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ROAD TRIP NORDESTE 2017


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Pela manhã, após o café, por volta das 09:30hs, seguimos viagem para o nosso próximo destino: João Pessoa-PB. O trajeto de 200 km foi cumprido em pouco mais de 2 horas de viagem sem nenhum imprevisto, devido ao excelente estado de conservação da BR-101, a via que liga as duas capitais. O trecho todo é duplicado e até as placas de sinalização nas margens da rodovia (100 km/h) orientam os motoristas a pisar um pouco mais fundo no acelerador. Só se deve tomar cuidado com alguns controladores de velocidade ao longo do trajeto, mas o GPS e as placas avisam com antecedência.

 

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Chegamos por volta do meio-dia em João Pessoa e fomos direto pro almoço. Almoçamos num pequeno restaurante na Avenida Almirante Tamandaré de frente para a Praia de Tambaú. A comida caseira muito boa, com self-service a preço fixo de 14 reais o prato, não deixou a desejar. O problema foi após o almoço. Caiu um temporal em João Pessoa durante todo o restante do dia e noite, o que acabou comprometendo um dos nossos dois dias que reservamos para passear pela cidade. Mas é assim mesmo, imprevistos acontecem rsrs. Neste post irei relatar o (pouco) que deu pra fazer no único dia que nos restou na cidade.

No dia seguinte saímos pela manhã e nos deslocamos pra orla marítima da capital paraibana. Entre as praias de Cabo Branco e Tambaú, está localizado o busto do Almirante Tamandaré e, bem ao lado, o portal com as letras de como é carinhosamente conhecida a cidade: JAMPA.

 

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Passeamos pelas praias de Cabo Branco a Tambaú e paramos para almoçar no mesmo local do dia anterior, que infelizmente não me recordo o nome. Mas como a comida era boa e barata, repetimos a dose e não nos arrependemos rsrs.

Após o almoço, saímos para conhecer a Ponta do Seixas.

Para mim, como geógrafo, era marcante conhecer “in loco” o ponto mais ao leste das Américas. A Ponta dos Seixas é uma faixa de areia na Praia do Seixas que avança sobre o Oceano Atlântico. Muitos confundem esse marco geográfico com o Farol do Cabo Branco que fica a alguns metros da Ponta, achando que o referido farol é o marco do extremo leste das Américas. O farol fica bem próximo do local, é verdade, mas sua função é o auxílio à navegação.

 

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Partimos da Ponta do Seixas com destino ao centro da cidade. Queria conhecer a Praça da Independência, mas o intenso engarrafamento nos arredores do local mal deixavam o carro se deslocar, muito menos estacionar. Contemplei a beleza da praça apenas pela janela do carro, assim como outras casinhas coloridas em estilo colonial pelas quais passamos. Parece que não era mesmo o momento de conhecer João Pessoa rsrsrs.

Então decidimos seguir direto para um outro ponto turístico bastante conhecido em João Pessoa: o Parque Solón de Lucena.

 

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Ficamos passeando pelo parque até anoitecer, contemplando as luzes das lâmpadas ao redor refletindo na água da lagoa. Após o jantar ali mesmo pelas proximidades do parque, voltamos pra pousada para descansar, pois no dia seguinte pegaríamos a estrada novamente com destino a Recife.

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  • 4 semanas depois...
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RECIFE E PORTO DE GALINHAS

 

Bom dia pessoal. Após uma pane no meu PC, estou de volta para continuar o relato da road trip que fiz pelo Nordeste em Abril de 2017. E hoje vou relatar a parte pernambucana do trajeto.

Posso afirmar que em Pernambuco tivemos a melhor e a pior parte de toda a viagem. Estivemos no ápice da trip em Porto de Galinhas. E, com todo respeito aos amigos recifenses, a capital pernambucana foi a maior decepção. No decorrer do relato explicarei o motivo.

Saímos de João Pessoa-PB por volta das 09:30hs da manhã com destino a Recife-PE. O trajeto tem uma distância de 120km de extensão que foram cumpridos sem nenhum problema em cerca de 1h30min de viagem. O trecho da BR-101 que liga as duas capitais está em perfeito estado de conservação. Nesse trecho, a rodovia tbm é duplicada; o motorista só deve tomar cuidado com a sinalização eletrônica.

Chegamos em Recife às 11:00hs da manhã e nos deslocamos ao hotel. Havíamos reservado previamente a hospedagem no hotel Uzi Mar, que fica localizado a um quarteirão da praia do Pina, próximo à Boa Viagem. O hotel tem os quartos limpos e bem conservados, mas o ar-condicionado não estava funcionando tão bem para um nordestino como eu, acostumado ao calor. Esse foi o único problema da hospedagem. A localização do hotel é boa, os funcionários são muito prestativos e o café dá manhã é bem diversificado. Dei nota 8,0 pro estabelecimento no site Booking.com.

Fomos almoçar na orla marítima de Recife que, como disse anteriormente, fica a um quarteirão do hotel, na praia do Pina. Mas aí começaram as decepções. Das duas praias de Recife que visitei (Pina e Boa Viagem), toda essa parte da orla está com placas de restrições aos banhistas por causa de ataques de tubarões. Tinha conhecimento prévio disso na Praia da Boa Viagem, mas não em outros locais da orla marítima. Fiquei triste, pois como não conhecia o local, não quis arriscar a dar um mergulho. Deixa pra próxima rs.

 

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Então resolvemos voltar ao hotel e pegar o carro para explorar aquela que é conhecida como a Veneza brasileira. Moro em São Luís do Maranhão, uma cidade completamente esburacada devido ao descaso público. De todas as cidades que passei, Recife foi a pior cidade para dirigir. Não devido aos buracos, mas devido ao trânsito. Haja paciência :/

Demorei mais de 1h pra fazer um trajeto de 8km de carro, que é a distância do hotel onde estávamos ao Marco Zero, no centro da cidade. Eu acionava o GPS e ele mostrava o caminho. Até aí, tudo beleza. Mas as avenidas eram todas congestionadas devido ao excesso de semáforos nas vias. Em cada esquina, um semáforo. Teve momentos em que eu olhava no horizonte das vias e eu podia conferir 5, 6 semáforos à frente. Quando eu conseguia passar de um, ficava preso no outro. Se eu mudasse o trajeto no GPS, dobrava uma rua, quando chegava na esquina me deparava com outro sinal, geralmente fechado. Os dois dias que passamos na cidade foram assim. Eu ficava a me perguntar se é sempre assim ou se fomos até lá na pior época do ano rsrs. Isso era uma tormenta pra quem veio de tão longe e já havia dirigido mais de 2 mil km.

Chegamos ao Marco Zero, centro do Recife, já era noite. Tínhamos um roteiro pré-programado a fazer, mas pelo visto não daria pra fazer naquele dia. E não deu mesmo.

 

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Fomos atravessar a pé uma das inúmeras pontes que existem sobre o rio Capiberibe (daí vem o carinhoso apelido de Veneza brasileira à capital pernambucana) para visitar a Capela Dourada que fica do outro lado do rio, no lado oposto ao Marco Zero. Na cabeceira da ponte havia uma patrulha da PM pernambucana e decidi ir até eles para obter algumas informações. Os mesmos nos orientaram (estava só eu e minha namorada) a não caminhar à noite por aquela região da cidade, devido aos constantes assaltos e até mesmo homicídios que eram frequentes pelo local. Me apresentei a eles como policial militar do Maranhão e até informei que estava armado. Mesmo assim eles continuaram afirmando que não era seguro, mas que se eu quisesse continuar, era por conta e risco. Minha namorada ficou com medo e ficou fazendo zoada no meu ouvido para voltarmos ao hotel e deixasse o passeio para o dia seguinte. Eu até contestei ela, dizendo que não tinha saído de tão longe para ficar preso dentro de um hotel. Mas, para não ficar aquele clima chato numa viagem tão legal como a nossa, decidi acatar a sua opinião e voltamos pro hotel, deixando o passeio pro dia seguinte. Após o jantar, já no hotel, decidimos que logo pela manhã iríamos a Porto de Galinhas.

O melhor passeio em Porto de Galinhas, que são nas piscinas naturais, têm q ser feito na maré baixa, no menor nível. Consultando a tábua de maré do local na internet, verifiquei q a maré mais baixa iria ocorrer às 10:06h da manhã. Esse seria o melhor horário pra fazer o mergulho com peixes nas piscinas.

Logo após o café da manhã no hotel, partimos para Porto de Galinhas. A referida praia fica a 55km de distância de Recife. Fizemos esse trajeto, que dura em média 40min, em pouco mais de uma hora devido, adivinhem, ao engarrafamento do hotel até a saída de Recife. Devido a essa perda de tempo no transito, por pouco não perdemos o melhor do dia.

A via que liga Recife a Porto de Galinhas é a PE-009. Essa rodovia é privatizada e, portanto, o trecho está em ótimo estado de conservação. No trajeto há um posto de pedágio, onde pagamos R$7,00 na ida e R$7,00 na volta. Chegamos 20min antes da maré atingir o seu nível mínimo e, portanto, pudemos aproveitar o melhor do passeio.

Porto de Galinhas é um local caro, mas que pra nós, valeu a pena cada centavo gasto por lá. Só pra você ocupar uma das tendas com cadeiras à beira da praia, sem consumo, terá q pagar o valor de 50 reais. Se consumir no local, as cadeiras e tenda se tornam gratuitas.

 

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Para mergulhar nas piscinas naturais do local, só é possível durante a maré baixa, pois na maré alta as piscinas ficam encobertas pelo mar. Para quem quiser fazer esse passeio, é vital verificar com antecedência a tábua de maré (pode ser feito pela internet). Quando a maré baixa, o trajeto até as piscinas poder ser feito de duas formas: de jangada ou a pé. O passeio de jangada custa 25 reais por pessoa. Nós fizemos o passeio a pé, atravessando o mar andando e é gratuito. O proprietário da barraca onde nos instalamos na praia nos conseguiu gratuitamente a pulseira para fazer o passeio pé. Sem essa pulseira de controle, é impossível fazer o passeio, pois os guias do local estipulam um tempo máximo de 20 minutos por grupo de pessoas nas piscinas, devido ao elevado número de turistas no local para mergulhar e devido ao tempo que a maré começa a encher novamente e encobre as piscinas com suas águas. Quem for a pé, tem que voltar rápido, antes da maré encher. Quem não souber nadar, vai ficar em apuros. Quando essas pulseiras gratuitas acabam, só é possível fazer o passeio através das jangadas que, como falei anteriormente, custa o valor de 25 reais por pessoa. Tbm é obrigatório que o visitante utilize calçados nas piscinas devido ao imenso número de ouriços no local, o que pode machucar os pés dos visitantes, caso os animais sejam pisoteados. Quem estiver descalço, é barrado imediatamente e impedido de fazer o mergulho. As sandálias Havaianas reinam nessas horas rsrs. Infelizmente eu esqueci o nome da barraca onde nos instalamos, mas quem quiser saber como conseguir essas pulseiras gratuitas, é só perguntar pra qualquer “barraqueiro” ou vendedor ambulante no local que eles informam. Sorte de quem conseguir achar alguma disponível rs.

Minha namorada (e eu tbm) tinha uma imensa vontade de tirar aquelas famosas fotos com os peixes embaixo d’água. Por lá, nas piscinas mesmo, encontramos o fotógrafo Luiz Prado que faz esse trabalho no local há anos e manifestamos o nosso interesse no seu trabalho. Ele nos ofereceu dois pacotes de fotos digitais: 12 fotos por 120 reais e 24 fotos por 180 reais, podendo ser parceladas em até 3x no cartão de crédito. Como falei anteriormente, Porto de Galinhas é um local bastante caro.

Fechamos com o Luiz o pacote de 12 fotos que custava 120 reais. Após o seu trabalho, nos surpreendemos, tanto com a qualidade das imagens (gostamos muito) quanto com a mega promoção que o Luiz fez pra nós: ele nos deu um pacote de 26 fotos pelo valor de 120 reais. Não posso deixar de citar aqui essa relevante promoção que ele nos fez e tbm deixar os nossos sinceros agradecimentos a esse gentil profissional. Segue abaixo algumas imagens nossas feitas pelo fotógrafo Luiz Prado.

 

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A quem interessar, o contato do Luiz é: 0 (81) 9724-4414

 

Após a sessão de fotos, hora de almoçar. Comemos na barraca onde estávamos instalados na beira da praia. Escolhemos no cardápio uma anchova. O preço: 100 reais o prato para duas pessoas. O valor é salgado, mas não posso deixar de afirmar que estava saboroso. Falei que Porto de Galinhas é um local caro rs.

Confesso que, apesar de morar numa cidade litorânea, não sou muito de fã de praia. Mas afirmo com toda convicção que Porto de Galinhas foi o local que mais gostei de toda essa viagem e a praia que mais gostei até hoje. Pretendo voltar a este belíssimo lugar assim que possível. E olha que não sou daqueles que gostam de voltar a locais antes visitados. Mas nesse eu volto e para passar mais dias. No local há uma vila muito bonita e cheia de turistas. Existem muitas pousadas, de todos os preços e gostos. Há comércios, praças e restaurantes. Nas pequenas praças do local, vc pode interagir com outros turistas do Brasil e do mundo. A estrutura da vila é muito boa e, ao contrário de Recife, a segurança no local é garantida. Fica aqui a minha dica e os meus sinceros elogios a este maravilhoso local no litoral pernambucano.

 

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Após mais alguns mergulhos depois do almoço, decidimos voltar, pois ainda tínhamos alguns passeios a fazer na cidade de Recife.

 

Na volta, já bem próximo de Recife, caiu um temporal que acabou alagando algumas vias da cidade. Agora imagina a tormenta que foi transitar na cidade desse jeito. Logo formou-se um engarrafamento gigantesco, pois apenas um veículo por vez passava numa avenida que ficou completamente alagada pelas chuvas. Devido a mais esse imprevisto, atrasamos a nossa chegada ao hotel e, posteriormente, perdemos o passeio que pretendíamos fazer à cidade de Olinda.

Chegamos ao hotel já anoitecendo devido ao trânsito caótico ocasionado pelo temporal que caiu sobre a cidade. Lembro que, ao descer do carro, já na porta do hotel, atendi o celular. De imediato, fui interpelado pelo recepcionista do hotel, que veio até mim e disse que era muito perigoso atender o celular ali e naquele horário, devido aos constantes assaltos na região. Disse a ele que era policial militar e que estava armado, mas mesmo assim ele falou que poderia chamar a atenção de ladrões e assustar os hóspedes do local. Atendi o seu pedido e falei a ele a intenção de visitar Olinda naquela noite. A resposta foi a mesma: “não vos aconselho a ir até Olinda agora, devido ao elevado número de crimes nesse horário. É melhor irem durante o dia e com um grupo. É perigoso ir sozinho ou em dupla”.

Pessoal, eu fico a me perguntar: será que a cidade está tão violenta, tão perigosa a ponto dos próprios moradores locais nos fazerem alertas sobre isso, a ponto até mesmo de afastar os turistas?

São Luís do Maranhão, onde resido, não é uma maravilha de cidade. Nossa cidade está abandonada, a violência tbm é um problema sério aqui. Mas nem por isso eu deixo de ver turistas caminhando sós ou em duplas pelo nosso centro histórico e praias, locais onde a incidência de assaltos tbm é grande. A rede hoteleira não reclama de suas ocupações. Não há por aqui esse alarme todo, apesar do número de assaltos e homicídios tbm ser alto. Então pq Recife? Porque nem os próprios moradores locais nos aconselham a não explorar a Veneza brasileira? Eu, até hj, estou com essa dúvida.

Devido a esse alerta do recepcionista do hotel, minha namorada (de novo) ficou com medo de sair e decidimos deixar para passear durante o dia seguinte. Saímos para jantar e encontramos uma feirinha de artesanato próximo ao hotel, onde compramos mais algumas lembranças para trazer para o Maranhão. Ao lado dessa feira está a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, que tem seu primeiro registro de existência datado do ano de 1707.

 

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De volta ao hotel, devido aos vários alertas que ouvimos em Recife, juntando ao receio (medo mesmo) da minha namorada, decidimos deixar as visitas a Olinda, ao Instituto Ricardo Brennand, à Capela Dourada, entre outros, para uma outra oportunidade e resolvemos seguir viagem no dia seguinte, com destino à Juazeiro de Norte-CE, já fazendo o trajeto de volta pra casa.

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JUAZEIRO DO NORTE-CE

 

Após o café da manhã, saímos de Recife-PE, fazendo caminho de volta pra casa, mas ainda tínhamos no roteiro duas cidades para visitar nesse trajeto, antes de chegar a São Luis. Essas cidades seriam Juazeiro do Norte-CE e Teresina-PI.

Saindo da capital pernambucana, pegamos a BR-232, rodovia que corta todo o estado de Pernambuco de forma horizontal (leste-oeste). O asfalto está em perfeito estado; percebi que havia passado por uma reforma recentemente. Notei tbm que não havia tanta sinalização eletrônica como nas vias que já havia passado anteriormente, fazendo com que o carro por vezes alcançasse a velocidade de 150km/h, o que diminuiu o tempo de viagem até Juazeiro. Com a distância de cerca de 600km de uma cidade a outra, a previsão era de 8 a 9 horas de viagem, o que de fato ocorreu, mesmo fazendo algumas paradas programadas, como para alimentação, por exemplo. Foi nesse trecho, na cidade de Bezerros-PE, que encontramos o combustível mais barato de toda a viagem. A gasolina comum custava 3,09 (em Chaval-CE, encontramos o combustível mais caro; a gasolina comum custava 3,98). Almoçamos em Arcoverde-PE, no sertão pernambucano, cidade esta que, segundo a funcionária da churrascaria, não chove há 7 anos.

Ao cruzar a fronteira dos estados de Pernambuco e Ceará, os problemas com asfalto começaram a aparecer novamente. A BR-116 em território cearense, apesar de ter passado por reforma a pouco tempo, já apresentava vários buracos em seu trecho local. Aliado às péssimas condições das rodovias estaduais cearenses, perdemos um bom tempo nesse trajeto, fazendo com que só chegássemos a Juazeiro do Norte no início da noite.

Nesse momento percebi que havia cometido um erro grotesco: não havíamos reservado nenhuma hospedagem com antecedência e somente naquele horário fomos atrás de um local pra dormir. Isso fez com que perdêssemos o restante da noite e, quando conseguimos um hotel pra ficar, só tivemos tempo pra dormir. Um erro que não pode acontecer e que jamais poderá ser repetido.

Encontramos disponibilidade na Pousada Planalto, em frente a rodoviária de Juazeiro. Como tudo em cima da hora, o valor da diária estava bastante elevado do que estávamos imaginando (160 reais) mas instalações do local não deixavam a desejar. Com um bom condicionador de ar, banheiro com chuveiro elétrico, internet wi-fi e café da manhã diversificado, eu recomendo a pousada. Reservando com antecedência, é bem provável que se encontre valores melhores nas diárias. A pousada é bem localizada: fica em frente à rodoviária da cidade e a 1km de distância do único shopping local: o Cariri Garden Shopping.

Decidimos começar nosso passeio por Juazeiro no dia seguinte pela manhã, mas infelizmente o dia amanheceu chuvoso. O sol só voltou a aparecer à tarde, então foi o horário q decidimos sair. Havíamos reservado um único dia em Juazeiro, pq o nosso interesse mesmo na cidade era uma parada estratégica para descanso no longo percurso entre Recife e Teresina. Então o período da tarde e noite foi o suficiente pra fazer o roteiro que estava programado.

Almoçamos no Cariri Garden Shopping, o único da cidade. É um shopping grande, com várias lojas que comercializam diferentes produtos. O comércio e turismo em Juazeiro do Norte é voltado ao Padre Cicero (“Padim Ciço” para os nordestinos), principalmente na época da romaria. Mas no Cariri Garden Shopping, as lojas vendem produtos diversificados, não somente voltados ao padroeiro da cidade.

 

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Após o almoço e algumas compras no shopping, seguimos para o Luzeiro do Nordeste, que é uma torre erguida na cidade como marco da passagem do milênio e dos 500 anos do descobrimento do Brasil.

 

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Já durante o período noturno, decidimos subir ao Horto, que é onde fica a estátua construída em homenagem ao Padre Cicero. A escultura possui 27 metros de altura e foi construída e inaugurada em 1969. Na colina do Horto, próximo à estátua, há tbm uma igreja e um museu que conta a história do Padre Cícero. Decidimos subir a colina durante a noite, devido a iluminação especial que o local oferece, além da bela vista cidade iluminada que dá pra ver do seu topo.

 

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Ainda bem que estávamos de carro, pois a colina do Horto é muito íngreme e seria muito cansativo subir a pé.

Após esse passeio, voltamos ao Cariri Garden Shopping, onde jantamos e posteriormente voltamos ao hotel, onde repousamos para seguir viagem pela manhã em direção a Teresina-PI.

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TERESINA-PI

 

Saímos de Juazeiro do Norte em direção a Teresina por volta das 09:00hs da manhã, logo após o café. A viagem foi, em sua quase totalidade, percorrida pela BR-316 que está em ótimo estado de conservação. Friso aqui que as rodovias em território piauiense são de dar inveja a qualquer outro estado que já conheci, inclusive o meu Maranhão. Devido a qualidade do asfalto e sinalização da pista 9quase não há controladores de velocidade), a viagem durou cerca de 1h a menos, apesar da parada para almoço em Picos-PI.

Chegamos a Teresina ás 18:00hs e nos hospedamos no Hotel Cidade Verde, que fica em frente à rodoviária da cidade. Apesar de já ter tido conhecido a capital piauiense em oportunidades anteriores, não quisemos correr o risco de cometer o mesmo erro de Juazeiro e reservamos a hospedagem com antecedência.

O Hotel Cidade Verde é um pequeno hotel localizado às margens da BR-316, em frente à rodoviária de Teresina. As acomodações não são tão boas como as que já havíamos passado durante a viagem, mas dava pra descansar bem. O café da manhã é bom, mas nada exemplar. Apesar de tudo isso, não dá pra reclamar de uma diária de 60 reais em quarto duplo, incluindo o café da manhã. Como falei anteriormente, dá pra descansar sem problemas no local, mas fotos no site de reservas Booking.com pareciam mostrar um local bem melhor.

Teresina não é uma cidade que vive basicamente do turismo, mas temos boas opções de passeios por lá. Por isso resolvemos reservar dois dias na capital piauiense, pois seria o necessário para os passeios que havíamos programado.

No dia seguinte, após o café da manhã, seguimos em direção ao Parque Potycabana, às margens do rio Poty. O parque é recém-reformado e ficou bastante arborizado após as intervenções que sofre do poder público. Nele, podemos encontrar pistas de skate, ciclovias, aparelhos para exercícios físicos e é onde se encontra o portal da cidade de Teresina, com dos dizeres “The Amo”. A entrada no parque é gratuita.

 

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Bem próximo ao Parque Potycabana, sobre as margens do Rio Poty, está a Ponte Estaiada. Essa ponte possui um mirante, onde podemos subir de elevador e contemplar a beleza da cidade ao ser vista de cima. O valor da entrada custa 3 reais por pessoa. Infelizmente desta vez o mirante estava fechado pra manutenção e não pude tirar as fotos lá de cima pra publicar. Vou ficar devendo essa pra vcs rs.

 

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Da ponte Estaiada, partimos para o almoço no Teresina Shopping, o maior e mais moderno shopping da capital piauiense que fica em frente ao Parque Potycabana. O valor da refeição em Teresina é similar ao da minha cidade (São Luís-MA) e mais barata que Fortaleza, para citar aqui algumas outras capitais nordestinas para servir como parâmetro. Na praça de alimentação do referido shopping, resolvemos saborear o prato típico do Piauí: carne de bode. Dizem que quem visita o Piauí e não experimentou essa iguaria, não fez valer a pena a sua visita ao estado.

Só pra constar: o prato de carne assada para duas pessoas saiu por 32 reais, incluindo a bebida. Minha namorada, que nunca havia provado esse prato típico, aprovou rsrs. Disse que estava bem saborosa. Então vcs já sabem: para que a sua viagem ao Piauí valha a pena, tem que experimentar pelo menos uma das mais variadas formas de preparo da carne de bode :)

Após o almoço, partimos para o centro da cidade, onde estão localizados os prédios mais antigos de Teresina. Podemos citar aqui o Palácio de Karnak (sede do governo do estado) e a Igreja de São Benedito, inaugurada em 1886.

 

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Após esse passeio pelo centro da cidade, noa direcionamos até a rodoviária (que fica em frente ao nosso hotel) para jantar antes de ir descansar na hospedagem. Para quem não conhece, Teresina é famosa pela alta temperatura que faz durante todo o ano e todo o dia na cidade. Para vcs terem uma noção, certa vez quando cheguei via ônibus na rodoviária às 5:00hs da manhã, o termômetro no local já marcava 32°C de temperatura. É calor demais rsrs. Pelo menos o condicionador de ar do hotel estava funcionando muito bem. Se nós tivesse pegado um desses com defeito igual aconteceu no hotel em Recife, eu teríamos um grande problema pela frente.

No dia seguinte, fomos visitar o Jardim Zoológico, que os teresinenses chamam de Zoobotânico. Infelizmente, recentemente o local foi gravemente afetado por um incêndio (assim como toda a cidade e arredores) que acabou com grande parte da sua flora e matou alguns de seus animais. Mas mesmo assim, o parque continua funcionando e ainda tem muitos animais por lá. Em São Luis temos falta de um local assim. Por lá pode-se ver vários animais da fauna brasileira e africana. É um passeio que vale a pena, pois tbm existem várias espécies da flora brasileira. É o tipo de estabelecimento que não temos em São Luís e sentimos falta de um zoológico em nossa cidade. A entrada no Zoobotânico custa 5 reais por pessoa.

Após o passeio no Zoobotânico que nos consumiu todo o tempo da manhã, nos deslocamos para o "Encontro dos Rios", que é o local onde se encontram (como o nome já diz) e se misturam as águas dos dois grandes rios que "banham" a cidade de Teresina: os rios Poty e Parnaíba. Este último serve tbm como divisa dos estados do Piauí e Maranhão.

Na confluência desses rios, existe um bar e restaurante flutuante que comercializa uma comida saborosa, porém, cara rs. Mas quem ali bebe ou se alimenta, pode contemplar, além da brisa que faz no local, o fenômenos do encontro das águas dos rios. A mistura da água barrenta do rio Parnaíba com as águas um pouco escuras do rio Poty, forma um espetáculo muito bonito.

 

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Nas proximidades do "Encontro dos Rios" na margem do rio Poty, existe uma área urbanizada, uma espécie de praça. No local existem tbm várias barracas de fabricação e venda de artesanato, onde aproveitamos pra comprar mais algumas lembranças pra trazer pro Maranhão. Após esse passeio, já no final da tarde, voltamos para o hotel. Era hora de arrumar as malas para, no dia seguinte, voltar a São Luis e encerrar a "Nordestrip".

O deslocamento terrestre de Teresina a São Luis é feita por duas estradas federais: pela BR-316 até a cidade de Peritoró (MA); esse trecho de 200km de extensão está em perfeito estado de conservação, tanto que a velocidade do carro chegou a atingir a marca de 170km/h rs. De Peritoró a São Luis, são cerca de 230km de extensão, pela BR-135. Esse trecho está em péssimo estado, além de ser via de mão dupla, cobrando do motorista alerta máximo a todo tempo devido ao imenso número de buracos na pista. Esse é o trecho com o maior número de acidentes com vítimas fatais no estado do Maranhão.Fica aí o alerta aos motoristas que desejam chegar a São Luis por via terrestre.

Após 7 horas de viagem a partir de Teresina, chegamos a São Luis, finalizando assim, a Road Trip Nordeste 2017.

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