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De Curitiba a Ushuaia com uma Ranger CD 2.5 diesel.


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12º, 13º, 14º Dia – Ainda em Comodoro Rivadavia 08/01/13

 

Passamos domingo, segunda e terça sem ter o q fazer, só esperando o conserto da caixa.

A carcaça teve de ser trocada por não ter mais jeito de se consertar.

Fomos na oficina e eles falaram que talvez amanhã tudo esteja pronto até a noite… Talvez…

O jeito foi ficar navegando na internet e vendo filmes em espanhol.

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15º, 16º, 17º, 18º dia – 12/01 – Comodoro Rivadavia a Rio Gallegos. 778 Km

 

Após a entrega da Ranger na sexta feira a noite tentamos iniciar a viagem no sábado pela manhã as 8:00 h. Eu disse tentamos pq logo a uns 5 km ainda dentro as cidade sentimos cheiro de óleo queimado novamente. Parei e tio o Mario olhou em baixo da caminhonete, tinha óleo pingando novamente…

Voltamos ao lubricentro do Luciano em Comodoro. Ficamos esperando até as 9:00 h para que abrissem a oficina e nos atendessem. Olha daqui, reaperta dali continuou a pingar óleo, mas em menor quantidade. O Meca nos garantiu que poderíamos tocar, só que teríamos de verificar o nível de óleo da caixa de vez em quando!!! ::vapapu::

A vontade de sairmos dali era tanta que resolvemos seguir. Continuamos as 10:00 h da manhã. Seguimos mais 160 km de paramos em Fitz Roy para verificar. Parecia q tinha vazado muito. Tentamos abrir a tampa da caixa para verificar e nossa chave de boca acabou por espanar a ponta do parafuso e não conseguimos abrir a joça. Tocamos pra uma cidadezinha com uns 500 habitantes chamada Jaramillo. Bem na hora da siesta… Não havia quase ninguém na rua. Rodamos as 10 quadras da cidade e achamos uma porta de garagem aberta. La dentro era uma oficina de montagem de motor home!!! No meio daquele nada!!!

O rapaz da oficina nos deu uma força para (depois de muito esforço) conseguir retirar a tampa da caixa de óleo. Apesar de parecer q tinha vazado muito recolocamos apenas uns 150 a 200 ml. Após retirar o parafuso da caixa ele ainda fez o favor (sem cobrar nada) de soldar uma porca sobre a porca da tampa de óleo q estava arredondada.

Tocamos A Ranger mais uns 490 km e paramos em Puerto San Julian. Fomos num lubricentro e completamos óleo. Mais uns 500 ml.

Segui tocando até Comandante Luiz Piedrabuena (mais 120 e poucos km). Ali paramos e resolvemos aproveitar a luz do sol, que se põe bem tarde por aqui, para seguir até Rio Gallegos (mais 240 Km). Chegamos as 23:00 h e estava bem no início da noite quase q completamente escuro. Seguimos para uma hospedaria (q não lembro nem o nome) indicada por um taxista onde estamos no momento. Um lugar simples e sem banheiro no quarto, mas como estávamos muito cansados resolvemos ficar.

Olhei pela manhã embaixo da Ranger e está uma baita poça de óleo. Como era domingo nada estava aberto. Ou seja, teremos de completar o óleo e seguir do jeito q dá. Na segunda feira em Ushuaia vemos o q podemos fazer.

E a saga continua… 15 dias perdidos de viagem e agora ou vai ou racha, ops, já rachou antes… Bem vamos assim mesmo…

 

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Editado por Marcelo Manente
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19º dia – 14/01 – Rio Gallegos a Ushuaia - 569 Km

 

Finalmente conseguimos fazer a última etapa da viagem de ida.

Saimos tarde de Rio Gallegos pq dormimos demais. Procuramos um lubricentro para recolocarmos óleo na caixa de marchas da Ranger antes de partir para Ushuaia. Como não encontramos, procuramos uma calçada mais alta para colocar a caminhonete e podermos entrar em baixo.

Depois de recolocado cerca de 1 litro de óleo seguimos para a fronteira com o Chile as 10:00 h.

A fronteira da Argentina com o Chile tem uma aduana integrada, mas não esperem agilidade nisso, é um saco.

Uma dica, ao chegar na aduana não estacione no fim da fila de carros. Esta não é a fila de entrada é apenas um estacionamento, portanto se vc estacionar mais a frente não tem crise. A fila mesmo começa dentro da estação aduaneira (2013, pode ter mudado). Tem que preencher duas fichas que não são longas, não adianta vir com os documentos preenchidos do Brasil pq vc vai ter q entrar na fila da mesma maneira. E fique atento, tem uma fila só pra quem vai de ônibus que quase se mistura com a que se tem dos q vão de carro. São 5 passos para se passar lá dentro, 5 carimbos em uma ficha e na frente dos guichês tem a numeração dos passos.

Passado o tramite seguimos para o ferryboat de Punta Delgada – Chile. Neste ponto a travessia é bem rápida, acredito que não mais de de 20 minutos. Tempo de tirar fotos, comer um Pancho (hotdog deles) com um café e cumprimentar os dois únicos carros de brasileiros q estavam no barco.

Passado o ferry tem um pequeno trecho de uns 40 km de asfalto e depois cento e tantos kms de ripio… O rípio, para quem não sabe, nada mais é que uma estrada cascalhada com seixos ao invés de pedras como no Brasil. Não chega a ser ruim, mas é um saco. Se eu vier até aqui outra vez será de avião. Ainda bem q o resto da viagem compensa.

Na saída do Chile para a Argentina de novo tem mais tramite aduaneiro, mais fila, mas sem papéis a preencher. Mais tempo perdido, até pq as aduanas Chile/Argentina aqui são separadas. Então, pega fila em uma, sai e roda um pouco e mais a frente pega fila em outra…

Entrando na Argentina de novo volta o asfalto graças a Deus. A estrada segue normal até perto do mar quando se chega a Rio Grande onde é necessário entrar na cidade para abastecer. Desta vez quaaase ficamos sem combustível (apesar q tínhamos no galão). Quando parei no posto a Ranger estava engasgando de falta de diesel!!!! Após abastecer tive de bater várias vezes na partida até sair o ar do sistema e a Ranger pegar novamente.

Dica: NÃO HÁ posto de combustíveis na saída de Rio Gallegos e dali até Rio Grande, portanto se vc não abasteceu ali pode ficar na estrada. (esta parte do relato eu quero retificar pois eu não sabia: na verdade tem posto na pequena Cerro Sombrero, na parte chilena da ilha, só aceitam pesos chilenos. E tbm ao lado da aduana de reentrada na Argentina tem um posto, só que como era domingo ele estava fechado no dia que passamo)

Depois de Rio Grande são mais 220 Km até Ushuaia e estes kms são os mais empolgantes de toda a viajem até agora. É aquilo que faz valer todo o sacrifício e desgaste.

A estrada segue para o paso Garibaldi, uma estrada sinuosa por entre lagos (Fagnano e Escondido) que serpenteia na beira das montanhas com seus picos salpicados de branco aqui e ali. É tudo aquilo que sempre sonhei. Aquilo que me fascinou a 5 ou seis anos atrás e que me fez planejar a 3 anos a viajem.

É um tal de para aqui e para ali para tirar fotos… e o frio começou a pegar, coloquei uma blusa e um casaco para me acompanharem até a cidade. Fomos chegando na cidade e o visual dos picos nevados ao fundo da cidade é demais. São imagens que ficarão até o fim de minha vida comigo. Algo que fotos não podem traduzir.

Chegando a cidade fomos ao centro de informações turísticas e as 21:01 ele estava fechado, um minuto depois do horário de encerramento. Graças a Deus a moça da porta pelo menos me deu a informação de que havia lugar numa hospedagem meio afastada da cidade. Fomos até lá na Hospedage Mayi, nos instalamos e fomos dormir tarde da noite depois de um gostoso CupNudles.

 

::otemo::::otemo::::otemo::

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20º dia – Ushuaia – 15/01/13 Ushuaia 100 Km

 

Quebrar o carro uma vez e parar por 7 dias = R$ $.$$$,00

Quebrar o carro uma segunda vez e ficar mais 7 dias parado= R$ $.$$$,00

Continuar rodando e completando o óleo da caixa= R$ $.$$$,00

Acordar em Ushuaia………

Não tem preço.

 

Acordamos e fomos ao desayuno (café da manhã). Lá nos informamos com o dono da pousada sobre o passeio de barco pelo canal de Beagle. Ele nos falou que partiria as 10:30 h e que o preço com desconto q ele conseguia era de 210, ante o preço original de 270 pesos.

Como só sairíamos as 10:30 fomos primeiro a um lubricentro para trocar o óleo do motor e filtros e tbm completar o óleo da caixa. Estava faltando quase 2 litros!!! Deixamos a Ranger lá e fomos pro porto esperar o catamarã.

O valor da taxa de embarque é de 10 pesos. Fizemos um passeio pequeno pela baia em volta de uns arquipélagos que tem ninhos de pássaros e tbm tem algumas focas e/ou lobos marinhos. Além disso rolou uma passagem em volta de um farol. Um passeio interessante e gelaaaaaaaaaado. O visual da cidade vista de longe e do canal com suas montanhas nevadas é maravilhoso. No barco ouviam-se conversas em muitas línguas diferentes como alemão, inglês, italiano, japonês (ou chinês, coreano sei lá) espanhol e é claro o português em pequena quantidade. Voltamos as 13:30 h.

Após o passeio fomos dar um role no centro para ver se eu cambiava uns reales, mas o valor estava baixo e não troquei. Não achei quem fizesse cambio a não ser na casa de cambio oficial que pagava apenas 2,2 pesos por real. Nas lojas o real vale 2,5 pesos (2013), mas apenas se vc for comprar alguma coisa. Depois fomos buscar a Ranger.

Em seguida rumamos ao Parque nacional da Terra do Fogo, cuja entrada custava 60 pesos para os residentes no mercosul. Fomos até o famoso final da Ruta 3 na Baia Lapataia onde tiramos uma das fotos mais clichês deste lugar: ao lado da placa que diz que é o final da ruta 3. O visual da estrada do parque tbm é demais, passeamos lentamente entre florestas densas, lagos , o mar e riachos de degelo. Muitas fotos por todo o caminho. Eis que no meio da estrada surge uma raposa passeando tranquila, como que posando para fotos que mais tarde vou postar. Depois, fomos a um centro de turistas do parque onde tomei a cerveja mais cara da minha vida. Era uma Quilmes de 355 ml que custou 27 pesos!!!!!!!!!!!!!! (não façam como eu de esquecer de ir ao posto de correio e carimbar o passaporte na baia Ensenada)

Após o passeio no parque fomos ao Glaciar Martial, mas o teleférico que leva até o Glaciar estava “roto”, ou estragado. Eu não quis enfrentar sozinho (o tio estava mal das pernas), uma caminhada de 2 km morro acima. Bem pelo menos rendeu umas belas fotos.

Voltamos a cidade e fomos fazer compras no supermercado LA Anonima e passear no novo shopping da cidade (aqui chamado de Paseo) que parece grande por fora, mas tem poucas lojas por dentro.

 

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21º dia – 17/01 – Ushuaia a Rio Grande - 211 Km

 

Hoje acordamos mais tarde e felizes de tudo o que vimos e presenciamos. Tivemos problemas na viajem, mas tudo o q vimos nestes 2 dias compensaram o cansaço, o medo, a raiva, a frustração e tumo o mais q tivemos.

Resolvemos fazer o deslocamento de hoje curto para sentir como está a Ranger. Como já tínhamos completado o óleo resolvi tentar um conserto com epóxi pra ver se ajudava a conter o vazamento. Seguimos pra uma gomeria (borracharia) e pedimos emprestado o fosso para q pudéssemos tentar algo. Limpei e lixei bem a região q parece estrar vazando mais e coloquei neste local uma cola epóxi de secagem de 15 minutos. Só depois eu li que elá só fica totalmente boa após 24 h!!! Bueno, vai assim mesmo.

Voltamos pro centro pra matar tempo pois não queríamos chegar muito cedo a Rio Grande. Fizemos umas comprinhas básicas de recuerdos (lembranças). Fomos ao museu do presidio, demos mais umas voltas pela cidade e perto do meio dia seguimos viagem. Uma pena estarmos com o tempo curto por causa dos problemas da Ranger, esta cidade merecia mais um ou dois dias de passeio.

A viagem a Rio Grande vale a pena por seus 100 primeiros Km até a cidade de Tolhuin. É o paso Garibaldi com seus lagos e montanhas nevadas que oferecem um visual encantador. Foram muitas paradas no caminho, inclusive uma para comer um pão com salsicha e refrigerante na beira do rio Tristen, com nós dois muito alegres…

Chegando a Rio Grande fomos até a praça central onde fica o centro de informações turísticas pra ver um hotel. Escolhemos uma, mas estava fechado, ainda bem, parecia velho e sujo. Fomos a outro perto da beira do mar, Hostal Del Sol. Ótimo hotel recomendo. Quarto grande, bem cuidados, banheiro amplo, muita limpeza e preço justo 82 reais por cabeça.

Como chegamos cedo, saímos para ver o óleo da caixa e foi colocado quase um litro, apesar de que chegou a vazar pela tampa. Ou seja, foi até demais. Compramos mais um vinho, desta vez um vinho doce natural, ou seja, com o doce da própria uva. Eu achei excelente, o melhor q já tomei por aqui.

Amanhã seguimos para Punta Arenas e Puerto Natales.

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22º dia – 18/01 – Rio Grande a Punta Arenas e Puerto Natales. 662 Km

 

Aconselho aos viajantes que queiram ir de Ushuaia a Puerto Natales que façam o mesmo que eu fiz naquela viagem. Saiam no fim da tarde (se for verão tem luz até 22:30 h) e pernoitem em Rio Grande. Assim o trecho não fica muito longo para um dia só e vc pode dar uma passeadinha em Punta Arenas como nós fizemos.

 

Acordamos cedo porque queríamos passar nas aduanas num horário com menos transito. Tomamos o desayuno e pegamos a estrada as 7:30 h.

Como comentei antes este trecho é chato pra caramba com 120 km de rípio pela frente. As únicas coisas interessantes neste trecho foram a passagem de um “mar” de ovelhas na estrada e a passagem do mar com a balsa.

Após a passagem pelo estrito de Magalhães viramos a esquerda em direção a Punta Arenas. Chegando lá demos uma volta pelo centro e fomos direto a zona franca que fica já na entrada da cidade. Eletrônicos muito caros, mas outras mercadorias bem baratas. Comprei o Amarula que a minha irmã, me pediu.

Na saída da cidade fomos a um lubricentro verificar o nível do óleo e qual foi a nossa surpresa ao constatar que não tinha descido quase nada. Bem que ficamos com a impressão de que da ultima vez o frentista tinha colocado óleo demais.

Seguimos viajem para Puerto Natales por uma estrada de concreto que era um tapete de lisa. Contei 4 pequenos buracos até a cidade apenas.

Ao chegar na cidade fomos atrás da indicação do dono da hospedagem em Ushuaia e não encontramos o lugar. O que não foi problema algum pq Puerto Natales é uma cidade repleta de pousadas, hotéis, albergues e etc.

No primeiro q fomos perguntar o preço já ficamos. O hotel Natales, pequeno mas bem chiquezinho. Ainda deu tempo pra eu dar uma volta pela cidade a pé sozinho. O tio ficou no quarto porque as dores do ciático dele estão incomodando de vez em quando.

O visual da cidade com sua baia banhada com águas do oceano Pacifico e as montanhas nevadas emoldurando a sua volta é uma beleza.

 

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