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Japão - Aventuras Nipônicas - 14 dias na terra do sol nascente.


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O Buda gigante, o parque dos veados e última chamada para a ilha de Miyajima.

 

 

A cada dia que passo neste país me sinto mais japonês. Já estou até gostando da mistura de chá verde com leite, os mimos que vem na comida, puxar a última sílaba (onegai shimaaaaas), entre outras coisas. Falar arigato para tudo e só atravessar na faixa quando o farol estiver aceso para pedestres. Não se vê nenhum japonês correndo pra aproveitar enquanto não vem carro. E de vez em quando, passavam alguns japonesinhos por mim e falavam Herô (hello!), eu devolvia em japonês Konichiwa (boa tarde) e eles wow! Sugoi! Que significa incrível mas eu prefiro traduzir para o coloquial Que foda! E tudo porque eu falei uma única palavra em japonês.

 

Lavei minha roupa mais uma vez e me dirigi a Nara, uma cidade que fica a algumas dezenas de quilômetros de Kyoto e que foi a capital do Japão durante uns 80 anos antes dessa. Isso significa: muitos templos, muita cultura e muita história.

 

 

A viagem dura 45 ou 75 minutos. Essa informação vai ser de suma importância depois.

Com a informação de que os pontos turísticos mais importantes se quedavam em um parque e eram relativamente próximos, novamente fui enganado pelo mapa e andei para cacete. Significa que fiquei mais dolorido ainda. Mas por uma boa coisa. 10 minutos de caminhada e eu dou de cara com um monte de cervos japoneses. E eles são japoneses mesmo, porque quando querem alguma coisa eles abaixam a cabeça em respeito. Mas ele são animais selvagens e nada pequenos, significa que eles podem chifrar, chutar, dar uma rasteira e talvez até mata leão. Enfim, uma placa indicava isso e não foi a toa que eles tentaram comer minha sacola, a cinta da minha câmera e quando eu comprei os sembei que eles tanto gostam vieram uns 10 me cercar como uma horda de zumbis, e comeram até o papel do biscoito. Sao animais curiosos, afetuosos, mas nunca se confia muito. Um deles ficou passando a cabeça e os chifres dele em mim, e fiquei tentado a solicitar proteção dele contra o macaco do mal.

 

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Fotos e fatos, fui até o templo que é a maior construção de madeira de todo mundo.

 

Todai-ji, um edificação dentro do parque, que, como várias construções do Japão, é milenar e foi derrubada e construída várias vezes, a última há mais de 200 anos. As grandes atrações são uma estátua gigante de um buda sentado em uma flor de lótus, extremamente trabalhada, tanto que cada pedaço dela era milimetricamente pensado e adornado com pinturas douradas. Incrível ê pouco, e este lugar ja virou um dos meus favoritos. Ainda havia outras estátuas enormes e igualmente pensadas, com destaque para os guardiões. Felizmente, tirar fotos é possível lá, ao contrário de outros templos budistas. Depois de comer um bom lamen e dar uma volta pelo complexo, ainda passei pelo Kasuga Taisha, outro templo, cujo caminho é acompanhado por mais de 1000 lâmpadas de pedra. Comprei algumas lembranças de Nara e ainda ganhei mochis de chocolate de presente, e corri para voltar para Kyoto. Vou ficar com vontade de Nara, que anda tinha muito mais a me oferecer, mas o dever me chamava para o Oeste, na província de Hiroshima. Com isso, não pude visitar o conjunto de templos do Fushimi Inari e nem mais nada em Kyoto. Ja passava das 17 quando cheguei em Kyoto.

 

A distância para Hiroshima era cerca de 3h, e eu ainda tinha q voltar no hostel para pegar a mala, aguardar e pegar um trem bala, pegar um trem local de meia hora de Hiroshima para o píer, uma balsa de 15 min e ainda andar cerca de 20 minutos em uma ilhota para o meu muito desejado hotel. Tudo antes das 23h. Bateu um nervosismo porque o meu trem bala já ia chegar em Hiroshima perto das 22h. Com isso tinha q ir no achometro, meter a cara e perguntar mesmo. Isto tudo extremamente cansado. Como fazem os japoneses, comprei um Bentô (marmita) para comer no trem mesmo. Quando foi 21h40 cheguei no píer. Eu pegaria o último Ferry para a ilha de Miyajima, destino de uma das paisagens cênicas mais famosas do Japão e do mundo. Com cinco por cento de bateria no celular, 40 minutos para chegar no hotel e informações desencontradas do próprio. Chegando na ilha, eu era praticamente o único na balsa e sai perguntando, mas ninguém conhecia o hotel ou a avenida. Tudo isso a beira das 22h30, eu com a mala na mão, ja me preparando pra arranjar um lugar pra dormir, quiçá a própria estação.

 

Não veio o Jaspíon me salvar (ele mora em Okinawa, no sul do japao, e é instrutor de mergulho e um dos meus objetivos é conhecer ele!), mas a boa e velha educação japonesa. Duas garotas de uns 20 e poucos anos, sensibilizadas com a minha situação e depois de as algum japonglês e mimica, conseguiram achar o endereço. Ligaram para o hotel e pumba! Depois de 15 minutos o dono veio me buscar. Resolvi dar um pacote inteiro de Kit Kat pra elas e agradeci imensamente. Cansado e com fome, entrei no carro. O motorista deu tantas voltas em tantas quebradas que eu tive certeza não conseguiria achar nunca aquele lugar.

 

Felizmente o café da manhã estava incluído no preço, mas mesmo as 23h, hora que cheguei e fiz o check in, ele me falou que eu podia comer e beber algumas coisas da geladeira, o que fiz sem pestanejar.

O hotel, ou melhor, guest house, é a hospedagem mais bonita que ja fiquei em toda minha vida. Mas isso é assunto para o próximo capítulo.

 

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André, muito bom o seu relato! Será muito útil :-) Porém, sempre sobram dúvidas, rs. Por isso, estou perguntando ao máximo de mochileiros até pela insegurança com a língua, tornando obrigatório o roteiro mais específico possível. ::otemo::

Os 14 dias de sua viagem incluem o trânsito? Teve problema para retirar o visto?

Estamos montando nosso roteiro para dezembro e em breve eu volto para te perguntar mais ::mmm:

 

Abraços

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Sobre Haknoe. O que tem lá? Tem alguma dica? Eu sempre vejo as pessoas indo mais para ver o Monte Fuji, mas só isso. Vale a pena assim?

 

Obrigada por todas as dicas!=) Aliás, adorei as fotos desse novo post! Que animais fofos!

 

Simone, outro site que eu também estou checando e que tem dicas legais é o japan-guide.com. Dá uma olhada lá!=)

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SimoneCristina: Muito obrigado! Só não entendi a pergunta do trânsito! Foram 14 dias que eu basicamente andei de trem e metro todos os dias. Percorri milhares de quilometros hehe..

 

O visto é muito fácil de tirar, demorou menos de 7 dias, quase não tem fila e não é muito caro. Levar um plano de viagem já ajuda bastante. É melhor até comprar a passagem antes.

 

Pode ficar à vontade pra perguntar... hehe adoro falar sobre o Japão.

 

dcalifornia: Hakone é uma cidade meio interiorana. Os atrativos dela são:

loop de meios de transporte: você vai pegar um trem, um funicular, um onibus, um teleferico e fazer um cruzeiro em um barco.

termas naturais

visita a um vulcão ativo, com direito a comer um ovo cozido em águas sulfurosas

museu a céu aberto

vista do monte fuji, com possibilidade de subir em épocas boas.

 

Obrigado pelo elogio, vou postar mais fotos agora

 

André

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Uma libelula voou a minha frente,

pousou na cerca.

Eu levantei, peguei meu bone

e ia pegar a libelula quando..."

 

Finalmente estou conseguindo acompanhar os relatos com mais proximidade do acontecimento dos fatos. Graças ao tempo de viagem entre Hiroshima e Tokyo, que é cerca de 5 horas de trem bala.

 

O Guest House Mikuniya é um hotel que mais parece um museu ou casa de ricaço. Não é a toa que a nota dele nos sites especializados é de 9.6, tudo pelo preço extremamente vantajoso de 100 reais a diaria.

 

Logo na entrada, uma réplica em tamanho reduzido de uma armadura de samurai, que deve valer mais de 15 mil reais, fora as máscaras de divindades protetoras. E ainda, um piano, um computador de última geração, um violão, um sofá negro que deixaria qualquer tokstok no chinelo, e mais algumas dezenas de itens de colecionador, além de um jardim imenso onde não raramente aparecem aqueles veados japoneses. Uma máquina de café nespresso a vontade e comida free, com algumas exceçoes. Pra mim, um dos pontos altos da viagem e se eu pudesse ficaria dias lá, facilmente. Mas tinha que ser rápido e visitar o templo e portão de itsukushima, Hiroshima e ainda voltar para Tokyo.

 

Cinco minutos até a praia (em que não vi japonês algum se banhando, apesar do clima perfeito para isso), o que vejo me deixa impressionado, embasbacado, e dedico alguns plenos e íntegros minutos até me atrever a levantar a câmera.

 

Dista igualmente da praia ao redor, sito e majestoso sobre o mar, reside um portão vermelho fogo, o rubi refletido nas águas e contrastante com o azul destas, imponente a desafiar a beleza experimentada por quaisquer inocentes olhos. O portão de Itsukushima.

 

Tal maravilha, poética por si só.

 

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Visitei o templo ao redor deste, mas não os demais pontos da ilha, que não por isso deixam de ser interessantes. Volto para o hotel, sem deixar de me perder em meio às quebradas, e, tomando a minha Hiroshima Cola (!), pego a balsa de volta para a cidade, aproveitando a brisa do mar e a despedida de Miyajima.

 

 

Em Hiroshima, um ponto alto e triste da minha viagem. Ali, sobre uma ponte em formato de T e o Hall, explodiu em 6 de agosto de 1945, a 600 metros de altura a primeira bomba atômica detonada sobre a terra, matando instantaneamente mais de 50 mil pessoas, número que aumentaria para 150 mil ao fim daquele ano e mais de 400 mil ao longo do tempo, em decorrência da explosão, radiação e chuva negra, bem como incêndios e desmoronamentos que se seguiram.

 

Peguei o onibus para fazer o maple loop - meipuru~pu, ciente de que meu limitado tempo não me permitiria conhecer todos os lugares.

 

O primeiro é a cúpula da bomba A (A bomb dome). Trata-se de um prédio muito importante da cidade que servia para conferências, reuniões e similares, e que, mesmo ficando perto do epicentro da explosão, manteve boa parte das estruturas de pé, muito em razão do ângulo em que foi atingido. Depois da guerra muito se discutiu sobre derrubar ou não a edificação, devido às memórias negativas que ela trazia, mas decidiram mante-la do exato modo que ficou após a bomba. Ela realmente causa o efeito pretendido, o de assustar os transeuntes e de lembrar a todos o que a guerra pode causar.

 

Tudo fica no mesmo parque, o memorial da paz, no qual estão espalhados outras esculturas e memórias. Várias placas explicam o que aconteceu e avisam que sobre aquele chão estão as cinzas de milhares de pessoas, muitas das quais completamente incineradas com a onda de calor que ultrapassou quase 6000 graus Celsius.

 

Beleza e tristeza se confundem em outros pontos, como o cenotaph, uma escultura-lápide perto de uma chama que foi mantida acesa desde a explosão, o hall das vítimas, e especialmente o museu da paz, que é fantasticamente perfeito em passar uma mensagem séria sem deixar de ser admirável.

 

Lá consta o relógio que parou exatamente no momento de explosão. A frase, a mesma com a qual comecei a escrever a presente narrativa, carrega consigo uma dramaticidade única. Como em um intervalo de segundo tudo ao seu redor pode mudar.

 

Ainda passei por uniformes de escola, cadernos, um triciclo derretido, a pedra cuja sombra que um humano lhe fazia ficou preta em razao do luminosidade, e ainda, para chocar mesmo, fotos dos atingidos pela bomba, terminando inclusive com um exemplar de língua com púrpura, queloides e uma medula com câncer.

 

Depois dessa saraivada de informações e choque de realidade, vem a informação do otimismo. Corria um rumor de que nada mais cresceria naquela cidade por 75 anos, mas, as ainda naquele ano, os habitantes notaram o nascimento de alguns arbustos. Interessante não?

 

Estava na hora de enfrentar o trem bala mais uma vez. Tempo de viagem até tokyo: 5 horas. Mas dessa vez, nada de correria. A la japoneses, eu comprei um Bentô, ou marmita como chamamos aqui, para comer na longa viagem.

 

Não é só em São Paulo. No metrô de Tokyo, não existe amor nem amizade. Apesar de ter que descer após apenas uma estação (aliás era tão perto que eu poderia ir andando até Kanda), fui sumariamente empurrado. Parece que os japoneses querem que todos entrem no trem e ninguém fique esperando o próximo. Pudera, talvez fosse um dos últimos. Passava das 23 quando cheguei lá. Muitos japoneses acabavam de sair do trabalho. Aliás terno e gravata é comum, independente do trabalho.

 

Kanda fica na parte central da cidade e é um distrito voltado a trabalho e escolas. Mas o lugar onde passei, até encontrar rapidamente o meu "hotel", parecia meio rua augusta. Algumas mulheres começaram a me oferecer massagem, e eu, sabendo de nada inocente, pensei comigo que uma massagem cairia muito bem. Depois me toquei que na verdade eram prostitutas, o que confirmei após breve pesquisa na internet. Pelo menos as que eu encontrei no caminho me ajudaram a achar o hotel, e eu dispensei esta massagem do tipo tailandesa.

 

Quando cheguei no hotel cápsula, cuja diária me custou uns 40 reais, uma fila e muita bagunça. Queria ver como era a experiência, e agora que eu vi jamais repetirei. Isto porque vc já chega, põe os sapatos em um locker, pega a chave de outro, sobe pro seu andar e da de cara com um corredor, com um monte de grandes máquinas de secar. Porque é isso que as cápsulas parecem e eu pensei sinceramente que não fossem tão pequenas, mas são. Mal da pra ficar ajoelhado.

 

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Entrar na minha, que ainda tinha uma escadinha pra dificultar, me fez me sentir um humano na matrix, um ser industrializado. Não tinha porta, soh o buraco de entrada e uma cortina veda luz.

Lá dentro um colchonete, um radio/tv e um batente para colocar algum item e bater a cabeça e o cotovelo enquanto dorme (foi o que mais fiz). Pra tomar banho, vc põe um Yukata, desce pro subsolo e vai dividir o banheiro com um monte de turistas orientais, no caso tailandeses, vietnamitas e chineses, e ainda estudantes e trabalhadores todos esperando pelados a sua vez. Lógico, uma cena do inferno.

 

Tomado o banho, durmi mal, acordando várias vezes. Tanto que as cinco da manhã decidi me levantar e vazar da matrix, não sem antes usar a internet.

 

Tomei café na estação, e era hora de partir para Nikko, a última cidade em que visitaria templos. E o que lá ocorreu fica para outro post.

 

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Hmm.. entendi. Você aconselha a visita a ela, ou acha tranquilo cortar? =)

 

Mais umas dúvidas: Você disse pra eu começar a usar o JR Pass quando saísse de Tokyo. Mas e pra me locomover DENTRO de Toky9? Compro passagem normal no metrô? Não fica caro?

 

E sobre dindim!=P Muito importante! cara, eu levo dólar pra trocar lá? Ou compro yen aqui no Brasil e levo? Li que nã0o aceitam muito cartão lá. Como você fez? Queria escapar das taxas de saque lá também. Quanto vc levou pra sua viagem?=) Aproveitou bem?

 

Ah, adorei essas fotos tb!<3

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Hakone: eu aconselho a visita sim! Aliás, é um dos meus poucos ressentimentos da minha viagem, não ter conseguido aproveitar a cidade em virtude das fortes chuvas.

 

Quanto a Tokyo: eu comprei um metrocard e pagava todas as passagens mesmo. Você pode comprar direto em algumas maquinas no metro e ir colocando dinheiro conforme você for precisando. Eu comprei o Pasmo, e o bom é que ele me permitiu utilizar o saldo em várias cidades, e também dentro da linha JR e dos ônibus. Além do que existem muitas máquinas de alimentos e bebidas que aceitam saldo do Pasmo (e do Suica) como pagamento.

 

Existem também os passes turisticos e os day passes, mas na minha opinião só valem a pena se você for usar muito o transporte publico em um só dia. Uma viagem de metro pode valer entre 70 a 300 ienes por exemplo, em geral 130, e os passes custam quase 1000 ienes. Pra mim, que andava bastante, não valia a pena e eu não comprei.

 

http://www.japan-guide.com/e/e2017.html

 

Eu gastava entre 6 a 20 reais por dia de metro. Se você pensar que aqui costumamos gastar 6, não fica tão caro, e te leva para todos os lugares de forma segura.

 

Dinheiro. Você mora em que cidade? Bom, eu comprei ienes aqui, mas acho que vale a pena você levar dólar e trocar lá sim. É bom você levar cerca de 5.000 ienes em espécie com você porque você tem que pagar a passagem até Tokyo (acima de 1.280 ienes), eventualmente, comprar o passe do metro, e claro, comer (entre 600 a 2000 ienes).

 

Realmente, não aceitam muito cartão lá. É uma sociedade muito monetizada, eles preferem dinheiro. É dificil escapar das taxas mesmo. Talvez uma boa ideia seria levar todo dinheiro. O Japão é um país muito seguro, mas se você ficar em hostel, melhor prevenir né. Eu comprei um cartão pré-pago e ele não tinha taxas, mas o iene não era muito favorável nesta cotação. Eu levei cerca de 100.000 ienes nele (1000 dólares), 5.000 ienes físicos e saquei mais uns 40.000 ienes nos caixas. Deu para pagar os hostels, todas as minhas entradas em museus, comprar alguns souvenirs, comer e beber bem. E eu aproveitei bem, tirando a minha pressa!

 

Pode tirar quantas duvidas quiser, adoro falar sobre o Japão

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Olá, André!

 

Sobre o trânsito, eu me refiro ao tempo no Japão. Como perdemos mais de um dia com a ida (embora recuperado em partes na volta), queria saber se seus 14 dias são desde quando saiu do Brasil até o retorno, ou se são 14 dias em solo japonês + ida e volta para o Brasil.

Este seu orçamento muito me interessou, rs. Tornou a ida ao japão mais 'possível', rs.

 

Abraços!

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Olá Simone!

Eu cheguei no Japão no dia 5 de julho e fui embora no dia 18. Foram cerca de 13 dias porque de alguma forma eu consegui aproveitar o primeiro e o último dias. Mas é realmente cansativa a viagem e você pode se dar o primeiro dia de descanso.

 

No meu caso eu praticamente não durmi no voo e quando cheguei eram cerca de 13h no Japs. Fui para o hotel e decidi dar uma volta pra ja dormir lá à noite.

 

Surgiu uma promoção a algum tempo atrás, e de tempos em tempos surgem, para passagens de R$ 2.200 para o Japão. É quase 1.000 a menos do que eu paguei e quase 1800 a menos do que o normal. Se você conseguir já da uma bela economia!

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http://www.revoar.net/2014/06/relatos-do-japao-os-incriveis-templos.html

 

Relatos do Japão - Os incríveis templos de Nikko e o jogo do Brasil.

 

Chegando em Nikko (literalmente, Luz Solar) as 11h, vou direto para um hotel, que basicamente fica em frente a estação de trem. E parece que a cidade se resume a isto: a estação e os templos, com conexões para um lago, uma cachoeira e alguns onsen. O caminho foi cheio de arrozais e outras plantações - estou em um Japão basicamente rural, apesar de tudo ter instalações urbanas.

 

Fui direto para o hotel, e felizmente me deixaram entrar mais cedo. Fiquei mais uma vez em um quarto compartilhado, mas para falar a verdade só tinha um alemão, muito gente boa, de quem infelizmente esqueci o nome.

 

Deixei minhas coisas lá e pude relaxar. Tal como pude pensar longamente no trem bala do dia anterior, resolvi imprimir um ritmo mais calmo à minha viagem. Não que não tivesse gostado de visitar dezenas de lugares em menos de sete dias, mas meu corpo finalmente estava sentindo a inversão do fuso horario, o esforço fisico e a chuva que tomei. Restando sete dias mais no Japão, faria os programas de forma mais tranquila. O que não desse, ficaria para a próxima.

 

Assim peguei um ônibus para os templos de Nikko, todos eles considerados patrimônio histórico e cultural da humanidade. E toda essa pomposidade cultural tem sua razão de ser, são todos belos e magníficos. Felizmente, todos ficam na mesma região, próximos a rua Omotesando (não sei porquê, mas eu gosto desse nome). Uma diferença para Kyoto é que algumas entradas são realmente caras aqui, algumas passaram de 20 reais, quando costumava pagar 8, 12 reais em média.

Todos estavam com alguma parte em reconstrução em reforma, seja em razão do tempo, ou mesmo do terremoto.

 

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Porque a cidade é tão importante e visitada por turistas? Vi muitos estrangeiros. Hora, o local é nada mais nada menos do que o mausoléu do primeiro Shogun japonês, Tokugawa Ieyasu. Os Shoguns foram os governantes de fato durante mais de 200 anos.

 

O primeiro é o Templo Riinnoji, e infelizmente é um dos menos acessíveis, em virtude das restaurações. Basicamente, mais grandes budas, tudo extremamente trabalhado, como sempre. Os andares de cima basicamente inacessíveis. Mas mesmo dentro daquilo que pude ver, é fantástico, é lindo.

 

Mas a verdadeira maravilha, o mais trabalhado e incrivelmente detalhado de todos os templos é o Toshogu. Em cada parede, teto, piso, escada, vão, janela, canto e mastro, há beleza, há história e há fé premeditada. Mais de mil dragões, cada qual pintado a mão e com uma pose diferente, residem nos tetos, o que faz lembrar uma capela sistina japonesa. Ainda, pavões, fenix, leões, tigres, tartarugas e elefantes.

Detalhe importante: Não há leões ou elefantes no Japão, então os artistas que os esculpiram os fizeram solenemente de acordo com a imaginação, advinda do que foi passado pelo budismo (que veio da Índia).

 

A lenda diz que os homens construíram o templo de forma tão bela e perfeita que, para evitar a inveja e a ira dos deuses, deliberadamente colocaram invertida a última das colunas. Mais de 15.000 trabalhadores, a maioria de Kyoto e Nara, conhecida pela beleza e arquitetura intrincada de suas construções.

 

Para terminar, partiu desse templo uma figura muita famosa, aquela dos três macacos, com as mãos tapando na boca, nos olhos e nos ouvidos, ilustrando o ditado budista: Não fale o mal, não ouça o mal e não veja o mal.

 

Ainda passei pelo templo Futarasan, templo datado de 767 d.c., meio escondido, o que, naquele dia, com certeza facilitou a visita, já que os anteriores estavam muito cheios, especialmente de japonesinhos em excursão.

 

Cheguei cedo no hotel, e decidi não fazer mais visitas naquele dia. Ainda tinha que almoçar. Encontrei um Restaurante de Bangladesh. Realmente o Japão é uma nação global. Dentre os estrangeiros que encontrei lá, muitos eram da região da Índia. A limpeza não era daquelas, mas a comida, algo digno de se provar. Realmente, eu gosto de novas experiências culinárias.

 

Conversei bastante com um Alemão e um grupo de estudantes de Hong Kong e Taiwan. Fui dormir cedo. Mas tinha esquecido de pensar: como assistir o jogo do Brasil?

 

Resultado: Não assisti. Fiquei acompanhado a estreia somente pelo celular. Nenhum lugar aberto naquela cidadezinha, as 5h da manhã. Japão Rural. Felizmente ainda consegui ver os gols. Voltei a dormir.

Era dia de partir para os parques, a parte do extremo oriente que não está em quase nenhum guia de viagem. Mas aí, fica para outra postagem.

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