Membros deniseka Postado Março 29, 2016 Membros Postado Março 29, 2016 (editado) Olá pessoal Tô aqui pra contar sobre minha viagem pro Peru e pra Bolívia. Quase um ano depois tomei coragem pra escrever com detalhes a viagem completa. Acredito que ainda possa ajudar muita gente que queira fazer essa viagem ou adaptá-la da melhor forma, assim como muitos relatos aqui me ajudaram e ajudam a organizar todas as viagens que faço! Gastos: Capricorniana que sou, anotei todos os nossos gastos (para duas pessoas) de alimentação, hospedagens, passeios e transporte, então será de boa ajuda pra quem quiser se planejar com antecedência. Os valores de hospedagens e transportes estão em uma tabela no final do relato todo. Os demais valores vou colocando no decorrer do relato. Dinheiro: A cotação do dólar na época estava em torno de R$3,40, pesquisando bem nas casas de câmbio de São Paulo, achamos por R$3,30, que foi o preço que acabamos comprando. Levamos US$1000,00 em espécie pois vimos em alguns blogs que era melhor levar dolares para comprar os tours em Cusco e Arequipa. Não trocamos os dólares por moedas locais nas casas de câmbio, utilizamos quase tudo pra pagar hospedagens e tours. O restante fomos tirando pelo cartão de débito nos ATMs. Fizemos uns cálculos e achamos essa a melhor forma, pois perderíamos muito trocando o dinheiro duas vezes (de dólares pra soles e de dólares pra bolivianos). Não usamos em nenhum momento cartões de crédito durante a viagem, pois o dólar estava oscilando muito. Conversão das moedas na época: R$1,00 ~ S/1,00 (soles) R$1,00 ~ B/2,00 (peso boliviano) US$1,00 ~ R$3,30 Deslocamentos: Ida de São Paulo (Guarulhos) a Lima e volta de La Paz a Guarulhos, voando de LAN/TAM. Os demais deslocamentos foram feitos em ônibus, comprados durante a viagem, não fiz nenhuma reserva de ônibus antecipado (contarei mais detalhes no decorrer do relato). Roupas e equipamentos: Viajamos em meados de Julho e voltamos em meados de Agosto de 2015, ou seja, pegamos época de inverno (se for nessa época pro Salar do Uyuni, esteja preparado pro friiiiio! – contarei melhor mais para frente também). Levamos duas mochilas Quéchua Forclaz, uma de 60L e outra de 50L, excelente custo benefício e mais que o suficiente para a viagem toda. Cada um levou mais uma mochila menor como bagagem de mão para pertences mais valiosos, como câmera fotográfica, celular, etc. De roupa, levamos duas calças underwear tipo legging que são ótimas para o frio, usamos todos os dias na Bolívia, e uma calça para colocar em cima dessa, duas camisas de manga curta, uma bermuda, duas blusas de manga comprida, uma tipo fleece e outra mais leve, uma blusa corta vento leve e uma blusa mais grossa impermeável, cachecol, gorro, luvas, roupa de banho, peças íntimas, meias e uma toalha de secagem rápida para cada. De calçado, apenas um chinelo, uma bota de trilha e um tênis casual. O que levamos foi suficiente, não sentimos falta de nada, mas tivemos que lavar algumas peças no meio do caminho. Levamos um saco de dormir cada um, da Quechua, mas acabamos usando bem pouco. Só usamos no Salar, quando estava muito frio. Máquina fotográfica: Canon EOS REBEL T3i e lente EF-S18-55mm e fotos de celulares, dois Moto G (1ª e 2ª Geração). Vacina: Teoricamente, você precisa estar com a vacina de febre amarela em dia para entrar na Bolívia. Entramos na Bolívia por Copacabana. A fronteira é bem bagunçada, e eles não conferem muito bem os documentos, mas por via das dúvidas e por questão de saúde, vacine. A vacina vale por 10 anos e vários países pedem essa vacina, então vale a pena. Vacinamos em São Paulo, foi muito fácil pra gente. Agendamos pela internet antes, acredito que também dá pra agendar por telefone, você só tem que ter o cartãozinho do SUS, se não tiver não tem problema, leve seus documentos e vão providenciar lá na hora. Tem vários postos espalhados pela cidade que fazem a vacina. Como agendamos, chegamos lá e nos vacinaram em 15 min, no horário marcadíssimo! Teve gente que chegou sem agendar e ficou esperando uma cara e ficou bufando na fila, não custa nada agendar né gente? Hospedagens: Fomos apenas eu e meu namorado Flávio. Sempre viajamos no estilo low cost, ou seja, comemos em restaurantes modestos e hospedagens baratas, barganhamos nos passeios e aproveitamos essas viagens pra descansar também nossos fígados e acabamos não bebendo muito para poder aproveitar bem os dias . A nossa única exigência nessa viagem foi pegar sempre quartos duplos para que pudéssemos descansar melhor durante a noite, alguns tinham até banheiros privativos, mas nem todos. Devido ao roteiro super longo e poucos dias disponíveis, reservamos todas as hospedagens antes pelo Booking.com, mas os pagamentos foram feitos somente no local. Roteiro: Lima - 2 dias Paracas - 1 dia Ica/Huacachina - 1 dia Cusco - 2 dias Inca Jungle (Machu Picchu) - 4 dias Cusco - 1 dia Arequipa - 1 dia Canyon del Colca - 2 dias Arequipa - 1 dia Puno - 2 dias Copacabana - 1 dia Isla del Sol - 1 dia Copacabana - 1 dia La Paz - 0 Uyuni - 1 dia Salar do Uyuni - 3 dias La Paz - 2 dias BOM, VAMOS AO RELATO DIA A DIA! 16 de Julho - 1° dia (LIMA): Pegamos um vôo de madrugada (03:00 da manhã), para que chegássemos em Lima de manhã e pudéssemos aproveitar o dia inteiro. Fomos de LAN/TAM, comprei as passagens com uns três meses de antecedência, os seguintes trechos: ida: Guarulhos - Lima e volta: La Paz - Guarulhos. Paguei na época por volta de R$3000,00 ida e volta com as taxas, para duas pessoas. O vôo foi tranquilo e estava vazio, mas ao meu ver a LAN vem caindo muito de qualidade, não serviram nenhuma opção de lanche vegetariano, comi apenas umas bolachinhas e eu passei fome :( Chegamos em Lima por volta de 07h30, e estava um trânsito caóóóótico pra sair do aeroporto! Era época de Fiestas Patrias (Festa de Independência) no Peru e várias ruas estavam fechadas para as paradas que iriam acontecer durante o mês. Pegamos um taxi que nos custou S/50,00 para ir do aeroporto até Miraflores, o bairro mais turístico de Lima, onde ficava nosso hostel. Fizemos o check in no hostel e fomos dar uma volta no bairro, é bem gostoso e cheio de opções de restaurantes e barzinhos, alguns parques e há um parque linear que percorre o litoral que liga Miraflores a Barranco. Entramos em um supermercado e compramos um choclo (milho gigante cozido), alguns salgadinhos e uma inka cola pra experimentar, foram S/10,50. Fomos ao famoso Parque do Amor, que achamos bem sem graça e descuidado. Depois fomos comer em um restaurante chinês (que lá eles chamam de "chaufa"), chamado "9 Dragones", em uma galeriazinha meio escondida. A comida tava bem gostosa e farta, comemos muito e saiu por S/28,00, uma refeição para duas pessoas com bebida. Vista do Circuito de Playas, em Miraflores: Miraflores, Lima by Denise K., on Flickr A tarde fomos comprar as passagens de ônibus para os trechos que iríamos fazer dentro do Peru. Pesquisamos antes sobre as empresas de ônibus pela internet e, por um aviso de um amigo nosso que havia viajado por lá antes e passou uns perrengues por economizar no ônibus, resolvemos ir com uma empresa um pouco melhor e mais bem estruturada. Foi um bom investimento já que, em diversos trechos super longos, fizemos as viagens noturnas e, em ônibus confortáveis, conseguimos descansar durante a viagem. Por essa razão, escolhemos a Cruz del Sur, que fazia todos os trechos que iríamos percorrer. O terminal é um pouco afastado de Miraflores, mesmo assim resolvemos ir a pé (mais ou menos 1h de caminhada, mas valeu a pena pra ir conhecendo a cidade). Chegamos lá e estava bem cheio, mesmo assim fomos atendidos bem rápido. Como eu já sabia os trechos que iríamos comprar, já sabia os valores e foi tudo sem complições. Logo no balcão, a atendente perguntou se havia algum vegetariano (e eu me senti nas nuvens, uau! Nem na LAN se importaram com o que eu iria comer!!), na compra da passagem vc já escolhe se quer menu vegetariano ou carne (e ainda dá pra escolher se quer frango ou bovina, se optar por carne). Passagens compradas, voltamos pro hostel e dormimos pois o dia havia sido longo!!! Hospedagem: Kusillus Hostel - Miraflores US$ 54,00 (duas noites) Quarto duplo com suíte, café da manhã incluso. Localização excelente, no centro de Miraflores, perto de restaurantes,etc, boa limpeza, café da manhã simples mas suficiente. 17 de Julho - 2° dia (LIMA): Acordamos tarde, tomamos café e fomos de ônibus passear pelo centro da cidade (S/2,40 por pessoa). No caminho, muito trânsito e caos (que assustou até a gente que mora em SP kkkk), os motoristas são bem loucos lá, principalmente os taxistas e motoristas de ônibus. Chegamos vivos no centro de Lima (ufa!), passeamos pela Plaza de Armas, que tem uma linda arquitetura colonial. Entramos em uma construção colonial linda, onde funciona a Casa de la Literatura Peruana, lá acontecem diversas exposições. Não me lembro, mas acho que não pagamos nada para entrar lá. Almoçamos um prato típico de lá em uma feira de rua, pedi uma adaptação vegetariana que no fim foi basicamente batata, legumes e arroz e um suco de chicha morada (feito com um milho roxo e especiarias como cravo e canela), é docinho e muito bom! Tudo saiu por S/22,00 para duas pessoas. Biblioteca Mario Vargas Llosa, Casa de la Literatura Peruana: Biblioteca Mario Vargas Llosa by Denise K., on Flickr La Catedral, Plaza de Armas: Plaza de Armas, Lima by Denise K., on Flickr A tarde compramos algumas coisas no supermercado para a viagem de ônibus no dia seguinte e à noite saímos para bebemorar as férias. Fomos de noite na Ponte dos Suspiros, em Miraflores, a pé mesmo, onde tem vários restaurantes legais e barzinhos, e muito movimento. Gastamos na comida e bebida S/32,00 para duas pessoas. Voltamos para o hostel para dormir cedo pois pegaríamos um ônibus pra Paracas no dia seguinte às 03:45 da manhã e chegarmos a tempo em Paracas para pegar os passeios às Islas Ballestas. Dia 18 de Julho - 3° dia (PARACAS): Dormimos até as 03h00 e depois pedimos um táxi no hotel (recomendo que não arrisque pegar táxi na rua de madrugada em Lima, muitos locais nos alertaram que há vários golpes e crimes contra turistas que pegam táxis na rua à noite). Chegamos ao terminal Cruz Del Sur quinze minutos antes do embarque para fazer o check-in e despachar a bagagem. O terminal da Cruz Del Sur em Lima, assim como em outras cidades que vimos, são super organizados e pontuais. No ônibus, serviram um lanchinho uma hora depois do embarque (sim, tem serviço de bordo nos ônibus da Cruz Del Sur) e havia água a vontade para os passageiros. Chegamos em Paracas por volta das 07h30 e fechamos, no próprio terminal de ônibus onde descemos, um passeio para as Islas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas que sairia por volta das 10h00 no mesmo dia, lá do terminal. O passeio saiu S/150,00 para duas pessoas, incluindo as entradas para a reserva (S/35,00 p/cada). Deixamos nossas mochilas no terminal mesmo, tomamos um café rápido (S/5,00) por lá e entramos na van que nos levaria até o porto de onde partem os barcos para as Islas Ballestas. Tivemos sorte pois, devido ao tempo e ao mar agitado, esse passeio estava fechado fazia quase uma semana e voltaram a operar no mesmo dia que chegamos. A ida é tranquila, mas o barco é bem veloz e venta muito, então leve uma blusa e óculos. São mais ou menos uns 40min de viagem até as Islas, no caminho há um geoglifo gigante de um candelabro (impressionante ). Ao chegarmos às Islas, não podemos descer em terra firme, então observamos os animais no barco mesmo, vimos leões marinhos, pinguins e várias especies de pássaros, dá até medo de ser batizado com um presente dos céus Um dos cais de onde saem os barcos para as Islas: Untitled by Denise K., on Flickr Geoglifo do Candelabro: Candelabro by Denise K., on Flickr Leão-marinho de buenas: Paracas by Denise K., on Flickr Estrutura abandonada próximo às Islas Ballestas: Paracas by Denise K., on Flickr Voltamos do passeio às Islas e a van nos levou até a Reserva Nacional de Paracas, um dos lugares mais desérticos do Peru. A formação rochosa é incrível, onde o deserto encontra o mar! Lugar lindo lindo lindo!! Reserva Nacional de Paracas: Untitled by Denise K., on Flickr Asa Delta na Reserva Nacional de Paracas: asa delta by Denise K., on Flickr Reserva Nacional de Paracas: Reserva Nacional de Paracas by Denise K., on Flickr Na própria reserva há alguns restaurantes que servem frutos do mar e peixes da região (e mais uma vez a vegetariana aqui ficou sem opção rsrsrs), acabei pedindo um prato adaptado com arroz, ovo frito e batata frita com uma saladinha que roubei do prato do Flávio. Os preços lá são altos em relação à média no país, esse almoço super simples saiu S/52,00 para duas pessoas. Voltamos para Paracas, pegamos nossas mochilas no terminal e fomos para o hostel Icthus, onde reservamos um quarto duplo sem banheiro privativo, mas pra nossa surpresa, nos colocaram num quarto super confortável com suíte e TV a cabo sem custo adicional Descansamos muito pois no dia seguinte seguiríamos viagem para Ica para ver as dunas de Huacachina!!! Hospedagem: Icthus Hostel - Paracas S/ 65,00 (uma noite) Quarto duplo com suíte, café da manhã incluso. Atendimento excelente, a dona do hostel é super prestativa e bondosa, boa limpeza, café da manhã simples mas suficiente. 19 de Julho - 4° dia (ICA/HUACACHINA): Acordamos tarde, tomamos o café da manhã (muito bom! :'> ), e fomos dar uma volta pela cidade (não tem naaaada pra fazer lá rsrsrs), entramos em uma vendinha e compramos algumas coisas para comer e fomos ao terminal para pegar o ônibus da Cruz Del Sur que sairia por volta das 13h00. A viagem é bem rápida, menos de 2h, e chegamos em Ica umas 15h00 mais ou menos. Chegando em Ica, pegamos um taxi, que mais parecia um bug, até Huacachina (S/8,00), onde nos hospedaríamos. Como já disse, os motoristas lá são bem loucos, ele corria e fazia ultrapassagens perigosas , mas chegamos bem. Fomos direto ao hostel Sunset que reservamos com antecedência, para deixarmos as mochilas. Mais uma vez, havíamos reservado quarto duplo sem banheiro privativo e fizeram um upgrade do nosso quarto para uma suíte sem custo adicional, já estava começando a gostar desses hostels peruanos! Deixaram até uns sabonetinhos com o meu nome pra me agradar Fomos almoçar, estávamos mortos de fome. Lá em Huacachina encontrei bastante opção vegetariana, em todos os restaurantes havia essa preocupação. Comemos um hamburguer vegano delicioso, com bebida, para duas pessoas, deram S/48,00 (achei um pouco caro pros preços médios do Peru, mas nada como uma boa comida vegana!) Depois da digestão feita, resolvemos encarar uma subida às dunas. Acreditem, é cansativo. Andar na areia já é dificil, imagina subindo . Mas não desistimos e chegamos ao topo. Lá dá pra ver toda a cidade de Ica e mais além e vale cada esforcinho, porque a vista é linda! O jeito mais fácil de subir é ir de bug e também dá pra alugar equipamentos pra fazer sandboard, não fizemos pois precisávamos economizar . Vista de cima das dunas: Huacachina by Denise K., on Flickr Vista de cima das dunas: Huacachina Dinosaur by Denise K., on Flickr Vista de cima das dunas: Untitled by Denise K., on Flickr Jantamos em um restaurante bem bacaninha um prato delicioso com massa e aspargos e bebemos o famoso pisco sour peruano, o jantar para dois com bebidas ficou em S/48,00. Hospedagem: Hostal Sunset - Huacachina US$ 36,00 (uma noite) Quarto duplo com suíte, café da manhã incluso. Atendimento legal, quartos limpos, café da manhã simples mas no capricho, nos deixaram fazer check out tardio, para que pudéssemos tomar banho e descansar antes de pegar a estrada de novo pra Cusco. 20 de Julho - 5° dia (ICA/HUACACHINA): Acordamos tarde e fomos tomar café, depois aproveitamos o último dia em Huacachina. Andamos pelo lago, e realmente é muito pequena a vila, um dia lá é o suficiente pra ver tudo. Huacahina: Huacahina by Denise K., on Flickr Huacachina: Huacachina by Denise K., on Flickr Almoçamos uma pizza em um restaurante bem legal (lá tem muitos restaurantes bons) o almoço saiu por S/31,00 com bebidas, para duas pessoas. Antes de irmos à Ica novamente para enfrentar a longa viagem pra Cusco (seriam mais de 17h de ônibus), passamos em um café para descansar e tomar um café da tarde, que saiu por S/31,00. Compramos umas lembrancinhas em uma feirinha que tem por lá (S/17,00) e seguimos de táxi ao terminal do Cruz del Sur (S/10,00). O terminal estava bem cheio e o ônibus acabou atrasando quase uma hora para sair. Finalmente, às 19h30, saímos de Ica rumo a Cusco e uma longa noite e viagem pela frente!! Eu já tomei um dramin antes de entrar no ônibus porque eu passo muito mal em longas viagens de ônibus assim, e já fui precavida ãã2::'> . Pegamos a classe executiva que não saia muito mais cara que a normal e é muuuuuito confortável!!! Os assentos são leito e cada um tem uma tevêzinha individual com vários filmes, músicas e até ebooks para ler. Tinha travesseiro e cobertor e durante a viagem serviram 03 refeições completas, todas com opções vegetarianas. Valeu a pena! Editado Abril 9, 2016 por Visitante Citar
Membros MariEntringer Postado Março 29, 2016 Membros Postado Março 29, 2016 Está ficando muito legal seu relato Poderia me informar o custo total da viagem? Ah, outra dúvida, esses ônibus da Cruz del Sur tem banheiros? Citar
Membros deniseka Postado Março 29, 2016 Autor Membros Postado Março 29, 2016 Está ficando muito legal seu relato Poderia me informar o custo total da viagem? Ah, outra dúvida, esses ônibus da Cruz del Sur tem banheiros? Oi Mari! Que bom que está gostando! É a primeira vez que estou fazendo um relato aqui e tô me divertindo muito Então, no total, calculei algo em torno de R$4800,00 por pessoa, incluindo tudo! Em dólares com a cotação da época, seria aproximadamente US$1450,00, considerando que ficamos em quartos privativos, achei que foi um valor bom. Os ônibus da Cruz del Sur que peguei, todos tinham banheiros sim, e eles param em alguns lugares, alguns meio podrão, para o pessoal usar. Dependendo, o banheiro do ônibus é até melhor rsrsrs. Citar
Membros MariEntringer Postado Março 30, 2016 Membros Postado Março 30, 2016 Também achei bem em conta! Que bom, pois faço minha viagem em Julho, e fico super na dúvida do quanto levar, mas lendo o relato de vocês eu fico mais tranquila Nessa época do ano você pegou um frio considerável ou insuportável? Agora, banheiro é uma tristeza pra mim, ainda mais que vou o tempo todo hahahaha Li relatos que na Bolívia é bem precário (medo). Citar
Membros deniseka Postado Março 30, 2016 Autor Membros Postado Março 30, 2016 Também achei bem em conta! Que bom, pois faço minha viagem em Julho, e fico super na dúvida do quanto levar, mas lendo o relato de vocês eu fico mais tranquila Nessa época do ano você pegou um frio considerável ou insuportável? Agora, banheiro é uma tristeza pra mim, ainda mais que vou o tempo todo hahahaha Li relatos que na Bolívia é bem precário (medo). Mari, Qual será seu roteiro? No Peru eu achei que seria mais frio, mas só no Machu Picchu, e bem de manhãzinha, fez frio. Nos outros dias, em alguns lugares, fez até calor. Mas na Bolívia era bem frio, principalmente no Salar do Uyuni (chegamos a pegar um dia com -15°C de sensação térmica!!! ). No Salar venta muito , e pegamos no último dia uma tempestade de areia que não dava nem pra sair do carro. Quanto aos banheiros, no Peru tem vários sanitários públicos nas ruas, onde vc paga S/1 e pode usar, alguns não tem nem descarga e tem que ser na base do baldinho hehehe. Na Bolívia, os banheiros são bem piores! Principalmente no Salar, passei alguns apuros. Tinha uns banheiros que era só um buraco no chão De qualquer forma, carregue sempre um pacotinho de lencinho umidecido e um rolo de papel higiênico hehehehe Citar
Membros quel.teixeira Postado Março 30, 2016 Membros Postado Março 30, 2016 Capricórnio + detalhes = mto amor! rs Tô adorando o relato! Vou agora em junho, e estou torcendo pra que consiga absorver o máximo dele até minha partida! rs Tô sofrendo um pouco com isso de quartos duplos X valores...tem casos que triplica! O Sunset tá na minha lista; que bom saber q foi ok e q pode rolar uns upgrades! hehe Uma dúvida, se vc puder fazer a gentileza de adiantar: qual o valor que vcs pagaram na Inka Jungle? Como estamos finalizando essa parte de orçamento, queria saber se posso considerar! Desde já mto obrigada! :'> Citar
Membros MariEntringer Postado Março 30, 2016 Membros Postado Março 30, 2016 Eu vou fazer Bolívia/Chile e Peru. Minha nossa senhora, medo dos banheiros rs! A bota que você levou, machucou em algum momento o seu pé?! Citar
Colaboradores vanessa.snobre Postado Março 30, 2016 Colaboradores Postado Março 30, 2016 Que massa! Preciso ver teu relato todo. rsrs Vou em maio, e também farei a Trilha Jungle (Ou a Salkantay). Já pra adiantar: Quanto você pagou na trilha? Bjos. Citar
Membros deniseka Postado Março 30, 2016 Autor Membros Postado Março 30, 2016 (editado) CONTINUANDO O RELATO... 21 de Julho - 6º dia (CUSCO): Depois de muuuuitas horas de viagem, chegamos a Cusco por volta das 16h, muito cansados. Como eu disse, passo muito mal durante viagens de ônibus longas e nessa não foi diferente, as últimas 5h de viagem foram um tormento, não via a hora de chegar logo . O Flávio, ao invés de me fazer companhia, foi dormindo do início ao fim da viagem Quando finalmente chegamos, eu já estava zonza de tanto ônibus ãã2::'> . Pegamos um táxi (S/14,00) do terminal até o Hostel Pumacurco, que já havíamos reservado pelo Booking. Ele fica numa ruazinha com escadaria, acessível apenas para pedestres. Fizemos o check in no hostel e saímos para comer alguma coisa. Já estava tarde para almoçar, então não haviam muitos restaurantes abertos. Fizemos um “almojanta” em um restaurante chamado “Las Mustas”. Comemos uma massa, que não tinha nada de mais, mas como estávamos mortos de fome, parecia um banquete. A refeição saiu S/36,00 para nós dois. Depois fomos dar uma volta antes de retornar pro hostel e descansar. Entramos em um café e tomamos um mate de coca com uma sobremesa (S/13,00), o mate de coca é muito bom pra ajudar na aclimatação da altitude. Eu já estava sentindo as consequências da altitude: dor de cabeça e um pouco de tontura, por isso corri pra uma farmácia para comprar a famosa Sorochi Pills (para mal de altitude), foi uns S/6,00 uma cartela com 6. Como eu já havia passado por uma má experiência antes por causa de altitude no Atacama, no Chile (apaguei, passei mal, mas isso eu conto uma outra vez ), estava com medo de estragar de novo nosso rolê, então agi antes que o pior acontecesse . Andamos mais um pouco pela Plaza de Armas, mas logo um chamado da natureza chegou e voltamos correndo pro hostel. Era o primeiro desarranjo intestinal que a gente passava (em toda a viagem eu passei por três e o Flávio, por duas) . Agora não sabemos exatamente o que foi, se foi a comida ou o suco que tomamos, ou os dois . Aliás, essa é uma dica importante: evite tomar sucos naturais ou qualquer coisa feita com água sem que esta seja fervida. Água, de preferência mineral de garrafinha fechada! Mais tarde, no começo da noite, já estávamos melhor e saímos pra procurar um pacote de trilha pro Machu Picchu. Havíamos pesquisado antes pela internet e estávamos em dúvida entre três opções: Salkantay, Lares Trek ou Inka Jungle. O Camino Inka original já não tinha vagas. Para você fazer essa trilha, precisa reservar com muitos meses de antecedência e pagar uma pequena fortuna (algo em torno de US$ 700,00 em alta temporada, época que fomos). Então fomos perguntar em várias agências os preços e o que recomendavam. Pelo que entendi entre as três opções que pensamos: 1- Salkantay: é a que tem as paisagens mais bonitas, ela percorre um caminho mais selvagem, com nevados, matas fechadas, rios e riachos, mas é a que mais exige do condicionamento físico da pessoa. A trilha clássica é de 5 dias e 4 noites, mas tem versões mais curtas de 4d/3n, e é na base de camping. No inverno as temperaturas chegam facilmente abaixo de 0°C, então acampar pode ser mais difícil por essa razão. Achamos valores entre US$350 e US$600,00 p/pessoa. Por causa principalmente do valor, não optamos por essa. 2- Lares Trek: ainda é uma trilha recente, não tem muita procura. Dessa forma, poucas agências fazem esse tour. Encontramos poucas que fariam, mas seria de forma privativa, ou seja, iria apenas nós dois com um guia, devido justamente à falta de procura. De longe, essa era a minha favorita, pois faz um percurso de 4d/3n que, além de lindo, também é muito diferente dos demais por ser menos turística e você pode conviver durante esses dias com as famílias que moram por lá e comer com eles, pois as bases de camping são nas propriedades das famílias. Enfim, era a opção mais cultural de todas. O valor estava bem alto, o mais barato que achamos estava em torno de U$400,00/pessoa, então também acabamos desistindo dessa opção devido aos valores. 3- Inca Jungle: tem muita procura, e era a mais barata. Ela tem diversas atividades, não só o trekking. Depois de pesquisarmos em várias agências, conseguimos o valor de US$520,00 p/ os dois, ou seja, US$260,00 p/ pessoa, na agência Action Machu Picchu (falamos com o Adrian). A agência é muito pequena e no começo ficamos um pouco desconfiados, é uma portinha que divide espaço com uma lojinha de variedades e uma casa de câmbio, tudo no mesmo espaço! Mesmo assim, pelo preço, resolvemos arriscar, fechamos um pacote que incluía: - traslado de van (IDA) de Cusco até início da trilha; - traslado de van (VOLTA) de Ollantaytambo para Cusco; - entradas para o Machu Picchu (sem Huayna Picchu); - refeições e hospedagens todos os dias; - passagem de trem (VOLTA) de Aguas Calientes a Ollantaytambo. Combinamos que nos encontraríamos em frente à agência às 9h00 no primeiro dia para pegar a van. A agência nos entregou no dia as passagens de trem. Só havia horário disponível às 14h30, um dos primeiros horários, então sobraria menos tempo para ver o Machu Picchu e não daria para subir o Huayna Picchu. As entradas para o Machu Picchu foram entregues depois pelos guias. Pagamos e depois voltamos pro hostel e fomos dormir. Hospedagem: Hostel Pumacurco - Cusco US$ 29,00 (duas noites) Quarto duplo com suíte, sem café da manhã. A dona do hostel é meio atrapalhada, mas gente boa . A limpeza deixa a desejar, as roupas de cama tinham pêlos de animais (acho que dos cachorros dela ) e o quarto cheirava mofo. O chuveiro não esquentava direito e em Cusco faz muito frio, não dá pra tomar banho gelado, passamos nervoso com o chuveiro diversas vezes. Ainda tinha outra, eles desligavam o aquecedor do chuveiro entre 20h00 e 06h00, ou seja, quando estava “funcionando”, não esquentava e ainda tinha restrição de horário! A localização é boa, a uma distância de 500m da Plaza de Armas, mas acredito que tenham hostels bem melhores por aí pelo mesmo preço. 22 de Julho - 7º dia (CUSCO): Resolvemos tirar esse dia para visitar alguns museus e depois descansar porque no dia seguinte iríamos começar a trilha. Logo que acordamos, deixei algumas roupas com a dona do hostel para ela levar para uma lavanderia, pagamos S/15,00 para lavar quase todas as peças que levamos. Fomos tomar café fora pois nosso hostel não oferecia café, entramos em uma padaria simpática e pedimos um pão recheado e um café com leite para cada que saiu por S/8,00 para os dois. Após o café, saímos em busca de informações sobre os museus, eu queria visitar a Catedral de Cusco, a principal construção na Plaza de Armas, então fomos primeiro lá. Nos informaram que existe um bilhete que dá pra visitar vários museus, então compramos esse ingresso (a tarifa de estudante é S/15,00 por pessoa), chama-se CRA (Circuito Religioso Arzobispal), e inclui entradas para: Catedral Templo del Triunfo Templo de la Sagrada Familia Templo de San Blas Templo de San Cristóbal Museo Arzobispal Boleto do CRA: A Catedral é, sem dúvida, a mais completa e que demanda mais tempo de visitação. Na entrada, recebemos um audioguide para acompanhar a visitação. A arquitetura barroca da parte interior da igreja é impressionante, todos os elementos tem ornamentos detalhados, em toda a igreja há muita prata e ouro e a explicação histórica do audioguide é super completa. Catedral de Cusco: Cuzco by Denise K., on Flickr Catedral de Cusco: Cuzco by Denise K., on Flickr Depois, seguimos visitando as demais igrejas, e finalmente chegamos na última igreja do circuito, o Templo San Cristóbal, que está localizada em um cerro mais alto com vista para a Plaza de Armas. Não é tão majestosa como as demais, mas é super simpática e tem a escala perfeita. Dá para subir na torre e tem uma vista super legal da cidade. Essa é a vista que se tem na praça do Templo San Cristóbal: Plaza de Armas - Cuzco by Denise K., on Flickr Torre do templo San Cristóbal: Templo de San Cristóbal, Cusco by Denise K., on Flickr Depois de visitarmos os museus, fomos andar pelas diversas feiras de artesanias que tem em Cusco. Andando pela Plaza de Armas, às vezes nos sentíamos bem incomodados pois, a toda hora, havia alguém querendo nos vender um tour, um artesanato, insistentemente. Algumas vezes ficávamos mesmo indignados e tristes pois muitas crianças passavam o dia todo na rua trabalhando, vendendo alguma coisa ou posando com llamas e alpacas para tirar fotos com turistas, realmente triste! Ruas de Cusco: Por las calles de Cusco by Denise K., on Flickr Já no final da tarde, passamos no Mercado Municipal de Cusco. É muito interessante e bem grande. Vende-se de tudo lá: desde artesanato, frutas, ervas locais e até refeições. Só não arriscamos comer por lá pois ainda estávamos nos recuperando do primeiro desarranjo e no dia seguinte iríamos começar a trilha e a gente precisava estar 100% Mercado Municipal de Cusco: Mercado municipal de Cusco by Denise K., on Flickr Passamos em um supermercado e compramos algumas coisas para levar na trilha no dia seguinte: bolachinhas, amendoins e castanhas, barrinhas de cereal, frutas e 2l de água para cada. Voltamos para o hostel para descansarmos e recarregarmos as energias pro dia seguinte! Peguei as roupas que havia mandado pra lavanderia e estava faltando umas peças minhas e um par de meias do Flávio, mas resolvemos não correr atrás. Arrumamos as nossas coisas, separamos nas mochilas menores o seguinte: - algumas peças de roupa pra levar na trilha, recomendo levar uma camiseta dry-fit, bermuda, uma blusa corta vento leve, uma calça e uma blusa um pouco mais quentinha, peças íntimas e uma boa meia para usar com a bota para não dar bolhas; - itens de higiene pessoal (escova e pasta de dentes, protetor solar e repelente - importante!!! - lencinhos umedecidos e papel higiênico); - chinelo; - remédios (recomendo que levem pelo menos aspirinas para dor de cabeça e dor de estômago, band-aids, e as famosas Sorochi Pills); - câmera; - dinheiro (só usamos para comprar água no meio do caminho, o resto estava tudo incluído); - documentos. As mochilas maiores deixamos no hostel pois voltaríamos lá de novo depois da trilha. Passei frio e nervoso com o chuveiro do hostel de novo, a água esquentava muito e do nada esfriava , mas consegui terminar o banho, depois fomos dormir pra começar chique o dia seguinte Editado Abril 4, 2016 por Visitante Citar
Membros deniseka Postado Março 30, 2016 Autor Membros Postado Março 30, 2016 Capricórnio + detalhes = mto amor! rsTô adorando o relato! Vou agora em junho, e estou torcendo pra que consiga absorver o máximo dele até minha partida! rs Tô sofrendo um pouco com isso de quartos duplos X valores...tem casos que triplica! O Sunset tá na minha lista; que bom saber q foi ok e q pode rolar uns upgrades! hehe Uma dúvida, se vc puder fazer a gentileza de adiantar: qual o valor que vcs pagaram na Inka Jungle? Como estamos finalizando essa parte de orçamento, queria saber se posso considerar! Desde já mto obrigada! :'> Oi Quel, tudo bem? Fico feliz que esteja gostando do relato! Sim, é bem difícil achar quartos com valores legais, tem que procurar bastante, eu reservei tudo pelo Booking, nenhum deu problema! Acabei de postar a segunda parte do relato, onde eu coloco os valores da trilha, dá uma olhadinha lá!!! Beijos Citar
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