Colaboradores Viajante Inveterado Postado Maio 26, 2016 Colaboradores Postado Maio 26, 2016 Impossível falar em Liverpool sem lembrar do quarteto mais famoso da cidade, correto? Corretíssimo! Quem vem para Liverpool com certeza sabe que este é o berço dos Beatles e, para não passar despercebido e entrar de cabeça na atmosfera, cheguei usando uma camiseta da banda. She loves you, yeah, yeah, yeah! Ao desembarcar do trem, meio desorientado, o que encontrei foi uma cidade fria, de céu acinzentado. Com um mapa na mão, tomei um ônibus até o albergue. Com a ajuda do motorista desci no ponto certo mas, após algum tempo caminhando, percebi que seguia para o lado errado. O frio e o peso da mochila não toleram erros. Cheguei cansado ao albergue, mas me surpreendi com a recepção e com a estrutura do local. Em hipótese alguma o ambiente parecia com os outros albergues que eu já havia me hospedado. Epstein House é hotel/albergue muito agradável. Bonito, limpo, bem decorado, com TV nos quartos e banheiro privativo, o espaço ainda guarda memórias incríveis. A bela casa pertenceu ao pai de Brian Epstein, ex-empresário dos Beatles que morreu de overdose em 1967. Como se pode imaginar, o local é temático e possui os ambientes repletos de memorabilia, fotos, pôsteres, e discos espalhados pelas paredes. O atendimento também é um ponto alto; o senhorzinho responsável pelo albergue, sempre atento, faz questão de sanar todas e quaisquer dúvidas dos seus hóspedes – o que, às vezes, pode tomar mais tempo que o necessário! Mas talvez ele estivesse apenas precisando conversar, pois naquele dia, eu era o único hóspede! No centro da cidade, comecei as visitas pelo célebre Cavern Club, marcado na história com a primeira apresentação do quarteto formado por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. A casa foi palco de quase 300 shows da banda, além de receber outros nomes clássicos do rock, como Queen e The Rolling Stones. Vale lembrar que o local original ficava a alguns metros dali e foi demolido – o que existe hoje é uma réplica fiel. Era uma quinta-feira pacata e não havia muita gente circulando. Resolvi tomar um chope no Cavern Pub e um casal de idosos escoceses puxou assunto. Conversamos tanto que eles me deixaram até o endereço caso eu quisesse visitá-los. Em uma viagem assim – quando se está sozinho – é sempre ótimo encontrar pessoas simpáticas e prestativas, dispostas a ajudar. Continuando meu passeio, cheguei a Albert Dock, uma área portuária completamente revitalizada, com diversas opções gastronômicas, de compras e culturais. Lá também tem outra atração para os beatlemaníacos: Beatles Story – uma fantástica viagem no tempo por meio de um museu interativo que conta a meteórica trajetória de Ringo, Paul, John e George. Já terminando o dia, passei pelo Royal Liver Building, comprei meu jantar e segui para o albergue. No caminho, desci em frente ao estádio do Liverpool, bem próximo ao albergue. Após uma ótima noite de sono, pulei da cama às 7h para finalizar meu roteiro na Inglaterra. Fui até a moderna Catedral Metropolitana, com cara de oca indígena futurista, e depois visitei a gigantesca Catedral de Liverpool que é a catedral mais comprida do mundo, com 189 metros – perde apenas para a Basílica de S. Pedro, no Vaticano, que, no entanto, não é uma catedral. Aproveitei o tempo para tomar o meu café da manhã (sim, há um Café dentro da igreja): chocolate quente e sticky toffee cake – enquanto aguardava a abertura de sua torre. Após pegar o elevador e subir alguns lances de escada, cheguei ao topo. O vento soprava forte e o frio estava impiedoso naquela manhã, mas nem o mau tempo foi capaz de impedir que eu curtisse as belas paisagens de Liverpool vistas do alto, de onde as casas e telhados vermelhos da cidade mais pareciam miniaturas. Concluindo a visita pela cidade dos Beatles (acho que posso me referir assim), passei rapidamente por China Town, voltei ao albergue, peguei as mochilas e, de volta à Queen Square (no centro), segui para a estação, de onde começaria mais uma longa jornada: trem de Liverpool para Chester e depois para Holyhead (País de Gales), onde pegaria um ferry para a capital irlandesa, Dublin. Apesar de longa, a viagem foi agradável. As paisagens do País de Gales – diga-se de passagem – são impressionantes e o ferry é um espetáculo à parte. Leia o post original com fotos: http://viajanteinveterado.com.br/a-cidade-dos-beatles-liverpool-inglaterra/ Este é o 12º post da série Mochilão na Europa I (28 países) Leia o post anterior: A capital menos conhecida do Reino Unido (Cardiff, País de Gales) Leia o post seguinte: Na terra dos Leprechauns (Dublin, Irlanda) Citar
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