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Buenos Aires, Colonia e Montevideo em 7 dias Dez/2014


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  • Colaboradores

[t1]Buenos Aires, Colonia e Montevideo em 7 dias[/t1]

 

Olá pessoal, estou deixando aqui o meu relato sobre nossa viagem a Argentina e Uruguaio. Nessa viagem, pensei em nem fazer relato para colocar aqui nos Mochileiros, porque esse é um destino que já há muitos relatos. Mas, depois pensei que cada relato sempre tem uma informação nova e um novo olhar sobre um mesmo local. Então decidi escrever.

Para ter mais informações e dicas acesse o meu blog http://www.abraceomundo.com lá tem informações extras que não estão no relato.

 

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Nessa viagem foi eu e minha namorada. Nós tínhamos uma semana para viajar e optamos por ir a Argentina e Uruguai. Buenos Aires e Montevideo são locais tranquilos de ir. A língua também ajuda, pois o espanhol pode ser parcialmente compreendido mesmo por quem nunca estudou. E nessas cidades eles estão acostumados com brasileiros, o que já ajuda na comunicação. Por isso indico essa viagem para quem nunca fez um mochilão. Esse na verdade é um mochilão que nem precisa muito ser mochilão, dá pra viajar de mala, pois não se desloca muito. Mas, nós fomos de mochilão e foi uma boa escolha, pois para os momentos de atraso e para pegar ônibus, a mochila é bem mais ágil e eficiente que uma mala. Porém, para viagens em que haja muito deslocamento (muitas cidades no itinerário) prefira a mochila! Vai ser muito mais ágil e fácil de se locomover. A não ser se for uma viagem de alto padrão, apenas pegando taxi; ai não faz diferença, mas isso já é outra realidade. uahuhahua

No Brasil não se vê muitas pessoas viajando de mochila, mas em outros lugares do mundo é bem normal. Em Ko Phi Phi, por exemplo, uma famosa ilha da Tailândia, 80% das pessoas que chegam para se hospedar lá estavam de mochilão, segundo a minha própria análise. huauhuha

Mas, voltando para o destino, como estava falando, Buenos Aires e Montevideo são bons lugares para um primeiro mochilão ou uma primeira viagem por conta própria. Como tudo na vida, a primeira vez sempre gera uma insegurança maior e como essas cidades são fácil de se locomover e de comunicar é uma boa escolha.

Outro lugar que indico para um primeiro mochilão é o tradicional Bolívia, Peru e Chile. É uma viagem diferente, com um pouco mais de aventura. Que mescla tanto cidades quanto belezas naturais. Os pontos auges são o Salar de Uyuni e Machu Picchu. Na verdade, é um destino muito mais interessante do que Buenos Aires e Montevideo, no meu ponto de vista. Eu já fiz um relato sobre essa viagem, quem tiver interesse de ler: aventuras-por-bolivia-peru-e-chile-22-dias-jun-jul-2012-t73241.html

 

Primeiro começamos a pesquisar as passagens. A Gol faz algumas promoções nos finais de semana, e chegamos a encontramos por R$650 ida e volta (Belo Horizonte/ Buenos Aires). Porém, demoramos para comprar e não conseguimos. Acabamos comprando da Aerolíneas Argentinas por R$973, incluído as taxas. A Aerolíneas tem voo direto de BH a BUE, só os horários que não são muito bons (de madrugada). Mas, o problema foi que cancelaram nosso voo, 10 dias depois de termos comprado as passagens. Foi o voo de ida e eles nos realocaram no voo do dia seguinte, então perdemos um dia de viagem.

Normalmente, não reservamos hostel nas viagens, deixamos para olhar isso na hora. Porém, nessa viagem, decidimos reservar. No nosso novo cronograma (com um dia a menos) ficou dividido assim: 4 dias para Buenos Aires, 2 para Montevidéu e 1 para Colônia del Sacramento.

 

O relato está dividido por dia e em baixo de cada dia eu coloquei os gastos. Não estão todos os gastos do dia, só os principais. Por exemplo, os preços dos ônibus urbanos está o preço da tarifa unitária, independente se usei uma vez ou 5 vezes no dia. Nos preços, quando estiver “2X” significa que o gasto foi dividido por dois, como hostel, táxi, restaurante, etc.

 

Para a Argentina o melhor a se levar é dinheiro em espécie, Real ou Dólar americano, pois o cambio negro paga muito mais do que o câmbio paralelo, que seria o cambio da compra e saque no cartão de crédito e VTM, Visa Travel Money. No Uruguai não há essa diferença de cambio oficial e negro. Pensamos em levar dólar, mas como foi bem na época que o dólar deu uma valorizada, decidimos levar reais. Na média, trocamos o cambio nas conversões abaixo:

 

Conversão das moedas

R$1 = Ar$ 4,4 (Pesos Argentinos)

R$1 = Ur$ 8,6 (Pesos Uruguaios)

 

O valor do peso argentino é o do cambio negro. No câmbio oficial seria R$1 = Ar$3,2.

 

[t3]Dicas:[/t3]

Argentina

- Trocar dinheiro no câmbio paralelo na Argentina, pois a cotação é bem maior que no câmbio oficial. Na rua Florida, há várias pessoas oferecendo para trocar. Troque com alguém que te leve a algum outro lugar, não diretamente na rua. Nós trocamos nas bancas de revista. Numa delas tinha até luz negra para conferir as marcas d'agua das notas. Confira as notas, pois dizem que há muitas notas falsas.

- Os ônibus de Buenos Aires não tem trocador e só há dois jeitos de pagar: com o cartão que vale para todos os transportes púbicos e pode ser recarregado no metro; ou com moedas em uma máquina dentro do ônibus.

- A feirinha de San Telmo, que acontece aos domingos é um bom lugar para comprar lembrancinhas e presentes. As lojas de souvenir do centro, eu achei muito caras!

- Há 3 empresas para se viajar de barco da Argentina ao Uruguai: Busquebus, Seacat e Colonia Express. O mais barato é ir de Buenos Aires até Colonia e de Colônia de ônibus (que já está incluído no preço) até Montevidéu. A empresa que mais vale a pena ir é a Seacat, que é da Busquebus. Ela é a mas barata, a Busquebus é muito mais cara. Já a Colonia Express é um pouco mais cara que a Seacat e não é uma empresa confiável. Fomos embarcar por ela e no guichê nos falaram que o barco havia quebrado, não sabiam quando (que dia) iria voltar a operar, iriam devolver o dinheiro e a gente que se virasse para achar outro jeito de viajar. =0

Na hora de comprar as passagens, se for comprar pela internet, que usa a cotação oficial, compre pelo peso uruguai, pois sairá bem mais barato que comprando em peso argentino.

 

Uruguai

- Trocar cambio em Colônia não é tão bom, em Montevidéu se consegue um câmbio bem melhor.

 

Voos:

BH – Buenos Aires (Ezeiza): 02:55 – 05:35 (08/12) Aerolineas Argentinas

BUE – BH: 22:05 (14/12) – 02:15 (15/12) Aerolineas Argentinas

 

Gastos Gerais:

- Passagem aérea BH – BUE (ida e volta) – R$ 973

- Hospedagem – 6 noites - R$587 (preço do quarto duplo) (2X)

- Barco: Buenos Aires - Colonia del Sacramento - Ur$ 750

- Ônibus: Colonia – Montevideo – Ur$ 300

- Ônibus: Montevideo – Buenos Aires – Ur$ 1350

- Seguro de Viagem – Treavel Ace (Mundo Básico) 8 dias – R$ 74

 

Total dos Gastos: inclui tudo que gastei na viagem, os gastos acima mais refeições, presentes, museus, etc.

TOTAL: R$ 2560

 

 

 

[t3]1° Dia de viagem 08/12 (2a) Buenos Aires[/t3]

O voo atrasou um pouco, chegamos antes das 6h da manhã em Buenos Aires. No verão há uma hora de fuso horário, pois a Argentina não tem mais horário de verão. Ezeiza é o aeroporto internacional, fica mais longe da cidade, 30km do centro. Apesar de ser o principal, o aeroporto não é muito grande. E o aeroporto carece de meios de transporte até a cidade. Não há mutas opções. A principal delas é táxi. Tenho a impressão que a maioria das pessoas vão de táxi. Há dois tipos de táxi, os táxi Ezeiza que são brancos e com preço tabelado, pagamos R$105, acho que em pesos era $350. E os radio-taxi, que são os taxi comuns (preto e amarelo), que usam o taxímetro; cuidado pois há motoristas picaretas. E a o ônibus da Tienda León. Que é Ar$140 por pessoa até a sede da empresa ou até um ponto específico Ar$175. Iriamos de Tienda León, pois nos falaram que pagaríamos 140 e nos deixariam na esquina do hostel (pois é caminho), mas depois quando fomos pagar, falaram que o valor era 175. Ai ficamos revoltados e decidimos ir de táxi. Sem trânsito é 30 min até o centro de Buenos Aires.

Fomos diretos ao hostel. E falando em hospedagem, gosto de ficar hospedado em hostel, pois tem um clima bem legal e ainda é mais barato. Ficamos hospedados no Hostel Suites. Há 3 deles em Buenos Aires. Primeiro ficamos no Hostel Suites Florida, quando voltamos do Uruguai ficamos no Hostel Suites Obelisco. Os dois são bem próximos e são mais ou menos iguais, sendo que o Florida é um pouco mais novo. Chegamos antes do check-in que na Argentina e Uruguai é as 14h. Deixamos nossos mochilões lá e eles deixaram a gente tomar café da manhã nesse dia.

Quando fomos para a rua, descobrimos que era feriado e que boa parte do comércio não iria abrir.

Aproveitamos para ir na Casa Rosada que só abre para visitação nos fins de semana e feriados. A entrada é de graça, mas a visitação começa meio tarde, acho que as 10h. A casa Rosada é legal, mas eu imaginava mais.

 

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Depois fomos no Museu do Bicentenário que fica atrás da Casa Rosada, esse museu tem algumas coisas interessantes, mas não leva mais de uma hora conhecê-lo.

Trocamos dinheiro na rua Florida, perto do hostel. A rua Florida é uma das principais ruas de comercio do centro. É uma rua só para pedestres, não passa carro e tem lojas dos dois lados e várias galerias. Se encontra de tudo para comprar lá! A cotação do real no câmbio negro estava Ar$4,30. Pegamos uma época não muito boa, há um mês e meio estava quase a seis.

A cotação pode enganar, pois as coisas não são baratas na Argentina. Por exemplo, compramos uma água de 1,5L no supermercado por Ar$9, mais de R$2. Comida também achamos caro, não vimos opções de lugares baratos para comer na região central.

Comemos em restaurante a um quarteirão da Florida, uma Milanesa para uma pessoa, mas bem servida, Ar$84. Como deu fomo rápido, mais a tarde comemos no Mostaza, que é um fast-food argentino bem popular. O Mostaza, assim como o McDonalds tem promoções com bons preços, mas o que é fora da promoção é caro. Há o combo refri + batata + x-burgues simples por Ar$35.

 

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Nesse dia ainda fomos na Catedral que também está em frente a Praça de Maio, a fachada é clássica, estilo greco-romano, nem parece igreja. E por último fomos à Av 9 de Julio para ver o Obelisco, que é bem grande, mas meio sem graça.

Nesse dia não fizemos muitas coisa, pois eu estava começando a ficar gripado.

O hostel que ficamos tem jantar de graça as 2a, 3a e 4a. À tarde precisa escrever o nome em uma lista e eles tem dão um cupom. Você só precisa comprar uma bebida, o jantar é no bar do Florida que fica no subsolo. A comida é bem simples foi macarrão com molho de tomate e queijo, no molho não tinha nem carne, mas estava bom e deu para economizar!

Nesse dia minha garganta foi ficando ruim e a noite fiquei com febre, tive que tomar um paracetamol e morrendo de medo da gripe atrapalhar a viagem.

 

Gastos:

R$105 – Táxi do Aeroporto Ezeiza até o centro

Ar$500 – Hostel Suites Florida – Quarto duplo com banheiro (2x)

Ar$84 – almoço (2x)

Ar$35 – combo de hambúrguer + batata + refri no Mostaza

 

 

[t3]2° Dia 09/12 (terça-feira) Buenos Aires[/t3]

 

Acordei sem febre graças a Deus! Fomos tomar café no hostel e depois fomos nos bosques de Palermo, pegamos o metro e descemos na estação Plaza Italia. Palermo tem vários bosques e um zoológico que fica na mesma região. Um dos bosques é o “El Rosedal” que é onde há vários tipos de flores. Como fomos na primavera, estava bem bonito! O Planetário Galileu Galilei também fica lá perto, até passamos lá, mas achamos caro e era só a tarde.

 

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De lá fomos no bairro da Recoleta. Pegamos um ônibus e descobrimos que só se paga com moedas ou cartão de trasporte. Não tínhamos nem um, nem o outro. Então uma mulher pagou com o cartão dela para a gente, sem nem perguntar se tínhamos dinheiro para pagá-la! Ela foi bem legal! Na verdade, achamos os portenhos bem hospitaleiros, sempre que precisamos de ajuda, havia alguém para ajudar.

Na Recoleta, primeiro fomos no Cemitério, o local é bem turístico, havia alguns ônibus de turismo na porta. Não gastamos muito tempo lá, só fomos no túmulo da Evita, que não é grandioso, nem fica em nenhum lugar de destaque, mas é o mais visitado e sempre tem flores.

 

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A Recoleta, assim como Palermo são bairros mais chiques, então consequentemente mais caros. Mas, achamos um lugar com o preço razoável, almoçamos no Shopping que fica em frente ao Cemitério. Almoçamos num restaurante italiano, o prato do dia + bebida saiu por Ar$93.

Depois fomos na Basílica Nuestra Señora del Pilar, que é uma igrejinha que fica ao lado da entrada o cemitério. Não tem nada de mais, mas como é ao lado vale a pena dar uma passada. De lá fomos no Museu Nacional de Belas Artes que é legal, tem uma vasta coleção de obras argentinas, mas também Van Gogh, Monet, Picasso, etc; e não paga para entrar; mas segunda-feira está fechado.

 

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Atrás do museu fica a Floralis Generica, que é aquela escultura de flor feita de metal. Ela é bem grande, muito maior do que eu imaginava, tem 20 metros de altura. A flor estava em reforma, mas não atrapalhou de vê-la, só não podia chegar muito próximo. Ao lado da flor, fica um prédio bem grande e bonito em estilo greco-romano que é a Faculdade de Direito e Ciências Sociais. Tudo isso, do cemitério à flor fica bem próximos, num raio de uns 700m.

De lá fomos na livraria El Ateneo Grand Splendid (Av Santa Fe, 1860), apesar de ser no mesmo bairro, não é perto, como estávamos com o tempo limitado fomos de táxi, ficou em Ar$50 no taxímetro. Essa livraria era um teatro e é bem bonita, dizem que já ganhou prêmio de uma das livrarias mais bonitas do mundo.

 

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Voltamos andando para o hostel. Nosso barco para o Uruguai saia as 18:45, da Florida até Puerto Madera, que é onde fica o porto não é longe, então fomos andando. Viajaríamos na empresa Seacat, mas perguntávamos as pessoas e elas não sabiam aonde era o porto dela. Há duas empresas principais a Busquebus que é maior e a Colonia Express e o porto delas são em lados opostos de Puerto Madera. Eu sabia que a Seacat fazia parte de uma delas, mas não sabia qual. Já estávamos quase na hora e não sabíamos aonde ir, perguntamos a um segurança e ele entrou na internet no celular dele para descobre aonde era. E descobrimos, é na Busquebus. O local de embarque é bem grande e confortável. Vale bem mais a pena viajar pela Seacat (busquebus) que pela Colonia Express, mais a frente vou explicar o que aconteceu com a gente no dia da volta...

A imigração, saída da Argentina e entrada no Uruguai é feita no porto de Buenos Aires. O barco que viajamos é bem pequeno e não tem espaço para ir do lado de fora para ver a vista, mas tem muitas janelas, que se você chegar cedo, vai poder sentar perto de uma. A viagem até Colonia é bem rápida, dura um pouco mais de 1h. Há um free shopping dentro do barco que dá fila para comprar. É uma loja bem pequena e quase não tem muita opção, mas os nativos gostam de comprar lá.

Chegamos em Colônia as 21h. No Uruguai, assim como no Brasil tem horário de verão, então o Uruguai tem 1h de fuso horário a mais em relação a Argentina.

No porto havia transfer até os hoteis, por uns Ur$200 por pessoa. Quem paga isso deve se arrepender, porque Colônia é uma cidade bem pequena, as coisas ficam perto, nosso hostel, Che Lagarto Hostel, ficava a dois quarterões do Porto.

Deixamos nossas mochilas no hostel e fomos jantar. Comemos um chivisto para dois, em um lugar que era mais barato e saiu por R$55. O Uruguai é bem mais caro que a Argentina devido ao cambio. No Uruguai, a maioria dos estabelecimentos (hoteis, lojas, restaurantes) aceitam reais e dólares.

A noite caiu uma chuva muito forte, por sorte já estávamos no hostel. Inclusive tivemos que matar duas baratas que estavam em nosso quarto no hostel. Hehehe Mas, o hostel é bom, é pequeno com um clima bem familiar. O maior problema é que a área de convivência dá para os quartos o que pode fazer barulho.

 

Gastos:

Ar$ 3 – ônibus

Ar$ 93 – almoço (2x)

Ar$ 50 – taxi da Floralis Generica até a livraria El Ateneo

Ur$ 750 – barco Seacat Buenos Aires – Colonia

Ur$ 750 – Hostel Che Lagarto Colonia – quarto duplo com banheiro (2x)

R$ 55 – jantar – Chivisto (2x)

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[t3]3° Dia de viagem 10/12 (quarta-feira) Colônia[/t3]

 

Acordamos tomamos café no hostel e fomos dar uma volta na cidade. Colônia é uma pequena cidade, que foi colonizada por portugueses e espanhóis. Então há dois estilos de construções. A cidade é patrimônio da humanidade pela Unesco. Apesar dos atributos não vimos muita graça em Colônia. É uma cidade mais para se descansar do que para realmente, conhecê-la e explorá-la. Há o portão da cidadela, algumas ruas legais, mas nada de mais. Até tínhamos programado ficar o dia inteiro por lá, mas só pela manhã já deu para explorar o que tínhamos vontade.

 

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Nesse dia e nos seguintes no Uruguai havia um vento muito forte, que caso você não estivesse no sol, sentia frio, então foi necessário sair sempre com blusa de frio.

Na volta do hostel, vimos um lugar que fazia delivery de comida e compramos um frango com purê e uma salada russa por Ur$200, que deu para comer nós dois. Levamos para comer no hostel.

Passamos no porto para comprar a passagem de volta de Montevideo a Buenos Aires, a tarifa mais barata da Seacat já tinha acabado, então decidimos comprar pela Colonia Express que era o mesmo preço (Ur$1040) para ver a diferença entre elas. Que erro...

Depois fomos à rodoviária para comprar a passagem para Montevideo, o pessoal do hostel falou que não precisava comprar com antecedência, pois tinha ônibus a cada 30min, era só chegar uns 15min antes. Chegamos na rodoviária as 14:40 para pegar o bus das 15h, mas só havia um lugar e o próximo ônibus era só as 16h. Compramos para o das 16h e mesmo assim, já nem tinha mais lugares juntos. Então, se já souber o horário que vai viajar, vale a pena passar antes e já comprar a passagem.

Há duas empresas que fazem esse trajeto COT e Turil, fomos pela COT, Ur$300. O ônibus é de viagem e novo, tem ar condicionado, mas parece ônibus municipal, vai parando e tudo conter lugar e tem grande fluxo de pessoas entrando e saindo. E o povo que entra, se não tiver lugar vai em pé.

Os ônibus chegam no terminal “Tres Cruces” em Montevidéu, na parte de baixo é rodoviária e na de cima é um pequeno shopping. De la pegamos um ônibus coletivo até o centro, Ur$23. O trasporte público no Uruguai é mais caro que na Argentina, na verdade, é aproximadamente o preço do Brasil, na Argentina é barata pois é subsidiada pelo governo.

Ficamos no Hotel Lancaster, esse foi o único que à havíamos pagado. Reservei pelo site Hoteis.com, pois era o site que o preço estava mais barato e já decidimos pagar, porque não tem IOF e ainda achei um cupom de desconto. O Hotel fica bem no centro na “Praza Cagancha”, que é cortada pela Av 18 de Julio, que é a principal avenida do centro da cidade, nela há várias lojas e restaurantes. O Hotel Lancaster, que havíamos reservado, é um hotel bem velho, mas as coisas funcionavam e atendeu nossas necessidades. Depois fomos dar uma volta pelo centro. Trocamos dinheiro perto do hotel e, realmente, o cambio em Montevideo (Ur$8,70) é bem melhor que em Colônia (Ur$8,20).

 

Gastos:

Ur$ 20 – entrada farol

Ur$ 200 – almoço (2x)

Ur$ 300 – ônibus Colônia – Montevideo

Ur$ 23 – ônibus urbano Montevideo

Ur$ 267 – supermercado

Ur$ 165 – jantar

 

 

[t3]

4° Dia 11/12 (quinta-feira) Montevidéu [/t3]

 

Acordamos tomamos café no hotel, o café do hotel era muito bom! Tinha inclusive um doce de leite muito gostoso!

Fomos andar no centro, primeiro fomos na “Plaza Independencia”, onde fica o prédio da Presidência, a antiga presidência que é um museu meio sem graça, o Palácio Salvo (um dos símbolos de Montevidéu) e a Catedral Metropolitana, que achamos mais bonita que a de Buenos Aires.

Há também a “Puerta de la Ciudadela” que é um portão, pois antigamente a cidade velha era cercada por muralha. Essa porta é o começo da rua Sarandí. Essa é a rua mais movimentada da cidade velha. A rua é um calçadão, não passa carros e tem várias lojas, lanchonetes e restaurantes. Perto dessa rua há a “Praza Constitución”, que tem uma feirinha e é bem legal também. A Puerta de la Cidadela é o começo da cidade velha, a rua Sarandí é a rua principal e tem muito movimento, mas as outras ruas são meios vazias e a cidade velha ainda é um local meio degradado, alguns quarteirões só há prédios abandonados.

 

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No final da cidade velha, no lado oposto da Plaza Independencia fica o “Mercado del Puerto”. É um antigo mercado que hoje tem apenas restaurantes e umas duas lojas de souvenir. Havíamos lido em outros relatos que lá era um bom lugar de comer a “parrilla uruguaya” que é o churrasco uruguaio que é feito com lenha e não com carvão. Os restaurantes servem as mesmas coisas, só o preço que varia, mas mesmo assim não varia tanto. Achamos caro, mas decidimos comer! Há vários tipos de carne e o preço entre elas varia bem, comprando uma carne você pode escolher um acompanhante: batata frita, purê de batata, batata cozida, arroz ou salada. Nos ofereceram a Picaña, que tinha um preço médio, mas era mais barato que outras carnes, que nós consideramos menos nobres, como baby beef. Grande erro ter escolhido picanha, estava horrível!!! A carne estava sem tempero, sangrando e extremamente dura, precisava fazer muita força para mastigar. Pedimos para passar um pouco mais, ela ficou menos sangrenta, mas mesmo assim continuou muito dura. Essa picanha, não é o mesmo corte da picanha aqui do Brasil. Se for comer lá, não peça Picaña! Comemos porque estávamos morrendo de fome, mas estava muito ruim! Ficamos até com trauma de parrilla e nem pedimos de novo na viagem. Pelo menos compramos um prato para uma pessoa e dividimos, a porção de carne é bem servida, só o acompanhante é pouco. Custou R$45, lá nos restaurantes pode-se pagar com real e a cotação é melhor que as casas de câmbio (Real entre Ur$9 e 10).

 

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Depois da péssima experiência no almoço fomos no teatro Solis, que fica perto da Plaza Indepedencia. A visita guiada é as 16h, em espanhol é Ur$20 e em português Ur$40. Fomos em espanhol. Parece que os brasileiros são a maior parte dos turistas de Montevideo, a visita em português tinha mais de 30 pessoas, em inglês 8 e em espanhol umas 15 pessoas, sendo que haviam outros brasileiros além de nós dois. Cada grupo tem dois guias e um dos nossos guias falava rápido de mais! Eu falo espanhol, mas mesmo assim estava difícil de entendê-lo. Acho que eles colocam de propósito para os brasileiros irem na visita em português; eles até avisam na bilheteria que o guia fala rápido. O teatro é legal, vale a pena a visita!

 

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De lá fomos às ramblas em Pocitos. Ramblas são os calçadões na beirada da praia. Fomos em Pocitos, pois era perto do Parque Rodó. Mas, acabou que estava meio longe e nem deu tempo de ir no parque. Pocitos é um bairro mais novo e de classe mais alta em Montevideo. Li em alguns relatos que valia mais a pena fica lá do que no centro, mas não achei. Para curtir a praia e andar pelas ramblas, é o melhor bairro, mas quase não vi restaurantes e lojas.

Voltamos ao centro e andando pela av. 18 de julio em direção oposta à ciudadela (cidade velha) e vimos que a Fonte dos Cadeados ficava perto do hotel. É uma fonte onde os casais escrevem seus nomes em cadeados, prendem à fonte e segundo a lenda, caso voltarem a visitá-la juntos, o seu amor será eterno. Minha namorada queria prender um cadeado, mas estávamos sem nenhum na hora, deixamos para depois. Continuamos andando e vimos que havia uma apresentação em frente a Intendencia de Montevideu (Prefeitura). Hoje, 11/12, era o dia do Tango e estava havendo apresentações de música e de dança! Parecia legal, mas nem deu para ver muito, porque estávamos com muita fome.

 

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Para compensar o almoço ruim, jantamos em um lugar ótimo! Uma pizzaria que ficava perto do hotel, na “Praza Cagancha”. Uma pizzaria supercheia, até difícil de achar mesa e parecia ser frequentada por nativos. Olhando de fora, parece mais um bar. Não era barata, mas era boa e diferente, a pizza parecia torta, mas muito gostosa! Pagamos Ur$170 numa pizza média, que para nossos padrões era pequena, mas deu para alimentar nós dois.

 

Gastos:

Ur$ 200 – protetor solar

R$45 – almoço Mercado del Puerto (2x)

Ur$ 20 – visita guiada Teatro Solis

Ur$ 23 – ônibus urbano

Ur$ 170 – pizza média (2x)

 

 

 

[t3]5° Dia 12/12 (sexta-feira) Montevidéu [/t3]

 

Acordamos, tomamos café, fizemos check-out e deixamos nossas mochilas no hotel. Nesse dia, fomos primeiro na Intendencia de Montevideu (Prefeitura). É um prédio bem alto e tem um mirador (mirante) no 22° andar. A entrada é de graça, só precisa pegar um ticket no posto de informação turísticas em frente a prefeitura. Depois é só entrar no hall principal do edifício, caminhar até o fundo e descer uma escada para o sub-solo, onde está a entrada do elevador panorâmico. A vista lá de cima é incrível! Dá para ver vários pontos turísticos da cidade.

 

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De lá pegamos um ônibus e voltamos ao Mercado del Puerto, não, não era para comer! Deus me livre! Hehehe Em frente ao Mercado tem uma loja muito boa que vende vários tipos de alfajor. Eles vendem também caixas e tem o preço bom. As duas marcas principais de alfajor no Uruguai é a La Pataia e a Punta Ballena. A embalagem mais legal é da La Pataia, que é de vaquinha. Iriamos comprar para dar de presentes. Pensamos em levar da La Pataia, mas resolvemos comprar um de cada para experimentar e vimos que a da Punta Ballena é melhor! O da La Pataia é muito doce e meio açucarado. Compramos o alfajor triplo, que estava em promoção. Uma caixa com 10 alfajores triplos da Punta Ballena saiu por Ur$120. Os alfajores individuais, independente da marca é Ur$17.

Almoçamos na rua Sarandí, achamos um restaurante, dentro de um prédio que parecia universidade que o almoço era Ur$140.

Depois fomos ao Congresso. É preciso pegar ônibus, pois ele não fica na parte histórica. É um prédio de 100 anos no estilo neoclássico. A vista guiada custa Ur$70 e tem em português. O prédio é bonito por dentro, vale a pena a visita.

 

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Na volta sabíamos que era só pegar um ônibus que estivesse escrito “Cuidad vieja”. Pegamos um que deu a volta na cidade, passou por ruas que nem estavam em nosso mapa. heheh Foi até interessante para ver um outro lado da cidade. As partes mais turísticas da cidade só tem prédios, mas há outros bairros de casas. Montevideo parece uma cidade bem tranquila para morar!

Voltamos ao hotel, pegamos as mochilas e fomos ao Terminal Tres Cruces. Já havíamos comprado a passagem, ônibus + barco até Buenos Aires, pela Colonia Express. Chegando no guiché da Colonia Express, descobrimos que o barco havia estragado e todas as passagens foram canceladas. Até perguntei, como assim cancelaram e fica por isso mesmo. Ai eles falaram que mandaram e-mail. Como tinha ficado o dia inteiro sem internet, não dava para saber se, realmente, haviam mandando o e-mail. Depois, quando entrei na internet, descobri que era mentira, não haviam mandando nenhum e-mail. Só mandaram quando compramos a passagem, não mandaram nenhum avisando do cancelamento. Perguntei se não poderiam transferir as passagens para outra empresa, mas falaram que o “máximo” que podiam fazer era devolver o dinheiro. Ficamo muito bravos, mas não tinha nada para fazer. Mas, então fica a dica, não viaje pela Colonia Express!!! Olhamos na Busquebus/Seacat e já não havia mais passagens para hoje, só uma de US$160 (dólares). Para o dia seguinte tinha pela Seacat, mas bem mais caro do que nós compramos e ainda chegava em Buenos Aires na hora do almoço. Nesses momentos em que as coisas dão errado, dá vontade ter uma reação rápida, pois as passagens podem acabar, pode não ter mais tempo de comprar, etc. Mas, o melhor a fazer é esperar um pouco, esfriar a cabeça e refletir sobre o que é o melhor a fazer. Se tivesse tomado uma atitude enquanto eu estava no clima do desespero, teria comprado para o dia seguinte e voltado ao hotel. Mas, depois de refletir e ver as possibilidades, vimos que o melhor era pegar um ônibus até Buenos Aires. De ônibus são 7h de viagem, bem mais que as 4h do ônibus+barco. Mas, pelo menos iriamos aproveitar o dia seguinte inteiro em Buenos Aires. Compramos o ônibus cama da empresa Condor por Ur$1350, saia as 22:30.

Deixamos nossas mochilas no Guarda Equipaje (guarda volume). Para quem tem passagem para o dia pode deixar as malas de graça por até 2h, se passar disso é cobrado o preço normal, 4h – Ur$58, até três malas.

Fomos andar na Av 18 de Julio, que termina bem ao lado do Terminal, mas essa parte da avenida não é boa, tem pouco comércio. Decidimos jantar numa pizzaria típica. As pizzarias no Uruguai (também vi isso em Buenos Aires) vendem pizza com 1, 2 ou 3 gustos (ingredientes) ou sem nenhum. É meio difícil da gente imaginar, pois é bem diferente das pizzarias do Brasil. No cardápio das pizzarias do Uruguai há a opção das pizzas com ou sem mussarela. Cada uma dessas duas você pode comer pura (sem ingredientes, só com molho de tomate), com 1 ou 2 ou 3 gustos. E os preços de 0 para 1 para 2 e 3 são bem diferentes. Os gustos são: presunto, tomate, cebola, milho, champion, azeitona, etc. E é normal as pessoas pedir com apenas 1 gusto. Na pizzaria que fomos comer os preços era por metro, compramos uma pizza 1/2metro (retangular) com mussarela de 1 gusto e saiu por Ur$270. Com dois gustos era uns 350. Escolhemos presunto. A pizza vem com muito do gusto que você escolheu, a nossa tinha uma camada de 3 ou 4 fatias de presunto. A massa é bem grossa e demos conta de comer só a metade. Outro detalhe interessante é que eles não dão prato, nem talher, a pizza vem toda fatiada e as pessoas comem com guardanapo. Prefiro as pizzas brasileiras, mas como experiência foi interessante!

Depois voltamos ao Terminal Tres Cruces, demos uma voltinha no shopping, que é realmente pequeno e tomamos o Sundae de doce de leite do McDonalds Ur$50. Não gostamos muito, a cobertura de doce de leite é muito consistente e não muito gostosa.

Quando deu a hora entramos no ônibus, ele era confortável, mas longe de ser cama. É tipo um ônibus leito do Brasil, mas, ganhamos um lanchinho com sanduíche, suco, biscoito; bem legal! Ônibus cama, de verdade, são os do sudeste asiático, viajamos do Camboja ao Vietnã e esses sim são cama!

Voltando ao Uruguai, no meio da viagem, bem de madrugada, eles acordam todo mundo para passar pela imigração. Era uma mesma construção que tinha um guichê da Argentina e outro do Uruguai. O do Uruguai estava vazio, então nem deram saída nos nossos passaportes. Talvez um dia isso dê até problema. uhauahu

 

Gastos:

Ur$ 120 – caixa alfajor Punta Ballena c/ 10

Ur$ 140 – almoço

Ur$ 70 – entrada Congresso uruguayo

Ur$ 270 – pizza ½ metro com 1 gusto (2x)

Ur$ 50 – sandae Mc Donalds

Ur$ 58 – guarda volume rodoviária (4h – até 3 malas)

Ur$ 1350 – ônibus cama Monteideo – Buenos Aires (empresa Condor)

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  • Colaboradores

[t3]6° Dia 13/12 (sábado) Buenos Aires[/t3]

 

Chegamos em Buenos Aires às 5:45, na “Estación de ómnibus Retiro” (rodoviária). Pegamos o “subte” (metro) que fica na parte de fora da rodoviária Ar$5. Fomos para o Hostel Suites Obelisco, já havíamos feito a reserva e como deu problema no barco viajamos à noite, nem precisaria de hotel nesta noite. Mas, como não cancelamos a reserva precisamos pagar. Mas, nem foi de todo ruim, pois como o check-in é as 14h, deu tempo de dar uma descansada e tomar um banho. Esse hostel é da mesma “rede” do que havíamos ficado em Buenos Aires antes. E eles ficam perto, a uns 5 quarterões um do outro. O Hostel Obelisco fica na Av Corrientes. É um local onde há vários teatros que parecem grandes, como se fosse a Broadway Argentina. Huahua

No hostel vende água 1,5L é Ar$15, mesmo preço das lojas de conveniência, que tem aos montes em Buenos Aires. No supermercado é Ar$9, mas só vi um supermercado no centro.

Depois do café, saímos. Primeira coisa que precisávamos fazer era comprar as entradas do tango. Olhamos nas agências de turismo que tem no centro, na Rua Florida há várias pessoas oferecendo tango e passeios. Há vários tipos de apresentações de Tango. As mais simples são as Milongas e é apenas apresentações de tangos, com casais dançando. As mais famosas são verdadeiros espetáculos, com cenários, iluminação, música ao vivo. O mais famoso é o Senhor Tango, ele é famoso pois é a apresentação mais grandiosa, tem até cavalo no palco. Ele conta a história da cultura argentina, não apenas do tango. Todos os outros contam a história do Tango. É possível ver apenas a apresentação ou a apresentação mais o jantar, que é servido antes. Parece que, para os tangos mais famosos, a maioria das pessoas escolhe com jantar, pois a maior parte do espaço é destinado a isso. Os espaços destinados a quem compra apenas a apresentação são mais longes do palco. Os melhores jantares não são, necessariamente, nas apresentações mais famosas. Há alguns lugares que tem jantares que são considerados melhores que o do Senhor Tango.

Pensamos em ir no Senhor Tango, mas é o mais caro, é Ar$1250 com jantar e Ar$750 sem jantar. Tivemos indicação do Madero Tango e decidimos escolher esse, que fica em Puerto Madera. Há vários tipos de preço de acordo com o local. Os locais de quem vai ver apenas a apresentação é na lateral do palco, lugar meio ruim de ver. Com jantar há: área premium, vip e a executiva. A premium é cara de mais, é o mais perto do palco. A área vip é em frente ao palco, são mesas retangulares bem cumpridas, em que uma pessoa senta em frente a outra (é bem colado nas pessoas do lado). Já a área executiva são mesas redondas para 8 pessoas que ficam mais nas laterais (então pode acontecer de você sentar em um lugar de costas para o palco).

Olhamos em três agências de turismo o preço variava um pouco de uma para outra. Os preços mais baratos que achamos do Madera Tango foi, área vip Ar$750, área comum Ar$600. Pensei em ir no mais barato, mas minha namorada queria ir na área vip. Ai fomos na área vip, a diferença é o menu, que no vip tem mais opções de comida, no vip também tem direito a uma garrafa de vinho ou de champagne, que não tem na executiva, as outras bebidas: refri, cerveja e água são liberados. Mas, a maior diferença é o local da mesa. Não se escolhe o lugar de setar, o próprio tango que escolhe de acordo com a antecedência da reserva. Como reservamos em cima da hora para o sábado, se fossemos na executiva iriamos ficar em um lugar ruim, que não daria par ver direito, então valeu a pena ir na vip.

Esse dia, era o Dia da Independência e haveria um grande evento político na Praça de Maio. Foi montado um palco gigante, várias ruas foram fechadas no entorno. Pela manhã ainda estava vazio, a maior parte da programação era a tarde. Pela manhã iriamos no Caminito, mas foi difícil achar onde passava os ônibus, pois muitas ruas estavam fechadas. Precisamos andar uns 5 quarteirões da praça para chegar no ponto.

O Caminito é aquela rua que tem as casas coloridas, pintadas de várias cores. É uma rua bem pequena que tem vários restaurantes e lojas. O Caminito fica no bairro La Boca. É um bairro mais pobre e parece ser mais violento. Li em vários relatos e inclusive no hostel eles falam para ficar só no Caminito e ir no máximo até o La Bombonera. Não ficar andando pelo bairro. Achei bem legal o Caminito, mas confesso que imaginava que era uma rua bem maior! É só para ver mesmo, não há muito o que fazer lá. Os restaurantes tem apresentação simples de tango, num pauquinho na rua, para o pessoal que senta nas mesas. Mas, os restaurantes são caros e ouvi dizer que nem são bons. O Caminito é um lugar bem legal, pena que é bem pequeno. Depois fomos no La Bombonera, o estádio do Boca Juniors. Queríamos fazer a visita no estádio, mas achamos caro. Não dá só para ir ao estádio é preciso comprar a entrada do museu junto. O museu fica dentro do estádio e mostra a história do time, mas não parece ser nada de mais. O museu + visita express (que só vai nos camarotes) é Ar$95. Já o museu + visita guiada é Ar$110, essa que vai no campo, nos vestiários, etc.

Na volta do estádio em direção ao Caminito, passamos numa padaria chamada Roma. É uma lojinha bem pequena que fica numa esquina, lá vendia frango assado, carnes prontas e empanados. Comemos os empanados e eles são magníficos!!! E custaram só Ar$9. Um dos clientes nos falaram que é considerado o melhor empanado da região.

 

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Voltamos ao centro e passamos pela evento na Praça de Maio, estava bem cheio e animado, com vários grupos que apoiavam o governo, cada um com um tipo de camisa diferente, com bandeiras e uns tinham até bandinha. Um pouco mais longe da praça havia vários stands na rua, de órgãos público, Ministério da Saúde, Ministério da Economia, Marinha Municipal, etc.

Nos dias que estive na Argentina perguntei a algumas pessoas o que achavam do atual governo da presidente Cristina Kirchner, se gosta ou não e por que. E a maioria falou que gostava do governo, apesar de alguns problemas, mas que o país gerou muitas oportunidades nos últimos anos. O recepcionista do hostel, por exemplo, falou que antes sua família não podia comer “assado” e hoje pode comer bem melhor, havia mais opções de emprego e os salários não são congelados. Então, o que eu presenciei na Argentina é diferente do que via na TV. O governo parece ter amplo apoio popular e apesar da forte inflação, a vida parece ter melhorado para pobres e classe média na última década. Eu acho bem interessante ver esse lado dos lugares que conheço, muitas vezes um país ou local é bem diferente do esteriótipo e inclusive do que é retratado pela mídia.

Depois de passar pela manifestação voltamos ao hostel, para dar uma dormidinha, já que não havíamos dormido direito a noite. A tarde choveu bem forte, estragou a festa de quem estava na praça.

 

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A noite iriamos ao Tango. Os tangos ficam cada um em uma parte da cidade e no preço da entrada está incluído trasporte de ida e volta. A van iria passar no nosso hostel entre 20 e 20:30. A maior parte do pessoal era de brasileiros. Como havia dito, fomos no Madero Tango. O jantar servido estava, realmente, muito bom! Pedimos bife de Chorizo e a carne é muito suculenta!!! A entrada e a sobremesa também estavam muito bons! No preço ainda estava incluído uma foto que foi tirada na mesa, que nem é um bom lugar para tirar; e um DVD da apresentação que nem vimos ainda. Ainda estava incluído uma aula de tango, mas que era depois da apresentação, então decidimos não ficar. Agora falando sobre o principal que é a apresentação de tango, é muito boa!!! Há cenário, iluminação, figurino, é padrão de teatro! São uns 5 ou 6 casais, e eles se apresentam juntos e separados, com estilos de dança diferentes. Valeu o preço do jantar + apresentação!

Acabou meia-noite e na volta era um ônibus e não uma van. Acredita que o motorista esqueceu de nós dois! Não passou no nosso hostel e já estava voltando, depois de deixar o último grupo no hotel. A sorte que nós fomos sentar lá na frente e ele nós viu e lembrou. Heheheh

 

Gastos:

Ar$ 5 – metro Buenos Aires

Ar$ 25 – cartão do trasporte (apenas o cartão, sem nenhum crédito)

Ar$ 20 – recarga

Ar$ 780 – Hostel Suites Obelisco – 2 noites quarto duplo com banheiro (2x)

Ar$ 9 – Empanado

Ar$ 750 – Madero Tango area Vip com jantar

Ar$ 7 – casquinha Mc Donalds

 

 

 

[t3]7° Dia 14/12 (domingo) Buenos Aires[/t3]

 

Acordamos fomos tomar café, estava bem cheio as mesas do hostel, nem tinha mesa para sentar. Tomamos café, fizemos check-out e deixamos nossas malas no hostel.

Domingo é dia de feira de San Telmo. É uma feira de artesanato que acontece aos domingos no bairro de San Telmo. A feira é na Rua Defensa desde a Plaza de Maio até a Plaza Dorrego, uns 10 quarteirões. Começa de manhã e vai até o final da tarde. Tem coisas legais na feira. Não é barato, mas também não chega a ser caro, achei os preços razoáveis. Compramos algumas lembrancinhas e presentes de natal. E é em San Telmo, ao lado da feira que fica a Mafalda. E tinha uma fila com umas 10 pessoas para tirar foto.

 

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De lá fomos à Puerto Madeira. Fomos andando, pois do centro é perto. Puerto Madeiro é a área portuária que estava degradada e o governo revitalizou. Hoje há vários restaurantes, inclusive de alta gastronomia e escritórios. É um lugar bonito, mas que não tem muito o que fazer. Fomos no Museu Fragata Presidente Sarmiento, que é um antigo barco de guerra que virou museu. É Ar$5 para entrar e é legal, mas nada de mais.

Almoçamos e depois fomos tomar o sorvete da Freddo, que é a sorveteria mais famosa da Argentina. Mas, não tem muitas lojas. Na rua Florida há um Freddo na Galeria Pacífico, que não é apenas uma galeria, é um shopping. O sorvete da Freddo é meio caro, uma bola é uns Ar$25. Compramos o pote de 250g, que pode escolher três sabores, Ar$59. No dia anterior tínhamos comprado a casquinha do McDonalds. A casquinha do McD na Argentina e Uruguai não é igual ao Brasil em que é baunilha e chocolate, lá é baunilha e doce de leite. Mas, não é muito gostoso o sorvete de doce de leite do McD. Já o sorvete de Doce de Leite da Freddo é espetacular!

Depois passamos na loja da Havanna. Na Argentina e Uruguai alfajores são muito populares e há várias marcas, mas a mais famosa é a Havanna. E não é por menos, eles são muitos mais saborosos que os outros e também mais caros! Mas, vale a pena comprar uns para comer ou levar para pessoas mais próximas. A caixa com seis é Ar$76 e com doze é Ar$138. Há também o doce de leite que deve ser bom. Mas isso não compramos na Havanna, pois não pode entrar no Brasil, pois é um produto agropecuário. Então se a alfandega pegar, eles jogam fora. Então comprei um doce de leite de supermercado, mas barato, mas nem era muito bom.

Nosso voo sairia hoje às 22h. Voltamos ao hostel e pegamos os mochilões e fomos pegar um taxi. No hostel, nos falaram que negociando conseguiríamos por Ar$300. O taxista queria mais, mas fechou por esse valor mesmo.

 

Gastos:

Ar$ 5 - Museu Fragata Presidente Sarmiento (barco)

Ar$ 68 – Almoço

Ar$ 59 – sorvete Freddo – pote 250g (2x)

Ar$ 9 – água 1,5L comprada no Carrefour

Ar$ 35 – combo Moztaza

Ar$ 300 – táxi até aeroporto

 

É esse meu relato, espero ter ajudado com as histórias e informações.

 

Hasta la vista!

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  • 3 meses depois...
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Olá, Felipe!

 

Gostei bastante do seu relato. Bem esclarecedor. Me ajudou muito!

 

Pretendo fazer o mesmo roteiro que você, mas como quero pegar um voô de Recife - Montevidéu e voltar a partir de Buenos Aires, espero conseguir incluir também Punta del Leste.

Estou trabalhando em cima do seu orçamento.

 

Mais uma vez obrigada!

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