Membros de Honra DIVANEI Postado Novembro 7, 2022 Membros de Honra Postado Novembro 7, 2022 Sempre quando saímos atrás de uma boa AVENTURA, logo nos vem à cabeça, lugares distantes, grandes paisagens longínquas, montanhas em Parques Nacionais famosos, litorais exuberantes. Serras desconhecidas, ambientes naturais há centenas de quilômetros das nossas casas e por causas disso, sempre nos frustramos quando não conseguimos nos desvencilharmos dos afazeres da vida, do trabalho e das obrigações que nos faz cairmos nas mesmices da nossa existência. Mas, o que nos falta mesmo é olharmos com mais carinh⁷o no quintal de casa, certamente há de encontrarmos coisas exuberante, aqueles lugares que estão lá, escondidinhos, esperando por uma visita nossa, seja numa bela caminhada descompromissada, seja numa jornada de bicicleta ou até mesmo motorizados. Aqui no interior de São Paulo, na Região de Campinas, sempre uso o Rio Jaguarí como base para alguma aventura, já que, apesar de cruzar algumas cidades, é um rio que ainda tem uma água bem preservada, inclusive já havíamos descido de Morungaba até Joaquim Egídio (distrito de Campinas) boiando somente de colete salva-vidas por um dia inteiro. E numa outra oportunidade, descemos por dois dias de Joaquim até Pedreira, boiando e caminhando pelas trilhas na beira do rio. Mas numa ocasião pitoresca, isso há quase 25 anos atrás, inventamos de nos jogarmos de boia nas corredeiras que cruzam Cosmópolis bem acima na famosa PONTE DE FERRO, junto à Usina Ester. Éramos dois coiós, sem capacete, sem colete salva-vidas, sem nenhum equipamento de proteção, tão somente carregávamos uma boia de pneu de caminhão, sem saber nada sobre o que encontraríamos pela frente e o resultado foi o esperado: Nos jogamos na corredeira e imediatamente já viramos passageiros do rio, que foi debulhando a gente, numa máquina de lavar gigante, nos triturando feito um bagaço de cana na moenda. O mundo virou de ponta cabeça, joelhos e braços foram sendo esfolados pelas pedras e quando o pesadelo parecia ter acabado, fomos jogados num poço profundo com um refluxo que nos abraçou e não deixava a gente escapar. Giramos como se estivéssemos no olho de um ciclone, lutando bravamente para não morrermos afogados. Nadei o mais rápido que eu consegui, tentando me segurar na boia, porque se ela me escapasse, não tinha saído de lá com vida. A ação deu certo, num rodopio, fui cuspido para fora do refluxo até que mais abaixo, antes de ser jogado numa cachoeira onde poderia ser o meu fim, consegui me agarrar numa pedra, alcançar a margem e quase cair morto de cansado. O Rogério, meu companheiro de desgraça ( opsss, aventura) não teve a mesma sorte que eu, ficou preso, girando , girando, até que sem aguentar mais, perdeu as forças e deixou a boia escapar , deu um tchau pra vida e começou a afundar, mas como esse não era o dia dele, um bombeiro que estava num dia de folga fazendo churrasco perto dali, percebeu a movimentação e pulou atrás dele, retirando-o do poço. E essa foi mais uma aventura vivida no Rio Jaguarí, que por sorte acabou bem, mas poderia ter se transformado numa tragédia. Ultimamente acabamos nos metendo a inventar de REMAR. Fomos ao mar e levamos uma surra, enfrentado mais de 30 km até a Ilha do Montão de Trigo no litoral norte Paulista, mas ainda nos faltava apanhar de um rio, então vislumbrei um projeto de tentar descer da PONTE DE FERRO em Cosmópolis até onde o Rio Jaguarí encontra o Rio Atibaia e dá vida ao Grande Rio PIRACICABA. Risquei no mapa e deixei guardado, esperando a oportunidade, até que o ALEXANDRE ALVES resolveu que estava na hora de tirarmos o projeto da gaveta. Mesmo sendo no quintal de casa, a logística não era muito favorável e depois de uma discussão acalorada, resolvemos tocar o foda-se e o Alexandre passou na minha casa no feriado do dia das Crianças e juntos tocamos direto para Usina Ester, uma usina gigante que fica há pouco mais de 1 km da Ponte de Ferro, onde pretendíamos guardar o carro e arrastar os caiaques até o rio. E lá vai o Alexandre pedir autorização para estacionar no setor da Usina e como recebeu o a aval de um dos funcionários, desembarcamos os caiaques, mas quando estávamos indo em direção ao rio, fomos interpelados pela segurança que faz ronda motorizada. - O meu “Patrão” não pode deixar o carro estacionado aí não. - Mas a gente pediu autorização na administração. Respondeu o Alexandre. - Não, negativo, nós é que cuidamos da segurança da empresa e nós temos ordens de não deixar estacionar aqui e ORDENS SÃO ORDENS. E não querendo causar intrigas, apenas perguntamos onde poderíamos deixar o carro e ele nos indicou a entrada da empresa, embaixo de uma figueira gigante. Animados e sem raciocinar direito, ao invés de deixarmos os caiaques junto ao rio, resolvemos carrega-los na mão e foi uma baita ideia estúpida, porque não era possível progredir nem 100 metros antes de descansar. Então resolvemos pegar um atalho por dentro de um canavial e tentar achar uma passagem que nos levasse mais rapidamente ao leito do rio, mas fomos nos arrastando e nada de achar uma trilha, uma entrada em meio ao mato fechado. Quando já estávamos com a língua de fora, ouvimos o barulho de uma cachoeira, uns 500 metros abaixo da PONTE DE FERRO e ali encontramos uma pequena trilha que nos levou até ela. Por ser um grande poço de águas paradas, esse foi um ótimo lugar para partir, aliás, foi uma grande sorte irmos sair exatamente ali, porque acima de nós seria impossível remar por causa das corredeiras e das pedras expostas. Jogamos os caiaques na água e subimos remando até a pequena queda d’água, que formava uma correnteza violenta descendo afunilada entre as pedras. Tentamos remar contra a correnteza, mas era impossível, então deixamos a brincadeira de lado e demos start na nossa aventura. Confesso que eu estava bem apreensivo. Remar no caiaque oceânico para quem não está acostumado ao remo, num primeiro momento é complicado, a gente fica com medo do negócio virar e acabar ficando preso e também tem o perigo de cair numa correnteza, perder o controle e se lascar todo, despencar em alguma cachoeira, já me bastava as lembranças da descida de boia na década de 90, mas dessa vez, fizemos questão de estarmos munidos com colete salva-vidas e um belo capacete, mas o que iria acontecer dali para frente seria uma verdadeira incógnita . O Alexandre tomou a dianteira, ele é o mais experiente. Já no início, para o meu desespero, apareceu uma primeira corredeira e o Alexandre passou de boa, mas eu já fiquei enroscado num muro de pedra, onde a quilha travou e enroscou. Nada que eu fizesse dava conta de fazer o caiaque voltar a navegar, então foi preciso achar um pé no fundo do rio raso e aliviar o peso e fazer a embarcação boiar novamente. Nesse primeiro momento é pura adaptação, sentir o brinquedo, sentir o equilíbrio, testar os limites, ver até onde a gente pode ir, aí é ir se soltando aos poucos, perdendo o medo das águas mais rápidas, mas 900 metros depois a gente avistou a PONTE DE CONCRETO, uma das duas que cruzam o rio nessa região, a outra é a famosa Ponte de Ferro que já havia ficado para trás. Sob a ponte, uma corredeira, fraca, mas o suficiente para nos assustar. Alexandre foi à frente, eu logo atrás, com o fiofó na mão com medo de dar merda e quando meu caiaque caiu nas águas rápidas, tento remar o mais rápido possível tentando ir para a margem e me abrigar no capim, mas foi tarde demais, virei de costas e perdi o controle. Desesperado, meti remo encima de remo até me segurar num galho de árvore e esperar o aval do Alexandre dizendo que era seguro passar. O Alexandre se esgueirou pelo canto direito da ponte, passado pelo centro da correnteza e deslizou suavemente para fora da tormenta. Soltei as mãos do galho em que eu me ancorava e também deixei que a força das águas me carregasse, ganhando a calmaria em definitivo. No fim, não era nada demais e logo passamos pela foz do rio Pirapitingui, onde um pescador tentava fisgar uns mandis. Entramos agora numa espécie de ferradura que quase praticamente irá fazer uns 360 graus, um pedaço do rio sem nenhuma correnteza e nenhuma habitação, onde os patos mergulhão vão nos observando, assustados com a nossa presença silenciosa. Quando decidimos montar essa “caicada”, pensamos que seria uma moleza, aproveitaríamos a corrente do rio e deslizaríamos sem nenhum esforço, mas nos enganamos bonito, porque o rio é praticamente uma grande lagoa, de águas mansas e paradas. Se por um lado, o esforço era grande, principalmente para mim que não tenho costume de remar, por outro lado, a remada se dava num silêncio ensurdecedor, que só era quebrado pelos animais e pássaros da floresta que sobrevoavam a mata ciliar de um lado a outro. O silencio era tamanho, que eu e o Alexandre batíamos papos enquanto remávamos lado a lado e depois de mais de uma hora e meia de remo, encostamos à beira de uma grande pedra para descansarmos e fazermos um lanche. Alimentados, retomamos a remada e pouco mais de meio dia, com um calor dos inferno, começamos a ouvir barulhos que achávamos ser de trovões, já que pensamos que poderia ter chuva na parte da tarde, mas vendo que o céu se mantinha livres de nuvens, desconfiamos que poderíamos estar escutando as explosões das pedreiras que tem ali na região, mas logo, numa curva do rio, nossa atenção se voltou para uma vegetação exuberante, que foi surgindo aos poucos, grandes árvores pontilhadas por uma infinidades de coqueiros e palmeiras e nessa hora, já havíamos remados por mais de 10 km e a cada km percorrido, a qualidade da água parecia ir melhorando, talvez por ganhar alguns pequenos afluentes de águas límpidas que o abastem pelo lado direito. Há algo de satisfatória em remar num lugar como aquele, ainda mais por estarmos tão perto de grandes cidades, mas ao mesmo tempo nos sentirmos tão isolados. Vez ou outra, uma revoada de tucanos cruza o nosso caminho e um carcará nos surpreende com uma caça no bico, mas 2 km depois surpreendemos uns garotos que pescavam com seus pais e nos acenam da margem do rio e é muito provável que não estão acostumados a verem esse tipo de embarcação remando por aqui. E somos mesmo meio extraterrestres nessas paragens e me espanta porque esse roteiro tão lindo, não foi explorado por agencias de ecoturismo, já que tem um potencial gigante. O tempo foi passando e os braços foram ficando cada vez mais doloridos. Às vezes o rio se cercava com alguns paredões de pedra e quando beirou quase duas da tarde, pedi ao Alexandre para a gente encostar num pequeno píer, já que nessa parte do rio, começaram a surgir alguns ranchos e sítios. A intenção da parada era apenas tomar uma água, mas logo vimos que mais adiante o rio despencava numa sequência de corredeiras e do lado direito, uma pequena usina hidrelétrica fez a gente ficar esperto. Aportamos os caiaques e subimos para cima do píer e ficamos discutindo como faríamos para passar pela queda d’água que se apresentava à frente, mesmo porque, ainda nem sabíamos o tamanho da encrenca e o Alexandre estava meio com receio de tentar se aproximar e ser tragado por ela, então ele pensou em atravessar o rio para o lado direito e, nos valendo de uma possível estradinha, dar uma olhada via usina. Enquanto debatíamos a contenda, um barulho gigante quase fez a gente cair na água de tanto susto. Muito provavelmente, eram as turbinas da usina hidrelétrica que acabara de ser religadas. Consegui convencer o Alexandre da gente ir remando bem rente a margem esquerda, com todo cuidado, sempre perto da vegetação para nos protegermos, caso a correnteza nos puxasse, mas depois vimos que não havia correnteza na margem e a queda d’água era pequena, então descemos das embarcações e resolvemos passar com os caiaques nas costas. Passar os caiaques foi um pouco chato, a canela vai batendo em tudo que é pedra e os pés vão escorregando em outras pedras lisas, até que conseguimos vencer o desnível e voltar para o remanso do rio novamente. Agora vamos descendo suavemente, remando mais devagar, já que imaginamos estarmos mais próximos do fim da remanda. Vamos simplesmente contemplando a paisagem, e ao longo desse final de trajeto, dando boa tarde para alguns pescadores que pacientemente nos respondem de volto, com toda cordialidade, ainda que espantados com nossa silenciosa presença. Mas ao darmos boa tarde para outro pescador, quando o dia já se aproximava das três da tarde, ele mal nos responde e já emendou um aviso: - Viu, vocês não vão conseguir passar mais não, o aguapé daqui para a frente, tomou conta de tudo e pelos próximos 3 km o rio está interdito para qualquer tipo de embarcação. Eu dei uma desdenhada, queria ver com os meus próprios olhos e enquanto o Alexandre respondia ao pescador, resolvi continuar remando por mais uns 100 metros até me encostar às plantas aquáticas. E chegando lá, constatei a história, que infelizmente não era de pescador. O Rio se fechou num mundo de aguapés e não eram plantas esparsas, eram um conglomerado de tufos gigantes, consistentes e entrelaçados um nos outros, fim do caminho, fim da linha. Ainda olhei no mapa para ver quanto ainda faltava e não eram 3 km como disse o pescador, mas sim cerca de 1 km e meio, mas mesmo assim, algo quase impossível de transpor. Claro que pensei em pular do caiaque e tentar abrir caminho no braço, mas isso com certeza seria uma ideia das mais estúpidas, então apenas aceitei a situação e fui confabular com o Alexandre afim de achar uma solução. O Alexandre já estava resiliente com a situação, pulou do caiaque e foi observar a extensão do nosso problema com os pés firmes no chão, junto a uma grande laje de pedra que se estendia pela margem do rio. A nossa situação não era nada boa, porque o rio faria uma curva e se aproximaria da estrada e era justamente nessa aproximação que pretendíamos pular fora do rio Jaguarí, bem no encontro com o Atibaia, no nascedouro do Grande Piracicaba, mas isso não seria mais possível e isso não era o pior, se tivéssemos que varar mato arrastando as embarcações, estaríamos ferrados porque a estrada estava à quilômetros do rio. Só nos restou uma coisa a fazer, remar de volta até onde avistamos os pescadores e tentar conseguir uma autorização para sairmos pelas terras deles, tentando deixar os caiaques lá e torcendo para que houvesse uma estrada que nos levasse até a rodovia. Voltamos até eles e fomos autorizados a desembarcar, mas quando desci do caiaque, não encontrei chão, meu pé afundo na lama da margem e fui parar no fundo do rio com o caiaque virado e enchendo de água. Foi o banho de despedida, mas não seria o último. Puxamos os caiaques e ficamos sabendo que teríamos que caminhar 7 km até o bairro mais próximo, para tentar encontrar um carro que pudesse nos levar de volta até a USINA ESTER, para resgatarmos nosso carro, depois voltar ali para apanharmos os caiaques. O Alexandre, safo como só ele sabe ser, conseguiu convencer um dos pescadores que estavam ali pescando a nos levar com seu carro até a usina, mediante a um certo pagamento, claro. Saímos do sítio e ganhamos a rodovia que liga Americana à Paulínia e quando ela chegou mais próximo do Rio, onde abandonaríamos o asfalto para ganhar o estradão em meia a plantação de cana, resolvemos tomar o rumo da PONTE DE CONCRETO, aquela mesmo que passamos por baixo, navegando com os caiaques, mesmo porque, nosso carro estava do outro lado dela, era só atravessar e resgatá-lo. Quando embicamos com o carro do pescador na ponte, eis que encontramos uma cancela eletrônica, o que acabou por nos surpreender, então apenas saltamos do carro, agradecemos a carona e dissemos que ele poderia voltar, que dali para frente passaríamos a pé mesmo. Agora a pé, paramos na ponte antes da cancela e gritamos para o cara que a controlava de dentro da guarita, mas ele ou não ouviu ou se fez de surdo e logo um carro da ronda da Usina Ester, veio nos interpelar. -Boa tarde senhores, o que desejam? Nos perguntou o segurança, o mesmo que havíamos conversado na parte da manhã, o mesmo que havia pedido para que estacionássemos nosso carro em outro lugar. - A gente só quer atravessar a ponte e pegar nosso carro do outro lado. Respondeu o Alexandre. - Negativo, não pode! - Não pode o que, caminhar na estradinha do outro lado? Perguntei. - Caminhar na estradinha pode, o que não pode é passar pela ponte. - Mas o senhor pode nos acompanhar, atravessamos, pegamos nosso carro e vamos embora. - Já falei, não pode, temos ordens para não deixar passar e ORDENS, SÃO ORDENS. O MISERÁVEL bateu o pé, estava cumprindo ordens que acho que ele mesmo não sabia quem as deu. Eu e o Alexandre ficamos putos, muito putos e piorou quando ele disse que se quiséssemos cruzar o rio a nado, teria que ser longe da ponte. Chamei o Alexandre para picarmos a mula dali e tentar achar uma passagem na mata, uma trilha que nos devolvesse novamente ao rio, mas um pouco longe da ponte de concreto. Então pegamos uma estradinha de cana que bordejava a mata ciliar e a desgraçada foi cada vez mais se afastando do rio, muito porque, a própria proteção vegetal foi se alargando. Claro que a gente, num caso extremo, poderíamos varar mato indefinidamente até o rio, mas estávamos totalmente despreparados pra isso, sem roupa adequada, o dia quase no fim e até tentamos forçar passagem pela mata, mas era uma vegetação entrelaçada e espinhuda , então fomos acompanhando pela estradinha até que aparecesse uma trilha que nos devolvesse ao rio novamente. Nossa tentativa de encontrar uma passagem para o rio foi cada vez mais definhando, mas numa curva do caminho, quando a gente não esperava por mais nada e só pensava em esticar nossa pernada e tentar a passagem pela PONTE DE FERRO, eis que encontramos uma trilha, que no mapa nos indicava que sairíamos muito perto de onde havíamos partido pela manhã . Descemos rapidamente, por um caminho desimpedido até que finalmente, tocamos novamente o Rio Jaguarí, bem no lugar onde ele era encachoeirado, mas infelizmente, impassável, ao menos com segurança. Fizemos de tudo, caçando um lugar para cruzar o rio, mas a correnteza ameaçava nos derrubar e nos carregar. Fui ficando estressado, o dia chegando ao seu fim e nada de conseguir passar, até que mais acima, um muro de pedra natural, que se estendia quase de um lado ao outro ao rio, me chamou a atenção. Varei mato de cuecas, sem as roupas, pronto para tentar um lugar seguro para saltar, mas não havia como. O Alexandre já estava agoniado com a situação e queria retornar tudo, abandonar aquela ideia e voltar para a estrada, até que me lembrei que na minha mochilinha, havia uma cordinha. Pegamos a cordinha, amarrei na cintura e pedi para o Alexandre me dar segurança. Subi numa pedra mais alta e saltei junto a correnteza e nadei o mais rápido que meus braços conseguiram, até que toquei uma língua de pedra no meio do rio, onde era mais raso e poderíamos seguir caminhando. Dei segurança para o Alexandre passar nadando também e juntos, ganhamos a margem, achamos um pequena trilha, que em minutos nos devolveu para a estrada, do outro lado do rio, onde caminhamos de volta para a Usina Ester e resgatamos nosso carro e assim voltamos para onde estavam nosso caiaques, já com a noite caindo, mas a tempo de retornarmos para casa, exaustos, destruídos, mas extremamente felizes por ENCONTRARMOS AVENTURA NO QUINTAL DE CASA. Divanei Goes de Paula Publicado em 20/10/2022 19:41 Realizada em 12/10/2022 Visualizações 161 Citar
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