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ROTEIRO

Viagem realizada no início de janeiro deste ano, de carro, de São Paulo ao Parque Estadual de Ibitipoca, em Minas Gerais. Foram três dias e meio de viagem, incluindo os deslocamentos. Na volta, paramos em Caxambu e também em São Lourenço, onde visitamos os Parques das Águas (ambas as cidades têm um Parque das Águas). Rodei, com carro de passeio, ao todo, perto de 1000 km, contando ida, volta e locomoções dentro das cidades que mencionei)

TRAJETO IDA

Demoramos cerca de 8 horas para percorrer os cerca de 480 km de distância, uma vez que chovia bastante no dia. Fizemos, ainda, mais de uma pausa para comer e abastecer na rodovia. Chegamos à noite, pois saímos de São Paulo por volta das 14h00. Fizemos o caminho via Ayrton Senna/Carvalho Pinto/Dutra/Cachoeira Paulista/sentido Caxambu/sentido Juiz de Fora, alcançando o município de Lima Duarte. De Lima Duarte, percorremos a estrada de terra de 23 km que liga o centro do referido município à Vila de Ibitipoca. Essa estrada que liga Lima Duarte a Ibitipoca, no início, é de terra, em condições razoavelmente boas. Depois, a estrada se torna mais esburacada, sendo que em alguns trechos é impossível escapar dos buracos, o que exige paciência para trafegar vagarosamente. Há um trecho de cerca de 7 km no qual a estrada torna-se boa, com pedras assentadas no chão. Depois desse trecho, numa parte de asfalto esburacado, ela volta a ficar ruim. Por fim, outro trecho bom com pedras assentadas no chão. Resumindo, é óbvio que com um 4 x 4 o visitante faz o percurso mais rapidamente, porém, com carro de passeio, igualmente você fará o caminho sem muitas dificuldades, bastando ir com calma por conta dos buracos. À noite, a atenção deve ser redobrada, sobretudo com os buracos no canto da estrada. Só há posto de combustível em Lima Duarte, onde a gasolina estava acima de R$ 4,00 o litro.

 

HOSPEDAGEM

Ficamos no chalé Nativo, com lareira, frigobar, TV, café da manhã e local para estacionar o carro, por R$ 140,00 a diária para o casal. Há chalés com hidromassagem, cujo preço é mais caro, mas optamos pelo mais simples que havia disponível. Nada a reclamar, chuveiro esquentou, o chalé é limpo e o café da manhã é ótimo, com frutas, pães e bolos. Para quem vem da rodovia, ao entrar na Vila de Ibitipoca, depara-se com alguns restaurantes, como o Tailandês, do lado direito. Seguindo em frente, você se depara com uma rua que pode ser chamada de principal em razão dos vários estabelecimentos, como restaurantes, padarias, lanchonete, mercadinho. Então, depois do restaurante e Pizzaria Serra Nostra, entra à esquerda e sobe uma rua (se você, em vez de entrar à esquerda, seguir reto, sairá no caminho para o Parque de Ibitipoca), chegando-se a uma parte mais alta da vila, numa rua menos agitada, mas onde também há alguns restaurantes e pousadas. Percorrendo-a, passa-se pela Unidade Básica de Saúde, para logo depois pegar uma subida à direita, bem íngreme e estreita, até alcançar o chalé Nativo. Não fiz o trajeto a pé, mas deve dar uns 10 minutos do Chalé à rua principal (descida), mas um pouco mais que isso no sentido contrário, da rua principal ao chalé, em razão de tratar-se de subida. De carro, o chalé é uma boa opção, mas se eu estivesse a pé, estudaria outras opções de hospedagem, até porque gosto de explorar a parte mais movimentada da vila à noite, momento que já se está cansado em razão dos passeios realizados.

 

ALIMENTAÇÃO:

Na Vila de Ibitipoca, há várias opções.

No Restaurante e Pizzaria Serra Nostra, uma pizza grande de 8 pedaços custa cerca de R$ 51,00, como é o caso da de queijo minas, parmesão e manjericão. A cerveja artesanal Rio Preto Red Ale custa R$ 20,00, enquanto que uma porção de pão de alho, custa R$ 12,00. Há caldo de abóbora com carne seca e abóbora com gorgonzola também, por R$ 18,00 cada. Eles também servem a pizza em tamanhos menores. Gostei da pizza, mas dificilmente eu não gostaria de algo com a fome e o cansaço que eu estava. Fui lá no dia que cheguei, era dia da semana e 00h30 ainda estava aberto.

 

No Restaurante Cleusa’s o prato para duas pessoas custa cerca de R$ 70,00, como o filé suíno, acompanhado por arroz com alho poró, salada e farofa de pinhão. Porções são servidas no local.

 

Logo abaixo do Cleusa’s há um local que faz lanches, cujos preços são abaixo de R$ 10,00, e quem comeu, aprovou, pode ser uma opção barata à noite.

 

Há opções de almoço em conta também, me indicaram restaurantes cujo preço era R$ 13,00, mas em razão dos passeios, eu nunca estava no horário certo.

 

Mais abaixo do Cleusa’s, há uma espécie de pátio de alimentação, acho que se chama Portal da Serra, onde há vários restaurantes, pizza na pedra, chopp (Brauhaus), cachaça artesanal, artesanato, música ao vivo. Lá fica um pub que costuma abrir após as 22h00.

 

Em frente ao Serra Nostra, há um lugar para quem gosta de cerveja, o ibit beer, que vende a cerveja artesanal da região. Cada cerveja custa R$ 12,00, gostei bastante da munich.

 

Prove o pão de canela, é uma iguaria típica da região.

 

Restaurante no Parque Estadual de Ibitipoca. Lá há banheiros do lado externo. Há uma lanchonete também, onde um salgado, como o kibe e a coxinha de mandioca custam R$ 6,00, mesmo preço da cerveja em lata. o gatorade custa R$ 7,00. O self-service, R$ 25,00, a água, R$ 3,00. Não almocei lá, só comi um sanduíche de queijo quente e uma coxinha no outro dia, pois estava com mais sede que fome.

 

DICA SOBRE O CAMPING NO INTERIOR DO PARQUE: um visitante que estava no camping me informou que, na intenção de realizar uma reserva, telefonou inúmeras vezes ao parque sem sucesso. Porém, ao enviar um e-mail com a quantidade de pessoas e veículos, responderam apenas “confirmado”. Ele disse que não conseguiu outros contatos com o parque, mas que ao chegar na data informada, a reserva estava correta. Ele disse que pagou R$ 40,00 por pessoa, mas pelo veículo foram pagas duas diárias de estacionamento. Na estrada que sobe para o parque, cerca de 1 km antes da portaria, há um camping que foi bem elogiado pelas pessoas que estavam nele, e que é mais barato do que o do parque, segundo me informaram.

 

 

VISITA AO PARQUE:

 

1º DIA no Parque Estadual de Ibitipoca. Cheguei por volta das 09h00 no parque, horário em que não havia mais vagas no estacionamento dele. Então, como todos fazem, estacionamos o veículo do lado de fora, na lateral da estradinha que acessa ao Parque. O estacionamento custa R$ 20,00, porém as 08h00 já estava lotado, segundo os funcionários. A pousada serve café da manhã a partir das 08h00, ou seja, quando se inicia o café, o estacionamento já está lotado, o que não é nenhum prejuízo, pois ninguém vai fuçar no seu carro naquele lugar. A única questão é que o visitante que estaciona do lado de fora anda pouco mais de 1 km a mais do que quem estacionou no parque. Nos dias em que a cidade está muito lotada, algumas pousadas servem café mais cedo, pelo que ouvi falar. Ficamos em dias úteis e mesmo assim a lotação do parque chegou perto de 800 pessoas pelo que um funcionário me disse, mas é início de janeiro. Pegamos sol nos dois dias no parque, com o cair da tarde, muitas nuvens no céu, mas só choveu no início da noite.

O ingresso custa R$ 10,00 por pessoa.

Optamos pela trilha da Janela do Céu, de 16 km (ida e volta). A trilha é aberta, com trechos de subida. Levamos 1,5 litro de água por pessoa e foi pouco. Faltando 4 km para acabar a trilha eu já estava sem água e com sede, portanto recomendo levar pelo menos 2 litros por pessoa. Não se esqueçam de protetor solar e repelente também.

 

A trilha tem algumas subidas consideráveis, nas quais, quando olhamos para trás, nos deparamos com uma bela paisagem.

 

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Passamos pelo Cruzeiro, um local de peregrinação, com uma bela vista do parque, onde todos param não só para fotografias, como também para um descanso rápido.

 

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Passamos, ainda, pela lombada, um mirante de onde se tem uma bela visão das montanhas.

 

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Em seguida, a Gruta dos Três Arcos. Não entramos na Gruta dos Moreiras.

 

Por fim, chegamos a Janela do Céu, o acesso é estruturado, por escada, que desemboca, à esquerda, num mirante, e à direita, no leito do rio, onde há um poço. É possível chegar próximo à Janela, pelas pedras, pelo canto do poço, tranquilamente. Há uma placa, uns três metros antes do precipício, alertando que não se deve ultrapassar aquele ponto, o que é ignorado pela maioria das pessoas, haja vista as inúmeras fotos dos visitantes sentados na beira do precipício. Segundo um guarda do parque, uma menina escorregou no precipício no ano passado, mas por sorte caiu dentro de uma piscina natural, após 35 metros de queda, de forma que foi resgatada por helicóptero e não se machucou muito. Digo sorte, pois se não me engano o local tem 100 metros de altura. A espaço da janela é estreito e sempre há muitas pessoas por lá.

 

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Voltando para a trilha, após um bom trecho de subida, chegamos a Cachoeirinha. Avistei-a parcialmente de cima, vi que deveria ser muito bonita a visão lá de baixo, do poço dela, mas, com o sol na cuca e já meio sem pernas, resolvi não descer. Depois, me arrependi bastante de não ter descido, pois todos me disseram que a cachoeirinha, do poço, além de ser um ótimo local para refrescar-se, talvez seja o ponto mais bonito de todo o parque.

 

Abaixo, fotografia da paisagem observada da trilha, após uma subida posterior a entrada para Cachoeirinha

 

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Voltei pela trilha que passa pela entrada para o Pico do Pião, porém um guarda me disse que era interessante fazê-lo pela manhã, pois já havia muitas nuvens no céu, além do tempo que já não tínhamos o suficiente. Mais abaixo, entrei na Gruta do Monjolinho, ótimo lugar para refrescar-se após longa caminhada em trilha seca. Mais abaixo, alcançamos a entrada para o Lago dos Espelhos, mas o deixamos para o dia seguinte. Passamos ainda pela Prainha e depois alcançamos o restaurante. Cheguei ali com muita sede, minha água (1,5) havia acabado fazia tempo. Não sei se a água do Parque é apropriada para ingestão, em alguns pontos vi que ela é amarelada, devido à decomposição de matéria orgânica, já em outros pontos sempre há um sem-número de pessoas se banhando, o que também torna a água não muito adequada para o consumo. Um funcionário do parque me disse que onde água seria mais apropriada para o consumo seria na queda d’água do Lago dos Espelhos, pois seria oriunda de uma nascente. Não confirmei a informação, pois fiquei com medo de ter um piriri e estragar a viagem...rs. Ressalto que em alguns poços é necessário ter cautela com as partes mais escuras, pois há locais que mudam a profundidade conforme o volume das águas do rio. Se a pessoa não souber nadar, vale a cautela redobrada. É o caso do poço visualizado debaixo do mirante do Pião, um funcionário do Parque, de lá do mirante, disse que há pontos que chegam a 7 metros de profundidade quando a cachoeira está muito forte, pois sua força retira areia do fundo do poço, então você pode estar andando no raso e de repente cair num buraco.

 

Neste dia, pra lá de faminto, jantamos no Cleusa’s, que fica na rua principal do Vilarejo. Optamos por um filé suíno, acompanhado de farofa de pinhão e arroz com alho poró, por R$ 70,00 o prato para duas pessoas. Tomamos, ainda, uma cerveja artesanal de malte de trigo chamada Rio Preto, por R$ 20,00.

 

2º DIA no Parque. Estava mais lotado que no dia anterior, talvez por que nos aproximávamos da sexta-feira. Chegamos também por volta das 09h00, sendo que dessa vez estacionamos mais longe do parque que no dia anterior, pois já havia mais carros estacionados no local no mesmo horário.

Neste dia, fizemos o chamado Circuito das Águas. Do lado do restaurante, há dois caminhos, um que conduz a prainha e outro que conduz à Ponte de Pedra e também à Cachoeira dos Macacos. Optamos por começar pela Ponte de Pedra.

 

A trilha passa ao lado do leito do rio, inclusive, é possível caminhar em alguns trechos pelo leito do rio.

 

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Na parte interna da Ponte de Pedra, há uma formação por dentro da qual passa o leito do rio. É possível caminhar pelas pedras e até subir num ponto mais alto do lado do qual passa o rio, mais abaixo. É muito bonito o lugar, foi um dos que mais gostei do parque.

 

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Em seguida, passamos pelo Mirante do Pião (não confundir com o Pico do Pião, este que está bem longe dali), que é no caminho para a Cachoeira dos Macacos, esta última com um poço ótimo para banho. Então, subimos sentido Prainha, sendo que, após o Lago das Miragens, este também muito bom para banho, parte do percurso fizemos pelo leito do rio e não pela trilha. A Prainha é recomendada para crianças, pois se trata de um poço de água bem raso. Ao lado dela, há entrada para o Mirante dos Paredões. Um caminho que passa sobre a Prainha e que desemboca em um mirante. De volta a Prainha, após um trecho de subida na trilha, já nos deparamos com o caminho, à esquerda, do Lago dos Espelhos, dali são cerca de 500 metros até o Lado citado.

 

Antes de se chegar nele, há entrada, à esquerda, para a Ducha e para o Lago Negro.

 

A Ducha é uma queda de água parecida com uma ducha, mas não é possível se banhar nela.

 

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Adiante, está o Lago Negro, que como o próprio nome já diz, é bem escuro. Esse lago é fundo em todos os seus pontos, só recomendado para quem sabe nadar. Vi que algumas pessoas percorrem do Lago Negro, pelo leito do rio, até a Prainha, mas não fiz esse percurso, há pedras escorregadias e você se molhará todo no trajeto, a turma que fez isso estava de sunga e sem mochila. Eu tinha a intenção de fazer o Pico do Pião neste dia, seguindo na trilha acima após a entrada do Lago dos Espelhos, mas eu já não teria tempo nem pernas para isso. O belíssimo circuito das Águas é para um dia todo de passeio, pois há vários lugares que pedem uma parada para fotografia ou para descanso.

 

Apenas com dois dias inteiros para visitação ao parque, deixamos de fora do nosso roteiro o Pico do Pião, bem como a Gruta do Pião e a Gruta dos Viajantes que estão no caminho dele. O ideal são três dias para conhecer o parque por inteiro.

 

No dia seguinte, pegamos a estrada de volta para São Paulo, mas passamos ainda em duas cidades: Caxambu e São Lourenço.

Caxambu: almoçamos num restaurante por quilo próximo ao parque das Águas. Na frente do parque há muitas lojas de artesanato. O ingresso custa R$ 5,00. O Parque é enorme e muito bonito, mas está com a manutenção atrasada. Nota-se o mato pedindo para ser aparado em determinados locais. Já as famosas fontes, cada uma com um tipo de água indicado para um tipo de problema, necessitam de alguns reparos e pintura também em sua estrutura. A notícia boa é que o teleférico está funcionando normalmente, parece que foi reinaugurado. Já a pescaria e o pedalinho não estão funcionando, há placa dizendo que estão em manutenção. O parque é muito bonito e tem uma importância histórica, vale a visita. Próximo a ele, há lojas de queijos e doces mineiros, difícil não querer levar algo para casa.

 

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São Lourenço: após a visita a Caxambu, rodamos cerca de 27 km e alcançamos São Lourenço. Fomos direto ao Parque da Águas, cuja entrada é R$ 10,00. O Parque é bem estruturado e disponibiliza várias opções de lazer. Até barcoterapia vi por lá. Há lanchonete e artesanato dentro dele. Vale a visita. Ainda rodamos um pouco pelas ruas nas cercanias do parque, onde há várias lojas e restaurantes. Parei nas lojas de doces e queijos para dar uma sapeada e levei um canastra para casa, muito bom, come-se muito bem nestas cidades de Minas Gerais. De lá, no final da tarde, voltamos para a rodovia e retornamos para SP.

 

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