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Jovens aderem a programas de trabalho para conhecer países


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:arrow: FONTE: Uol Viagens

http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u604040.shtml

 

"Eu estava pensando em conhecer o Japão, mas como turista ia ser difícil", diz o estudante de engenharia Victor Tominaga, 21, para quem não era possível arcar com a viagem.

 

A solução que o garoto encontrou foi participar de um programa de "arubaito", que leva descendentes de japoneses para trabalhar em fábricas do outro lado do mundo.

 

 

Victor Tominaga foi trabalhar em fábrica no Japão, que hoje sofre com crise econômica

Tominaga ficou no país de dezembro a março deste ano, trabalhando cerca de 12 horas por dia fazendo pão.

 

Apesar do cansaço ("o corpo se acostuma...") e da saudade de casa ("quis voltar na primeira semana"), o garoto curtiu e aproveitou para conhecer cidades como Tóquio e Yokohama.

 

Hoje, valoriza a experiência, que diz tê-lo deixado mais preparado para a vida e para o mercado de trabalho.

 

Assim como ele, outros jovens deixam o Brasil em busca de oportunidades profissionais em outros países -nem que seja apenas para bancar a viagem.

 

Mas, se trabalhar fora do país está nos seus planos, é melhor ficar atento ao que está acontecendo no mundo. A crise econômica diminuiu a oferta de vagas para trabalho temporário no Japão, por exemplo.

 

Procuradas pela Folha, diversas agências relataram ainda não saber se haverá programas de "arubaito" neste ano, devido à recessão no Japão.

 

Longe de casa

 

No caso de Pedro Ziolli Junior, 21, o destino escolhido foi Israel. O garoto trabalhou por seis meses em um kibutz na colheita e no plantio de vegetais.

 

Diferentemente do programa de "arubaito", que remunera em até US$ 5.000 mensais, atuar em uma fazenda israelense é uma atividade voluntária -recebe-se apenas ajuda de custo, além de alimentação e de moradia. "Mas, nos dias de folga, conheci o país, a Jordânia e o Egito", conta o rapaz.

 

A agência que levou Ziolli a Israel afirma que, devido ao conflito árabe-israelense, não há previsão de novas vagas em kibutz para breve.

 

Enquanto isso, a confederação mundial de viagens educacionais (Wyse Confederation) afirma que os programas de "au pair" cresceram 10% em relação a 2008, comparando março e abril dos dois anos.

 

Bom para estudantes como Raquel Amarins, 24, que trancou o curso de ciências sociais na USP para passar dois anos nos EUA trabalhando como babá. Hoje, fluente em inglês e de volta ao Brasil, trabalha em uma multinacional.

 

Cuidados

 

É recomendável ter cautela antes de entrar em um avião e passar meses longe de casa e de familiares.

 

Escolher bem a empresa que organizará a viagem, por exemplo, garante preços justos e assistência local, em caso de necessidade.

 

Mesmo assim, a experiência nem sempre é a esperada. Emanuel de Lima, 22, que o diga. O rapaz passou por poucas e boas recentemente, quando decidiu ir aos EUA como "au pair".

 

Começou com a lista de documentos (incluindo certificado negativo de antecedentes criminais), que ele levou um mês para reunir. Depois, foram cinco meses até que uma família americana se interessasse em contratá-lo. "Eu já estava me achando um derrotado."

 

Passada a longa espera, Lima chegou aos EUA. O plano era ficar lá por pelo menos um ano. Ficou três meses.

 

Primeiro veio a saudade de casa. "Chorei por duas horas, quando desfiz as malas", conta. Depois, não se adaptou à família. Foi quando decidiu voltar.

 

Apesar da experiência ruim, Lima não faz pouco caso do programa. "Tem pontos negativos, mas é também uma maneira de sair do país", afirma.

 

O que é "au pair"?

Programas que levam jovens aosEUApara cuidar de crianças.Ataxa de participação é de cerca de US$ 900 (para um ano) e cobre passagens aéreas, além de hospedageme alimentação na casa da família americana. Há remuneração de cerca de US$ 150 semanais, também. De 18 a 26 anos. Exige visto.

 

O que é Kibutz?

Propriedades coletivas em Israel em que voluntários, não necessariamente judeus, trabalham por cerca de dois meses. Geralmente, as tarefas são agrícolas. Há taxa de cerca de US$ 300. Hospedageme alimentação estão inclusos, mas passagem aérea, não. Ajuda de custo de aproximadamente US$ 80 por mês. De 18 a 35 anos. Não exige visto.

 

O que é "arubaito"?

Trabalho temporário no Japão feito por descendentes de japoneses (no máximo, netos).As atividades costumam ser braçais,em fábricas, e envolver jornadas longas.Dura cerca de três meses.A taxa de aproximadamente US$5.000 inclui passagem aérea, hospedagem e alimentação.O salário gira em torno de US$5.000 mensais. Exige visto.

 

:!:Fique atento

 

- Converse com quem já participou do programa e peça que indique uma agência confiável.

 

- Antes de fechar negócio, consulte a reputação da empresa em comunidades do Orkut e do Facebook.

 

- Verifique se a agência escolhida tem escritório físico e endereço fixo.

 

- Questione a respeito de cada taxa e de cada etapa do processo.

 

- Não embarque sem antes entrarem contato coma família com que vai morar, no caso de 'au pair'.

 

- Prefira programas que ofereçam seguro e assistência local, para o caso de emergências.

 

- Em épocas de crise, a carga horária de 'arubaito' costuma diminuir, o que reduz também seu salário.

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