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O Havai, ou hawaii como alguns preferem chamar, é uma coleção de clichés assim como o próprio título desse relato, mas venho aqui assumir perante a sociedade: sou uma brega apaixonada.

 

veja bem: o havai é um arquipélago com ilhas de características bem diferentes das umas das outras, e a maior duvida era saber qual ou quais delas escolher. Eu fui para oahu, onde fica a capital honolulu, contrariando tudo que eu havia lido a respeito do que me interessaria ou não. Principalmente por falta de grana, eu não voei para outra ilha, e entao segue meu relato de

 

UM MÊS EM OAHU - HAWAII.

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Quando atravessei a rua saindo do aeroporto e senti os 27 graus a noite do clima tropical, após um mes e meio com uma temperatuda media de 6 graus na ilha sul da nova Zelândia, senti meu humor também subindo. De certa forma eu estava muito feliz de estar de volta ao clima da sandália havaiana com vestidinho, mas muito além disso, como podem observar no meu nome, eu estava ansiosissima para viver o lugar que passei aminha vida inteira ouvindo a respeito (suspeite pelo meu nome). O onibus demorou mas apareceu, após ser pega de surpresa ao descobrir que o ônibus não dá troco e ter que deixar 5 dolares na caixa automática ao invés dos 2,50, cheguei bem rápido em waikiki, endereço do meu anfitrião que me receberia pelo couchsurfing.org os primeiros dias, até que eu fizesse o reconhecimento de área e pudesse dar o próximo passo.

 

Que otima notícia: eu teria uma cama só para mim, num quarto só pra mim, com um banheiro só pra mim, e Internet mais rapida que trombadinha. Dormi, e acordei com a claridade lá de fora, e quando abri a cortina do 36o andar, dei de cara com uns 6 surfistas la longe, no mar que aparecia entre dois prédios tao enormes quanto o meu, vi ao fundo as montanhas verdinhas, e sai disparada para trocar de roupa e descer correndo pra poder dizer finalmente: SEJAMEUHAWAIIII

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Minha primeira impressão foi um estranhamento quanto a quantidade de asiáticos, desses de câmera enorme pendurada no pescoço, chapelão, onibus, lojas e restaurantes com escritas orientais, ruas com lojas e mais lojas de grifes carissimas, limousines brancas pelas ruas como taxis nas ruas do rio, mega resorts remetedo aos paraísos tropicais, com araras coloridas, cascatas fake e um mar de palmeiras com arvores gigantes. Nas praias, logcamente, se tropeça em pranchas de surf, apesar de que a praia de waikiki, a concentradora da massa turista, não há o qie se considerar como onde de verdade.

 

como falei no começo, tudo que você imaginar de cliché spbre o havia é verdade. Eles te recebem no aeroporto com cordoes de flores naturais (caso vc tenha pago um transfer, claro), as pessoas trabalham de camisas floridas de botão, tudo faz referência a dança hula hula com tochas de fogo ao som do uckulele, ou do elvis ao vivo em hawaii, ou do jack johnson, e por mais que se possa encontrar qualquer marca por lá(afinal estamos dalando de um estado americano), tem sim a predominância do surf.

 

Desanimou com a minha descrição? Posso dizer que por 2 dias eu amei estar por aquela "disneylandia tropical", peguei a blackfriday por lá, conheci alguns brasileiros que moravam na minha rua, fui a festas organizada por estrangeiros que la moravam a tempo a noite na praia,e descobri que sexta-feira havia uma queima de fogos enorme no hotel da frente dp meu predio, e com uma alemã quepassou a dividir o quarto comigo depois de ser acolhida pelo meu anfitrião também, levei um vinho disfarçado de fanta uva, ja que é proibido beber na praia por lá, e vimos a saída dos veleiros para o pôr do sol, e ficamos até a queima de fogos a noite. Não era exatamente o havai que eu sonhei, mas não podia negar que tava sim bem divertido!

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Porém depois de 2 dias em waikiki, eu queria mesmo era o havai que sonhei. Aquele dos surfistas, da natureza, aquele que dos documentários de surf. Em uma das reuniões de estrangeiros, conheci um brasileiro que mora numa van, coisa bem comum por lá, ja que se tem banheiro limpo com chuveiro em qualquer lugar da ilha, mac donalds com um menu imeeenso por um dollar e facilidade de achar um restaurante com wifi liberada e tomada pra recarregar bateria. Liguei pra ele, e no dia seguinte lá estava meu compatriota me levando para um rolé na ilha, e finalmente me apresentar ao que eu procurava. A primeira parada foi um morro com uns cadeados e dizeres "NAO ENTRE". O comentário do meu colega foi: "ai, lugar bom é assim, dizendo que nao pode entrar". Logo vi outras pessoas praticando a mesma invasão, e sinais claros que o lugar estava mais que acostumado a receber visitas. Pois bem, sobe morro, desce morro, sobe mais, entra numa quebradinha e.... o primeiro hawaii que eu realmente biscava bem ali na minha frente! As ondas vinham lá de longe deixando um rastro branco num azul sensacional, e lá no meio tinha uma canoa havaiana boiando sozinha. As plantas na minha volta nao eram nada parecidas com as que eu vi no brasil, enfim, era outro planeta. De lá fomos para o meu segundo pôr do sol de verdade, nuns rochedos nos pés deumas mansões, de onde dava para pular e nadar feito piscina., o que claro, fizemos. Depois só sobrou energia para estacionar o carro num camping de uma área militar, compartilhar um miojo con outros "vanzeros" e dormir pra acordar antes do sol nascer

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No dia seguinte, todos do camping tiveram a mesma idéia: assistir o sol nascer. A praia era desertissima por ser area militar, e percebi que tinham nu ens no céu, isso significa mais luzes e cores diferentescom o sol vindo, e fiquei feliz de estar com as câmeras carregadas. E sim, foi lindo, até porque uma das famílias assou abacaxi e nos deu de café da manhã, e eu me lembrei de todosos pratos da minha vida com nome " havaiano" que tonham abacaxi. Agora o havai tinha cor, cheiro e gosto!

 

De lá, meu amigo me levou numa cachoeira peeto onde foram gravadas algumas cenas de "jurassic park", no meio da selva, perto das ruinas da casa de veraneiro do rei do havai, lá no meio das montanhas. No meio do caminho da volta, descobri conversando com ele que o lugarque eu sonhava, doa surfistas, praias perfeitas e programas de TV, atendia por "northshore" e que sim, estava perto dali. No caminho ele colocou uma música do ziggy marley chamada " on a beach in hawaii" enquanto contávamos uma plantação de abacaxi com as montanhas nas costas, e o mar na nossa proa. Era a minha terra chegando pra mim

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  • 3 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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[continuando]

 

05:30 da manhã, o celular de um surfista californiano lesado, mas gente fina, tocou "no no no" na altura de um carro de som. Ele atendeu, não disse nada, só sorriu, desligou o celular correndo e saiu porta a fora. Só daí percebi o falatório lá fora, e resolvi sair para ver do que se tratava. as pessoas estavam passando apressadas pela porta da minha cabaninha, como assim eram os quartos do hostel onde me hospedei, e ia na direção da praia. De repente escutei um estouro, desses tão forte que você sente o deslocamento do ar no peito. Decidi seguir todos, que praticamente corriam em direção a praia, e só eram cortados por skates, bicicletas, patinetes que passavam aos montes, e quando alcançamos a rua, tive uma das visões mais sonhadas da minha vida: eu, numa cagada sem explicação, cheguei no Northshore no dia anterior ao primeiro dia das famosas ondas gigantes da temporada!

 

famílias inteiras amontoadas em bicicletas com cachorros, fotógrafos armados com bazucas, turistas japoneses, pessoas de idade avançada, hippies, e claro, os surfistas, iam todos para a mesma direção para ver a aparição das monstras. Todos nós escalamos pedras entre um intervalo e outro das ondas, já que as praias foram fechadas, nos posicionamos e ficamos assistindo por horas aquelas pranchas coloridas nas ondas rolantes e perfeitas, cheias de força, com aquele céu de fogo no fundo. Triste foi mais tarde ouvir na TV que um dos surfistas que estavam ali na nossa frente havia desaparecido, e até hoje nada de novidades, e pelo visto é algo um tanto quanto recorrente por lá. Nas minhas andanças pelas 12 milhas de praias do North Shore, era comum eu ver memoriais a surfistas com bonés, bandeiras e colares de flores com fotos e dizeres de amigos. Pelo menos essas almas tão descansando no melhor berço que elas poderiam ter na terra.

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