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Rumo a Machu Picchu - Viagem feita em Abril/Maio de 2008


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Fizemos todos os passeios clássicos de que Cuzco dispõe! Ruínas dos arredores, passeio pela cidade, visita a museus... a cidade é bem bacana, e o clima é tranquilo. Mas de tudo que fizemos, o que realmente vai marcar pra sempre é a trilha inca.

 

Entendo que muita gente algumas vezes viaja com pouco tempo, e a intenção é conhecer o máximo de lugares possível. Então, por isso, tem gente que prefere deixar de lado os quatro dias da trilha, e chegar a Machu Picchu de trem, pra ter três dias a mais na viagem e conhecer outros lugares. Mas olha, pense bem... porque a trilha é MUITO legal!

 

Nossa expectativa quanto à trilha era bem grande. Todo o sufoco pra encontrar a data ideal, a correria pra reservar, a insegurança em mandar dólares pra alguém em outro país, no "escuro"... tudo isso se juntou, e ficamos ansiosos pelo dia da partida. Teresa, a moça da empresa de turismo que contratamos, nos visitou no hotel no sábado a noite, e fez uma pequena instrução sobre como seria, o que era importante lembrar, etc. Fizemos o pagamento complementar da reserva, e aí descobrimos que J. não tinha levado seu RG!

 

Importante isso! Foi um problema, porque o pessoal da trilha exige que o turista apresente, no momento de entrar no parque nacional, o documento com que reservou a trilha. A reserva não é com a empresa de turismo, e sim com o setor do governo do Peru responsável pelo parque. E eles são rigorosos.

 

No dia seguinte, seguimos apreensivos. J. estava com seu passaporte, mas preocupada por n ter levado o outro documento. A viagem de ônibus até chegar ao local de partida é demoradinha, e tornou-se ainda mais angustiante. Mas fomos bem.

 

Na entrada do parque, muita conversa entre o guia e o pessoal do controle. Ficamos por último. Todos os estrangeiros do outro lado da ponte, e nós aguardando a liberação. O guia não contou quais foram seus argumentos, mas pra mim ele é amigo de alguém ali, porque acabou conseguindo que permitissem nossa entrada!

 

E assim demos os primeiros passos efetivamente rumo a Machu Picchu!

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O primeiro dia é relativamente tranquilo. Não vou ser detalhista nem descrever muito, porque você vai querer ver com seus próprios olhos.

 

O segundo dia é EXTREMAMENTE cansativo! Meu físico não é nada atlético, e exceto pelo pessoal acostumado com a trilha (carregadores e guias) todo mundo se cansa bastante pra completá-lo. N, integrante de nosso grupo, deu demonstrações de boa forma inúmeras. Em determinado momento, solidário ao meu sofrimento, subiu a montanha com sua mochila, e voltou para buscar a minha. Acabou bravo comigo, porque me recusei a entregar...

 

Pra mim era um desafio pessoal conseguir chegar a Machu Picchu com meu equipamento nas costas. Mas quem quiser uma sugestão, aqui vai: não tenha vergonha em contratar um carregador pra sua mochila. E não leve vinte quilos de coisas! Seja razoável, pra poder apreciar a bela paisagem sem caminhar pisando na língua de tão cansado(a). Leve roupas leves, porque você vai querer andar de bermuda apesar do frio. Leve calçados de qualidade, porque seus pés irão doer mesmo com eles. Leve repelente, porque há insetos por lá querendo seu sangue! E leve o protetor solar, porque apesar do frio o sol queima do mesmo jeito!

 

Se uma dica adicional for válida, tente aprender algumas palavras em quechua pra usar com os carregadores. Eles são pessoas bem simples, e terão bastante consideração se você demonstrar, dessa forma prosaica, interesse pela vida e cultura deles. Eles somente se comunicam nesse idioma com os guias...

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O terceiro dia é menos cansativo que o segundo, e tem mais coisas pra ver. Muitos lugares interessantes, e muita aula sobre a maneira inca de viver a vida e ver o mundo. Tem uma parte de descida que me judiou os joelhos e os dedões do pé.

 

Chegamos ao acampamento de tardezinha. Um estreito trecho entre a montanha e o rio. Espero que você não tenha o mesmo azar que tivemos. A barraca que pegamos estava justamente ao LADO do mais fétido banheiro que conhecemos durante toda a viagem! =S

 

Mas vale tudo! Nesse acampamento há um boteco onde você pode comprar água, refrigerante, comida, etc. E há duchas quentes por dois soles (aproximadamente U$ 0,60 ou R$ 1,00 com a cotação da época) o que, convenhamos, é pouco mais do que de graça! Você VAI querer tomar essa ducha! Ainda que não seja um jato de água quente revigorante, em grande quantidade! Ainda que o local esteja cheio de gringo, e que quando um deles entre na ducha ao lado a sua mie, ainda assim você vai querer esse banho.

 

E depois, vai desfrutar do banquete que eles servem nessa noite. Você vai ficar admirado com a habilidade e a capacidade de improviso daquele pessoal...

 

Meus companheiros compraram vinho e foram celebrar a vida. Eu estava morto de cansado, e fui me deitar. No quarto dia acordamos 3 e meia da manhã, pra chegar no posto de controle antes que ele abra. Assim podemos partir imediatamente depois de ter os documentos checados, o que nos permite chegar a Machu Picchu o mais rápido possível, pra aproveitar mais o dia.

 

Além disso, os carregadores precisam levantar o acampamento logo, porque eles pegam o trem de volta a Cuzco assim que chegam a Águas Calientes, logo cedo.

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