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Fernando de Noronha


Cris Camolez

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Você pode chegar à ilha partindo principalmente de duas cidades: Natal e Recife. Nós optamos por Natal. Voamos num turbo-hélice muito legal, avião pequeno, mas uma graça. Para aproveitar melhor o passeio, consulte o site oficial da ilha: http://www.noronha.pe.gov.br/.

 

Quando reservamos o pacote, não sabíamos onde ficaríamos, somente quando você chega é informado em qual das pousadas ficará. Após pagar a taxa, você pode assistir a uma apresentação sobre o que há na ilha e depois vai para a pousada (claro que se você preferir ficar num dos resorts da ilha, esquece tudo isso, ok?).

 

Ficamos numa pousadinha simples, pequena, mas que tinha tudo o que precisávamos. As pousadas em Fernando de Noronha são em sua maioria de propriedade de moradores locais que ampliam suas próprias casas para receber turistas.

 

Na tarde do dia que chegamos, passeamos a pé pela Vila dos Remédios e jantamos num restaurante com aspectos bem caseiro. Comer em Fernando de Noronha é caro (aliás, tudo na ilha é muito caro), porque tudo tem que vir do continente, então vá preparado. Os restaurantes também são, em sua maioria, casa de nativos da ilha e a comida boa, estilo caseiro.

 

No dia seguinte fizemos um tour pela vila. A pequena Vila dos Remédios, o centro comercial da ilha, é um lugar agradável para se andar a pé, fomos visitar o Forte, a Catedral e a Sede da Vila, além de andar pelas ruinhas. Na ilha existe somente uma agência bancária do Santander. Não espere que haja wi-fi livre e fácil de ser usado.

 

Nosso passeio de barco para ver os golfinhos foi marcado para aquela tarde. O passeio foi lindo, água de um azul impossível e belas praias no caminho, mas cadê os golfinhos? Não vimos “nem unzinho” sequer, nunca senti tanta decepção. Depois ficamos sabendo que o horário ideal para vê-los é pela manhã. O pessoal do passeio da manhã viu inúmeros.

 

DICA: fique de olho no horário que você vai fazer esse passeio.

 

Mas, apesar da ausência dos mamíferos, foi possível observar uma quantidade imensa de peixes. E a cor da água? Que cor é aquela! De um azul transparente que era possível ver o fundo do mar, só isso já valeria o passeio.

 

No outro dia, fizemos um passeio pelas diversas praias da ilha. Esse dia foi mágico, porque fomos às mais conhecidas, alugamos snorkel e coletes salva-vidas e pudemos nos aventurar um pouquinho, pelas águas mornas e límpidas. Aqui sim, vimos raias, tartarugas e muitos peixes. Nosso guia foi a pessoa mais paciente do mundo, me pegou pelas mãos e me levou para fazer a flutuação com ele porque eu tenho medo de água e não sei nadar.

 

Nesse dia passamos pelas praias do Sancho, a mais bonita em minha opinião; Praia da Cacimba do Padre, Baía dos Porcos, Morro 2 Irmãos, Baía Sueste, Praia do Leão (área de desova de tartarugas marinhas), Morro do Pico.

 

A Baía do Sancho foi eleita pelo site Tripadvisor como a mais bonita do mundo e para chegar à Praia, é preciso descer um paredão, por uma escadinha de ferro fincada na rocha. Pessoas com problemas de locomoção ou crianças muito pequenas poderão ter dificuldades para descer e subir.

 

Almoçamos no restaurante da Pousada Dolphin e continuamos até a tarde visitando praias incríveis. Para finalizar esse dia perfeito, paramos para ver o por do sol no Boldró, onde todos os visitantes da ilha se juntam nesse momento para ver esse espetáculo.

 

No dia de voltarmos para Natal, fomos pela manhã passear pelas praias mais próximas à Vila (do Centro e da Conceição), para curtir um pouco aquele visual somente eu e meu marido, sem guias.

 

Na ilha você também pode alugar um bugue e fazer alguns passeios por conta. Não tivemos tempo para isso.

 

Um pouco de geografia...

 

O Arquipélago de Fernando de Noronha é composto por 21 ilhas e ilhotas de origem vulcânica, fica a 545 km de Recife, pertence ao Estado de Pernambuco e abriga o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, administrado pelo ICMBio. É perfeito para a prática de mergulho e esportes aquáticos. A temperatura média gira em torno dos 25, 26ºC, mas a noite, devido à brisa marinha, pode fazer um friozinho. As chuvas concentram-se entre fevereiro e julho.

 

Quando eu fui, havia na ilha um gerador eólico e agora, em jul/2014 foi inaugurado uma usina solar fotovoltaica, que gera cerca de 4% do consumo da ilha. (http://www.neoenergia.com/Noticias/Pages/neoenergia-inaugura-a-primeira-usina-solar-da-ilha-de-fernando-de-noronha.aspx)

 

Infelizmente, o arquipélago vem sofrendo uma degradação ambiental gradativa, devido principalmente ao turismo, com a construção de grandes resorts. O ambiente da ilha é sensível a qualquer variação. O excesso de lixo é outro problema, já que o lixo tem que ser trazido de barcaça para o continente.

 

Cris Camolez

http://oqueimportaeviajar.blogspot.com.br/

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