agencia , o Marcinho optou por fazer a rota ao contrário e evitar a muvuca. Achei que foi uma boa decisão. Antes do início, fizemos as apresentações e aí que conhecemos o .......Seu Zé. O Felipe puxou um alongamento, para preparar o pessoal para a trilha. O .....Seu Zé é uma lenda, o guia mais experiente da região, uma espécie de Bear Grylls Itararense misturado com Crocodilo Dundee. Desbravou todo o Vale do Itararé, é a Land Rover entre os guias. Ele estava com caneleiras para proteger das cobras e portava um facão. É ágil como um gato, entra por atalhos que só ele conhece e de repente aparece na cabeceira duma cachoeira ou dentro de um poço. Brincadeiras a parte, ele é uma referencia entre os guias, foi presidente da associação de guias da região (AMAI) e nas trilhas menos conhecidas, ele é o GUIA . Não sei o que aconteceu, mas a verdade é que ele com seu magnetismo de poucas palavras conquistou a todos e se tornou uma lenda no resto do carnaval, apesar de ter nos acompanhado somente neste dia. Voltando a trilha, andamos por uma trilha fechada por entre os pinheiros até chegar ao Poço Fundo. Nosso guia Marcinho no Poço Fundo, segundos antes de lembrar do relógio Ele recebe este nome, devido aos poços que se formam na rocha. A frente destes poços, forma-se uma cachoeira. Seguimos por uma trilha lateral e chegamos a Cachoeira dos Bugres, onde o Seu Zé nos mostrou um acesso que podíamos ver da cabeceira da cachoeira. Eu e a Etiane no alto da cachoeira dos Bugres. De lá seguimos para o Lajeadão, onde cruzamos o rio e fizemos o lanche. É um lugar com uma enorme lagoa, onde o pessoal nadou a vontade. Eu não sei nadar e lá não dava pé em algumas partes, então fiquei quieto. Lá no Lajeadão, a Etiane pisou numa abelha descalça. Tiramos o ferrão, o Marcinho super prestativo tinha uma pomada para picada de inseto, passamos e deu uma aliviada. Vitor e Mariane na Cachoeira do Lajeadão. Cruzamos o rio de volta em direção a Cachoeira dos Veadinhos. Esta cachoeira é formada por uma laje quase que totalmente plana, formando uma piscina de águas cristalinas com 30 cm mais ou menos. As quedas de pouco mais de 1,80m, permitem um revigorante banho. Formam-se também escadarias, onde é possível fazer hidromassagem nas costas. Foi a cachoeira que eu mais gostei e acho que ela devia ter um nome menos preconceituoso. Galera se refrescando nos degraus da cachoeira dos Veadinhos. Continuamos nossa peregrinação pelas cachoeiras de Sengés rumo a Cachoeira do Postinho ou Cabeceira. E haja pulmão para a subida, passando num campo através de charcos. E minha papete parecia uma bota de tanto barro que tinha (exagerei um pouco) . Subimos, alguns mais rápidos, outros mais lentos, o Seu Zé na frente e o Marcinho acompanhando o último da trilha. Particularmente não achei a subida de matar, não tive dor na perna no outro dia, nem nada. E eu estava carregando na minha mochila, 2 toalhas, lanche, 2 cantis, protetor, repelente, papel higiênico, estojo de primeiros socorros... Cansa, mas se vc parar no meio da subida para tomar um ar por cinco minutos e tiver um ritmo de vida não muito sedentário, sobe fácil. Do contrário, sobe devagar contemplando a paisagem que também chega. O destaque para esta trilha são as flores, as borboletas (a Etiane ficou encantada, em Brotas, falaram de borboletas no Vôo do Tarzã, mas não tinha nem mariposa) e os pássaros. Cerrado no caminho entre a Cachoeira dos Veadinhos e Postinho. Neste cenário bucólico, vc sobe e nem percebe o cansaço. Aliás, só percebe, quando pisa no barro. Mas trilha é isso mesmo, se eu quisesse subir de escada rolante no meio da poluição eu ia no shopping. No topo do morro, esperamos uns 5 minutos para o grupo se reunir novamente. Quando o Marcinho chegou, o Seu Zé preocupado em ficarmos no escuro na trilha falou: - Faltam 20 minutos para a quinta hora. E saímos por outra trilha rumo a última cachoeira, do Postinho ou Cabeceira. Andamos por cerca de meia hora e começamos a ouvir o som dela. De repente, de longe a avistamos, como num cenário do Senhor dos Anéis. Cachoeira da Cabeceira no condado de Sengés. Descemos o morro em direção a cachoeira que formava uma prainha. Era final da tarde e ventava um pouco , alguns bravos imbuídos do espírito dos primeiros tropeiros entraram na água, entre eles, o Marcinho, que não podia ver uma poça d’água que já queria entrar , o Felipe, Fernanda, Tiago, Robinho e os demais que não me recordo o nome. Parecia que a água não estava tão fria, já era final da tarde e muita gente já devia ter feito xixi quente lá. Inclusive um pessoal que estava acampando na cabeceira da cachoeira. Devidamente banhados, com a alma limpa e os pés sujos de barros, enfrentamos a derradeira ribanceira do dia. Lá no topo, quem eu encontro? Os meus companheiros de hotel, os jipeiros de Bauru, que tinham sido guiados pelo Bochecha, dono do restaurante ao lado do hotel. Aliás, o Bochecha como guia, é um excelente cozinheiro. Andamos mais uns 2 km numa estrada plana de chão batido em direção aos nossos carros. Estávamos exaustos e famintos, caminhando como uma horda de zumbis à procura de cérebros humanos. Dirigimos até a propriedade da Dona Augusta, porém além do nosso grupo chegou mais dois grupos, um deles, o busão de 40 pessoas. O quintal da Dona Augusta foi então tomado pela nuvem de gafanhotos, como a praga do Egito, consumindo tudo o que estivesse na mesa. Devia ter fácil umas 70 pessoas esfomeadas depois de uma trilha. A comida nem chegava direito na mesa, era saqueada pelo caminho. Note-se de passagem, o esforço de todos os guias em ajudar a Dona Augusta a suprir, trazendo pães, queijo, bolinho de chuva da cozinha para fora. É que bateu o desespero no pessoal de faltar comida, aí juntaram os cachorros, gato, galinha....O ser humano com fome vira um bicho e eu me incluo nesta generalização. A favor dos seres humanos, o pão caseiro, o queijo caseiro, os doces de abóbora com coco, estavam uma delícia mesmo. Eu comi umas 5 fatias de pão, uma caneca de café (e nem gosto de café!), umas 4 fatias de queijo. No final o Marcinho coletou entre o pessoal um dinheiro para a Dona Augusta reparar o estrago causado pela nuvem de gafanhotos. Uma coisa que eu não reparei, mas que comentaram é que o Seu Zé não comeu nada durante toda a trilha e na Dona Augusta. O povo se digladiando por um pedaço de queijo e o Seu Zé lá quieto, todo zen. É ou não é o cara? Eu também não vi o Marcinho comer nada, o que quer dizer que ele comeu escondido. Brincadeira, ele foi um dos vários monitores que eu vi se desdobrando para saciar o apetite dos trilheiros. Satisfeitos por termos saqueado a dispensa da Dona Augusta, pegamos nossos possantes veículos de volta a Itararé. Chegamos acho que por volta de 19:00 e combinamos com a Mari e o Vitor de irmos bater um PF no Bochecha por volta das 20:00. Fiquei preocupado porque encontramos o Bochecha na Dona Augusta e não sabia se ele estaria de volta para a janta. Tomei banho e tirei terra suficiente do meu papete para fazer uma horta. A sola do meu pé estava vermelha e já estava me sentindo um verdadeiro paranaense. Meia hora depois saio do banho. Tinha um bronzeado no pé com as marcas do papete e nas costas, as marcas da regata. Minha noiva foi então se lavar. Quando a Etiane estava lavando a cabeça o disjuntor desarmou e a água ficou gelada. Falei para ela: Vc já tomou tanto banho frio hoje, toma mais um. Pensei que tivesse queimado a resistência, pois ela gosta da água fervendo. Porém, a fiação elétrica do hotel não estava dimensionada para a carga de todos chuveiros ligados juntos e desarmou. O pessoal dos outros quartos chamou a gerencia e o problema foi solucionado. Chegamos lá no Bochecha, logo depois do Vitor e da Mari. Um pouco depois apareceram o Felipe e a Fernanda. Eu não estava com fome de tanto que tinha comido na Dona Augusta. Mas o espírito do Marcinho baixou em mim e me deixei levar pelo pecado capital da gula. Eu e a Etiane rachamos um PF, a Mari e o Vitor, racharam outro PF e o Felipe e Fernanda, outro PF. Comemos bem, numa quantidade considerada aceitável para pessoas de metabolismo normal. Neste dia, o Felipe pediu filé, mas tinha acabado, fomos informados que o Marcinho tinha passado antes de nós lá . É verdade! O pessoal tomou uma cervejinha, eu e a Etiane rachamos uma Fanta. Demos muita risada neste dia lembrando da trilha e surgiram algumas teorias conspiratórias que o Seu Zé se alimentava das cobras pelo caminho e por isso, nunca o víamos comer, nem surgiu nenhuma cobra naquele matagal todo. Fui dormir umas 22:00, cansado, mas feliz. A trilha tinha superado minhas expectativas: subidas, descidas, mata fechada, “transposição” de rios, charcos, flores, pássaros, calor, frio, fome e cachoeiras. (“Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto”). Não estive ainda na Chapada Diamantina, mas acho que esta trilha não deve nada a ela. Com certeza é a mais completa e bela trilha que eu já fiz até o momento. SEGUNDA (07/03) Na segunda acordamos mais tarde ainda que o dia anterior. Tomei um banho, preparei as coisas e descemos para o desjejum. Na impossibilidade de passar na padaria para comprar o lanche da trilha, a Etiane sugeriu pegar uns pães e torta do café do hotel para o lanche da trilha. Nada exagerado, só para dar gosto de salgado e disfarçar o monte de guloseimas doces que tínhamos comprado. Chegamos atrasados, mas tinha mais gente atrasada ainda. Neste dia, estávamos em 16, acho. Iríamos fazer o bóia-cross no rio Verde pela manhã. A Eco é a operadora do bóia-cross no Vale do Itararé. Bóia-cross consiste em descer as corredeiras de um rio sentado em cima de uma câmara de pneu de caminhão, protegida por uma lona. Saímos de carro, em direção a Itapeva, numa propriedade particular. O trecho do rio onde fizemos o bóia-cross é relativamente raso, quando vc ia para as margens, ficava preso. Então o ideal é ficar no meio do rio, que é mais fundo e a corrente mais forte. Descemos as corredeiras, fizemos algumas brincadeiras como um trenzinho (minhocuçu) e o caracol. Foi bem legal, o mais engraçado são os caldos que a gente leva nas quedas. O Vítor levou vários caldos, tentando surfar em cima da bóia. Eu fui dropar uma queda mais alta, desequilibrei e fui para o fundo, salvo pelo colete salva vidas, pois não sei nadar. Na hora o Osmin falou, solta a bóia, eu soltei e ele me arrastou para a parte rasa do rio. Eu já fiz rafting no Tibagi, mas achei o bóia-cross bem mais legal, talvez porque eu levei caldo no rio Verde, mas não no Iapó. Recomendo o bóia-cross, :'> é seguro mesmo para quem não sabe nadar como eu. Recomendo que não saiam remando que nem desesperados atrás de suas noivas, porque depois, seus braços ficam ralados do atrito com a lona da bóia. O bóia durou umas duas horas. A água do rio era limpa e a temperatura estava boa para brincar. Um pouco mais de sol e estaria perfeito. Pessoal se divertindo no bóia-cross no rio Verde Voltamos, subindo o rio a pé com a bóia nas costas, que é a parte cansativa. Cortei a mão esquerda por burrice na alça do bóia e o dedo direito na trilha de volta. Nos braços escoriações do atrito com a lona. O Tiago sofreu uma escoriação feia no ombro no último caldo do bóia. A Etiane levou um pé na boca no minhocuçu. Pequenos acidentes que fazem parte da brincadeira, garanto que ninguém se arrependeu (exceto uma garota que levou um caldo, ficou embaixo da bóia e entrou em pânico). Eu sei como é isso, não sou muito chegado em água, fiz quase um ano de natação e não consegui aprender, porque sempre que acontecia um imprevisto eu entrava em pânico, em vez de acalmar e boiar. Mas desta vez, eu deixei o colete funcionar e ele funcionou legal. Na propriedade onde fizemos o bóia, o dono tem um bar, que vende bebidas e salgados. Ele permite acampar lá, desde que consuma as coisas do bar. Rachei um suco de maracujá e uma coxinha com a Etiane (ela comeu o frango e eu a massa). Suco de maracujá da fruta, fazia tempo que eu não tomava tão gostoso, concentrado e natural. Geralmente é um refresco, com bastante água e açúcar. O pessoal comentou que os salgados eram bem gostosos. O que eu achei ruim e não falei (e nem sei se devia falar agora por isso) é que o pessoal não podia comer os próprios lanches dentro da propriedade e tivemos que ficar esperando uma meia hora para ir embora. Mas também não sugeri de irmos para o próximo destino. Gastei neste lanche uns R$3,00 talvez. Uma pechincha, só não comi nada porque não tinha nada de queijo ou palmito, nem espetinho de carne de glúten. Saímos por volta de 13:00 para ver o Canion Pirituba e a cachoeira da Invernada. O acesso é por uma fazenda (acho que Santa Isabel), num trecho bem trash de buracos. Este cânion achei mais bonito que o Jaguaricatu. Eu meditando no Canion Pirituba. Neste dia apareceu ao longe um grupo que ia fazer rapel na Cachoeira da Invernada. Deu vontade de estar lá. Mas é proibido fazer rapel lá! A maioria, se não todas as atrações ficam em propriedades particulares e em caso de acidentes, os proprietários (muitas vezes, empresas de celulose ou fazendeiros) podem ser responsabilizados judicialmente. Etiane, eu e bem ao lado a Loraine. Ao fundo a Cachoeira da Invernada. Logo depois, veio um grupo de turistas e saímos para ver uma queda de água, totalmente dispensável no ribeirão dos Papagaios. Era meio apertado para nosso grupo comer lá e a Etiane ouviu alguns reclamarem de mosquitos. Eu estava de repelente, não senti nada. De lá fomos para Bom Sucesso de Itararé ver as pedras do Gorila, da Galinha e do Camelo. Dá para ver estas formações da pista e achei dispensável, exceto por subir na Pedra da Galinha, de onde tivemos uma bela visão. Na subida, a Loraine comentou que quanto mais puro o ar, mais vermelhos eram os liquens parasitando as árvores. Realmente lá no alto, eles eram de um vermelho sangue bem forte. Falei para o pessoal aproveitar o ar e respirar bastante. E o pessoal respirou mesmo, alguns estavam até ofegantes! Pudemos ver a Serra de Paranapiacaba e a Loraine comentou que é possível ver as luzes de Curitiba que fica a 300 km de lá! Infelizmente o céu estava nublado e não pudemos ver o por do sol. Lá de cima a Veruska recebeu uma ligação, o sinal é ótimo. É um ótimo cenário para fazer propaganda de operadora de celular. Vista da Pedra da Galinha Na volta, tinha muito caminhão com madeira (pinho) na estrada, fui ultrapassar um caminhão e um cachorro manco cruzou a pista. Fiquei prestando atenção no cachorro e vi a lombada já em cima. Eu sabia que quando vc freia o carro, o carro gruda no chão e o impacto é pior, então tirei o pé o acelerador, rezei e literalmente rampei a lombada. A Etiane falou que um tiozinho na beira da pista arregalou os olhos e ficou de boca aberta com a cena. Eu também arregalei meus olhos nos limites da minha origem nipônica e passei um medo considerável. Como dizia um amigo meu, gostaria de morrer dormindo tranqüilo como meu avô e não apavorado como os passageiros do ônibus que ele dirigia. O Vitor e a Mari estavam dormindo e nem se deram conta direito, não comentei nada com eles, para não deixar eles preocupados, mas a verdade é que se eu freio e o carro perde o controle, a coisa poderia ter sido feia. Chegamos em Itararé, são e salvos, graças a Deus. Neste dia fomos jantar na pizzaria 7. Pizza muito boa, devoramos uma média inteira. Ficou em R$17,00, somados uma taça de vinho para minha noiva e um suco para mim. Comer nesta cidade é muito barato! De lá, fomos tomar um sorvete na Bola de Neve, não achei o sorvete nada de mais e o preço era igual de Marília, gastei R$2,00 por duas bolas de sorvete. Daí fomos dormir, eu com algumas dores no ombro de tanto remar e leves escoriações nos braços, a Etiane com o pé coçando da picada da abelha. TERÇA (08/03) - DIA DA MULHER Acordamos bem cedo neste dia para ajeitar as malas. Paguei o hotel e combinei de passar por volta das 13:00 para pegar a bagagem. Tomamos o café da manhã, cientes de que a programação iria somente até 12:00. Neste dia fomos em dois carros, a Veruska, Vitor e Mari conosco e o Osmin noutro carro. E o meu gol não aguentou a trilha e furou um dos pneus traseiros na ida para o Poço Encantando. O Osmin trocou o pneu como em F-1, em menos de vinte minutos. Assumo aqui a responsabilidade pelo incidente por não ter calibrado os pneus antes de viajar. Não pareciam estar baixos, mas quando fui reparar o estepe na borracharia, pedi para calibrar todos os pneus e segundo o borracheiro, todos estavam baixos. Compreensível, considerando as trilhas que o corajoso golzinho percorreu. Portanto, calibrem seus pneus antes de irem para as trilhas! (“ Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”) Visitamos neste dia o Poço Encantado, com suas águas verde-azuladas, brotando do chão. A região em torno é muito sensível e quando vc faz barulho, ela borbulha com mais intensidade. Segundo o Osmin nos contou, é a nascente do rio Pelame e com o objetivo de proteger o frágil ecossistema, não é permitido banhar-se nele. Poço Encantado. Tiramos umas fotos e fomos ver a famosa figueira casamenteira. Reza a lenda antigamente lá vivia uma índia chamada Potira que amava um tropeiro. O cacique, pai da índia não aprovava o romance e matou o tropeiro. No lugar onde o corpo do tropeiro foi enterrado nasceu um a figueira. Tempos depois, a índia morreu de saudades do tropeiro, nascendo outra figueira ao lado. Como o amor dos dois era muito grande as duas árvores acabaram se juntando. Ainda segundo a lenda, os casais que passam por entre as figueiras têm seus laços matrimoniais renovados ou se ainda não forem casados, acabam se casando. Ou seja, evitem este passeio! Eu sendo arrastado pra baixo da figueira. Galera reunida sob a figueira do amor! Tiramos uma foto com todo mundo debaixo das figueiras e partimos para o último destino: o vale do Corisco. No caminho para o vale, enquanto atravessávamos uma das porteiras de carro, vi um filhote de cascavel cruzando a trilha. Parei e de dentro do carro mesmo tirei umas fotos. O Vitor e a Veruska desceram do carro para ver melhor a bichinha. No retorno para o carro, o pé no Vitor enroscou no mato, ele tomou um susto e deu um grito, pensando que tivessem outras cobras. Demos uma zoada básica com ele. A Mari ria tanto na descida para o mirante do vale do Corisco, zoando o Vitor que quase leva um tombo. Olha a cascavel! Pega a máquina! Pega a máquina! O vale do Corisco, com o rio Itararé cortando o cânion é o mais bonito dos que vi aqui na região. Tem um mirante de madeira, como os que têm no parque do Quartelá em Tibagi/Castro. Tiramos várias fotos, mas as melhores quem tirou foi a Veruska com a máquina profissional que ela tem. Esta é copyright da Veruska! Esta é o Vale do Corisco, copyright meu. Sentiu a diferença na qualidade? Nos reunimos no quiosque e em círculo, rezamos um Pai Nosso, agradecendo a Deus por nos conceder o privilégio de desfrutar das belezas naturais de Itararé, ao lado de bons amigos. Fizemos um minuto de silencio, aonde me veio a lembrança da rádio FM local (88,7) que nos acompanhou nestes dias, tocando um pop rock honesto, pensei nas belas paisagens da trilha das cachoeiras, na vista do alto da Pedra da Galinha, no caldo que eu levei no bóia, nas risadas que demos batendo um PF no Bochecha e lembrando das trilhas do dia. Como o Osmin disse, pode não ter feito um sol de rachar todos os dias, mas não choveu (enquanto em Marília choveu todos os dias!); ninguém se machucou seriamente e fizemos todos os passeios programados. Voltamos para a agência, onde nos despedimos do Osmin e da Veruska, combinando de voltar para fazer as trilhas de bike, rapel e conhecer a Caverna da Barreira. Seguimos os quatro para o restaurante Trilha do Caracol. A Mari ficou presa no banheiro de lá e precisou se arrastar por baixo da porta para sair. Achei um absurdo, a gerencia deveria ter dado um jeito ou arrombado a porta. A Etiane comentou que o outro banheiro estava bem sujo. O masculino estava normal. Não estava super limpo, mas para um banheiro masculino estava bom. A comida não me agradou (mas eu não sou parâmetro gastronômico), o suco estava bom. No geral eu não recomendaria o restaurante, os demais pelos inconvenientes também acho que não recomendariam . O restaurante é self service por kg, eu e a Etiane gastamos acho uns 15 ou 20 reais. Trocamos e-mails e telefones com o Vitor e a Mari, para quem sabe desbravarmos alguma trilha no futuro. Deixamos eles no Paraíso I e nos despedimos. Seguimos para o Paraíso III e pedimos orientação de uma borracharia. Como era feriado, as borracharias no centro estavam fechadas. Dirigimos em direção a um posto de combustível no “Estradão” a 2 km do hotel. O borracheiro me perguntou se estava vindo de Riversul, justificando sua fama de estrada destrói pneus. Ele deu uma olhada no pneu e disse que o furo era muito grande no estepe e tinha dado PT no pneu. O furo era bem grande, a pedra tinha cortado ele lateralmente. O cara da Borracharia me vendeu um pneu meia sola por 40 reais, para eu não viajar sem estepe. Pedi para calibrar os pneus, o estepe estava com 20 psi, sendo o ideal de 28 a 30 psi. Saímos de Itararé, rumo Sengés às 14:00. Muito trânsito de caminhão e carro nas duas pistas até Jacarezinho. Mas dirigir de dia é muito melhor que a noite. Chegamos em Ourinhos quase às 18:00 e fomos presenteados com um arco-íris. Paramos para um jantar cedo no Graal. Comemos por kg, mais uma água mineral e um doce para a Etiane. Gastamos R$37,00, quase o mesmo que gastamos nas três noites que comemos em Itararé. Pegamos uma garoa em Jacarezinho e em Ourinhos fomos recebido com um arco-íris. Para aqueles que gostam de números, segue a planilha de custo desta viagem: Hospedagem Hotel Paraíso III, 4 diárias, casal – R$240,00 Guia para 4 dias, não incluso transporte, nem alimentação, 2 pessoas – R$240,00 Pedágio – R$37,10 Refeição (4 refeições para casal) – R$51,00 Combustível (Marília – Itararé + trilhas) – R$170,00 Reparo estepe – R$40,00 Refeição Graal/Ourinhos – R$37,00 Total – R$815,00 Comentários: Quando voltarmos para Itararé, tentaremos hospedagem no Paraíso I, o custo benefício compensa. Recomendamos totalmente a Itararé Adventure. Não cogitamos a hipótese de andar lá, sem a companhia do Osmin, Veruska, Seu Zé e Marcinho. Pesquisem bem antes de contratar guias, os bons profissionais deixam seus clientes livres para escolher. Recomendamos totalmente o Bochecha e a Pizza 7, mas da próxima vez, gostaríamos de conhecer outros restaurantes. Mas passaremos para bater um PF no Bochecha com certeza. ::otemo:: A minha intenção com este relato é estimular outras pessoas a conhecer este paraíso do ecoturismo, que é o Vale do Itararé. Itararé não deve nada em belezas naturais a Brotas, pelo contrário até. Peço desculpas a quem possa ter ofendido neste relato, não pretendo ser dono da verdade. Este relato é baseado em minhas observações pessoais durante a viagem e tal como o autor, sujeito a equívocos e falhas. ::prestessao:: Abaixo coloco algumas informações para ajudar os interessados em planejar sua viagem ao Vale do Itararé. Boas mochiladas a todos! Qualquer dúvida mande uma mensagem, estou quase todo dia checando o tópico da Chapada Diamantina. ::sos:: Restaurantes Bom Apetite Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. Rui Barbosa,359 . Fone: (0XX15) 3532-4354. Serviços: Buffet, rotisseria, a la carte, marmita, marmitex e refeição por quilo. Horário de funcionamento: 11:00 as 15:00 Hs - Todos os dias. Capacidade: 80 a 100 pessoas. Bombonieri XV Café Natureza do estabelecimento: bombonieri e café. Endereço: R. XV de Novembro nº 123. Fone: (0XX15) 9779-3730. Serviços: Chocolates, charutaria, revistaria, café expresso e self service de sorvetes. Horário de funcionamento: 06:30 as 23:00 Hs - 2ª a 6ª feira; 7:00 as 02:00 Hs - sábados; 7:00 as 00:00 Hs - domingos. Capacidade: 24 pessoas. Buchecha Burguer Natureza do estabelecimento: lanchonete. Endereço: R. Eduardo Martins nº 486. Fone: (0XX15) 9782-2365. Serviços: Lanches em geral, prato feito e mini comercial. Horário de funcionamento: 08:00 as 00:00 Hs (2ª a 5ª feira) e das 08:00 as 02:00 Hs (6ª feira, sábado e domingo) Capacidade: 40 pessoas. Cabana Lanches Natureza do estabelecimento: Lanchonete e Restaurante Endereço: R. Coronel Crescêncio nº 278. Fone: (0XX15) 9125-0635 Serviços: Pizzas, lanches, filés a la carte, porções, aperitivos, marmitex, comercial, comidas típicas(com agendamento). Horário de funcionamento: 11:00 as 14:30 Hs e das 18:00 as 0:00 Hs (2ª a sábado). Domingo(com agendamento) Capacidade: 60 pessoas. Café Klocker Natureza do estabelecimento: café. Endereço: R. Rui Barbosa nº 230. Fone: (0XX15) 3532-4588. Serviços: Café, suco e salgados. Horário de funcionamento: 8:00 as 18:30 Hs (2ª feira a sábado). Capacidade: 21 pessoas. Choperia e Churrascaria Preto Natureza do estabelecimento: churrascaria, choperia e lanchonete. Endereço: R. XV de Novembro nº 69. Fone: (0XX15) 3532-4906. Serviços: Lanches, pizzas, porções, churrascaria, rodízio pizza e carne, la carte, choperia e disk-pizza. Horário de funcionamento: 09:00 as 00:00 Hs (2ª a 5ª feira), 09:00 as 02:00 Hs (6ª feira e sábado, com som ao vivo) e das 09:00 as 00:00 Hs (domingo). Capacidade: 120 pessoas. Cozinha Semi-Industrial Sonho Meu Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. Dom José Carlos Aguirre nº 839. Fone: (0XX15) 3532-5142. Serviços: Marmita e marmitex para empresas, comercial, mini-comercial, comida caseira e prato feito. Horário de funcionamento: A partir das 03:00 Hs (para empresas) e a partir das 11:00 Hs para o público em geral. Capacidade: 50 pessoas. Don Cremona Natureza do estabelecimento: cantina e pizzaria. Endereço: R. Lauro Sodré nº 316. Fone: (0XX15) 3532-3636. Serviços: Massas, pizzas e filés (também com serviços de disk-massas e disk-pizzas). Horário de funcionamento: 18:00 as 01:00 Hs (domingo a 5ª feira), 18:00 as 03:00 Hs (6ª feira, sábado e véspera de feriados). Capacidade: 78 pessoas. Guetti Burguer Natureza do estabelecimento: lanchonete. Endereço: R. São Pedro nº 2137. Fone: (0XX15) 3532-1594. Serviços: Lanches, pizzas, panquecas, sucos, porções e petiscos (também com serviços de disk-entregas). Horário de funcionamento: das 16:30 as 00:00 Hs (segunda a sexta); das 16:30 as 01:00 Hs (sábados) e das 16:30 as 00:00 Hs (domingo). Capacidade: 30 pessoas. Hushi Garden Natureza do estabelecimento: restaurante Endereço: R. Coronel Crescêncio, 282. Fone: (0XX15) 3531-2386 Serviços: Comida japonesa. Horário de funcionamento: almoço - 11:00 as 14:30 h todos os dias / jantar : das 19:00 as 23:00h (domingo a 5ª feira) e das 19:00 as 00:00 h (6ª feira e sábado) Capacidade: 14 pessoas La Pastina Restaurante e Cantina Natureza do estabelecimento: cantina, pizzaria e restaurante. Endereço: Praça Francisco Alves Negrão nº 254 - fundos. Fone: (0XX15) 3531-1857. Serviços: Marmita, marmitex, comercial, comida por quilo, la carte, pizzas, massas, disk-massas, pizzas e marmitex. Horário de funcionamento: 11:00 as 15:00 Hs (2ª a 5ª feira), 11:00 Hs as 15:00 Hs e 19:00 as 00:00 Hs (6ª feira, sábado e domingo). Capacidade: 50 pessoas. Manel´s Burguer Natureza do estabelecimento: lanchonete. Endereço: R. Prudente de Moraes nº 1131. Fone: (0XX15) 3532-4950. Serviços: Lanches em geral e sucos. Horário de funcionamento: 9:00 as 23:00 Hs (2ª feira a sábado). Capacidade: 30 pessoas. Palatto Pizza Grill Natureza do estabelecimento: pizzaria. Endereço: R. XV de Novembro nº 1051. Fone: (0XX15) 3532-1000. Serviços: Massas, pizzas, filés, porções e bebidas (também com serviços de disk-pizzas). Horário de funcionamento: 18:00 as 00:00 Hs - todos os dias. Capacidade: 72 pessoas. Preto's Choperia Natureza do estabelecimento: choperia e restaurante. Endereço: R. XV de Novembro nº 1865. Fone: (0XX15) 3532-2981. Serviços: Self service, lanches, chopp e assados (nos finais de semana). Horário de funcionamento: 09:00 as 00:00 Hs - 3ª feira a sábado; 09: 00 as 14:00 Hs. domingo Capacidade: 70 pessoas. Trilha do Caracol Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. XV de Novembro nº 500. Fone: (0XX15) 3531-3338. Serviços: Comida por quilo. Horário de funcionamento 11:00 as 14:30 Hs (todos os dias). Capacidade: 65 pessoas. Renascer Restaurante Natureza do estabelecimento: restaurante e lanchonete. Endereço: R. São Pedro nº 2730. Fone: (0XX15) 3532-3880. Serviços: Marmita, marmitex, comercial, prato feito, lanches, sucos. Horário de funcionamento 08:00 as 00:00 Hs (todos os dias) Capacidade: 35 pessoas. Restaurante Comida Caseira Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. São Pedro nº 1729. Fone: (0XX15) 3532-2145. Serviços: Mini-comercial, sortido e marmitex. Horário de funcionamento 10:30 as 14:00 Hs (2ª feira a sábado). Capacidade: 30 pessoas. Restaurante Feijão no Prato Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. 1º de maio nº 724. Serviços: marmitex e prato feito. Horário de funcionamento 11:00 as 14:00 Hs - todos os dias. Capacidade: 22 pessoas. Restaurante Toca do Leão Natureza do estabelecimento: restaurante. Endereço: R. Primeiro de Maio nº 694. Fone: (0XX15) 3532-2885. Serviços: Mini-comercial, comercial, marmita, marmitex e prato feito. Horário de funcionamento 8:00 às 21:00 Hs. Capacidade: 60 pessoas. Disk Saboris Natureza do estabelecimento: rotisserie, confeitaria, pizzaria e lanchonete. Endereço: R. São Pedro nº 1380. Fone: (0XX15) 3532-1656. Serviços: Lanches, pizzas, salgados, doces, bolos e sucos(serviço de Disk-Entrega) Horário de funcionamento: 08:00 as 24:00 Hs. Capacidade: 20 pessoas. Sérgios's Restaurante Natureza do estabelecimento: restaurante e lanchonete. Endereço: R. Major Queiroz nº 490. Fone: (0XX15) 3532-5275. Serviços: Comercial, marmita, marmitex, prato feito, lanches, sucos e bebidas. Horário de funcionamento 08:00 as 00:00 Hs (todos os dias). Capacidade: 25 pessoas. Hamburgueria Café Natureza do estabelecimento: Lanchonete, restaurante e café. Endereço: R. Lauro Sodré, 252. Fone: (0XX15) 3532-4424. Serviços: Lanches, porções, foundue, combinados, caldos, cafés, bebidas e drinks(happy hour). Horário de funcionamento: 15:00 as 24:00 Hs (domingo a 5a feira) e 15:00 hs às 03:00 hs da manhã(sexta e sábado). Capacidade: 120 pessoas. Churrascaria e Lanchonete Estradão Natureza do estabelecimento: restaurante,churrascaria e lanchonete. Endereço: Rodovia SP 258, Km 340. Fone: (0XX15) 3532-2868. Serviços: Self service, rodízio, marmita, marmitex e lanches. Horário de funcionamento: 24 Hs (todos os dias). Capacidade: 120 pessoas. Pizza 7 Natureza do estabelecimento: Pizzaria. Endereço: R. São Pedro nº 998. Fone: (0XX15) 3531-2457. Serviços: Pizzas, calzones, sucos e bebidas(serviço de Disk-Entrega e rodízio de pizza de terça a quinta-feira). Horário de funcionamento: 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a domingo) e 18:00 às 02:00 hs da manhã(sexta e sábado). Capacidade: 40 pessoas. Pizzaria Hot Natureza do estabelecimento: Pizzaria. Endereço: R. XV de Novembro nº 514. Fone: (0XX15) 3531-2000 / 3532-1598. Serviços: Pizzas, calzones, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a domingo) e 18:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Escarolla Restaurante e Choperia Natureza do estabelecimento: Restaurante e Choperia. Endereço: R. São Pedro nº 2081. Fone: (0XX15) 3531-1037. Serviços: Self-service, espetinhos, porções, marmitex, chopp, sucos e bebidas. Música ao Vivo (sexta e sábado). Horário de Funcionamento: 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a domingo) e 18:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Aroma Restaurante Natureza do estabelecimento: Restaurante. Endereço: R. Eduardo Martins nº 245. Fone: (0XX15) 3531-1018. Serviços: Peixes e Frutos do Mar, filés, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 11:00 às 15:00 Hs todos os dias, 18:00 às 24:00 Hs (3ª feira a 5ª feira) e 18:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Restaurante e Lanchonete Risoni Natureza do estabelecimento: Restaurante e Lanchonete. Endereço: R. 13 de Maio nº 473. Fone: (0XX15) 3532-5750. Serviços: Self-service, marmitex, lanches, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 11:00 às 24:00 Hs (3ª feira a 5ª feira) e 11:00 às 02:00 hs da manhã (sexta e sábado). Restaurante e Lanchonete Ita Grill Natureza do estabelecimento: Restaurante e Lanchonete. Endereço: Rodovia Aparício Biglia Filho (Itararé-Riversul) Km 02. Serviços: Self-service, lanches, porções, sucos e bebidas. Horário de Funcionamento: 11:00 às 15:00 Hs e das 17:00 às 23:00 Hs. Padarias Mais Que Pão - Padaria e Conveniência R. São Pedro nº 497. Fone: (0XX15) 3532-1229. Horário de funcionamento: 06:30 às 22:00 Hs - 2ª feira a sábado, 08:00 as 12:00 Hs/ 16:00 as 20:00 Hs - domingos e feriados. Padaria Pão de Ouro R. XV de Novembro nº 359. Fone: (0XX15) 3532-1670. Horário de funcionamento: 06:00 as 22:00 Hs - 2ª feira a sábado. Panificadora XV de Novembro R. XV de Novembro nº 1838. Fone: (0XX15) 3532-6106. Horário de funcionamento: 06:00 as 23:00 Hs - todos os dias. Padaria Pão Quente R. XV de Novembro nº 514. Fone: (0XX15) 3532-1598. Horário de funcionamento: 06:00 as 00:00 Hs - 2ª feira a sábado; 15:30 as 23:30 Hs - domingo. Padaria Pão Nosso R. São Pedro nº 1640. Fone: (0XX15) 3532-1529. Horário de funcionamento: 06:00 as 22:00 Hs - 2ª feira a sábado. Padaria São José R. Major Salvador Rufino nº 510. Fone: (0XX15) 3531-3025. Horário de funcionamento: 06:00 as 23:00 Hs - todos os dias. Padaria e Lanchonete Unipão R: São Pedro nº 2247. Fone: (0XX15) 3532-0205. Horário de atendimento: 2ª feira a sábado - 5:30 as 22:00 Hs. Domingo: 06:00 as 22:00 Hs. Padaria São José II R: São Pedro nº 2222 - centro. Fone: (0XX15) 3532-4201. Horário de atendimento: todos os dias das 05:00 as 22:00 Hs. Padaria Papai Cogo R: XV de Novembro nº 780. Fone: (0XX15) 3532-5543. Horário de atendimento: 06:00 as 23:00 hs, 2ª feira a sábado; 06:00 as 12:00/14:00 as 20:00 hs, domingo. Telefones úteis Monitor Ambiental: (15) 3531-1412 Santa Casa (15) 3532-4200 Ambulatório Amaral Carvalho Unidade Itararé (15)3531-3383 Sub-Sede Centrinho de Bauru Funcraf (15)3531-3217 Prefeitura Municipal (15)3532-8000 Policia Militar (15)3532-4155 Guarda Municipal 153 Delegacia de Policia (15)3532-4245 Policia Rodoviaria (15)3532-4704 Ponto de Táxi Rodoviaria 24 h (15)3532-4526 Informações Turísticas (15)3532-4122 Corpo de Bombeiros 193 Cachoeira da Cabeceira Localidade: Sengés – PR ( Vale do Itararé). Atrativo Principal : Cachoeira da Cabeceira Outros atrativos : Corredeira do Poço fundo, Cachoeira do Bugres, Cachoeira do Lajeadão. Cachoeira do Pinheirinho, Cachoeira dos Veadinhos. Acesso : Asfalto (12 km.) e trecho de terra (21 Km) em razoável estado de conservação. Interesse : Lazer, observação da fauna e flora, fotografia e esportes radicais, como boiacross e canyoning, cascading. Excelente caminhada em dias quentes, com paradas nos locais acima citados. Tempo de passeio: 07 horas aproximadamente. 14 km. De caminhada Cachoeira do Corisco Localidade: Sengés – PR ( Vale do Itararé) Atrativo Principal: A própria cachoeira do Corisco, com seus 106 metros de queda. Interesse: Ideal para fotografias, pois a visão do mirante é deslumbrante e inesquecível. Acesso: 5 km de asfalto, mais 20 km em estrada de terra em bom estado de conservação, mais uma caminhada de 500 metros até o mirante Cachoeira do Invernada Localidade: Estância Vale do Paraíso / Itararé-SP Atrativo Principal: Cachoeira do Invernada e as corredeiras do ribeirão do Papagaio, chamadas de “As Sete Quedas”. Outros Atrativos: A fazenda localiza-se em um “canyon”, cercada por paredões areníticos de 50 a 60 metros. Interesse: Lazer, estudo do meio, observação da fauna. Um dos mais belos locais para sessões de fotos. Outro local interessante para implantação do Turismo Rural. Acesso: Asfalto- 30 km Cachoeira do Lajeado Grande localização : Sengés – PR ( Vale do Itararé) Atrativo Principal : A própria cachoeira com seus 42 metros de queda e cortina d’ água com 30 metros, aproximadamente. Outros atrativos : Trilha até o topo da cachoeira (05 km. De trilha), conhecendo outras quedas, e ao final da trilha deparamos com o canyon do Rio Jaguaricatu, com seus paredões de 50 / 80 metros de altura. Interesse : Lazer, observação de fauna e flora, fotografia e esportes radicais, como boiacross, cascading e canyoning. Acesso : Asfalto 05 km. E trecho de terra (18 km.) em bom estado de conservação Caverna do Pinhalzinho Localização : Vale do Itararé Cidade de Pedra Localização: Estação Experimental de Itararé / Trilha do Caracol Itararé – SP Atrativo Principal: Trilha do Caracol, Serra de Bom Sucesso e a Gruta Santana. Outros Atrativos: Trilha do “Viveiro” – para Educação Ambiental, e o viveiro de pinnus. Interesse: Caminhadas de média intensidade, fotografia e projeto de educação ambiental em andamento. Área pertencente á Secretaria estadual de Meio Ambiente, administrada pelo Instituto Florestal. Possibilidades de esportes radicais como escaladas, rapel e bicicross. Acesso: Estrada Intermunicipal ITR 001, sem asfalto, mas em razoável estado de trafegabilidade – 30 km Pedra da Galinha e do Camelo Localidade: Bom Sucesso de Itararé – SP Interesse: Caminhadas de média intensidade, fotografia. Possibilidades de esportes radicais como escaladas, rapel e bicicross. Acesso: Estrada Intermunicipal ITR 001, sem asfalto, mas em razoável estado de trafegabilidade – 35 km Poço Azul Localidade: Vale do Itararé Poço do Encanto Localização : Vale do Itararé – Trilha da Lumber (“Off-Road”) Rio da Vaca localização : Itararé-SP na divisa com os municípios de Itaberá e Itapeva – SP Atrativo Principal : Piscinas naturais, corredeiras e cascatas, que se formam ao longo do Rio Verde e seu afluente Ribeirão das Vacas, devida ao leite lagueado que possuem. outros Atrativos : Banhos refrescantes e momentos de lazer a beira de rios que ainda não sofrem problemas com poluição. Infra-Estrutura : Estruturas rústicas de pequenos comerciantes oferecendo lanches, refeições, pesque-pague, área para campings (não homologadas pelo município) Rio Verde Localidade: Itararé-SP na divisa com os municípios de Itaberá e Itapeva – SP Atrativo Principal: Piscinas naturais, corredeiras e cascatas, que se formam ao longo do Rio Verde e seu afluente Ribeirão das Vaca, devido ao leito lageado que possuem. Interesse: Banhos refrescantes e momentos de lazer a beira de rios que ainda não sofrem problemas com poluição. infra-Estrutura: Estruturas rústicas de pequenos comerciantes oferecendo lanches, refeições, pesque-pague, a área para campings (não homologados pelo município) Trilha da Ripasa Localização : Itararé – SP Atrativo Principal : Trilha Interpretativa da natureza Infra- Estrutura : A empresa mantém a Casa de Visitantes no local, com profissionais que responsabilizam-se pela recepção de visitantes, com sistema de rádio e escritório no centro urbano de Itararé . Interesse : Embora com perfil para desenvolver atividades de Educação Ambiental pode-se obter autorização para visitas monitoradas. Excelente estrutura para estudos de meio, turismo convencional, ecoturismo e fotografia . Acesso : Asfalto – 02 km. E trecho de terra (10 km.) em permanente estado de conservação Trilha da Lumber – Off-Road Localização: Vale do Itararé Canyon do Jaguaricatu Localidade: Sengés – PR ( Vale do Itararé) Atrativo Principal: A própria cachoeira com seus 42 metros de queda e cortina d’ água com 30 metros, aproximadamente. Outros atrativos: Trilha até o topo da cachoeira (05 km. De trilha), conhecendo outras quedas, e ao final da trilha deparamos com o canyon do Rio Jaguaricatu, com seus paredões de 50 / 80 metros de altura. Interesse: Lazer, observação de fauna e flora, fotografia e esportes radicais, como boiacross, cascading e canyoning. Acesso: Asfalto 05 km. E trecho de terra (18 km.) em bom estado de conservação Fonte: José Camargo (A.M.A.I - Associação dos Monitores Ambientais de Itararé) Fone:(0XX15)3531-1412 Posto de Informações Turísticas Endereço: Praça Francisco Alves Negrão Fone: (0XX15) 3531-4329 SECET – Secretaria de Educação, Cultura , Esporte e Turismo Endereço: R. São Pedro nº 1654. Fone: (0XX15) 3532-4122 Sites: http://www.valedoitarare.com/ http://www.itarareadventure.com.br/ http://manualdebolso.wordpress.com/2010/01/15/viagem-aventura-itarare-sp/ http://www.valedoitarare.com.br/ http://www.rasturitarare.com.br/
  3. Com 112 anos de emancipação político - administrativa, Itararé abriga uma população de aproximadamente 50.000 habitantes. Tem na agricultura seu alicerce econômico, principalmente a cultura do feijão, milho e soja, além de contar com uma forte atividade pecuária. Tem ainda, a maior área de reflorestamento artificial do Brasil e está numa região cujo conjunto é a terceira maior área do mundo. Desmembrada da antiga Fazenda da Faxina, hoje Itapeva, Itararé teve momentos de importância na história paulista e brasileira: parada obrigatória dos tropeiros que vinham de Viamão no Rio Grande do Sul em direção à Sorocaba, fato que propiciou as condições para o nascimento da cidade; foi o maior entreposto madeireiro da América Latina nos anos 20 e 30 e ponto logístico fundamental nas Revoluções de 30 e 32. Com o calor que estava fazendo no final de outubro, e pensando no que fazer no feriadão de finados, começamos a estudar as possibilidades. Desta vez seria passeio com a família, então nada radical. O calor pedia banho de cachoeira, então pensamos em dois lugares: Prudentópolis e Itararé. Como Prudentópolis é mais perto escolhemos Itararé, assim aproveitaríamos melhor os três dias disponíveis. Prudentópolis que nos aguarde, em breve estaremos por lá. O grupo foi se formando, eu com esposa, filho, sobrinha e cunhada; Matias e esposa; Thomas & Ingrid com e seus pais (dele e dela). De última hora apareceu o Daniel, que recém-casado aproveitou e fez sua lua de mel com toda essa galera junto... Sexta de manhã nos reunimos no parque Barigui e rumamos em direção ao interior do estado. Viagem tranquila por pista dupla até quase Jaguariaíva, depois pista simples até Sengés, perto da divisa com SP. Chegando a Sengés paramos no posto para encontrar com os pais do Thomas, que vieram de São Paulo mais cedo, na verdade um dia antes. Como nos atrasamos um pouco eles já tinham saído em direção a Cachoeira Véu de Noiva, em companhia do guia Marinho. Sim, desta vez pegamos um guia. Já que não conhecíamos quase nada por lá iríamos perder muito tempo procurando as atrações, e como estávamos em bastante gente acabou ficando em conta. (guia Marinho (15) 97974052 ou 97974904). Como esta cachu o Thomas já conhecia lá fomos nós passear pelas estradas de Sengés. O tempo estava bom, nublado, mas sem chuva, se o sol tivesse aparecido ficaria perfeito. Fomos de carro até bem próximo da cachu, e em menos de 5 minutos de caminhada já dava pra ouvir o barulho da queda d’água... linda!!! O nível do rio estava baixo, mas mesmo assim deu pra tomar um banho muito bom. Nos refrescamos e voltamos para Sengés, pro almoço. Almoçamos no restaurante do mesmo posto que paramos na chegada, Restaurante da Padroeira. Não sei se foi o horário (mais de 14h00min) mas não estava muito bom, e pelos R$ 14,90 do buffet ou R$17,90 do espeto corrido esperava mais. Todos alimentados e carros abastecidos partimos pra segunda etapa, Cachoeira do Corisco e Poço Encantado. Seguimos em direção a Itararé, e pouco antes da divisa dos estados saímos da estrada à direita. Corisco e Poço Encantado ficam em propriedades particulares (pelo que vi da Klabin). Na ida Marinho para pra pegar a chave das porteiras. Corisco é a primeira a ser visitada, fica a +/- 1km da estrada, dentro de uma área de reflorestamento. Aliás, o que mais tem por lá é pinus e eucalipto, pra onde você olhar vai ver um reflorestamento. Até mesmo dentro da RPPN do Corisco tem pinus. Chegando à Cachu do Corisco temos um “centro de visitantes”, uma pequena trilha de 100m cercada que parece um curral, e que chega a um mirante na beira do cânon e de frente pra cachu, que tem mais de 100m de queda, show!!! Depois de muitos cliques partimos em direção ao Poço Encantado, alguns kms à frente. O poço é uma nascente de águas cristalinas, aonde avistamos uma tartaruga e alguns peixes. Mais cliques e já está na hora de ir embora. Partimos em direção a Itararé, para a pousada Topitó. Itararé é uma cidade muito simpática, com algumas pousadas, hotéis e restaurantes. A pousada Topitó é um charme, confortável e muito agradável. O dono é colecionador, e como na cidade todos sabem que ele coleciona peças antigas, ao invés de jogar fora levam pra ele. O resultado é uma pousada cheia de peças antigas por todos os lados. A noite saímos pra comer pizza no centro (Pizza 7), muito bom, comemos bastante e ficou em R$ 9,00 por pessoa. Voltamos para pousada, afinal no sábado teríamos uma caminhada de 14 km, a rota das cachoeiras. Sábado acordamos cedo, com uma leve chuva. Tomamos um café da manhã reforçado, e a chuva continuava, fraquinha. Resolvemos sair assim mesmo, pois parecia que iria parar de chover, e parou mesmo, a chuva foi apenas para baixar a poeira da estrada. Seguimos novamente em direção a Sengés, pro mesmo lado da Cachu Véu da Noiva. Na ida Marinho passou na casa da D. Augusta e reservou nosso café para a volta. Começamos a caminhada sem chuva, com tempo nublado e um calorzinho bom. Deus é bom... A primeira das cinco cachus visitada é a C. Cabeceira do Postinho. O acesso é por uma estrada dentro de um reflorestamento (pra variar...), chegamos por cima dela e descemos por uma trilha até seu poço. Como as demais, seu nível está baixo. De lá seguimos por trilha até segunda, e em minha opinião a mais bonita das cachoeiras, a dos Veadinhos. Cachu rasa com várias quedas, ideal para um banho. Aqui descansamos, lanchamos e seguimos para a próxima, Cach. Do Lajeado. Como as outras, chegamos por cima da queda maior, atravessamos o rio descemos pela outra margem. Mais uma cachu magnífica, com piscinas fundas e várias quedas. Essa é uma característica da região, cachus lajeadas, com vários degraus, devido ao solo de arenito. Seguindo passamos pela Cachu do Bugre, aonde apenas tiramos algumas fotos e partimos para a última do circuito, Cachu do Poço Fundo. Aqui descansamos mais um pouco, e logo seguimos de volta para os carros, e para o café da D. Augusta. Aliás, D. Augusta é famosa por lá, o pessoal que faz a rota das cachus sempre para por lá pra tomar café, afinal é uma caminhada de +/- 5 horas, o pessoal sai da trilha com fome... o interessante é que ela não cobra nada, quem fala que tem que pagar é o guia. E não tem valor estipulado, cada um paga o quanto quiser ou achar que vale o café reforçado. Comemos queijo, doce de abóbora, doce de leite, bolinho de chuva, leite, tudo fresquinho, direto da propriedade. Final do 2º dia, ou quase, faltou a janta! A pizza do dia anterior foi tão boa que repetimos a dose, Pizza 7 novamente. Domingo, dia de ir embora, mas antes vamos conhecer o Cânon do Pirituba e sua Cac. Da Invernada; e a Pedra da Galinha. Estas atrações, diferente das anteriores, ficam em SP, no munícipio de Bonsucesso. O Cânion do Pirituba fica em propriedade particular, dentro de um reflorestamento, é claro... Mas lá apesar de ter porteira a cerca acaba logo ao lado, deixando a passagem livre. O cânion é espetacular, o lugar mais bonito de nossa viagem. Suas paredes verticais mantém os pinus do lado de fora, dentro do cânion a vegetação é bem preservada. Logo ao lado fica a cachu da Invernada, muito legal também. Marinho nos disse que só podíamos visitar a parte de cima do cânion, mas já vi fotos lá de baixo... tudo bem, no nosso grupo temos pessoas de 78 a 15 anos de idade, então fomos pra fazer um passeio light com a família... De lá seguimos pela estrada até a Pedra da Galinha, formação rochosa parecida com Vila Velha (Ponta Grossa/PR). As formações ficam ao lado da estrada, é só descer do carro, pular uma cerca e andar 3 minutos. Ficamos algum tempo explorando o local, tirando fotos e curtindo o visual. Mas está na hora de ir embora, ainda temos muita estrada pela frente. Voltamos para Itararé e resolvemos almoçar no caminho, num restaurante localizado num sítio perto da entrada de Itararé, infelizmente esqueci o nome... comida caseira no fogão de lenha, muito boa por sinal. Mas já está na hora de retornar a Curitiba, então voltamos a pousada pra pegar a bagagem e pé na estrada. A volta foi demorada, retorno de feriadão sempre tem movimento grande... Sengés/Itararé, duas cidades muito próximas, uma em cada estado, numa região fantástica, cheia de cânions, cachus, rios e grutas que vale a visita. É claro que não conseguimos fazer tudo, mas isso só dá mais vontade de retornar. Espero que em breve.
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