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De ônibus, na Pascoa, de Santa Maria RS a Buenos Aires.


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É longe Uruguaiana, diz o gaúcho, respondo: P Q tu não foi a Buenos Aires Tche!. Dezoito horas de estrada desde Santa Maria/RS, claro que o ônibus fez algumas paradas, e perdemos mais de hora na aduana. Passando Uruguaiana, Pampa para todos os lados, não campos como no Rio Grande, mas sim mato, arbustos baixos, pouquíssimas casas, quase sem nenhum gado, e raríssimas pessoas. Seis horas desta forma, de bom só ver estradas muito bem conservadas, não se vê um buraco, ao contrário do atual estado das estradas gauchas, e em alguns trechos, se vêem até postes de iluminação nas rodovias, coisas que até hoje não vi aqui pros nossos lados, e pelo menos do lado de lá, los hermanos não passam voando em seus coches, parece que se dão a este luxo ao passarem pras terras brasileiras. Ao chegar à cidade, vimos grandes prédios, de arquitetura antiga, algo que me lembrou Pelotas, e se me perguntassem como é Buenos Aires, diria que uma mistura de Porto Alegre, Pelotas e Europa. Partes antigas e não muito bem cuidadas, uma bela arquitetura colonial, e na parte nova, prédios de estilo moderno. Quanto ao povo, é o mesmo gaúcho, em algum lugar normalmente nas feirinhas de rua e lojinhas de quinquilharias, são muito simpáticos e nos tratam bem, e gostam de conversar, ainda mais quando sabem que somos brasileiros, nos bares e locais fechados, são mais secos, falam um espanhol enrolado e bem de pressa, e se tu não entende nada de castelhano, ta ralado (mas um portunhol quebra o galho). Somando-se comerciantes chineses, e alguns africanos, que se vê circular no bairro Once. Estes devem ser recém chegados pra essas bandas, pois, falam algum dialeto árabe, que não pude decifrar (pois meu árabe ta meio enferrujado). A noite se fomos a Puerto Madero, belo lugar, uma zona nova da cidade, com varias construções em andamento, iluminadíssimo, com ótimos restaurantes, e onde da para se passear tranquilamente as margens do porto. Demos um pulinho no Cassino, como nunca tinha estado num, ao chegar achei coisa de Hollywood, vários barezinhos na entrada, havia um show de rock anos 60, e um casal dançando estilo Elvis Presley. Dentro do Cassino, muitas maquinas cheias de luzinhas, e tudo quanto é tipo de jogatina. Bonito, mas infelizmente é proibido tirar fotos.

2º dia- city tour- Tomar um café da manhã com deliciosas media lunas (croissant), que para eles é comum como pão com manteiga para nós (obs: vale a pena visitar as padarias portenhas). Iniciamos pela praça de Mayo, onde vimos a casa Rosada, os monumentos da praça, o Banco central e a Catedral do Papa Chico. Pra quem gosta de arte sacra, é muito bonita, dourado para todos os lados, um belo exemplar da ostentação que tanto agrada o vaticano, repleta de estatuas, e de figuras fantásticas. Despues Lo Caminito, lugar aconchegante, cheio de estatuas “caricaturadas”, infinitas lojinhas de lembranças, e todo tipo de quinquilharia que turista gosta. O lugar todo é uma obra de arte, muito colorido e divertido, cheio de vida e lugares para ver. Em seguida Puerto Madero de dia. Moderno, requintado, repleto de turistas de varias nacionalidades, demos uma parada na reserva ambiental que fica ali perto, lugar bonito até, repleto de árvores (como toda “Bs As” alias), com um calçadão largo onde as pessoas vão para andar de bicicleta e caminhar. Este calçadão cerca uma vegetação alta, e achei estranho alguns irem vestidos como se fossem a praia, de bikini ou calção e ficarem pegando sol lá, sentados admirando o vento mexer a aquela grama alta, como se estivessem a admirar o mar. Outros param para comer um Choripan (chouriço com pão) equivalente ao “salchipão” do gaúcho, a diferença é ter a opção de fartos pedaços de carnes dentro do sandwich. Te falo em gosta de carne o tal do argentino! Quem gosta de churrasco e carne vermelha, pode gastar o dentes comendo, tem por todos os lados e para todos os gostos, desde o churrasquinho de rua, choripan ou nas churrascarias. A tarde, Calle Florida, muitas lojas, um lindo shopping (lugar para os consumistas), com muitas lojas de marca e opções de compra, com preço que regulam com o Brasil, quem procura por pechincha melhor ir no bairro Once. No shopping bom ver pessoas vestidas com roupas comuns circulando, sem aquela “dondoquices” dos shoppings brasileiros, além disso, apesar do lugar estar cheio, as pessoas conversavam civilizadamente, sem algazarra ou correria; e em todas as TVs, passando partidas de futebol, é só o que eles vem, em todos os lugares. São Fanáticos. Depois foi andar a toa pelas ruas da capital portenha, admirar os café, as ruas e os belos edifícios. A noite comer uma pizza perto do hotel, dar uma caminhada e tomar umas Palermo (que achei bem melhor que a Quilmes).

3º dia- São Telmo e Delta do Tigre. A tão afamada feira de São Telmo, é como todo lugar de comércio que vimos por lá, são varias e varias ruas. Tem uma feirinha central com venda de relíquias de todo tipo, maquinas fotográficas, pratos, talheres, facas, até torneiras e canos de cobre. Em torno vários cafés charmosos, e nas ruas a seguir muitos artesãos, vendendo artigos de couro, camisetas e todo tipo de artesanato, parecendo muito a feira da Redenção em Porto Alegre, sendo que as relíquias são supervalorizadas, e o restante tem bom preço. Finalmente passamos pela cidade de Tigre, passeio de barco no Puerto Frutos. Belo lugar e um nostálgico passeio pelo delta, depois visitar as lojas de decoração, com belos artigos, a preço módico, porém quase tudo vendido a pesos, foi difícil achar uma que aceitasse dólares. A tarde voltar pro ônibus carregando uma luminária de ferro, e comer um choripan na poltrona e se despedir. De ruim apenas a sensação de ter sido pouco tempo, e não ter visto tudo, pois Buenos Aires é uma cidade enorme e tem muito mais a oferecer, não fomos a Recoleta e a Palermo como gostaríamos, muito menos visitamos o Jardim Japonês, mas com certeza ficará para a próxima.

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É longe Uruguaiana, diz o gaúcho, respondo: P Q tu não foi a Buenos Aires Tche!. Dezoito horas de estrada desde Santa Maria/RS, claro que o ônibus fez algumas paradas, e perdemos mais de hora na aduana. Passando Uruguaiana, Pampa para todos os lados, não campos como no Rio Grande, mas sim mato, arbustos baixos, pouquíssimas casas, quase sem nenhum gado, e raríssimas pessoas. Seis horas desta forma, de bom só ver estradas muito bem conservadas, não se vê um buraco, ao contrário do atual estado das estradas gauchas, e em alguns trechos, se vêem até postes de iluminação nas rodovias, coisas que até hoje não vi aqui pros nossos lados, e pelo menos do lado de lá, los hermanos não passam voando em seus coches, parece que se dão a este luxo ao passarem pras terras brasileiras. Ao chegar à cidade, vimos grandes prédios, de arquitetura antiga, algo que me lembrou Pelotas, e se me perguntassem como é Buenos Aires, diria que uma mistura de Porto Alegre, Pelotas e Europa. Partes antigas e não muito bem cuidadas, uma bela arquitetura colonial, e na parte nova, prédios de estilo moderno. Quanto ao povo, é o mesmo gaúcho, em algum lugar normalmente nas feirinhas de rua e lojinhas de quinquilharias, são muito simpáticos e nos tratam bem, e gostam de conversar, ainda mais quando sabem que somos brasileiros, nos bares e locais fechados, são mais secos, falam um espanhol enrolado e bem de pressa, e se tu não entende nada de castelhano, ta ralado (mas um portunhol quebra o galho). Somando-se comerciantes chineses, e alguns africanos, que se vê circular no bairro Once. Estes devem ser recém chegados pra essas bandas, pois, falam algum dialeto árabe, que não pude decifrar (pois meu árabe ta meio enferrujado). A noite se fomos a Puerto Madero, belo lugar, uma zona nova da cidade, com varias construções em andamento, iluminadíssimo, com ótimos restaurantes, e onde da para se passear tranquilamente as margens do porto. Demos um pulinho no Cassino, como nunca tinha estado num, ao chegar achei coisa de Hollywood, vários barezinhos na entrada, havia um show de rock anos 60, e um casal dançando estilo Elvis Presley. Dentro do Cassino, muitas maquinas cheias de luzinhas, e tudo quanto é tipo de jogatina. Bonito, mas infelizmente é proibido tirar fotos.

2º dia- city tour- Tomar um café da manhã com deliciosas media lunas (croissant), que para eles é comum como pão com manteiga para nós (obs: vale a pena visitar as padarias portenhas). Iniciamos pela praça de Mayo, onde vimos a casa Rosada, os monumentos da praça, o Banco central e a Catedral do Papa Chico. Pra quem gosta de arte sacra, é muito bonita, dourado para todos os lados, um belo exemplar da ostentação que tanto agrada o vaticano, repleta de estatuas, e de figuras fantásticas. Despues Lo Caminito, lugar aconchegante, cheio de estatuas “caricaturadas”, infinitas lojinhas de lembranças, e todo tipo de quinquilharia que turista gosta. O lugar todo é uma obra de arte, muito colorido e divertido, cheio de vida e lugares para ver. Em seguida Puerto Madero de dia. Moderno, requintado, repleto de turistas de varias nacionalidades, demos uma parada na reserva ambiental que fica ali perto, lugar bonito até, repleto de árvores (como toda “Bs As” alias), com um calçadão largo onde as pessoas vão para andar de bicicleta e caminhar. Este calçadão cerca uma vegetação alta, e achei estranho alguns irem vestidos como se fossem a praia, de bikini ou calção e ficarem pegando sol lá, sentados admirando o vento mexer a aquela grama alta, como se estivessem a admirar o mar. Outros param para comer um Choripan (chouriço com pão) equivalente ao “salchipão” do gaúcho, a diferença é ter a opção de fartos pedaços de carnes dentro do sandwich. Te falo em gosta de carne o tal do argentino! Quem gosta de churrasco e carne vermelha, pode gastar o dentes comendo, tem por todos os lados e para todos os gostos, desde o churrasquinho de rua, choripan ou nas churrascarias. A tarde, Calle Florida, muitas lojas, um lindo shopping (lugar para os consumistas), com muitas lojas de marca e opções de compra, com preço que regulam com o Brasil, quem procura por pechincha melhor ir no bairro Once. No shopping bom ver pessoas vestidas com roupas comuns circulando, sem aquela “dondoquices” dos shoppings brasileiros, além disso, apesar do lugar estar cheio, as pessoas conversavam civilizadamente, sem algazarra ou correria; e em todas as TVs, passando partidas de futebol, é só o que eles vem, em todos os lugares. São Fanáticos. Depois foi andar a toa pelas ruas da capital portenha, admirar os café, as ruas e os belos edifícios. A noite comer uma pizza perto do hotel, dar uma caminhada e tomar umas Palermo (que achei bem melhor que a Quilmes).

3º dia- São Telmo e Delta do Tigre. A tão afamada feira de São Telmo, é como todo lugar de comércio que vimos por lá, são varias e varias ruas. Tem uma feirinha central com venda de relíquias de todo tipo, maquinas fotográficas, pratos, talheres, facas, até torneiras e canos de cobre. Em torno vários cafés charmosos, e nas ruas a seguir muitos artesãos, vendendo artigos de couro, camisetas e todo tipo de artesanato, parecendo muito a feira da Redenção em Porto Alegre, sendo que as relíquias são supervalorizadas, e o restante tem bom preço. Finalmente passamos pela cidade de Tigre, passeio de barco no Puerto Frutos. Belo lugar e um nostálgico passeio pelo delta, depois visitar as lojas de decoração, com belos artigos, a preço módico, porém quase tudo vendido a pesos, foi difícil achar uma que aceitasse dólares. A tarde voltar pro ônibus carregando uma luminária de ferro, e comer um choripan na poltrona e se despedir. De ruim apenas a sensação de ter sido pouco tempo, e não ter visto tudo, pois Buenos Aires é uma cidade enorme e tem muito mais a oferecer, não fomos a Recoleta e a Palermo como gostaríamos, muito menos visitamos o Jardim Japonês, mas com certeza ficará para a próxima.

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