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Olá pessoas, como vão vocês.

Aproveitamos o feriado da República para conhecer um pouco mais do nosso querido estado de Minas Gerais.

É aquela velha coisa, saímos tanto para conhecer locais distantes e esquecemos das maravilhas que estão perto de nós.

 

Quando: 13 a 15 de novembro de 2016;

Choveu todos os dias, mas não somos de açúcar, não é mesmo? Rs]

 

Dia 1 - Sete Lagoas e Cordisburgo

 

Saímos no domingo bem cedo de BH com destino a Sete Lagoas. Lá o objetivo era conhecer a Guta Rei do Mato e a Lagoa Paulino.

Com cerca de 1 hora de carro chegamos à entra da Gruta, que é por muitos considerada a mais bonita do roteiro das grutas de MG (Rei do Mato – Sete Lagoas, Gruta Maquiné – Cordisburgo e Gruta da Lapinha em Lagoa Santa);

Entrada: 15 reais por pessoa. O passeio é feito com um guia que vai explicando todas as formações rochosas e tentando nos fazer imaginar as formas daquelas rochas.

Tudo muito bonito e organizado. A gruta é bem grande.

O passeio todo dura em torno de 1 hora e meia.

Uma coisa bem interessante: essa gruta possui uma formação bem rara, as chamadas torres gêmas: duas colinas (a união entre estalactites e estalagmites) paralelas de diâmetros semelhantes. Parece que esse evento só acontece também em uma gruta na Espanha.

Acabamos nos demorando muito lá e ficamos um pouco apertado no horário, então decidimos não ir à Lagoa do Paulino e prosseguir direto para Cordisburgo.

Cerca de 40 minutos depois chegamos ao portal da cidade. Cordisburgo é uma típica cidadezinha do interior mineiro, conhecida pela gruta do Maquiné e principalmente por ser a terra Natal de João Guimarães Rosa, escritor de Grande Sertão: Veredas.

É um autor que li na adolescência e gostava muito de sua escrita, cheia de neologismos e expressões rurais e caipiras. Sua temática é voltada a descrever a vida no sertão brasileiro. Grande Sertão é sua obra prima e vale muita a pena ser lido.

Paramos para o almoço em um restaurante da cidade (Sarapalha, 20 reais à vontade), deliciosa comida mineira. Interessante que o restaurante tem a temática voltada ao autor, com algumas frases de seus livros na parede.

De lá seguimos à gruta do Maquiné. Tem uma infra-estrutura melhor, com um pequeno museu que é visitado antes da gruta propriamente. Porém achei as formações rochosas da Rei do Mato mais interessantes.

Entrada: 20 por pessoa

A gruta é bem maior e o último salão é realmente imenso. O guia fez uma experiência de ficarmos em silêncio durante 1 minuto no local. É incrível, não se ouve absolutamente nada. É um silêncio sepulcral. Muito bacana.

Da gruta fomos ao Museu Casa de Guimarães Rosa. É a antiga residência em que morou quando criança com os pais e foi transformada em museu.

Entrada: R$2,00

O museu é muito bacana, foi a grata surpresa da viagem! Muito bem cuidado, a casa foi restaurada por completo. A exposição conta a história de vida do autor, conta um pouco de cada livro que escreveu. Tem uma parte bem interessante que mostra alguns trechos de cartas que trocava com seu pai.

A casa também reproduziu a antiga venda que seu pai tinha e era exatamente em frente à estação de trem de Cordisburgo. Durante a infância João Guimarães Rosa ouviu diversas histórias de caixeiros-viajantes que depois se tornaram personagens de seus livros.

Na saída da cidade (sentido Curvelo) tem um portal que homenageia o Grande Sertão.

De Cordisburgo a Diamantina são 2 horas em estrada de pista simples (a estrada Cordisburgo a Curvelo foi toda asfaltada recentemente), mas com bom asfalto e pouco fluxo. Chegamos em diamantina antes do anoitecer.

Ficamos hospedados no Hotel Jardim do Vale (350 reais por 2 diárias, muito limpo e ótimo café da manhã), bem no centro histórico.

Descansamos um pouco e saímos à noite para fazer um primeiro reconhecimento. Demos sorte pois estava rolando a semana de gastronomia da cidade com diversos pratos interessantes.

Jantamos em um chamado Deguste, que tinha uma costela de porco com couve, purê de mandioca com queijo e molho barbecue de goiabada. Uma delícia, foi a melhora comida da viagem! (R$34,90 o prato).

 

Dia 2 – Diamantina: Centro Histórico, Gruta do Salitre e Parque Estadual do Biribiri

Hoje o planejamento era dedicar a parte da manhã ao centro histórico e ir ao parque do Biribiri à tarde.

Porém pela manhã visitamos apenas a Casa da Glória porque os demais pontos estavam fechados por ser segunda feira.

A casa da glória talvez seja o principal ponto turístico de diamantina. Com o passadiço como ícone do lugar. Já foi residência de oficiais, orfanato e escola para moças e atualmente é o centro de geologia da UFMG.

A visitação é gratuita e muito bacana. A parte que achei mais interessante é a sala dedicada a explicar o período em que funcionou como escola e orfanato. Inclusive foi esse o motivo da criação do passadiço, criar o máximo de isolamento, impedindo que as moças fossem vistas atravessando de uma casa à outra pela rua.

Antes da visitação é passado um vídeo institucional bem curto explicando a história do lugar.

Passamos rapidamente pela Catedral da cidade, que é uma igreja bonita mas simples comparada com outros lugares (Ouro Preto, por exemplo).

De lá seguimos para a gruta do salitre. Basta seguir por 9Km em uma estrada de chão em direção ao distrito de Curralinho.

Na verdade não é bem uma gruta, é uma formação rochosa espetada nas pontas, porém aberta (talvez mais parecida com um canion?).

Tinha uma placa indicando que a visita deveria ser guiada mas não encontramos ninguém, então entramos sozinhos. O lugar é incrível, dá um eco enorme e tem diversos pés de jabuticaba carregadíssimos. Ficamos uns 40 minutos ali comendo jabuticaba e admirando o local!

De lá seguimos para o parque Estadual do Biribiri. Entrada também gratuita;

No parque tem três pontos importantes: a Cachoeira das Sentinelas, dos Cristais e a Vila do Biribiri.

Durante o passeio no parque a chuva apertava e diminuía várias vezes.

Conseguimos entrar na Cachoeira das Sentinelas, que tinha uma queda menor. Água muito gelada! Extremamente relaxante.

Na cachoeira dos Cristais não conseguimos entrar porque a queda estava muito forte e a chuva apertou um pouco. Conseguimos entrar em um pequeno lago que se forma ao lago.

Seguimos então para a Vila do Biribiri, que eu particularmente achei bem sem graça. Pelo que entendi antigamente era uma Vila de funcionários de uma empresa, que após desativada se tornou um pequeno parque onde as pessoas vão passar um dia, fazer piquenique e brincar. Estava praticamente vazio quando chegamos. Como não tínhamos comido nada desde o café da manhã e já era quase 16:00, paramos no restaurante do Raimundo sem braço (exatamente porque ele só tem 1 braço) e tomamos um caldo de feijão bem gostoso, porém um pouco salgado (R$7,00).

Ficamos admirando um pouco a tranquilidade do lugar e voltamos para o centro de diamantina, com uma rápida passada no caminho dos escravos (construído para auxiliar o escoamento de diamantes, haja vista que os escravos não podiam utilizar as vias principais).

À noite fomos a um restaurante muito bem indicado na cidade, Relicário, n°1 nas listas do tripadvisor. Tem uma decoração bacana, estilo vintage. O forte da casa são Risottos (que eu não gosto muito), mas as estradas de dadinhos de queijo são muito boas. A conta para dois deu 120,00 com 1 taça de vinho e 1 suco. No entanto, o local que comemos no dia anterior tinha uma comida melhor.

 

Dia 3 – Centro Histórico de Diamantina e Serro-MG

 

Como era de imaginar, no último dia era claro que faria sol! Uma pena que não tinha cachoeira planejada para esse dia.

Após o café fizemos check-out no hotel e fomos terminar de visitar as atrações do Centro Histórico: Casa de Juscelino, Museu do Diamante e Casa de Chica da Silva.

 

A Casa de Juscelino, a exemplo do Museu Guimarães Rosa, é muito bem cuidada e bem interessante. Viveu lá até seus 18 anos, quando se mudou para Belo Horizonte. A exposição conta brevemente sua biografia até se tornar presidente da República e também de sua família. Existe uma parte anexa que tem uma montagem de seu consultório médico, uma auditório e uma biblioteca. Vale muito a pena a visita.

Entrada: R$5,00

 

O Museu do Diamante (grátis), apesar do nome, tem mais artigos de época como liteira, imagens de santos, instrumentos diversos. É legal também mas não indispensável.

Logo na primeira sala tem um cofre onde ficam guardados algumas pedras preciosas, mas diamante mesmo não vi nenhum, rs.

A casa da Chica da Silva foi a decepção, pois estava fechada. Em pleno feriado fechada por 2 dias consecutivos. Só ficou a foto externa mesmo.

De lá fomos a Serro, cerca de 1 hora e meia de carro em pista 50% asfalto bom 50% péssimo.

Serro é uma singela cidadezinha muito famosa pelo queijo curado e pela igrejinha da escadaria (não me lembro agora o nome). Extremamente fotogênica.

Fora isso não há muito o que se fazer, tiramos algumas fotos, almoçamos e claro, compramos queijos e outras guloseimas típicas.

Ao final da tarde retornarmos para BH passando por Conceição do Mato Dentro e pela Serra do Cipó. Ainda tentamos ver a Cachoeira do Tabuleiro mas quando chegamos já tinha passado o horário de entrada no parque.

 

Resumão:

Belas atrações próximas de casa. Vale muito a pena conhecer! Diamantina é uma cidade histórica menos badalada que Ouro Preto e Tiradentes, mas tem o seu charme e sua história.

 

Um abraço a todos e estou à disposição para as dúvidas!

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