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Postado (editado)

Em janeiro/2015, como presente de 1 ano de formado, resolvi fazer esse mochilão junto com o Roberto, partindo no dia 31/12/14 e voltando 03/02/15, totalizando 34 dias de viagem pelo Chile, Argentina e Uruguai, com o obejtivo principal de conhecer a Patagônia.

 

Roteiro:

Dia 1: (01/01/15) Belém - São Paulo - Santiago

Dia 2: (02/01/15) Santiago

Dia 3: (03/01/15) Santiago

Dia 4: (04/01/15) Santiago - Valparaíso - Viña del Mar - Santiago

Dia 5: (05/01/15) Santiago - Pucón

Dia 6: (06/01/15) Pucón

Dia 7: (07/01/15) Pucón

Dia 8: (08/01/15) Pucón

Dia 9: (09/01/15) Pucón - Puerto Varas

Dia 10: (10/01/15) Puerto Varas

Dia 11: (11/01/15) Puerto Varas - Bariloche

Dia 12: (12/01/15) Bariloche

Dia 13: (13/01/15) Bariloche

Dia 14: (14/01/15) Bariloche - El Calafate

Dia 15: (15/01/15) El Calafate

Dia 16: (16/01/15) El Calafate

Dia 17: (17/01/15) El Calafate

Dia 18: (18/01/15) El Calafate

Dia 19: (19/01/15) El Calafate - Puerto Natales

Dia 20: (20/01/15) Puerto Natales

DIa 21: (21/01/15) Puerto Natales

Dia 22: (22/01/15) Puerto Natales - Torres del Paine

Dia 23: (23/01/15) Torres del Paine

Dia 24: (24/01/15) Torres del Paine

Dia 25: (25/01/15) Torres del Paine - Puerto Natales

Dia 26: (26/01/15) Puerto Natales - Rio Turbio - Rio Gallegos

Dia 27: (27/01/15) Rio Gallegos - Ushuaia

Dia 28: (28/01/15) Ushuaia

Dia 29: (29/01/15) Ushuaia - Buenos Aires

Dia 30: (30/01/15) Buenos Aires

Dia 31: (31/01/15) Buenos Aires

Dia 32: (01/02/15) Buenos Aires - Colonia del Sacramento - Montevideo

Dia 33: (02/02/15) Montevideo

Dia 34: (03/02/15) Montevideo - São Paulo - Belém

 

Orçamento:

Como o câmbio varia, coloquei os valores nas moedas locais, apenas o total geral está em Real no câmbio de janeiro/2015.

Eu separei o valor das hospedagens, então nos gastos do dia do relato não vão estar esses valores que já estão listados aqui.

o valor total da viagem tá lá no final do relato.

 

 

A título de informação:

Transporte:

Avião: (por pessoa)

- Belém – SP – Santiago = 10.000 milhas (TAM)

- Ushuaia – Buenos Aires = R$ 669,00 (Aerolíneas Argentinas)

- Montevideo – SP – Belém = 10.000 milhas (TAM)

 

Hospedagem: (p/ 2 pessoas)

Santiago: La Casa Roja = CLP 114.000 (quarto com 8 )

Pucón: Pucón Sur Backpackers = CLP 42.000 (quarto com 8 )

Puerto Varas: Hostal Vermont Puerto Varas = CLP 40.000 (quarto com 6)

Bariloche: Tangoinn Hostel Downtown = ARS 1.200 (quarto com 4)

El Calafate: Hostel de Las Manos = ARS 1.200 (quarto com 6)

Puerto Natales: Koten-Aike Hostel = CLP 88.240 (quarto com 5)

Rio Gallegos: (não lembro o nome) = ARS 360 (quarto com 6)

Ushuaia: Hostel Patagonia Pais = ARS 720 (quarto com 8 )

Buenos Aires: Hostel Arrabal = US$ 70 (quarto com 8 )

Montevideo: Hotel Iberia = US$ 110 (quarto duplo)

 

Total hospedagem = R$ 2.837,15 (média de 40 reais pessoa/dia)

 

A alimentação e as saídas são variáveis de pessoa pra pessoa. Por exemplo, nós somos beberrões assumidos, então gastamos muita grana em bares, cerveja e vinho.

Esses e outros custos como passeios, entrada de parques, taxas extras, souvenirs, cervejas e baladas estão descritos no dia a dia do relato.

 

Comentários gerais:

Pesquisa de roteiro: Esse foi meu primeiro mochilão e não tinha idéia de como era fazer um. Aqui no mochileiros os principais relatos que me ajudaram a montar meu roteiro foram esses 2 aqui:

patagonia-colossal-ushuaia-torres-del-paine-w-el-chalten-calafate-e-buenos-aires-22-dias-em-abril-de-2014-t96868.html

patagonia-jan-2014-buenos-aires-ushuaia-el-calafate-el-chalten-puerto-natales-torres-del-paine-punta-arenas-t97391.html

Mas acho que mais importante do que esses relatos foi o livro “Guia Criativo para O Viajante Independente na América do Sul”. Nossa, esse livro é maravilhoso. Tem praticamente todas as cidades do continente (excluindo as das Guianas) e da informações preciosas pra montar o roteiro, como transporte entre cidades próximas, valores, dicas de passeios etc.

Esse foi meu livro de cabeceira durante os 6 meses que passei montando o roteiro.

VALE A PENA COMPRAR ESSE LIVRO.

 

Hospedagem: Sempre li aqui no site muita gente dizendo que não é bom reservar tudo antes da viagem pq te deixa amarrado a um único roteiro. Só que como meu destino era a Patagônia, onde tudo muda muito e muito rápido e principalmente pq eu fui na alta temporada, decidi reservar os primeiros 15 dias antes e o resto conforme as coisas fossem se desenhando nos meus planos. Isso foi bom e ruim. Bom pq em El Calafate eu pude esperar pra fazer o trekking no Perito Moreno já que a agenda estava lotada e tive que passar alguns dias na cidade, mas tb foi ruim pq não consegui ir pra El Chaltén pq a cidade estava totalmente lotada :cry:

Obs: Eu usei o app do Hostelworld pra fazer as reservas seguintes. Muito útil!

 

Dinheiro: Fui muito burro nesse quesito. Como foi meu primeiro mochilão e tb viagem internacional, fiquei com medo de levar dinheiro vivo e perder e acabei deixando toda minha grana na conta (Bradesco) e ia sacando conforme a necessidade. Pior erro da viagem. Eu não fazia ideia de que a taxa de saque no exterior era tão alta e o limite de saque tão baixo (acho que era U$200 por dia), acabei perdendo uma grana alta só com taxas de saque.

Além disso, principalmente pra quem vai pra Argentina, não troque pesos no Brasil e nem precisa levar dólares também. O Real é muito bem aceito e além disso você consegue trocar moeda no cambio paralelo com uma taxa muuuuito melhor do que a oficial. Como eu tinha que sacar, era obrigado a fazer no cambio oficial do dia em relação ao dólar, então perdi mais dinheiro ainda.

Se eu fosse de novo, levaria dinheiro vivo e Travel Money.

 

Transporte: Como eu fui na alta temporada, alguns trechos são mega disputados e acabei tendo que me desdobrar pra conseguir ir. Isso aconteceu pra ir a Viña del Mar e Ushuaia (aliás, eu não recomendo ir à Ushuaia de ônibus. É uma viagem super cansativa, tem que parar 4x entre fronteiras e aduanas, isso demora muuuuuito e além disso não é uma paisagem bonita nesse trajeto, então assim que você chegar em um lugar e já saber qual o próximo destino, veja logo sua próxima passagem.

 

Dia a dia: (Os valores listados abaixo são para duas pessoas)

 

Dia 1 (01/01/15) – Santiago: Reveillon; Mercado; Cerro Santa Lucia; Cerro San Cristobal

A viagem começou ainda em 2014 , no dia 31/12 partimos de Belém pra São Paulo pra fazer conexão. A previsão era chegar em Santiago às 23h ainda em 2014, mas acabou que o voo atrasou e chegamos em Santiago às 00:30, passamos o Reveillon dentro do avião, em cima da cordilheira dos Andes e ainda deu pra ver os fogos de uma cidade! (acho que era Mendoza).

Chegando em Santiago pegamos um taxi direto pro hostel La Casa Roja. O hostel fica no Barrio Brasil, uma área central, de fácil acesso, segura e com uma noite bem agitada. O hostel fica em um antigo casarão enorme que conta com um quital muito grande, piscina e uma “quadra”. Quando chegamos já passava de 1:00h e tinha uma fila na porta. Ficamos sem entender de início, mas daí quando entramos descobrimos que estava tendo uma festa de reveillon e era aberta ao público. A festa foi bem legal, o lugar ficou super lotado e bebemos até umas 4:00h. Começamos o ano de forma bem animada!

Pela manhã, como ficamos bebendo até bem tarde e estávamos cansados da viagem, acabamos dormindo até meio dia.

Saímos para nosso primeiro na cidade umas 13:00h e resolvemos ir até o mercado central pra visitar e aproveitar pra almoçar por lá. Como era ano novo e mimimi, queríamos comer bem, então paramos num restaurante que parecia ser o melhor dali (e também o mais caro), o El Galeón.Comemos um ceviche delicioso e um arroz de mariscos, depois andamos pelo mercado e como queríamos conhecer a cidade e gostamos de andar, então fomos caminhando até o Cerro Santa Lucia pra ter a primeira vista panorâmica da cidade. Ficamos cerca de 1:30h no Santa Lucia, descemos e paramos pra tomar um café num local bem em frente ao cerro. Isso já era umas 17:30h, mas como o sol ainda estava bem alto e nós ainda queríamos andar pra conhecer, resolvemos ir até o Cerro San Cristobal ver se ainda dava tempo de subir.

Na chegada a base, ainda tinha uma fila bem grande e pra nossa sorte a subida ia até às 20h, já que no verão só anoitece lá pelas 21:30h. Subimos pelo funicular e ficamos passeando lá em cima, aproveitando a vista com o sol que estava começando a se por e descemos na ultima viagem do funicular.

O San Cristobal fica no Bella Vista, a região mais turística e baladeira da cidade, então quando descemos do cerro, seguimos a rua em frente que estava super movimentada e é lotada de barzinhos. Quando estávamos escolhendo onde ficar, achamos dois amigos de Belém e sentamos com eles. Bebemos até meia noite e voltamos pro hostel.

 

Gastos do dia:

- Festa de Reveillon = CLP 35.000

- Metro = 1.200

- Almoço no mercado = CLP 21.000

- Cerro Santa Lucia = 0

- Cerro San Cristobal = CLP 5.200

- Bar no Bella Vista = CLP 12.00

 

Total = CLP 74.400

 

17925584231_4005df11b0_c.jpgDCIM\100GOPRO by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

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Dia 2 (02/01/15) – Santiago: Patio Bella Vista; Paris-Londres

Acordamos cedo nesse dia e fomos bater perna. A gente estava um pouco de ressaca e com preguiça de cozinhar no hostel, então procuramos um restaurante barato próximo. Acabamos num restaurante socialista, onde a decoração era toda vermelha, com fotos da ditadura chilena e bolos com o nome do Salvador Alende pintados com glacê hahaha! Comemos uma comida horrível e que no final nem foi tão barato assim u_u. Depois do almoço pegamos o metrô até Bella Vista onde fomos conhecer a região que estávamos ontem, mas dessa vez, era de manhã. Depois de dar uma volta na região tivemos a idéia de ir logo na rodoviária comprar nossas passagens pra Pucón, então de novo no metrô fomos até a Estacion Central, de onde saem os ônibus para a 9ª região, onde está localizada Pucón. Comprada as passagens, andamos pela região da estação, voltamos pro metrô e fomos até a estação Universidad de Chile para caminhar pelo bairro Paris-Londres, um dos mais charmosos de Santiago, que é basicamente duas ruas de mesmo nome, a Calle Paris e a Calle Londres. Estendemos a caminhada até a Plaza de la Ciudadania que fica em frente Palacio de La Moneda, que é a sede da presidência do Chile. Seguimos depois até a Plaza de Armas onde está a catedral metropolitana e terminamos o passeio caminhando pelo Paseo Ahumada até que sentamos pra lanchar em uma Starbucks. Estavamos bem cansados da caminhada do dia e voltamos pro hostel pra descansar até a hora de sair pra balada a noite. Lá pelas 22h saímos em direção ao Bella Vista e pra encontrar o pessoal e beber um pouco, de lá seguimos a pé até a Bunker, uma boate que fica em Bella Vista. Saímos de lá quando a festa acabou e fomos pra um after indicado por um pessoal que conhecemos na boate. Nosso after só terminou umas 8h da manhã hehehe. Só aí voltamos pro hostel pra dormir =P

 

Gastos do dia:

- Total metrô = CLP 4.800

- Passagem pra Pucón = CLP 39.800

- Chips de celular e recarga = CLP 9.000

- Starbucks = CLP 8.900

- Balada = CLP 36.000

- After = CLP 12.000

- Taxi pro hostel = CLP 3.000

 

Total = CLP 113.500

 

17302549884_3a12ac3f01_c.jpgDCIM\100GOPRO by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

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Dia 3 (03/01/15) – Santiago: Bella Vista; Irarrazaval

Acordamos tarde e bem destruidos nesse dia e a única coisa que a gente queria era comer, então fomos ao Patio Bella Vista conhecer os restaurantes do complexo. Tudo lá é bem caro, mas como a gente estava morrendo de ressaca não quisemos nem saber. Comemos um sushi delicioso. Saindo dali nós fomos dar uma volta na Av. Irarrazaval, conhecida por ter vários outlets, lojas e galerias. Já estavamos bem dispostos e caminhamos bastante pela região, apesar de não ter comprado nada, valeu o passeio.

Na volta, voltamos pro apartamento de um dos nossos amigos que estava hospedado bem ao lado do Patio Bella Vista e ficamos na piscina curando a ressaca com mais cerveja rs.

Ficamos lá até umas 21h, quando o sol de pôs e de lá fomos jantar no Ky Restô Bar, um restaurante tailandês recomendado pelo John, nosso amigo de Belém.

O restaurante é bem dificil de achar, pois não tem placa de identificação e fica super escondido atrás de um muro feio e uma palha jogada em cima do portão. Quem passa na frente nem diz que ali tem um restaurante, mas quando você entra fica espantado com a beleza do lugar. É um lugar completamente diferente de tudo que eu já tinha ido, com vários ambiente dentro de um só e cada mesa fica num espaço onde a decoração é diferente do resto do restaurante. O lugar é muito bonito e comida também é bem gostosa.

Saindo do restaurante, fomos a um barzinho chamado Vox Populi que também fica ali em Bella Vista, bebemos um pouquinho, mas não demoramos muito e voltamos de taxi pro hostel.

 

Gastos do dia:

- Total metrô = CLP 3.600

- Almoço = CLP 29.000

- Cervejas = CLP 9.000

- Ky Restô Bar = CLP 19.000

- Vox Populi = CLP 4.000

- Taxi de volta = CLP 2.640

 

Total = CLP 67.240

 

Dia 4 (04/01/15) – Museu de Arte Pré-Colombiana; Dia em Valparaíso e Viña del Mar

Nosso dia começou bem cedinho e ia ser bem longo. Tomamos café no hostel, pegamos o metrô e fomos em diração a Plaza de Armas que é a estação mais próxima do Museu de Arte Pré-Colombiana. Dica: Todo primeiro domingo de cada mês a entrada do museu é grátis, então como aquele era o primeiro domingo do ano inclusive, não pagamos nada pelo ingresso. Visitamos todo o museu que é muito legal, saímos de lá de volta pro metrô e fomos em direção a estação Universidad de Chile que é onde está o terminal rodoviário que tem linhas para Valparaíso e Viña de Mar.

Existem várias agências de turismo que fazem passeios pra Vapo e Viña, incluindo parada nos pontos turísticos e toda aquela historinha que vão contando no traslado. Esses passeios, além bem caros, ainda tem hora certa pra voltar, e te levam pra almoçar nos lugares mais caros. Decidimos que íamos fazer por conta própria.

Quando chegamos na rodoviária constatamos um erro: era o primeiro final de semana do ano e as pessoas que foram passar reveillon no litoral estavam voltando, então passagens de volta estavam todas esgotadas, só tinha pro dia seguinte. Como só tinhamos mais esse dia em Santiago, escolhemos ir mesmo assim e pensar na volta só depois. Compramos as passagens de ida do primeiro ônibus que saísse (sai ônibus a cada 15min praticamente). 2h depois chegamos ao terminal de Vaparaiso. Quando saímos do prédio, o dia tava lindão, mas tinha um cheiro podre de peixe na feira haha. Como não conheciamos a cidade, a ideia foi descer a primeira rua que pudesse levar na direção do mar. Acabamos numa avenida principal tipo uma beira-mar e achamos o metrô de superfície de Vapo, entramos na estação mais próxima e pegamos em direção ao porto. Lá demos uma volta no porto que tem um monte de barquinhos fazendo passeios turísticos pela orla, depois subimos o Ascensor Artillería, que é um funicular que leva pra um mirante com uma feirinha lá em cima e te dá uma visão geral de toda a cidade. Como a gente tava com uma vontade enorme de aproveitar a praia já que estava um solzão, desistimos de andar mais pra conhecer a cidade e pegamos o metrô de novo e fomos à Viña del Mar. Chegando lá demos uma volta pelos pontos turísticos como o Relógio de flores, o Castillo del Mar, o Casino que ficam próximos e em seguida pegamos um taxi até a praia de Rañaca, que tinhamos lido ser a melhor de lá. Chegamos na praia e amamos, era linda mesmo, lotada e super animada, mas o nosso desejo de curtir a praia de um jeito brasileiro parou no primeiro momento que tocamos nas águas congelantes do Pacífico rsrs. Ficamos na areia até umas 19h e vimos uma festa rolando num lugar chamado Sunset Beach que fica bem na frente da praia. Pronto, era isso que a gente queria! O sol só se pôs umas 21h e a festa rolou até 1h da manhã, quando fomos embora bêbados já, mas sem vontade de parar, então voltamos pro centro de Viña e achamos um karaoke muito legal rolando do lado do Casino. Lá ficamos até umas 4h! (essa foi a grande vantagem de ir por conta própria) Quando acabou lá, fomos comer num Mc Donalds que ficava próximo e ficamos lá até uma 5:30h, já que a rodoviária ainda estava fechada. 5:30h fomos andando até a rodoviária que fica bem pertinho dali e compramos passagem pro primeiro ônibus do dia que saiu às 6:00h e assim termina o dia, já no dia seguinte hahahaha!

 

Gastos do dia:

- Metrô Santiago = CLP 2.400

- Passagem pra Valparaíso = CLP 7.000

- Metrô Valpo = CLP 1.200

- Lembrancinhas = CLP 14.000

- Taxi até Reñaca = CLP 6.500

- Almoço + cervejas = CLP 15.000

- Sunset Beach (entrada grátis, cerveja era CLP 8.000 um balde com 5 Coronas) = CLP 31.500

- Bar karaoke = CLP 18.000

- Mc Donalds = CLP 7.500

- Passagem de volta pra Santiago = CLP 13.000

 

Total = CLP 116.100

 

17924769735_97e8a959c7_c.jpg. by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

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Dia 5 (05/01/15) – Santiago: Concha y Toro; ida pra Pucón

Como estavamos virados e chegamos de Viña del Mar umas 8h, dormimos até umas 13h. Nesse dia eu tinha agendado o passeio à vinícola Concha y Toro pras 15h (você pode agendar sua visita no site da vinícola, podendo escolher guias em português, inclusive), então antes mesmo de almoçar nós corremos pra não perder nossa visita na vinícola. Fomos de metrô, pegamos a linha 4 e descemos na Estação Las Mercedes, saímos na saída “Concha y Toro Ocidente” e como já estavamos atrasados resolvemos pegar um taxi até a vinícola.

Chegamos exatamente na hora do passeio, pagamos as entradas e passamos cerca de 1h andando pela vinícola. Assim, quem vai só pra Santiago acho que o passeio vale a pena, mas pra quem tiver a oportunidade de ir a Mendoza ou visitar outras vinícolas mais afastadas de Santiago, imagino que seja mais legal, a Concha é bem carinha e o passeio meio rápido. Começamos conhecendo a área do plantio de parreiras, escutamos a história sobre o desaparecimento e ressurgimento da uva Cabernet Sauvignon, visitamos o Casillero del Diablo onde tem uma historinha sobre o vinho mais famoso deles (pra mim foi o ponto alto da visita) e depois fizemos uma breve degustação de vinhos com direito a uma taça de brinde no final.

Depois do passeio, pegamos um ônibus de volta à estação Las Mercedes, e de lá fomos comer no Parque Arauco, um dos maiores shoppings de Santiago. Chegamos e antes de mais nada corremos pra praça de alimentação pra almoçar alguma coisa antes que a gente desmaiasse kkk. Depois do almoço, passeamos pelo shopping e em seguida voltamos pro hostel, arrumamos as mochilas pra viajar logo mais a noite, fomos pra piscina do hostel, compramos um vinho, bebemos até umas 21h (ainda estava claro), tomamos banho e saímos pra rodoviária. Às 23h nosso ônibus partiu com destino à Pucón. Começava a descida rumo à Patagônia!

 

Gastos do dia:

Metrô Concha = CLP 1.200

Taxi até Concha = CLP 3.300

Vinícola Concha y Toro = CLP 18.000

Taxi de volta = CLP 3.400

Metrô pro centro = CLP 1.200

Almoço = CLP 8.580

Vinho = CLP 2.500

Metrô até a rodoviária = CLP 1.200

 

Total = CLP 39.380

 

17898781766_c45017cfce_c.jpgDCIM\100GOPRO by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

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Dia 6 (06/01/15) – Pucón

Chegamos em Pucón por volta de 8h, descemos do ônibus e congelamos por uns 3 segundos. Há 5 dias atrás estavamos torrando nos 35 graus na sombra super comuns de Belém e não estavamos preparados pros 10 que estava fazendo naquela manhã. Fomos procurar nosso hostel, fizemos check in e fomos procurar um lugar pra tomar café da manhã. Após um café super reforçado, demos uma volta na rua principal, ficamos admirando o vulcão Villarica, fomos sacar dinheiro e aí começamos a olhar os preços dos passeios nas agências de turismo. Como a principal atração de Pucón é o Vulcão Villarica, decidimos comprar logo o passeio de ascensão ao vulcão. Escolhemos a agência Trancura (uma das maiores). Depois de comprar nosso passeio pra daqui a dois dias, fomos encontrar um amigo nosso que já estava lá, almoçamos e decidimos fazer um passeio pela “zona” de Pucón (tour por la zona), mas por conta própria, é claro. Em um terminal rodoviário da cidade sai ônibus de linha que vai até uma das praias da região, subimos e no meio do caminho descemos na entrada de um parque pra conhecer os famosos “Ojos del Caburgua”, que é uma nascente de água azul turquesa correndo entre algumas pedras. Descemos na rodovia em frente a uma entrada de terra e andamos cerca de 300m até a entrada do parque. Ficamos cerca de 2h passeando pelas trilhas do Ojos. Saindo de lá, voltamos pra rodovia e pegamos novamente o mesmo ônibus da ida no mesmo sentido e fomos até o fim da linha na Playa Blanca. Descemos um pequeno morro até a praia e fiquei besta em como os chilenos dão valor ao verão. A praia estava lotadérrima, pessoas pegando sol, andando de banana boat, de boas tomando banho naquela água gelada, enfim, uma praia de verdade na beira de um lago, todo mundo de bermuda de praia e eu de calça jeans e bota. Tiramos algumas fotos e decidimos fazer a caminhada de cerca de 3km até a praia vizinha, a Playa Negra. Caminhada maravilhosa, na sombra das montanhas, entre as árvores da praia. Acho que levou 1h de caminhada bem tranquila. A Playa Negra, ao contrário da Blanca, era menor e bem menos movimentada, então não demoramos muito tempo lá. Subimos até a estrada e pegamos o ônibus de volta a Pucón.

Quando chegamos na cidade, procuramos um lugar pra jantar e acabamos sentando num restaurando árabe, em seguida fomos à marina ver o sol se por e colorir o vulcão de laranja. Coisa mias linda. Assim que anoiteceu voltamos ao hostel e cochilamos um tempinho, acordamos por volta de meia noite e fomos ao Mamas y Tapas, um barzinho/balada muito animado e cheio de turistas. Saímos às 2h da manhã.

 

Gastos do dia:

Café da manhã = CLP 10.000

Passeio Vulcão Villarica = CLP 90.000

Ônibus pra Caburgua = CLP 1.400

Entrada do Ojos del Caburgua = CLP 2.000

Jantar = CLP 14.600

Mamas y Tapas = CLP 16.000

 

Total = CLP 134.000

 

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Dia 7 (07/01/15) – Pucón: Rafting no Rio Trancura

Acordamos umas 10h, ainda pegamos o café do hostel, depois fomos ao mercado comprar coisas pra fazer o almoço no hostel. Quando estávamos voltando do mercado, ficamos interessados em fazer o rafting no Rio Trancura, então voltamos na mesma agência que compramos a subida pro vulcão (Ag. Trancura) e compramos o Rafting Bajo pra tarde desse mesmo dia. Depois fomos conhecer a praia de Pucón, tão animada e linda quanto a Playa Blanca, mas com areia preta. Voltamos pro hostel, almoçamos e esperamos dar a hora de estar na agência pra encontrar a van que nos levaria até o ponto do rafting. Às 15h chegamos lá, trocamos de roupa e tivemos uma breve instrução de como seria o rafting, conhecemos nosso instrutor e guia e levamos o bote até o rio pra assim começar a descida. Que passeio foda. Quem for a Pucón não pode deixar de fazer.

Acho que foram umas 2h de descida no Rio Trancura (não tenho certeza), mas foi muito legal! Ao final, pulamos no rio ainda e descemos o trecho final que é sem pedras flutuando nos coletes. Ao fim do curso, fizemos um lanche na base de apoio e voltamos a Pucón, chegamos umas 18h/19h e fomos jantar numa pizzaria. Depois fomos no mercado de novo pra comprar coisas pra nossa subida ao vulcão no dia seguinte (Gatorade, barras de cereal, biscoitos, queijo, salame, pão e água). Voltamos pro hostel, descansamos e mais tarde fomos ao Mamas y Tapas novamente, mas dessa vez voltamos mais cedo já que o dia seguinte seria super puxado, faríamos a ascensão ao vulcão.

 

Gastos do dia:

- Mercado almoço = CLP 7.950

- Rafting Bajo = CLP 24.000

- Mercado pro Vulcão = CLP 14.500

- Pizzaria = CLP 15.500

- Mamas y Tapas = CLP 11.000

 

Total = CLP 72.950

 

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Dia 8 (08/01/15) – Pucón: Ascensão ao Vulcão Villarica

Acordamos às 5:00h da manhã, corremos com o banho e café pras 6:00h estar na agência Trancura, pegar nossos equipamentos e encontrar nosso grupo que faria a subida ao vulcão. A van saiu umas 7:00h e fomos em direção à base do vulcão. Chegando lá, os guias se apresentaram, explicaram uma ou duas coisas e começamos uma pequena subida até um teleférico que te leva até o local que de fato começa o trekking. Detalhe: o teleférico é pago, e isso ninguém nos informou na agência. Fiquei meio puto com isso, mas a sorte é que tinha levado grana, se não ia ter que ir caminhando mesmo nesse primeiro trecho que não é muito interessante. Pegamos o teleférico e aí começa o primeiro frio na barriga onde você tem a idéia do que te espera. Saíndo do teleférico terminamos de colocar o equipamento e os guias nos reuniram e deram uma instrução de como fazer a subida em segurança. Começou, todos em fila indiana e sempre em zig zag. O primeiro trecho dessa subida é o mais escroto, pq como ainda está bem cedo a neve ainda está na verdade um pedaço de gelo e a subida fica muito difícil, já que o pé não tem firmeza no chão. Esse primeiro trecho dura cerca de 30min. Paramos em outro trecho e colocamos os grampones nas botas antes de continuarmos, em seguida mais subida. Aí chegamos num ponto chamado pinguinera (não, não existem pinguins, é só o nome mesmo rs) e é nesse ponto que os guias verificam quem tem condições de continuar até o fim ou não, pq daí em diante a volta se torna bem complicada. O Roberto não estava se sentindo bem e decidiu parar ali mesmo, eu continuei até o cume da montanha. 5h depois, chegamos à cratera do vulcão, a 2843m de altitude. Simplesmente fantástico. O vulcão soltava muita, mas muita fumaça mesmo, e chegar mais perto da cratera se tornava insuportável por causa do cheiro de enxofre. Quem imaginaria que em menos de 2 meses depois desse dia, esse vulcão entraria em erupção!!!

Ficamos acho que 1h lá em cima e dai começamos a descida (a parte mais divertida). Como já passava do meio dia e o sol já estava bem no alto, o que era gelo agora é uma neve fofa então a descida é feita de skibunda! Sentamos em uma “pá” de acrílico e isso da uma velocidade incrível. Acho que foi 1h escorregando até a base do vulcão. Muito legal!

Reencontrei o Roberto na van e voltamos pra cidade, a van nos deixou no hostel. Quando chegamos, compramos algumas cervejas e uma garrafa de vinho pra beber no hostel, quando chegamos a cozinha estava cheia de brasileiros, todos tinham feito o vulcão nesse mesmo dia, então acabou todo mundo fazendo a festa lá mesmo, bebendo até tarde. Como estavamos muito cansados, acabamos dormindo umas 21h.

 

Gastos do dia:

- Teleférico Vulcão Villarica = CLP 18.000

- Cervejas e vinho = CLP 6.500

 

Total = CLP 24.500

 

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Dia 9 (09/01/15) – Pucón – Puerto Varas

Acordamos cedo, tomamos café no hostel e fomos à praia passar um tempo (só olhar, nada de mergulho). Voltamos, passamos numa feira de artesanato pra comprar algumas lembrancinhas, mas achamos tantas coisas legais que acabamos exagerando nas compras. Passamos no mercado pra comprar nosso almoço e voltamos pro hostel. Depois do almoço, arrumamos as malas, fizemos check out e fomos direto pra rodoviária comprar e esperar nosso ônibus pra cidade de Puerto Varas. Na rodoviária descobrimos que nosso ônibus ia atrasar umas 2h, então fomos numa lanchonete em frente e comemos um completo italiano (aquele hot dog com palta, o abacate deles), quando terminamos de comer voltamos pra rodoviária e descobrimos que nosso ônibus já tinha partido! O_O

Deram informação errada sobre o atraso, mas a sorte foi que a própria empresa nos realocou em outro ônibus que já estava saindo até a cidade de Osorno e lá pegariamos o ônibus correto até Puerto Varas.

Chegamos em PV já bem de noite, umas 23h mais ou menos, então pegamos um taxi já que não tinha ônibus, estava bem tarde e não conheciamos a cidade e fomos direto pro hostel.

Fizemos check-in, pegamos um mapa e fomos atrás de um restaurante. Na internet achamos um tal Club Orquidea que era restaurante e balada, então fomos lá. Escolha perfeita! Lugar muito legal, galera super legal, comida gostosa e depois de 1h se transforma numa baladinha muito legal tb. Valeu a noite.

 

Gastos do dia:

- Almoço = CLP 10.000

- Artesanato = CLP 20.000

- Passagem Puerto Varas = CLP 20.000

- Lanche = CLP 3.100

- Jantar + balada = CLP 23.870

 

Total = CLP 77.970

 

Dia 10 (10/01/15) – Puerto Varas: Volta no Lago Llanquihue

Esse foi um dia bem longo. Só íamos ficar apenas um dia em Puerto Varas, então de manhã fomos caminhar pra conhecer a cidade. Puerto Varas é um interiorzinho na beira do Lago Llanquihue, bem calma, sem muito agito e pelo que percebi sem muitos turistas. A maioria das pessoas que visitam PV são os próprios chilenos que vão aproveitar a região dos lagos no verão. A cidade em si não tem muitos atrativos, o que vale mesmo é conhecer os arredores do Lago Llanquihue, então como queriamos fazer por conta própria novamente, resolvemos alugar um carro e dar a volta no lago. Pegamos o carro por volta de 13h e fomos em direção a Puerto Montt, a metrópole da região dos lagos. Dirigir no Chile foi um experiência incrível também, as estradas são verdadeiros tapetes e em grande parte é pista dupla, isso em todo o país, de Santiago à Puerto Natales.

Chegamos à Puerto Montt umas 14h (é bem pertinho de PV). PM é uma cidade grande, cheia de transito, e como não tínhamos ponto de referência, resolvemos ir na rodoviária pra comprar nossa passagem de ida pra Bariloche pro dia seguinte e lá pedir algumas informações. Compramos as passagens com a opção de pegar em Puerto Varas pra não ter esse deslocamento e procuramos um lugar pra almoçar. Ora, numa cidade com nome Puerto, nada melhor do que conhecer e almoçar no porto. O porto de Puerto Montt, junto com o mercado que tem lá, é principal atração da cidade, é super lotado e concorridíssimo pelos turistas, inclusive foi bem difícil achar vaga pra estacionar. O local é cercado de restaurantes vendendo peixes e frutos do mar fresquinhos e também várias lojinhas de artesanato e souvenirs, mas como é alvo de turistas, então a comida ali é caríssima! Almoçamos num restaurante do mercado que fica na beira do lago e com uma vista panorâmica do Vulcão Osorno. Salmão, camarão e ceviche deliciosos e enquanto comíamos, de repente uma confusão começou no lago, eram gaivotas brigando com um lobo marinho que estava roubando o peixe delas hahaha! Depois desse almoço perfeito, demos uma volta nas lojinhas e compramos algumas lembrancinhas, logo depois partimos de volta pro norte, mas agora pra começar a volta do Lago Llanquihue. Decidimos fazer no sentido anti-horário, então nossa primeira parada foi nos Saltos del Río Petrohue, que é um ponto do rio onde corredeiras e quedas fazem a beleza do lugar. É um lugar muito bonito e o que realmente impressiona é a cor da água e claro, o Vulcão Osorno sempre presente na paisagem. Depois de visitar o parque, continuamos de carro até a nascente do rio, o Lago Todos Los Santos. Nunca tinha visto nada igual, é muito bonito. Desse lago saem vários passeios turísticos de barco, inclusive o famoso Cruce Andino que faz a travessia até Bariloche em trechos de barco e estrada. Não ficamos muito tempo no lago, já que não íamos fazer nenhum passeio, demos continuidade no percurso e nossa próxima parada foi na Laguna Verde. Não tem muita estrutura no local, mas vale a visita. A próxima parada foi o Vulcão Osorno. Subir o Osorno de carro deu um pouquinho de medo, a estrada é bem estreita, super tortuosa e muito íngreme, está em perfeitas condições, mas requer muita atenção pq sempre vem carro no lado oposto e as vezes dava medo de bater neles. Subimos muito, até pararmos num mirante pra relaxar da subida tensa, foi aí que o tempo começou a virar. E muito. Simplesmente do nada o tempo fechou completamente sobre o vulcão e vimos avisos na estrada falando sobre terminar o asfalto logo em seguida, então desistimos de continuar subindo e demos meia volta. Nossa cota de vulcão já tinha sido esgotada naquela viagem hehe. A estrada é tão íngreme que na descida coloquei o carro em ponto morto e ele chegava a pegar uns 50km/h nas retas de descida. Como o tempo virou muito e a estrada até a próxima parada, Puerto Octay, era longa, optamos por encerrar o passeio ali. Voltamos pra Puerto Varas, enchemos o tanque, mas como chegamos tarde, a loja de carros já estava fechada. Fomos pro hostel, conhecemos alguns brasileiros que estavam no nosso quarto e combinamos de jantar no Orquidea, que fomos na noite anterior. Essa noite foi bem animada, fomos com os brasileiros pro bar e lá ainda conhecemos outros dois israelenses que tb estavam no nosso hostel e ficamos conversando e bebendo até bem tarde.

 

Gastos do dia:

- Aluguel do carro = CLP 25.000

- Passagem pra Bariloche = CLP 32.000

- Almoço em Puerto Montt = CLP 20.000

- Entrada no Saltos = CLP 3.000

- Estacionamento = CLP 1.000

- Gasolina = CLP 10.000

- Jantar e cervejas = CLP 15.830

 

Total = CLP 106.830

 

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Dia 11 (11/01/15) – Puerto Varas - Bariloche

Acordei bem cedo pra devolver o carro, voltar pra tomar café no hostel e correr pra rodoviária pra não perder nosso ônibus pra Bariloche que ia sair às 10h. A viagem durou 6h, atravessa a cordilheira dos andes de um lado a outro e tem uma paisagem muito bonita, mas a demora na fronteira Chile-Argentina foi bem chata. A rodoviária de Bariloche fica no limite da cidade, afastada do centro, então conhecemos um grupo de pessoas e rechamos um taxi até os nossos hostels que ficavam próximos. Ah sim, quando chegamos não tínhamos nenhum peso argentino, só chilenos, então falei com o carregador de bagagens do ônibus que viemos e ele mesmo trocou alguns pesos pra mim numa cotação mais ou menos.

Nosso hostel era muito legal, ficava no alto de um morro e tinha um deck superior com uma vista incrível do Lago Nahuel Huapi. Depois de tomar banho e pegar umas dicas na recepção, fomos atrás de um lugar pra jantar. Escolhemos o El Origen, uma cervejaria e restaurante muito bonito que fica de frente pro lago. Primeiro dia na Argentina tivemos um jantar ótimo, um nhoque de abóbora e bife de chourizo e é claro, muita cerveja artesanal haha. Saindo de lá fomos andar e conhecer a cidade. Passamo no centro cívico, que ainda estava com a decoração de natal e passeamos pela Calle Mitre, a rua mais turística de Bariloche. É nessa rua que estão as famosas chocolaterias, casas de câmbio, bancos, agências de turismo, cafés etc. Andamos bastante e por volta de 22:00h fomos atrás de algum lugar pra beber, é claro. Paramos na Antares, um dos principais pubs da cidade. Começamos pedindo a bandeja de desgutação que vinham 8 cervejas (Scotch, Kölsch, Bitter , Porter, Cream Stout, Honey Beer, Barley Wine e Imperial Stout), a Honey Beer foi a nossa preferida e a Barley Wine a menos gostosa. O bar fechou cedo, 1h já estavam encerrando, como estavamos meio cansados da viagem do dia, acabamos indo dormir assim que fechou o bar.

 

Gastos do dia:

- Taxi da rodoviária pro centro = ARS 40

- Jantar El Origen = ARS 329

- Antares Pub = ARS 250

 

Total = ARS 619

 

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Dia 12 (12/01/15) – Bariloche: Cerro Otto

Logo pela manhã demos uma arrumada nas nossas mochilas e separamos a roupa suja pra deixar na lavanderia do hostel, em seguida resolvemos logo comprar nossas passagens pro próximo destino, El Calafate. Pegamos um ônibus até a rodoviária, compramos as passagens pro dia 14/01, daqui a dois dias, voltamos pro centro e fomos almoçar no Friends, um restaurante muito legal na Calle Mitre, mas caríssimo. Nossa, ficamos bem arrependidos de ter sentado ali pra comer, muito caro mesmo. Saindo dali procuramos uma agência pra comprar o passeio do Circuito Chico pro dia seguinte. Mais tarde resolvemos visitar o Cerro Otto, tem um quiosque na Mitre que vende traslado saindo dali mesmo. Esperamos o próximo horário e fomos. Chegando lá subimos por teleférico até o topo. Estava um dia lindão, tiramos várias fotos e depois subimos pra conhecer a famosa Confeitaria Giratória, onde comemos umas tortas e doce de leite deliciosos. Voltamos na ultima descida do teleférico, pegamos o traslado e ele nos deixou novamente na Mitre. Já estava anoitecendo, fomos no mercado comprar comida e jantamos no hostel. Dormimos um pouco e umas 23h saímos pra conhecer outro pub famosinho da cidade, o Manush. O lugar estava lotado, e acabamos sentando do lado de fora do pub. O Manush também produz cerveja artesanal e tem o dobro de rótulos do Antares. Nesse lugar eu tomei a melhor cerveja da viagem, a Milk Stout. Égua da cerveja!! Deliciosa. Ficamos bebendo lá até umas 3h da manhã, quando voltamos pro hostel.

 

Gastos do dia:

- Lavanderia hostel = ARS 140

- Almoço Friends =ARS 433

- Ida e volta na rodoviária = ARS 24

- Passagem El Calafate = ARS 3.160

- Circuito Chico = ARS 300

- Cerro Otto = ARS 360

- Confeitaria giratória = ARS 235

- Mercado = ARS 168

- Manush Pub = ARS 175

 

Total = ARS 4.995

 

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Dia 13 (13/01/15) – Bariloche: Circuito Chico

Pela manhã fomos no mercado comprar comida pra fazer almoço no hostel. A tarde ficamos aguardando o ônibus da agência nos pegar no hostel e seguir pra fazer o Circuito Chico. Às 15h começou o passeio indo em direção à margem sul do Lago Nahuel Huapi. O circuito Chico é como se fosse um city tour pra conhecer as principais vistas dos arredores de Bariloche. Da pra fazer esse mesmo roteiro de bicicleta, alugando nos hostels, mas a não estavamos bem preparados pra fazer esse roteiro de cerca de 65km pedalando. O passeio é bonito, mas um pouco monótono. Assim, 70% do ônibus era composto por idosos e família e o guia não parava de falar nunca jamais. Teve uma hora que eu já tinha pegado abuso da cara dele e do ritmo que o passeio tava levando. A primeira parada foi no Cerro Campanário, onde você sobe de teleférico e tem uma das vistas mais bonitas da região. Perdi as contas de quantas fotos tirei ali. Dali seguimos até a Capilla San Eduardo, uma capela ao lado do Porto Pañuelo e com uma vista linda pro famoso Hotel Llao Llao (lê-se Jáo Jáo). De lá seguimos para a última parada do passeio, um mirador com uma vista espetacular dos lagos e o Hotel Llao Llao ao fundo. De lá seguimos de volta pra Bariloche. Descemos no centro cívico e de lá demos uma volta na Mitre, sentamos numa das confeitarias e comemos tortas e café. Nessa noite não saímos, apenas fomos na farmácia comprar um biofenac e remédios pro meu joelho que estava doendo muito desde que subi o vulcão. Voltamos pro hostel e dormimos cedo.

 

Gastos do dia:

- Mercado = ARS 130

- Teleférico Cerro Campanario = ARS 240

- Tortas e café no Frantom = ARS 150

- Farmácia = ARS 170

 

Total = ARS 690

 

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Dia 14 (14/01/15) – Bariloche – El Calafate

Acordamos bem cedo, tomamos café e pegamos um taxi pra rodoviária já que não tinhamos tempo de esperar o ônibus. Às 9h partimos rumo a El Calafate pela empresa Marga/Taqsa. A Viagem dura 28h e tem várias paradas pelo caminho. Apesar de longa, não achei a viagem cansativa e também achei legal que a empresa fornece almoço e janta. Não to falando de lanchinho de avião, to falando de refeição mesmo! Comemos bem na viagem, nem precisamos gastar dinheiro com comida nas paradas, apenas com alguns lancinhos e é claro, cerveja.

O ônibus para em várias cidadezinhas como Gobernador Costa, Esquel e em Comodoro Rivadavia pra pegar e deixar passageiros. Passamos o dia inteiro atravessando as paisagens áridas, porém muito bonitas, dessa região da Argentina. O resto do dia e a noite toda foram na estrada viajando.

 

Gastos do dia:

- Taxi pra rodoviária em Bariloche = ARS 60

- Parada em Gobernador Costa = ARS 60

- Parada em Comodoro Rivadavia = ARS 70

 

Total = ARS 190

 

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Dia 15 (15/01/15) – El Calafate

Chegamos em El Calafate por volta de 14h, assim que descemos na rodoviária fomos imediatamente na agência Hielo y Aventura comprar nosso passeio ao Perito Moreno. Quando chegamos na agência encontramos a primeira dificuldade da viagem: a alta temporada tinha esgotado o Big Ice por duas semanas consecutivas e as ultimas duas vagas do Mini Trekking só tinham pra daqui há 2 dias. Isso complicou nosso roteiro. Compramos logo o Mini Trekking e em seguida fomos no hostel deixar nossas mochilas e voltamos pro centro de novo pra almoçar. Comemos na Aldea de los Gnomos, que é um ponto turístico na rua principal da cidade, com bares, restaurantes, lojas de souvenirs e sorveteria. Paramos no Librobar Borges y Alvarez, comemos sanduiches e tomamos umas cervejas da Antares.

Depois fomos passear na rua principal, paramos numa sorveteria pra provar o famoso sorvete de calafate, que é a fruta que da nome à cidade, que por sinal é muito gostoso. Andamos bastante e no final da tarde voltamos pro hostel. Passamos um tempo lá e umas 20:00h saímos para jantar um fondue com vinho naquele friozinho, já que em Belém fazer uma estripulia dessas é impossível, até nas noites mais frias de 23 graus. Depois voltamos lá no Librobar pra curtir a noite e beber. Lá conhecemos uma galera da cidade que nos indicou uma baladinha depois que o bar fechou e assim fomos com eles pro Don Diego. Tava rolando uma banda local e o lugar tava mega lotado e super animado. Bebemos mais lá e voltamos pro hostel umas 3h quando tudo acabou.

 

Gastos do dia:

- Mini Trekking ao Perito Moreno = ARS 2.200

- Almoço e cervejas = ARS 250

- Sorvete de calafate = ARS 70

- Jantar = ARS 400

- Bar e balada = ARS 600

 

Total = ARS 3.520

 

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Dia 16 (16/01/15) – El Calafate: Lago Argentino

Acordamos meio tarde nesse dia e já fomos logo no mercado comprar comida pra fazer nosso almoço no hostel. Assim que terminamos fomos na rodoviária ver nossas passagens pras próximas paradas que seriam El Chaltén e Puerto Natales. Ai surgiu outro problema da alta temporada: descobrimos que El Chaltén estava com lotação máxima em todos os hostels, só tinha em dois hoteis caríssimos e as passagens pra Puerto Natales só tinham pro dia 19, então teríamos que ficar presos em Calafate por mais 3 dias. Na última noite em Calafate nós conhecemos um cara que tinha feito um bate-volta em El Chaltén, num único dia, onde ele até conseguiu fazer o trekking até o Fitz Roy. Ficamos extremamente tristes por não termos tido essa idéia. Enfim, compramos nossas passagens pra Puerto Natales (cidade base pro Torres del Paine) pro dia 19. Quando estávamos voltando pro hostel vímos uma loja de aluguel de bicicletas, então na hora resolvemos alugar. Ganhamos um mapa da região e fomos dar uma volta na Laguna Niemes e o Lago Argentino. A Laguna Niemez é uma reserva natual que fica à 1km do centro de El Calafate, lá é possível ver várias espécies de aves, incluindo flamingos, custa 30 pesos a entrada, mas como estavamos de bike, não pudemos entrar e resolvemos apenas circular a área. Em seguida continuamos a rota e fomos em direção ao Lago Argentino. Como de comum nessa época do ano, o dia estava super ensolarado (aliás, só pegamos um dia de chuva nos 35 dias de viagem!) e quando tivemos a primeira vista do lago, ficamos pasmos com a água. Era como se o céu tivesse se derramado no lago. Um espelho completo do céu, tava lindo. Rodamos de bike até o final da estrada, paramos pra fazer um lanche e tiramos um milhão de fotos daquele lugar. Ficamos lá até depois das 19h (o sol naquele dia só se pôs perto da meia noite!), voltamos pra cidade pra devolver a bike, fomos no mercado de novo comprar comida pro jantar e também pra levar pro passeio ao glaciar no dia seguinte e mais uma garrafa de vinho pra tomar no hostel. Voltamos pro hostel, comemos e saímos de novo por volta de 23h de novo pro Librobar, estava super animado e ficamos bebendo até 1h.

 

Gastos do dia:

- Mercado almoço = ARS 255

- Passagem Puerto Natales = ARS 710

- Alguem bicicletas = ARS 260

- Bar Borges y Alvarez = ARS 244

 

Total = ARS 1.469

 

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Dia 17 (17/01/15) – El Calafate: Mini trekking Perito Moreno

Acordamos cedo e tomamos café no hostel. Às 9h o ônibus nos pegou no hostel e fomos em direção ao Parque Nacional Los Glaciares onde chegamos por volta de 11h. Na entrada do parque o ônibus para e o guia desce pra comprar nossas entradas, que tem preços diferentes dependendo de onde você é. Para turistas do Mercosul o valor é mais barato, portanto não esqueça de levar seu passaporte ou pagará um pouquinho mais caro. Após a entrada no parque o ônibus nos leva para um ponto de encontro onde tem uma lanchonete/refeitório e também é onde começam as passarelas do Perito Moreno. O guia estipulou que deveriamos estar de volta pro ônibus às 14h, então resolvemos almoçar logo na lanchonete com o lanche que levamos e em seguida começamos a andar pelas passarelas do Perito Moreno. O dia estava meio nublado e isso foi perfeito pras fotos, já que num dia de muito sol a claridade reflete no gelo fazendo as fotos ficarem bem ruins (isso foi o guia que falou rs). Ficamos andando pelas passarelas por umas 2h, tiramos mil fotos e no final ainda conseguimos ver um pedaço enorme de gelo se desprender da geleira! Logo após o retorno pro ponto de encontro, embarcamos de novo no ônibus e fomos em direção ao porto pra pegar o catamarã que nos levou pra margem oposta do lago, lugar onde começa o trekking no glaciar. Na chegada paramos em um ponto de apoio onde são passadas algumas instruções e é recomendável que quem esteja levando muita coisa deixei nos lockers que tem ali. Depois de 15 minutos começamos a caminhar através de um bosque para chegar ao ponto de início do trekking, lá colocamos os grampones nas botas e nos dividimos em dois grupos, um com guia em inglês e outro em espanhol. Enfim começamos o trekking. A experiência de andar no gelo é fantástica, mas apesar de achar meio inseguro no início, logo nos acostumamos a andar e também os grampones nos dão bastante segurança. Caminhamos sempre em fila indiana e ficamos atentos aos buracos que haviam no gelo. Durante o passeio o guia vai explicando várias coisas sobre o glaciar e o campo de gelo patagônico, no final do trekking paramos em um ponto e os guias serviram whisky com gelo do próprio glaciar, foi a oportunidade pra se esquentar rs. O passeio durou cerca de 1:30h e apesar de estar meio inseguro no início, o passeio é super tranquilo e vale muito a pena pra qualquer pessoa, pois não requer muito esforço físico, o tempo é ideal para conhecer e ter uma experiência louca de andar no gelo.

Ao fim do passeio retornamos ao ponto de encontro, lanchamos, retornamos ao catamarã e em seguida ao ônibus de volta pra El Calafate. Chegamos na cidade e fomos ao mercado comprar nosso jantar e algumas cervejas, voltamos pro hostel, jantamos e ficamos bebendo no hostel nessa noite.

 

Gastos do dia:

- Entrada do Parque Nacional Los Glaciares = ARS 300 (Mercosul)

- Mercado = ARS 210

 

Total = ARS 510

 

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Dia 18 (18/01/15) – El Calafate

Como nosso objetivo principal em El Calafate foi concluído no dia anterior e não tínhamos como seguir pra El Chaltén, então não nos restou nada além de comer e beber durante o dia todo rs. Fomos no mercado de manhã comprar nosso almoço, voltamos pro hostel, almoçamos e aproveitamos pra dar uma arrumada em nossa mochila e lavar algumas coisas. A noite fomos ao Borges y Alvarez jantar e beber um pouco.

 

Gastos do dia:

- Mercado = ARS 220

- Jantar e cervja Borges y Alvarez = ARS 440

 

Total = ARS 660

 

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Dia 19 (19/01/15) – El Calafate – Puerto Natales

Nosso ônibus pra Puerto Natales só saía às 15h, então acordamos um pouco mais tarde, fizemos check-out do hostel, fomos almoçar na rua principal e aguardamos até o horário de saída do ônibus. A viagem durou umas 6h e foi super agradável, atravessa uma região entre deserto e montanhas, fizemos um lanche na fronteira do Chile e ficávamos imaginando como seria nosso trekking pelo Torres del Paine. Chegamos em Puerto Natales por volta de 21h, fomos ao nosso hostel, nos arrumamos e saímos correndo pra tentar pegar ainda algum lugar aberto pra jantar. Como já estava bem tarde, por volta das 23h, só conseguimos achar um único restaurante aberto em frente a praça principal, meio carinho, mas era nossa única opção. Após o jantar, atravessamos a praça pra ir ao banco e no caminho encontramos uma baladinha bem animada chamada Baguales, onde estava tendo uma festa de arrecadação de fundos pra preservação e reflorestamento da Região de Magallanes. Ficamos bebendo lá até umas 2h e voltamos pro hostel.

 

Gastos do dia:

- Almoço em El Calafate = ARS 180

- Empanadas e coca na fronteira com o Chile = CLP 6.000

- Jantar em PN = CLP 16.500

- Balada no Baguales = CLP 18.000

 

Total = ARS 180 + CLP 40.500

 

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Dia 20 (20/01/15) – Puerto Natales

Primeira manhã em uma cidade nova, então fomos andar pra conhecer. Puerto Natales é um grande interiorzão, com algumas ruas ainda sem asfalto, casas humildes, a maioria de madeira, e afastado do centro as casa começam a ficar afastadas uma das outras com grandes terrenos e a cidade ainda conta com um porto antigo e uma paisagem fantástica das montanhas que a cercam. Depois de andar pra conhecer a cidade fomos ao mercado comprar comida pra fazer nosso almoço e em seguida voltamos pro hostel. Depois do almoço fomos comprar nossas passagens para o Torres del Paine, a passagem estava sendo vendida no hostel ao lado do nosso, compramos com a ida para o dia 22 e deixamos a volta em aberto. Descobrimos que tem um local chamado Base Camp (Baquedano, nº 719) onde teria uma palestra às 15h sobre o TDP e dicas sobre tudo, então corremos pra lá e chegamos no início exato da palestra. O lugar estava lotado de pessoas de todos os cantos do mundo e uma garota holandesa era a “palestrante”. Sentamos no chão e ela falou por quase 1:30h sobre absolutamente tudo do Torres, dando dicas sobre as trilhas e o sentido do trekking, onde parar, o que levar pra comer, roupas de frio, o clima da semana e a instabilidade do mesmo e tudo mais que tínhamos dúvida. Vale muito a pena assistir e além disso esse hostel aluga equipamentos pra camping, então você pode ir pra palestra e já alugar suas coisas lá. Saindo de lá voltamos pro hostel e passamos o resto da tarde/noite fazendo nosso planejamento pro torres, pensando no roteiro, comida, roupa etc. A noite fomos no mercado comprar comida e um vinho pra aguentar a noite mega gelada que estava fazendo, voltamos pro hostel e a cozinha estava bem movimentada. Acabamos fazendo amizade com toda a galera que estava no hostel e como todos também tinham levado uma garrafa de vinho, acabamos ficando no hostel e bebemos até bem tarde, inclusive com a dona do hostel haha.

 

Gastos do dia:

- Mercado almoço = CLP 10.800

- Passagem ida e volta Torres del Paine = CLP 30.000

- Mercado janta = CLP 13.130

 

Total = CLP 53.930

 

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Dia 21 (21/01/15) – Puerto Natales

Acordamos perto de meio dia com um pouco de ressaca e cheio de preguiça de cozinhar, então fomos almoçar na rua. Depois do almoço fomos resolver os ultimos preparativos pro Torres: Remédio, comida e aluguel de equipamentos. Abaixo eu fiz a relação de tudo que levamos:

 

Equipamentos: (pros 2)

- 1 Barraca para duas pessoas

- 2 Sacos de dormir

- 2 colchonetes isolantes

- 1 par de trekking poles (cada um de nós usou um bastão, achamos melhor assim pra ficar com uma mão livre)

- 1 Kit cozinha (fogareiro, panela, copo, garfo e prato de plástico)

- 1 butijão de gás

- 2 squeezes (pra pegar água pelo caminho)

- Nossas Câmeras

- Nossos celulares

- 1 Carregador portátil

 

Roupas: (por pessoa)

- 1 Calça (eu não tinha calça de trekking, então levei jeans mesmo)

- 3 bermudas

- 5 camisas dryfit

- 5 cuecas

- 5 pares de meia

- 2 toalhas

- 1 segunda pele (calça e camisa), mas acabamos nem usando

- 1 anorak

- óculos escuros

- Botas de trekking (nenhuma das nossas botas era impermeável, mas é bom que seja)

- 1 par de tênis (Roberto nem levou)

- 1 par de havaianas

 

Farmácia: (pros 2)

- Kit primeiros socorros

- Sal de fruta

- Antinflamatório gel

- Lenços umidecidos (para tomar “banho” nos campings sem chuveiro)

- Escova de dente e pasta (compramos novos)

- Xampu e sabonete

- Protetor solar (esse a gnt já tinha)

 

Comida: (pros 2)

- 2 cup noodles

- 1 pacote de macarrão

- 2 miojos

- 1 pacote de arroz instantâneo

- 10 pães

- 400g de salame

- 400g de quejo

- 2 pacote de quejo ralado

- 2 latinhas de atum

- 6 suquinhos de caixa

- 1 barra de chocolate

- 6 barrinhas de cereal

- 1 pacote de leite e nescafé (mas nem usamos)

- 1 garrafa de vodka (pra se esquentar nos campings hehe)

 

Obs: Os equipamentos que alugamos teriam que ser pagos apenas na volta, pois era pago por diária e poderíamos passar mais dias do que o previsto no camping.

 

Depois de resolver tudinho voltamos pro hostel pra arrumar as coisas, esvaziamos nossas mochilas e guardamos as roupas e coisas que não levaríamos no locker do hostel. A noite compramos mais uma garrafa de vinho e bebemos com a galera do hostel, jogando Uno até tarde.

 

Gastos do dia: (equipamentos só foram pagos na volta, então não vou incluí-los agora)

- Almoço = CLP 14.000

- Mercado pro Torres + jantar do dia = CLP 30.000

- Farmácia = CLP 6.000

- Vinho = CLP 4.000

- Toalhas = CLP 2.000

 

Total = CLP 56.000

 

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Dia 22 (22/01/15) – 1º dia Torres del Paine (circuito W): Campamento Torres

Acordamos bem cedinho e fomos pra rodoviária pegar o ônibus que saiu às 7:30h em direção ao Parque Torres del Paine. Às 10:00h nós chegamos a administração do parque que fica na Laguna Amarga, ali todos descem pra pagar a taxa de entrada do parque e assistir um vídeo informativo, lá também você faz a reserva para os acampamentos grátis do parque (Campamento Torres e Italiano). Dali você escolhe se vai começar o circuito daquele ponto ou se continua até Pudeto e inicia pelo Paine Grande. Nós fizemos o circuito W, começando pelas torres e terminando no Paine Grande, então pegamos uma van que nos leva até a Hosteria Las Torres (economiza 1:30h a pé) e lá enfim começamos o nosso trekking pelo Parque Nacional Torres del Paine! ::hahaha::

A primeira parte da trilha é de uma subida que, no primeiro dia com a mochila nas costas, parecia infinita, até chegarmos ao Vale do Rio Ascencio. Chegamos bem esgotados lá em cima, mas foi só ai que começamos a ter noção da dimensão do lugar que nós estávamos. O vale é enorme, muito lindo e partir desse ponto é só descida até o Refugio Chileno. Chegando ao Chileno paramos para descansar, fazer um lanche e apreciar a linda paisagem daquele lugar, com várias barracas coloridas montadas na beira do rio. Como somos fumantes e fumamos muito nessa viagem, nossa resistência a longas caminhadas estava bem comprometida, ainda mais com muitos quilos de mochila nas costas, não foi fácil, demoramos bem acima do tempo pra fazer o primeiro trecho. Após recuperar o fôlego continuamos até o Campamento Torres, que tínhamos feito reserva na administração e montamos pela primeira vez na vida uma barraca de camping (haha), pegamos nossa comida e fomos fazer nossa janta no “refeitório” do camping. Estávamos esgotados do primeiro dia e fomos dormir cedo, pq no dia seguinte queríamos ver o amanhecer nas torres.

 

Gastos do dia:

- Entrada Torres del Paine = CLP 36.000

- Van até o Las Torres = CLP 5.600

 

Total = CLP 41.500

 

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Dia 23 (23/01/15) – 2º dia Torres del Paine (circuito W): Base das torres – Refugio Los Cuernos

Acordamos às 5:00h da manhã, comemos um negócio rapidinho e começamos a subir, ainda no escuro, usando nossos celulares como lanterna. Ah, levamos também nossos sacos de dormir (dica dada pela holandesa no Base Camp, já que lá em cima é muuuuuuuito frio). A primeira parte da subida é “tranquila”, dentro de um bosque, com subida relativamente fácil, mas a segunda é bem tensa. Quando saímos do bosque começa uma trilha bem íngreme do lado de um abismo no meio de muitas pedras. Deu medinho rs. Ao chegar lá em cima, na base das torres, foi só alegria. Estava começando a clarear e fazia um frio de matar, daí subi mais até uma pedra bem no alto, entrei no saco de dormir que estava quentinho e deitei na pedra pra assistir aquele espetáculo que é o sol cobrindo as torres de laranja de cima a baixo. Passei um tempo lá em cima e depois comecei a descida de volta ao camping pra dormir mais um pouquinho. Acordamos depois do horário previsto e o camping já estava vazio.

Começamos o segundo dia de trilha por volta de 11h e seguimos em direção ao Los Cuernos, subindo de volta o vale do Rio Ascencio. Logo no final da subida, no mesmo lugar que passamos na ida, tem uma placa informando um atalho pro Los Cuerno, e obviamente pegamos ele. Apesar de atalho o caminho até o Cuernos é bem longo, mas tranquilo, em sua maioria descida e sempre com o Lago Nordenskjold nos acompanhando ao fundo.

De novo fizemos esse trecho num tempo bem maior que o previsto (8h). Chegamos no Los Cuernos e o sol já estava baixo, pagamos a taxa de camping e fomos montar nossa barraca bem pertinho do lago. O Cuernos, por ser pago, tem uma estrutura grande e pra mim é o camping mais bonito do parque e o melhor de tudo, tem chuveiro com água quente *-*

Fizemos nossa comida, bebemos um pouco de vodka e fomos dormir.

 

Gastos do dia:

- Campamento Los Cuernos = CLP 7.000

 

Total = CLP 7.000

 

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Dia 24 (24/01/15) – 3º dia Torres del Paine (circuito W): Refugio Los Cuernos – Camp Italiano – Vale do Francês

Às 10:00h deixamos o Cuernos em direção ao Campamento Italiano, outro acampamento grátis do parque. No caminho conhecemos o Nino e a Marina, um casal de brasileiros super legais e acabamos ficando juntos até o final do Torres. Chegando no Italiano, nosso plano era deixar a mochila junto com o guarda parques, subir o vale do francês e continuar o caminho até o Paine Grande no mesmo dia, mas como a gente não estava conseguindo cumprir os tempos previstos de descolamento nas trilhas, achamos que poderia ser perigoso continuar e acabar tendo que de andar na noite na trilha. Ficamos com o Nilo e a Marina no Italiano, montamos acampamento e subimos em direção ao Vale do Francês. Fomos até o útimo mirador e voltamos ao camping quase de noite, acho que passava das 22h quando chegamos no camping. Tivemos que fazer nosso jantar no escuro e pra completar, ainda tinham 3 raposas cercando o camping atrás de comida! Aquela foi a noite mais fria de toda a viagem.

 

Gastos do dia:

ZERO

 

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Dia 25 (25/01/15) – 4º dia Torres del Paine (circuito W): Italiano – Paine Grande

Acordamos umas 10h, arrumamos as coisas e partimos em direção ao Paine Grande. Essa é a trilha mais de boa do parque, sem muitos altos e baixos, passa entre a área que sofreu o grande incêndio de 2011 que é bem sinistra e faz você perceber o por que a administração foca tanto nos alertas de utilização de fogo. Chegamos ao Refugio Paine Grande por volta de 14:00h. Nosso planejamento era estar voltando hoje do Refugio Grey, mas como decidimos ficar no Italiano na noite passada, não tivemos como ir até o Glaciar Grey já que tínhamos que voltar hoje pra Puerto Natales, então fizemos nosso almoço no Paine Grande junto com os meninos que logo seguiram pro Grey e nós esperamos pra pegar o catamarã das 18:00h. Nosso passeio pelo Torres del Paine acabou ali, mas mesmo não tendo visitado o Grey, estávamos emocionados de ter conhecido aquele lugar mágico e também de ter feito nosso primeiro acampamento naquele lugar.

Voltamos pra Puerto Natales e fomos ao hostel Koten-Aike pegar nossas coisas que deixamos no locker, mas tivemos que ir atrás de outro pq estava lotado. Quando abri o app do hostelworld pra ver algum hostel tivemos um susto, a cidade estava com todos os hostels cheios! Tivemos que ficar em um com quarto duplo, bem mais caro do que pretendiamos pagar.

Assim q fizemos o checkin corremos pra entregar todos os equipamentos antes que as lojas fechassem (já estava perto das 22h) se não pagaríamos outra diária. Voltamos pro hostel e comemos o último sanduíche que sobrou do Torres, nossa comida deu certinho, nem sobrou e nem faltou. Ufa!

 

Gastos do dia:

- Catamarã = CLP 30.000

- Pagamento do alguel do equipamento = CLP 44.500 (4 dias)

- Diária no hostel (não lembro o nome) = CLP 20.000

 

Total = CLP 94.500

 

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Dia 26 (26/01/15) – Puerto Natales – Rio Turbio – Rio Gallegos

Nossa próxima parada era Ushuaia, mas pra chegar foi um grande sufoco. Devido ao nosso limite de saque diário (130.000 pesos) não tivemos dinheiro pra comprar nossa passagem pra Ushuaia antes de ir pro Torres, devido ao pagamento dos equipamentos, hostel, comida etc. Então nos vimos obrigados a esperar voltar pra Puerto Natales e tentar a sorte de ter sobrado alguma vaga num ônibus pra Ushuaia. Infelizmente não tivemos essa sorte, então começou uma jornada cruzando toda a Argentina pra tentar chegar a Ushuaia. De Puerto Natales nós pegamos um ônibus pra cidade argentina mais próxima, Rio Turbio. Chegando em Rio Turbio, não tínhamos idéia de onde estávamos (não tinha internet em lugar nenhum pra olhar mapa) e saímos em busca de transporte pra outra localidade maior. Conseguimos uma van que estava indo pra Rio Gallegos, uma cidade que fica já fica bem pertinho do Atlântico, a uns 300km e 4h de distância de Rio Turbio. Rio Gallegos é a capital da província de Santa Cruz, então é uma cidade “grande”, com aeroporto e vários destinos de ônibus. Quando chegamos, as lojas já estavam fechando mas deu pra ver que tinha ônibus pra Ushuaia no dia seguinte, então fomos em busca de um hostel, já que estavamos sem internet e não tivemos como achar pelo celular, mas acabamos achamos um hostel muito agradável (que não lembro o nome) e ficamos só por uma noite e no dia seguinte tentariamos ir bem cedinho na rodoviária comprar as passagens pra Ushuaia.

Apesar de perder um dia só nesse deslocamento, a viagem que fizemos de Rio Turbio a Rio Gallegos foi inacreditavelmente legal. Fomos só nós e o motorista na van e pudemos curtir as paisagens daquele lugar que eram bem diferentes do que já tinhamos visto. Eu achei muito legal a viagem e deu pra curtir sozinho a estrada e a vista.

O que fizemos depois de chegar no hostel naquela noite foi apenas comprar comida e jantar.

 

Gastos do dia:

- Passagem pra Rio Turbio = CLP 6.000

- Passagem pra Rio Gallegos = ARS 500

- Lanche no caminho = ARS 200

- Jantar = ARS 200

- Hostel em Rio Gallegos = ARS 360

 

Total = CLP 6.000 + ARS 1.260

 

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Dia 27 (27/01/15) – Rio Gallegos - Ushuaia

Acordamos na primeira hora da manhã e fomos à rodoviária tentar comprar pra Ushuaia. Chegamos tão cedo que ainda não tinha nada aberto, mas ficamos lá pra ter a certeza de que o ônibus não ia lotar antes que a gente comprasse a nossa passagem, que graças a deus conseguimos. Finalmente estávamos rumo à Ushuaia! Não lembro que horas o ônibus saiu de Rio Gallegos, mas sei que chegamos a Ushuaia bem tarde, por volta de 22h. A viagem é muito chata, sério. Se você puder pegar um avião e ir, então faça. São 4 paradas entre fronteiras e aduanas chilena e argentina, já que parte da estrada é território chileno, e é uma estrada vazia, a paisagem é feia, o trecho chileno é pior ainda e tem um momento que a poeira é tanta que o motorista do ônibus é obrigado a desligar o ar-condicionado. Demoramos horrores em uma das barreiras por que algum dos passageiros simplesmente não tinha carimbo de entrada na Argentina (que tal?). O único momento legal e bonito da viagem é a travessia do Estreiro de Magalhães.

A chegada em Ushuaia foi um pouco trabalhosa também, por que estávamos sem internet desde Rio Gallegos e a gente não tinha reserva em hostel, então de novo tivemos que sair em busca de algum. A cidade é bem grande e cheia de ladeiras, então pernamos bastante até finalmente achar um hostel com vagas. Nessa época a cidade é lotada de turistas e tudo fica cheio, até os hoteis mais caros, mas conseguimos um hostel bem baratinho. Apesar de cansados, fomos em busca de algum lugar pra beber e acabamos parando Dublin Pub, que estava super animado. Jantamos e bebemos até umas 2:00h.

 

Gastos do dia:

- Passagem pra Ushuaia = ARS 1.088

- Café da manhã na rodoviária = ARS 100

- Lanche na fronteira = ARS100

- Hot dog na balsa = ARS 70

- Dublin pub = ARS 220

 

Total = ARS 1.578

 

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Dia 28 (28/01/15) – Ushuaia: Farol do fim do mundo

Como nós já tínhamos perdido alguns dias que não estavam previstos (parados em El Calafate e a viagem entre Puerto Natales a Rio Gallegos), então acabou que só tinha sobrado apenas um único dia pra fazer algum passeio na cidade, já que nossa passagem para Buenos Aires, que já tinha sido comprada com antecedencia, já era pro dia seguinte, então tivemos que escolher entre as opções de passeio da cidade e decidimos fazer o passeio de barco que leva até o Farol Les Eclaireurs (farol do fim do mundo). Primeiramente fomos dar uma volta na cidade pra conhecer. Fomos ao centro de turismo, onde te dão guias e mapas da cidade é onde você pode pegar o famoso carimbo da cidade, pra quem não vai até o Carteiro do Fim do Mundo no fim da Ruta 3 dentro do Parque Nacional Tierra del Fuego. Pegamos nossos carimbos, andamos pela orla, tiramos foto na famosa placa Fin del Mundo, fomos nos museus da cidade, almoçamos um hot dog na rua, paramos em uma loja que vendia churros e doce de leite e comemos até passar mal e a tarde fomos ver os passeios de barco que saem do porto. Era tanta gente procurando passeio que já estávamos com preguiça de fazer por achar que seria um daquele passeios entupidos de gente onde você não consegue ficar sozinho num canto pra tirar uma foto legal. Andando entre os quiosques vimos um anúncio de passeio através de barco a vela e nos interessamos. O passeio sairia às 16h (depois de todos os outros) e a lotação do barco era de no máximo 7 pessoas! Pronto, estava decidido. O passeio foi simplesmente fantástico. Acho que quase ninguém faz esse, até por que ele é mais caro do que os outros, mas vale cada centavo! Sério, eu super recomendo fazer o barco a vela do que ir naqueles catamarãs lotados de gente. Saímos às 16h e fizemos o roteiro até o farol, passando pela ilha dos lobos. Como eram apenas 7 pessoas no barco, foi super tranquilo tirar foto, filmar, andar de um lado pro etc e pra completar o passeio que já estava ótimo, voltamos pra Ushuaia no finalzinho da tarde e pegamos um por do sol espetacular de frente pra cidade com direito a uma garrafa de vinho e uma tábua de frios servidos pelo capitão do barco. Nosso último dia na Patagônia terminou de forma sensacional. Acho que foi a compensação pela luta que foi pra chegar em Ushuaia!

Chegando no porto, ficamos até o sol se pôr por inteiro, demos mais uma volta na orla pra nos despedir da cidade e fomos atrás de um restaurante jantar uma Centolla, prato bem caro, e que sinceramente não achei nada de mais. Ainda prefiro nosso carangueijo regional aqui do Pará :D

Depois do jantar logo emendamos pro Dublin de novo e bebemos Guiness até umas 2h.

 

Gastos do dia:

- Almoço = ARS 70

- Churros e doce de leite = ARS 34

- Passeio de barco = ARS 1.100

- Jantar = ARS 300

- Dublin pub = ARS 320

 

Total = ARS 1.824

 

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Dia 29 (29/01/15) - Ushuaia – Buenos Aires

Acordamo cedo, tomamos café no hostel, fizemos check out e pegamos uma carona até o aeroporto com um senhor que estava no nosso hostel e que estava se programando pra velejar junto com um grupo de amigos até a Antártida! Nosso avião partiu às 13:00h do aeroporto de Ushuaia e às 16:30h chegamos em Buenos Aires. Estava muito calor, do tipo que a gente não estava mais acostumado depois de 30 dias no frio haha. Pegamos um taxi pro nosso hostel e apesar de ouvir coisas muito ruins dos taxistas de BSA, tivemos a sorte de pegar um taxista bem legal que foi nos mostrando todos os pontos turístico do caminho, mas sem dar voltas desnecessárias. Ao chegar no hostel Arrabal o recepcionista, que é brasileiro, nos deu dicas de todos os lugares próximos pra ir e como chegar, mas como a gente adora andar pra conhecer cidade, fomos pernar por ai. Passeamos pela Av. 9 de Julio, fomos no Obelísco, descemos toda a Av. Corrientes até chegar em Puerto Madero, passeamos em toda a sua extensão, fomos até a Casa Rosada, assistimos um protesto inclusive (chegamos em BSA no dia seguinte da morte daquele promotor que estava investigando a Cristina Kirchner), subimos toda a Av. De Mayo, passamos no Café Tortoni e enfim voltamos ao hostel. Ufa! Fizemos um minitrekking urbano. Naquela noite, depois de muito tempo longe de cidade grande, estavamos afim de ir a alguma balada e o recepcionista nos indicou uma festa que acontece às quintas chamada Club 69, no Niceto Club. Pegamos um taxi e fomos pra balada. Não lembro quanto gastei, nem como voltei pra casa.

 

Gastos do dia:

- Pagamento do Hostel de Ushuaia = ARS 720

- Taxa de embarque (é paga na hora do embarque) = ARS 56

- Almoço = ARS 160

 

Total = ARS 936

 

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17752342600_0731267f3d_c.jpgIMG_2666 by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

17752285780_5a09e270fb_c.jpgIMG_2643 by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

Dia 30 (30/01/15) - Buenos Aires

Acordamos bem tarde nesse dia, por volta de 13h. A gente já estava meio cansado, sem muita grana, com uma sensação de que depois de ter passado pelo Torres tudo era meio sem graça e Buenos Aires não tinha chamado tanto a nossa atenção, então os dias seguintes não tiveram grandes passeios. Nesse dia comemos numa pizzaria, demos mais uma volta pela cidade, compramos algumas cervejas pra matar o calor que tava na cidade e voltamos pro hostel, aí conhecemos dois brasileiros que também estavam no nosso quarto e ficamos no hostel conversando e bebendo durante o resto da tarde. Lá pelas 18:00h chegou o Facu, o dono de uma agência de turismo que os meninos já conheciam, a “I love Travel”, e como achamos os preços dele bem bons, reservamos o city tour para o dia seguinte. Nossa grana já estava bem, bem, bem curta (exageramos nas baladas nos primeiros dias de viagem) e não conseguimos fazer outros passeios como Lujan, Tigre ou assistir um tango. Nossa estadia em Buenos Aires ficou apenas de passeios a pé curtos e algumas noites de baladinha, então não tenho dicas para passeios na cidade.

 

Gastos do dia:

- Almoço = ARS 130

- Jantar = ARS 180

 

Total = ARS 310

 

Dia 31 (31/01/15) - Buenos Aires

Acordamos cedo, tomamos café no hostel e ficamos esperando a chegada da van que ia nos levar ao city tour contratado no dia anterior. Às 9h começamos o tour que era guiado por uma tia muito louca e que falava muito rápido, com um sotaque muito engraçado. Por onde íamos passando ela explicava tudo, das ruas aos pontos turístios. Achei super válido o passeio, apesar de não ter parado na flor metálica (que na vdd nem tem nada de mais no lugar), mas voltamos a descer na Casa Rosada, fomos ao Caminito, La Bombonera, passamos de van em outros lugares rápidos e paramos em Puerto Madero para almoçar.

Nós tínhamos combinado com o pessoal do hostel e o Facu, dono da agência, de ir pra um sunset que ele indicou, então logo após o almoço nós corremos pra casa do Facu pra fazer um esquenta e logo em seguida sair pra festa.

O “PM Open Air” fica em Punta Carrasco, num lugar com vista pro rio, toca um deep house muito bom e tem entrada grátis até às 16:30h. A festa foi muito foda, o lugar ficou lotado, galera tava super animada e a música evoluiu de um jeito muito bom até umas 22:00h.

Saímos de lá e fomos pro hostel com o resto do pessoal que ia emender pra uma outra festa, mas nós infelizmente tínhamos que parar por ali. No dia seguinte tínhamos que estar bem cedo no porto pra pegar o navio pra Colonia del Sacramento.

 

Gastos do dia:

- City Tour = ARS 120

- Almoço = ARS 180

- PM Open Air = ARS 280

 

Total = ARS 580

 

17737735438_a138f29ec1_c.jpgDCIM\101GOPRO by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

17898183836_80b9bc72a5_c.jpg. by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

17304075883_d277f798ee_c.jpg. by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

17898202886_e8df47b7db_c.jpg. by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

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18001239469_96205dbd0c_z.jpg1461474_630756470361938_5600759623116820760_n by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

Dia 32 (01/02/15) - Buenos Aires – Colonia del Sacramento - Montevideo

Acordamos bem cedo, pegamos um taxi em direção ao porto e às 8:00h estávamos embarcando em direção ao Uruguai. Chegamos em Colônia del Sacramento por volta de 11:00h, fizemos um câmbio muito ruim já que estávamos com peso argentino e fomos caminhar pela cidade. A primeira parada foi na rodoviária para ver logo nosso ônibus à Montevideo nesse mesmo dia, lá também pegamos algumas informações turísticas e deixamos nossas mochilas no guarda-volumes. Começamos a caminhar em direção ao centro histórico, onde estão os principais pontos turísticos da cidade. Colonia não é do tipo de seguir um roteiro certo pra chegar a algum lugar, o legal da cidade é justamente sair por ai andando sem rumo pra assim ir descobrindo o que tem em cada rua, em cada casa histórica e aprender como o local foi construído e como funciona esta cidade histórica construída por portugueses. Dentre os pontos mais conhecidos, estão a Calle de Los Suspiros, o Farol, Portón de Campo e o Bastión de San Miguel. Paramos para almoçar na Av. General Flores, que é a principal avenida do local e muito linda por sinal, com árvores bem frondosas em toda a rua. Após o almoço voltamos pra rodoviária e pegamos nosso ônibus em direção à Montevideo.

Chegamos em Montevideo por volta de 17:00h, pegamos um ônibus até o nosso hotel e em seguida saímos para conhecer a orla que ficava bem perto dali. Era dia 1º de fevereiro, o carnaval já estava na porta e como Montevideo também comemora essa data (não da mesma forma que a gente) acabamos passando por um ensaio de bloquinho de rua bem legal e ficamos acompanhando até voltar pra perto do hostel.

 

17752349770_dd29374122_c.jpgIMG_2713 by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

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Dia 33 (02/02/15) - Montevideo

Esse era pra ser nosso ultimo dia de viagem e não tinhamos muito tempo, já que nosso voo saia às 19h de volta ao Brasil, então fomos passear pela cidade e almoçar na rua.

Fomos à Fuente de los Candados, à ciudad vieja passear pela Praça Independência onde está o Palácio Salvo e o Teatro Solís, ao mercado, depois fomos passear na orla de Pocitos, tirar foto nas letras de Montevideo, paramos para almoçar e resolvemos voltar andando pro hostel pela orla que estava super movimentada, cheia de gente pescando, lendo e fumando maconha rs.

Aí aconteceu uma tragédia na viagem: perdemos a hora e chegamos no hostel umas 17:00h (nosso voo era às 19:00h). Tentamos correr com tudo, mas não tinhamos noção de que o aeroporto de Montevideo fica extremamente longe do centro da cidade, resultado: Chegamos 1h depois que o voo tinha partido. Conclusão, tivemos que comprar outra passagem que só tinha pro dia seguinte e tivemos que dormir no aeroporto, sem dinheiro nenhum.

 

17753693349_78c6858cb7_c.jpgIMG_2720 by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

17753727109_5e074ec1c6_z.jpg10407946_904546542921779_4372312210114562172_n by Alexandre Nogueira, no Flickr

 

Dia 34 (03/02/15) – Montevideo – SP – Belém

Depois de uma noite mal dormida no aeroporto, finalmente pegamos nosso voo com destino à São Paulo, às 08:30h. Às 11:00h chegamos em Guarulhos, deixamos nossas coisas no guarda volumes e fomos dar uma volta no centro, já que nossa conexão demoraria 9h!!! Almoçamos no mercado municipal, passeamos pelo centro até umas 16:00h e voltamos pro metrô até o Tatuapé e em seguida pro ônibus até Guarulhos pra esperar a hora do nosso voo pra casa.

Chegamos em Belém às 23:00h, mortos de cansado, mas apesar desse (único) perrengue na viagem, já estávamos chorando de saudade de tudo o que vivemos nesse ultimo mês, com uma sensação indescritível de felicidade por ter passado por tantos lugares legais e ter feito coisas incríveis.

E assim terminou nosso mochilão.

 

Conclusão:

Apesar de alguns terem dito que íamos ver paisagens repetidas etc, não houve nada disso. Cada lugar é único e experiência de ter feito essa viagem foi maravilhosa, vale cada lugarzinho por onde passei.

 

Eu e o Roberto concordamos que a cidade mais bonita e que vale muito a pena ir e fazer tudo que ela oferece é Pucón, mas ponto alto da viagem com toda a certeza foi o Torres del Paine.

 

Em 34 dias de viagem, nós pegamos apenas 1 único dia com chuva, então recomendo fazer nessa época do ano por que a garantia de clima bom pra fazer os passeios é maior. Porém vale lembrar que essa é também a época mais lotada de turistas, então programe-se para não perder nada como aconteceu conosco.

 

No final dos 34 dias, nós gastamos no total R$ 8.122,60 por pessoa,

Uma média de R$ 238,90 pessoa/dia.

 

Quem quiser tirar mais dúvidas estou a disposição :D

 

E quem quiser ver mais fotos da viagem é só acessar meu Flickr aqui https://www.flickr.com/gp/132714253@N08/7i17t4

Editado por Visitante
  • Amei! 1
  • Membros
Postado

Que viagem incrível! A Patagônia está na minha lista há dois anos e vendo suas fotos, dá mais vontade ainda.

É tranquilo para alugar equipamentos com barraca, sacos de dormir etc?

Parabéns pelo relato.

  • Colaboradores
Postado
Que viagem incrível! A Patagônia está na minha lista há dois anos e vendo suas fotos, dá mais vontade ainda.

É tranquilo para alugar equipamentos com barraca, sacos de dormir etc?

Parabéns pelo relato.

 

Oi Renata, em Puerto Natales é super tranquilo alugar. Tem várias lojas e hostels que alugam e da pra fazer tudo na véspera de ir pro Torres. Tem inclusive roupas pra alugar como calça, jaquetas de frio, mochilas etc. é bem tranqs

  • Colaboradores
Postado

Cara que maneiro seu relato! Gostei de saber que pude te ajudar.

 

Suas fotos ficaram lindas. Qual lente vc usou pra tirar a foto no Mirador Las Torres? (a foto que vc está com os braços abertos)

 

abraços

  • Colaboradores
Postado
Cara que maneiro seu relato! Gostei de saber que pude te ajudar.

 

Suas fotos ficaram lindas. Qual lente vc usou pra tirar a foto no Mirador Las Torres? (a foto que vc está com os braços abertos)

 

abraços

 

Fala cara, po ajudou e muito!!! desde montar parte do roteiro, até na hora de escrever o relato onde eu me baseei na organização do teu (acho q deu pra perceber ne kkk)

 

nessa foto do torres foi de uma Sony Aplha 3000 lente 18-55mm.

além dessa eu levei uma gopro hero 3+ e tb usei um iphone 6 em outras fotos.

 

abs

  • Colaboradores
Postado
Muito legal o relato e as imagens são perfeitas, parabéns! Estou planejando um roteiro praticamento igual ao seu com algumas diferenças. Vai me ajudar muito se eu for em 2016!!!!.... vlw abraço ::cool:::'>

 

Valeu Luiz, se precisar de alguma dica é só chamar.

  • 2 semanas depois...

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