Membros Sara_dantas Postado Terça às 14:32 Membros Postado Terça às 14:32 (editado) Eu uso o mochileiros.com há muiiiiiiitos anos pra ajudar a planejar e montar minhas viagens (“isso aqui era só mato”), geralmente postava mais na parte de perguntas e companhia pra viajar, acho que só deixei relato uma vez, quando viajei pra alguns países na África, porque havia muitos poucos relatos na época e pensei que poderia ajudar. Agora pesquisando pro México senti falta de relatos mais atualizados. Mas, especialmente, senti falta de testemunhos de viagem com criança bem pequena (só quem tem bebê em fase de introdução alimentar entende essa importância, rs). Por isso decidi tentar deixar um relato aqui, vai que ajuda alguém. Nossa viagem foi com uma criança de 10 anos (que já faz “mochilões” desde os 7 e tá acostumada) e com um bebê de 1 ano e 3 meses. Embora cansativo, é totalmente possível ir pro México-não-resort com criança com menos de 2 anos. A parte da alimentação foi o mais difícil (pra ser sincera, essa sempre foi minha única preocupação), eu adoro experimentar sabores e acabamos não podendo fazer muito isso, priorizando ir pra restaurantes mais “tradicionais” e com comidas menos picantes (mas ainda consegui conhecer um monte de coisas, como o mole poblano e o chile em nogada). Ficar em airbnb ajudou muito a preparar vários lanchinhos e refeições rápidas que quebravam um galhão no dia a dia. Restaurantes italianos e árabes foram superpráticos, cafeterias com omeletes também, e em vários locais conseguimos pegar guarnições de arroz (geralmente o rojo), feijão e alguma proteína animal. Não foi simples, mas menos complicado do que eu temia. Sempre tinha que perguntar se a comida era picante (“se pica mucho?”) e provar antes de oferecer pro bebê, e aconteceu de falarem que não era picante e quando experimentamos era bastante. Outra coisa: não tem jeito, com criança pequena a gente tem que ir com as expectativas mais baixas e ciente de que não vai dar pra fazer tudo e/ou os planos vão mudar, independentemente do lugar visitado. Inclusive nosso roteiro inicial, ainda no planejamento, era fazer CDMX, Puebla e Oaxaca. Depois pensamos que o deslocamento pra Oaxaca poderia ser estressante/cansativo com bebê e decidimos tirá-la dos planos (com muita dor no coração) e incluir Taxco, passando mais dias na CDMX com calma. Já durante a viagem, com o tanto de trânsito que pegamos pra Puebla, Tula e Teotihuacán, decidimos não ir a Taxco também (outra dor no coração!) e ficar menos tempo em ônibus/estrada. Ainda assim a viagem foi maravilhosa! Só quem tem filho pequeno sabe o quanto rotina é importante pra eles, eles funcionam melhor (humor, sono, alimentação). E quando tudo funciona bem pra eles, pra gente acaba sendo um pouco menos (mas só um pouco mesmo, rs) cansativo. E, assim, eu queria muito conseguir aproveitar a viagem também, não queria perder muito tempo em cozinha, não curtir muito os dias por estar extremamente cansada por ter dormido pouco porque o bebê também não dormiu etc. Em alguns dias a rotina não deu certo, só conseguimos parar pra almoçar lá pras 15h ou o bebê foi dormir umas 21h30 (no Brasil 00h30, sendo que sempre dorme entre 19h30-20h aqui). Eu fiquei um pouco estressada, sim, mas no fim deu tudo certo, nós aproveitamos MUITO! A gente tem que tentar manter a rotina deles dentro do que for possível, mas sem muitas neuras. Então tô aqui principalmente pra dizer pra quem tem crianças pequenas: se joga e vai! Com alguns perrengues e estresses no caminho, dá certo e o que ficam são ótimas lembranças e histórias pra contar, um capítulo superinteressante da sua vida com os seus amores! Deu pra fazer quase tudo de carrinho (no Castelo de Chapultepec tem que deixar na entrada e no museu da Frida só é permitido na área externa), mas nas zonas arqueológicas levamos a mochila de carregar/canguru, pelo fato de o chão ser irregular e também pra poder subir as pirâmides. Não levamos o carrinho pra Puebla porque seria uma coisa a menos pra carregar pra rodoviária, e pela previsão do tempo ia chover lá. Com chuva, é mais prático usar o canguru. Nosso voo foi direto GRU-CDMX, ida em 04/10 e volta em 18/10/25. Ficamos em airbnb tanto na CDMX quanto em Puebla. Na CDMX escolhemos um bem perto da estação Sevilla (La Condesa/Roma Norte), o que foi ótimo, pois usamos muito o metrô. Também era próximo ao Bosque de Chapultepec (uns 10 minutos a pé) e aos parques Espana e México (que acabamos indo menos do que achávamos que iríamos, mas que são ótimos pra crianças, os parquinhos de lá são bem legais!). Fechamos para todo o período de 15 dias, pra não precisar se deslocar com malas quando fôssemos a Puebla e Taxco (deixamos as malas grandes e fomos com as pequenas). METRÔ NA CDMX: custa 5 pesos (out/2025), e o cartão dele não é de uso individual, dá pra passar várias vezes seguidas sem bloquear. Então um cartão único serve pra um monte de gente. Se eu não me engano o custo dele era 20 pesos, e compra e recarrega nos guichês, bem simples. O metrôbus custa 7 pesos, mas não chegamos a usar, não posso explicar como funciona. CÂMBIO: levamos dólares americanos e um pouco só de pesos mexicanos. Eu já tinha lido aqui e comprovei que é verdade: o melhor lugar pra trocar dólares por pesos é logo após o desembarque no aeroporto Benito Juarez (voamos pela Latam - Terminal 1). Tinham dois lugares especificamente com a melhor cotação (são vários câmbios, um ao lado do outro). Trocamos quase tudo lá. Depois precisamos trocar mais um pouquinho já quase no fim da viagem, e as cotações no centro eram bem piores. Pra quem mora em São Paulo, uma casa de câmbio aqui que sempre encontrei as melhores cotações é a Primecash, na Liberdade. Lá vende pesos mexicanos também. Eu confesso que nem fico mais comparando, como lá sempre tem cotação boa e é confiável, já vou direto. PS: usamos cartão de crédito algumas vezes em restaurantes e pra comprar passagem nas rodoviárias. Pelo menos na CDMX boa parte dos lugares parecia aceitar cartão, mas em alguns museus e nos sítios arqueológicos não aceitam. CUSTOS EM GERAL: pra comer achamos a CDMX levemente mais cara que São Paulo (Puebla é um pouco mais barata). Os custos com transporte (público e uber/táxi) são menores, acho que as atrações também. No fim, achamos que os gastos ficaram parecidos com os do Brasil. O meu relato não vai ser muito focado em custos, porque não anotei muita coisa (a maior parte, hehe) e mesmo tendo começado a escrever menos de um mês após ter voltado, já esqueci muito. O que eu lembrar e tiver anotado, deixo aqui. O que já adianto é que, em out/2025, as entradas dos sítios arqueológicos e dos museus públicos administrados pelo INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História) são 100 pesos pra adultos, menores de 13 anos e acima de 60 não pagam, estudantes eu confesso que não reparei. Quase todos os museus que visitamos eram do INAH, com exceção (que lembro agora) da Casa da Frida e Casa do Leon Trotsky (esse mais barato até). Outra coisa é que nos restaurantes não incluem a taxa de serviço nas contas, mas é esperado que se dê 15% de propina. Acabamos ficando bastante tempo na Cidade do México e, honestamente, eu acho que é uma das capitais mais subestimadas do mundo. Carácoles, é uma metrópole incrível! Até começar a pesquisar pra viagem eu não sabia, mas é a segunda cidade com mais museus no mundo, atrás só de Londres. O de antropologia tá entre os mais legais que já visitei na vida. Tem muitos atrativos, muitos sítios arqueológicos por perto, restaurantes diversificados, muita cultura... Um trânsito horrível também, hehe. É uma cidade com personalidade e onde se pode passar váaaarios dias e ainda vai ter muito pra fazer e ver! Enfim, espero que o meu relato encoraje e ajude a ter noção de deslocamentos, atrações que podem ser visitadas no mesmo dia, essas coisas. Peço já desculpas por erros de português e informações incompletas, escrevi meio na pressa e, neste momento, é o único jeito de o relato sair, hehe. Vou deixar um resumo do roteiro antes de fazer o relato. 04.10 (sab) SP - cdmx - mercado 05.10 (dom) cdmx - casa azul, Leon Trotsky, coyocan, lucha libre 17h 06.10 (seg) Tula 07.10 (ter) cdmx - Puebla (tapo - terminal de oriente - metrô san lazaro) - centro histórico 08.10 (qua) Puebla - Cholula, túneis, parque de los fuertes ("deu erradooooo") 09.10 (qui) Puebla - centro histórico - cdmx 10.10 (sex) Chapultepec - Zoo e Museu Antropologia 11.10 (sab) cdmx - casa de GGM, San Angel e monumento a la revolucion 12.10 (dom) cdmx - Xochimilco e centro 13.10 (seg) cdmx - Teotihuacan + basílica 14.10 (ter) cdmx - Six Flags 15.10 (qua) cdmx - centro 16.10 (qui) cdmx - castelo Chapultepec, Museu Antropologia e Soumaya 17.10 (sex) cdmx - biblioteca/MAM, Roma/Condesa/paseo 18.10 (sab) cdmx - Zócalo/desfile alebrijes - sp 19.10 (dom) chegada sp DIA 1 – 04/10 – sáb: voo pra CDMX, chegamos por volta de 16h, pegamos MUITA fila pra imigração. Trocamos dólares no aeroporto, logo na saída da imigração. Nessa saída compramos também chip pra celular, não lembro a empresa, mas pegamos um pacote de internet ilimitada pra 15 dias (que era o tempo exato da nossa viagem). Até resolvermos tudo no aeroporto, chegamos ao airbnb na região de Roma/La Condesa por volta de 19h. Um carro grande da yellow cab saiu por 580 pesos. Estava chovendo (na nossa primeira semana de viagem pegamos chuva todo dia à tarde e à noite), fomos ao supermercado Sumesa fazer compras pra semana (café da manhã sempre em casa, com algumas exceções) e voltamos pra casa pra descansar. DIA 2 – 05/10 – dom: fomos pro museu da Frida, no primeiro horário, às 10h (ingressos têm que ser comprados com antecedência – adulto é 320 pesos, menor de 13 e idoso é 30 pesos e menor de 2 não paga). A intenção era ir de metrô até a estação de Coyoacan e depois caminhar uns 20 minutos, mas como estávamos atrasados fomos de uber. Também visitamos a casa de Leon Trotsky (uns 10 minutos a pé da Frida, e se eu não me engano 70 pesos adulto e 35 estudante). Almoçamos no Nola Jazz Club e andamos um pouco pelo bairro, pela Plaza Hidalgo, paróquia San Juan Bautista. É uma região bem gostosa, só não aproveitamos mais porque chovia e parava. Umas 16h20 pegamos um uber pra Arena México, pra lucha libre de 17h (esse horário só rola nos domingos). Pagamos 275 por cada ingresso e mais as taxas (tudo, pra 3 pessoas, comprado antecipadamente pela internet, ficou em 1056 pesos). Pegamos bons lugares, perto do ringue. Pretendíamos voltar de metrô (a arena fica perto da estação Cuauhtémoc), mas tava chovendo muito na saída e com carrinho e bebê acabamos voltando de uber. Meu marido pegou comida num restaurante perto e comemos em casa. DIA 3 – 06/10 – seg: dia de visitar a zona arqueológica de Tula. Minha dica é que, como os museus fecham nas segundas, e as zonas arqueológicas estão abertas todos os dias, segunda é um bom dia pra fazer Teotihuacán e outros sítios. E nos domingos eles devem ser evitados, se possível, assim como o Museu de Antropologia, pois são gratuitos para os mexicanos e moradores locais e enchem muito (por isso preferimos a casa da Frida no domingo, porque é um museu que só vende ingressos antecipadamente com um número limitado de entradas por horário). A intenção era sair cedo e estar de volta à cdmx umas 15h, no máximo16h, pra conseguir aproveitar mais alguma coisa. Mas enrolamos pra sair, levamos quase o dobro de tempo pra chegar a Tula (o normal é aproximadamente 1h30) e na volta chegamos à rodoviária 3 minutos após um ônibus ter saído (saem de hora em hora). Acabou sendo um passeio de dia inteiro. Pra ir por conta própria é só pegar o metrô até a estação de autobuses del norte. Lá, no lado esquerdo, no último guichê se compra a passagem pra Tula (pra Teotihuacan é no guichê ao lado). No México menores de 13 anos pagam metade do valor da passagem de ônibus. Na rodoviária de Tula eles cobram 70 pesos de táxi até o sítio arqueológico (pegamos o contato do motorista pra nos buscar na volta, já que lá não há táxis disponíveis). No sítio arqueológico contratamos um guia local, Marcos, por 700 pesos. Como já mencionado, a entrada é 100 pesos, menores de 13 não pagam, somente em dinheiro. Foi uma visita maravilhosa e eu recomendo bastante! É bem menor que Teotihuacan, mas superinteressante se você tem mais tempo na cdmx. Na volta, em Tula mesmo, almoçamos no Azcatlmolli, indicação do guia. Comida boa e bem mais barata que na cdmx. Só mais uma coisa, que vai depender da linha de metrô em que se está... Pra chegar à estação autobuses del norte uma das baldeações que fizemos foi na estação La Raza... Ela é enorme (andamos um bocado!), tem exposições, murais, uma mini biblioteca e e um “túnel de la ciência”, com informações sobre ciência e astronomia. É bem legal, nós “perdemos” um tempinho nela (mais um motivo pra termos demorado a chegar a Tula, hehe). DIA 4 – 07/10 – ter: fomos pra Puebla. Metrô até a estação San Lázaro, onde fica a rodoviário TAPO. Compramos a passagem pela ADO. Nossa intenção era chegar entre 12-13h em Puebla, mas pra variar pegamos muito trânsito na estrada e ainda chegamos lá com muita chuva. Nosso airbnb era perto do centro histórico, a umas 5 quadras do Zócalo. Dava pra fazer todo o centro histórico a pé. Quando a chuva diminuiu um pouco saímos pra passear. Almoçamos e jantamos em restaurantes no Zócalo (Evangelina – com uma sacada com vista bem legal - e Vittorio’s, respectivamente) , passamos pelo callejon de los sapos, catedral de Puebla, calle de dulces, capilla del rosário e por esses caminhos descobrimos outras igrejas e prédios bonitos. DIA 5 – 08/10 – qua: pegamos um uber cedo pra Cholula (só começou a chover à tarde, mas já estava tudo encoberto – zero condições de ver o Popocatépetl). Entradas pro Museu e zona arqueológica de Cholula por 100 pesos pra adultos. Depois da visita subimos até a igreja de Nuestra Senora de los Remédios e na volta almoçamos no Urucú, bem perto (lá descobrimos uma horchata maravilhosa!). Pegamos um uber pra voltar pra Puebla e aí, junto com a chuva, começou a dar tudo errado, rs. Íamos tentar visitar os túneis de Puebla, mas chegamos lá e eles tinham fechado por conta da chuva. Com muito custo conseguimos um táxi na rua e fomos até o Fuerte de Loreto, no parque da zona histórica de los Fuertes. Assim que o táxi nos deixou, sob muita chuva, nos avisaram que tinha faltado energia e estava tudo fechado. Tentamos um uber pra voltar pro centro histórico, mas ele não lia nossa localização exata e, como não conhecíamos o parque, não sabíamos descer pro lugar onde o uber chegava. Ficamos quase 1h nisso (e dá-lhe chuva!) até conseguirmos ajuda. Chegamos à biblioteca palafoxiana perto do horário de fechar, que era 17h. Fizemos 15 minutos de visita (tem um espaço de exposição legal, mas que, pelo tempo, vimos quase nada). Nessa hora a chuva tinha diminuído um pouco. Andamos pelo centro, mercado el parian, barrio del artista, jantamos e voltamos pra casa nos sentindo derrotados, rs. DIA 06 – 09/10 – qui: a gente saiu pra andar mais pelo centro histórico, mas não lembro os nomes das igrejas que visitamos. Achamos Puebla muito linda, mas o tanto de chuva que pegamos mais o caos da tarde anterior nos deixou meio desanimados. Voltamos pro airbnb às 11h, pra fazer o check-out, almoçamos no restaurante e bar el parian, que era bem perto, e de lá já rumamos pra rodoviária (Terminal CAPU) pra voltar pra cdmx. Chegamos umas 16h e fomos andar pelo bairro, ficamos um pouco no parque Espana pras crianças brincarem, jantamos por perto e voltamos pra casa. DIA 07 – 10/10 – sex: fomos a pé pro Chapultepec. As crianças brincaram um pouco no parquinho e decidimos ir ao zoológico (sei que é um tema polêmico, mas pra criança é incrível), que é gratuito. Depois fomos pro Museu de Antropologia, almoçamos na cafeteria de lá e aí começamos a visita por volta de 15h. O museu é 100 pesos por adulto, como já mencionei, e o último horário de entrada é 17h. Fica aberto até 18h e conseguimos ficar até o finzinho, mesmo com bebê. Ainda assim voltamos outro dia pra ver mais coisas, porque é incrível e 3h é muito pouco (ainda mais com uma criança de 15 meses querendo andar e mexer em tudo, rs). É um museu fácil de visitar, penso que até pra quem não curte museus, e dá pra passar um dia inteiro, mas se você conseguir reservar de 3-4h lá (sem bebê) consegue visitar todo o térreo. Na saída mais chuva, pegamos um táxi e, apesar de estarmos relativamente perto (não fosse a chuva teríamos voltado a pé) levamos coisa de 1h30 pra chegar em casa, de tanto trânsito! DIA 08 – 11/10 – sáb: nosso primeiro dia sem chuva! O tempo finamente mudou, no máximo pegamos um chuvisco ou outro em alguns dias (e isso melhorou muito a experiência da viagem! Chuva em viagem com criança é terrível!) O planejamento era casa de literatura Gabriel Garcia Marquez, el bazar sábado de San Angel e depois canais de Xochimilco, mas acabamos demorando mais por San Angel (bairro adorável) e, apesar de já estarmos mais pro sul, pegaríamos muito trânsito até os canais, então nos aconselharam a ir pro centro e visitamos o monumento a la revolucion. A casa do Gabo tem que reservar com antecedência, é 400 pesos por adulto e 250 pra estudantes. É uma visita privada, fica alguém da fundação na casa no horário que você reservou e só você (e seu grupo, se for o caso) visita. Quem recebeu a gente foi a Emília, neta do Gabo. Sou grande fã dele, “cem anos de solidão” é o meu livro favorito, já li quase tudo dele, então foi bem emocionante. Nós podemos visitar o jardim, o escritório externo (onde ele escrevia) e, da parte da casa principal, a cozinha e as salas. Descobrir Guimarães Rosa nas estantes dele, ver Chico, Caetano, Gal, João Gilberto, Tom Zé entre as suas músicas, ver a paisagem que ele também via enquanto escrevia suas histórias mágicas ... E, principalmente, ver as crianças brincando no jardim que ele cuidava... Pra mim foi dos melhores momentos da viagem e de viagens que fiz! Depois pegamos um uber até a Plaza San Jacinto, em San Angel (dá uns 30-40 minutos a pé, mas não queríamos perder tempo), rodamos pela feira, pelas ruas nos arredores, almoçamos, e umas 16h pegamos outro uber até o monumento a la revolucion, no centro. Visitamos o museu (aberto até 19h) e depois subimos até o mirante (aberto até 22h nos findes). O museu é 100 pesos por adulto, o mirante se eu não me engano era 300 e pouco (meu marido pagou, não lembro agora). Tem todo um rolezinho pra fazer no mirante. De lá, voltamos pra casa. Editado Terça às 15:41 por Sara_dantas Citar
Membros Sara_dantas Postado Terça às 15:04 Autor Membros Postado Terça às 15:04 DIA 09 – 12/10 – dom: fomos de manhã pra Xochimilco de uber, e descemos no embarcadero Nuevo Nativitas, que é o que tinham nos indicado. Eu acho que rolam umas traineiras coletivas, mas não encontramos isso lá. O passeio de 1h, independente do número de pessoas, é 700 pesos (por traineira). O que dá pra fazer é juntar com quem tá por lá buscando informações também, que foi o que a gente fez. Acabamos pagando 400. De lá pegamos uber até o Zócalo (muito trânsito chegando ao centro!), pro almoço mais caro da nossa viagem, no Balcon del zócalo (sabíamos que seria caro, nesse dia queríamos aproveitar), com uma vista pra praça. Há outros restaurantes com terraças na região. Depois andamos pelo Zócalo (tava rolando uma feira literária, havia palestras, apresentações musicais), umas ruas nos arredores, passamos por livrarias, sorveterias, e aí fomos andando pela Peatonal Madero até o Palácio de Bellas Artes. Fizemos a parte da visita gratuita, andamos pela alameda central (já era início de noite e tava tudo muito cheio, os mexicanos aproveitam muito!!). Pegamos o metrô pra voltar pra casa umas 20h. PS: na peatonal fica a casa de los azulejos e próximo ao fim dela, já de frente pra lateral do palácio, ficam o Palácio Postal e o Museu Nacional de Arte (fizemos essas visitas em outro dia). DIA 10 – 13/10 – SEG: dia de Teotihuacán! Fomos de metrô até autobuses del norte e lá pegamos o ônibus, que nos deixou na entrada 2 da zona arqueológica (a de frente pra pirâmide do sol). Compramos as passagens já com a volta (75 pesos cada perna por adulto e metade menores de 13), com o horário em aberto, pra facilitar a vida (na volta é direto com o motorista e só aceitam em dinheiro). Chegamos por volta de 11h e ficamos até umas 14h30. A pirâmide do sol não pode mais subir desde a pandemia, a da lua pode-se subir até um nível. Infelizmente não conseguimos visitar o templo de Quetzalcoatl. A calçada dos mortos da parte da pirâmide do sol até a lua é plana, mas da pirâmide do sol até o templo é de altos e baixos e o sol tava fervilhando (como sempre falam por aqui, vá de chapéu e não esqueça a água e o protetor solar!). Eu que levo o meu filho na mochila de carregar, já tinha subido com ele a pirâmide da lua e andado tudo, tava muito cansada, e ele incomodado de ficar na mochila. Achamos melhor não continuar pelo outro lado (ainda chegamos a descer uma parte), e isso me doeu muito também. Mas também queríamos ir à Basílica de Guadalupe, então realmente não dava pra demorar. Pegamos o ônibus na saída 2 e descemos na estação deportivo 18 de marzo (a índios verdes é a parada anterior, só ficar atento quando chegar nela, pra descer na certa). Fica a uma estação de metrô de distância e dá pra ir a pé, mas como tava muito quente e o metrô é barato, achamos melhor ir de metrô mesmo. Acho que vale a subida até a capela do cerrito, pela vista que se tem no caminho do complexo e da CDMX. De lá, voltamos de metrô pra casa. DIA 11 – 14/10 – TER: esse dia foi pra agradar a criança. Tomamos café da manhã no Fonda Carmela e fomos ao Six Flags. Sei que não é algo buscado aqui no mochileiros, mas se ajudar alguém, o dia mais barato pra ir é terça e se comprar antecipadamente pela internet ainda sai um pouco mais barato. Mesmo nos horários de pico não ficou supercheio, a gente pegava no máximo uns 15 minutos de fila nas montanhas-russas principais (mas algumas chegaram a ficar com 40 minutos de fila depois). Dá pra ir de metrô + ônibus, mas optamos por uber. PS: Na (acho que) parte 3 do Chapultepec também tem um parque de diversões, menor, mas que tem montanha-russa também. DIA 12 – 15/10 – QUA: fomos de metrô até o Zócalo e visitamos o Templo Mayor (eu achava que o museu de lá era pequeno, mas me surpreendeu). Após a saída, continuando na rua Republica de Guatemala, topamos com o ChocoStory, a loja de uma espécie de museu do chocolate que tinha por lá (mas pelo que entendemos, não é o principal museu do chocolate), achamos os chocolates de lá bem bons (o de café e o de especiarias com canela eram muito bons!) e compramos alguns pra dar de presente. Um pouco depois tem um hotel chamado “círculo mexicano”, que tem um restaurante no terraço. Os pratos não eram superbem servidos, mas não foram caros também. E lá tivemos um almoço bem agradável com vista pra catedral. De lá fomos pra peatonal Madero novamente e visitamos o palácio postal (45 ou 50 pesos, se não me engano, não lembro exatamente agora), o museu nacional de arte (munal) e, ao fim da alameda central, o museu mural Diego Rivera (essas últimos visitas foram coisa de 30 minutos, 1h e 15 minutos cada, por conta dos horários de fechamento e pra dar tempo de visitar tudo). Também fomos ao Café Don Porfírio, no terraço do Sears, com uma vista bem legal do Palacio de Bellas Artes (é só entrar na sears e pegar o elevador até o 8º andar). Jantamos na casa de los azulejos (na verdade só eu e o bebê, os outros preferiram comer perto de casa). Tem uns pratos básicos, uns bem típicos, não é muito caro, e é meio turistão. DIA 13 – 16/10 – QUI: fomos a pé pro Chapultepec e seguimos pro castillo (100 pesos). A subida de carrinho é bem tranquila, mas lá em cima, na entrada, tem que deixar o carrinho. A primeira parte é a do Museu Nacional de História e a segunda parte é dos aposentos do castelo. A vista de lá também é bem bonita. De lá voltamos pro Museu de Antropologia, que adoramos e tem muita coisa pra ver. Almoçamos no restaurante que fica no museu (Sala Gastronómica) e que, apesar de não ser tão barato, tem uns pratos bem interessantes (mistura pratos típicos e por regiões do país, meu marido comeu polvo com chapulines, eu comi uma espécie de sanduíche de chile em nogada). Ficamos umas 2h no museu e meio que conseguimos visitar todo o térreo (somando com a primeira visita). Depois disso fizemos algo que nos arrependemos... Tínhamos pensado em dar uma volta pelo Polanco, pra conhecer um pouco de outro bairro, e aí pensamos em ir ao Soumaya pra aproveitar, já que era de graça. Já tinha lido algumas críticas ao museu, mas era de graça, tem a arquitetura como diferencial e tal... Enfim, decidimos ir até lá e foi uma experiência ruim. O tempo todo nos seguiam dentro pra dar bronca por tudo (não podia apontar pras obras, não podia chegar perto da linha limite, a criança não podia ficar a mais de 30 cm de distância da gente). Nem visitamos tudo, decidimos ir embora. Não é um museu amigável pra crianças e, depois de ler uns comentários nas avaliações do google, acho que nem pra adulto. E o conteúdo é meio ruim mesmo, o ricaço quis montar um museu com a coleção particular dele mas parece que não quis pagar um museólogo e curador, jogou tudo lá sem criar uma conexão, uma gradação entre as obras. Enfim, podíamos ter ficado mais tempo no Chapultepec, ter aproveitado mais lá e ainda perdemos tempo com trânsito pra sermos maltratados. A CDMX tem muitos museus mais interessantes, acho que só vale visitar se você realmente tiver muito tempo na cidade e já tiver ido a muitos outros. DIA 14 – 17.10 – SEX: de manhã nos separamos, eu fui visitar a Biblioteca Vasconcelos, de metrô (estação Buenavista), e meu marido foi ao Museu de Arte Moderna, no Bosque de Chapultepec. Encontramos em casa e tiramos a tarde pra andar por Roma e La Condesa, Paseo de la Reforma, Angel de la Independência, Fuente de Cibeles. Não seguimos exatamente um roteiro nessa tarde, a gente tinha como objetivo visitar algumas livrarias (gostamos de comprar livros nos países que visitamos) e a panaderia Rosetta (que nos foi indicada por mexicanos e que achamos ok, mais hipster que gostosa, rs), e fomos fazendo tudo isso olhando o google maps e tentando encaixar nos caminhos as atrações mais turísticas. Tudo isso parando nos parques com parquinhos pras crianças brincarem. DIA 15 – 18.10 – SÁB: Nosso último dia de viagem, nosso voo era por volta de 17h30, então tínhamos um pouco de tempo até a hora do almoço pra tentar aproveitar. Levantamos um pouco mais tarde pra descansar também, depois de vários dias correndo de manhã. Na noite anterior e nessa manhã arrumamos as malas pra deixar tudo “no ponto” e umas 10h saímos pra ir pro Zócalo. Nesse dia ia ter o desfile de alebrijes, que começa lá e vai pro Paseo de la Reforma, uma espécie de esquenta pro dia de los muertos. A linha de metrô que pegávamos perto de casa (rosa) estava ok, mas na Pino Suarez trocávamos pra azul pra descer no Zócalo, e a linha azul estava um inferno. Como era só uma estação a gente devia ter descido na Pino e ido o resto do caminho a pé (fizemos isso na volta, pra evitar o Zócalo), mas acabamos ficando presos na multidão (sério!). Minha dica é: se for de metrô pra algum evento no Zócalo, tipo dia de los muertos, e tiver que trocar em alguma estação pra linha azul, se for relativamente perto (tipo até 2 estações) vá a pé. Fica MUITO cheio mesmo, pior que o metrô no Rio em mega eventos em Copacabana! Mas enfim, vencida essa etapa, conseguimos ver a concentração de alebrijes, e vimos muitos grupos estudantis com bandas escolares, meninas vestidas de balizas, a impressão que dava era que seria um desfile no estilo 07 de setembro aqui no Brasil, mas com alebrijes. Ficamos com muita vontade de ver o desfile mesmo, mas tínhamos que voltar. Ainda demos mais uma volta nos arredores do lotado Zócalo, nos despedindo desse lugar que amamos tanto, compramos mais chocolate na ChocoStory e voltamos pra casa. Perto de casa tinha um restaurante chamado Pavorosso (quase tudo é de peru) que fomos vários dias, ficamos amigos do povo de lá, então também passamos lá pra nos despedir e pegar uns sanduíches pra comer no aeroporto. Combinamos um transfer às 13h e pegamos MUITO trânsito no caminho pro aeroporto. Mas deu tudo certo, foi uma viagem maravilhosa!! 1 Citar
Membros LuAZ Postado Terça às 19:03 Membros Postado Terça às 19:03 (editado) Adorei seu relato. O México é um sonho nosso aqui em casa. Tb viajo com meu guri e os relatos com crianças são realmente escassos. Inclusive tô devendo os meus aqui...hehehe. Editado Terça às 19:03 por LuAZ Citar
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