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Bariloche - Planejando uma viagem para curtir neve


Luciano_F

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ATENÇÃO: Este relato está em construção. Dessa forma, as informações estão sujeitas a correções.

 

Saudações a todos do site mochileiros.

 

Em agosto/2013 tive a oportunidade de viajar a Bariloche para curtir neve pela primeira vez. Havia uma razão histórica para escolher este destino, pois foi uma das opções cogitadas para minha lua-de-mel. Mas, acabou se tornando a viagem de quinze anos de casados. Pois é. Demorou, mas aconteceu. ::lol3::

 

Durante onze meses fiz um forte planejamento para a viagem, e no geral, fui seguindo os passos da viagem com grande antecedência (talvez até exageradamente). Ainda assim estive sujeito a alguns imprevistos antes e durante a viagem.

 

Pesquisei muito. Muito mesmo. E ainda que as informações que coletei não sejam as mais atualizadas, ainda servem em sua grande maioria como subsídio para quem planeja uma viagem de inverno a Bariloche.

 

Ainda que vá fazer um relato da viagem, vou preferir dar um enfoque mais didático e discorrer sobre as principais dúvidas, riscos e detalhes que decidem o resultado final desta viagem.

 

Bariloche é um destino turístico encantador, que possui a capacidade de agradar os mais diversos tipos de turistas (nem todo destino de neve é assim). Dificilmente alguém volta decepcionado dela. Porém, algumas situações podem dar uma certa frustação. Não raro, apenas para citar um exemplo, as pessoas passam uma semana observam e curtem a neve acumulada no chão mas não conseguem ver uma nevasca. Como neve é um assunto sobre o qual os brasileiros não estão familiarizados, as vezes não é tão intuitivo entender como as coisas acontecem na natureza. Ainda mais em tempos de aquecimento global.

 

O fórum Bariloche - Perguntas e Respostas foi de fundamental importância para o sucesso da minha viagem. Um bom grupo de pessoas atuantes à época garantiu muitas páginas de informações preciosas (atualmente 248 páginas). Mais recentemente, o grupo de facebook criando pelo guru/oráculo de Bariloche Principe185 (grande companheiro que tive o privilégio de conhecer pessoalmente durante a viagem) complementou o fórum dando uma dinâmica visual mais forte a tudo que envolve o turismo em Bariloche e regiões próximas.

 

Espero que minha experiência e informações aqui relatadas sirvam para melhorar sua viagem. Ela com certeza será boa, vou tentar, humildemente, torná-la mais especial ainda.

 

Este material é uma forma de agradecimento a todos aqueles que administram o site mochileiros e todos aqueles que participaram dos fóruns relacionados a Bariloche e região. ::otemo::

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Vale a pena viajar para um destino de neve. Sim vale, e muito. Não se compara a outros tipos de destinos de viagem. Não que seja melhor, é porque é diferente. É como conhecer o mar. Por mais que você tenha uma noção, que veja um vídeo, que alguém lhe diga como é, nada substitui o contato direto com o local. Obviamente é frio (ou muito frio), e para quem não curte muito frio (como a minha esposa), pode ficar até a idéia de que já conheci e não quero ir mais. Ela as vezes sofria com o frio, mas até hoje tem saudade da viagem. Pediu para da próxima vez achar um destino de neve na faixa de 20 graus, de preferência numa praia ::lol4::

 

Resolvido que se deseja viajar para a neve, surgem então a primeira pergunta: para onde ir? Logo a seguir vem a segunda: quando ir?

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Supondo que você não esteja interessado no Hemisfério norte, seu destino de neve estará no Chile ou na Argentina. Como a cordilheira dos andes é o marco geográfico que divide os dois países tem-se opções nos dois lados. Qual escolher?

 

Não sou especialista, pois visitei apenas o lado argentino da região dos lagos. Mas fiz algumas pesquisas básicas que permitem dar algumas dicas básicas.

 

1) Qual o país mais barato?

Primeiro ponto que deve ser lembrado é que Argentina e Chile tem realidade econômicas bem diferentes. As moedas são dferentes. O peso chileno (atualmente na faixa de R$ 1,00 = 230 pesos chilenos) está sujeita a uma inflação bem mais baixa que o peso argentino. Para complicar, a Argentina passa por um momento de baixas reservas cambiais, o que exigido um forte controle na saída de dólares do páis e deu origem a um mercado paralelo de moedas (por aqui era chamado câmbio negro, por lá se chama dólar blue). Vou tratar desse assunto com detalhes depois, porque viajar para a Argentina nos tempos atuais exige uma estratégia financeira diferente de outros destinos. O que importa no momento é que, em regra (e toda regra pode ter exceção), o Chile tende a ser mais caro que a Argentina. Esse pode ser um primeiro diferencial a ser considerado.

 

2) Facilidade e custo de acesso

Em 2013, era possível viajar com milhas da TAM para Santiago do Chile. A partir da capital chilena, tem-se estações de esqui a cerca de uma/duas horas de viagem. É até possível fazer (e muitos fazem) um bate e volta sem pernoite. Nessa época, essa facilidade era um diferencial a favor do Chile. Mesmo comprando-se a passagem normalmente, o custo de ir a Santiago era inferior a destinos na Argentina. Porém, duas variáveis mudaram desde então. A GOL parou de operar para Santiago, e na minha opinião, deu espaço para que a TAM subisse o padrão de preços. Adicionalmente, a GOL firmou parceira com a Aerolineas Argentinas que tem permitir comprar passagens para várias destinos turísticos argentinos de inverno como Bariloche, El calafate, Ushuaia, inclusive com o uso de 10.000 milhas por trecho. Nesta caso, é preciso ficar esperto e comprar com antecedência. Não tenho visto opção de comprar passagem na TAM diretamente para cidades ao sul da capital chilena.

 

Em resumo, de uns tempos pra cá, a questão da passagem aérea se inclinou para o lado argentino. De qualquer forma, passagem aérea é um item muito "louco" nos custos de uma viagem. Pode-se conseguir uma promoção arrasadora ou se sujeitar a preços exorbitantes. Na minha viagem paguei para ir de TAM/LAN Argentina e não tive do que reclamar.

 

Lembrando que no Chile, a rodovia 5 que corta o país de norte a sul é duplicada da capital até a região dos lagos chilenos.

 

3) Vai esquiar ou apenas curtir neve?

 

Essa parece uma pergunta boba. mas não é. Muitos destinos de neve tem apenas um centro de esqui. Se você, seja por qual razão, não quiser ou puder esquiar, não terá muito o que fazer além de curtir seu primeiro contato com a neve. Os meios de elevação muitas vezes destinam-se exclusivamente para esquiadores e não para pedestres visitantes. Cada local tem sua política. Centros de esqui são feitos pensando e com foco em esquiadores. Nem todos permitem que se suba até o alto. No caso de Bariloche, Cerro Catedral tem sempre algum (ou alguns) meios de elevação disponíveis para pedestres. Há inclusive uma espécie de bondinho que lembra no tamanho o do pão de açúcar (chamado de cable carril). Bariloche tem ainda locais com neve exclusivo para caminhadas (roca negra, refugio neumeyer), além de um local exclusivo para esqui-bunda (piedras blancas). Isso tudo faz com que Bariloche "socialize" bem a neve para praticamente qualquer um.

 

Por outro lado, se o interesse é exclusivamente esquiar ou snowboard (e muitos viajam só para isso), a análise para escolha do local é bem diferente do pedestre que quer apenas curtir a neve. É uma escolha mais técnica que envolve características do centro de esqui e das condições da neve. Aqui no site mochileiros o foco é nos pedestres. Há sites específicos onde esquiadores debatem destinos de neve sob uma ótica específica.

 

Resumindo, veja qual é sua tribo (esquiador ou pedestre) e avalie qual o perfil do destino de neve. Como já disse, Bariloche é polivalente, servindo a todos, mas nem todo local é assim.

 

4) Terei certeza de encontrar neve? E de ver nevar?

 

5) Tem noção do clima que você vai encontrar?

 

6) Tranquilidade ou agito?

 

7) Liberdade de escolha da hospedagem e da alimentação?

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Não é necessário ser um expert nos mapas de Bariloche antes da viagem propriamente dita. Porém é importante ter uma noção de onde e como se situam os pontos de interesse, para definir a melhor opção de hospedagem e de transporte.

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