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Ir à China é fazer viagem ao futuro e ao passado


MariaEmilia

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:arrow: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u641558.shtml

 

 

[align=justify]Destinos dos mais conhecidos no território de maior população do mundo --e que caminha para ser um dos mais ricos--, as cosmopolitas Pequim e Xangai conjugam fatores que mostram o quão milenar é a China a exemplo da pujança econômica do país. Parte da inserção do Estado comunista na economia capitalista globalizada passa pela indústria do turismo, tanto com o crescimento anual de chineses viajando ao exterior, quanto com o aumento de pessoas indo à China para conhecer o maior país da Ásia.

 

Do lado de lá

 

Entretanto, a despeito do incentivo estatal e do recente desenvolvimento do setor no país, o brasileiro que optar por cruzar o mundo para ver a Muralha da China --o único monumento construído pelo homem visível da Lua-- ou para passear no levitante Maglev --o mais rápido trem de todo o mundo, que atinge 430 quilômetros por hora flutuando a um centímetro do "trilho" magnético-- precisa levar em conta certas particularidades, afinal, desembarcar na China é quase como desembarcar em outro mundo.

 

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A primeira preocupação do turista deve ser em relação à temperatura. Quarto maior país do mundo em termos territoriais, a China registra, nas palavras da CIA (agência americana de inteligência), clima "extremamente diverso, tropical no sul e subártico no norte". Outra barreira -óbvia- é a língua. Assim, uma das precauções antes de deixar o hotel é levar um cartão com seu endereço em mandarim, para ser exibido ao motorista do táxi.

 

Mas nem isso pode adiantar (e aí vem outra dificuldade). Em Pequim, a despeito da "campanha civilizatória" promovida pelo regime com vistas à Olimpíada, dificuldades de pessoas ocidentais nos táxis são recorrentes.

 

É verdade que a cartilha imposta antes dos Jogos de 2008 --nos capítulos de não escarrar na rua nem fumar com passageiros a bordo-- é observada. Mas os motoristas mantêm o mau hábito de colocar o turista para fora do carro se não quiserem conduzi-lo ao destino solicitado e pouco se esforçam para tentar entender o que os passageiros dizem. Enfim, ir à China pode ser, ao mesmo tempo, viajar ao futuro e ao passado.

 

Opostos lado a lado

 

Pequim, capital do país, deve ser escolhida se o turista tiver que escolher só um destino. A cidade reúne o lado antigo do Oriente, com seus monumentos históricos, como a Cidade Proibida, e o novo, caso da arquitetura inovadora de alguns edifícios do local, como o Ninho de Pássaro, construído para a Olimpíada de 2008.

 

LUÍS FERRARI

Enviado especial da Folha a Pequim e Xangai

O jornalista LUÍS FERRARI viajou a convite do governo chinês[/align]

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