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Japão 18 dias de norte a sul com JR Pass - Volta ao Mundo


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  • Colaboradores

Fala galera!!

Estive no Japão agora em abril, como parte da viagem de volta ao mundo que eu e minha esposa estamos realizando, neste ano de 2014, vou deixar um simples relato da minha experiência nesse país fantástico, talvez possa ajudar ::otemo::

 

Se quiserem acompanhar a viagem inteira com muitas fotos e mais detalhes entrem no meu blog: http://vamocomagente.com/

 

Roteiro:

 

Dia 1: Tokyo

Dia 2: Tokyo (day trip para Nikko)

Dia 3: Tokyo

Dia 4: Takayama (inicio do JR Pass)

Dia 5: Takayama

Dia 6: Takayama

Dia 7: Shirakawa go

Dia 8: Kyoto

Dia 9: Kyoto

Dia 10: Kyoto

Dia 11: Kyoto

Dia 12: Kyoto (Day trip para Nara)

Dia 13: Osaka

Dia 14 : Hiroshima

Dia 15: Hiroshima

Dia 16: Kawaguchiko (mt fuji)

Dia 17: Tokyo (fim do JR Pass)

Dia 18: Tokyo

 

Onde me hospedei:

 

Tokyo - AGORA PLACE ASAKUSA USD 89,00

Takayama J-Hoppers Hida Takayama USD 65,00

Shirakawa go Hakusan Kan USD 200,00 (caro pra cacete, mas é Ryokan com todas refeições)

Kyoto Chita Guest Housa USD 68,00

Osaka Hearton Hotel Shinsaibashi USD 64,00

Hiroshima Hiroshima Garden Palace USD 54,00

Kawaraguchiko Togawaso USD 100,00 (Ryokan com vista para Mt. Fuji)

Tokyo APA Hotel Kodenmacho USD 150,00 (Caro também, mas era Golden Week) ::mmm:

 

Todos os preços são para quartos privados para 2 pessoas.

 

Alguns preços do Japão

 

Agua pequena - 110 yens

Refeição barraquinha - 200 a 700 yens

Refeição media em restaurante - 900 a 1400 yens

Metro - 170 a 720 yens (depende da distancia)

Mc donalds - 500 a 700 yens o combo

Admissão em locais: 300 a 500 yens

Garrafa de saque premiado - 2000 yens

Café da manha no 7 eleven - 800 a 1000 para o casal

JR Pass 14 dias - U$ 424,00

Alguns dados gerais:

Área territorial: 372.000 km2.

Capital do Japão: Tóquio.

População: 127,4 milhões de habitantes.

Moeda do Japão: iene.

Data nacional: Fundação do país em 11 de fevereiro, dia 23 de dezembro aniversário do imperador.

Fuso horário: +12 horas em relação à Brasília.

Clima do Japão: temperado no norte e subtropical no sul.

Idioma oficial: japonês.

Religiões praticadas no Japão: xintoísmo e religiões derivadas 51,3%, budismo 38,3%, cristianismo 1,2%, outras 9,2%.

Densidade demográfica: 340 habitantes por km2.

Crescimento demográfico: 0,2% ao ano.

Taxa de analfabetismo: inferior a 5%.

Renda per capita: US$ 33.100.

 

VISTO

Qualquer brasileiro que queira ir para o Japão vai precisar de um visto, a boa noticia é que visto é muito fácil de tirar e barato também, pra você ter uma ideia nem precisei ir ao consulado, um amigo fez para mim ::otemo::

Mas ele tem uma peculiaridade, só pode ser tirado no Brasil e tem validade de 3 meses a partir da data da emissão.

O visto assusta um pouco no começo pois eles pedem um cronograma da viagem com nome de hospedagem e tudo mais, porém não precisa se preocupar tanto, eles não vão sair ligando para todos os hoteis confirmando se vc tem hospedagem lá, eu fiz hem mais ou menos só com a primeira noite reservada e correu tudo bem.

Para mais informações acesse o link da embaixada: http://www.br.emb-japan.go.jp/visto.html

 

Comunicação

Não é preciso saber japonês para ter uma viagem bem sucedida ao Japão, pode ir de boa sem medo. Eles são muito amáveis e vão te ajudar em tudo o que precisar, literalmente eles te carregam pelo braço :lol: Em relação ao inglês quanto mais você souber menos aperto vai passar, em hotéis e lugares turísticos sempre tem gente que fala, e no geral os jovens se comunicam muito bem. Se tiver um tablet ou Iphone baixe o pacote de idiomas inglês e japonês e carregue sempre, é possível traduzir mesmo off line. Se nada disso funcionar, uma mimicazinha nunca matou ninguém e de quebra ainda vai ter histórias engraçadas pra contar.

 

JR PASS

Achei que valeu super a pena o JR se não tivesse comprado ele com certeza teria gastado muito mais. Se você tem intenção de conhecer varias cidades do Japão pode comprar sem dúvidas. Aconselho fazer uma simulação dos valores de passagens nas cidades onde pretende ir e ver se vai sair mais em conta ou não. Para isso use este site aqui http://www.hyperdia.com/en/ eu me programei todo através dele, e será seu melhor amigo na hora de se organizar.

Como ele é um pouco complexo assista este video antes para entender como funciona:

 

 

Vamos ao relato... Ta bem grande galera.

 

Ahhh, o Japão... Sem dúvidas nenhuma, esse sempre foi o nosso destino TOP 1! Quantas e quantas vezes sonhei com este momento em que estaríamos aqui curtindo esta cultura tão singular e fantástica, experimentar um pouco do que este incrível país tem a nos oferecer. Seus costumes, seu povo, sua gastronomia, sua história, tudo no Japão nos empolga, nos excita, nos desperta.

 

Chegamos em Tóquio depois de quase 16 horas de vôo, com uma escala em Kuala Lampur na Malásia. Já no aeroporto tivemos nosso primeiro contato com os famosos washlets, vulgo vaso sanitário, mas este, ultra moderno, cheio dos botões, com musiquinha tocando, assento aquecido e duchinha com controle de potência, temperatura e até onde você quer que a duchinha acerte rsrs, eu definitivamente adoro os japoneses!!

 

Tóquio é a área metropolitana mais habitada no mundo inteiro e para essa galera toda se movimentar de lugar para lugar, a cidade conta com um sistema de trens gigantesco e complexo, que vai te deixar próximo de quase todos os lugares que você quer chegar e sempre vai ter um metrô para pegar onde quer que você esteja. O mais impressionante é que com esse tamanho todo, os trens são ridiculamente pontuais, se o timetable esta para 10:23, ele vai sair da estação 10:23 nem um minuto a mais nem um a menos.

 

Nós optamos por ficar no bairro de Asakusa, que é um bairro mais antigo e tradicional de Tóquio e também mais barato. É neste bairro que fica localizado o Templo Senso-ji, que é o templo mais antigo da cidade e como era perto do hotel chegamos e já fomos direto para lá conferir.

Para chegar no templo, primeiro você passa por um imenso portal com uma luminária também gigante e depois atravessa uma ruazinha de comércio dos dois lados, cheia de barraquinhas vendendo suvenires, lembranças, comidas e tudo o que você pode imaginar relacionado a cultura japonesa. Os preços são bem justos (acho que o lugar mais barato que encontramos até agora) e ficamos doidos querendo levar tudo pra casa. Aproveitamos e experimentamos quase tudo que tinha pra vender de comer, algumas coisas gostosinhas outras nem tanto, a maioria era doce de tudo quanto é jeito, até as famosas bolinhas doces de feijão. Mas a maioria das coisas, sempre feitas de arroz, rs.

 

Achamos muito engraçado a maneira como eles fazem as demonstrações dos pratos, todos de plástico em uma grande vitrine de frente para o restaurante, tudo com preço e exatamente como será o prato original. Muito engraçado, mas pra gente foi uma mão na roda, já que muitos lugares só tem cardápio em japonês, rs. No primeiro dia, de cara, já experimentamos o famoso Ramen, que é uma sopa com noodle (macarrão tipo miojo, rs) e mais um monte de coisas diferentes dentro, kkkk. E experimentamos o Gyosa, que são como pasteizinhos com recheio de carne de porco, bem gostosinho.

 

O templo principal é lindo, rodeado por outros pequenos templos complementares e uma Pagoda de cinco andares ao lado. No pátio os japas se purificam nas fontes lavando as mãos e a boca, pegam uma fumaça no incensário e ficam tirando a sorte com uns palitinhos, tudo para atrair coisas boas e também fazer suas preces e orações. Eu até que tentei o esquema com os palitinhos, só ficou difícil decifrar o que estava escrito na minha folhinha, tudo em japonês, hehe. Foi um momento especial, afinal foi nosso primeiro contato direto com religiosidade e tradições japonesas.

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A noite queríamos comer algo tradicional, então procuramos um restaurante que não fosse turístico, onde os locais freqüentassem e encontramos o Sometaro, um restaurante pequeno e meio escondido, mas com uma comida deliciosa. Pra começar, na entrada, temos que retirar nossos sapatos para entrar e sentamos no tatame, no chão mesmo. Experimentamos a especialidade da casa, okonomy-aki, uma espécie de panqueca toda recheada com frutos do mar e vegetais, que a gente mesmo prepara na mesinha a nossa frente com uma chapa, delicioso. Super recomendado este lugar, gastamos em média U$ 23,00.

 

O dia seguinte estava meio chuvoso e frio, mas fomos conhecer Akihabara, o distrito dos eletrônicos, games e animes.. coisas de gente nerd, ou melhor, otaku por aqui. Como eu me encaixo na descrição, esse era um dos lugares que eu mais queria visitar em Tóquio e posso dizer que foi bem divertido.

Lojas e mais lojas de seis ou mais andares só com conteúdo de anime e manga, revistas, CDs, DVDs, camisetas, bonequinhos, uma infinidade de artigos relacionados e o detalhe é que você não encontra nenhuma criança, as lojas são para gente grande. Existe varias sessões, inclusive com acesso permitido somente para maiores de 18 anos e os japinhas quando querem conseguem ser bem pervertidos rsrs.

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Fomos almoçar em um restaurante que tínhamos visto em um programa do TLC, chamado Restaurantes Esquisitos, e ele fica aqui em Akihabara. O nome é Maid Cafe e é um restaurante temático, onde as atendentes são inspiradas em personagens típicos de mangas e animes. Elas são muito fofinhas, todas jovens, educadas e extremamente hospitaleiras e alegres, mas o que chama a atenção são os uniformes dessas atendentes que sempre se vestem como aquelas empregadinhas das casas de nobres ricos, obviamente, na versão com saias curtíssimas. São roupas cheias de filurinhas, rendinhas e babados. Ao recepcionarem um cliente, dizem algo como: "goshujinsama, irashaimasse", ou seja, SEJA BEM VINDO, MEU SENHOR.

 

O almoço é uma festa, elas preparam os drinks na sua frente desenhando carinhas de animais fofinhos no copo e o mesmo acontece com o almoço, o prato vem todo enfeitado com pandas desenhado de ketchup no bife rsrs, tudo cheio das gracinhas. Depois tem um momento em que você vai tirar fotos com elas fazendo umas poses engraçadas de gatinho, coelho sei lá o que, tudo é meio bizarro pra falar verdade, mas foi divertido. Logicamente o publico alvo deste restaurante são os homens, mas por incrível que pareça tinha mais mulheres como clientes, em compensação os "tiozão" que estavam lá davam até medo, umas caras de psicopata e eles pagam para as atendentes jogarem UNO com eles, (o que???) isso mesmo as bonitinhas sentam na mesa com o tiozao e ficam jogando uno. Vai entender esses japas!

 

Terminamos nosso dia no bairro de Ueno, que também é um bairro antigo e bem movimentado de Tóquio. Passamos por uma feirinha de rua com um monte de bugigangas para vender e coisas estranhas para comer, atravessamos o lindo Parque Ueno, que é um excelente local para se observar as cerejeiras, e tem zoológico, jardins belíssimos e o Museu Nacional de Tóquio. Todos os passeios são bem legais, mas infelizmente nessa hora começou a chover e nós corremos para dentro do museu e ficamos lá até mais tarde.

 

Antes de voltar para o hotel paramos em um Izakaya, que é como são denominados os pubs japoneses e nos divertimos bastante com o cardápio que era completamente em japa. Inclusive os preços eram ideogramas japoneses, então, pedimos um negócio que parecia uma lingüiça calabresa, (opa! beleza vamos matar a vontade), quando chegou não tinha nada a ver, era um bolinho de arroz enrolado com um bacon finíssimo, caramelado, rsrs. Mas o outro estava uma delícia!

 

Estes foram os nossos 3 primeiros dias em Tokyo, depois no fim da viagem ainda fizemos mais 2 dias na cidade, quando visitamos Shibuya, Shinjuku, Harajuku, Ginza e Roppongi. O relato fica pra depois rsrs.

 

Takayama

 

Takayama é uma cidadezinha localizada na região dos Alpes japoneses e é aquele pedacinho do Japão antigo que a gente vê nos filmes, tipo O Ultimo Samurai. Arquitetura clássica, tudo de madeira escura, ruazinhas estreitas, feira matinal, comidas tradicionais, pontes vermelhas sobre o rio, riquixas puxando os turistas e um dos principais festivais do Japão.

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A cidade também é uma ótima base para explorar a região dos Alpes, a uma curta viagem de trem pode-se encontrar vários onsens (fontes de águas termais), um castelo lindíssimo na cidade de Matsumoto, trekkings perfeitos que fazem os amantes do esporte delirar, a vilazinha histórica de Shirakawa go e para quem gosta de neve, lá tem de sobra. Muitas opções, muita coisa linda e diferente, pena que só tínhamos 3 míseros diazinhos para aproveitar a região, e foi o que fizemos.

Ficamos em um hostel chamado J-hoopers, pagando cerca de 60 dólares por noite em quarto privativo, muito bom, recomendamos, fica pertinho da estação JR e perto do centrinho histórico de Takayama. Foi aqui que pela primeira vez experimentamos um quarto tradicional japonês, onde não tem camas, apenas tatami e futon, ficamos encantados e super empolgados com o estilo tradicional japonês de dormir. No quarto, além do futon, ainda tinha aquele lustre lindo no meio, com a mesinha de centro e as almofadas no chão para as refeições, estávamos no paraíso. Eles ainda tinham a explicação de como montava a cama para dormir, rs.

 

Para nossa alegria, chegamos bem na época da floração da cerejeira, então a cidade estava toda linda, cheio de sakuras por toda parte. Foi só da uma caminhadinha pela cidade, que nós pudemos entender porque os japoneses fazem tanta festa com essas florzinhas, elas são realmente lindas e impressionantes de se ver, elas dão um tal charme que qualquer cenário passa de "ponte normal que eu passo todo dia" para o status de "pqp! que ponte massa!". E ver ainda um casal com roupas de estilo casamento japonês nesse cenário, ah, que maravilha!

 

A principal atração da cidade é a região de San-machi Suji, um conjunto de ruas estreitas cheia de lojinhas e fabricas de sake, com construções que permanece do mesmo jeito que era no período Edo (1603-1867), parece que voltamos no tempo. Ficamos encantados com o lugar, passamos a manha inteira andando pelas ruazinhas, experimentando todos os doces, salgados e coisas indefinidas que nos ofereciam e ainda, quase ficamos bêbados de tanto sake que a gente tomou (de graça) em uma dessas fábricas onde eles oferecem degustação, até ganhamos o copinho como suvenir, valeu ai desuka!

 

Os destaques da culinária regional são os doces de mochi, que eu acho que é arroz rsrs, e os derivados de misso (pasta de soja fermentada). Nós comemos muitos desses em várias barraquinhas e a galera lá realmente adora. Um bom lugar para provar dessas comidinhas são as feiras matinais que tem uma tradição de duzentos anos, onde os próprios agricultores e artesãos expõem e vendem o que produzem nas barracas. Ela acontece todas as manhãs em dois locais: em frente ao Takayama Jinya e na rua ao lado do rio Miyagawa.

Agora o que bomba em Takayama é o tal do hida beef, uma carne marmorizada com gordura que todos os restaurantes da região servem, é super famoso e um pouco caro. Agora vai um causo.. nós fomos em um restaurante para experimentar a tal carne, pedimos um prato mais em conta que tivesse a especiaria, sabe como é né, volta ao mundo, temos que economizar.. rs. O prato chegou e era um arroz (pra variar) com uma espécie de molho madeira e 2 gramas de hida beef.. Sem sacanagem, 2 gramas.. até que tava gostosinho, mas cadê o hida beef, rsrs? Lógico tivemos que tentar de novo e dessa vez, bem melhor que a primeira, rs. Mas só fomos saber o porque da fama alguns dias depois, quando comi o hida beef no ryokan em Shirakawa go, e realmente foi algo sensacional.

 

A cidade também é conhecida por ser sede de um dos principais festivais do Japão, o Takayama Matsuri que acontece duas vezes ao ano: na primavera (14 e 15 de abril) e no outono (9 e 10 de outubro). Quem não tiver a chance de assistir ao festival, pelo menos poderá sentir um gostinho dessa tradicionalíssima festa vendo alguns carros alegóricos em exposição no Takayama Yatai Kaikan, que fica ao lado de um templo bem bonito chamado Sakurayama Hachimangu, que também merece visita. Nós chegamos alguns dias atrasados para este festival, mas para nossa sorte estava acontecendo um outro festival em uma cidade vizinha chamada Furukawa, apenas 20 minutos de trem, não pensamos duas vezes e fomos direto para lá. Esse festival, também conhecido como Naked Parade, tem seu auge na noite do dia 19 de Abril, quando centenas de homens vestidos somente com uma tanga (tipo o usado no sumô) saem pelas ruas da cidade tocando tambores, cantando músicas e bebendo sake, muito sake. Em meio a essa bagunça toda, eles fazem umas performances, se equilibrando com a barriga em cima de um tronco, super bizarro, e saem entrando pelas casas das pessoas.

Paramos para tirar fotos em uma dessas casas e acabou que o pessoal da casa nos chamou para entrar e participar do banquete, foi um momento bem especial. Todo mundo era muito simpático, parecia que eles estavam honrados com a nossa presença, todos queriam chegar, conversar e como eles falavam inglês, a comunicação foi um pouco além das mímicas de outrora, kkk. Ficamos um tempo batendo papo conversando sobre viagens e sobre o festival e brindamos todos com "saúde" com uma dose de sake

Fomos então para a praça principal, onde se encontra o Okoshi Daiko, um enorme tambor no topo de uma torre que é carregada pelas ruas da cidade para delírio dos japas. Houve uma cerimônia de abertura, umas rezas doidas lá e a galera, em um frio de 4 graus, apenas com aquelas tanguinhas, nossa vida! E então, após um forte tocar de tambor, iniciou a procissão, saindo da praça e indo para as ruas. Por onde passava, pessoas iam se juntando, com suas lanternas japonesas acessas, é bem bonito de se ver, um pouco diferente (pra não dizer estranho) mas ainda assim, bem bonito. Pegamos o trem de volta para Takayama por volta das 11:30 da noite, tava um frio de 3 graus já e fiquei só imaginando aquele monte de japoneses pelado naquele frio festejando até 2 horas da manhã, haja sake pra esquentar.

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Ainda em Takayama visitamos o Takayama Jinya, que foi a construção que servia de escritorio do governo Tokugawa, na época dos samurais e também experimentamos umas fontes de águas termais, onde a galera vai para deixar os pés relaxando na água quente. Acabamos conhecendo uma galera muito bacana e ficamos um bom tempo lá relaxando e batendo papo furado embaixo de uma arvore de cerejeira toda florida, ótimo jeito de terminar nossa tarde.

 

Shirakawa Go

 

Saimos de Takayama e fomos pra uma cidadezinha mágica que se chama Shirakawa-go, que na verdade, é uma aldeia japonesa que fica na fronteira dos Alpes do Japão. O que faz esse lugar ser tão especial são as suas tradicionais casinhas, todas feitas em madeira e com o teto cobertos por palha e uma paisagem que inspira! A idéia que tivemos é que aqui o relógio parou no tempo e que aquela vila do seculo XVII continua intacta, como se a gente tivesse passeando pelo Japão rural antigo, não tem como ser mais singular. Não é por menos que desde 1995 se tornou Patrimônio Cultural da Unesco, muito mais que merecido.

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Nosso dia foi bem especial, pegamos um ônibus de Takayama (não muito baratinho, 40 dólares pp) e te deixa exatamente na vila. Quando chegamos já demos de cara com uma linda ponte suspensa, que cruza o rio Shokawa-go, que é super grande e muito bonita, nosso convite pra conhecer a antiga aldeia japonesa.

 

Andamos pela vila cerca de duas horas, só curtindo aquele visual incrível das casinhas, das sakuras no meio delas, das plantações de arroz, dos lagos entre as casas, das flores pelos caminhos, das pessoas que moram lá de fato, das montanhas com neve ao redor e do ar puro que a gente respirava naquele lugar encantador. Depois de aproveitar bastante e percorrer as vielas do vilarejo, subimos até o mirante para ter a visão de shirakawago de cima. Com uma caminhadinha de uns 15 minutos você chega lá e tem a incrível visão de toda a vila e as sakuras aqui continuaram se exibindo pra gente, tornando o cenário ainda mais lindo, além da neve nas montanhas, é claro.

 

Em uma das casas, se você pagar JPY 600, poderá entrar e ver como são as casas por dentro. Fomos lá conferir e achamos bem bacana, as casas são bem grandes e a que fomos tinha 4 andares. No "térreo" da casa vivia a família, com algumas divisões e uma lareira no chão da sala onde era servido a refeição, chamado irori. Os pisos superiores eram usados como armazém dos produtos colhidos e depósito de equipamentos agrícolas e já no andar mais alto se criava bicho-da-seda, que doido né?! Mas na época era uma importante atividade econômica para os agricultores. Achamos muito interessante, muito bem planejada e deu pra ter aquele sentimento histórico como se estivéssemos vivendo no passado.

 

Mas para ter uma autêntica experiência, você ainda pode se hospedar em uma dessas casinhas tradicionais e viver bem de perto o tempo do Japão rural. Nós tentamos ficar aqui na vila, mas mesmo olhando com 10 dias antes, não encontramos mais vagas. Então, com a ajuda de uma amiga japonesa, encontramos o Hakusan Kan, que fica cerca de 20 minutos de carro da vila e assim, tivemos nossa primeira e incrível experiência em um Ryokan.

Logo que a gente chegou, ficamos bem assustados com a dona porque ela era doidinha..rs mas ela logo nos levou ate o nosso quarto, com o tatame e futon, e começamos nossa experiência com o famoso chá verde, eca! Kkk, como não temos o costume de tomar chá, não gostamos nem um pouco, mas tava valendo rs. Colocamos pela primeira vez nossas ropinhas de japas e foi bem divertido!

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Hora do onsen! Tivemos sorte de encontrar esse ryokan com onsen e não perdemos tempo, fomos logo lá tomar nosso banho nas águas termais. Essa água vinha direto do Hirase onsen, com uma temperatura de 119 graus de fonte vulcânica, mas eles misturavam com um pouco de água normal para chegar a uma temperatura de 59 graus (dá ainda para sentir o cheiro de enxofre) e mesmo assim a gente não conseguiu entrar, kkk. Mas sabe como é pobre né.. tamo aqui, então vamos dar um jeito! Colocamos água gelada do chuveirinho no onsen e aí sim, entramos, kkkk. Ahh, ja ia me esquecendo, sempre antes de entrar no onsen, você deve tomar um banho, mas um banho de verdade, lavando os cabelos e tudo o mais, eles falam que a água é sagrada e que pode ajudar com dores, artitres e tudo o mais, mas a gente foi mesmo pra relaxar, rs, e foi muito bom!

Em seguida, fomos para o jantar e que jantar! Era um banquete que já estava nos esperando em nosso tatami, com o fogo acesso para nos deliciarmos e a gente tava morrendo de fome..kkk. Gente, tinha de tudo: chá verde (claro), saquê, sopa, misso, legumes, tofu, arroz branco naquela vasilhinha fofa que eles usam de madeira aqui, peixe na brasa, uma massa que quando ia no fogo virava uma espécie de pão, um monte de coisas que a gente não sabe o que é (sempre, kkkk), filézinho de frango para assar, e o hida beef, ahhhh... a melhor carne que eu já coloquei nessa minha boca em toda a minha vida! Lembra do hida beef maravilhoso que falamos anteriormente?! Pois então, foi esse! A carne desmancha na boca, parece um filé mignon com gordura, mas a gordura a gente não vê, não mastiga, só sente o gosto.. ahhh, nunca vou esquecer, todo o jantar estava muito bom, uma noite memorável, com certeza. Nunca deixe de ter uma experiência assim no Japão.

E o café da manhã no outro dia também não ficou para trás, tinha de tudo e tudo no estilo japonês. Comemos peixe assado, alguns legumes, sopa, misso... uma festa!

 

Kyoto

 

Eu sempre imaginei Kyoto como uma parte do Japão que fosse mais tradicional, mais antigo, onde o tempo tivesse parado, afinal minhas referências eram de filmes e animes, como por exemplo Memórias de uma Gueixa, onde mostra um Japão singelo e tradicional. Para minha surpresa Kyoto se mostrou uma cidade grande e bem desenvolvida.

Quando chegamos demos de cara com uma estação de trem gigantesca que mais parecia um mega shopping, todo espelhado com direito a hotel de luxo anexado. Do lado de fora a torre de Kyoto, um chafariz de águas coloridas que se movem de acordo com música clássica e um cruzamento bem movimentado.

Mas Kyoto tem sim suas partes tradicionais, a cidade é a alma e a essência da cultura japonesa, com centenas de templos budistas e santuários xintoístas espalhados, bairros como Gion onde se encontra muitas gueixas e maikos, (que passam por você como um flash), cerimônia do chá, ikebana, meditação zen, tudo isso você poderá encontrar aqui na antiga capital do Japão, além é claro da importância histórica e cultural.

 

Todo mês de abril acontece um evento em Kyoto chamado Miyako Odori, são apresentações de danças das gueixas e suas aprendizes (maikos), o espetáculo tem oito cenas e mais de 20 gueixas atuando. Nós gostamos muito do show, é tudo bem tradicionalzão mesmo, música obviamente tocada e cantada ao vivo, o figurino impecável e o cenário ia mudando, representando as quatro estações, cada uma mais bonita que a outra. Os ingressos custam desde 4500 yens até 2000, compramos o mais barato, assistimos do terceiro andar do teatro e não tivemos problema nenhum, sem dúvida se estiver em Kyoto nesta época é um programa obrigatório.

 

Se ficássemos um mês por aqui visitando um templo por dia, ainda assim não conheceríamos nem a terça parte deles, alguns bem cênicos como por exemplo o Kiyomizu-dera, outros singelos como o Kinkaku-ji ou Golden Temple como nós conhecemos. Esse conjunto incrível de construções rendeu a cidade a inclusão na lista de patrimônios históricos da Unesco. Os templos que falaremos aqui foram o que escolhemos para visitar, não que sejam mais importantes ou melhores, pois seria difícil classificar, então vamos lá:

 

Fushimi Inari Taisha

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O templo ficou famoso pela quantidade de toris (portais), são quase 10.000 ao todo, organizados lado a lado, formando túneis muito bonitos de se ver. Esse templo é dedicado ao deus inari que é o deus do arroz, das plantações e do sucesso nos negócios, quanto coisa, rs. Estes portais foram doados por pessoas em agradecimento por seus negócios bem sucedidos, os seus nomes estão cravados nos toris, que cobrem cerca de 4 km do caminho até um templo lá em cima do morro e leva quase 2 horas para chegar, fomos só até a metade do caminho e acho que é suficiente.

Gostamos muito deste templo, achamos as cores bem intensas e fortes, o visual de dentro dos túneis é bem bacana também, bom para fotos. Muitas estátuas de raposa são vistas ao redor do templo, isso porque a raposa seria a "personificação" do deus inari. As lojinhas de souvenir na saída do templo aproveitam para vender uma infinidade de coisas relacionadas a raposa.

 

Kinkaku-ji

Um dos três lugares mais visitados e fotografados de todo o Japão, o templo realmente chama atenção, afinal ele é todo revestido em ouro. O lago e o jardim a sua volta são igualmente bonitos, o que mata é a quantidade de pessoas, fica difícil conseguir ter uma vista sem que alguém meta o cabeção na sua frente. Me lembro quando via fotos e documentários sobre o Japão e esse sem dúvida era o templo que eu mais queria visitar, mas por incrível que pareça, não foi o que mais nos impressionou. Talvez a quantidade de turista tenha tirado um pouco o brilho dourado, mas é só uma impressão pessoal, o templo é lindíssimo e não pode ficar jamais de fora de uma visita ao Japão.

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Ryoan-ji

Esse templo é bem petinho do Golden Temple, fomos a pé e gastamos uns 20 minutinhos, ele é famoso por seu jardim de pedras. São 15 pedras repousadas sobre cascalho branco, com diversas interpretações e sem uma resposta certa. Uma delas é que as 15 pedras representam a perfeição, mas de qualquer ponto que se olhe, só é possível ver 14 delas, ou seja: não há perfeição, todos somos imperfeitos, (hãm?) Foi fundado em 1450 e conta ainda com um jardim e um lago. Custa 600 yens por pessoa, mais caro inclusive que os outros templos mais importantes e achamos bem normal pra dizer a verdade, mas é no mínimo curioso ver um jardim só de pedras.

 

Kiyomizu-dera

O caminho até o Templo é pelo distrito de Higashiyama, um bairro histórico com ruas estreitas e ladeiras cheias de lojinhas de artesanato e souvenires do Japão, impossível sair de lá sem comprar alguma coisa. Este templo é o segundo mais antigo de Kyoto, construído há mais de 1.200 anos. Seu pavilhão principal é bastante grande e foi todo construído com pilares e vigas de madeira encaixados, sem o uso de um único prego. Kyomizu quer dizer água pura e o local é famoso por sua fonte sagrada. Beber dessa água traz sorte e purificação, tinha uma fila imensa para beber um pouquinho da água, eu resolvi deixar pra lá. Outro ponto alto (literalmente) é seu terraço, que tem a melhor vista da cidade, vale muito a pena. Este templo também é patrimônio cultural da Unesco.

 

Tenryo-ji

Este templo fica na região de Arashiyama, a uns 10 km do centro da cidade, fomos até lá na verdade para visitar uma floresta de bambo bem fotogênica, conhecida como Bamboo Groves. O local é bem bonito você passa em uma trilha com bambus nos dois lados que fazem um tipo um túnel, maior cenário de filme de kung fu chinês (apesar de estarmos no Japão rsrs) lembrei muito da cena de O tigre e o Dragão, onde tem uma luta mentirooosa numa floresta como esta.

Depois da trilha fomos para o templo Tenryo-ji, seu nome significa “templo do dragão celestial”. É o primeiro no ranking dos 5 grandes templos Zen budista de Kyoto, e o templo principal, pra variar, está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco.

O que mais gostamos neste templo foi o jardim com seu lago cheio de carpas, as pedras e flores e no fundo varias montanhas, sem dúvida foi o mais bonito que vimos em todo o Japão.

 

 

Hiroshima

 

Chegamos na cidade já de tardezinha e percebemos que Hiroshima respira um ar de liberdade, de paz e de um novo recomeço. A cidade é bem grande, com muitos prédios e muita gente. Aqui as coisas foram mais baratas do que em outros lugares do Japão, a começar pelo hotel que ficamos, o Hiroshima Garden Palace (casal, USD 55,00 - muito bom).

No dia seguinte fomos direto para o Memorial da Paz e ao chegar lá a gente já dá de cara com a antiga prefeitura, que foi uma das poucas estruturas que, apesar de bem danificada, permaneceu em pé. Aqui a gente já começou a sentir a pressão de saber onde estávamos pisando. A gente viu pela televisão, em vídeos, nas aulas de história, várias vezes aquela cena da bomba caindo, chegando na cidade e aquela fumaça redonda do céu, uma loucura.. mas estar aqui, foi uma emoção muito, muito grande para nós.

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Sorrimos nas primeiras fotos, mas foi difícil mantê-lo por muito tempo... em frente a antiga prefeitura, que é o marco zero do local, a gente encontra umas pessoas com livros e mais livros de informações sobre o ocorrido. E algumas imagens que a gente só vê aqui, é de tremer o coração, mexeu muito com a gente.

O complexo compreende muitas estruturas em favor da paz e um bem legal é em memória a todas as crianças que morreram pela bomba atômica em Hiroshima. O monumento é inspirado na morte de Sadako Sasaki, que foi exposta a radiação com 2 anos de idade e faleceu 10 anos depois devido aos efeitos da bomba. Com isso, seus colegas começaram uma campanha de paz ao mundo e juntas pediam a construção de um monumento em favor das crianças que morreram com a bomba. Há uma descrição no monumento que diz: "Esse é o nosso choro. Essa é a nossa construção pela paz no mundo". É de arrepiar todos os cabelos. Sadako fazia origamis de grou e acreditava que se ela fizesse mais de 1000 origamis, ela poderia ficar curada da doença causada pela bomba atômica, mas conseguiu fazer apenas 646 .Após 8 meses de internação ela não resistiu e seus amigos, em seguida fizeram mais 354 origamis que faltavam para completar os 1000, que triste! Até hoje, pessoas do mundo inteiro mandam origamis para lá e deixam os seus em memória da paz.

 

Em 1952, um monumento foi erguido e no final dele, uma tocha foi acesa, a "Chama da Paz", exatamente em direção à antiga prefeitura. E desde então, essa tocha nunca mais se apagou. Nunca! Ela somente será apagada, quando todas as bombas atômicas ainda existentes no mundo forem destruídas e nunca mais usadas. Nossa!! Que nenhum país mais precise passar pelo o que Hiroshima passou! Nós apoiamos isso: Sem bombas nucleares!

Um lindo memorial em favor das vítimas também foi levantado em 1952, Cenotáfio Memorial, com a sua inscrição "Descansai em paz, pois o erro jamais se repetirá". Esse momento aqui faz a gente refletir bastante o quão pequenos somos, o quão mesquinhos muitas vezes com o nosso próximo e percebemos o quanto o mundo precisa de paz!

 

O que nos chamou a atenção e o que a gente não sabia era porque a escolhida foi Hiroshima e no Museu Memorial da Paz a gente entendeu um pouco mais dessa história tão comovente e nojenta que a Guerra Mundial trazia. Kyoto, Hiroshima, Nagasaki e Kokura estavam na lista para serem bombardeadas, mas um secretário americano interferiu tirando Kyoto da jogada (porque gostava do lugar e não queria que fosse lá, é mole?! Relatando a sua importância religiosa e cultural). kokura saiu da lista pois haviam refugiados aliados aos EUA e Rússia (antiga União Soviética) e como em Hiroshima e Nagasaki não haviam refugiados, e claro por interesse militar, de cunho político-econômico, foram as infelizes cidades que sofreram o ataque. Que doido né?! Que guerra maldita! Eu confesso que fiquei com muita vontade de dar umas boas bofetadas (pra não dizer outra coisa) na cara de Truman, Roosewelt e Stalin, que para justificar os gastos com a guerra já feitas até aqui, colocaram a "desculpa" na bomba e achavam que com isso a guerra chegaria ao final. Triste, muito triste. No Museu Memorial da Paz de Hiroshima a gente consegue ter uma boa visão do que aconteceu de fato, mostrando Hiroshima antes e depois da bomba, por exemplo.

Aqui a gente ainda viu roupas e pertences das vítimas, como funcionava a bomba. Caracas! Tinha uma parede com a chuva preta, sinistro. E ainda, a sombra da pessoa na pedra - a 260m do hepicentro, uma pessoa estava sentada nos degraus da pedra que ao ser atingida pelas ondas de calor ficou branqueada, menos na parte onde a pessoa estava sentada, pensa?! É de embrulhar qualquer estômago. Sem contar no relógio que marcava a hora exata da bomba, tenso.

Fotos roupas, pertences, chuva preta, pedra com a pessoa, relógio.

Na saída do museu você pode ainda registrar suas impressões e assinar um termo apoiando a paz mundial, sem bombas nucleares. Afinal, após o lançamento das bombas em Hiroshima e Nagasaki, iniciou-se a "era nuclear". Nações como EUA, Rússia, Israel, Paquistão e testes que já foram realizados na Coréia do Norte desenvolvem tecnologias e métodos de transporte de mísseis e outras armas nucleares que deixam a gente um pouco temeroso e se por um pequeno deslize ocorrer uma guerra nuclear, a humanidade pode não mais existir. Mesmo com muitas discussões sobre o assunto, gostaria de deixar claro que o "Vamo com a gente" é totalmente desfavorável ao uso de armas nucleares e assinamos contra com os nossos nomes, apoiando assim, a paz mundial! ::otemo::

 

Bom, depois de tanto sofrimento, resolvemos dar uma relaxada nos sentimentos e fomos para uma ilha que fica aqui perto de Hiroshima, Itsuku-shima, ou Miyajima como é mais conhecida, um dos lugares mais fotografados do Japão e que sem dúvida nenhuma merece toda essa fama! O passeio começa com o Ferry já, que quando vai chegando na ilha a gente consegue ver o grande Tori vermelho na água, bem bonito. Somos recebidos com bambis que estão soltos pela ilha e ficam atrás de você pra dar comida pra eles, rs.

 

A ilha leva o nome do principal templo, o Itsuku-shima Jinja, que é um espetáculo a parte. O templo, conhecido como o templo flutuante, fica submerso sobre a água, mas isso acontece no Outono, como estávamos na Primavera, ele ficou um pouco seco, mas não perdeu o brilho.

fotos templo na agua

Para chegar no templo, a gente passar por um monte de lojinhas de tudo quanto é coisa, rs. Tem comidinhas de barraquinha, restaurantes, lojas de presentinhos, essas coisas.. então, chega até um tori protegido por dois leões e passa por umas lanternas bem bonitas também.

Até que enfim a gente chega mais pertinho do grande Tori vermelho sobre a água, dando umas bela fotos e muita diversão também.

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Olá Vitor! Estou montando minha viagem pro Japão ano que vem, e vc não sabe como seu post tem sido util, ja devo ter entrado aqui umas 200x pra olhar rs

Parabens mesmo, não tem muitos relatos do Japão, mega util.

 

Estou terminando minha planinha de estimativa, assim que terminar vou postar algumas duvidas que tenho, mais primeiro vou juntar todas!!

Tbm acompanho sua viagem pelo Face! Estão de parabens! Incrivel!! Abraço!

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Vitor,

 

Primeiramente parabens pela sua viagem e relato. Muito bom mesmo ::otemo::

 

Estive no Japão em Abril/2014 e tive as mesma impressões que você com relação a comida, povo e os relatos de Hiroshima.

Japão está nos meus planos de retorno, pois quero conhecer melhor Kyoto e outras cidades que não tive tempo de conhecer.

Em Myajima você fez o passeio de teleférico até o topo da montanha ? é sensacional...

 

Em minha viagem não consegui ver o Monte Fuji, por falar nisso, você poderia postar um relato sobre esse trecho de sua viagem em Kawaguchiko ?

 

Já que é dificil encontrar dicas e relatos a respeito do Japão

 

Abraços !

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Fala Makiley blz!

Realmente ficou faltando a parte de Kawaguchiko hehe a volta foi meio corrida, fui pra tailandia em um ritmo frenetico e acabei nem postando a segunda parte de Toquio tambem que tem bastante informação legal. Vou ter que tirar um tempinho para escrever sobre essa parte dai eu posto aqui.

Eu fiquei quase 20 dias no Japão e ja estou com saudades voltaria pra la sempre que possivel.

Abraço

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Parabéns!

Adorei o relato!

Também sonho com uma volta ao mundo e é claro que no dia que for fazer essa incrível viagem não vou poder deixar de passar pelo Japão. :mrgreen:

Só uma dúvida como fez pra tirar o visto? Pois essa questão de visto influencia muita na hora de montar o roteiro da volta ao mundo né?

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Adorei o relato!!! Está de parabéns, Victor!

 

Estou montando um roteiro para o Japão para dez/2014 e acredito que usarei boa parte do seu como base, rs. Fico no aguardo da conclusão dele. Está completo no seu blog?

Agumas dúvidas, se puder me adiantar:

1) Achou que o JR valeu a pena?

2) Quantos gastou, em média, em todo o período no Japão? Como está em uma RTW, seria só acrescentar meu valor da passagem pra ter uma estimativa :-)

3) Qual sua impressão com relação à comunicação? Não sabemos nada em japonês e entendemos um pouco de inglês, mais na linha 'embromation'. Dá pra se virar?

 

Agradeço desde já :-D

 

Abraços

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Ola Simone,

 

Se voce ficar somente em Tokyo o JR não compensa, porem se pensa em ir a qualquer outra cidade de trem já começa a compensar o JR.

Lembre-se que você só pode comprar esse ticket no Brasil.

 

Dicas sobre Custos:

custos-no-japao-t53260.html

 

No Japão a comunicação é tranquila, quase ninguem fala inglês, porem todos tentam te ajudar com mimicas, as vezes até mesmo saindo do caminho deles e te levando até o local que você está procurando.

Nos hoteis e estações de trem você encontra pessoas que falam ingles, e só.

 

As placas estão todas em Japonês e ingles.

 

Dicas sobre comunicação:

dicas-de-japones-para-viagem-t19350.html

 

Antes de embarcar, estude um pouco sobre os costumes japoneses,pois é um ponto mais importante que a comunicação ::otemo::

 

Abs,

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