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Roadtrip: Namíbia e África do Sul - maio 2015


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Oi, mochileiros! Quero compartilhar minha mais recente aventura: uma roadtrip pela Namíbia e África do Sul, em maio desse ano. Fiz a viagem com um amigo suíço e confesso que saiu um pouco caro, mas aumentando o número de pessoas fica bem tranquilo.

 

Nossa viagem começou em Swakopmund, Namíbia, onde estávamos com um grupo para fazer trabalho voluntário. A cidade é bem ~~badalada, com bons restaurantes e lojas, mas não achei ela tão interessante assim (talvez seja só trauma das semanas de voluntariado mesmo). Mas a cidade vizinha de Walvis Bay tem praias interessantes, dunas até onde a vista alcança e uma vida selvagem interessante, embora não abundante, até porque a cidade fica no meio do deserto. Vale a pena tirar um dia para conhecer os pontos turísticos da região: Sandwich Harbor, Rock Bird e Kuiseb Delta, com paisagens que misturam praia e deserto. Como o solo é bem arenoso, o carro tem que ser um 4x4, ou dá para fazer o tour de um dia com uma empresa, e tem várias por lá, inclusive com pacotes para esportes radicais. Como nosso carro era um Polo, acabamos recorrendo à Turnstone Tours para fazer o passeio, saiu uns trezentos reais por cabeça.

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De lá, nosso destino era o deserto de Sossusvlei, nos arredores de Sesriem. Fizemos todo o percurso guiados por um mapa de papel mesmo, mas as estradas são bem sinalizadas e bem conservadas, só não espere pavimentação. Como nos enrolamos para deixar Walvis Bay e nessa época já escurece cedo, acampamos na cidade (?) de Solitaire, que não tem muito pra ver, mas tem um camping decente e um lodge aparentemente bom. De lá é mais uma hora de viagem até Sossusvlei, que na verdade é um parque nacional desértico com uma floresta de árvores mortas (parece sinistro, mas juro que é interessante). Tirando o calor fora de série e a restrição aos veículos particulares em certa altura do percurso, o lugar é lindo. Mas certifique-se de usar calçados adequados e levar bastante água.

 

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Para nosso azar/sorte, todos os campings por ali estavam cheios, e fomos achar um lugar vago muitos quilômetros depois, no município de Betta, tão grande que nem está no mapa. Na manhã seguinte partimos para Helmeringhausen, que clama ter a melhor torta de maçã do país. Após uma pausa para a tal torta, seguimos em direção às cidades de Aus e Lüderitz, pontos turísticos famosos por serem um dos últimos redutos de cavalos selvagens do mundo. Para nossa decepção, só vimos UM cavalo e ainda pegamos uma rota errada que nos levou a uma PRISÃO DE GUERRA ::Ksimno:: . Por motivos óbvios, picamos a mula rapidinho e não posso atestar se vale à pena conhecer tais lugares (na minha opinião, não).

 

Já meio putos porque os planos estavam começando a dar errado, decidimos conhecer a região da fronteira com a África do Sul e meio que por acidente encontramos o Ai-Ais Hot Springs Park, um parque de águas termais naturalmente quentes no meio do deserto. O spa local tem camping, chalés e apartamentos, além de piscinas e tratamentos estéticos. Também dá para fazer trilhas pela região, que é bem bonita. Recomendo para dar uma relaxada, o preço é bem digno (vale lembrar que acampamos o tempo todo). No dia seguinte chegamos à fronteira, mas vou deixar para continuar o relato nos comentários, antes que alguém durma com o tamanho desse texto.

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Saímos do spa no deserto rumo ao cânion do Fish River, bem na fronteira entre Namíbia e África do Sul. A vista é espetacular para ver o sol, e há um camping por ali. Não muito longe fica o rio Orange, que divide os dois países. Do cânion saímos procurar um lugar chamado Felix, que oferece passeios de caiaque pelo rio – não é muito emocionante, na verdade, mas a paisagem é bacana. No fim descobrimos que o tal Felix também tem um camping e ficamos por lá, curtindo a piscina antes de cruzar a fronteira.

 

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Após quase uma semana viajando de carro pela Namíbia, chegou a hora de cruzar a fronteira com a África do Sul. Achei a região meio sinistra e tive um desentendimento com o agente de imigração, que insistiu que eu estava ilegal (?) na Namíbia, mas no fim me deixou passar, afinal eu estava saindo do país de qualquer forma.

Enfim, continuando. Nosso destino final era a Cidade do Cabo, então optamos por conhecer as cidades da região Northern Cape e... #fail. Longe da costa, os municípios eram bem carentes e sem estrutura nenhuma (ao menos os que visitamos), de modo que fomos direto para as vinícolas. Achei a cidade de Vredendal uma graça, mas meio sem opções para uma noite de domingo, de modo que ficamos numa guest house (por sinal a mais charmosa em que já estive e por um preço bom, pena que não lembro o nome) e nosso jantar foi no Spur Steak Ranches – não faça o que eu fiz, coma miojo mas não vá no Spur. Sério.

Por um acaso do destino não visitamos os vinhedos do norte, mas a vista é bem bonita. Fomos seguindo até a costa, que é cheia de cidades fofinhas e cheiro de peixe, até achar um camping na praia de Paternoster, o segundo lugar onde passei mais frio na vida. Vai entender.

 

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E em nosso último dia vagando pela África, conhecemos as vinícolas de Annendale, em Stellenbosch, já na região da capital. Antes paramos para ver as famosas flores da cidade de Darling, que em pleno outono estava mais seca que o deserto. Em Stellenbosch, fizemos prova de vinhos na Bilton Wines e na Peter Falke, e aí tivemos que dormir no primeiro hotel que encontramos porque ninguém mais tinha condições de dirigir. O lugar em questão era a Soverby Guesthouse, cujo preço estou amargando até hoje.

 

E finalmente chegou a hora de conhecer a Cidade do Cabo, ou Cape Town, mas já tagarelei demais e acho que a cidade merece um post só dela. ::otemo::

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Ah, não visitamos os parques do Kalahari e do Etosha nessa viagem, mas passamos por eles durante o voluntariado. São lugares que recomendo muito ir, só não tenho dicas de turismo sobre eles porque estive lá numa situação diferente mesmo. Algumas fotos da região tiradas durante o período de trabalho voluntário na Namíbia:

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