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Bolívia/Peru em 15 dias - Set/Out 2013 - Roteiro em Excel + Fotos


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E aí galera, como eu estava com dificuldade para digitar por causa da mão quebrada (acidente de moto), fiz um relato muito objetivo aqui e depois resolvi editar para complementar algumas informações.

 

A ideia desse mochilão sempre houve da minha parte (aquela coisa de moleque que pira com Machu Picchu na escola) e depois começou a tomar forma quando encontrei a minha parceira de aventuras para o fim da vida, com quem me casei e passei a dividir sonhos. Sonhos existem para serem realizados; ali fomos nós, juntar dinheiro e começar a esboçar a viagem. Sem dúvida alguma o Mochileiros.com foi o nosso norte; eu já conhecia o site há tempos, mas nunca participei. Fiz uma conta, publiquei um tópico com as ideias iniciais (bolivia-peru-em-15-dias-set-out-2013-roteiro-em-excel-t86432.html) e fui aperfeiçoando o roteiro dentro do que nos era plausível, apesar de eu saber que no fim das contas tudo sai diferente do esperado (algumas coisas para melhor).

Foi uma baita experiência de vida, fizemos fotos maravilhosas e teremos histórias para contar. Foi um dinheiro hiper bem gasto.

Por falar em dinheiro, vou aproveitar e fazer algumas considerações:

 

Dinheiro

- Fiz o câmbio ainda no Brasil e troquei toda a grana que tínhamos em Dólar, ainda mais porque vimos em alguns relatos que em alguns lugares não conseguiríamos usar cartão (mesmo com função internacional habilitada). Conseguimos sim usar o cartão, mas não é tão fácil quanto aqui, óbvio.

- O dinheiro e os cartões foram sempre levados ocultados, deixando disponível sempre uma quantia mínima para saque rápido, por questão de praticidade e segurança.

- As cotações eram sempre observadas em umas 3 casas de câmbio para termos bom parâmetro.

 

Equipamento/Material

- Tínhamos 2 mochilas: 1 cargueira, na qual levamos predominantemente roupas, até porque é essa que despachávamos nos aeroportos e bagageiros de ônibus. 1 de ataque com camelback, que levávamos câmera, alimentos e peças de roupas (nos passeios), remédios e pequenos artefatos de forma geral.

- Levamos lanterna, cordão, bombachos (por incrível que pareça acabei usando), baterias/pilhas reserva, carregadores multifuncionais (celular, lanterna e câmera), vários Chips de memória SD Card, protetor solar, repelente, material de higiene pessoal, 01 telefone celular com wi-fi/3G.

- Roupas de frio levamos poucas e compramos umas outras poucas lá na Bolívia também (preços melhores do que os do Peru). Importante ter peças de material de fácil secagem e lavagem (no mínimo tactel)

- Calçados: tênis confortável e de fácil secagem. Chinelo/sandália praticamente não foram usados.

 

Dicas Gerais

- Aprenda minimamente um portunhol e inglês do Seu Creiçon, ajuda demais a "desenrolar" as coisas e conhecer pessoas, fazer amigos (que você talvez nunca mais veja na vida)

- Sempre pechinche, sobretudo no Peru, que é onde as coisas são mais caras que na Bolívia.

- Ficar sempre de olho nas mochilas

- Pegar taxis credenciados, perguntando sempre o preço antes de iniciar a corrida, não dando brecha para ser extorquido depois

- Não pedir informação para policiais bolivianos, na verdade, nem dar muita conversa é fundamental.

- Tirar o máximo de fotos que puder (rs)

- Não subestimar a oscilação da temperatura e a altitude; estar sempre precavido (remédios e chá de coca são bem vindos)

- Otimizar a composição da bagagem de modo a não prejudicar os passeios e permitir, ainda, que sejam trazidos souvernis/presentes/etc

- Não passar vontade: compre tudo o que quiser, visite todos os lugares que tiver vontade e oportunidade!

 

Bom, acho que de momento é isso... Bora pro relato.

 

1º Dia - Cuiabá x Corumbá [23/Set]

 

Saímos de Cuiabá com destino a Campo Grande. Tínhamos passagem de avião já compradas com antecedência; o fizemos para ganhar tempo e também porque estavam baratas. Chegamos a Campo Grande próximo às 11 horas e já decidimos ir direto para a rodoviária de modo a conseguirmos um ônibus que não chegasse tão tarde a Corumbá. Fizemos o trajeto de ônibus urbano e em pouco tempo estávamos na rodoviária. Nunca tínhamos andado de ônibus nessa cidade, mas com a providencial ajuda de várias pessoas pudemos pegar os ônibus corretos e viajar tranquilamente, mesmo sendo horário de pico. Na rodoviária Não havia restaurante, somente lanchonete, aí começou nossa saga de substituir almoço por lanche. Não recomendo!!! Mas foi a alternativa viável para a refeição. às 15 horas pegamos um ônibus da viação Andorinha com destino a Corumbá. Fizemos uma ótima viagem e chegamos a Corumbá antes das 22 horas. Como não tínhamos reservado hotel, pedimos dicas a uns taxistas e saímos caminhando para um hotelzinho perto da rodoviária mesmo, só pra encostar a cabeça e dormir um pouco. O Hotel Corumbá é uma pensãozinha bem simples (para alguns mais frescos, uma habitação nada amigável) onde pudemos tomar um bom banho e dormir com conforto razoável a 60 R$, com direito a café da manhã.

 

2º Dia - Corumbá x P. Quijarro x Sta Cruz de La Sierra [24/Set]

 

Acordamos bem cedo e nos servimos de um simples mas importante café da manhã. Ali mesmo pegamos ônibus urbano para o terminal e de lá pegamos outro com destino a fronteira. Já na fronteira, fomos de imediato ao Posto de Imigração da PF, onde fomos bem recebidos/tratados e obtivemos informações acerca do procedimento de migração do lado boliviano e ainda nos deram uma boa dica de almoçar num restaurante brasileiro do lado boliviano, o La Bodeguita. Ao atravessarmos a fronteira, já no posto de "migraciones" um policial nada bem intencionado pegou nossos passaportes e foi para uma sala interna, meio que criando uma situação "tensa" simulando um embaraço; depois nos chamaram lá e fizeram uma série de perguntas, como se para a Bolívia estivéssemos só de ida. Informei que só estaríamos em trânsito com destino ao Peru. Mesmo tendo apresentado as reservas impressas para Machu Picchu, ainda quiseram nos "apertar" ainda mais, mesmo que a gente imaginasse o propósito. No fim resolveram nos liberar para ir comprar as passagens do trem para Sta Cruz e depois que voltássemos nos dariam o visto de entrada. Pegamos um taxi que nos levou até a estação, esperou e nos levou de volta a fronteira (20 Bob). Apresentamos as passagens compradas, recebemos o visto e saímos para almoçar. Depois fizemos compras (água, suco e biscoitos para a viagem) e fomos caminhando até a estação. Lá foi só esperar a partida do trem, o que ocorreu pontualmente às 14:50 horas. O trem era o Super Pullman, com assentos confortáveis, ar condicionado "torando", bem como o volume do DVD, que passava músicas tradicionais e algumas versões em espanhol de sucessos antigos de Zezé di Camargo e Luciano, anunciando que os ouviríamos por mais e mais vezes ao longo da viagem por Bolívia e Peru (eles curtem o sertanejo portunhol). O trem segue por grande parte da viagem a uma baixa velocidade, uma vez que o estado de conservação da ferrovia é ruim. Não há cenários "lindos" para se ver, nem tampouco histórias para contar dessa viagem, a não ser os "chicos" vendendo "asaditos y té de manzanilla", o que é uma coisa curiosa pra quem não tem costume em viajar de trem; ah, há um vagão com lanchonete e periodicamente a garçonete passa oferecendo sanduíche e refrigerantes.

 

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3º Dia - Sta Cruz de la Sierra x La Paz [25/Set]

 

Chegamos cedo ao terminal bimodal de Sta Cruz. Já na entrada da cidade temos uma ideia de como ela é grande e contrasta pobreza com riqueza. Decidimos não ficar para conhecê-la e partimos para o aeroporto, considerado que a viagem para La Paz demandaria muito tempo e poderia comprometer nosso planejamento. Pagamos 70 Bob de taxi; achamos caro em princípio, mas depois que vimos o tanto que o aeroporto Viru-viru é longe, concluímos que é um preço justo. No aeroporto, das 3 companhias que fazem o trecho para La Paz, decidimos comprar a passagem na BOA (http://www.boa.bo/), pois as outras 2 só teriam voos muito tarde e os preços estavam próximos; em função do custo benefício, fomos de BOA mesmo! 720 Bob cada passagem comprada no dia (por falta de planejamento, pois se tivéssemos comprado antes pagaríamos uma merreca) e lá fomos nós lanchar e depois embarcar às 11:30 horas. Mais um dia sem almoço! Chegamos a La Paz às 13:00 horas aproximadamente, após um voo tranquilo, mas que no pouso quase me causou a "morte". Saí do avião cambaleando, cabeça girando e latejando. Somou-se o "estilo de pilotagem com descida em degraus" do piloto com a diferença de pressão atmosférica daquela cidade, um Sorojchi (mal da altitude) potencializado se criou. Seguimos de van até o centro e passamos numa farmácia logo de cara. Depois de mandar uma "Sorojchi Pill" pra dentro, seguimos para o Hostel Loki (http://www.lokihostel.com/es/la-paz), que não tínhamos reserva e demos sorte de nos disponibilizarem um quarto quádruplo (2 beliches) como se matrimonial fosse a um preço de 140 Bob. Boa acomodação, ambiente seguro, banho quente, bar legal, cenário pitoresco! Assim que deixamos as mochilas já saímos em direção a Calle Sagárnaga de modo a encontrar uma boa agência e fechar os programas para os dias seguintes. Na galeria "las brujas" fechamos com a Barro Biking o Downhill da Death Road (estrada da morte) por Bob 300 (por pessoa) em bicicleta com suspensão dianteira com direito a fotos, filmagem e camiseta a ser realizado no dia seguinte, 26/09. Fechamos ainda o tour pelo nevado Chacaltaya e Valle de La Luna para o dia 27/09. Dali partimos e caminhamos pela região, fizemos compras e algumas fotos. Encerramos o rolé passando por uma polleria (Pollos Cochabamba) e depois fomos para o hostel dormir num frio de 5ºC. Nesse ponto o chá de Coca era providencial e remédio para Sorojchi e gripe não podiam faltar.

 

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4º Dia - La Paz - Death Road [26/Set]

 

Logo cedo fomos apanhados pontualmente no Hostel por uma van da Barro Biking, onde viajaram ainda 2 casais, sendo um da França e outro da Austrália. No caminho para o ponto de partida do pedal só o guia conversava e ia dando umas informações sobre a cidade e adiante tratou mais especificamente do passeio. Algumas fotos no caminho, que é muito massa. Já lá no "cumbre", ao lado de um espelho d'água incrível, foi hora de descer as bikes do rack e aprontar as roupas, além de receber umas últimas orientações. A 1ª parte da descida é feita em asfalto, dividindo pista com veículos (muitos ônibus e caminhões), requerendo muito cuidado e falta de juízo, pois senão a aventura não tem graça. Descidas e mais descidas, curvas de 180º em alta velocidade até que chegamos a um checkpoint (um casebre rosa), onde fazemos o pagamento do direito de uso. Dali pedalamos um pouco mais até chegar a um túnel, onde há proibição de tráfego de bikes. Contornamos por uma trilhazinha de pedra já pra aprontar o espírito para o que vem pela frente. Não demora muito e chegamos ao lugar onde deixamos a parte nova da rodovia e partimos para a original Death Road (Estrada da Morte). Não dá para descrever a "emoção" de estar ali. Ok, bora partir para o pedal de verdade. Nessa hora o medo inicial da minha esposa já tinha se transformado em adrenalina e era só aproveitar. Passamos por lugares maravilhosos, fizemos fotos incríveis, aproveitamos demais o momento. De tempos em tempos o guia fazia paradas para dar orientações e falar curiosidades, era providencial, bem como a pausa do almoço, onde recebemos o "pão com ovo + coca-cola". Não dá pra negar que foi engraçado ver os gringos comendo esse tipo de lanche sem fazer cara feia; nessas horas a gente acabava conversando, mesmo um sem dominar a língua do outro, é bem bacana! Já no início da tarde e com sol aparecendo, perto de Coroico (ponto final da aventura), paramos para remover parte das roupas (casaco e calça) para concluir com mais conforto o passeio. Ao chegar perto de Coroico, paramos em um distrito rural, onde fizemos lanche e tiramos umas últimas fotos. Observação negativa: apesar de haver avisos tanto no folder quanto na van do passeio, os gringos serviram bebida alcoólica para o guia e o motorista. Para mim foi de uma irresponsabilidade de ambas as partes, que comprometeria dali por diante a nossa viagem, uma vez que condutor embriagado não garante integridade/vida de ninguém. E tem gente que ainda acha que estrangeiros são "superiores"; para mim foram ao ápice da pobreza de espírito. Mas enfim, continuamos o passeio até uma fazendinha, onde pudemos almoçar, tomar uma ducha e um providencial banho de piscina. No retorno para La Paz fizemos o trajeto inverso, porém todo pela parte nova da Death Road. Ficamos de molho por um bom período num local onde estavam sendo implodidas rochas para liberação total da via. Sem maiores embaraços, chegamos a La Paz +- às 17 horas e pudemos caminhar um pouco, procurar lugar para lanchar e depois seguir ao Hostel para dormir em mais uma noite fria. A vontade de curtir no bar do hostel tomando uma cervejinha e jogando uma sinuquinha foi pro saco, pois o cansaço era imenso.

 

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5º Dia - La Paz > Chacaltaya > Valle de La Luna x Copacabana [27/Set]

 

Um pouco mais tarde que no dia anterior, fomos apanhados no Hostel para seguir ao Chacaltaya. Dali passamos em mais outros hostels e no fim das contas a van estava lotada com brasileiros, apenas um casal chileno. Tinha mineiros, paulistas, brasilienses, cariocas e sul matogrossenses. Na saída da cidade uma parada para comprar sorojchi pills e alimentos energéticos (doces/chocolates) providenciais para a ocasião. Saímos da cidade e seguimos para uma estrada que ao se aproximar da montanha começa a ficar estreita a ponto de imaginarmos que nem um só carro terá condições de passar; apesar disso acabamos cruzando outros veículos inclusive na subida. O medo é ofuscado pela beleza da paisagem. Chegamos à base do Chacaltaya, pudemos usar o banheiro e depois recebemos orientação acerca da subida. Nessa época o monte não está tão nevado; a subida é feita por uma espécie de escada natural de pedras. Venta bastante e a proteção da pele, olhos e ouvidos por conta desse vento e do sol é crucial para o sucesso na "escalada". Necessita-se de um condicionamento físico razoável, mas nada que um ser humano médio não consiga com um pouquinho de persistência, pois compensa muito. Lá do alto temos a opção de ir para o mirante (mirador) para um lado, o cume (cumbre) para outro, levemente mais alto (aprox. 5420m acima do nível do mar). Fotos e vídeos incríveis, história para contar o resto da vida. Eu e o chileno Eduardo conversamos bastante e um ajudou o outro (motivação e fotos), uma vez que nossas esposas ficaram pelo meio do caminho (depois descobri que ficaram a conversar sobre as novelas brasileiras que passam no Chile, hahaha). O retorno é tranquilo e ali na "base" tomamos um chá de coca e partimos para a van, descer a montanha e seguir para o Valle de la Luna. Para isso, ao chegar de volta a La Paz, cruzamos a cidade e chegamos a Sopocachi, que é uma área nobre, já na parte baixa do vale que é essa cidade. Acessamos o Valle de la Luna, mas eu fiquei pela entrada mesmo em função de uma baita dor de cabeça. Minha esposa entrou e fez uma das trilhas, tirou algumas fotos e logo voltou. Dali fomos levados de volta ao centro; nos deixaram num ponto da cidade onde não conhecíamos e estava um tanto confuso o mapa que tínhamos. Pedimos informação e uma senhorinha muito solícita, professora, com toda a educação do mundo nos ensinou como voltar ao Hostel. Caminhamos um bocado, chegamos e fizemos o check-out. Providenciaram um taxi que nos levou até uma espécie de terminal de vans, de onde às 16:30 horas pontualmente partimos para Copacabana. Desconsiderando o martírio para sair de La Paz e transpor El Alto (porque a van para a cada 10m para embarcar gente, além do trânsito ser um inferno), a viagem rendeu bem até chegar ao estreito de Tiquina. Lá a van segue numa balsa e nós num barquinho sinônimo de estabilidade (rs). Viajamos um pouco mais e já estamos em Copacabana! Descemos no "centro" e já começamos a procurar um Hostel (tínhamos uma lista de nomes, porém sem definir) até que decidimos ficar no Utama, pois estávamos perto dele e sem muita disposição de sair sem rumo procurando por outros. Sem querer foi uma ótima escolha. Fomos recebidos como parte da família do Sr. Felipe. Bem acomodados num quarto excelente com um preço abaixo do que tínhamos cotado na internet. Saímos para um jantar e escolhemos também pela "cara" do lugar. Muito nos atraiu o "Café Copacabana II". Truchas!!! Comer truta pela 1ª vez na vida e ainda bebendo uma Paceña gelada foi d+ (pobre se contenta com pouco né). Voltamos para o Hostel e acertamos ali mesmo o passeio pela Isla del Sol para o dia seguinte.

 

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6º Dia - Copacabana > Isla Del Sol [28/Set]

 

Cedinho acordamos e tivemos um banquete como café da manhã. Nada além de o melhor café da manhã que já tive em hotel na vida. Tudo muito bem preparado e o serviço é vip. Depois nos ofereceram uma van até a beira do lago, de onde tomaríamos um catamarã até a IDS. Com outros grupos de turistas vindos de outros hoteis/agências de viagem, lotamos o barco e saímos (nem todos usando os coletes de flutuação). No início da viagem ficamos na parte inferior do barco temendo o frio, mas logo decidimos subir e contemplar o visual. Em cima uns gringos branquelos que eu não sei de onde eram, já que não conversaram conosco, uns argentinos que viajavam com um chileno e um casal de egípcios, com quem conversamos e rimos bastante. Só p variar um dos argentinos era "estrelinha" e não passava em branco (o louco carregava até um violão). Feita uma parada na parte sul da ilha, desceram umas poucas pessoas. A maioria segue para a parte norte e faz a visitação dos "sítios arqueológicos" daquele lugar. Viajamos mais um bom tempo até chegar lá. No local um guia nativo reúne um grupo, dá orientações iniciais e parte para a trilha. Um cenário absurdamente lindo que rendeu fotos indescritíveis. Ao chegar ao destino, tivemos uma "palestra" com aquele guia humilde e sincero (que informou inclusive que o cenário é reconstituído). Depois partimos para a trilha para a parte sul (quase todo mundo voltou para o barco para fazer o caminho de volta pelo modo easy). Não podíamos imaginar o quão extenuante seria a caminhada; sobe, sobe e sobe sem ter nenhuma perspectiva diferente senão a de subir mais ainda. O sol de rachar tende a desanimar a gente, mas o cenário convida a seguir e ver cada vez mais paisagens bonitas. Nem os pedágios ao longo do caminho nos fizeram esmorecer. Cada segmento que caminhávamos dava mais força para chegar ao sul da ilha. Mentira, é porque sabíamos que a única opção para voltar agora era essa, além do mais precisávamos almoçar (rs)! No meio da trilha fizemos uma parada tática numa espécie de quiosque com um casal que chamamos de Elfos do Mundo Paralelo: ele com um instrumentinho rústico de cordas em uma cabaça, ela uma loira com cara de francesa (e que se tomar um banho vira modelo) vendendo artesanato e chá de coca. Ficamos ali um minuto, conversamos em espanhol e francês, depois concluímos a caminhada. Por falar em conclusão, ao chegar na face sul vimos vários restaurante e procuramos um para almoçar (em plenas 15hs da tarde). Depois de "engolir" uma truta descemos correndo para não perder o barco de volta ao continente; corremos tanto que nem notamos que saímos da trilha convencional e fomos pelo caminho usado pelos animais (vicunhas/llamas/jeguinhos) que levam carga ao topo do morro. Chegamos em cima da hora de pegar o barco; ufa, foi por questão de segundos. Voltamos ao continente no fim da tarde. Ali já fomos lanchar e comprar artesanatos antes de voltar para o hostel.

 

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7º Dia - Copacabana x Cusco [29/Set]

 

Saímos cedo de Copacabana rumo a Cusco. Depois de pouco tempo de viagem de ônibus paramos na aduana do Peru, onde não tivemos maiores problemas para passar pela imigração. Seguimos para Puno, onde trocaríamos de ônibus (nem podíamos prever). Em Puno, assim que chegamos já estava para sair o próximo ônibus; mal deu tempo de comprar um lanche para encarar a longa viagem. Dentro do ônibus não demorou a começar o perrengue: não se sabe por que cargas dágua entrou passageiro a mais no ônibus e sem pensar duas vezes mais de uma pessoa obrigaram um menino a levantar-se e ceder o lugar para o viejo borracho. Não bastasse o velho bêbado falando de toda altura coisas incompreensíveis, (mas em tom arrogante) o menino que ficou de pé se escorou na cadeira da minha esposa. Troquei de lugar com ela e cheguei a conversar com o menino, que disse não ter alternativa senão viajar de pé. O pobre coitado não devia tomar banho há dias e isso chegou a incomodar muito, mas nem tanto como as marés frequentes de odor de chá de coca mascado, além do mau cheiro surreal que exalava dos "asaditos" que muitos dos passageiros comeram durante a viagem, inclusive o menino escorado na cadeira. Após uma viagem que pareceu durar 24hs, chegamos a Cusco a noite e mortos de fome. Na rodoviária um enxame de falsos taxistas oferecendo viagem para a Plaza de Armas por 30 Soles, apesar de constar numa tabela ali mesmo o preço de 15 Soles. Nos dirigimos à porta de entrada onde vimos uma mulher desembarcar de um taxi credenciado e nele embarcamos por apenas 5 Soles até a praça. Mal descemos do carro e já miramos uma pizzaria, que foi nossa salvação (apesar de a pizza padrão peruana ser mini). Fomos então rumo ao Hostel Loki, que já tínhamos reservado em La Paz. Paramos em frente ao Pirwa B&B/Suecia e decidimos ficar ali mesmo, tanto por ser mais barato que o Loki, como estávamos a 10m da Plaza de Armas, um ponto importantíssimo (o Loki é mais longe, na ladeira). Bem acomodados, apesar de não ter reserva, uma boa noite de sono... o cansaço impediu mais uma noite pretendida de diversão.

 

8º Dia - Cusco [30/Set]

 

Cedo nos dirigimos ao Pirwa Posada del Corregidor B&B (http://www.pirwahostelscusco.com/hostels-cusco.html) para um excelente café da manhã. Decidimos tirar o dia para conhecer a cidade, especialmente o centro histórico. Retornamos ao hostel e ali ao lado há uma agência de viagens, onde recebemos orientações sobre os boletos turísticos disponíveis e ficamos de definir o período remanescente em Cusco, já que tínhamos Machu Picchu no dia 02/10. Saímos para andar pela cidade, estivemos nos principais locais de visitação, fizemos muitas fotos e numa das andanças encontramos o Mercado de San Pedro, que para nós foi a principal atração. Compramos artesanatos e alimento. Almoçamos num bom restaurante e fechamos com a agência do hostel o passeio do dia seguinte: Pisac + Urubamba + Ollantaytambo + Chinchero. A noite retornamos para o hostel depois de ter encontrado um dos raros mercadinhos onde dava para comprar alimentos e bebidas satisfatórios para aquela noite e levar para o tour do dia seguinte. Mais um dia de noite pretendida de farra suprimida por cansaço, pois andamos mais que notícia ruim.

 

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9º Dia - Cusco x Ollantaytambo x Águas Calientes [01/Out]

 

Bem cedo uma guia de turismo nos buscou no hostel após termos lanchado. Fomos até uma praça, de onde partiríamos em uma van junto com outros grupos de outras agências de turismo. Não saímos no horário previsto, o que implica necessariamente em compactação do horário das visitações. Seguimos então para Pisac, já no Valle Sagrado dos Incas - Rio Urubamba. O lugar é fantástico, de uma geografia ímpar. De posse do boleto turístico parcial, tivemos acesso ao sítio arqueológico e recebemos explanações do guia. Há muito artesanato disponível para a compra. Adiante descobrimos que os preços aqui são relativamente baratos. De retorno a cidade fomos levados a um atelier de prata, ficamos uns minutos numa feira de artesanato (lobby). Seguimos para Urubamba, que é a parada para almoço; não teve visitação a nada. O restaurante não tinha bons preços e a comida não era lá essas coisas. Uns cariocas que estavam no ônibus, pela segunda vez atrasaram a partida. Chegamos a Ollantaytambo, uma cidadezinha simpática, com uma pracinha central onde circula muita gente. Pelo tempo escasso, seguimos direto para o sítio arquelógico, que é imensamente maior e mais imponente que o de Pisac (não menos interessante). Fizemos a visitação e recebemos muitas informações (algumas absurdas) acerca da arquitetura local. Fizemos fotos espetaculares!!! Descemos e tivemos um tempinho para aproveitar a feirinha de artesanato. Na hora da partida do microônibus, cadê ox cariocax expertõex? O motorista já sem paciência e o guia não menos, decidiram partir para Chinchero inclusive para não prejudicar os demais turistas. Nós não seguimos, pois partiríamos dali para Machu Picchu Pueblo num trem a noite (já tínhamos comprado as passagens na Peru Rail em Cusco - https://www.perurail.com/es/expedition ). Fica muito mais barato ir até Ollanta e de lá ir de trem a MP do que pegar um trem direto de Cusco x MP. Ficamos um pouco na praça, fizemos um lanche e tomamos o providencial chá de coca; mais tarde seguimos caminhando até a estação de trem. Ali, antes de entrar, compramos água, suco e lanches calóricos para levar para MP, pois lá no povoado e no parque é tudo imensamente mais caro. A noite pegamos o trem Expedition e tivemos uma viagem agradável até Machu Picchu Pueblo/Águas Calientes; há serviço de bordo e é um trem confortável. Em MP Pueblo, chegamos com chuva e não tivemos muita disponibilidade de sair perambulando a procura de hotel. "Achamos" o Hostal John Inn que estava com recpção aberta e com funcionário a nos receber. Falou o preço e mostrou a acomodação, que era bem razoável. Como só queríamos um canto para tomar banho e dormir bem, os 30 Soles cobrados na habitación matrimonial (quarto de casal) veio em boa hora.

 

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10º Dia - Machu Picchu x Ollantaytambo x Cusco [02/Out]

 

Acordamos antes das 6hs, saímos do hotel correndo para comprar os tickets de ônibus (interessante comprar ida+volta de uma vez, sai mais barato) para entrarmos cedo no parque, já que compramos as entradas de Machu Picchu com Huayna Picchu (Wayna Picchu, aqueles morrões que aparecem ao fundo nas fotos) para o 1º horário (tem que estar no checkpoint entre 7 e 8 horas da manhã). Os micro-ônibus saem lotados a todo momento, um atrás do outro. Na subida vão cruzando outros que descem vazios numa estrada que mal parece caber um automóvel (mas não são inseguras, além de terem os motoristas muita experiência). Em meia hora chegamos na entrada do parque e já dá aquele friozinho na barriga; não parece real a gente ver um sonho de criança estar se materializando, é d+. Ao entrar no parque meio que não deu para apreciar o quão intenso é tudo aquilo, já que seguimos a passo ligeiro em direção ao checkpoint de Huayna Picchu - HP, mesmo sem saber onde era (rs). Em um lugar ou outro tem plaquinha, a gente acaba navegando por rumo. Chegamos lá umas 7h40 e entramos junto com uns japoneses. Ali não dá pra ter noção de como será a aventura. Subida e mais subida em degraus de pedra, alguns trechos com cabos de aço, nem sempre pintados, mas sempre escorregadios. Nessa manhã havia muita garoa (creio ser uma constante lá), o que torna a trilha bem perigosa, pois é muito inclinada. Abro um parêntese para falar de segurança: depois de avaliar o tour é que fazemos uma reflexão; há um painel indicando os riscos e fazendo ponderações, mas além do checkpoint não há sequer uma possibilidade de suporte, por exemplo, no caso de uma simples contusão até mesmo um caso mais extremo como uma queda. Qualquer coisa que venha a acontecer dali para frente careceria de alguém comunicar a organização do parque, que até providenciar um eventual socorro, decorreria um tempo grande, que é limitante nos casos de emergência. Voltando ao passeio, a esposa ficou no meio do caminho, extenuada, enquanto segui (agora sem a pesada mochila) rumo ao cume. Não é para qualquer um, apesar de eu ter visto um grande número de bravos idosos que completaram a trilha. Lá em cima os japoneses tomavam conta; muito simpáticos, me fizeram o favor de tirar fotos. Ao pretender a descida, resolvi contornar a montanha. Descida complicada até que cheguei em ponto que tinha uma escada molhada de madeira que me pareceu beeem perigosa (e não é frescura). Decidi voltar até o cume e descer pelo caminho da vinda, inclusive para "resgatar" a minha esposa. Decisão complicada, comecei a subir tudo de novo, exausto (mesmo tendo bom condicionamento físico), depois de passar altos perrengues para descer (alguns lugares é preciso descer sentando nos degraus) retornei até o ponto onde ela estava e concluímos o retorno a MP. Lá naquela verdadeira Cidade Maravilhosa, andamos bastante conhecendo cada lugarzinho, "sugando" guia de alguns grupos (tentando compreender inglês, francês e espanhol) e fazendo muuuitas fotos. Ficamos no parque até aproximadamente meio dia, mesmo não tendo visto tudo tudo, decidimos sair inclusive pela necessidade de ir ao banheiro. Incrível e absurdamente dentro da área do parque não tenho banheiros. Enfrentamos uma looonga fila para embarcar nos microônibus de retorno ao povoado. Descida rápida, lá tratamos logo de conseguir um bom restaurante. Decididos por um prato turístico, nos alimentamos bem e fomos caminhar pelo povoado , que é bem bonitinho e acolhedor. Fizemos fotos e descansamos numa praça próxima ao acesso de água quente que dá nome ao lugar. Visitamos a feira de artesanato e esperamos dar o horário de pegar o trem (https://www.perurail.com/es/expedition também comprado em Cusco) de retorno para Ollantaytambo. Já nesta cidade, pegamos uma van próxima da estação ferroviária e por um bom preço viajamos confortavelmente até Cusco; fomos deixados ao lado da Plaza de Armas. Voltamos ao Pirwa (tínhamos feito reserva e deixado lá a mochila cargueira no dia anterior).

 

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11º Dia - Cusco x Puno [03/Out]

 

Saímos do hostel bem cedinho e fizemos um lanche. Corremos para a rodoviária e pegamos o primeiro ônibus para Puno na intenção de chegarmos a La Paz ainda no fim do dia e aproveitar a noite paceña. Pretendíamos pegar um ônibus direto para La Paz, mas só conseguimos para Puno. A viagem transcorria normalmente até que quando passávamos por Juliaca fomos cercados por manifestantes mineiros que trabalham na região. O ônibus teve que encostar e ficou ilhado bem próximo a entrada da cidade. Atiraram pedras na pista e atacavam os veículos que tentassem transpor o bloqueio, a situação ficou tensa. Ficamos por looongas horas no local. Ainda bem que tínhamos um resto de comida na mochila, além de terem aparecido vendedores de picolé e sanduíche. Já a noite o bloqueio foi desfeito e seguimos até Puno. Ao chegar, aproximadamente 23 horas, sem conhecer a cidade, caminhamos até um hotelzinho que dizia ter baño caliente: mó mentira, chuveiro gelado, temperatura ambiente beirando zero grau... e quem disse que haveria coragem de sair para procurar outro. Nem digo que isso foi uma noite de sono, mas se bem que a reza para passar logo deu certo.

 

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12º Dia - Puno x Copacabana x La Paz x Sta Cruz de la Sierra [04/Out]

 

Cedo, bem cedo, fomos para a rodoviária para pegar o 1º ônibus para La Paz passando por Desaguadero. Lá fomos informados que só havia ônibus via Copacabana. Se quiséssemos ir por Desaguadero teríamos que ir a outor terminal, pegar um ônibus para Desaguadero e depois outro para La Paz; achando muito trabalhoso, decidimos ficar ali mesmo e ir via Copacabana mesmo. Saiu relativamente rápido o ônibus e lá fomos nós; passamos pela aduana e só pra variar os agentes de imigração vieram encher o saco (como se nosso interesse real fosse migrar para a Bolívia, aff). Já dá para imaginar qual é o propósito de quererem embaraçar nossa entrada, né. Enfim chegamos a Copacabana e tivemos um tempo para almoçar até dar o horário de partida do outro ônibus a La Paz. Retornamos ao Café Copacabana II e tivemos um ótimo almoço. Seguimos de Titicaca Tours até La Paz numa viagem tranquila (com exceção dos americanos nojentos no ônibus). Ao chegar a La Paz, compramos passagem para Sta Cruz de la Sierra - SCDLS para um ônibus 2hs depois; com esse tempo conseguimos dar uma corridinha no centro, comprar umas coisinhas que tinha restado pendentes, passamos no Subway e compramos muito lanche. Voltamos a rodoviária e partimos para SCDLS num ônibus interestadual. Desconsiderando um fanático religioso que viajava na poltrona a nossa frente e começou um culto privado para o passageiro das poltronas ao lado; descondiderando ainda que depois de quase ficar rouco o psicopata ligou um rádio sintonizado numa rádio evangélica que só silenciou hora que o bom Deus fez sumir o sinal. A partir daí a viagem normalizou. Com motorista correndo como um louco, amanheceu o dia. Esperançoso de chegar a SCDLS, ao passar por Montero nosso ônibus foi parado num posto da Policia Caminera, aí começou a p*taria. O policial SOZINHO mandou todo mundo descer e se afastar do ônibus. Foi no bagageiro e curiosamente pegou somente a minha mochila (cujo conteúdo predominante era roupa usada) coincidentemente. Não me afastei do ônibus e acompanhei sua revista. "Coincidentemente" (depois de ter recebido a informação do ajudante de motorista, um garoto de não mais que 15 anos de idade) foi direto na minha poltrona e revistou a mochila da minha esposa, onde além de remédios para o estômago, dor de cabeça e relaxante muscular (todos exigem prescrição médica), havia 3 cartelas de Ginkgo biloba (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ginkgo_biloba), que é um fitoterápico amplamente difundido em todo o mundo como potencializador da memória (planta medicinal mais estudada no mundo). O policial então já quis transformar esse remédio num fator complicador para a minha viagem (se é que vocês me entendem), ma só mudou o foco da abordagem quando informei que sou colega de profissão no Brasil e que tinha sacado seu propósito escuso. Gaguejou, recolheu então 2 cartelas e falou que era proibido e blablabla, desejou boa viagem e saiu do veículo. Fiquei extremamente contrariado com sua conduta condenável e segui a viagem refletindo no assunto. Chegamos a SCDLS no meio da manhã. Um banho providencial mais um almoço para esperar até o fim do dia, que era hora da partida do ônibus para San Mathias (fronteira Bol-Bra). Decidimos ir por San Mathias para ganhar tempo ao invés de ir para Puerto Suárez e depois Corumbá/MS. Com 1 hora de atraso o ônibus saiu de SCDLS praticamente lotado. Na compra da passagem é dito que se trata de um bus cama, mas como tudo na Bolívia é passível de dúvida, não deu outra: um busão antigo com adaptação para descanso de perna e inclinação de encosto da poltrona um pouco maior que o comum... isso para eles é bus cama! Depois de mais uma hora da partida da rodoviária, conseguimos sair de SCDLS. Dormir a noite foi um tanto difícil, visto que os inúmeros (senão todos) muambeiros que ali viajavam não faziam muita questão de silenciar.

 

13º Dia - Sta Cruz de la Sierra x San Matias [05/Out]

 

Ao amanhecer o dia já ouvindo aquela conversa de muambeiro que se acha esperto, observávamos cidadelas miseráveis bolivianas já na região fronteiriça: praticamente cidades vietnamitas na época de guerra. A reza era forte para chegar logo a San Mathias, mesmo tendo umas paisagens legais do Pantanal passando pela janela.

 

14º Dia - San Matias x Cáceres x Cuiabá [06/Out]

 

Enfim em San Mathias, junto com o casal "G." brasileiro e o espanhol "J." (que tínhamos encontrado desde a volta de Machu Picchu e estiveram conosco também na roubada da viagem de Cusco x Puno) pegamos um taxi para a fronteira. Só pra variar, a ma fé veio de brinde. Ao chegar no posto do Gefron o taxista disse que o preço era 40 Bob por pessoa, o dobro do que ele disse que seria. Ao ser questionado falou que era 20 só até a imigração, mais 20 até a fronteira. Não queria nos deixar pegar as malas e falou que ia levar de volta. Depois de uma briguinha rápida ele saiu praguejando. Ali na fronteira ficamos um bom tempo até aparecer o último microônibus de linha regular para Cáceres; caso não o conseguíssemos, deveríamos rezar por uma alternativa. A tarde chegamos a Cáceres; o motorista do microônibus nos prestou um grande favor e deixou na delegacia da Polícia Federal, onde faríamos a migração. Felizmente tinha plantonista em pleno Domingo. De lá pegamos um taxi que chegou na rodoviária bem na hora da partida de um ônibus para Cuiabá. Lá fomos nós. De Cuiabá conseguimos um ônibus para nosso destino final; o casal partiu para Brasília e viveram felizes para sempre

 

15º Dia - Chegada [07/Out]

 

Nós chegamos bem em casa, a viagem transcorreu sem problemas graças a Deus. Espero que tenham gostado do relato, apesar de ter muito mais coisa pra contar, mas que nem sempre vem a cabeça na hora de escrever essa bíblia (rs). À demora atribuo o fato de estar interditado tecnicamente, pois uma semana após ter retornado da viagem sofri um grave acidente de moto, mas graças ao bom Deus estou aqui vivo e, mesmo com uma mão engessada (fratura com 2 pinos), fiz um esforcinho para compartilhar minha experiência com vocês e poder contribuir com todos os colegas de fórum que foram tão importantes para o sucesso da minha viagem.

Abraços, casal Alfa Bravo (AlfaBravo_X2)

 

 

[Planilha de custos em anexo]

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Mochilao_SetOut2013_Executado.xls

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

cara, muito legal seu relato, resumido e direto.

 

Sobre os bolivianos fazendo exigências na fronteira, não creio que seja por propina. desde setembro o brasil começou a exigir dos bolivianos que comprovassem que possuíam condições de ficar no brasil pra permitir a entrada, mesmo para turismo. ai a Bolívia, por questão de tratamento igual, passou a fazer as mesmas exigências dos brasileiros. Tem até um tópico aberto sobre isso aqui no fórum problemas-na-fronteira-corumba-ms-br-com-a-bolivia-t88516.html.

mas isso é uma droga mesmo.

 

Seguinte, vc é uma das poucas pessoas que fizeram Copacabana/Cusco de dia. estou cogitando essa ideia pro final do ano. vc sabe me dizer que horas o ônibus saiu de copa e que horas da noite chegou em cusco? quanto vc pagou? comprou em Copacabana o trajeto todo ou comprou até puno e lá comprou o ônibus pra cusco?

 

obrigado desde já.

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  • Membros

Aletucs, obrigado pela consideração em responder ao tópico, como sempre tem feito com todos. Esse feedback dos colegas de fórum é importante e motiva a gente a fazer mais e mais.

Quanto à observação acerca da migração na Bolívia, entendo bem como é, até porque minha irmã trabalhou nessa área e sei bem como é o lance dos bolivianos (rs). Mas assim, o embaraço criado por eles soou bem forte no sentido que observei, talvez eu não tenha sido muito claro quando escrevi, preferi deixar nas entrelinhas.

 

A ida de Copacabana a Cusco fizemos da seguinte forma: compramos a passagem direto na agência da Titicaca Tours por 130 Bob. Embarcamos às 09 horas no ônibus (semi-cama) da empresa de mesmo nome (de cor laranja) e fomos até Puno. Lá já chegamos na hora da baldeação e embarcamos no ônibus (semi-cama) da empresa Libertad. Este é de uma empresa local e não viaja praticamente nenhum turista. Uma boa parte viaja no "Tour Peru". Não foi desconfortável a viagem, só houve o perrenguinho que foi relatado na publicação inicial.

Na ocasião da volta, saímos de Cusco às 08 horas no Tour Peru e pagamos 31,3 Pen até Puno. Chegamos às 22:30 horas, mas por conta da interdição da rodovia. Imagino que se tivesse sido tudo normal, teríamos chegado a Puno no máximo às 17 horas. No dia seguinte saímos de Puno às 07:30 horas e chegamos a Copacabana às 11 horas sem maiores problemas; essa viagem foi feita pela Titicaca Tours e custou 16 Pen.

 

Espero ter ajudado.

 

Agora me tire uma dúvida: por que de forma geral o pessoal faz esse trecho a noite? Otimizar tempo mesmo ou é porque tem algum fator limitante?

 

Abs

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  • Membros de Honra

a viagem noturna de Puno x Cusco é feita por questão do tempo e de economia. viajando a noite, vc usa o tempo que "perderia" dormindo viajando, já que é possível dormir no ônibus, o que gera uma economia de uma diária de hotel. Eu não durmo muito bem em ônibus, mas levo um remedinho pra ajudar no sono e vai que vai.

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  • Membros de Honra

AlfaBravo_X2,

 

Pelo jeito vocês são de Cuiabá, ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Que bom que apesar do perrengues curtiram a trip. ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Parabéns por ela e pelo bom relato.

 

Estou ansiosa que chegue o fim do ano e com ele as merecidas férias na Bolívia ( ::love:: La Paz)

 

::otemo::::otemo::::otemo::

 

Maria Emília

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  • Membros

Então, somos de Sinop, pertim de Cuiabá, hahaha.

Obrigado pelo coment. Os perrengues estavam dentro do previsto e a gente acaba tirando de letra, pois foram até light (rs).

Abs

 

AlfaBravo_X2,

 

Pelo jeito vocês são de Cuiabá, ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Que bom que apesar do perrengues curtiram a trip. ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Parabéns por ela e pelo bom relato.

 

Estou ansiosa que chegue o fim do ano e com ele as merecidas férias na Bolívia ( ::love:: La Paz)

 

::otemo::::otemo::::otemo::

 

Maria Emília

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Pootz, vários dias escrevendo o texto (com uma mão, pois a outra estava quebrada), fazendo upload das fotos (poucas, eu sei, mas quase todas as outras são muito pessoais), trocando ideias com minha esposa pra relembrar algumas histórias; depois um tempinho fazendo revisão pra não submeter um texto com erros gramaticais e o feedback é: 2 PESSOAS COMENTARAM!

Colegas de fórum, fiz algo de errado?

Vejo vários tópicos com diversas páginas, todo mundo trocando experiências, complementando assuntos...

Enquanto eu estava na viagem uma das minhas grandes expectativas era voltar e escrever logo o relato e tal, achando que ia render como os outros; mas no fim das contas vi que foi trabalho perdido.

#Frustração

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  • Membros

Cara fantástico seu relato.

 

Pretendo fazer esse roteiro no meio do ano (junho/14)... porém vou ter só 12 dias.... desse seu roteiro, se fosse excluir algo, o que vc excluiria?

 

O valor da sua Planilha é do gasto individual, ou ta incluído da sua esposa, o seja o gasto dos dois?

 

Valeu...

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  • Membros
Cara fantástico seu relato.

 

Pretendo fazer esse roteiro no meio do ano (junho/14)... porém vou ter só 12 dias.... desse seu roteiro, se fosse excluir algo, o que vc excluiria?

 

O valor da sua Planilha é do gasto individual, ou ta incluído da sua esposa, o seja o gasto dos dois?

 

Valeu...

 

Obrigado Emerson.

Se eu fosse excluir algo, na verdade eu excluiria os deslocamentos de ônibus/trem. Na verdade, quando eu for fazê-lo novamente, inverterei a rota; eu iria para Lima, de lá desceria para Cuzco, iria a Machu Picchu, depois retornaria a Cuzco e deixaria a Bolívia por último, retornando ao Brasil de lá. Perdemos muito tempo até chegar a Sta Cruz de La Sierra, mas conseguimos tirar um pouco a diferença qdo optamos no dia e na hora em ir de avião de lá para La Paz, mesmo sendo a passagem um pouquinho mais cara.

A planilha tem os valores individuais discriminados, havendo pouquíssima diferença entre o meu gasto e o dela.

 

Vlw, abs!

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