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Chile, 22 – 29 de dezembro de 2014 (Santiago, Isla Negra, Viña Del Mar e Valparaíso)


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Salve viajantes,

 

Espero que as informações a seguir sejam de alguma utilidade para quem estiver planejando sua viagem para a região central do Chile. Vamos lá!

 

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Informações básicas

 

• Clima

 

No período em que permanecemos no Chile, uma fórmula se repetia diariamente: manhãs frias, mesmo sendo verão, tardes e noites quentes. Os dias são mais longos nesse período, logo, não se espante se você perceber que são 21 horas e ainda está claro. Em Isla Negra foi onde pegamos a temperatura mais baixa, frio moderado o dia todo. Viña e Valparaíso parecem seguir a mesma fórmula de Santiago com manhãs frias e o restante do dia mais quente. Nos Andes, especificamente em Farellones, onde visitamos, esperávamos muito frio, porém, a realidade não correspondeu com o esperado. Encontramos um frio muito leve e bem suportável.

 

• As passagens e o voo

 

Viajamos num voo direto da TAM. As passagens foram compradas em outubro numa promoção. Custaram 730,00 (+ taxas). Contamos com um pouco de sorte, pois no período de festas de fim de ano, as passagens para qualquer destino costumam estar acima da média. Sobre o voo, vale registrar que para ter uma melhor vista da Cordilheira dos Andes deve-se escolher assento no lado esquerdo na ida e do lado direito na volta. Mas caso não consiga o assento desejado, não há problema, a Cordilheira será avistada de qualquer maneira.

 

• Câmbio

 

Com a alta do dólar, o câmbio se tornou um assunto sensível ao longo da viagem. Levamos real e saímos do Brasil com informações de câmbio da empresa chilena de turismo Turistik (diariamente eles informam, no perfil do Facebook, a cotação do peso e as condições climáticas). Sabíamos que compraríamos 230 pesos chilenos com 1 real, mas o que acompanhamos foi um aumento absurdo, chegando a ver 190 pesos chilenos por 1 real, no último dia. No entanto, existem duas ruas no Centro de Santiago que possuem uma concentração de casas de câmbio, permitindo uma pesquisa melhor. São as Ruas Monjitas (nas quadras em direção a estação de metrô Santa Ana, logo após a Plaza de Armas) e Augustinas (entre o Paseo Ahumada e a Morande). A pior cotação que vimos foi no Pátio Bellavista, na única casa de câmbio que tem lá (em frente à agência Turistik), a compra era mais cara que no aeroporto. Porém, é a única casa de câmbio que você poderá trocar todos os dias da semana até às 22h. Vá lá só em caso de emergência.

 

• Saindo e retornando do aeroporto

 

Tínhamos algumas opções para sair do aeroporto: ônibus da Tur-Bus + metrô, transfer da Transvip e táxi. Optamos pelo táxi (18.000 pesos chilenos), pois formávamos um grupo de 4 pessoas e o táxi saiu mais barato que o transfer da Transvip (21.000 pesos chilenos). A opção mais barata é o ônibus + metrô, mas com as bagagens, é a opção mais trabalhosa e cansativa. Você pega um ônibus da Tur-Bus até o terminal Alameda e de lá pega o metrô até o seu destino final.

 

• Hospedagem

 

Optamos por ficar no Apart do Andes Hostel. A infraestrutura é ótima, mas todo trâmite de check-in, check-out e café da manhã é no Hostel. Embora seja perto, não é a opção mais barata. Mais ainda quando não se leva dólar. Se você quiser pagar em pesos chilenos (Apart ou Hostel, não importa), surge uma taxa, a IVA, de 16% que desanima qualquer um. Os pontos positivos do Andes Hostel são, sem dúvidas, a localização (em frente à estação de metrô Bellas Artes – lugar muito tranquilo) e a infraestrutura. Os pontos negativos foram o café da manhã e o atendimento. O café é péssimo mesmo para o padrão hostel. Ser simples, ok, é assim em todo hostel, mas as coisas demoram a serem servidas e não são repostas. Quanto ao atendimento, tivemos contato com duas pessoas na recepção, um rapaz muito atencioso e uma mulher bem sem vontade de trabalhar, com quem tivemos o desprazer de ter mais contato e provar da sua falta de paciência.

 

• Deslocamento (metrô e ônibus)

 

Santiago possui uma malha metroviária excelente. O metrô é super fácil de compreender e muito agradável de andar. Você esbarra com muitas obras de arte no caminho e consegue chegar a qualquer atração de metrô. Só é necessário fazer o cartão Bip!. Existem terminais de autoatendimento em algumas estações, nas que não existe você consegue fazer na bilheteria. O cartão custa cerca de 1.300 pesos chilenos e a recarga mínima é de 1.000 pesos chilenos no terminal de autoatendimento. O valor da passagem varia de acordo com o horário entre $ 610 e $ 720. Para o deslocamento entre cidades utilizamos basicamente duas empresas, a Pullman para Isla Negra ($ 6.600 ida e $ 4.500 volta) e a Tur-Bus para Viña e Valparaíso. Como fizemos as duas cidades num mesmo dia, fomos por Viña ($ 2.700) e voltamos por Valparaíso ($ 3.000).

 

• Alimentação

 

O Chile é bem democrático quando se fala de alimentação. Você consegue comer um cachorro-quente em qualquer esquina com pouquíssimo dinheiro (a rede mais famosa é a Charly Dog) ou gastar um salário mínimo no menu degustação de alguns dos restaurantes mais badalados de Santiago (vide Astrid y Gastón que sempre figura nas listas dos melhores restaurantes do mundo). O meio termo é possível. O pátio Bellavista tem algumas opções relativamente em conta como o La Casa en el Aire (você consegue experimentar um pouco da culinária de cada canto da América Latina num restaurante muito acolhedor, com música boa e típica) e o Mr. Jack (hambúrgueres maravilhosos). Ao redor do Pátio existem inúmeros restaurantes em que se pode comer por um preço acessível. O forte na região central do Chile são os frutos do mar (mariscos, como eles chamam), mas há uma diversidade incrível de restaurantes, então você encontrará comida de todo o mundo. Por fim, Santiago é bem servida de supermercados como as redes Líder e Jumbo, ideal para comprar lanches ou algo de preparo rápido. Não deixem de experimentar os sorvetes do Emporio La Rosa.

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Diário de bordo

 

22/12/14

 

Após 4 horas de voo turbulento desembarcamos, às 11:00, em Santiago. Trocamos o mínimo de dinheiro para pagar o táxi e cerca de 40 minutos depois estávamos na recepção do Andes Hostel para deixar as mochilas e sair para trocar reais por pesos, comprar o cartão do metrô, garantir as passagens no terminal Alameda para as outras cidades e fazer um reconhecimento de onde ficaríamos mais o Centro de Santiago (Plaza de Armas e afins). Porém, o planejado foi pelo ralo quando nos deparamos com um câmbio muito ruim. Andamos horas e horas pesquisando até decidir que o melhor seria trocar na Rua Augustinas por $ 215. Já estávamos cansados e voltamos para o Andes Hostel para realizar o check-in, quando levamos o baque da taxa IVA de 16%. Depois disso, achamos que passaríamos o resto dos dias trancados no apartamento a base de pão e água. Fomos ao supermercado Líder da Rua Merced (rua em que ficamos) e decidimos ir para o apartamento cozinhar, jantar e descansar.

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23/12/14

 

Nesse dia fomos dar conta do que não fizemos no dia anterior. Pela manhã, compramos o cartão do metrô e fomos até o terminal Alameda comprar as passagens para Isla Negra, Viña Del Mar e Valparaíso. Depois disso fomos atrás de um supermercado Jumbo para comprar itens da nossa ceia e uma torta (panqueque de naranja), para a noite de Natal, recomendada por ser maravilhosa. Só que não. À tarde havíamos reservado o passeio dos Andes com a empresa Turistik. Mesmo sem neve o passeio vale muito a pena. O caminho é bem deslumbrante, a imensidão e imponência da Cordilheira toca fundo. O passeio custa cerca de R$ 100,00 e dura uma tarde inteira. Prepare-se para inúmeras curvas. Jantamos no ótimo La Casa em el Aire, no Pátio Bellavista.

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24/12/14

 

Na véspera de Natal fomos bem cedo para Isla Negra conhecer a casa favorita do poeta Pablo Neruda. O ônibus saiu do terminal Alameda onde compramos as passagens. Em Isla não há uma rodoviária. Você é deixado numa estrada, quase em frente o escritório da Pullman, onde você terá que comprar as passagens de volta. E é ali que o ônibus parará na volta para pegar você. Nessa estrada, descendo em frente ao escritório da Pullman, você encontra indicações para chegar na Casa-museu do Neruda. Essa é a única atração cultural de Isla Negra e vale toda dedicação para chegar lá. A casa está voltada para o Pacífico e não há adjetivos para descrevê-la, por mais que soe clichê. A visita toma tempo e os audioguias são ótimos, enriquecem a visita. Lá que o poeta está enterrado, ao lado de Matilde, sua terceira esposa. Há um café-restaurante na casa do Neruda. Vale a extravagância, até porque não é tão absurdo assim. A comida é ótima, mas o visual é mais incrível ainda. Experimentem o maravilhoso pisco sour nerudiano. Aos mais corajosos e não tão friorentos, aconselho um banho nas águas que Neruda contemplava. Uma delícia. Chegamos em Santiago no fim da tarde. Fomos para o apartamento preparar a ceia e realizar nossa troca de presentes comprados no dia anterior, quando voltamos dos Andes.

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25/12/14

 

Estávamos preocupados quanto ao que fazer num feriado pátrio, onde nada abre. Mas não faltam atividades, existem muitos parques que ficam abertos e com certeza preenchem um dia inteiro. Optamos pelo Cerro San Cristóbal. Subimos de funicular ($ 2.600 subida e descida) e a vista é um espetáculo. Você vislumbra toda Santiago, sempre com os Andes a emoldurando. O Cerro fica dentro do Parque Metropolitano, lá há inúmeras atividades, como piscinas públicas, zoológico, jardins e etc. Passamos a manhã inteira por lá. Após o almoço fizemos um programa meio mórbido, mas muito interessante, visitamos o Cemitério Geral de Santiago e pudemos perceber como a relação que o chileno tem com seus mortos é diferente da relação que os brasileiros tem com os seus. Os túmulos são decorados para o Natal e as famílias visitam seus mortos no dia 25. Visitamos os túmulos do Salvador Allende, Violeta Parra e do Victor Jara. Terminado o programa nada macabro, fomos para o Cerro Santa Lucía, que também rende ótimas vistas da cidade e é muito lindo e arborizado.

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26/12/14

 

Nesse dia fomos para Viña Del Mar. Não gostamos tanto de Viña assim. É um lugar para você passar o dia na praia, não existem tantas atrações, embora a paisagem valha muito. Fizemos a clássica parada no relógio de flores, caminhamos pela orla até o Castelo Wulff e fomos até o museu Fonck, onde tem um moai original da Ilha de Páscoa na frente. De lá decidimos partir para Valparaíso. Existe metrô e ônibus para esse trajeto, mas como estávamos com o tempo apertado, decidimos dividir um táxi ($ 18.000) e ir direto para a Sebastiana, casa do Neruda em Valparaíso. Outra visita apaixonante. De lá pegamos um ônibus coletivo e fomos para o incrível Cerro Alegre. Almoçamos e ficamos até o anoitecer, quando retornamos para Santiago. Ruas coloridas, funiculares, ascensores, lugares charmosos para comer, mais paisagem deslumbrante. Valparaíso conquistou. É uma cidade labiríntica e cada canto surpreende.

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27/12/14

 

Última casa do Neruda, a Chascona, bem aos pés do San Cristóbal. Outra pérola que preencheu uma manhã. Depois disso, almoço e compra de algumas lembranças no pátio Bellavista e na feira de artesanato Bellavista (quase em frente ao Pátio). A feira é ótima para encontrar souvenir por um bom preço. De lá fomos para o Palácio La Moneda e visitamos seu Centro Cultural, em seguida para uma rápida passada no bonito Centro Gabriela Mistral. Como era sábado, havia uma pequena feira de antiguidades no charmoso bairro Lastarria. Partimos para o Museu da Memória e dos Direitos Humanos. O Museu é inacreditavelmente bom, uma grata surpresa. Muito bem estruturado, com conteúdo riquíssimo acerca das ditaduras, mas especificamente sobre a chilena. Se tem interesse pela história recente do Chile, prepare-se para um deleite que pode levar uma tarde inteira. O Museu fica ao lado do Parque Quinta Normal, que é belíssimo para um passeio de fim de tarde. Desça na estação Quinta Normal, existe uma saída para o Museu.

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28/12/14

 

No penúltimo dia o grupo se dividiu por interesses. Uma dupla partiu para a maior feira de Santiago, uma espécie de mercado de pulgas, a feira da Bío Bío e a outra foi pedalar na vinícola Santa Rita em mais um passeio com a Turistik (R$ 160,00). A feira começa a ser montada às 10h. A área comercial em que a feira Bío Bío fica localizada é conhecida como mercado persa, mas a parte de antiguidades fica na Rua Bío Bío depois da Rua Santa Rosa, para quem sai do da estação de metrô Franklin. A feira é um ótimo lugar para pechinchar e fazer achados. Vende-se de tudo, obras de arte, brinquedos, discos, livros, louças e etc. Há lugares para comer também. O passeio de bicicleta na vinícola vale muito a pena. Apesar do valor exorbitante, é uma boa oportunidade para conhecer a vinícola por dentro. Pedala-se, com algumas pausas para explicações, por um cenário muito bonito e até o fim do passeio, degusta-se 4 vinhos. O passeio dura umas 6 horas. Todo passeio da Turistik pode terminar no Parque Arauco, caso você queira. O Parque fica em Las Condes, região nobre de Santiago, e é nada mais que um shopping com algumas lojas de departamento e em sua maioria, grandes marcas. Na tarde desse dia, eu passei mal com algo que comi e passei o resto do dia na cama enquanto os outros companheiros de viagem faziam suas compras e passeios pelo Centro de Santiago.

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29/12/14

 

No último dia percorremos o Centro de Santiago, passamos pela Plaza de Armas mais uma vez, pelo Museu de Arte Precolombino, que encontrava-se fechado, e já enchíamos o peito de saudades da cidade que estava prestes a ficar para trás. Mais lembranças, almoço de despedida, check-out no Hostel e hasta luego. Muito ficou para ser visitado, o que vai completamente na contramão dos roteiros que esbarramos por aí de 3, 4 dias para Santiago. A cidade guarda muito mais surpresas. O que foi apresentado aqui não é um relato exaustivo. Muito ficou por dizer. Logo, sintam-se à vontade para pedir qualquer esclarecimento. Será um prazer contribuir. Sou, como muitos, grato ao Mochileiros.com por contribuir sempre com todas as minhas viagens astrais.

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