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Textos ecológicos


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LUGAR DE LIXO É NO BUEIRO

(Cleo Piva)

Filha e mãe vão contentes

andando pela rua

Tomam algo refrescante

Cada uma na sua

Quando o líqüido acaba

Estando saciadas

A danada da garotinha

Quer se livrar da latinha

Olha para a mãe,

quer orientação

A mãe mostra o lugar

Onde a latinha jogar

A menina obediente

Com seu jeito matreiro

Atende da mãe

O vergonhoso conselho

Estagnados ficamos

Vendo mãe e filha

Atirando a latinha

Pra dentro do bueiro

O que querer de um país

Em que muitos brasileiros

Aprendem com seus pais

De quem são herdeiros

A detonar o ambiente

De um jeito grosseiro

E se perguntam desgostosos

De onde vêm as enchentes?

Atitude é necessário

De cidadão consciente

Mostrar para o mundo

Quer ser limpo é brasileiro

Joga o lixo na lixeira

Pratica cidadania

E vendo sua maneira

Vão te imitar um dia

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SHOW BRASILEIRO NOS E.U.A

 

Essa merece ser lida. Afinal, não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos...

 

Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

 

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta do Sr.Cristovam Buarque:

 

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a Internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

 

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

 

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem- estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

 

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

 

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrarias dos especuladores globais.

 

Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.

 

O Louvre não deve pertencer apenas à França.

 

Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

 

Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.

 

Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

 

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.

 

Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

 

Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola.

 

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

 

Ainda mais do que merece a Amazônia.

 

Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.

 

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

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RUSCHI DEIXOU UMA HERANÇA DE AMOR

 

Desde pequeno ele dedicava horas a fio a caminhar pelas matas que cercavam Santa Tereza, observando flores e pássaros.

 

Ainda jovem, Augusto Ruschi foi morar no bosque onde, em 1949, construiu sua casa e o Museu Mello Leitão, mais tarde a sede da Reserva Biológica de Santa Lúcia.

 

Ruschi se formou no Rio de Janeiro como agrônomo e especializou-se em Botânica, tornando-se professor titular no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

De volta a Santa Tereza, colônia italiana no interior do Espírito Santo, Ruschi acumulou dois tipos de fama: para seus vizinhos foi o excêntrico cientista que não gostava de humanos; para os cientistas estrangeiros foi o maior conhecedor mundial de orquídeas e beija-flores.

 

Seu amor pela natureza lhe dava a coragem necessária para enfrentar grandes grupos econômicos que desejavam se apropriar das reservas naturais do Espírito Santo.

 

Em 1977 ele chegou a ser taxado de "delinqüente" e "maluco" porque liderava a campanha de preservação da Reserva Biológica de Santa Lúcia, onde estava instalado o museu. A reserva, rica em palmitos, pertencia ao Mu-seu nacional, mas estava ameaçada de ser trans-ferida para o Instituto Estadual de Reflorestamento. Segundo Ruschi, tal transferência serviria apenas para explorar os palmitos. E seria certamente o fim das 20 mil árvores e 600 mil orquídeas catalogadas pelo cientista.

 

Durante toda sua vida, Ruschi realizou mais de 500 expedições desde a Patagônia até o Alaska, recolhendo pássaros e plantas. Dessas viagens resultaram mais de 500 trabalhos escritos, além de uma obra inigualável, em cinco volumes, concluída pouco antes de sua morte, sobre Aves do Brasil (Editora Expressão e Cultura).

 

Apesar de todo o respeito que cientistas e naturalistas estrangeiros tinham por Augusto Ruschi, os brasileiros em geral só tomaram conhecimento da sua existência pouco antes da sua morte, em 3 de junho de 1986.

 

Ruschi, em 1975, tinha entrado em contato com o veneno de 30 sapos dendrobata, na Serra do navio, no Amapá. Com o passar dos anos, segundo ele mesmo explicou antes de morrer, o veneno destruiu seu aparelho digestivo, provocando a paralisação do fígado. Para tentar a cura, o cacique Raonni realizou uma pajelança - um ritual txucarramãe à base de ervas -, que de acordo com Ruschi tirou o veneno do seu corpo. Os órgãos atingidos, porém, não se recuperaram. E Ruschi morreu de cirrose hepática, segundo a medicina alopática, provocada por sucessivas crises de malária e automedicação.

 

A notícia de que Ruschi seria curado pela pajelança correu mundo e jornais e revistas europeus chegaram a mandar jornalista para cobrir o fato, no Rio de Janeiro. Essa foi, sem dúvida, a época em que Ruschi mais apareceu na imprensa, chegando a dar entrevistas de páginas inteiras.

 

Antes de morrer, Ruschi confessou que, depois de ser enterrado na Reserva de Santa Lúcia, preferia ser visitado apenas pelos beija-flores. Um desejo triste e amargo, de quem passou a vida brigando contra os humanos em favor dos bichos e plantas.

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A HISTÓRIA DOS VEADOS DE KAIBAB

 

(Neide S. de Mattos)

 

Antes de 1907 vivia no Planalto de Kaibab, no Arizona (Estados Unidos), uma grande população de veados que se mantinha estável graças à predação por parte de onças pardas, coiotes e lobos, também nativos da região. O tamanho da população, entretanto, era inferior ao que a área poderia comportar, o que ficava evidente pela riqueza e exuberância da vegetação. Com o intuito de "beneficiar" os veados, foi desencadeada uma campanha de extermínio dos predadores. De 1907 a 1924, o número realmen-te aumentou de 4.000 para quase 100.000, supe-rando em muito a capacidade do pasto. Nos dois anos seguintes, porém, mais da metade dos indivíduos morreu de fome, e o restante da população continuou a diminuir. Em 1939 havia cerca de 10.000 veados, que nessa época já não podiam mais ser mantidos pela vegetação, então seriamente comprometida pela utilização exces-siva. Com a deterioração da vegetação, a fome foi responsável por uma mortandade maior do que a causada pelos predadores.

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PÁTRIA

(Olavo Bilac, em Poesias Infantis)

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste!

Criança! Não verás país nenhum como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que florestas!

A natureza aqui, perpetuamente em festa,

É um seio de mãe, a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão!

Vê que vida há nos ninhos,

Que se balançam no ar,

entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera,

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! Jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com seu suor a fecunda e umedece

Vê pago o seu esforço, e é feliz e enriquece!

Criança! Não verás país nenhum como este!

Imita, na grandeza, a terra em que nasceste!

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VAI, PASSARINHO

(Baltazar Godói Moreira)

Passarinho gentil, quero livrar-te

da prisão que te aflige e te desola!

Vai, passarinho, bate as asas, parte...

Está aberta a gaiola!

Preso, abafado pela estreita grade

deste cárcere estreito,

quem te deixou sem ar, sem liberdade,

sozinho e contrafeito na prisão?

Parte! É voando soltos na amplidão

que os passarinhos têm utilidade!

Não sei que mão perversa pôde dar-te,

a ti, que amas o espaço e a natureza,

a estreiteza abafada da gaiola!

Quero livrar-te!

Deixa a prisão fatal que te desola!

Vai, passarinho, bate as asas, parte!...

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UM DESMATAMENTO DESASTROSO

(Dinorah P. Porto)

Algum tempo atrás, o governo permitiu o desmatamento de um parte da Floresta Amazônica, desde que não fossem derrubadas as castanheiras-do-pará. A promessa dos desmatadores foi cumprida. Mas dois ou três anos depois, as castanheiras morreram. Por que será que isto aconteceu?

No início, as castanheiras floriam, mas as flores não se transformavam em frutos. Para que as flores se transformem em frutos, é preciso que sejam fecundadas. Para isso, o pólen deve ser carregado das flores de uma árvore para as de outra. Esse trabalho de polinização era feito pelas abelhas. Porém, com o desaparecimento das outras árvores da região, as abelhas também desapareceram. Sem esses insetos, não havia polinização das castanheiras e elas não produziam frutos. Mas a falta de frutos não foi a única conseqüência do desmatamento.

Depois de alguns anos, as castanheiras morreram porque, sem floresta densa, o solo esquentava demais, acabando por ressecar as raízes. Além disso, a falta de vegetação fez com que as chuvas formassem enxurradas, que carregavam todo o húmus, tornando o solo impróprio para as castanheiras.

Observando todos esses desastres, o INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) decidiu que, toda vez que se fizesse desmatamento, deviam-se conservar as castanheiras-do-pará e uma área intacta de pelo menos 10 metros em volta de cada uma. A vegetação ao redor da castanheira impediria que as abelhas se retirassem e protegeria o solo.

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA.

A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada tendo como objetivo atingir todos os povos e todas as nações, para que todos os homens, tendo esta Declaração constantemente presente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações anunciadas e assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva.

Art. 1º - A água az parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito a água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é sobre tudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

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