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Dois dias na Chapada dos Guimarães: Aroe Jari e Parque Nacional


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Como eu já havia visitado no Mato Grosso do Sul a cidade de Bonito e o Pantanal, muito parecidos com Nobres, e o pantanal do Mato Grosso, respectivamente, com certeza nessa viagem a cereja do meu bolo seria a Chapada dos Guimarães.

E, para mim, atendeu as expectativas.

 

Situada a apenas 70km de Cuiabá, deu pra perceber que a cidade Chapada dos Guimarães é bastante frequentada pelos próprios cuiabanos especialmente nos finais de semana, pois atividade é o que não falta, como as cachoeiras, trilhas, rapel, rio. E até o clima é procurado, já que a cidade fica a uns 800m acima do nível do mar, oferecendo uma temperatura mais amena do que a quente Cuiabá.

 

Nós seguimos pra Chapada diretamente de Nobres. Bem fácil. Basta pegar a estrada do Lago Manso de volta e, na MT 251 virar a esquerda.

Em pouco tempo aparecem os paredões imponentes de pedra. Para mim, foi difícil dirigir pela estrada sinuosa e ao mesmo tempo querendo apreciar todo aquele visual.

 

A cidade é grande, possui uma rua principal com uma pracinha no meio e restaurantes com lojinhas de artesanato.

Ficamos em uma pousada muito boa, situada mais afastada do centro. Como estávamos de carro, isso não foi problema e valeu a pena.

 

Teríamos dois dias inteiros pela frente e entre tantas atividades, foram escolhidos dois passeios: a Caverna Aroe Jari e o próprio Parque Nacional Chapada dos Guimarães com o percurso pelas cachoeiras.

 

Para começar, ambos os passeios só podem ser feitos com guias.

Através da pousada chegamos à Camila, que nos acompanhou durante esses dois dias. Recomendadíssima! A Camila foi muito show.

 

Então vamos aos passeios:

 

Caverna Aroe Jari: através das fotos que eu já havia visto nas minhas pesquisas prévias, esse seria "O" passeio. E foi.

A caverna, a maior de arenito do Brasil, fica em uma propriedade particular. Você paga a entrada e pode ir caminhando por uma trilha por uns 4km até a proximidade da caverna, mas, como estávamos com as crianças, preferimos contratar um trator para nos levar e nos trazer de volta. Decisão acertada.

Antes do passeio, um procedimento me assustou: tivemos todos que colocar perneiras. Para quê? Para "possíveis" cobras que poderíamos encontrar!

Deu um medinho sim. Mas felizmente, não cruzamos com nenhuma delas.

O local é muito lindo!

Com duas cavernas abertas para visitação, o passeio entre elas é por trilhas (uns 4kms ao todo de caminhada) em meio ao canto de pássaros, diversas formações rochosas e muita vegetação, o que diminui o sol, porém o calor continua.

Trilha de nível fácil que as crianças (e os adultos mais enferrujados) aguentaram na boa.

Lagoa Azul que dá vontade de mergulhar, escuridão total daquelas de não se ver nem um palmo à frente do nariz, poses para fotos na penumbra, chuveirinho dentro da caverna pra refrescar.

Tudo de uma natureza nova para mim. E acho que para todos.

Ao final, pegar novamente o trator para voltar e, no meio do caminho, o desabar de uma chuva rápida mas forte, que deixou a paisagem ainda mais linda.

 

Na volta à cidade, parada no Mirante do Centro Geodésico, na minha opinião, a vista mais linda daquele local.

Mesmo com o tempo fechado, impressionante poder observar os prédios de Cuiabá ao longe, na distância em linha reta aproximada de 20 e poucos kms.

 

Parque Nacional Chapada dos Guimarães: no nosso último dia de chapada, começamos cedo para fazer o circuito de cachoeiras dentro do parque.

Na ida, passamos logo por aquele que é o grande cartão postal da região, a Cachoeira Véu de Noiva, com seus 86m de queda livre, que depois de um sério acidente com o desabamento de um paredão, com um grande número de mortes, só pode ser observada de longe, pelo mirante.

De lá, seguimos para o parque, que tem entrada gratuita, mas os turistas somente podem entrar acompanhados de guias, que são quem literalmente levam as chaves e abrem o portão de entrada.

O circuito completo passa por seis cachoeiras. Em todas há parada para banho. Água fria, mas que as crianças adoraram, principalmente devido ao calor que fazia.

As trilhas entre uma e outra cachoeira, apesar de fáceis, são um pouco longas e, devido a isso, paramos para banho somente em três delas.

A volta foi um estirão de caminhada (3km) no sol quente das 3 horas da tarde.

Exaustos e com fome, a Camila não poderia ter indicado lugar melhor e mais lindo para esse bando de cearense cansado e faminto. :D

O restaurante Moinho dos Ventos fica em um condomínio fechado.

Para entrar, cada carro paga um valor de R$ 20,00 que é abatido depois na conta do restaurante.

A comida é muito saborosa (comemos picanha e pacu) e o local é lindo. Muito verde e uma vista deslumbrante onde, mais uma vez, podemos observar os prédios de Cuiabá ao longe.

Para nossa despedida, a arara que não vimos no pantanal, apareceu como que nos saudando e dando tchau. Perfeito!

Deixei a Chapada dos Guimarães com aquela sensação que os lugares que nos marcam sempre deixam: a de que deveria ter passado mais tempo por lá. ::otemo::

Fotos : http://liaccampos.blogspot.com.br/2015/02/chapada-dos-guimaraes-janeiro-de-2015.html

 

 

Dicas para quem vai:

 

Hotel: existem muitas pousadas na cidade. Se você está de carro e não se importa de ficar um pouco afastado do centro, recomendo a que ficamos. Pousada Cambará (cambara.pousada@hotmail.com). Lugar super agradável e de uma hospitalidade cativante por parte dos donos!

 

Guia: os passeios que fizemos só podem ser feitos acompanhado de guias. Contrate com antecedência. Todos nós adoramos a Camila, então segue o telefone e email dela para contato: camillaguiaturismo@hotmail.com - 65-9954-3288. Os passeios precisam de carro para serem feitos, mas se você chegar de ônibus de Cuiabá (da rodoviária partem ônibus toda hora), a Camilla faz os tours no próprio carro também.

 

Caverna Aroe Jari: entrada custa R$ 45,00 por pessoa e o trator R$ 15,00 ida/volta também por pessoa. O passeio tem uma duração aproximada de 3 horas.

Quem não for fã de caminhada ou estiver com criança,melhor se garantir no trator. Uso de roupas leves e levar lanche e água.

 

Parque Nacional Chapada dos Guimarães: levar roupa de banho, protetor solar, água, lanche e um sapato confortável para caminhar.

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  • 2 semanas depois...
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Lia,

Lindo dia!

 

Parabéns pelo relato.

Me apaixonei pelo seu Blog pois tem Bonito, Cuiabá e Pantanal que são as minhas pesquisas pra minhas férias.

 

Já até mandei um e-mail pra Camila... risos

Estarei indo de carro = big aventura.

 

Acho que é bem sussa mesmo?

Primeiro será Bonito, depois uma chegada na Bolivia e subir pra Cuiabá.

 

Abraço,

 

Roberta

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