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De La Paz a Corumbá passando pela estrada da morte


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Santa Cruz de La Sierra - Corumbá - 630 Km

 

Saímos de La Paz no dia 1° de fevereiro. Fizemos a viagem à Cochabamba., 380 Km, em seis horas, sendo que uma delas gastamos para sair de La Paz e do seu trânsito caótico, além de nova passeata desta vez na Av. 16 de julho, a principal de La Paz. De Cochabamba a Santa Cruz de La Sierra, no dia 2 de fevereiro, foram 450 Km. percorridos em sete horas. Ambas as estradas são sinuosas, mal conservadas, mal sinalizadas e com muitos caminhões. A primeira tem características rochosas como as do altiplano e a segunda é ladeada por uma serra verdejante. Tanto Cochabamba como Santa Cruz de La Sierra são cidades bem desenvolvidas, limpas, modernas, com transito organizado, muitas praças arborizadas, ruas bem sinalizadas, principamente em Cochabamba. Lembra bem alguns bairros das capitais do sul do Brasil.

 

Desde La Paz, mas principamente ao chegar em Santa Cruz de La Sierra, fomos colhendo informações sobre a nova estrada de asfalto que liga Santa Cruz de La Sierra à Corumbá no Brasil, a mesma do Trem da Morte, chamada de Bioceânica. Ligamos para a polícia carretera, fomos ao escritório de turismo de S C de La Sierra e a uma agência de turismo, além de conversar com um jornal local, afinal como diz a sabedoria popular "notícia ruim chega depressa". Todos sem excessão nos disseram que a estrada não oferecia maiores perigos mas ninguém soube dizer ao certo quantos kilômetros de estrada de terra ainda estariam em obras. A outra opção seria de Santa Cruz de La Sierra a Yacuíba, na fronteira com a Argentina, 550 km a mais até Florianópolis.

 

Diante dos diversos obstáculos possíveis e narrativas não muito animadoras lidas na internet, decidimos sair num horário de maior movimento e criamos um pequeno amuleto: um casal de aymarás em miniatura, do típico artesanato altiplânico, colocados de cabeça para baixo e que seriam desvirados no Brasil, após percorrermos a estrada da morte sem sobresaltos. "No creo em brujas, pero..." Para os que pretendem percorrer este trecho, recomendamos o mesmo, sair de dia, em horário de maior tráfego e levar combustível extra. A estrada é muito deserta e sem recursos nas proximidades. O único posto de combustível depois da periferia de Santa Cruz é em San José de Chiquitos. O trecho não asfaltado é de uns 47 kilômetros, entre El Tinto e San José de Chiquitos. Ansiosos por concluir o trajeto mais perigoso da viagem, fizemos duas únicas paradas para abastecimento, uma das vezes do nosso próprio combustível reserva. A Kangoo não teve tempo de adaptar-se a rápida descida do altiplano e aumentou seu consumo de combustível nesse trecho voltando ao normal nos dias seguintes. Além disso a pilotagem foi de uma velocidade média 130 km/h no trecho de asfalto e 30 Km/h na estrada de terra.O asfalto é de concreto, super estável, quase sempre uma reta e super bem sinalizada, sem pontos de pedágio durante o percurso o que diminui a possibilidade dos golpes dos policiais.

 

 

O relato de toda a viagem você encontra em www.navelirica.blogspot.com

Aos que partem,

Suerte!

Carol

 

PS. O combustível para estrangeiros na Bolívia é tres vezes mais o preço que eles pagam e ainda assim fica nuns 15% mais barato que o nosso. Propina na saída de S C de La Sierra desta vez por causa da película, R$ 37,00.

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